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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM PROCESSOS GERENCIAIS – EAD GABRIELA GUIZOLFI FATURAMENTO DE CUSTO OPERACIONAL E O CONTROLE DO FLUXO DE DOCUMENTAÇÃO CAXIAS DO SUL 2013 GABRIELA GUIZOLFI FATURAMENTO DE CUSTO OPERACIONAL E O CONTROLE DO FLUXO DE DOCUMENTAÇÃO Relatório do Projeto Integrador apresentado à Universidade de Caxias do Sul, como requisito parcial para aprovação no Curso Superior de Tecnologia em Processos Gerenciais - EaD. Orientadora: Profª Me. Luciene Eberle CAXIAS DO SUL 2013 GABRIELA GUIZOLFI FATURAMENTO DE CUSTO OPERACIONAL E O CONTROLE DO FLUXO DE DOCUMENTAÇÃO Relatório do Projeto Integrador apresentado à Universidade de Caxias do Sul, como requisito parcial para aprovação no Curso Superior de Tecnologia em Processos Gerenciais - EaD. Orientadora: Profª Me. Luciene Eberle Aprovado(a) em dia/mês/ano. Banca Examinadora ________________________________ Professor(a) Universidade de Caxias do Sul – UCS _______________________________ Professor(a) Universidade de Caxias do Sul – UCS Dedico este trabalho ao meu esposo, Cristian por me incentivar a chegar até aqui e acreditar no meu potencial, bem como aos meus pais, Fernando e Eloci, as minhas irmãs Andréa e Daiana e todos aqueles que direta ou indiretamente me impulsionaram rumo a essa conquista. AGRADECIMENTOS Ao sábio mecanismo Universal que me permite estar vivenciando essa jornada como Gabriela, podendo ser o melhor de mim e evoluindo consciencial e constantemente. Aos meus pais que me trouxeram a esse mundo e me guiaram para desenvolver um bom caráter, sendo humilde e disposta a sempre dividir alegrias e distribuir sorrisos a todos. Chega um tempo da existência que compreendemos que as dificuldades servem para nos transformar. Quem sabe ser o melhor que pode nas adversidades, torna-se vencedor de si mesmo. Às minhas queridas irmãs, cada uma com sua personalidade e tão imprescindíveis na minha vida. Elas, que me fazem saber a importância de não ser filha única. Amo! Aos meus seis sobrinhos (as) que me permitem experimentar a maravilhosa sensação de ser tia, pois “somente uma tia pode abraçar como mãe, guardar segredos como irmã, dar conselhos como amiga e permitir travessuras como avó”. Ao meu esposo, que em tão pouco tempo, fez tanta diferença na minha vida. Com amor e dedicação me ensina a confiar, auxilia a superar dificuldades e incentiva a me superar, sendo meu cumplice em tempo integral. Por isso e por todo o aprendizado diário ao seu lado, foi o escolhido para ser o pai dos meus futuros descendentes. Ao IIPC – Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia, onde tive o prazer de ser voluntária e docente, buscando compreender a evolução da Consciência e aprendendo a ser mais coerente, perseverante e assistencial. À minha Coordenadora que, através da oportunidade profissional oferecida, me impulsionou a concluir esse curso. E, a Cooperativa Unimed Nordeste – RS por autorizar a elaboração deste. À UCS, por disponibilizar a modalidade EAD que, permitiu que eu chegasse até aqui bem como, toda a equipe e tutoria responsável por esse curso. Aos colegas e amigos que me acompanharam nessa jornada e me apoiaram a persistir. Enfim, a todos que direta ou indiretamente, participaram da minha vida acadêmica. Essa conquista é de todos nós! “O que você sabe não tem valor; o valor está no que você faz com o que sabe.” Bruce Lee http://pensador.uol.com.br/autor/bruce_lee/ RESUMO A presente pesquisa tem como objetivo, elaborar uma proposta de melhoria para o faturamento de Custo Operacional, modalidade de plano onde o contratante paga as participações na íntegra e, por esse motivo, três empresas que totalizam seis termos de contratos, exigem o envio dos documentos referente aos usos. Após recorrente glosas por falta de documentação, foi levantado as possíveis causas da deficiência e verificado possíveis ajustes como, protocolos de entrega/recebimento de documentos pelos setores envolvidos, controle minucioso em planilhas de Excel, para visualizar quais as maiores ocorrências por termos de planos e por prestadores que efetuaram os atendimentos. A partir disso, foi detectada a possibilidade das células responsáveis pelas produções dos prestadores, separarem a documentação através do relatório de previsão do faturamento de CO e, não mais pelos relatórios de suas rotinas de trabalho. Assim, podendo ser detectado também, se os diferentes demonstrativos estão casando as informações ou se, a falha ocorre primeiramente no prestador que não envia o material, nas células dos técnicos de contas que não separam os mesmos, se o faturamento os coloca em ordem indevida (devido ao grande volume) ou ainda, se as empresas perdem esses documentos. Acredita-se que com a identificação de onde ocorre a falha, poderá ser corrigido o processo, evitando glosas das empresas que pagam a menor por não os localizarem e retrabalho das analistas de faturamento que tem que rastrear as guias para aceitar ou não essas glosas. Palavras-Chaves: Faturamento de CO. Protocolo de documentos. Conflitos Interpessoais e glosas desnecessárias. ABSTRACT This research aims to draw up a proposal for improvement for billing Operating Cost, type