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SIMULADO G13 - CFOPM

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SIMULADO 
2º SEMESTRE 
CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS DA POLÍCIA MILITAR DO CEARÁ – CFO/PMCE 
GRUPO 13 - TEMPLÁRIOS 
 
 
Criado por todos os alunos do 
Grupo 13 - CFO/PMCE (2018-2020). 
Org.: Aluno Raphael Rocha 
Fortaleza, 24 de outubro de 2019. 
CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS DA POLÍCIA MILITAR DO CEARÁ – CFO/PMCE 
GRUPO 13 - TEMPLÁRIOS 
 
1 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR .................................................................................................................... 2 
DIREITO CIVIL .......................................................................................................................................... 10 
DIREITO PENAL ....................................................................................................................................... 15 
DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR .................................................................................................... 23 
DIREITO PROCESSUAL PENAL .................................................................................................................. 33 
ESTATÍSTICA E ANÁLISE CRIMINAL .......................................................................................................... 42 
MATERIAL BÉLICO DA POLÍCIA MILITAR .................................................................................................. 45 
POLÍCIA COMUNITÁRIA........................................................................................................................... 49 
POLICIAMENTO EM GRANDES EVENTOS ................................................................................................. 57 
POLICIAMENTO EM PRAÇAS DESPORTIVAS ............................................................................................. 67 
 
GABARITO – POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR .............................................................................................. 72 
GABARITO – DIREITO CIVIL ..................................................................................................................... 75 
GABARITO – DIREITO PENAL ................................................................................................................... 78 
GABARITO – DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR ................................................................................ 83 
GABARITO – DIREITO PROCESSUAL PENAL .............................................................................................. 88 
GABARITO – ESTATÍSTICA E ANÁLISE CRIMINAL ...................................................................................... 95 
GABARITO – MATERIAL BÉLICO DA POLÍCIA MILITAR .............................................................................. 96 
GABARITO – POLÍCIA COMUNITÁRIA ...................................................................................................... 98 
GABARITO – POLICIAMENTO EM GRANDES EVENTOS ........................................................................... 100 
GABARITO – POLICIAMENTO EM PRAÇAS DESPORTIVAS ....................................................................... 102 
 
CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS DA POLÍCIA MILITAR DO CEARÁ – CFO/PMCE 
GRUPO 13 - TEMPLÁRIOS 
 
2 
 
 POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR 
 
1. Nas forças militares estaduais, são instaurados 
inquérito policial militar e inquérito bombeiro 
militar, dependendo da Corporação em que 
seja instaurado para apuração do crime militar. 
 
2. De acordo com CF/1988, no Brasil existem duas 
instituições de polícia judiciária: a Polícia 
Federal e as Polícias Civis. No art. 144 da Carta 
magna está prevista a competência de cada 
uma delas e no § 4º desse artigo excetuou-se 
às Policiais Civis a apuração das infrações 
penais militares. 
 
3. A Polícia Judiciária Militar (PJM), como sendo 
uma atividade exercida pela autoridade militar, 
com a finalidade de apurar as infrações 
administrativas militares, buscando sua autoria 
e materialidade, para que o Ministério Público 
(MP) tenha subsídios para a propositura da 
ação penal. 
 
4. Entre as competências da PJM previstas no 
Código de Processo Penal Militar (CPPM), 
estão: Prestar aos órgãos e juízes da JME e aos 
membros do MP as informações necessárias à 
instrução e julgamento dos processos, bem 
como realizar as diligências que por eles lhe 
forem requisitadas. 
 
5. Entre as competências da PJM previstas no 
Código de Processo Penal Militar (CPPM), 
estão: Cumprir os mandados de prisão 
expedidos pela JME; Representar as 
autoridades judiciárias militares acerca da 
prisão preventiva e da insanidade mental do 
indiciado. 
 
6. Entre as competências da PJM previstas no 
Código de Processo Penal Militar (CPPM), 
estão: Cumprir as determinações da JME 
relativa aos presos sob sua guarda e 
responsabilidade, bem como as demais 
prescrições do CPPM, nesse sentido; Solicitar 
das autoridades civis as informações e medidas 
que julgar úteis à elucidação das infrações 
penais que estejam a seu cargo. 
 
7. Entre as competências da PJM previstas no 
Código de Processo Penal Militar (CPPM), 
estão: Requisitar à Polícia Civil e às repartições 
técnicas civis as pesquisas e exames 
necessários ao complemento e subsídio de 
IPM. 
 
8. A autoridade judiciária militar, de ofício ou 
agindo mediante delegação, pode requisitar da 
polícia civil e das repartições técnicas civis, dos 
laboratórios oficiais e de quaisquer repartições 
técnicas, militares e civis, as perícias, exames 
que se tornem necessárias ao processo, bem 
como as pesquisas e exames necessários ao 
complemento e subsídio de IPM. 
 
9. O CPPM, conclui-se que a Polícia Judiciária 
Militar, no âmbito das Unidades da Federação, 
e no nosso caso, no Estado do Ceará, pelos 
Comandantes de OM até o nível de Unidade e 
subunidade, isto é, do Comandante Geral até o 
Comandante de Batalhão e Comandante de 
Subunidade. 
 
10. O Comandante Geral, Comandante Geral 
Adjunto, Secretário Executivo, Comandantes 
de Grandes Comandos (Capital, Interior Sul e 
Norte, Metropolitano, Policiamento 
Especializado e Polícia Comunitária), e de 
Batalhões são as autoridades militares 
estaduais detentoras do "Poder de Polícia 
Judiciária Militar", nas suas respectivas áreas 
de jurisdição. 
 
11. O Poder de Polícia Judiciária Militar pode ser 
delegado, pela autoridade militar a qualquer 
Oficial da ativa ou reserva sob seu comando. 
Investido da autoridade decorrente dessa 
delegação, o Oficial Encarregado de IPM está 
apto a executar todos os atos inerentes ao 
exercício da PJM. 
 
12. O Poder de Polícia Judiciária Militar pode ser 
delegado, conforme o CPPM, de modo 
semelhante, no caso de lavratura de "Auto de 
Prisão em Flagrante Militar", o Oficial-de-Dia 
está investido desse poder, bem como todos 
Oficiais em serviço. 
 
13. As atribuições de PJM só poderão ser 
delegadas aos oficiais da ativa para fins 
especificados na portaria e por tempo limitado. 
CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS DA POLÍCIA MILITAR DO CEARÁ – CFO/PMCE 
GRUPO 13 - TEMPLÁRIOS 
 
3 
 
Não sendo permitindo delegação do poder de 
PJM aos militares da reserva. 
 
14. A delegação sempre recairá, em se tratando de 
delegação especificamente para instauração 
de IPM, deverá aquela recair em oficial de 
posto superior ao do indiciado, seja este oficial 
da ativa ou da reserva (remunerada ou 
reformado). 
 
15. A delegação sempre recairá em: Nos casos de 
impossibilidade de designação de oficial de 
posto superior ao do indiciado, poderá ser feita 
a de oficial do mesmo posto, desde que mais 
antigo; Se o indiciado é oficial da reserva ou 
reformado, não prevalece, para a delegação, a 
antiguidade de posto, porque o oficial da ativa 
é mais antigo que o da inatividade. 
 
16. O Código Penal Militar (CPM) fornece, a 
definição de “superior”, para efeito da 
aplicação da lei penal militar, como sendo o 
militar que, em virtude da função, exerce 
autoridade sobreoutro de igual posto ou 
graduação. 
 
17. O Crime de Insubmissão é o outro crime militar 
que foge à regra do rito ordinário previsto no 
CPM, pois sua incidência nas Forças Armadas e 
nas instituições militares estaduais, o sujeito 
ativo do referido crime necessariamente é o 
jovem brasileiro alistável no serviço militar 
obrigatório, por força da lei, que deixa de se 
apresentar na Força Militar Federal na data 
aprazada para incorporação. 
 
18. A Justiça Militar Estadual de primeira instância, 
é constituída pelos Conselhos de Justiça 
previstos no Código de Justiça Militar. A de 
segunda instância será um Tribunal Especial, ou 
o Tribunal de Justiça. 
 
19. A deserção é um crime impropriamente militar, 
que só pode ter como sujeito ativo o militar da 
ativa e está tipificada nos artigos 187 a 194, do 
CPM, o qual é processado através de um rito 
especial. 
 
20. O Crime de Deserção caracteriza-se pela 
ausência não autorizada do serviço militar, que 
deve ser sem justificativa, afetando a disciplina 
militar que regula o dever do militar para com 
seu serviço. O período de afastamento 
injustificado do serviço deve ser igual ou 
superior a 08 (oito) dias. 
 
21. Se o militar se apresentar antes do final desse 
tempo 08 (oito) dias, não se consuma o Crime 
de Deserção, constituindo o período de 
ausência ilegal ou período de graça, que não é 
suficiente para imputar responsabilidade 
penal, mas imputar somente responsabilidade 
administrativa. 
 
22. Deserção Imprópria ou casos assimilados: 
ausentar-se o militar, sem licença, da unidade 
em que serve, ou do lugar em que deve 
permanecer, por mais de oito dias: Pena - 
detenção, de seis meses a dois anos; se oficial, 
a pena é agravada. Este dispositivo refere-se ao 
policial militar ou bombeiro militar que está 
desempenhando suas atividades, seja em 
regime de escala operacional ou 
administrativa, e que deixa de se apresentar 
para o trabalho de forma injustificada. 
 
23. Deserção propriamente dita: o militar não se 
apresenta no lugar designado, dentro de oito 
dias, findo o prazo de trânsito ou férias; deixa 
de se apresentar a autoridade competente, 
dentro do prazo de oito dias, contados daquele 
em que termina ou é cassada a licença ou 
agregação ou em que é declarado o estado de 
sítio ou de guerra; tendo cumprido a pena, 
deixa de se apresentar, dentro do prazo de oito 
dias. 
 
24. Casos Assimilados (Deserção Imprópria): após 
um período de ausência justificada, deixa de se 
apresentar no lugar onde deveria ou a 
autoridade competente. Assim, resta claro que 
não há necessidade de uma escala de serviço 
para evidenciar a falta. 
 
