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MT1-Problema3

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Anne Karolyne Morato – P3 
 
Tutoria 
 
 
 
Compreender a fisiologia do 
crescimento e desenvolvimento: 
Conceito: 
→ Crescimento: aumento da massa 
corporal do indivíduo, avaliada de forma 
quantitativa. 
→ Desenvolvimento: avalia a capacidade do 
individuo de realizar funções/atividades 
cada vez mais complexas, avaliada de 
forma qualitativa. 
 
Crescimento: 
→ Fatores que influenciam o crescimento 
humano: 
 GH – Hormônio do crescimento 
(chamado também de somatotropina 
ou somatotrópico) 
• Produzido na hipófise, exerce sua 
função de crescimento mediante 
a regulação do sistema IGF. 
 IGFs – substancias intermediarias do 
GH (chamadas de somatomedinas) 
• IGF-1 e IGF-2 
• Produzidos na maioria dos órgãos 
e tecidos do organismo, 
possuindo ações autócrinas, 
parácrinas e endócrinas sobre o 
metabolismo, proliferação, 
crescimento e diferenciação 
celular. 
 Herança genética 
→ O GH é produzido pelos somatotrofos, 
que é um tipo celular especifico da 
hipófise anterior. 
→ Sobre a velocidade de crescimento: é 
constatado que a mesma se apresenta 
elevada no 1º ano de vida, decresce aos 
poucos e atinge valores relativamente 
estáveis por volta dos 4 anos de idade. 
A puberdade é o 2º período de alta 
concentração de GH, e 
consequentemente, do ganho de 
estatura. Este processo é finalizado a 
medida que a maturação óssea se 
completa e o individuo atinge sua 
estatura final. 
 
Funções fisiológicas do GH: 
→ Ao contrário de outros hormônios 
hipofisários, o GH não age através de 
uma glândula-alvo, e sim, exerce seus 
efeitos diretamente sobre quase todos 
os tecidos do corpo humano. 
→ Ele provoca o crescimento de quase 
todos os tecidos do corpo que são 
capazes de crescer. 
→ Realiza o aumento do tamanho das 
células e o aumento no número de 
mitoses. 
→ Promove uma multiplicação e uma 
diferenciação especifica de alguns tipos 
celulares, tais como as células de 
crescimento ósseo e células musculares 
iniciais. 
Mt1 – crescimento e 
desenvolvimento 
 
 
Anne Karolyne Morato – P3 
 
→ Além dos seus efeitos sob o 
crescimento, ele apresenta também 
diversos efeitos metabólicos. De maneira 
geral, pode-se dizer que ele aumenta a 
quantidade de proteína do corpo 
(elevando a taxa de síntese de 
proteínas), utiliza as reservas de gordura 
e poupa os carboidratos. 
→ O GH aumenta o transporte da maioria 
dos aminoácidos através das membranas 
celulares para o interior das células. 
Obviamente isto aumenta as 
concentrações de aminoácidos dentro 
destas. Este efeito é responsável 
parcialmente pelo aumento da síntese 
de proteínas. 
→ O GH também promove o aumento da 
tradução do RNA para promover a 
síntese de proteínas pelos ribossomos. E 
em intervalos maiores (24-48h), esse 
hormônio estimula a transcrição do DNA 
no núcleo, levando a formação de 
quantidades aumentadas de RNA. Isso 
também promove uma maior síntese 
proteica e o crescimento (se houver 
energia, aminoácidos, vitaminas e outros 
requisitos necessários). Esta função é a 
mais importante promovida pelo GH. 
Além do aumento da síntese de 
proteínas, o GH também reduz o 
catabolismo destas e dos aminoácidos. 
→ Paralelamente, o GH aumenta a 
conversão de ácidos graxos em 
acetilcoenzima A e a sua posterior 
utilização como fonte de energia. Logo, 
sob influencia do GH, a gordura é 
utilizada como fonte de energia 
preferencialmente ao uso de 
carboidratos e de proteínas, poupando 
estes dois últimos substratos este efeito 
(promoção da utilização da gordura) 
juntamente com o efeito anabólico 
proteico do GH, resulta em uma 
elevação significativa da massa magra 
corporal. 
→ Em relação ao metabolismo dos 
carboidratos, o GH reduz a captação do 
uso da glicose pelos tecidos. Além de 
aumentar a produção de glicose pelo 
fígado e aumentar a secreção de 
insulina. O efeito mais relevante, 
entretanto, é a diminuição da taxa de 
utilização da glicose pelas células de todo 
o organismo. Isso aumenta a 
concentração sanguínea de glicose. 
Logo, diz-se que o GH tem um efeito 
diabetogênico, com o aumento da 
secreção de insulina devido a alta 
glicemia. 
→ A principal consequência do GH é 
aumentar o crescimento esquelético, 
isso resulta de efeitos variados do GH 
sobre os ossos, incluindo: 
 O aumento da deposição de 
proteínas pelas células osteogênicas 
e condrocíticas que causam o 
crescimento ósseo; 
 O aumento da taxa de reprodução 
destas células; 
 O efeito especifico de conversão de 
condrócitos em células osteogênicas, 
causando assim a formação de osso 
novo. 
Anne Karolyne Morato – P3 
 
