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Conceitos Básicos Em Farmacologia Farmacologia pode ser definida como a ciência que estuda os efeitos das substâncias químicas sobre a função dos sistemas biológicos. Segundo Paul Erlich: “A Ação De Uma Droga Deverá Ser Entendida Em Termos De Interações Químicas Convencionais Entre As Drogas E Os Tecidos“ Droga: qualquer substância de origem natural (animal, vegetal, microbiológica, mineral), sintética ou semi-sintética que ocasiona uma alteração no funcionamento biológico por suas ações químicas sobre o organismo vivo. Efeito benéfico - fármaco - Farmacologia Efeito tóxico - agente tóxico - Toxicologia • O objetivo do uso de um fármaco é utilizá-lo no tratamento, profilaxia e diagnóstico • Veículo farmacológico: meio em que a droga se encontra dispersa FORMA FARMACÊUTICA: É COMO A DROGA SE APRESENTA PARA USO: xarope, comprimido, cápsula, drágeas, injetáveis, líquidos, pomadas, etc. O estudo das interações entre as drogas e o organismo é feito através de duas vertentes da Farmacologia : FARMACOCINÉTICA E FARMACODINÂMICA 1. A FARMACOCINÉTICA estuda as ações do organismo sobre as drogas. Absorção (vias de administração), distribuição, metabolização, excreção. 2. A FARMACODINÂMICA estuda as ações das drogas sobre o organismo. Estuda os efeitos fisiológicos, bioquímicos e o mecanismo de ação dos fármacos. Os Mandamentos Para O Uso Adequado E Administração De Drogas: • Diagnóstico Correto • Droga Correta • Dose Certa • Via De Administração Adequada • Horário Mais Apropriado Para garantir eficácia terapêutica, o médico deve avaliar previamente: • A relação eficácia/toxicidade • Variabilidade individual na resposta • Interações farmacológicas Identificação: 1. Nome Químico: N - ( 4-hidroxifenil ) Acetamida 2. Nome Genérico: acetaminofen 3. Nome De Marca Ou Fantasia ( ® ): Tylenol Denominação Comum Brasileira (DCB) - denominação do fármaco ou princípio farmacologicamente ativo aprovada pelo órgão federal responsável pela vigilância sanitária. Denominação Comum Internacional (DCI) - denominação do fármaco ou princípio farmacologicamente ativo recomendada pela Organização Mundial da Saúde. Nome comercial: designação do produto, para distingui-lo de outros, ainda que do mesmo fabricante ou da mesma espécie, qualidade ou natureza. Remédio: palavra utilizada pelo leigo como sinônimo de medicamento. Na realidade remédio pode ser considera todo e qualquer dispositivo que sirva para tratar o doente ou que alivie uma condição não desejada. Um banho frio, uma bolsa de gelo, uma massagem, um medicamento, entre outros, são exemplos de remédios. Fármaco: substância química conhecida e de estrutura química definida, dotada de efeito terapêutico e que é o princípio ativo do medicamento. Droga: qualquer substância capaz de alterar uma determinada função biológica através de suas ações químicas. Medicamento: produto farmacêutico, tecnicamente elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnósticos. É uma forma farmacêutica terminada que contém o fármaco, geralmente, em associação com adjuvantes farmacotécnicos. Preparações com drogas de ação farmacológica que são utilizadas de acordo com suas indicações e propriedades. Pode ser magistral ou oficinal. Medicamento oficinal: medicamentos que são preparados nas próprias farmácias de acordo com normas e doses estabelecidas nas farmacopéias e com uma designação uniforme. A farmacopéia é o livro que oficializa as drogas de uso corrente e consagradas como eficazes e úteis. Medicamento magistral: é aquele preparado por manipulação em uma farmácia a partir de uma fórmula prescrita por um médico. O medicamento magistral requer uma elaboração artesanal, personalizada e precisa que confere a preparação qualidade, segurança e eficácia Especialidade farmacêutica: são medicamentos de fórmula conhecida, ação comprovada, com uma forma estável e que são comercializados preparados e embalados (especialidade farmacêutica) e que recebem um nome de marca ou fantasia, sendo produzidos pelos laboratórios farmacêuticos. Medicamento Inovador - medicamento apresentando em sua composição ao menos um fármaco ativo que tenha sido objeto de patente, mesmo já extinta, por parte da empresa responsável pelo seu desenvolvimento e introdução no mercado no país de origem, e disponível no mercado nacional. Em geral, o medicamento inovador é