25. Deserção por Evasão ou Fuga: consegue 
exclusão do serviço ativo ou situação de 
inatividade, criando ou simulando 
incapacidade. O momento consumativo da 
deserção é aquele em que se dá a exclusão do 
serviço ativo ou a inatividade do militar 
estadual por motivo de fraude, ou seja, por ter 
simulado incapacidade para o serviço da sua 
Corporação Militar Estadual. 
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GRUPO 13 - TEMPLÁRIOS 
 
4 
 
26. Em todos os casos de deserção Assimilados ou 
Imprópria, o militar estadual se sujeita à 
mesma penalidade da deserção propriamente 
dita. 
 
27. Casos Assimilados (Deserção Imprópria): 
caracteriza-se pelo fato de o militar estadual 
deixar de apresentar-se no momento da 
partida do navio ou aeronave, de que é 
tripulante ou do deslocamento da unidade ou 
força em que serve. 
 
28. Deserção Especial ou Instantânea: Pena - 
detenção, até três meses, se após a partida ou 
deslocamento se apresentar, dentro de vinte e 
quatro horas, à autoridade militar do lugar, ou, 
na falta desta, à autoridade policial, para ser 
comunicada a apresentação ao comando 
militar competente. 
 
29. Deserção Especial ou Instantânea: Se a 
apresentação se der dentro de prazo superior 
a vinte e quatro horas e não excedente a cinco 
dias: Pena - detenção, de dois a oito meses; Se 
superior a cinco dias e não excedente a oito 
dias: Pena - detenção, de três meses a um ano; 
Se superior a oito dias: Pena - detenção, de seis 
meses a dois anos. 
 
30. Deserção Especial ou Instantânea: a pena é 
aumentada de um terço, se se tratar de 
sargento, subtenente ou suboficial, e de 
metade, se oficial. 
 
31. Nas Corporações Militares Estaduais pode-se 
destacar que não há possibilidade da Deserção 
Especial ou Instantânea, sendo exclusivo das 
Forças Armadas Brasileiras. 
 
32. Casos Assimilados (Deserção Imprópria): 
refere-se também como conduta incidente na 
prática de deserção a evasão do militar 
estadual de escolta ou de recinto de detenção 
ou prisão, ou fuga em seguida à prática de 
crime para evitar prisão, permanecendo 
ausente por mais de 8 (oito) dias. 
 
33. Na deserção, o objeto jurídico tutelado é o 
“serviço militar” e o “dever militar”, 
caracterizados pelos valores apreendidos nas 
Corporações Militares Estaduais e o 
comprometimento com a missão, sem os quais 
seria impossível o desempenho da atividade 
laborativa do militar estadual. 
 
34. Na deserção, o sujeito ativo: é aquele que 
pratica o crime militar de deserção apenas o 
militar (federal ou estadual), por tratar-se de 
crime propriamente militar; Sujeito Passivo: é a 
instituição militar e o serviço militar. Ainda, às 
vezes, também outro militar. 
 
35. A consumação do Crime de Deserção ocorre 
quando encerrado o prazo de graça. 
Decorridos os 08 (oito) dias da ausência ilegal, 
mesmo que apenas uma hora, um minuto ou 
um segundo além, estará consumado o crime. 
 
36. O Crime de Deserção, admite-se a forma 
tentada por tratar- se de crime unissubsistente, 
isto é, é realizado em um único ato, não sendo 
admitido o fracionamento da conduta do 
agente ativo. 
 
37. Sobre a prescrição nos crimes de deserção: 
como a pena cominada ao delito de deserção 
em geral é de até dois anos de detenção, ele 
prescreve em quatro anos. Contudo, como se 
trata de um crime com efeitos permanentes, o 
termo inicial para contagem do prazo 
prescricional começa a correr do dia em que 
cessar a sua permanência. 
 
38. O CPM completa as considerações sobre a 
prescritibilidade do crime de deserção com a 
previsão do artigo 132, onde se verifica que, 
mesmo decorrido o prazo prescricional, 
somente haverá extinção da punibilidade 
quando o desertor atingir a idade de: Se Praça: 
60 (sessenta) anos; Se Oficial: 45 (quarenta e 
cinco). 
 
39. Entre as competências da PJM previstas no 
Código de Processo Penal Militar, estão: Apurar 
os crimes militares estaduais de sua 
Corporação, bem como os que, por lei especial, 
estão sujeitos à jurisdição militar e sua autoria. 
 
40. A Instrução Provisória de Deserção (IPD) é peça 
fundamental no processo e, como o próprio 
nome já diz, tem o caráter de instrução 
provisória, o Termo de Deserção, como ela é 
mais conhecida. 
 
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GRUPO 13 - TEMPLÁRIOS 
 
5 
 
41. Para a lavratura da IPD, é precedida de algumas 
providências, como parte de ausência, 
inventário, diligências, etc. A IPD serve para 
fornecer os elementos necessários à 
propositura da ação penal no juízo militar, 
sujeitando o desertor, desde logo, à prisão. 
 
42. O referido termo (IPD), fornece ao MP os 
elementos necessários para o oferecimento da 
denúncia. Sua falta ou irregularidade importa 
em nulidade de todo o processo. 
 
43. É necessário mandado de prisão, para prender 
o militar que for considerado desertor, tendo 
conhecimento do paradeiro do desertor, o 
oficial deve providencia junto a justiça militar o 
mandado judicial. 
 
44. Termo de Deserção (IPD) tem caráter de 
instrução provisória, porque somente com a 
apresentação voluntária ou captura do 
desertor a instrução se aperfeiçoa e passa a ser 
definitiva, visto que o processo judicial começa 
a andar e o acusado pode se defender. 
 
45. Instrução Provisória de Deserção (IPD): 72 
(setenta e duas) horas depoisde iniciada a 
contagem, o Comandante da Subunidade ou 
autoridade competente encaminhará a parte 
de ausência ao Comandante da unidade. 
 
46. Na Instrução Provisória de Deserção (IPD), o 
Comandante da Unidade, mandará inventariar 
o material permanente da Fazenda Pública, 
deixado ou extraviado pelo ausente, que será 
reduzido em termo assinado por 02 (duas) 
testemunhas. 
 
47. Instrução Provisória de Deserção (IPD): 
decorrido o prazo de deserção, o Comandante 
da Subunidade encaminhará ao Comandante 
da Unidade a parte de deserção e o inventário; 
recebida a parte de deserção, o Comandante 
da Unidade determinará a lavratura do Termo 
de Deserção, assinado por 02 (duas) 
testemunhas. 
 
48. Instrução Provisória de Deserção (IPD): não 
sendo necessário a publicação em boletim 
interno, do Termo de Deserção, que será 
remetido à Justiça Militar Estadual; Recebidos 
na Justiça Militar Estadual, o Ministério Público 
(MP) vinculado, terá que oferecer a denúncia 
no prazo de 20 (vinte) dias. 
 
49. O inventário deve ser elaborado em 24 (vinte e 
quarto) horas depois de iniciada a contagem 
dos dias de ausência de um militar estadual, em 
auto específico e assinado por duas 
testemunhas idôneas. Devem ser tomadas 
medidas para o depósito do material particular 
do ausente e, sendo necessária, nomeação de 
depositário. 
 
50. Caso o desertor seja praça especial ou sem 
estabilidade, deve ser agregado, se tiver 
estabilidade ou oficial, deve ser excluído, 
aguardando ser capturado ou se apresentar 
voluntariamente. 
 
51. Após ser capturado, o desertor será 
encaminhado ao Presídio Militar, podendo, 
antes, ser submetido a exame de lesão corporal 
pela autoridade militar competente da OM que 
o capturou, mas se militar se apresentar 
espontaneamente, poderá aguarda o 
julgamento em liberdade. 
 
52. Após ser capturado ou ter se apresentado 
espontaneamente, a autoridade militar 
competente deverá: Remeter à Justiça Militar 
Estadual o Termo de Captura ou de 
Apresentação Espontânea do desertor, com a 
data e o lugar onde o mesmo se apresentou ou 
foi capturado, além de quaisquer outras 
circunstâncias concernentes ao fato e o lugar 
onde se encontra recolhido; Comunicar ao 
comandante do desertor a captura ou a 
apresentação espontânea e suas 
circunstancias. 
 
53. Após ciência da captura ou apresentação 
espontânea do desertor, deve ser 
providenciada a publicação imediata do Termo 
de Apresentação ou Captura do desertor em 
boletim interno, bem como, o 
encaminhamento do desertor para a inspeção 
de saúde, se praça especial ou sem 
estabilidade, do qual o resultado também deve 
ser publicado e transcrito nos assentamentos 
do desertor. 
 
54. Caso resulte da inspeção de saúde 
incapacidade definitiva do desertor com 15 
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6 
 
anos de instituição com estabilidade, ele 
deverá ser isento da reinclusão e do processo 
judicial, com o arquivamento dos autos, sendo 
a ata da inspeção remetida com urgência para 
a Justiça Militar Estadual. 
 
55. Sendo o desertor a praça com apenas dois anos 
de serviço na instituição (sem estabilidade), 
considerada incapaz na inspeção de saúde, 
deve o Coordenador de Gestão de Pessoas ser 
comunicado imediatamente para providenciar 
o ato de reversão e reinclusão nas fileiras da 
Corporação e na folha de pagamento, 
mandando publicar no Diário Oficial do Estado 
e no Boletim do Comando Geral, remetendo 
em seguida o processo com urgência à Justiça 
Militar. 
 
56. O desertor, se oficial, deve ser mantido na 
condição de reformado até o trânsito em 
julgado da decisão da Justiça Militar Estadual. 
 
57. Recebidos na Justiça Militar Estadual o termo 
de deserção e demais peças, o Juiz mandará 
autuá-los e em seguida remeterá ao Ministério 
Público (MP) para vistas. Após receber os autos 
o MP poderá requerer o arquivamento, ou o 
que for de direito, ou oferecer denúncia, desde 
que esteja em ordem ou cumpridas as 
diligências requeridas. 
 
58. Recebida a denúncia, o Juiz de Direito da 
Justiça Militar Estadual determinará que o 
processo seja suspenso até a captura ou 
apresentação espontânea do desertor. 
 