of plan where the contractor pays the co-participations in full and, therefore, three companies totaling six terms of contracts, require the submission of documents referring to uses. Usually the documents don't come and was raised as to the possible causes of deficit and checked settings as possible, protocols delivery/receipt of documents by the sectors involved, detailed control in Excel spreadsheets, to see where is the problem. From this, detected the possibility of providers responsible for the production, separating the documentation through the reports of CO, and not by of their work routines report. So, can also be detected if the information of the reports are the same information or if the failure occurs in the server that does not send the material, in the accountants processes who do not separate them, whether the billing puts them in improper order (due to high volume) or, if companies lose these documents. It is believed that by identifying where the fault occurs, the process can be corrected, avoiding glosses and rework the billing analysts that have to track the tabs to accept or not these glosses. Key Words: CO Billing . Protocol document. Unnecessary interpersonal conflicts and glosses. LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Logotipo da Unimed Nordeste - RS..................................................................21 Figura 2 - Estrutura da área financeira Unimed Nordeste-RS....................................... 32 Figura 3 - Quadro Modelo da Analise SWOT ou FOFA...................................................36 Figura 4 - Ciclo PDCA...........................................................................................................41 LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Valores da Unimed Nordeste – RS.................................................................28 Quadro 2 - Matriz SWOT ou FOFA, da empresa Unimed Nordeste-RS...................... 36 Quadro 3 - 5 Por quês...........................................................................................................42 Quadro 4 - Documentos faltantes/mês por tipo de prestador........................................ 51 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Quantidade de documentos/mês/termo......................................................... 47 Gráfico 2 - Média de valor faturado por mês (agosto à novembro/2013).....................48 Gráfico 3 - Total de documentos cobrados/mês............................................................... 48 Gráfico 4 - Média de documentos cobrados por termo/mês – Qtd............................... 49 Gráfico 5 - Média de documentos cobrados/mês (representatividade/termo).............49 Gráfico 6 - Documentos faltantes/mês por tipo de serviço prestado............................50 Gráfico 7 - Média de documentos faltantes em relação ao total faturado....................52 LISTA DE ORGANOGRAMAS Organograma 1 - Estrutura Organizacional da Unimed Nordeste - RS................................24 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Compilação de dados.........................................................................................46 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS Ampl. – Ampliada Assist. – Assistência (neste estudo, refere-se a uma modalidade de seguro oferecida pela Cooperativa) Consult. – Consultório Ed. – Edição Fisio. – Fisioterapia Hosp. – Hospital Interc. – Intercâmbio Lab. – Laboratório Ltda. – Limitada Qtd. – Quantidade Ver. – Verificada ANS – Agência Nacional de Saúde CDI – Centro de Diagnóstico por Imagem CI's – Comunicações Internas CO – Custo Operacional COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social FOFA – Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças ISO – International Organization for Standardization ISSQN – Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza OSM – Organização, Sistemas e Métodos PA – Pronto Atendimento PDCA – Plan, Do, Check and Action (Planejar, Fazer, Checar e Agir) PIS – Programa de Integração Social RS – Rio Grande do Sul SA – Sociedade Anônima SOS – Save Our Souls SP – São Paulo SWOT – Strengths, Wewaknesses, Opportunities and Threats (pontos fortes, pontos fracos, oportunidades e ameaças). UCS - Universidade de Caxias do Sul SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................19 2 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA............................................................................. 21 2.1 IDENTIFICAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO.....................................................................21 2.2 HISTÓRICO DA ORGANIZAÇÃO................................................................................ 22 2.3 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL.............................................................................. 22 3 DIAGNÓSTICO SITUACIONAL DA ÁREA ADMINISTRATIVA.................................25 3.1 ESTRUTURA DA ÁREA ADMINISTRATIVA............................................................ 