→ Em resposta ao estimulo do GH, os 
ossos longos crescem em comprimento 
nas cartilagens epifisárias, onde as 
epífises – nas extremidades dos ossos – 
estão separadas das partes longas. Esse 
crescimento provoca primariamente a 
deposição de cartilagem nova, seguida 
por sua conversão em osso novo, 
aumentando assim a parte longa e 
empurrando as epífises cada vez mais 
pra longe. Concomitantemente, a 
cartilagem epifisária sofre um consumo 
progressivo, sendo que no final da 
adolescência quase não resta cartilagem 
epifisária para permitir o crescimento 
adicional do osso. Assim, ocorre a fusão 
das epífises em cada extremidade, 
tornando-se impossível aumentar o 
comprimento do osso e, 
consequentemente, o crescimento 
humano em estatura é cessado. 
 
→ O GH também age como forte 
estimulador dos osteoblastos. Assim, os 
ossos podem continuar a aumentar de 
espessura durante toda a vida sob a 
influencia do GH, especialmente os ossos 
membranosos, como os ossos do crânio 
e da mandíbula. 
Regulação do GH: 
→ Estimulam a secreção do GH: 
 Além do hormônio liberador do GH 
(GHRH), o jejum (especialmente com 
deficiência de proteínas grave). 
 A hipoglicemia, a baixa concentração 
de ácidos graxos livres no sangue. 
 O sono profundo (estágios II e IV), 
testosterona e estrogênio. 
 Exercício moderado, excitação, 
estresse e trauma. 
→ A secreção do GH é controlada por 2 
fatores secretados no hipotálamo, que 
são levados para a hipófise anterior 
através do sangue. 
 Hormônio liberador do GH (GHRH) 
 Hormônio inibidor do GH 
(somatostatina) 
→ O GHRH estimula a secreção de GH 
atuando mediante receptor especifico 
acoplado a proteína G (AMPc), enquanto 
a somatostatina exerce ação inibitória. 
→ O feedback negativo faz o controle da 
secreção do GH. Quando há 
administração de GH exógeno, observa-
se supressão ou queda da secreção de 
GH endógeno. 
→ O maior controlador da secreção do GH 
é o estado nutricional dos tecidos a 
longo prazo, especialmente seu nível de 
nutrição proteica. Sendo que depois da 
pratica de exercícios intensos, há maior 
taxa de secreção de GH. 
→ A secreção do GH é do tipo pulsátil, 
aumentando e diminuindo. Ocorre 
principalmente no inicio das fases III e IV 
Anne Karolyne Morato – P3 
 
do sono, com meia-vida inferior a 20 
minutos. Esta rápida liberação no sangue 
é explicada pela fraca união que o GH 
possui com as proteínas plasmáticas. Em 
um dia normal ocorrem 6 a 10 pulsos 
secretórios, principalmente a noite, com 
concentrações entre os pulsos tao 
baixas quanto 0,04 μg/L. A amplitude 
dos pulsos e a quantidade de GH 
secretada variam com a idade, 
aumentando durante a puberdade e 
diminuindo na vida adulta, 
progressivamente, até alcançar níveis 
muito baixos. 
 