59. O prazo para o julgamento do processo de 
deserção é de 60 (sessenta) dias. Caso o 
desertor não seja julgado no referido prazo, 
será prorrogado o prazo por 60 dias, 
independentemente quem de quem tenha 
dado causa ao retardamento do processo. 
Nesse prazo o desertor pode solicitar liberdade 
provisória. 
 
60. São exemplos de Peças da Instrução provisória 
de Deserção (IPD): Autuação e Capa; Parte de 
Ausência; Despacho do Comandante da 
Unidade ao Oficial Encarregado das diligências; 
Inventário; Certidão de Cumprimento do 
Despacho; Parte de Deserção; Termo de 
Deserção; Ofício de Remessa da IPD à JME. 
61. São exemplos de Peças da Instrução provisória 
de Deserção (IPD): Despacho Administrativo; 
Auto de Apresentação Espontânea; Termo de 
Captura por Crime de Deserção; Recibo do 
Auto de Apresentação Espontânea/Termo de 
Captura; Despacho do Responsável pelo Auto 
de Apresentação Espontânea/Termo de 
Captura. 
 
62. Faltar o 1º dia (expediente ou serviço) enseja 
em transgressão disciplinar. A partir da data de 
ausência, conta-se 08 (oito) dias e caso o militar 
não se apresentar até às 00:00h do oitavo dia, 
ele estará cometendo o crime de deserção. 
Esse período de 08 (oito) dias de ausência é 
chamado de Período de Graça. 
 
63. O IPM trata-se de um procedimento 
administrativo que visa a apuração de 
transgressão disciplinar militar. 
 
64. De caráter exclusivamente inquisitório, o IPM 
objetiva a constatação de autoria e 
materialidade das infrações penais militar. 
 
65. Em razão do viés procedimental do IPM, são 
assegurados ao acusado os princípios do 
contraditório e da ampla defesa. 
 
66. A lei processual penal comum pode ser 
utilizada em qualquer caso na condução do 
IPM. 
 
67. Devido o IPM ser sigiloso, os advogados e 
defensores precisam de procuração para 
examinar autos de prisão em flagrante e 
inquéritos, peças e tomar apontamentos. 
 
68. Aos defensores é permitido o acesso aos 
elementos de prova já documentados e aos em 
andamento. 
 
69. Após a instauração do IPM, este não pode ser 
arquivado pela autoridade militar estadual. 
 
70. Ao indiciado em IPM é assegurado o 
contraditório. 
 
71. O IPM pode ser dispensado caso o MP 
disponha de elementos suficientes para a 
propositura da ação penal. 
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72. O oficial deve tomar ou determinar que sejam 
tomadas as providencias cabíveis após a 
instauração do IPM. 
 
73. O IPM somente se iniciará por meio de 
portaria. 
 
74. Não é atribuição de juiz auditor requisitar a 
instauração de IPM. 
 
75. Caso no curso do IPM a autoridade delegada 
verifique a existência de indícios contra oficial 
de posto superior ao seu ou mais antigo, deve 
providenciar que as suas funções sejam 
delegadas a outro oficial em condições de 
compatibilidade. 
 
76. O escrivão desempenha um papel de auxílio à 
autoridade militar, sendo responsável pela 
reunião e ordenamento das peças do IPM. 
 
77. Apesar de prestar o compromisso legal de 
manter sigilo do inquérito, ao escrivão é 
permitido depor, mediante intimação, sobre os 
fatos de que venha a ter conhecimento 
durante o inquérito. 
 
78. Ao final do IPM a autoridade encarregada deve 
encaminhar a autoridade delegante para que 
esta envie diretamente para a Justiça Militar 
Estadual. 
 
79. Despacho é um ato procedimental no qual 
consta ordens para integral cumprimento e 
relacionadas com a apuração do ilícito penal 
militar. 
 
80. A Conclusão é o ato no qual consta o 
cumprimento das ordens emanadas do 
encarregado do IPM. 
 
81. O reconhecimento feito de forma direta sobre 
a pessoa do acusado é irregularidade 
ensejadora de nulidade. 
 
82. Se o indiciado estiver preso, o inquéritodeve 
terminar no prazo de 20 (vinte) dias contados a 
partir da data de instauração do mesmo. 
 
83. Se o indiciado estiver solto, o inquérito deve 
terminar no prazo de 40 (quarenta) dias 
contados a partir da data de instauração do 
mesmo, podendo ser prorrogado por mais 20 
(vinte) dias pela autoridade militar delegante. 
 
84. Os laudos ou exames não concluídos e os 
documentos colhidos depois da prorrogação 
não poderão ser remetidos ao juízo militar 
estadual. 
 
85. A prisão preventiva é espécie de prisão 
cautelar, podendo ser decretada de ofício pelo 
juiz auditor ou Conselho de Justiça, mediante 
requerimento do Ministério Público Militar e 
mediante representação da autoridade militar 
encarregada do IPM. 
 
86. A prisão em flagrante delito é de natureza 
exclusivamente provisória. Sendo as demais 
prisões de natureza cautelar e processual, haja 
vista que a prisão em flagrante é a única que se 
verifica no calor dos fatos. 
 
87. A prisão em flagrante delito independe de 
ordem judicial escrita, se resumindo em um 
dever legal da autoridade militar que se depara 
com determinado crime militar em execução. 
 
88. A CF/1988 previu em seu art. 5º, LXI, que: 
ninguém será preso senão em flagrante delito 
ou por ordem escrita e fundamentada de 
autoridade judiciária competente, salvo 
apenas nos casos de crime propriamente 
militar. 
 
89. Flagrante delito impróprio ocorre quando o 
agente é encontrado imediatamente após o 
cometimento do crime militar, com 
instrumentos, objetos, material ou papéis que 
façam presumir a sua participação no crime 
militar. 
 
90. Segundo a doutrina, flagrante delito próprio 
ocorre quando, alguém está cometendo o 
crime militar ou acaba de cometê-lo. 
 
91. Considera-se em flagrante delito o 
cometimento das infrações permanentes, 
enquanto não cessar a sua permanência. A 
insubmissão e a deserção são exemplos de 
crimes permanentes, previstos no CPM. 
 
92. A lavratura do auto de prisão em flagrante 
delito pela autoridade militar estadual consiste 
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em, apresentar o preso ao comandante ou ao 
oficial de serviço, e logo após por qualquer 
deles ouvir condutor, testemunhas, inquirição 
do indiciado sobre a imputação que lhe é feita, 
lavrando-se de todo auto, que será por todos 
assinados. 
 
93. A relação de ordem: condutor, testemunha, 
indiciado, não necessita ser obedecida pela 
autoridade militar que presidir o auto de prisão 
em flagrante delito, pois o CPPM não prevê 
uma ordem para tal procedimento. 
 
94. A prisão em flagrante, deverá ser assinada por 
duas pessoas, pelo menos, que hajam 
testemunhado a apresentação de preso, sendo 
a falta de testemunhas motivo para impedir o 
auto de prisão. 
 
95. Quanto à designação de Escrivão, a autoridade 
militar estadual que presidir o auto, designará 
para exercer as funções de Escrivão, um 
capitão, primeiro ou segundo-tenente, se o 
indiciado for oficial. 
 
96. No caso do indiciado ser praça, a autoridade 
militar estadual poderá designar um 
subtenente ou sargento para ser Escrivão do 
IPM. 
 
97. Nos casos da prisão em flagrante por crime 
militar ser efetuada em lugar não sujeito a 
administração militar, o auto não poderá em 
hipótese alguma ser lavrado por autoridade 
civil. 
 
98. Qualquer ocorrência verificada deverá ser 
registrada, para remessa à autoridade 
judiciária competente, a fim de que esta 
confirme ou não os atos praticados. 
 
99. O auto de prisão em flagrante deve ser 
remetido imediatamente ao juiz competente, 
se não tiver sido lavrado por autoridade 
judiciária; e, no máximo, dentro em cinco dias, 
se depender da realização de diligências 
previstas no art. 246, do mesmo diploma 
processual. 
 
100. Lavrado o auto de flagrante delito, o preso 
passará determinado tempo ainda à disposição 
da autoridade de polícia judiciária militar, após 
esse período determinado o preso será 
encaminhado à disposição da autoridade 
judiciária competente para processar e julgar 
os fatos apresentados. 
 
101. É previsto em uma das etapas do auto de prisão 
em flagrante delito, que se o interrogado for 
menor de 21 anos, deverá ser nomeado 
curador especial, sob pena de relaxamento da 
prisão. 
 
102. O auto é lavrado pelo Escrivão e, encerrado e 
assinado pela autoridade militar competente. 
 
103. No prazo de até 24 (vinte e quatro) horas após 
a realização da prisão, deverá ser expedida e 
fornecida ao preso Nota de Culpa assinada pela 
autoridade militar, com o motivo da prisão, o 
nome do condutor e os das testemunhas, bem 
como, a ciência dos seus direitos 
constitucionais, o qual o preso passará recibo, 
ou se não souber, não puder ou não quiser 
assinar, será assinado por 02 (duas) duas 
testemunhas. 
 
104. O Encarregado do IPM poderá representar pela 
prisão temporária ou mesmo pelas quebras 
dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do 
indiciado, pois o CPPM traz normas processuais 
expressas que permitam tais representações, 
não sendo necessário a integração do Direito 
com outra lei. 
 
105. É correto afirmar que o Encarregado do IPM 
poderá representar pela prisão 
temporária do indiciado quando o mesmo não 
tiver residência fixa ou não fornecer elementos 
necessários ao esclarecimento de sua 
identidade. 
 
106. Quando Houver fundadas razões, de acordo 
com qualquer prova admitida na legislação 
penal, de autoria ou participação do indiciado 
no crime contra o sistema financeiro, caberá ao 
encarregado do IPM representar pela prisão 
temporária do indiciado. 
 
107. A prisão temporária será decretada pelo Juiz, 
em face da única e exclusivamente 
representação da autoridade militar estadual, 
e terá o prazo de 10 (dez) dias prorrogáveis por 
mais 5 (cinco) dias, em caso de extrema e 
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comprovada necessidade. 
 
108. Decretada a prisão temporária, expedir-se-á 
mandado de prisão, em 02 (duas) vias, uma das 
quais será entregue ao indiciado, porém não 
servirá como nota de culpa, sendo necessário 
também sua emissão e a prisão poderá ser 
executada depois de decretado o mandado 
judicial. 
 