considerado referência, entretanto, na ausência do mesmo, a ANVISA indicará o medicamento de referência. Medicamento de Referência – medicamento inovador registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária e comercializado no País, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao órgão federal competente, por ocasião do registro. Geralmente encontra-se há bastante tempo no mercado e tem marca comercial conhecida. Medicamento inovador: medicamento apresentando em sua composição ao menos um fármaco ativo que tenha sido objeto de patente, mesmo já extinta, por parte da empresa responsável pelo seu desenvolvimento e introdução no mercado no país de origem, e disponível no mercado nacional. Em geral, o medicamento inovador é considerado medicamento de referência, entretanto, na ausência do mesmo, a ANVISA indicará o medicamento de referência. Medicamento Similar - aquele que contém o mesmo ou os mesmos princípios ativos, apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica, preventiva ou diagnóstica, do medicamento de referência , mas não tem sua bioequivalência comprovada com o medicamento de referência. Não é intercambiável. É registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária, podendo diferir do medicamento de referência somente em características relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículos, devendo sempre ser identificado por nome comercial ou marca. De acordo com a orientação da Anvisa (Resolução 92/00), os medicamentos similares terão que comprovar sua equivalência farmacêutica e bioequivalência com o medicamento de referência (ao longo do tempo), transformando-se em genérico ou medicamento de marca e, neste caso, não poderão utilizar nome genérico. Medicamento Genérico – é aquele que contém o mesmo fármaco (princípio ativo), na mesma dose e forma farmacêutica, é administrado pela mesma via e com a mesma indicação terapêutica do medicamento de referência no país, apresentando a mesma segurança que o medicamento de referência, podendo, com este, ser intercambiável. É geralmente produzido após expiração ou renúncia da patente e de direitos de exclusividade, comprovando sua eficácia, segurança e qualidade através de testes de biodisponibilidade e equivalência terapêutica, e designado pela DCB ou, na sua ausência, pela DCI. A intercambialidade, ou seja, a substituição segura do medicamento de referência pelo seu genérico, é assegurada por testes de bioequivalência apresentados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária, do Ministério da Saúde. De acordo com a Resolução nº 135, de 29/05/2003 foi permitido ao farmacêutico a substituição do medicamento de referência prescrito, EXCLUSIVAMENTE, pelo genérico correspondente e, neste caso, deve apor seu carimbo, constando do seu nome, inscrição no CRF, datar e assinar. Todavia, as restrições expressas pelo prescritor, de próprio punho, deverão ser observadas. Para obter registro como genérico, deve-se comprovar que o medicamento é equivalente farmacêutico e bioequivalente (no caso de comprimidos, cápsulas, suspensões ou outros, para os quais o teste de bioequivalência seja indicado), em relação ao medicamento de referência, indicado pela GGMEG-ANVISA, garantindo, assim, a intercambialidade e a substituição genérica. As bases técnico-científicas da intercambialidade têm comosuporte as definições da Lei 9787 e da Resolução RDC no 10. Equivalentes Farmacêuticos - são medicamentos que contém o mesmo fármaco, isto é, mesmo sal ou éster da mesma molécula terapeuticamente ativa, na mesma quantidade e forma farmacêutica, podendo ou não conter excipientes idênticos. Devem cumprir com as mesmas especificações atualizadas da Farmacopéia Brasileira e, na ausência destas, com as de outros códigos autorizados pela legislação vigente ou, ainda, com outros padrões aplicáveis de qualidade, relacionados à identidade, dosagem, pureza, potência, uniformidade de conteúdo, tempo de desintegração e velocidade de dissolução, quando for o caso. Biodisponibilidade - indica a velocidade e a extensão de absorção de um princípio ativo em uma forma de dosagem, a partir de sua curva concentração/tempo na circulação sistêmica ou sua excreção na urina. Bioequivalência - consiste na demonstração de equivalência farmacêutica entre produtos apresentados sob a mesma forma farmacêutica, contendo idêntica composição qualitativa