Sistema GH-IGF: 
→ O GH exerce grande parte de seus 
efeitos através de substâncias 
intermediárias, chamadas de 
“somatomedinas” ou fatores de 
crescimento semelhantes a Insulina 
(IGFs). 
→ Os IGFS são assim denominados, pois 
apresentam elevado grau de semelhança 
estrutural com a pró-insulina, além de 
possuir efeitos semelhantes ao da 
Insulina no que diz respeito ao 
crescimento. 
→ Em resposta ao GH, células no fígado, 
no musculo esquelético, na cartilagem, 
no osso e em outros tecidos secretamos IGFs, que podem entrar na corrente 
sanguínea ou agir loucamente. No 
entanto, para que o crescimento seja 
adequado tanto o IGF circulante, de 
origem principalmente hepática, quanto 
os IGFs produzidos nos tecidos são 
fundamentais. 
→ Os IGFs estimulam a síntese de 
proteínas, ajudam na manutenção da 
massa óssea e muscular, estimulam a 
cicatrização de lesões e o reparo dos 
tecidos. Quem os codifica são os genes 
localizados no braço longo do 
cromossomo 12 (IGF1) e no braço curto 
do cromossomo 11 (IGF2). 
→ O GH é um dos principais promotores 
da produção de IGF-1 após o nascimento. 
O estado nutricional também contribui 
com esta função. 
→ Os IGFs exercem suas ações mediante 
interação com dois diferentes 
receptores, os receptores de IGF tipo 1 
e do tipo 2. 
 
Sistema GH-IGF durante a 
puberdade: 
→ O aumento das concentrações dos 
esteroides sexuais (testosterona e 
estrogênio) estimula a secreção do GH. 
O que acaba resultando no aumento 
significativo da velocidade de 
crescimento, que ocorre antes nas 
meninas e mais tarde nos meninos. Após 
a puberdade, mesmo que haja 
concentrações elevadas de hormônios 
sexuais, a secreção de GH gradualmente 
retorna a quantidades quase inexistentes 
. 
Outros hormônios envolvidos: 
→ Existe a necessidade da insulina e de 
carboidratos para a ação promotora de 
Anne Karolyne Morato – P3 
 
crescimento do GH. Pois, ambos 
fornecem energia necessária para o 
metabolismo do crescimento. 
→ A capacidade da insulina de aumentar o 
transporte de alguns aminoácidos para 
dentro das células é também 
especialmente importante. Sem insulina, 
o crescimento humano é ausente ou 
deficiente. 
→ O hormônio tireoidiano (tiroxina), o 
glucagon, os esteroides sexuais e a 
dopamina também promovem a 
secreção de GH, agindo no hipotálamo 
e/ou na hipófise. Logo, esses hormônios 
também contribuem para o crescimento 
humano. 
 