109. A troca de informações entre instituições 
financeiras, para fins cadastrais, inclusive por 
intermédio de centrais de risco, observadas as 
normas baixadas pelo Conselho Monetário 
Nacional e pelo Banco Central do Brasil, não 
constitui violação do dever de sigilo, conforme 
Lei Complementar nº 105, de 10/01/01, que 
dispõe sobre o sigilo das operações de 
instituições financeiras. 
 
110. A quebra de sigilo poderá ser decretada, 
quando necessária para apuração de 
ocorrência de qualquer ilícito, em qualquer 
fase do inquérito ou do processo judicial. 
 
111. O Encarregado do IPM deverá 
obrigatoriamente representar pela quebra do 
sigilo bancário do indiciado, em qualquer fase 
do inquérito ou do processo judicial. 
 
112. Será admitida a interceptação de 
comunicações telefônicas quando o fato 
investigado constituir infração penal punida, 
no máximo, com pena de detenção. 
 
113. Em se tratando de interceptação das 
comunicações telefônicas é correto afirmar 
que em toda e qualquer hipótese deve ser 
descrita com clareza a situação objeto da 
investigação, inclusive com a indicação e 
qualificação dos investigados, não cabendo 
exceção a essa regra. 
 
114. Interceptação das comunicações telefônicas 
poderá ser determinada pelo juiz, de ofício ou 
a requerimento, da autoridade policial, na 
investigação criminal ou do representante do 
MP, na investigação criminal e na instrução 
processual penal. 
 
115. O pedido de interceptação de comunicação 
telefônica deverá conter a demonstração de 
que a sua realização é necessária à apuração de 
infração penal, com indicação dos meios a 
serem empregados. 
 
116. O juiz poderá admitir que o pedido seja 
formulado verbalmente, desde que estejam 
presentesos pressupostos que autorizem a 
interceptação, caso em que a concessão será 
condicionada à sua redução a termo. 
 
117. O juiz no prazo de 5 (cinco) dias, decidirá sobre 
o pedido da interceptação de comunicação 
telefônica. A decisão será fundamentada, sem 
possibilidade de nulidade, caso não ocorra 
fundamentação. Na decisão deverá conter a 
indicação também da forma de execução da 
diligência, que não poderá exceder o prazo de 
quinze dias, renovável por igual tempo uma vez 
comprovada a indispensabilidade do meio de 
prova. 
 
118. A interceptação de comunicação telefônica, de 
qualquer natureza, ocorrerá em autos 
apartados, apensados aos autos do inquérito 
policial ou do processo criminal, preservando-
se o sigilo das diligências, gravações e 
transcrições respectivas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO CIVIL 
 
1. A capacidade civil começa com o nascimento 
com vida e termina com a morte. 
 
2. A morte pode ser presumida, independente 
de declaração de ausência, na hipótese de 
extrema probabilidade de morte de pessoa 
que se encontre em perigo de vida e de 
desaparecidos em campanha de guerra ou 
prisioneiros caso não sejam encontrados até 
dois anos após o fim do conflito. 
 
3. Capacidade civil é a aptidão da pessoa para 
exercer direitos e assumir obrigações. 
 
4. A incapacidade civil advém sempre da Lei em 
sentido amplo. 
 
5. O Código Civil, em seu art. 3º, considera 
absolutamente incapazes tão somente os 
menores de dezesseis anos. 
 
6. A incapacidade será absoluta quando houver 
proibição total do exercício do direito pelo 
incapaz, acarretando, em caso de violação, a 
nulidade do ato. 
 
7. Uma vez violada a incapacidade relativa e 
praticado o ato sem a devida assistência, este 
será nulo, dependendo da iniciativa do 
lesado, haja vista que, em certas hipóteses, o 
ato poderá ser confirmado ou ratificado. 
 
8. Os maiores de dezesseis e menores de 
dezoito anos, existe a possibilidade de 
antecipação da aquisição da capacidade civil 
por meio da emancipação, a qual pode 
ocorrer, de forma voluntária, judicial e legal. 
 
9. Os Territórios não são considerados pessoas 
jurídicas de direito público interno. 
 
10. São pessoas de direito público externo os 
Estados estrangeiros e todas as pessoas que 
forem regidas pelo direito internacional 
público. 
 
11. São consideradas como pessoas jurídicas de 
direito privado, as associações, sociedades, 
sociedades de economia mista, empresas 
públicas, fundações, organizações religiosas, 
partidos políticos e as empresas individuais de 
responsabilidade limitada. 
 
12. As pessoas jurídicas de direito público interno 
serão responsabilizadas por atos de seus 
representantes apenas se o postulante 
demonstrar a culpa da pessoa jurídica. 
 
13. Os bens são as coisas materiais ou imateriais 
que tem valor econômico e que podem servir 
de objeto a uma relação jurídica 
 
14. Os bens acessórios podem ser naturais, 
industriais e civis. 
 
15. Praças, ruas e rios são exemplos de bens 
públicos dominicais. 
 
16. Atos jurídicos são todos os eventos, provindos 
da atividade humana ou decorrentes de fatos 
naturais, capazes de ter influência na órbita 
do Direito, por criarem, transferirem, 
conservarem, modificarem ou extinguirem 
relações jurídicas. Quando decorre da ação 
humana, denominam-se fatos jurídicos. 
 
17. Os negócios jurídicos são atos de autonomia 
privada, com os quais o particular regula por 
si só os interesses. 
 
18. A validade do negócio jurídico requer: agente 
capaz; objeto lícito, possível, determinado ou 
determinável; forma prescrita ou não defesa 
em lei. 
 
19. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, 
negligência ou imprudência, violar direito ou 
causar dano a outrem, ainda que 
exclusivamente moral, não comete ato ilícito. 
 
20. A nulidade absoluta é a que se caracteriza 
pela ausência de algum elemento substancial 
do negócio jurídico, quais sejam: livre 
manifestação de vontade, agente capaz, 
objeto lícito e forma prescrita ou não defesa 
em lei. 
 
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21. A nulidade relativa (ou anulabilidade) dos 
negócios jurídicos decorre de vício menos 
grave, quais sejam: da incapacidade relativa 
do agente ou resultante dos chamados vícios 
de consentimento: erro, dolo, coação, estado 
de perigo, lesão ou fraude contra credores. 
 
22. Em regra, os prazos prescricionais podem ser 
impedidos, suspensos ou interrompidos, o 
que não acontece nos casos de decadência, 
salvo expressa previsão legal. 
 
23. O impedimento da prescrição é o fato que 
impede o fluxo normal do prazo, inutilizando 
o já decorrido. 
 
24. Obrigação é a relação jurídica, de caráter 
transitório, estabelecida entre devedor e 
credor e cujo objeto consiste numa prestação 
pessoal econômica sempre positiva. 
 
25. As obrigações naturais podem ser reclamadas 
em juízo, já que são lícitas. 
 
26. A obrigação de dar coisa incerta consiste na 
relação obrigacional em que o objeto, 
indicado de forma genérica no início da 
relação, vem a ser determinado mediante um 
ato de escolha, por ocasião do seu 
adimplemento. 
 
27. Obrigação alternativa é a que contém duas ou 
mais prestações com objetos distintos, e da 
qual o devedor se libera com o cumprimento 
de uma só delas, mediante escolha do credor. 
 
28. A obrigação cuja prestação é suscetível de 
cumprimento parcial, sem prejuízo de sua 
substância e de seu valor, denomina-se 
“Obrigação Divisível”. 
 
29. Na obrigação indivisível, havendo pluralidade 
de devedores, cada um será obrigado pela 
dívida toda. 
 
30. A cessão de crédito é um negócio unilateral, 
gratuito, pelo qual o credor de uma obrigação 
(cedente) transfere, no todo ou em parte, a 
terceiro (cessionário), independentemente 
do consentimento do devedor (cedido), sua 
posição na relação obrigacional, com todos os 
acessórios e garantias, salvo disposição em 
contrário, sem que se opere a extinção do 
vínculo obrigacional. 
 
31. O negócio jurídico bilateral, pelo qual o 
devedor, com a anuência expressa ou tácita 
do credor, transfere a um terceiro os encargos 
obrigacionais, de modo que este assume a sua 
posição na relação obrigacional, denomina-se 
“assunção de dívida”. 
 
32. Constitui-se “pagamento” a execução 
voluntária e exata, por parte do devedor, da 
prestação devida ao credor, no tempo, forma 
e lugar previstos no título constitutivo. 
 
33. O pagamento é feito na forma estipulada, 
podendo o credor ser obrigado a receber 
parcialmente o débito, salvo em casos 
especiais previstos pela lei. 
 
34. Sobre o local do pagamento da obrigação, se 
caso tiver lugar alternativo, ou melhor, 
designação de dois ou mais locais de 
pagamento, caberá ao devedor eleger o que 
lhe for mais conveniente para pagar o débito. 
 
35. Havendo omissão no vencimento, o credor 
poderá exigir o pagamento do débito 
imediatamente, e, se tratando de obrigação 
condicional, no dia do implemento da 
condição. 
 
36. A substituição, nos direitos creditórios, 
daquele que solveu a obrigação alheia ou 
emprestou a quantia necessária para o 
pagamento que satisfez o credor, define-se 
como pagamento com sub-rogação. 
 
37. A dação em pagamento consiste em um 
acordo liberatório, feito entre credor e 
devedor, em que o credor consente na 
entrega de uma coisa diversa da avençada. 
 
38. Novação: é um meio especial de extinção das 
obrigações, até onde se equivalerem, entre as 
pessoas que são, ao mesmo tempo, 
devedores e credoras uma da outra. É um 
pagamento indireto por exigir que os 
credores sejam, concomitantemente, 
devedores um do outro. 
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39. A aglutinação, em uma única pessoa e 
relativamente à mesma relação jurídica,das 
qualidades de credor e devedor, por ato inter 
vivos ou causa mortis, operando a extinção do 
crédito, constitui a compensação. 
 
40. A mora é a inexecução culposa da obrigação, 
como também, a injusta recusa de recebê-la 
no tempo, no lugar e no modo devidos. 
 
41. Purgação é um pacto acessório, pelo qual as 
próprias partes contratantes estipulam, de 
antemão, pena pecuniária ou não, contra a 
parte infringente da obrigação, como 
consequência de sua inexecução culposa ou 
de seu retardamento. 
 
