APS QUIMICA GERAL - INTOXICAÇÃO POR METAIS PESADOS, ALIMENTAÇÃO E INALAÇÃO EM AVES DOMÉSTICAS

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Curso: MEDICINA VETERINÁRIA - 1º Período /2022 
ALUNOS: CARINE SONAIRA DA SILVA CORDEIRO 
 FERNANDA CRISTINA DE JESUS BARBOSA 
 GÉLIA CRIS GARCIA DE OLIVEIRA 
Disciplina: QUÍMICA GERAL 
Profa. DANIELLE CRISTINA MACHADO COSTA 
INTOXICAÇÃO POR METAIS PESADOS, 
ALIMENTAÇÃO E INALAÇÃO EM AVES DOMÉSTICAS 
 
 
 
 
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Sumário 
INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................... 3 
DISCUSSÃO ........................................................................................................................................................ 4 
INTOXICAÇÕES POR METAIS ............................................................................................................................ 4 
AFINAL QUAIS SÃO AS CONSEQUÊNCIAS DE ENVENENAMENTO POR ESTES METAIS NAS AVES? ........... 5 
PROPRIEDADES QUÍMICAS DO CHUMBO E DO ZINCO, SUA COMPOSIÇÃO E UTILIZAÇÃO. ...................... 5 
INTOXICAÇÕES POR MEDICAMENTOS ............................................................................................................. 7 
INTOXICAÇÕES POR ALIMENTOS ..................................................................................................................... 8 
TOMATE: ....................................................................................................................................................... 8 
ALFACE: ......................................................................................................................................................... 8 
ABACATE: ...................................................................................................................................................... 8 
SEMENTES DE MAÇÃ E PÊSSEGO ................................................................................................................. 8 
COGUMELOS: ................................................................................................................................................ 9 
SOJA ............................................................................................................................................................... 9 
CHOCOLATE: ................................................................................................................................................. 9 
CAFEÍNA: ....................................................................................................................................................... 9 
CEBOLA: ........................................................................................................................................................ 9 
ÁLCOOL: ........................................................................................................................................................ 9 
SAL: ................................................................................................................................................................ 9 
MAMONAS: ................................................................................................................................................... 9 
AMENDOIM: ................................................................................................................................................. 9 
ALIMENTOS INDUSTRIALIZADOS PARA HUMANOS: .................................................................................. 10 
SINAIS CLÍNICOS DE INTOXICAÇÃO ALIMENTAR EM AVES DOMÉSTICAS ................................................ 10 
INTOXICAÇÕES POR PLANTAS ........................................................................................................................ 11 
OUTROS COMPONENTES QUÍMICOS FATAIS PARA AVES DOMESTICAS ...................................................... 12 
POLITETRAFLUORETILENO (TEFLON) ......................................................................................................... 12 
INSETICIDAS ................................................................................................................................................ 13 
DDT ..................................................................................................................................................................... 13 
HEXACLOROBENZENO, OU HCB .......................................................................................................................... 14 
CIPERMETRINA............................................................................................................................................ 14 
CONCLUSÃO .................................................................................................................................................... 15 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................................................... 16 
 
INTOXICAÇÃO POR METAIS PESADOS, ALIMENTAÇÃO E INALAÇÃO 
EM AVES DOMÉSTICAS 
 
 
 
