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BELO E FEIO CORRIGIDO

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ESTÉTICA: A PERCEPÇÃO DO BELO E O FEIO
Joice Grehs
Nildete Rossoni
Ruth Milena da Silva
Teresa Esther Vilca Buiza
Professor orientador - Ester Zingano
Centro Universitário Leonardo Da Vinci – Uniasselvi
Licenciatura em Artes Visuais (ART 0155) – Seminário da Prática VI
04/06/2016
RESUMO
A beleza não é um valor universal, pois o que é belo para você pode não ser para o outro, de outra idade, de outra cultura, outro sexo ou outro temperamento, mesmo o que emociona hoje pode não parecer belo alguns dias depois. Na própria história da arte onde existem diversos movimentos estéticos, existe uma variabilidade de princípios estéticos e tendências dos artistas, de uma época para outra. Os artistas renascentistas procuraram resgatar valores da Antiguidade, como a simetria e o equilíbrio,do barroco exploraram as curvas e o movimento, esses e outros exemplos mostram que a beleza está condicionada a diferentes critérios, como o tempo, o lugar, o sexo, a idade e ao grupo ao qual eles pertenciam. 
Palavra-chave: Beleza. Moral. Apreciação.
INTRODUÇÃO
 A emoção do belo depende de diversos fatores, como nossa cultura, nossa geração e nossa sensibilidade que vai aos poucos sendo moldada pelo meio social e pela cultura na qual vivemos. Essa emoção é sentida através da interpretação do mundo que somos capazes de captar e pode ser transmitida por imagens fortes, tristes e até desagradáveis em sua aparência. Segundo uma publicação do blog artenocolegiothales, Frederico Morais chamou de insight o momento em que conseguimos identificar como sendo estética a emoção que uma obra nos desperta.
 As características mais importantes da arte são a emoção e o prazer que ela desperta, alguns filósofos identificam como sendo o prazer do belo ou prazer estético. O prazer que a arte desperta vem da forma das coisas, do seu som, do colorido, da maneira como nós percebemos essas coisas. O prazer do belo também depende de nosso estado de espírito, se estamos alegres ficamos mais sensíveis às obras de arte que transmitem alegria e ao contrário quando estamos tristes nos emocionamos com as músicas ou imagens que parecem estar sincronizadas conosco com nosso humor ou nossa emoção. Analisando num segundo sentido, o belo representa uma concepção mais moderna que se expressa de forma diferente em cada indivíduo:
Nada é mais condicionado, digamos limitado, do que nosso sentimento do belo. Quem quiser pensar sobre ele separado do ser humano com o ser humano logo verá o chão ceder sob os pés. O ¨belo em si¨ uma mera expressão, não é sequer um conceito. No belo, o ser humano se coloca como medida de perfeição, em casos seletos, adora nele a si mesmo. Uma espécie não pode senão dizer sim a si mesma desse modo. Seu instinto mais profundo, o da autopreservação e auto expansão, ainda se manifesta em tais sublimidades. O ser humano acredita que o mundo está repleto de beleza – ele esquece de si mesmo como causa dela. Somente ele dotou o mundo de beleza, oh, de beleza muito humana, demasiado humana... No fundo, o ser humano se espelha nas coisas, acha belo tudo o que lhe devolve sua imagem: o juízo ¨belo¨ é sua vaidade de espécie... Pois o cético pode ouvir uma leve suspeita lhe sussurar esta pergunta; o mundo realmente se tornou belo pelo fato de o ser humano toma-lo por belo? Ele o humanizou: isso é tudo. Mas nada absolutamente nada nos garante que justamente o ser humano constitua o modelo do belo. Quem sabe como ele se sairia aos olhos de um mais elevado juiz do gosto? Talvez ousado? Talvez divertido? Talvez um pouco arbitrário? (FRIEDRICH NIETZSCHE – IX, 19, Crepúsculo dos Ídolos). 
Em sintese, o belo pode ser entendido como tudo aquilo que satisfaz a nossa sensibilidade, o nosso gosto, enquanto o feio, como aquilo que causa insatisfação, que se manifesta como inadequado.