Desenvolvimento normal: 
→ Assim como a avaliação do crescimento 
da criança, a vigilância do seu 
desenvolvimento é parte essencial do 
conjunto de cuidados que visam a 
promover uma infância saudável, com 
vistas a um adulto socialmente adaptado 
e integrado. 
→ O termo “desenvolvimento” tem sido o 
mais utilizado para abranger os vários 
aspectos interligados que caracterizam a 
evolução dinâmica do ser humano a 
partir de sua concepção. Outros termos, 
como “maturação”, por exemplo, 
também concorrem para definir o 
significado desse processo de 
construção que resulta da interação 
entre a influência biológica da própria 
espécie e do próprio indivíduo e a sua 
história e seu contexto sociocultural. 
→ É importante enfatizar que, embora a 
carga genética seja fator determinante, 
o desenvolvimento humano emerge a 
partir da interação com os fatores 
ambientais, portanto, é fundamental que 
ocorra uma ampla e adequada variação 
de estímulos e experiências, para 
favorecer todo o seu potencial. 
→ Do ponto de vista biológico, o sucesso 
do desenvolvimento depende da 
integridade dos vários órgãos e sistemas 
que concorrem para lhe condicionar, 
principalmente o sistema nervoso, que 
participa de toda ordenação funcional 
que o indivíduo irá experimentar. 
→ Neste aspecto, é importante salientar 
que o tecido nervoso cresce e 
amadurece sobretudo nos primeiros 
anos de vida, portanto, nesse período, é 
mais vulnerável aos agravos de natureza 
diversa e às adversidades das condições 
ambientais que podem ocasionar 
prejuízos relacionados aos processos em 
desenvolvimento. Por outro lado, por sua 
grande plasticidade, é também nessa 
época que a criança melhor responde 
aos estímulos que recebe e às 
intervenções, quando necessárias. 
→ O estudo do desenvolvimento 
compreende alguns domínios de função 
interligados, quais sejam: sensorial, motor 
(geralmente subdividido em habilidades 
motoras grosseiras e habilidades motoras 
finas), da linguagem, social, adaptativo, 
emocional e cognitivo. 
Anne Karolyne Morato – P3 
 
 
 Motor – capacidade de locomoção; 
uso dos grandes grupamentos de 
músculos. 
 Adaptativo – capacidade de realizar 
movimentos finos; usar as mãos; 
construir objetos da nossa cultura 
(movimento de pinça). 
 Social – capacidade de seguir regras 
sociais e interagir. 
 Linguagem – capacidade de 
comunicação; uso de palavras com 
sentido e significado. 
→ O desenvolvimento neuropsicomotor é 
sequencial e previsível, segue uma 
mesma sequência em todos os 
indivíduos, pois segue a carga genética, 
apesar de ser influenciado por fatores 
ambientais. É crânio caudal (primeiro a 
criança sustenta a cabeça e depois 
anda). 
 
 
 
Anne Karolyne Morato – P3 
 
Entender a projeção de altura 
alvo e o estadiamento de Tanner: 
Puberdade: 
→ A puberdade é o período de transição 
entre a infância e a vida adulta, nas 
meninas inicia-se geralmente aos 8-13, e 
nos meninos aos 9-14 anos. 
→ A primeira manifestação clínica na 
menina é o aparecimento do broto 
mamário (telarca) em resposta ao início 
da produção estrogênica pelos ovários. 
→ No menino, observa-se como primeira 
manifestação o aumento de volume 
testicular atingindo 4 mL ou cm3. 
→ Na menina, a partir do início da 
puberdade e por ação dos esteroides 
sexuais, começam a ocorrer as 
modificações corporais que vão 
redundar em um indivíduo com 
capacidade reprodutiva estabelecida. 
Assim, as meninas, além do aumento das 
mamas, começam a apresentar outras 
mudanças na forma corporal com 
aumento dos depósitos de gordura na 
região dos quadris e das mamas. A 
menarca ocorre cerca de 2 anos após o 
início da puberdade (M2), geralmente no 
estágio M4 de Tanner, portanto, em 
época de desaceleração do crescimento. 
→ No menino, ocorre acentuação do 
crescimento biacromial, aumento da 
massa muscular, da força e da 
resistência física. A primeira ejaculação 
ocorre mais tardiamente, quando os 
testículos atingem 10 a 12 mL de volume, 
algumas vezes durante o sono (polução 
noturna). Mais da metade dos meninos 
tem ginecomastia puberal transitória, 
tendendo a desaparecer entre 1 e 2 
anos. No final da puberdade ocorre 
alteração no timbre da voz pela ação 
hormonal na laringe. 
 