 
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INTRODUÇÃO 
 
AS INTOXICAÇÕES EM AVES 
Alguns dos animais de estimação mais adquiridos são as aves, sendo os psitacídeos como os 
papagaios, calopsitas e cacatuas os mais comuns. Estes pequenos companheiros, além de terem uma vida 
longa, são espertos e carinhosos. Com o crescimento no número destes animais, intensificam-se também 
os cuidados e a atenção dispensados na criação. 
Frequentemente, estas são vistas nos consultórios veterinários recebendo a mesma atenção que 
cães e gatos têm de seus proprietários, o que demonstra uma mudança nas relações e na atenção para 
com animais de estimação. Entretanto, estas também estão sujeitas a doenças, traumas, intoxicações e 
muitas outras enfermidades. A curiosidade e o descuido podem levar as aves à intoxicação dentro da casa 
de seus proprietários, sendo principalmente causadas por metais, medicamentos e plantas tóxicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DISCUSSÃO 
INTOXICAÇÕES POR METAIS 
Ao adquirir a ave, o proprietário deve se atentar a qualidade de gaiolas, brinquedos, bebedouros e 
comedouros que estarão em contato com a ave além de sua alimentação que deve ser balanceada. 
A ingestão de metais das mais variadas qualidades são muito comuns no dia a dia na criação das 
aves domésticas, como o CHUMBO E O ZINCO, que é responsável pelas intoxicações mais frequentemente 
relatadas. 
É fundamental que os tutores de aves se preocupem com as gaiolas utilizadas, que estas sejam 
feitas de material adequado, seguro e apropriado para cada espécie escolhida. Boa parte é constituída de 
metal, variando a qualidade e composição da liga metálica. Algumas bitolas e junções da gaiola podem ser 
bicados pelo animal e com o passar do tempo, dependendo da força efetuada, podem se soltar e serem 
engolidos, também podemos citar as tintas de parede velhas, gesso de parede, pesos de cortinas, massa de 
vidraceiro, cerâmicas, bijuterias, brinquedos para aves entre outros, são fontes de chumbo. 
Brinquedos colocados na gaiola também devem 
ser analisados antes da compra, pois existem no mercado 
materiais de má qualidade, geralmente feitos com liga e 
CHUMBO E ZINCO, que se quebram facilmente. Pequenas 
partes de prata também são galvanizadas e polidas, 
sendo outra fonte para intoxicação. Muitas vezes isso 
acontece e o proprietário não percebe mesmo a ave 
sendo observada constantemente. 
A intoxicação exógena por chumbo e seus 
compostos (saturnismo) vem sendo uma das principais 
afecções que acometem esses animais na clínica médica. 
As aves são mastigadores por natureza e por vezes, são 
atraídas por objetos estranhos, chamativos, que brilham. 
 
 
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E pelo simples fato de ficarem bicando tal objeto onde em sua composiçãotenha o metal chumbo 
é que acabam se intoxicando. Soldas de gaiolas, tintas de parede velhas, gesso de parede, pesos de cortinas, 
massa de vidraceiro, cerâmicas, bijuterias, brinquedos para aves entre outros, são fontes de chumbo. 
 
AFINAL QUAIS SÃO AS CONSEQUÊNCIAS DE ENVENENAMENTO POR ESTES METAIS NAS AVES? 
Uma vez ingerido, o chumbo acaba acometendo vários sistemas do organismo. Como o sistema 
nervoso, sistema renal, o sistema digestório e o sistema hematopoiético. O chumbo compete ou substitui 
vários elementos fundamentais para o funcionamento das células, como o cálcio, ferro, magnésio e zinco. O 
chumbo impede importantes compostos orgânicos para formação de proteínas e catalisação de enzimas no 
organismo do animal. Quando isso ocorre há inativação ou deformação e consequente prejudicando a 
função de proteínas e enzimas. Um dos sinais clínicos observados é letargia, anorexia, depressão, 
emagrecimento, hematúria, diarreia, ataxia, fraqueza muscular, paralisia de membros, convulsões e morte. 
O diagnóstico às vezes não é fácil, pois nem sempre o proprietário viu o que o animal ingeriu. Uma 
anamnese minuciosa, exames de raio-x, de sangue como o hemograma e bioquímico são métodos usados 
para o diagnóstico. 
Muitas vezes a ave necessita de um suporte suplementar como administração de fluidoterapia para 
repor os eletrólitos que foram perdidos no vômito e na diarreia, de vitaminas do complexo B para evitar 
deposição de chumbo nos tecidos, ferro para anemia, em casos muito graves até mesmo transfusão 
sanguínea poderá ser necessária. E recomendado também o uso de antibióticos para evitar infecções 
secundárias. 
 