1 A BELEZA ESTA NOS OLHOS DE QUEM VÊ!
A definição entre belo e o feio vem desde os inícios de nossa civilização até os nossos dias, geralmente costumamos dividir o mundo em duas categorias: a do belo e a do feio. Esta teve sua origem com Platão, filósofo, que tratou da questão desde um ponto de vista metafísico, más, o que seria metafísica do “belo”, e, porque, o belo seria digno de ser estudadas, afirmações como estas parecem indicar algo de misterioso, mas em filosofia não há mistérios, existindosomente a busca da compreensão racional daquilo que os seres humanos foram capazes de criar, inventar, produzir desde envolveram da terra até os nossos dias.
Conforme o profº Arnildo Pommer, “O termo “belo” é encontrado nas línguas mais antigas, especialmente, naquelas que estão na base das línguas da civilização ocidental” POMMER (2013, p.32) sendo de um modo claro vinculado a beleza. A beleza física era relacionada à beleza moral, e, a beleza moral tinha como principio a ação, e ação, era fazer bem feito o que se desejava fazer/criar. Ele ainda diz que: “A ação bem executada é bela. A beleza do corpo se conquista através de exercícios físicos [...]. Na época dos filósofos, ou seja, do século VI em diante, tudo começou a ser posto em questão, e os conceitos de beleza, fealdade e outros não ficaram alheios [...]” POMMER (2013, p.33).
O feio também tem seu lugar dentro do estético, entrar em contato com um objeto histórico e culturalmente considerado feio a pessoa reage: o ele se afasta ou se pergunta sobre o seu estatuto ontológico, isto é porque ele existe nesta forma, e porque ele é assim. Ambas são consideradas avaliativas, e neste caso a avaliação é ideológica e ela tem normalmente, objetivos econômicos, políticos e de poder.
A relação do belo e feio não pode vir separada, um supre ao outro no âmbito da comparação, eles dependem da existência uma da outra, como modo de qualificação e mensuração. Segundo apontamentos de Arnildo Pommer, ele explica que para Platão o belo é uma questão de conceito, onde, o belo para poder existir precisa ser medido ou comparado com outro, algo como uma formula matemática, para ser classificado.POMMER (2013, p.34)
O conceito de beleza como fundamento de todo ato estético não é uma regra imutável e fixa que não possa ser flexível a mudança, a beleza pode ser abstrata variável no tempo e no espaço acompanhando em sua evolução a continua fluência do espírito e os caminhos ideais da história. Aquela beleza sem fronteiras, cujos enfoques variam conforme o gosto individual e a média avaliável dos gostos de cada época, em seus contextos socioculturais.
O que é bom é belo para um determinado momento da história ou para um determinado grupo humano, pode não ser para outro: a nudez dos primitivos não ofende seu senso moral, a nudez dos civilizados é considerada imoral e punida em termos de lei. As duas sociedades são regidas por concepções morais opostas, cujos objetivos não deixam de ser a procura do que é bom e belo nas relações humanas e nos costumes. Assim como no Barroco e Rococó, que as formas arredondadas e rebuscadas cheias de detalhes eram na ocasião da época algo deslumbrante. E atualmente mediante os paradigmas sociais, o que for retilíneo, com formas limpas, clareza visual, e a forma de corpo proporcional são considerados belo.
A emoção do belo ou prazer estético é uma das mais importantes características da arte, é uma sensação de prazer, é uma emoção profunda e sutil que temos ao apreciar uma música, uma pintura, uma foto, uma dança. O prazer que a arte desperta vem da forma das coisas, do seu som, do colorido, da maneira como nós percebemos essas coisas. A emoção artística depende, portanto, da sociedade em que se vive da região, do tempo e das pessoas com quem convivemos. Aos poucos vamos desenvolvendo uma forma própria de apreciar estéticamente o mundo que nos rodeia, o prazer do belo depende também de nosso estado de espírito. 
O Belo é uma qualidade das obras de arte, que desperta uma emoção a qual estão associados os sentimentos e as ideias do artista e a identidade que ele é capaz de estabelecer com o público. Que essa emoção resulte de uma composição aparentemente bonita ou feia, isso é secundário,tem a ver com o movimento artístico ao qual o artista pertence e à ideia que quer transmitir.