 
→ Fase inicial da puberdade (10-13 anos): 
 Características sexuais secundarias 
 Crescimento 
 Desenvolvimento da capacidade 
reprodutiva 
 Produção de andrógenos pelas 
adrenais (odor, pelos pubianos, acne). 
 Aumento da sensibilidade da hipófise 
ao hormônio liberador de LH e FSH. 
 Desenvolvimento neuronal 
 Menarca: normalidade é de 9-16 anos 
e ocorre geralmente 2 anos mais 
tarde que o aparecimento do broto 
mamário 
 Aumento da faringe e laringe, 
havendo mudança na voz 
 Alongamento do globo ocular – 
podendo causar miopia 
 Alterações dentarias 
 
 
 
 
 
Anne Karolyne Morato – P3 
 
→ Fase média da puberdade (14-16 anos): 
 Velocidade de crescimento maior 
 Aumento do peso em períodos 
parecidos com o da altura 
 Aumento da massa muscular 
 Massa magra aumenta nos meninos 
e diminui nas meninas 
 Maturação óssea (fechamento da 
cartilagem epifisária) 
 Alargamento do ombro em meninos 
e quadril em meninas 
 Duplica o tamanho do coração e a 
vitalidade dos pulmões 
 PA aumenta 
 Estimulação das glândulas sebáceas: 
acne 
 Alterações na fisiologia do sono, 
podendo haver insônia 
 Útero fica maduro 
 Lubrificação vaginal 
 Alongamento do pênis 
 
→ Fase tardia da puberdade (17-20 anos): 
 17-18 anos: finaliza o desenvolvimento 
das mamas, pênis e pelos pubianos 
 Alterações na distribuição de pelos 
nos homens que podem persistir por 
anos: exemplo, face e tórax 
 
Puberdade precoce: 
→ Por definição clássica, puberdade 
precoce ocorre quando o 
desenvolvimento dos caracteres sexuais 
secundários acontece antes dos 8 anos 
em meninas e antes dos 9 anos em 
meninos. 
→ No sexo feminino a puberdade precoce 
central (PPC) tem origem idiopáticaem 
90% dos casos, por ativação precoce do 
eixo HHO, manifestando-se inicialmente 
pelo desenvolvimento das mamas. No 
sexo masculino, 70% são de causa 
orgânica. 
→ A puberdade precoce pode ser de 
origem central, dependente de 
gonadotrofinas, ou periférica, 
independente das gonadotrofinas. Outra 
classificação importante diz respeito à 
concordância dos caracteres sexuais 
com o sexo do indivíduo. 
→ A importância do diagnóstico dessas 
afecções decorre da necessidade de 
identificação e tratamento de lesões 
expansivas intracranianas e, nas formas 
fisiológicas, de evitar a fusão prematura 
das epífises de crescimento 
desencadeada pelos esteroides sexuais e 
consequente comprometimento da 
estatura final. Outro dado a ser 
valorizado, além da idade do 
aparecimento, é a velocidade observada 
nas mudanças, que podem ocorrer de 
forma lenta, como na puberdade normal, 
ou rapidamente progressiva, que requer 
reconhecimento e tratamento precoce. 
→ Para o diagnóstico, o aparecimento dos 
caracteres sexuais secundários, 
classificados segundo critérios de 
Tanner, seguindo a cronologia normal, 
isto é, aparecimento de mamas nas 
meninas e aumento do volume testicular 
nos meninos acima de 4 mL, pode 
indicar PPC. 
Anne Karolyne Morato – P3 
 
Atraso puberal: 
→ Considera-se como atraso puberal a falta 
de desenvolvimento dos caracteres 
sexuais secundários aos 13 anos de idade 
nas meninas e 14 anos nos meninos, ou 
seja, ausência de broto mamário e 
testículo menor que 4 mL, 
respectivamente. 
→ Tem como causa mais comum o atraso 
constitucional do crescimento e da 
puberdade (ACCP), condição duas vezes 
mais frequente nos meninos do que nas 
meninas, com herança genética 
consistente com padrão autossômico 
dominante. 
→ Tanto a puberdade quanto a maturação 
óssea e o crescimento estão atrasados 
por falta de ativação do eixo HHO. 
→ O exame clinico deve ser normal para a 
idade óssea e sem alterações olfativas. 
→ As causas patológicas de atraso puberal 
podem ser classificadas, do ponto de 
vista bioquímico, em hipogonadotrófica 
ou hipergonadotrófica. Nos meninos, o 
hipogonadismo hipogonadotrófico, além 
da ausência de caracteres sexuais e de 
desenvolvimento testicular, apresenta 
baixos níveis séricos de testosterona e 
concentrações normais ou baixas dos 
hormônios FSH e LH, sejam basais ou 
após estímulo com GnRH injetável. Nas 
meninas, ocorre ausência de 
desenvolvimento puberal aos 13 anos de 
idade e baixos níveis de FSH e LH. 
 