PROPRIEDADES QUÍMICAS DO CHUMBO E DO ZINCO, SUA COMPOSIÇÃO E UTILIZAÇÃO. 
 
O chumbo é um elemento químico com símbolo Pb, 
número atômico 82, massa atômica 207,2 e pertencente 
ao grupo 14 da tabela periódica. O chumbo apresenta 
uma configuração eletrônica [Xe] 6s² 4f¹⁴ 5d¹⁰ 6p². Ele caracteriza-se por ser um metal pesado, tóxico e 
maleável. Em temperatura ambiente, é encontrado no estado sólido, com coloração branco-azulada e que 
em contato com ar torna-se acinzentado. É ainda mau condutor de eletricidade e bastante resistente à 
corrosão. O chumbo em sua forma elementar raramente é encontrado na natureza. 
 
 
 
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 O zinco é um elemento químico com símbolo Zn, 
número atômico 30, massa atômica 65,4, 
elemento químico do grupo 12 (metais de transição) que 
pertence ao quarto período da tabela periódica. 
O zinco apresenta uma configuração eletrônica d10s2, formando geralmente íons M2+. Contudo, muitos de 
seus compostos são covalentes em proporção elevada. 
Em temperatura ambiente, o zinco é encontrado em estado sólido. Corresponde a um metal de coloração 
branco-azulada. Ele é encontrado com relativa facilidade na natureza, sendo comum a associação com o 
oxigênio e enxofre, formando os óxidos e sulfetos. Geralmente, é encontrado com o chumbo, prata e ouro. 
O zinco é bastante utilizado na galvanização do aço ou ferro, protegendo esses metais contra a corrosão. 
Isso acontece porque o zinco é um metal que não sofre corrosão. 
Outra utilidade é na fabricação de ligas metálicas. Ele é usado como metal de sacrifício, isso 
significa que sofre a corrosão no lugar de outro metal que seja de interesse. O óxido de zinco é usado nas 
indústrias de tintas, além dos setores farmacêutico, cosmético e têxtil. Alguns exemplos de produtos são: 
borrachas e plásticos o zinco ainda é muito utilizado na fabricação de telhas, pilhas e baterias secas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.todamateria.com.br/ligas-metalicas/
 
 
 
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INTOXICAÇÕES POR MEDICAMENTOS 
 
As intoxicações causadas por medicamentos costumam ocorrer quando a ave tem livre acesso ao 
local de armazenamento, mas também por erro na dosagem administrada no caso de um tratamento e 
também pelo período do tratamento, que pode ser demasiadamente longo. 
As aves são naturalmente curiosas e brincalhonas, podendo ingerir facilmente comprimidos 
coloridos. Essa característica deve deixar os donos atentos, sempre colocando medicamentos longe do 
alcance delas e de qualquer outro animal doméstico. 
Durante um tratamento é muito importante que a quantidade e a escolha de um medicamento 
sejam feitos por um veterinário especialista em aves e 
ou animais silvestres. Existem vários produtos que 
podem levar a intoxicação, desde um simples 
antibiótico, antiparasitários, vitaminas, antifúngicos e 
outros. Os principais sintomas apresentados são: a 
falta de coordenação motora, dificuldade respiratória, 
regurgitação, convulsão, diarreia e muitos outros 
sintomas que vão variar conforme o tipo 
de medicamento consumido. 
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A qualquer sinal de alteração durante um tratamento, a administração do medicamento deve ser 
suspensa, entrando em contato com o veterinário e encaminhando a ave para tratamento assim que 
possível, que vai variar conforme o medicamento e sintomas apresentados. Assim a ave pode vir a óbito, 
dependendo do tempo, quantidade e do produto consumido. 
 Roedores que são utilizados na alimentação de 
aves como corujas e falcões devem ser oferecidos para a 
alimentação sem terem recebido dose de vermífugos e 
antiparasitários recentemente. Alguns medicamentos 
ficam na corrente sanguínea e podem se acumular no 
organismo da ave. A procedência deve ser verificada, 
sempre visando a qualidade. 
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INTOXICAÇÕES POR ALIMENTOS 
 