e quantitativa de princípio (s) ativo (s), e que tenham comparável biodisponibilidade, quando estudados sob um mesmo desenho experimental. Medicamentos Bioequivalentes - são medicamentos que, ao serem administrados na mesma dose molar, nas mesmas condições experimentais, não apresentam diferenças estatisticamente significativas em relação à biodisponibilidade. Equivalentes farmacêuticos: são medicamentos que apresentam mesmo fármaco, mesma natureza química (mesma base, mesmo sal, éster ou derivado químico), mesma forma farmacêutica, mesmas especificações farmacopéicas (identidade, pureza, potência, concentração, desintegração, dosagem e via de administração), mas podem diferir em excipientes, cor, sabor, forma, agentes de conservação, envase, tempo de vida útil dentro de certos limites. Em conseqüência, podem mostrar diferentes biodisponibilidades. Os medicamentos similares são considerados equivalentes farmacêuticos, e não equivalentes terapêuticos. Equivalência Terapêutica - dois medicamentos são considerados terapeuticamente equivalentes se eles são farmaceuticamente equivalentes e, após administração na mesma dose molar, seus efeitos em relação à eficácia e segurança são essencialmente os mesmos, o que se avalia por meio de estudos de bioequivalência apropriados, ensaios farmacodinâmicos, ensaios clínicos ou estudos in vitro. Os medicamentos genéricos são considerados equivalentes terapêuticos. Produto Farmacêutico Intercambiável - equivalente terapêutico de um medicamento de referência, comprovados, essencialmente, os mesmos efeitos de eficácia e segurança. Biodisponibilidade: trata-se da velocidade e quantidade do fármaco, contido no medicamento, que alcança a circulação sistêmica. Por se tratar de um parâmetro relacionado à absorção, não se aplica a fármacos administrados por via intravascular, uma vez que o processo de absorção não ocorre nesta via. A absorção é a transferência do fármaco do local de administração para a corrente sanguínea. Assim, por definição, um fármaco administrado por via intravenosa é 100% biodisponível, isto é, toda a dose do fármaco é administrada diretamente na corrente circulatória e está disponível para interagir com os receptores e desencadear o efeito farmacológico. Partindo do princípio de que a ação terapêutica de um fármaco depende da sua disponibilização no local de ação, numa concentração efetiva, durante um período determinado, é previsível que, na presença de resultados farmacocinéticos semelhantes, se obtenha uma ação terapêutica equivalente. Em outras palavras, se um mesmo indivíduo apresentar durante um período adequadamente estabelecido, concentrações plasmáticas semelhantes de um mesmo fármaco, a partir de dois medicamentos distintos, supõem-se que se observem efeitos similares. Surge assim o conceito de bioequivalência. Assim como os estudos clínicos são úteis para determinar a segurança e eficácia terapêutica, os estudos de biodisponibilidade são úteis para definir como sua formulação afeta a farmacocinética do princípio ativo. Podemos traçar, a partir dos testes de biodisponibilidade, uma curva de concentração X tempo na circulação sistêmica. Os testes de biodisponibilidade fornecem dois dados muito importantes: (1) a concentração máxima (Cmax) – quantidade máxima absorvida a partir da dose administrada ou pico de absorção; e (2) o tempo gasto para atingir a concentração máxima ou pico de concentração (tmax). Curva estabelecida com dados do teste de biodisponibilidade de um fármaco (quantidade absorvida = concentração plasmática X velocidade de absorção e excreção = tempo na circulação sistêmica) Bioequivalência: é o estudo de biodisponibilidade comparativa entre dois medicamentos administrados em uma mesma via extravascular. Avalia os parâmetros relacionados à absorção do fármaco, a partir da forma farmacêutica administrada, contendo a mesma dosagem e mesmo desenho experimental. Dois produtos são bioequivalentes quando ao serem administrados na mesma dose e via, não demonstram diferenças estatisticamente significativas na quantidade de fármaco absorvido e velocidade de absorção. Os estudos de bioequivalência são realizados em voluntários sadios, em número mínimo de 12. Em alguns casos, esses ensaios requerem o emprego de pacientes (por ex. citotóxicos). Aos medicamentos que se destinam à aplicação local (tópicos, nasal, retal, vaginal, etc.) e