 
Projeção de altura alvo: 
→ Estatura-alvo ou altura-alvo é um critério 
para se avaliar se o canal ou percentil de 
crescimento no qual a criança está 
crescendo, é ou não o esperado para 
aquela criança, com base na altura de 
seus pais. 
 
→ O resultado desse cálculo indica o canal 
de crescimento familiar. Considera-se 
normal uma variação de +- 5 cm. 
→ Por exemplo: se uma menina tem uma 
mãe com altura de 160 cm e um pai de 
altura 173 cm, a altura-alvo estimada para 
ela será de 160 cm, com variação entre 
155-165 cm. 
 
Estadiamento de Tanner: 
→ O desenvolvimento e a maturação 
sexual podem ser acompanhados 
utilizando-se os critérios de Marshall e 
Tanner, pois, em condições normais, há 
uma sequência cronológica de 
modificações. 
→ Em ambos os sexos, avalia-se a 
quantidade e distribuição dos pelos 
púbicos (P). 
Anne Karolyne Morato – P3 
 
 
→ Para o sexo feminino, a evolução do 
desenvolvimento mamário (M) e, para o 
sexo masculino, o desenvolvimento da 
bolsa escrotal e do pênis (G). 
 
 
→ A avaliação do volume testicular 
utilizando-se o orquidômetro de Prader 
pode trazer informações importantes, 
pois, quando está abaixo de 3 mL, 
corresponde normalmente ao estádio 1 
e, quando está acima de 20, já equivale 
ao estádio 5. 
 
 
Conhecer as curvas de 
crescimento (Escore Z): 
Curva de crescimento/Escore Z: 
→ Quando uma mãe ou cuidador externa 
alguma preocupação com o 
crescimento da criança, essa 
preocupação é resultado de 
comparações realizadas no dia a dia (um 
primo mais alto, mas de mesma idade, 
ser o menor da classe, demorar em 
mudar o tamanho da roupa). A avaliação 
do crescimento pelo pediatra também é 
feita por comparação, só que com 
curvas de crescimento. 
→ O MS do Brasil adotou as curvas da 
OMS, e são elas que fazem parte da 
caderneta de saúde de cada criança. São 
apresentadas curvas do nascimento até 
2 anos, dos 3 aos 5 e dos 5 aos 20, 
para comprimento/altura, e índice de 
massa corporal (IMC), e para o peso até 
Anne Karolyne Morato – P3 
 
os 10 anos, para os sexos masculino e 
feminino. 
→ Uma forma de comparar peso e 
estatura de um paciente 
especificamente com a média 
populacional, depende do cálculo do 
desvio padrão, que é feito através da 
seguinte formula: 
 
 Escore Z +3: percentil 99,8 
 Escore Z +2: percentil 97,7 
 Escore Z +1: percentil 84,2 
 Média: percentil 50 (Mediana) 
 Escore Z -1: percentil 15,8 
 Escore Z -2: percentil 2,28 
 Escore Z -3: percentil 0,15 
 
 
Peso: 
→ A criança dobra de peso de nascimento 
aos 4-5 meses, triplica aos 12 meses e 
quadruplica com 2-2 anos e 6 meses. 
→ De 2-8 anos, cada criança ganha em 
média 2kg/ano. Existe uma formula para 
o calculo aproximado do peso que pode 
ser usada para crianças de 3-11 anos. 
 Peso (kg) = idade (anos) x2 +9. 
 