Alguns alimentos nunca devem ser oferecidos á Psitacídeos, pois se torna importante saber 
anteriormente ao momento de oferecer, o que é seguro e o que é venenoso. 
Qualquer item alimentar com alto 
nível de gordura configura-se como impróprio, 
assim como qualquer coisa com níveis altos de 
açúcar e sal. Existem alguns alimentos do 
grupo dos legumes, frutas e verduras que 
também são tóxicos somente para as aves, 
outros são desaconselhados porque 
costumam conter muitos agrotóxicos, e que 
por não serem indispensáveis, é melhor que 
não se forneça. 
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TOMATE: além de ser muito contaminado por defensivos, contém oxalato em sua composição 
devendo ser evitado para aves por causar problemas renais. 
ALFACE: Outro alimento comumente contaminado e que também não trás nenhum benefício, que 
além de pobre em nutrientes, pode estar contaminado com coliformes fecais, por exemplo, gerando 
diversos problemas. 
ABACATE: O abacate mexicano, aquele pequeno e com casca bem escura possui um ácido graxo 
(gordura) chamado persina que é toxico para aves e outros animais. Quando ingerido pode causar disritmia 
e síndrome respiratória aguda, podendo levar a ave ao óbito dependendo da dose intoxicante. O outro 
abacate nacional, à priori não teria problema algum, caso fosse manejado em pouca quantidade devido ao 
alto teor de gordura. 
 SEMENTES DE MAÇÃ E PÊSSEGO: As frutas são geralmente muito apreciadas pelas aves e são 
altamente recomendadas, porém a semente de algumas delas tais como maçãs, peras, ameixas, pêssegos, 
cerejas, damascos, entre outras desta família de árvores devem ser retiradas antes de serem servidas às 
aves. Possuem cianoglicosídeos, ou seja, açúcares que quando digeridos liberam cianeto, uma substancia 
 
 
 
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toxica para as hemácias e o transporte de oxigênio, fato que pode levar um psitacídeo de pequeno porte a 
óbito. 
COGUMELOS: Aves são muito sensíveis à fungos, e a ingestão dos mesmos pode causar problemas 
digestivos e hepáticos. 
 SOJA: assim como outras sementes de leguminosas é venenosa. O princípio ativo é o pigmento 
sojina, que se degrada depois do cozimento. Sendo assim, todos osfeijões só devem ser fornecidos cozidos, 
tostados, ou germinados, que se tornam assim menos calóricos e mais nutritivos. 
CHOCOLATE: A ingestão de chocolate pode causar vômito e diarréia nas aves. A ingestão contínua 
pode afetar o sistema nervoso central da ave causando tontura, convulsões, e até mesmo a morte do 
animal. 
CAFEÍNA: está contida em diversas bebidas como café, refrigerantes e chás, porém, a sua ingestão 
pela ave pode ser muito prejudicial. A cafeína pode desencadear euforia na ave, aumento do ritmo cardíaco, 
e até mesmo arritmia. O uso contínuo de cafeína pode prejudicar o estomago causando gastrite nas aves. 
CEBOLA: A ingestão excessiva pode causar vômito, diarreia e outros problemas digestivos nas aves. 
A ingestão contínua de cebola pode causar anemia nas aves e estresse respiratório. 
ÁLCOOL: é uma substância depressiva do sistema nervoso, e devido ao baixo peso e tamanho das 
aves, alguns goles podem ser suficientes para causar um coma alcoólico na ave. Caso ocorra, tal fato pode 
configurar crime, por maus tratos ao animal, podendo caber a aplicação de medidas legais ao seu tratador e 
este responder a um processo criminal. Caso a ave seja resgatada, é importante manter a ave presa ou sob 
supervisão constante quando bebida alcoólica for servida no ambiente. 
 SAL: O excesso de sódio causa problemas de saúde tais como desidratação, sede excessiva, 
disfunção renal, podendo levar a ave à óbito. 
MAMONAS: podem causar uma queda na pressão sanguínea e na glicose no sangue. Um aumento 
simultâneo nas enzimas hepáticas, como AST, ALT e LDH, pode causar incômodos no estômago com 
diarréia, vômito, tremores e colapso súbito com convulsões. 
 AMENDOIM: são frequentemente contaminados com aflatoxina, uma toxina fúngica, cancerígena 
que faz dano hepático em aves. 
 