cuja ação não resulta de uma absorção sistêmica não são aplicáveis estudos de bioequivalência. Nestes casos devem ser realizados estudos relacionados à eficácia, ou seja, estudos clínicos. Ensaio de bioequivalência: análise pela qual se avalia a biodisponibilidade do medicamento teste (candidato a genérico) contra o medicamento referência, em voluntário sadios. São realizadas as dosagens da concentração da substância ativa ou metabólito(s) em fluidos biológicos em função do tempo O teste de bioequivalência envolve três etapas: clínica, analítica e estatística. Etapa clínica: Nesta etapa elabora-se o protocolo clínico para a administração dos medicamentos teste e referência. Antes da administração dos medicamentos, é coletada uma amostra sangüínea de cada voluntário, que servirá de controle para a certificação de que não há fármaco no organismo. Após a administração do medicamento, são coletadas amostras sangüíneas, conforme um cronograma pré-estabelecido, no qual se garante a absorção de mais de 80% do fármaco. As amostras serão utilizadas para quantificar o fármaco absorvido. Esta etapa deve ser realizada sob Boas Práticas Clínicas (BPC). Etapa Analítica: É a etapa onde os fármacos são quantificados nas amostras coletadas durante a etapa clínica por um método bioanalítico validado. Os valores da concentração de fármaco são plotados em gráfico, obtendo-se uma curva de concentração plasmática em função do tempo. A partir dessa curva, são calculados os parâmetros farmacocinéticos necessários para estabelecer a bioequivalência: pico de concentração (Cmax) e tempo do pico máximo (tmax). Tais parâmetros são comparados estatisticamente. A etapa deve ser realizada sob Boas Práticas de Labratório (BPL). Etapa Estatística: Após quantificação das concentrações do fármaco aplica-se um método estatístico apropriado para analisar os dados e verificar os parâmetros da análise de bioequivalência. Ao final desta etapa, emite-se um relatório integrado das 3 etapas onde consta o parecer com o resultado final da análise. A exigência destes testes está regulamentada pela Resolução da Diretoria Colegiada da Anvisa (Resolução-RDC) nº 133/2003. O registro dos medicamentos na ANVISA é revalidado a cada cinco anos. Todos os medicamentos similares deverão estar regulamentados até 2 de junho de 2013, ou seja, a partir desta data, todos os produtos similares obrigatoriamente terão apresentado os estudos de equivalênciafarmacêutica e bioequivalência. Testes de bioequivalência de uma formulação de amoxicilina e outra de losartan que demonstraram ser bioequivalentes ao medicamento referência. Como os genéricos chegam ao mercado? Após a definição da fórmula e do processo de produção, a empresa deverá cumprir uma série requisitos junto à Anvisa, cumprindo todas as etapas do processo, a saber: Pré-submissão: a empresa apresenta projeto para análise e aprovação junto à Anvisa, constando de fórmula padrão; processo de fabricação; equipamentos utilizados; protocolo com estudos de estabilidade e validação do processo; metodologia analítica utilizada; protocolo de estudos de bioequivalência, que deverá atender às normas estabelecidas na Resolução 10/2001. O projeto é, então, analisado e, se aprovado, a empresa receberá autorização para produção de lotes preliminares a serem utilizados nos estudos acima citados. Registro: a empresa terá que apresentar toda documentação exigida conforme a legislação vigente, como alvará de funcionamento; certificado de Boas Práticas de Fabricação; certificado de responsabilidade técnica; relatório técnico do fármaco, contendo aspectos farmacodinâmicos, farmacocinéticos, toxicológicos, resultados de estudos clínicos realizados. Caso o parecer do técnico seja favorável, após análise completa do processo, o medicamento será considerado genérico e terá seu registro publicado no Diário Oficial da União, após o que poderá ser comercializado, constando em sua embalagem os dizeres: “Medicamento Genérico, Lei 9.787/99”. Pós-registro: após a publicação do registro do produto, a empresa deverá comunicar à Anvisa, entre outros procedimentos, a distribuição de no mínimo três lotes para que a Agência, a seu critério, faça apreensão para análise de controle da qualidade; quais os lotes produzidos e distribuídos mensalmente e, periodicamente, enviar relatórios informando a ocorrência de reações adversas, para