42. “Arras” consistem na indenização pelo 
retardamento no pagamento, e podendo ser 
convencionais ou legais. 
 
43. Não obstante as arras dadas, não poderão as 
partes estipular o direito de arrependimento, 
sendo que, em tal caso, se o arrependido for 
quem as deu, perdê-las-á em favor de quem 
as recebeu, mas se for este, restitui-las-á em 
dobro. 
 
44. Com relação aos contratos, a forma dos 
contratos é, em regra, livre, havendo forma 
específica ou especial apenas quando a lei 
assim o exigir. 
 
45. São objetivos do contrato: licitude do objeto; 
possibilidade física e/ou jurídica do objeto; e, 
objeto certo e determinado, ou ao menos 
determinável, que possua algum valor 
patrimonial. 
 
46. São princípios fundamentais dos contratos: a) 
princípio da autonomia da vontade; b) 
princípio da supremacia da ordem pública; c) 
princípio da improbidade e da boa-fé; d) 
princípio da cobrança legal. 
 
47. O princípio da autonomia da vontade se 
revela de três formas: liberdade de contratar 
ou não sob pena de vício de consentimento; 
liberdade de escolher o outro contratante; e 
liberdade para fixar o conteúdo e abrangência 
do contrato. 
48. O Direito de retenção consiste num direito 
negativo do credor em sustar a entrega da 
coisa alheia que já detém legitimamente, até 
que a parte devedora lhe pague o que é 
devido. 
 
49. Tratando-se de vícios redibitórios, se o 
alienante conhecia o vício, ou o defeito, 
restituirá o que recebeu com perdas e danos; 
se não o conhecia restituirá o valor recebido 
mais despesas com o contrato. 
 
50. Evicção: perda da coisa, por força de decisão 
judicial, fundada em motivo jurídico anterior, 
que a confere a outrem, seu verdadeiro dono, 
e o reconhecimento em juízo da existência de 
ônus sobre a mesma coisa, não denunciado 
oportunamente no contrato. 
 
51. Caso ocorra evento extraordinário e 
imprevisível, que dificulte extremamente o 
adimplemento do contrato por uma das 
partes, ter-se-á a resolução contratual, de 
modo que o lesado não poderá desligar-se da 
obrigação. 
 
52. O direito real se refere apenas a coisa própria. 
 
53. O direito de propriedade sempre será 
limitado. 
 
54. A posse é considerada a exteriorização do 
domínio, ou seja, é o “animus dominis”. 
 
55. A posse é perdida quando o possuidor é 
violentamente repelido do poder sobre o 
bem. 
 
56. As posses diretas e indiretas não podem 
existir simultaneamente. 
 
57. A presunção de propriedade é o efeito mais 
importante da posse. 
 
58. São consideradas ações possessórias atípicas 
a ação de manutenção de posse, a 
reintegração de posse e o interdito 
proibitório. 
 
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59. O possuidor de má-fé não possui direito a 
indenização por nenhuma benfeitoria 
realizada. 
60. A aquisição da posse pode se dar pelo modo 
originário ou derivado, ocorrendo este último 
por meio da tradição; constituto possessório; 
ou acessão. 
 
61. Considera-se o prazo de 10 anos para a perda 
da posse pelo desuso. 
 
62. A propriedade é plena quando reúne os 
seguintes elementos: direito de uso; de gozo; 
de dispor e de reaver a coisa. 
 
63. A tradição faz parte das modalidades de 
aquisição da propriedade imóvel. 
 
64. O usucapião é modalidade de perda da 
propriedade. 
 
65. A enfiteuse está proibida pelo novo código 
civil, no entanto as relações já estabelecidas 
permanecem vigentes sendo regulada pelo 
código anterior. 
 
66. O condomínio pode ser pro diviso, quando 
cada condômino possui parte certa e 
determinada do bem; ou pro indiviso, quando 
os condôminos não têm especificação da 
coisa. 
 
67. A posse não amparada por justo título possui 
defeito que pode originar nulidade absoluta 
ou relativa. 
 
68. A posse nova é instaurada com mais de ano e 
dia. 
 
69. A pessoa jurídica possui os mesmos direitos 
da pessoa física em relação a propriedade do 
bem, seja ele corpóreo ou incorpóreo. 
 
70. O casamento é um contrato, vinculado a 
normas de ordem pública, que tem por fim 
criar a família, promover a união do homem e 
da mulher, de conformidade com a lei. 
 
71. Dos impedimentos ao casamento, podem 
casar o adotado com o filho do adotante. 
 
72. O casamento de estrangeiros pode celebrar-
se perante as autoridades diplomáticas ou 
consulares do país de ambos os nubentes, no 
próprio consulado ou fora dele. 
 
73. O Código Civil permite que, se um dos 
nubentes não possa comparecer no ato 
nupcial, se celebre o matrimônio por 
procuração. 
 
74. Casamento putativo é o casamento nulo ou 
anulável que tenha sido contraído de má-fé 
por pelo menos por um dos cônjuges. 
 
75. A união estável, como entidade familiar 
protegida pela Constituição Federal, 
reconhece vários direitos aos companheiros, 
porém, não reconhece o uso do nome (art. 57 
da Lei n.º 6015/73). 
 
76. Ao contrário dos pedidos de anulação ou 
nulidade, a ação de separação judicial é 
personalíssima, ou seja, só pode ser proposta 
pelos próprios cônjuges. 
 
77. O divórcio pode ser formalizado pela via 
judicial, a pedido de apenas um dos cônjuges. 
 
78. Desde que válido, o vínculo conjugal somente 
termina por meio do divórcio. 
 
79. Alimentos provisórios são os reclamados pela 
mulher ao propor, ou antes de propor, a ação 
de separação judicial ou de nulidade de 
casamento. 
 
80. O direito aos alimentos é irrenunciável e 
personalíssimo, mas obrigação de prestar 
alimentos transmite-se aos herdeiros do 
devedor. 
 
81. Parentes em linha reta são pessoas que não 
descendem umas das outras, mas possuem 
um tronco ancestral comum. Exemplo: 
irmãos, tios, sobrinhos, primos, etc. 
 
82. A tutela é imposta por lei aos menores de 18 
anos, quando falecem seus pais, ou são 
declarados ausentes, ou ainda, quando 
decaírem do poder familiar. 
 
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83. Tutela legítima é a nomeação de tutor por ato 
decorrente de declaração de última vontade, 
pelo pai ou pela mãe, desde que exerçam à 
época da elaboração do testamento o poder 
familiar. 
 
84. A curatela é o encargo público, cometido, por 
lei, a alguém, para reger e defender a pessoa 
e administrar os bens de maiores, que, por si 
sós, não estão em condições de fazê-lo, em 
razão de enfermidade ou deficiência mental. 
 
85. Curatela do ausente: decorre de sentença 
judicial declaratória que necessita ser 
registrada no cartório do último domicílio do 
ausente. 
 
86. Na sucessão a título singular o beneficiário 
não representa o morto, pois não responde 
pelas dívidas da herança, só a parte que lhe 
coube (sub-rogação concreta). 
 
87. Transmite-se a herança aos herdeiros após 
três dias da morte do de cujus, daí a 
importância da exata fixação do dia e da hora 
do óbito. 
 
88. O herdeiro pode abrir mão do seu direito de 
receber a herança que lhe é transmitida por 
meio da renúncia tácita ou presumida. 
 
89. Os herdeiros legítimos concorrem à herança 
na seguinte ordem: I - aos descendentes, em 
concorrência com o cônjuge sobrevivente, 
salvo se casado este com o falecido no regime 
da comunhão universal, ou no da separação 
obrigatória de bens; ou se, no regime da 
comunhão parcial, o autor da herança não 
houver deixado bens particulares; II - aos 
ascendentes, em concorrência com o 
cônjuge; III - ao cônjuge sobrevivente; IV - aos 
colaterais. 
 
90. O Testamento Público é aqueleescrito por 
oficial público, em seu livro de notas com o 
ditado ou as declarações do testador, 
dispensada a presença de testemunhas. 
 
91. Após a morte do testador, será o testamento 
publicado em juízo, com a citação dos 
herdeiros, devendo ser ouvidas pelo menos 
três testemunhas, se as outras duas faltarem, 
por morte ou ausência. O disposto trata-se do 
“Testamento particular ou holográfico”. 
 
92. Legado é a disposição testamentária a título 
singular, pela qual o testador deixa a pessoa 
estranha ou não à sucessão legítima um ou 
mais objetos individualizados ou uma certa 
quantia em dinheiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO PENAL 
 
1. De acordo com a Classificação das Infrações 
Penais, no Brasil dividem-se em três espécies, 
quais sejam: Crime, Delito e Contravenções. 
 
2. Considera-se crime a infração penal que 
a lei comina pena de reclusão ou de detenção, 
quer isoladamente, quer alternativa ou 
cumulativamente com a pena de multa; 
contravenção, a infração penal a que 
a lei comina, isoladamente, pena de prisão 
simples ou de multa, ou ambas. alternativa ou 
cumulativamente. 
 
3. Alguns princípios do Direito Penal estão 
previstos expressamente, a exemplo do 
princípio da insignificância, enquanto que 
outros estão previstos de forma implícita, a 
exemplo dos princípios da individualização da 
pena e o princípio da reserva legal. 
 
4. De acordo com o Princípio da Reserva Legal, 
não há crime sem lei anterior que o defina. 
 
5. As normas penais incriminadoras somente 
poderão ser instituídas mediante Lei em 
sentido estrito. 
 
6. A Lei só pode retroagir para beneficiar o Réu. 
 
7. O Princípio da Intervenção Mínima se divide 
em dois subprincípios, quais sejam: 
Fragmentariedade e Subsidiariedade. 
 
8. O Princípio da Insignificância funciona como 
uma cláusula supralegal de exclusão da 
tipicidade. 
 
9. Haverá crime ainda que a conduta prejudique 
somente a quem o praticou. 
 
10. A Fonte Formal é o meio através do qual, o 
direito penal é exteriorizado no ordenamento 
jurídico. São classificadas em imediatas e 
mediatas. 
 