 
 
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ALIMENTOS INDUSTRIALIZADOS PARA HUMANOS: deve se evitar estes alimentos, ricos em 
fermento, sal, gordura ou açúcar, e ainda estimulantes como o café, chocolate ou refrigerantes. O leite não 
deve ser oferecido, pois pelo fato das aves não possuírem lactose para digeri-lo, este se torna indigesto. 
 
SINAIS CLÍNICOS DE INTOXICAÇÃO ALIMENTAR EM AVES DOMÉSTICAS 
Há alguns sinais clínicos que indicam se o Psitacídeo está intoxicado, os quais são: Excrementos 
amarelos, marrons ou pretos podem indicar hemorragia interna. Se eles estiverem muito moles ou firmes 
demais, também é um sinal de problemas de saúde. Problemas respiratórios podem ser indicados pelos 
pássaros com suas penas arrepiadas. A cera do pássaro, logo acima do bico, pode estar vermelha ou ter 
secreções em volta dela. Secreções nos olhos, ou olhos embaçados pode significar um problema. 
Apresentando estes sinais o animal deve ser levado ao veterinário imediatamente. 
Outros sinais incluem perda de peso, mudanças na voz , respiração com a boca aberta e sacudir a 
cauda repentinamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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INTOXICAÇÕES POR PLANTAS 
 
A intoxicação nas aves pode acontecer ao ingerir determinadas partes da planta e algumas 
espécies de aves não ficam intoxicadas. É mais comum um cão se intoxicar do que uma ave, mas isso não 
quer dizer que não aconteça. 
 
 As plantas que podem causar intoxicação são: 
espirradeira, comigo ninguém pode, copo de leite, 
mamona, pinhão, violetas entre outras. Cada espécie 
tem uma particularidade, como algumas que em 
qualquer parte possuem toxinas e outras em que 
apenas em locais específicos como as folhas, raízes e 
caules. 
Uma planta bastante comum é a violeta, sua 
flor não apresenta teor tóxico para os animais, sendo 
https://animais.culturamix.com/blog/wp-content/gallery/plantas-toxicas-para-animais-6/Plantas-T%C3%B3xicas-Para-Animais-17.jpg 
 
que só as raízes dessa planta podem causar crises de vômitos e diarreia. O animal deve receber um 
tratamento de suporte para auxiliar a combater os efeitos. 
Boa parte das espécies de plantas não causam nenhum mal as aves, como as palmeiras que são 
vendidas em vasos. O que o proprietário deve se atentar nesses casos é para a terra do vaso, pois muitas 
mudas são vendidas com fertilizantes. Esses produtos podem causar quadros graves, e levar o animal a 
morte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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OUTROS COMPONENTES QUÍMICOS FATAIS PARA AVES DOMESTICAS 
 
Outros compostos encontrados nas residências podem intoxicar uma ave. Muitos são utilizados 
diariamente, sem qualquer receio por parte dos proprietários. Um dos mais comuns é a intoxicação por 
vapores de POLITETRAFLUOROETILENO, conhecido popularmente como TEFLON. 
É facilmente encontrado nas panelas utilizadas na cozinha da maioria das casas, na forma de uma 
película protetora. A panela vazia ao ser aquecida por alguns instantes no fogo libera vapores que são 
rapidamente absorvidos por uma ave, que demonstra os sinais em alguns minutos. 
POLITETRAFLUORETILENO (TEFLON) 
O politetrafluoretileno é um fluoropolímero sintético do tetrafluoroetileno que possui inúmeras aplicações, 
comumente conhecido pelo seu nome comercial, Teflon, nomeado pela Chemours em 1938, empresa que 
viria a se tornar a DuPont. 
 