2. ESTÉTICA E PERÍODOS DA ARTE 
2.1 A ALTA IDADE MÉDIA
É este o período da Patrística, nome dado à filosofia cristã católica, pais da fé responsáveis por continuar a defender a fé católica, liturgia, criar os costumes e decidir os rumos da igreja. nas terras do mediterrâneo oriental e da África setentrional. A Patrística exalta a revelação e elaboração os dogmas, partindo do esoterismo órfico das religiões orientais. No embevecimento místico – às vezes a alta poesia, como as do Santo Agostinho – marcas profundos itinerários do espírito. (MAGNANI, 1996, p.308)
A Patrística e Mística, embevecidas de transcendência, negam o valor da arte. Para Tertuliano, a natureza é obra de Deus, a arte é obra do demônio. Ainda neste panorama negativo aparecem algumas vozes políticas que retornam às justificativas da arte, tendo como obra a filosofia de Platão e de Plotino. (MAGNANI, 1996, p. 308)
Santo Agostinho iluminado pensador e escritor de alta sensibilidade, para ele a arte é reflexo e emanação da beleza de Deus, e, beleza é harmonia das partes, como na criação, quanto mais se afasta do concreto para atingir a abstração, processo do qual reconhece a condição ideal na música. O conceito de abstração encontra o paralelo no movimento iconoclasta que sai de Bizâncio atingindo toda a arte muçulmana e limitando as possibilidades de comunicação a artes plásticas. A Arte, portanto é admirável só enquanto é colocada a serviço de Deus e separada de qualquer elemento profanamente sensível. (MAGNANI, 1996, p.308)
2.2 A MÉDIA IDADE MÉDIA
Perdura o conceito de que a arte só se justifica enquanto colocada a serviço de Deus. Isto não impede que surjam muitas Poéticas, e que as autoridades religiosas muito se preocupem com a teoria e a prática da musica, sendo sacerdotes e bispos os autores das obras mais cultas neste terreno. (MAGNANI, 1996, p. 311)
2.3 A BAIXA IDADE MÉDIA
No mundo Românico, as conceções estéticas oficias não mudam. A Arte ainda é obra do homem com categoria inferior valida enquanto ao serviço de Deus, nos aspectos do misticismo e, sobretudo, da informação. Mas na prática o sentido é diferente: o espírito profano exalta o cavalheirismo das lendas nórdica e a jovem poesia dos trovadores, o devotamento religioso e amoroso se une das novas edificações feudais e comunais que opõem à catedral, em termos de arte, o palácio e o castelo, sedes do poder político. (MAGNANI, 1996, p. 314) 
Surge um novo espírito de liberdade, quebrando laços de hierarquia, se desliga dos dois focos de poder: o Sacro Romano Império e a Roma papal, o profano e vista ainda com certa desconfiança e a primeira afirmação de uma realidade insuprimivel: a vida terrena e a dignidade do homem que chegará à plena conscientização na Renascença. (MAGNANI, 1996, p. 314)
2.4 A IDADE GÓTICA
 Superando os conceitos que colocavam a arte a um plano inferior é que sobrevivem ao pensamento das correntes místicas, principalmente nas ordens religiosas conventuais – a arte começa a ser enxergada num enfoque didascálico-pedagógico, cujo fim é intervenção do elemento lúdico. São Tomás, percebendo o problema estético, faz distinção entre o agere, ação moral dirigida pela prudentia, e o facere, ação modificadora do mundo exterior, dirigida pela ars. (arte pela arte, sinônimo de esteticismo). (MAGNANI, 1996, p.318)
A arte é identificada como o processo produtor e visualizada como sinônimo de técnica, o fato estético é sentido como uma imitação das eternas ideias, lembrança da mimese aristotélica (termo crítico e filosófico – imitação da natureza verdadeira) e platônica, permitem ao artista na criação, aproximar sua atividade a atividade de Deus. (MAGNANI, 1996, p. 319)
A maior liberdade de concepção estética é na Itália, sob o signo do incipiente humanismo. Lá, em período de revivescência da cultura grega, Leonardo Bruni exalta o furor estético da tradição platônica como categoria autônoma do espírito, e Marcilio Ficino reconhece a raiz da atividade estética no erro, isto é, no impulso vital, enquanto o mundo gótico do norte ainda está impregnado do tânatos (na mitologia grega, era a personificação da morte) obsessão da morte. Na Itália surgem reações contra o hedonismo da cultura florentina; o fanatismo religioso do frei Girolano Savonarola, extremo baluarte da intransigência medieval, proclama a cultura e a arte inimigas da alma e manda queimar em praça pública livros e quadros. O ardor fanático leva um jovem pintor florentino fadado a gloria imperecível, Sandro Botticelli, sacrifica alguns de seus quadros na fogueira que, pouco mais tarde, queimaria o próprio frade, incômodo adversário da Cúria romana, 