11. Como fontes formais imediatas podemos 
considerar a Constituição Federal, os 
costumes, os princípios gerais do direito, 
dentre outros. 
12. Para o tempo do crime o Direito Penal 
Brasileiro adotou a TEORIA DA UBIQUIDADE, 
enquanto que, para o lugar do crime, foi 
adotado a TEORIA DA ATIVIDADE. 
 
13. A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena 
imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando 
diversas, ou nela é computada, quando 
idênticas. 
 
14. A contagem do prazo no Direito Penal, inclui-se 
o primeiro dia e considera-se o último. 
 
15. De acordo com a corrente finalista, majoritária 
no Brasil, são elementos constitutivos do 
crime: Fato Típico, Antijurídico e Culpável. 
 
16. O “inter criminis” é delimitado pelas seguintes 
fases: Cogitação, Preparação, Execução, 
Consumação e Exaurimento. 
 
17. São elementos do Fato Típico: Conduta, 
Resultado, Relação de Causalidade e 
Tipicidade. 
 
18. A conduta pode ser comissiva ou omissiva. 
 
19. É chamado de crime comissivo quando o tipo 
penal descreve uma conduta negativa, uma 
inação, um não fazer. 
 
20. A Omissão é penalmente relevante quando o 
omitente devia e podia agir para evitar o 
resultado. 
 
21. A Teoria da Equivalência dos Antecedentes 
Causais, também conhecida como Teoria da 
“conditio sine qua non” é considerada causa 
toda circunstância ou fato anterior, sem o qual 
o resultado não teria ocorrido. 
 
22. O resultado de que depende a existência do 
crime, só é imputável a quem lhe deu causa, 
considera-se causa a ação ou omissão sem a 
qual o resultado não teria ocorrido. 
 
23. A superveniência de causa relativamente 
independente exclui a imputação quando, por 
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si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, 
entretanto, imputam-se a quem os praticou. 
 
24. A Tipicidade penal é a soma da tipicidade 
formal mais a tipicidade material. 
 
25. Tipicidade Formal é a lesão ou perigo de lesão 
perigo de lesão ao bem jurídico tutelado pela 
norma. Não basta a conduta se encaixar no 
modelo legal de crime, mas sim se é capaz de 
causar uma lesão ou um perigo de lesão ao 
bem jurídico. 
 
26. Diz-se o crime consumado, quando nele se 
reúne todos os elementos de sua definição 
legal. 
 
27. Diz-se o crime tentado quando o agente 
iniciado a execução desiste nele prosseguir. 
 
28. Arrependimento Eficaz ocorre quando o 
agente desiste voluntariamente de prosseguir 
na execução, enquanto que a Desistência 
Voluntária ocorre quando, após esgotados 
todos os meios, ele arrepende-se e evita que o 
resultado se produza, só respondendo pelos 
atos já praticados. 
 
29. O Arrependimento posterior dar-se-á 
anteriormente à execução do crime, quando 
reparado o dano ou restituída a coisa até o 
recebimento da denúncia ou da queixa, por ato 
voluntário do agente. 
 
30. Diz-se crime preterdoloso quando a conduta 
inicial é dolosa, mas sobreveio um resultado 
mais grave de natureza culposa. 
 
31. Exclui a ilicitude quando o agente age em: 
Estado de Necessidade, Legítima Defesa, em 
Estrito Cumprimento do Dever Legal ou no 
Exercício Regular de Direito. 
 
32. São elementos da culpabilidade: a 
Imputabilidade, a Potencial Consciência da 
Ilicitude e a Exigibilidade de Conduta diversa. 
 
33. A culpabilidade é do fato, já o fato típico e a 
ilicitude são do agente 
 
34. A culpabilidade é composta pelos elementos 
imputabilidade, potencial consciência da 
ilicitude exigibilidade de conduta diversa. 
 
35. Aquele que for fisicamente coagido, de forma 
irresistível, a praticar uma infração penal 
cometerá fato típico e ilícito, porém não 
culpável. 
 
36. É isento de pena o agente que, por 
embriaguez voluntária completa, era, ao 
tempo da ação ou da omissão, inteiramente 
incapaz de entender o caráter ilícito do fato. 
 
37. Se o fato é cometido sob coação irresistível ou 
em estrita obediência à ordem, não 
manifestamente ilegal, de superior 
hierárquico, é punível o autor da coação ou da 
ordem tendo o autor do fato a pena diminuída 
de um a dois terços. 
 
38. A imputabilidade penal é excluída pela 
doença mental ou desenvolvimento mental 
incompleto ou retardado, que torna o autor, 
ao tempo da ação ou da omissão, 
inteiramente incapaz de entender o caráter 
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo 
com esse entendimento. Certo. 
 
39. Se o agente, por embriaguez, proveniente de 
caso fortuito ou força maior, não possuía, ao 
tempo da ação ou da omissão, a plena 
capacidade de entender o caráter ilícito do 
fato ou de determinar-se de acordo com esse 
entendimento, a pena pode ser reduzida de 
um a dois terços. 
 
40. A inexigibilidade de conduta diversa importa 
em exclusão do crime. 
 
41. São causas de inimputabilidade previstas no 
Código Penal, além de doença mental e 
desenvolvimento mental incompleto ou 
retardado a idade inferior a 18 anos e a 
embriaguez completa, decorrente de caso 
fortuito ou força maior. 
 
42. Na coação moral irresistível, há exclusão da 
antijuridicidade. 
 
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43. O juízo da culpabilidade presta-se para avaliar 
a contrariedade da conduta ao direito. 
 
44. A imputabilidade penal é um dos elementos 
que constituem a culpabilidade e não integra 
a tipicidade. 
 
45. A imputabilidade penal é irrelevante para a 
aplicação da pena, pois não impede a 
condenação do criminoso. 
 
46. A imputabilidade penal é a capacidade de 
entender o caráter ilícito do fato ou de 
determinar-se de acordo com esse 
entendimento. 
 
47. A imputabilidade penal equivale à potencial 
consciência da ilicitude. 
 
48. Aimputabilidade penal equivale à 
exigibilidade de conduta diversa. 
 
49. O agente que, por desenvolvimento mental 
retardado, for, ao tempo da ação delituosa, 
inteiramente incapaz de entender o caráter 
ilícito do fato terá sua pena reduzida. 
 
50. O agente que possuía perturbação de saúde 
mental à época da ação delituosa, não sendo, 
por tal fato, inteiramente capaz de 
determinar-se de acordo com o 
entendimento do caráter ilícito do fato, será 
isento de pena. 
 
51. A embriaguez, pelo álcool ou substância de 
efeitos análogos, não exclui a imputabilidade 
penal, salvo quando culposa. 
 
52. A embriaguez, proveniente de caso fortuito 
ou força maior, poderá gerar a redução da 
pena do agente, presentes os requisitos 
legais. 
 
53. A pena pode ser reduzida de um a dois terços 
se o agente, por embriaguez proveniente de 
caso fortuito, não possuía, ao tempo da ação 
ou omissão, a plena capacidade de entender 
o caráter ilícito do fato ou de comportar-se de 
acordo com esse entendimento. 
 
54. A embriaguez completa e culposa, provocada 
por álcool ou substância de efeitos análogos, 
exclui a imputabilidade penal. 
 
55. O Código Penal adotou o critério biológico 
para aferição da imputabilidade do agente. 
 
56. A embriaguez involuntária incompleta do 
agente não é causa de exclusão da 
culpabilidade nem de redução de pena. 
 
57. A emoção e a paixão não são causas 
excludentes da imputabilidade penal. 
 
58. São causas de exclusão da imputabilidade: 
doença mental, desenvolvimento mental 
incompleto, desenvolvimento mental 
retardado e embriaguez completa 
proveniente de caso fortuito ou força maior. 
 
59. Um médico praticou aborto de gravidez 
decorrente de estupro, sem autorização 
judicial, mas com consentimento da gestante. 
Nessa situação, o médico deverá responder 
por crime, já que provocar aborto sem 
autorização judicial é sempre punível, 
segundo o CPB. 
 
60. Acerca do homicídio privilegiado, a violenta 
emoção, para ensejar o privilégio, deve ser 
dominante da conduta do agente e ocorrer 
logo após injusta provocação da vítima. 
 
61. Não constituem injúria ou difamação punível 
a ofensa não excessiva praticada em juízo, na 
discussão da causa, pela parte ou por seu 
advogado e a opinião da crítica literária sem 
intenção de injuriar ou difamar. 
 
62. Os crimes de calúnia, difamação e injúria 
ofendem a honra objetiva e o patrimônio da 
vítima. 
 
63. O Código Penal brasileiro permite três formas 
de abortamento legal: o denominado aborto 
terapêutico, empregado para salvar a vida da 
gestante; o aborto eugênico, permitido para 
impedir a continuação da gravidez de fetos ou 
embriões com graves anomalias; e o aborto 
humanitário, empregado no caso de estupro. 
 
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64. Não se pune o aborto praticado por médico, 
se a gravidez resulta de estupro e o aborto 
precedido de consentimento da gestante. 
 
65. Os crimes de calúnia e difamação ofendem a 
honra objetiva da vítima. 
 
66. Não é punido o médico que pratica aborto, 
mesmo sem o consentimento da gestante, 
quando a gravidez é resultado de crime de 
estupro. 
 
67. Fernando, sem olhar para trás, deu marcha a 
ré em seu carro, na garagem de sua casa, e 
atropelou culposamente seu filho, o qual, em 
consequência, veio a óbito. Nessa situação, o 
juiz poderá deixar de aplicar a pena, se 
verificar que as consequências da infração 
atingiram Fernando de forma tão grave que a 
sanção penal se torna desnecessária. 
 
68. A mulher que mata o filho logo após o parto, 
por estar sob influência do estado puerperal, 
não comete crime. 
 
69. A pessoa que imputa a alguém fato definido 
como crime, tendo ciência de que é falso, 
comete o crime de difamação. 
 
70. Para a caracterização do crime de calúnia, é 
imprescindível a imputação falsa de fato 
determinado e definido na lei como crime ou 
contravenção penal. 
 
71. Admite-se a exceção da verdade em todas as 
modalidades do crime de difamação. 
 
72. No crime de rixa, a coautoria é obrigatória, 
pois a norma incriminadora reclama como 
condição obrigatória do tipo a existência de 
pelo menos três autores, sendo irrelevante 
que um deles seja inimputável. 
 