 
 
Fórmula: (C2F4)n 
Densidade: 2,2 g/cm³ 
Ponto de fusão: 327 °C 
IUPAC: poly(1,1,2,2-tetrafluoroethylene) 
Classificação: Fluoropolímero 
Abreviação: PTFE 
Compostos relacionados: Tetrafluoretileno (monômero); 
Polietileno 
 
 
 
 
https://media.istockphoto.com/vectors/polytetrafluoroethylene 
 
O politetrafluoretileno é um polímero similar ao polietileno, (com os átomos de hidrogênio 
substituídos por flúor) e, logo, é classificado como um fluoropolímero. O PTFE pode ser produzido pela 
polimerização dos radicais livres do tetrafluoretileno. A fórmula química do monômero, o tetrafluoretileno, 
é 2FC=CF2, e o polímero -(2FC-CF2)n-. 
 Para realizar essa reação, pode-se conduzi-la em uma emulsão em água (já que o PTFE é pouco 
solúvel em quase todos os solventes) ou utilizando surfactantes. 
 
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https://media.istockphoto.com/vectors/polytetrafluoroethylene
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADmero
https://pt.wikipedia.org/wiki/Polietileno
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fluoropol%C3%ADmero
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tetrafluoretileno
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mon%C3%B4mero
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tetrafluoretileno
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADmero
https://pt.wikipedia.org/wiki/Emuls%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Solventes
https://pt.wikipedia.org/wiki/Surfactante
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Free_radical_polymerization_of_tetrafluoroethylene.gif
 
 
 
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INSETICIDAS 
 Bastante comuns, normalmente borrifados no interior das residências. As aves acometidas ficam 
sem apetite, fracas, com tremores musculares e até com dificuldade de realizar movimentos. O proprietário 
deve sempre tomar cuidado com a utilização desses produtos, não passando perto da gaiola ou local onde a 
ave costuma ficar. Em qualquer desses casos o encaminhamento rápido ao veterinário auxiliará na 
recuperação e em muitas vezes na vida da ave. 
Os inseticidas comuns nas residências que apresentam carbono, hidrogênio e cloro em 
sua composição. Subdividem-se em difenil-alifáticos; hexaclorociclohexanos; ciclo- dienos; e 
policloroterpenos. 
 
Fórmula dos Inseticidas mais utilizados no Brasil 
Inseticidas organoclorados (Dicloro-Difenil-Tricloroetano, DDT®; Hexacloro- ciclohexanos BHC®), 
HEXACLOROBENZENO, OU HCB , CIPERMETRINA. 
 
 
 
DDT 
 O DDT é o primeiro pesticida moderno, tendo sido largamente usado durante e após a Segunda 
Guerra Mundial para o combate aos mosquitos vetores de doenças como malária e dengue. Os primeiros 
usos em grande escala foram na região da Birmânia pelos ingleses em 1941 para o combate da malária 
durante a invasão japonesa. 
 Banido em 2009 , por afetar a reprodução das Aves como Falcoes e Pelicanos, e proibido em 
lavouras pelo ministério da Agricultura. 
 Fórmula: C14H9Cl5 
IUPAC: 1,1'-(2,2,2-Trichloroethane-1,1-diyl)bis(4-chlorobenzene) 
Massa molar: 354,49 g/mol 
Ponto de ebulição: 260 °C 
Densidade: 990 kg/m³ 
 Ponto de fusão: 108,5 °C 
 Classificação: Organoclorado 
 
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HEXACLOROBENZENO, OU HCB 
É um composto químico sintético, de fórmula C6Cl6, que se apresenta na forma de um sólido 
cristalino branco. Caracteriza-se pela sua alta toxicidade, é extremamente estável e por isso persistente no 
meio ambiente e apresenta significativa bioacumulação. 
 Ainda utilizado nas lavouras de cebola e trigo , o seu composto afeta o fígado e rins e é cancerígena. 
 