São reações sem consequências, num mundo que está prestes a morrer nas terras itálicas, embora se revelem sintomas evidentes da próxima revolução de Lutero; não impedem que justamente na Itália, domine o conceito horaciano de uma arte que educa e deleita. Pouco tempo após, Leonardo revolucionará o panorama estético, proclamando o pintor dono de todas as coisas desejáveis, porque capaz de gerá-las.(MAGNANI, 1996, p. 319)
2.5 A RENASCENÇA
Na renascença, a arte, mesmo quando religiosa é exaltação da vida, não é abstrata, mas concreta, não simbólica é idealista, não é fanática, mas humanamente serena, não convulsiva, é controlada e estilisticamente exata, mesmo no drama, ela não é mais grito, é canto, não tortura, contempla não análise, mas síntese. Se na arte medieval, da sombra podia às vezes sair à luz, agora o princípio é a luz, da qual pode eventualmente aflorar a sombra. Na Renascença, o homem contempla Deus na luz da natureza. E há nisto um forte componente de elegância, serena e plástica, não afetada como frequentemente ela aparece em execuções musicais hoje traduzidas com um ambíguo espírito rococó. Para Ghiberti, as qualidades da arte antiga, redescoberta pelos florentinos, eram naturalidade e proporção, gentileza e efeito do movimento, relevo plástico e capacidade de simplificação. Por esta concepção, o feminino domina com o seu fascínio, e a Madona, vista numa luz humana de maternidade, torna-se um importante centro temático. (MAGNANI, 1996, p. 331)
Ao lado de todos estes motivos há também uma intensa pesquisa técnica que se traduz em Poéticas, isto é tratado de arquitetura e pintura e num enorme número de obras de teoria literária, que vão do Convívio, de Dante, ate a arte poética. (MAGNANI, 1996, p.332) 
Assim a Renascença se realiza em nossa opinião, como equilíbrio de conteúdo e forma, emoção e estilo, movimento e fixação do instante, intuição e razões cientificas, frontalismo e perspectiva, psicologia e anatomia, homem e natureza, verdade e distanciamento, imitação e sublimação, palavra e música, contraponto e harmonia, ação e coreografia, sentidos e espírito, prazeres e virtude, cultura e sanidade física, fé e razão, meios e fim, príncipe e povo, Papado e Império, heroísmo é santidade, arte é vida, fantasia é paciência. O supremo catalisador de todos esses equilíbrios é arte, sentida como um momento de vida, enquanto a vida é enfocada como uma realização artística. E até o Estado é concebido como uma obra de arte. Modelo perfeito da vida das cortes italianas da Renascença. (MAGNANI, 1996, p. 332)
2.6 O BARROCO
Instaura-se uma nova liberdade formal superando os preconceitos, e há um retorno a própria natureza, subjetivamente realista, aberta a toda classe de sensações e já remotas da idealização renascentista. Disto deriva um forme amor artesanal pelo material, que chega a ser confundido com a expressão, tornando difícil a distinção entre a almejada expressão pura e a fórmula, sistematizadas pelas academias. (MAGNANI, 1996, p.343)
O barroco nos ensina que, nos momentos em que o embevecimento pela natureza, sentida como movimento e luz, é intelectualista e combina o sentimento dramático da época com os esquemas maneiristas, principalmente em literatura, escultura e, parcialmente arquitetura, nasce uma arte retórica e exibicionista,muitas vazia de conteúdo, onde a luz reside na própria matéria da arte, como na pintura, os resultados são esplêndidos, como demonstra a arte dos flamengos, dos holandeses, dos espanhóis, dos franceses, e de muita pintura italiana. Finalmente, onde a luz é virgem em estruturas novas, como na música harmônica, a arte atinge o auge da espiritualidade. (MAGANI, 1996, p.343)
Se quisermos enfocar os aspectos poéticos e estilísticos da arte barroca, podemos mencionar os seguintes dados: sensualismo requintado e intelectualista, movimento centrífugo e tendências para a dispersão, e amor do ornamento, isolamento dos artistas da política e da ética não-oficiais, e consequente alienação, tendência sinestésica das artes: a arquitetura torna-se escultura, através das sugestões da luz e do movimento; a pintura se faz escultural e tensa; a poesia é mais música que empenho ou conteúdo; sentido espetacular e coreográfico; tendência constante para a luz e a surpresa tonal. (MAGNANI, 1996, p. 344)