garantia do monitoramento da segurança e eficácia do medicamento genérico.Os profissionais de saúde, especialmente médicos e farmacêuticos, deverão comunicar à Anvisa, a ocorrência de reações adversas e/ou ineficácia terapêutica. Houve um grande avanço no processo do registro de medicamentos. A Anvisa deixou de ser um órgão cartorial, que se preocupava apenas com papéis e passou a exercer todo o seu potencial técnico, sendo de extrema importância na garantia da qualidade do Genérico, fator fundamental para assegurar a sua credibilidade junto à população. Ao farmacêutico cabe, agora, também um papel decisivo no processo, contribuindo em diversas atividades, como por exemplo: estudos de estabilidade, desenvolvimento de metodologia analítica, validação de processos produtivos, estudos de bioequivalência, farmacovigilância e assistência farmacêutica. Todos os genéricos terão que apresentar estudos de bioequivalência? Não. Para alguns medicamentos, incluindo soluções parenterais, a intercambialidade é adequadamente assegurada pela implementação das Boas Práticas de Fabricação. Para determinadas classes de produtos biológicos, como vacinas, soros, produtos derivados do plasma e do sangue humano, e produtos obtidos por biotecnologia, a intercambialidade depende também de outras considerações, requerendo muitas vezes estudos clínicos que comprovem sua eficácia terapêutica. Estão isentos dos estudos de bioequivalência: - medicamentos administrados por via parenteral como soluções aquosas ou pós para reconstituição que resultem em solução que contém o mesmo fármaco, na mesma concentração em relação ao medicamento de referência e, essencialmente, os mesmos excipientes em concentrações comparáveis; - soluções ou pós para reconstituição que resultem em solução de uso oral que contém o mesmo fármaco, na mesma concentração em relação ao medicamento de referência e que não contêm excipientes que afetem a motilidade gastrintestinal ou a absorção do fármaco; - gases medicinais; - soluções aquosas óticas ou oftálmicas que contêm o mesmo fármaco, na mesma concentração em relação ao medicamento de referência e, essencialmente, os mesmos excipientes em concentrações comparáveis; - medicamentos de uso tópico, não destinados a efeito sistêmico, que contêm o mesmo fármaco, na mesma concentração em relação ao medicamento de referência e, essencialmente, os mesmos excipientes em concentrações comparáveis; - produtos inalatórios ou sprays nasais, apresentados sob forma de solução aquosa, que contêm o mesmo fármaco, na mesma concentração em relação ao medicamento de referência e, essencialmente, os mesmos excipientes em concentrações comparáveis; - medicamentos de uso oral cujos fármacos não sejam absorvidos no trato gastrintestinal (por exemplo, antiparasitários). Por que os genéricos podem ser mais barato? Em geral, os preços mais altos dos medicamentos de marca permitem à empresa recuperar o seu investimento na pesquisa e no desenvolvimento de novos fármacos. Estudos elaborados nos EUA mostram que o desenvolvimento de um fármaco pode levar 11 ou 12 anos e tem um custo de cerca de US$ 200 milhões. Por sua vez, os fabricantes de medicamentos genéricos “copiam” um determinado medicamento – não necessitam fazer investimentos em pesquisas para o seu desenvolvimento. Além disso, esses fabricantes não necessitam fazer propaganda, pois não há marca a ser divulgada, o que também reduz os custos do medicamento. Dentre as divisões da farmacologia estão: - Farmacodinâmica: contempla o estudo do local e mecanismo de ação, efeitos terapêuticos e tóxicos de um fármaco. Considerada a base da farmacoterapia. - Farmacocinética: estuda as vias de administração, absorção distribuição, biotransformação e excreção dos fármacos. - Farmacognosia: estuda a origem, as características, a estrutura, e composição química das drogas no seu estado natural sob a forma de órgãos ou organismos vegetais e animais, assim como seus extratos. - Farmacovigilância: é o conjunto de atividades destinadas a identificar e avaliar os efeitos do uso agudo e crônico dos medicamentos na população ou em subgrupos de pacientes expostos a tratamentos específicos. Nasceu após as atenções que foram dispensadas a alguns desastres da terapêutica, como por exemplo, o caso da Talidomida no início da década de sessenta.
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