73. Distingue-se a calúnia da difamação porque 
nesta, apesar de se atribuir qualidade 
negativa à vítima, não se imputa um fato 
concreto definido como crime. 
 
74. O crime de calúnia admite a exceção da 
verdade, em regra. Todavia não caberá a 
exceção da verdade se, constituindo o fato 
imputado crime de ação privada, o ofendido 
não tiver sido condenado por sentença 
irrecorrível. 
 
75. Não se pune o aborto se a gravidez resulta de 
estupro, sobretudo se é precedido de 
consentimento da gestante. 
 
76. O querelado que, antes da sentença, retrata-
se cabalmente da calúnia ou da difamação, 
deve ter sua pena diminuída de um a dois 
terços. 
 
77. Para a caracterização do delito de difamação, 
é indiferente que a imputação seja falsa ou 
verdadeira. 
 
78. A participação maior ou menor do agente no 
crime não influencia na pena. 
 
79. As circunstâncias e as condições de caráter 
pessoal não se comunicam, mesmo quando 
elementares do crime. 
 
80. O ajuste, a determinação ou instigação e o 
auxílio, salvo disposição expressa em 
contrário, são puníveis, mesmo se o crime não 
chegar a ser tentado. 
 
81. Quem, de qualquer modo, concorre para o 
crime incide nas penas a este cominadas, 
independentemente de sua culpabilidade. 
 
82. Segundo a teoria monista, adotada como 
regra pelo Código Penal brasileiro, todos os 
coautores e partícipes devem responder por 
um crime único. 
 
83. Quem, de qualquer modo, concorre para o 
crime, incide nas penas a este cominadas, na 
medida de sua culpabilidade. Se a 
participação for de menor importância, a 
pena pode ser diminuída. 
 
84. O ajuste, a determinação, a instigação ou o 
auxílio são sempre puníveis sob a forma de 
participação, mesmo que o delito não chegue 
à fase de execução. 
 
85. O CPB no seu art. 146: “Constranger alguém, 
mediante violência ou grave ameaça, ou 
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depois de lhe haver reduzido, por qualquer 
outro meio, a capacidade de resistência, a não 
fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela 
não manda”, está se referindo ao crime de 
constrangimento ilegal. 
 
86. Referente ao crime de constrangimento ilegal, 
se compreendem na disposição deste artigo: I 
- A intervenção médica ou cirúrgica, sem o 
consentimento do paciente ou de seu 
representante legal, se justificada por 
iminente perigo de vida; II - A coação exercida 
para impedir suicídio. 
 
87. Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou 
gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de 
causar-lhe mal injusto e grave: Pena, reclusão 
de um a seis meses, ou multa. Parágrafo único 
- Somente se procede mediante 
representação. 
 
88. Entrar ou permanecer, clandestina ou 
astuciosamente, ou contra a vontade expressa 
ou tácita de quem de direito, em casa alheia 
ou em suas dependências: Pena - Detenção, 
de um a três meses, ou multa, configura o 
crime de violação de domicílio tipificado no 
art. 150 do CPB. 
 
89. Também é tipificado como violação de 
domicílio a entrada ou a permanência em 
casa alheia ou em suas dependências: I - 
Durante o dia, com observância das 
formalidades legais, para efetuar prisão ou 
outra diligência; II - A qualquer hora do dia ou 
da noite, quando algum crime está sendo ali 
praticado ou na iminência de o ser. 
 
90. A expressão “casa” compreende: I - Qualquer 
compartimento habitado; II – Aposento 
ocupado de habitação coletiva; III - 
Compartimento não aberto ao público, onde 
alguém exerce profissão ou atividade. 
 
91. Não se compreendem na expressão "casa": I - 
Hospedaria, estalagem ou qualquer outra 
habitação coletiva, enquanto aberta, salvo a 
restrição do parágrafo 2º do artigo anterior;II 
- Taverna, casa de jogo e outras do mesmo 
gênero. 
 
92. Invadir dispositivo informático alheio, 
conectado ou não à rede de computadores, 
mediante violação indevida de mecanismo de 
segurança e com o fim de obter, adulterar ou 
destruir dados ou informações sem 
autorização expressa ou tácita do titular do 
dispositivo ou instalar vulnerabilidades para 
obter vantagem ilícita: Pena - detenção, de 3 
(três) meses a 1 (um) ano, e multa configura 
crime de violação de dispositivo informático. 
 
93. No crime de violação de dispositivo 
informático não é aumentada a pena de um 
sexto a um terço se da invasão resulta 
prejuízo econômico. 
 
94. Não é punível a subtração de coisa comum 
fungível que o valor não excede a quota a que 
tem direito o agente. 
 
95. Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia 
móvel. Pena - Reclusão, de um a quatro anos, 
e multa, refere-se ao crime de roubo previsto 
no art. 157 do CPB. 
 
96. Furto noturno: a pena aumenta-se de um 
terço, se o crime é praticado durante o 
repouso noturno. 
 
97. § 2º - Se o criminoso é primário, e é de 
pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode 
substituir a pena de reclusão pela de 
detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou 
aplicar somente a pena de multa - Furto 
privilegiado. 
 
98. Não se equipara à coisa móvel a energia 
elétrica ou qualquer outra que tenha valor 
econômico. 
 
99. São formas de qualificadora no crime de furto 
se o crime é cometido: I - Com destruição ou 
rompimento de obstáculo à subtração da 
coisa; II - Com abuso de confiança, ou 
mediante fraude, escalada ou destreza; III - 
Com emprego de chave falsa; IV - Mediante 
concurso de duas ou mais pessoas. 
 
100. Roubo consiste em subtrair coisa móvel alheia, 
para si ou para outrem, mediante grave 
ameaça ou violência a pessoa, ou depois de 
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havê-la, por qualquer meio, reduzido à 
impossibilidade de resistência: Pena - 
Reclusão, de quatro a dez anos, e multa. Na 
mesma pena incorre quem, logo depois de 
subtraída a coisa, emprega violência contra 
pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a 
impunidade do crime ou a detenção da coisa 
para si ou para terceiro. 
 
101. Roubo seguido de morte ou latrocínio é crime 
contra a vida qualificado pela morte. 
 
102. Extorsão é constranger alguém, mediante 
violência ou grave ameaça, e com o intuito de 
obter para si ou para outrem indevida 
vantagem econômica, a fazer, tolerar que se 
faça ou deixar fazer alguma coisa. Pena - 
Reclusão, de quatro a dez anos, e multa. 
 
103. Extorsão mediante sequestro trata do 
sequestro de pessoa com o fito de obtenção 
de vantagem econômica. 
 
104. Na tipificação de extorsão mediante 
sequestro, segundo o CPB, se o sequestro 
dura mais de 12 (doze) horas, se o 
sequestrado é menor de 18 (dezoito) ou maior 
de 60 (sessenta) anos, ou se o crime é 
cometido por bando ou quadrilha, a pena é 
reclusão, de doze a vinte anos. 
 
105. Se do fato da extorsão mediante sequestro 
resulta lesão corporal de natureza grave a 
pena é reclusão, de dezesseis a vinte e quatro 
anos. Se resulta a morte, a pena é a mesma. 
 
106. Se o crime é cometido em concurso, o 
concorrente que o denunciar à autoridade, 
facilitando a libertação do sequestrado, terá 
sua pena reduzida de um a dois terços. 
 
107. Art. 163 – Destruir, inutilizar ou deteriorar 
coisa alheia: Pena - Detenção, de um a seis 
meses, ou multa, tipificado com crime de 
dano. 
 
108. No CPB não tem a modalidade dano 
qualificado. 
 
109. São formas de dano qualificado se o crime é 
cometido: I - Com violência à pessoa ou grave 
ameaça; II - Com emprego de substância 
inflamável ou explosiva, se o fato não 
constitui crime mais grave; III - Contra o 
patrimônio da União, Estado, Município, 
empresa concessionária de serviços públicos 
ou sociedade de economia mista; IV - Por 
motivo egoístico ou com prejuízo 
considerável para a vítima. Pena - Detenção, 
de seis meses a três anos, e multa, além da 
pena correspondente à violência. 
 
110. Obter, para si ou para outrem, vantagem 
ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou 
mantendo alguém em erro, mediante 
artifício, ardil, ou qualquer outro meio 
fraudulento: Pena - Reclusão, de um a cinco 
anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez 
contos de réis traduz em crime de furto 
qualificado. 
 
111. O crime de receptação é adquirir, receber, 
transportar, conduzir ou ocultar, em proveito 
próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto 
de crime, ou influir para que terceiro, de boa-
fé, a adquira, receba ou oculte: Pena - 
Reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
 
112. Receptação culposa é adquirir ou receber 
coisa que, por sua natureza ou pela 
desproporção entre o valor e o preço, ou pela 
condição de quem a oferece, deve presumir-
se obtida por meio criminoso. 
 
113. O CPB não fala na modalidade receptação 
qualificada. 
 
114. Violação de direito autoral ocorre quando não 
há violação ao direito do autor proteger a sua 
obra intelectual. 
 
115. O crime de estupro consiste em constranger 
alguém, mediante violência ou grave ameaça, 
a ter conjunção carnal ou a praticar ou 
permitir que com ele se pratique outro ato 
libidinoso: Pena - Reclusão, de 6 (seis) a 10 
(dez) anos. 
 
116. Violação sexual mediante fraude ocorre 
quando a vítima é violada na sua liberdade 
sexual mediante ato fraudulento praticado 
por terceiro. 
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117. Importunação sexual (art. 215-A) foi 
introduzida ao ordenamento jurídico 
brasileiro pela Lei 13.715/2013. 
 
118. Assédio sexual é constranger alguém com o 
intuito de obter vantagem ou favorecimento 
sexual, prevalecendo-se o agente da sua 
condição de superior hierárquico ou 
ascendência inerentes ao exercício de 
emprego, cargo ou função. Pena - Detenção, 
de 1 (um) a 2 (dois) anos. A pena é aumentada 
em até um terço se a vítima é menor de 18 
(dezoito) anos. 
 