2.7 CLASSICISMO E O ROMANTISMO
Neste período, a estética define as suas bases doutrinarias. A filosofia de Locke valoriza a sensação, partindo desta premissa, Leibniz teoriza uma de conhecimento não-racional, fornecidos por conceitos claros, mas não distintos, que correspondem ao sentimento e à fantasia e que constituem a base da expressão artística. Baumgarten estuda esta gnosiologia inferior, fundando a ciência e o próprio termo, da estética como teoria geral da arte. A partir de agora a estética, como disciplina, tem o cunho alemão, e pode-se dizer que tal permaneça até Croce. Winckelmann estuda o conceito de beleza com modelos antigos, estabelece as leis da beleza canônica. Kan introduz a estética no macrocosmo do seu racionalismo Harden e Schelling, examina a sensibilidade coletiva das nações como fundamentos da história criam o termo folklore e preparam a expansão e diferenciação do individualismo romântico. Lessing tenta uma classificação metodológica das artes e, finalmente, o idealismo enfoca os aspectos sociais das manifestações artísticas. (MAGNANI, 1996, p. 358)
 No entanto, o rococó parece um corretivo transitório do espírito barroco, clássico na temática e romântico na afirmação e uma nova liberdade da fantasia com relação aos centros estruturais. Por tanto, no fim do século XVIII e no começo do seguinte, todas se prendendo a uma necessidade de evasão como expressão de uma crise de integração na vida presente. Três são os aspectos que a evasão toma: para o passado, para o sentimento e para a natureza. O primeiro é clássico, os outros levam respectivamente ao romantismo como ação e ao romantismo como renúncia. (MAGNANI, 1996, p. 358)
2.8 ENTRE O FIM DO SÉCULO XIX E A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
As conceições estéticas desse período não são menos complexas e conflitantes, os artistas expõem suas poéticas em programas e manifestos. Acontece, às vezes, que determinado “ismo” é característico de uma só arte, não tendo relação com as outras, e que, portanto, participa mais de uma história especifica que de um sentimento de época. Os ismos contemporâneos – surrealismo, hermetismo, futurismo, cubismo, dadaísmo, abstrativismo, tachismo, pontilhismo, serialismo, concretismo e muitos outros -, que continuam sendo uma variação sobre o mesmo tema: a procura da libertação a través da matéria mitificada pela experiência existencial ou tecnológica, que quer extrair dela valores carismáticos. (MAGNANI, 1996, p. 371)
No entanto, a estética filosófica torna-se matéria de indagação de todos os pensadores e encontra uma sistematização fundamental na obra de Benedetto Croce: deve-se a ele a fixação do conceito de autonomia do ato estético, a concepção da criação artística como intuição pura a priori, a visão da arte como sublimação lírica do sentimento e a exata distinção entre poesia e história. (MAGNANI, 1996, p. 372)
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O conceito de belo está relacionado a determinadas características visíveis nos objetos ou seres, é o fruto maior da estética clássica, grega e romana, foi desenvolvida pelos filósofos gregos e exemplificada em suas esculturas, arquitetura e pintura. Estas obras seguem sendo consideradas paradigmas dos objetos belos. Podemos gostar do que é feio, amargo ou assustador, portanto não é o gosto que define o belo.
A milenar tradição clássica define o belo formalmente a partir de certas características das formas dos objetos, três dessas características formais são: a ordem, a simetria e a proporção, essas três categorias atravessaram milênios de história, informando muito da arte até os dias de hoje.
REFERÊNCIAS
CIVITA, Victor; GÊNIOS DA PINTURA. Vol. III. Editora Abril Cultural, 1972.
COSTA, Cristina; QUESTÃO DE ARTE. Editora Moderna, 1999.
MAGNANI, Sergio; EXPRESSAO E COMUNICAÇÃO NA LINGUAGEM DA MÚSICA. Editora UFMG, 1996.
POMMER, Profº Arnildo; ESTÉTICA: CADERNO DE ESTUDOS. Indaial: UNIASSELVI, 2013.
UNIVERSO DA ARTE. Disponível em: <http://www.universo-da-arte.webnode.com.br/frases-belo-e-feio/estética-belo-e-feio>. Acesso: 05 abr. 2016. 20hs, 17min.
http://artenocolegiothales.blogspot.com.br .Acesso: 06 abr. 2016. 15hs, 10min.

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