 
Altura/estatura 
→ Crescimento = em crianças até 2 anos. 
→ Altura = em crianças com +2 anos. 
→ Estatura = faz referência a ambos os 
termos. 
→ O comprimento médio das crianças ao 
nascimento é de 50 cm. 
→ No 1º semestre de vida 15 cm. 
→ No 2º semestre de vida 10 cm. 
→ Ao final do 1º ano de vida a criança 
cresce 25 cm, cerca de 50% do seu 
comprimento ao nascimento. 
→ Com 4 anos a criança mede em torno 
de 1 metro. 
→ Formula de acordo com a idade (de 3 
até 11 anos): 
 Altura (cm) = (idade – 3) x6 +95. 
Anne Karolyne Morato – P3 
 
Perímetro cefálico 
→ É uma medida que representa o 
crescimento do cérebro. 
→ Nos primeiros meses de vida de muito 
útil para a identificação de desvios do 
desenvolvimento neurológico. 
→ É uma medida confiável do crescimento 
do cérebro, sendo um índice que menos 
varia para diferentes grupos etários. 
 
 
SS/SI: 
→ Consiste em um dos métodos para a 
avaliação do crescimento da criança – 
alta, baixa ou normal de estatura. 
→ Segmento inferior (SI) é a distancia que 
vai da sínfise púbica ao chão. 
→ Segmento superior (SS) é a diferença 
entre a estatura e o segmento inferior. 
→ Ao nascimento, o SS é maior que o SI, 
mas, durante a adolescência, a 
proporção SS/SI deve estar entre 0,9 e 
1,0. O aumento dessa proporção significa 
alguma malformação, displasia óssea ou 
raquitismo. 
Conhecer os fatores 
constitucionais e famil iares que 
influenciam no crescimento e 
desenvolvimento: 
→ O crescimento sofre influência de: 
 Fatores intrínsecos: 
• Genética, metabolismo e 
malformações. 
 Fatores extrínsecos: 
• Alimentação, saúde, higiene, 
habitação, ambiente e cuidados 
gerais com a criança. 
→ Variações normais do crescimento: 
 Baixa estatura familiar (genética) 
 Retardo constitucional do 
crescimento e puberdade; na idade a 
criança não mede a média para a 
idade, mas ainda vai conseguir 
aumentar e chegar no crescimento 
alvo 
 Baixa estatura idiopática 
→ Crescimento anormal: 
 Abaixo do P3% 
 Queda da velocidade do crescimento 
 Baixo alvo 
 
Constitucionais: 
→ Também chamado de retardo 
constitucional de crescimento e 
puberdade (RCCP), essa causa de baixa 
estatura possui relação genética e 
consiste em uma velocidade de 
crescimento mais lenta, atraso de idade 
óssea e, geralmente, atraso da 
puberdade. 
RELAÇÃO SS/SI 
Nascimento 1,7 
3 anos 1,3 
7 anos 1,0 
Adulto 0,8 
Anne Karolyne Morato – P3 
 
→ O resultado disso é um desenvolvimento 
físico atrasado, mas com um 
desenvolvimento mental normal. Esse 
diagnostico geralmentesó é fechado ao 
serem excluídas as outras causas de 
baixa estatura. 
→ Ao entrarem na puberdade, um pouco 
depois de seus colegas, há uma 
compensação no crescimento e o 
resultado acaba por ser uma altura 
normal para um adulto. No entanto, 
geralmente a altura final é um pouco 
menor da estimada pela previsão familiar, 
principalmente nos pacientes em que 
não ocorre o atraso puberal. 
 
Familiares: 
→ A baixa estatura familiar/genética é vista 
nos casos em que a altura se encontra 
abaixo do percentil 3, mas com o 
crescimento seguido a previsão familiar, 
a puberdade ocorrendo em idade 
adequada, velocidade de crescimento 
normal ou baixa e maturação óssea 
compatível com a idade cronológica. 
→ Ao ser medido o hormônio de 
crescimento (GH), este geralmente se 
encontra normal.

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