119. Estupro de vulnerável é ter conjunção carnal 
ou praticar outro ato libidinoso com menor de 
15 anos. 
 
120. Incorre na mesma pena quem pratica as ações 
descritas no caput do art. 217-A (com alguém 
que, por enfermidade ou deficiência mental, 
não tem o necessário discernimento para a 
prática do ato, ou que, por qualquer outra 
causa, não pode oferecer resistência). 
 
121. Se da conduta do art. 217-A resulta lesão 
corporal de natureza grave: Pena - Reclusão, 
de 10 (dez) a 20 (vinte) anos. Se da conduta 
resulta morte: Pena - Reclusão, de 12 (doze) a 
30 (trinta) anos. 
 
122. Bigamia não é um crime contra a família. 
 
123. Bigamia consiste em contrair alguém, sendo 
casado, novo casamento. 
 
124. Segundo o crime de bigamia será anulado por 
qualquer motivo o primeiro casamento, ou o 
outro por motivo que não a bigamia, 
considera-se inexistente o crime. 
 
125. Causar incêndio, expondo a perigo a vida, a 
integridade física ou o patrimônio de outrem: 
Pena – Detenção de três a seis anos, e multa. 
§ 1º - As penas aumentam-se de um terço: I - 
So crime é cometido com intuito de obter 
vantagem pecuniária em proveito próprio ou 
alheio; II - Se o incêndio é: a) Em casa habitada 
ou destinada a habitação; b) Em edifício 
público ou destinado a uso público ou a obra 
de assistência social ou de cultura; c) Em 
embarcação, aeronave, comboio ou veículo 
de transporte coletivo; d) Em estação 
ferroviária ou aeródromo; e) Em estaleiro, 
fábrica ou oficina; f) Em depósito de 
explosivo, combustível ou inflamável; g) Em 
poço petrolífero ou galeria de mineração; h) 
Em lavoura, pastagem, mata ou floresta. 
 
126. No crime de incêndio não se admite a 
modalidade culposa. 
 
127. Apologia de crime ou criminoso consiste em 
fazer, publicamente, apologia de fato 
criminoso ou de autor de crime. Pena - 
Detenção, de três a seis meses, ou multa. 
 
128. Associação criminosa, consiste em: 
“Associarem-se 2 ou mais pessoas,para o fim 
específico de cometer crimes”. 
 
129. Na associação criminosa, a pena aumenta-se 
até a metade se a associação é armada ou se 
houver a participação de criança ou 
adolescente. 
 
130. Constituição de milícia privada é: “Constituir, 
organizar, integrar, manter ou custear 
organização paramilitar, milícia particular, 
grupo ou esquadrão com a finalidade de 
praticar qualquer dos crimes previstos no 
CPB”. 
 
131. Se culposo o incêndio, é pena de reclusão. 
 
132. Corromper, adulterar, falsificar ou alterar 
substância ou produto alimentício destinado a 
consumo, tornando-o nociva à saúde ou 
aumentando-lhe o valor nutritivo. 
 
133. Falsificar, corromper, adulterar ou alterar 
produto destinado a fins terapêuticos ou 
medicinais. Pena - reclusão, de 10 (dez) a 
20(vinte) anos, e multa. 
 
134. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o 
fim específico de cometer crimes. Pena - 
reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. Parágrafo 
único. A pena aumenta-se em dobro se a 
associação é armada ou se houver a 
participação de criança ou adolescente. 
 
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135. Constituir, organizar, integrar, manter ou 
custear organização paramilitar, milícia 
particular, grupo ou esquadrão com a 
finalidade de praticar qualquer dos crimes 
previstos neste Código. Pena - reclusão, de 4 
(quatro) a 10 (dez) anos. 
 
136. Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda 
metálica ou papel-moeda de curso legal no país 
ou no estrangeiro. Pena - reclusão, de três a 
doze anos, e multa. Nas mesmas penas incorre 
quem, por conta própria ou alheia, importa e 
exporta, adquire, vende, troca, cede, 
empresta, guarda ou introduz na circulação 
moeda falsa. 
 
137. Quem, tendo recebido de boa-fé, como 
verdadeira, moeda falsa ou alterada, a restitui 
à circulação, depois de conhecer a falsidade, é 
punido com reclusão. 
 
138. Falsificar, no todo ou em parte, documento 
público, ou alterar documento público 
verdadeiro. Pena - reclusão, de dois a seis anos, 
e multa. Se o agente é funcionário público, e 
comete o crime prevalecendo-se do cargo, 
aumenta-se a pena de 1/3 até metade. 
 
139. Para os efeitos penais, equiparam-se a 
documento público os livros mercantis e o 
testamento. 
 
140. Inserir, em documento público ou particular, 
declaração que dele devia constar, ou fazer 
inserir declaração falsa ou diversa da que devia 
ser escrita, com o fim de prejudicar direito, 
criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato 
juridicamente relevante. 
 
141. No crime de falsificação, se o agente é 
funcionário público, e comete o crime 
prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação 
ou alteração é de assentamento de registro 
civil, aumenta-se a pena de 1/3 até metade. 
 
142. Adulterar ou remarcar número de chassi ou 
qualquer sinal identificador de veículo 
automotor, de seu componente ou 
equipamento. Pena - reclusão, de três a seis 
anos, e multa. Se o agente comete o crime no 
exercício da função pública ou em razão dela, a 
pena é aumentada de dois terços. 
 
143. Considera-se funcionário público, para os 
efeitos penais, quem, embora 
transitoriamente ou sem remuneração, exerce 
cargo, emprego ou função pública. Equipara-se 
a funcionário público quem exerce cargo, 
emprego ou função em entidade paraestatal, e 
quem trabalha para empresa prestadora de 
serviço contratada ou conveniada para a 
execução de atividade típica da Administração 
Pública. A pena será aumentada da terça parte 
quando os autores dos crimes previstos neste 
Capítulo forem ocupantes de cargos em 
comissão ou de função de direção ou 
assessoramento de órgão da administração 
direta, sociedade de economia mista, empresa 
pública ou fundação instituída pelo poder 
público. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR 
 
1. O atual Código de Processo Penal Militar 
(CPPM) é o Decreto-lei nº 1.002/69, datado de 
21/10/1969, entrou em vigor em 01/01/1970, 
foi recepcionado pela Constituição Federal de 
1988 com o status de lei complementar. 
 
2. Processo penal militar inicia-se com o 
oferecimento da denúncia pelo Ministério 
Público, efetiva-se com a citação do acusado e 
extingue-se no momento em que a sentença 
definitiva se torna irrecorrível, quer resolva o 
mérito quer não. 
 
3. A Justiça Militar no Brasil foi criada por ato do 
Príncipe Regente D. João VI, por meio de alvará 
em 01/04/1808, com a criação do Conselho 
Supremo Militar e de Justiça, na cidade do Rio 
de Janeiro. 
 
4. A primeira Constituição Brasileira e Imperial de 
1824, outorgada pelo Imperador D. Pedro I, 
trouxe em seu bojo a organização do Poder 
Judiciário e inseriu o Conselho Supremo Militar 
e de Justiça na sua composição. 
 
5. A Constituição Brasileira de 1891, primeira 
Constituição Republicana e promulgada do 
Brasil, embora não tenha inserido a Justiça 
Militar no âmbito do Poder Judiciário, 
estabeleceu o foro especial aos militares, no 
seu artigo 77, parágrafo primeiro. 
 
6. Em 1893, o Conselho Supremo Militar e de 
Justiça foi extinto pelo Decreto-Lei nº 149, 
transformando-se no Supremo Tribunal 
Militar, que era um órgão administrativo com 
funções jurisdicionais. 
 
7. Em 1946, o Supremo Tribunal Militar teve 
alterado o nome para Superior Tribunal Militar, 
nomenclatura até hoje utilizada. 
 
8. O Superior Tribunal Militar tem sede em 
Brasília e possui quinze Ministros vitalícios (dez 
militares e cinco civis), nomeados pelo Senado 
Federal. 
 
9. Na composição do STM, os cinco Ministros civis 
serão escolhidos dentre brasileiros maiores de 
trinta e cinco anos, sendo três dentre 
advogados de notório saber jurídico e conduta 
ilibada, com mais de dez anos de efetiva 
atividade profissional, e dois, por escolha 
paritária, dentre juízes auditores e membros 
do Ministério Público Militar. 
 
10. O Conselho de Justiça do Ceará está 
representado na 10ª Auditoria Militar. 
 
11. O Conselho Especial de Justiça (CEJ), 
competente para processar e julgar as praças 
das Forças Armadas (soldado, cabo, sargento, 
subtenente ou suboficial – Aeronáutica) e a 
praça especial (aspirante-a-oficial, cadete e 
guarda-marinha). 
 
12. Conselho Permanente de Justiça (CPJ), 
constituído trimestralmente, competente para 
processar e julgar o oficial das Forças Armadas 
até o posto de Coronel, atua até o final da ação 
penal militar. 
 
13. Os Conselhos de Justiça são compostos pelo 
juiz auditor (juiz togado) e mais quatro oficiais 
titulares e um suplente (juízes militares), os 
juízes militares pertencem a mesma Força 
Armada do réu militar, acusado formalmente 
na ação penal militar. 
 
14. Os oficiais generais do Exército, Marinha de 
Guerra e Aeronáutica têm foro privilegiado, 
cabendo ao Superior Tribunal Militar processá-
los e julgá-los, quando acusados por crime 
militar. 
 
15. Quando a praça, a praça especial e o civil são 
réus da ação penal militar que tramita na 
Justiça Militar da União, ou ao menos dois 
deles acusados de coautoria em crime militar, 
o Conselho Especial de Justiça é o competente 
para processá-los e julgá-los, também em razão 
da competência atrativa do foro mais especial. 
 
16. Se o réu da ação penal militar na Justiça Militar 
da União for civil, o Conselho Permanente de 
Justiça é o competente para processar e julgar. 
 
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17. A Constituição Federal de 1946 posicionou a 
justiça militar estadual como órgão do Poder 
Judiciário dos estados federados e do Distrito 
Federal, orientação essa que foi seguida pelas 
Constituições posteriores, e previu a criação de 
órgãos de segunda instância, ou seja, os 
Tribunais de Justiças Militares. 
 
18. Sempre que a vítima do crime militar for um 
civil, cabe ao juiz de direito

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