 
Fórmula Quimica : C6Cl6 
Massa Polar: 284.78 g mol-1 
Densidade: 2,049 g·cm-3 
Solubilidade em água: praticamente insolúvel 
Solubilidade: em temperaturas elevadas, solúvel 
em benzeno, éter dietílico e clorofórmio 
Ponto de ebulição: 322,2 °C 
Ponto de fusão: 229,5 °C 
Nome IUPAC: Hexachlorobenzene 
 
 
CIPERMETRINA 
A Cipermetrina é uma substância do grupo dos piretróides (substâncias sintéticas derivadas 
da piretrina natural) e possui classificação toxicológica nível II (altamente tóxico). É fotoestável, não se 
degradando com a luz solar. Como muitos piretróides é um inseticida e acaricida de ação muito ampla. 
Indicado no controle de pragas nas lavouras de algodão, milho e soja e também utilizado na 
formula de inseticidas domésticos. Atua no sistema nervoso central em peixes, anfíbios, mamíferos e Aves. 
Representa atualmente um potente causador no impacto ambiental e de saúde pública. 
 Fórmula: C22H19Cl2NO3 
Massa molar: 416,3 g/mol 
Classificação: Piretroide 
Fórmula molecular: C22H19Cl2NO3 
Número CAS: 52315-07-8 
 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Solubilidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Benzeno
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89ter_diet%C3%ADlico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Clorof%C3%B3rmio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Piretr%C3%B3ide
https://pt.wikipedia.org/wiki/Piretrina
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Fotoest%C3%A1vel&action=edit&redlink=1
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15 
 
CONCLUSÃO 
 
Uma intoxicação consiste em uma série de sintomas causados por alguma substancia tóxica que 
entrou em contato com o organismo do animal. O que muita gente não sabe é que praticamente todas as 
substancias tem potencial tóxico, a diferença entre a ocorrência de uma intoxicação ou não vai depender da 
quantidade da substancia que entrou em contato com o organismo em questão. Existem substancias que 
mesmo em pouquíssima quantidade podem causar intoxicação na sua ave. 
As principais causas de intoxicação 
observadas em aves são alimentares, inalatórias 
e medicamentosas. Os sintomas vão depender 
diretamente da substancia e da quantidade 
ingerida ou inalada. Porém podemos observar 
sinais gerais presentes na maioria dos casos de 
intoxicação, no geral uma ave intoxicada 
apresenta uma piora no estado de saúde 
repentina, mudança em seu comportamento 
habitual, penas arrepiadas, fraqueza muscular, incoordenação, fezes com coloração e consistência anormal, 
apatia, falta de apetite, vômitos e em alguns casos convulsões. 
Dentre as intoxicações alimentares temos como principais causas a ingestão de tintas a base de 
chumbo presentes em alguns brinquedos ou mesmo em paredes, sementes com micotoxinas, metais, 
sementes de algumas frutas que possuem toxinas, vegetais com agrotóxicos, etc. Dentre as causas 
inalatórias podemos citar os inseticidas, dentre outros. Finalmente as causas medicamentosas geralmente 
são por erros no calculo da dose de medicamentos, uso de pomadas em aves ou o uso inapropriado de 
medicamentos sem a prescrição de um médico veterinário. 
De forma geral podemos tomar alguns cuidados para evitar uma intoxicação, na questão alimentar 
devemos sempre nos atentar a só oferecer misturas de sementes de embalagens fechadas e de preferencia 
de marcas conhecidas, verduras e legumes devem sempre ser muito bem lavados e os caroços das frutas 
devem ser removidos, além disso, não deixar a ave “roer” paredes ou objetos pintados. Quanto às 
intoxicações inalatórias deve-se evitar o uso de produtos de limpeza doméstica próximo a gaiola da ave, 
assim como retirar a ave de áreas onde produtos químicos de maneira geral estejam sendo aplicados. 
Finalmente para evitar intoxicações por medicamentos é bem simples, leve sempre sua ave a um medico 
veterinário especializado e não medique sua ave por conta própria. 
 
 
 
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