25 3.1.1 Organização................................................................................................................25 3.1.2 Sistemas de Gestão..................................................................................................26 3.1.2.1 Objetivo...................................................................................................................... 26 3.1.2.2 Missão e Negócio.....................................................................................................27 3.1.2.3 Visão...........................................................................................................................27 3.1.2.4 Princípios................................................................................................................... 27 3.1.2.5 Planos estratégicos, táticos e operacionais.........................................................28 3.1.2.6 Indicadores de desempenho.................................................................................. 29 3.1.2.7 Reuniões de avaliação............................................................................................ 30 3.1.3 Características genéricas........................................................................................31 3.2 ASPECTOS ESPECÍFICOS DA ÁREA....................................................................... 31 3.2.1 Planejamento Estratégico....................................................................................... 31 3.2.1.1 Estrutura da Área Financeira..................................................................................31 3.2.2 Padrões de Controle da Administração.............................................................. 33 3.2.3 Sistema de Comunicação e de Informações......................................................33 3.3 DIAGNÓSTICO SITUACIONAL.................................................................................33 3.3.1 Microambiente – pontos fortes..............................................................................33 3.3.2 Microambiente - pontos fracos..............................................................................34 4 DELINEAMENTO DA PROPOSTA DE MELHORIA....................................................35 4.1 ANÁLISE DA ÁREA DIAGNOSTICADA................................................................... 35 4.2 PLANEJAMENTO DO PROJETO DE MELHORIA.................................................37 4.2.1 Tema...........................................................................................................................37 4.2.2 Problema...................................................................................................................37 4.2.3 Objetivo Geral..........................................................................................................37 4.2.4 Objetivos Específicos............................................................................................37 4.2.5 Justificativa..............................................................................................................38 5 REFERENCIAL TEÓRICO...............................................................................................39 6 DELINEAMENTO METODOLÓGICO............................................................................ 45 6.1 DESCRIÇÃO DA METODOLOGIA.............................................................................. 45 7 DESENVOLVIMENTO DA PROPOSTA DE MELHORIA............................................47 8 LIMITAÇÕES DO ESTUDO............................................................................................. 53 9 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................. 54 REFERÊNCIAS..................................................................................................................... 56 19 1 INTRODUÇÃO A Unimed Nordeste RS não é apenas uma Cooperativa Médica que oferece diversos produtos na área da saúde, mas também, é uma marca de tradição e por isso busca continuamente melhorar seus processos e resultados. Este trabalho tem por objetivo, analisar o processo de cobrança de planos antigos ainda vigentes, que totalizam aproximadamente 20 empresas, levando em consideração que seus usos são cobrados integralmente e os documentos devem ser conferidos e enviados às empresas com seus respectivos demonstrativos e cobranças. O proposto neste estudo é alteração do processo da transição das guias de atendimento, a fim de obter um controle de quais células estão com deficiência, qual o volume faltante, a qual empresa pertence, se as ocorrências são falhas em operações por datas, se os erros são internos ou estão ocorrendo nos prestadores externos. Através da mudança de processo, detalhamento e controle por planilhas acredita-se que os erros nas cobranças podem ser minimizados, assim evitando o retrabalho de análises de glosas e Comunicações Internas (CI's) de descontos por as empresas pagarem a menor que o cobrado, posteriormente, além de incentivar a equipe a ter maior organização e eficiência. Outro detalhe importante é sempre ter as informações compiladas para manter a coordenação inteirada da rotina da equipe e extinguirem-se indisposições de pessoal por não ter protocolo de entregas/recebimentos de material. Com esse maior controle, viabiliza-se também, a negociação direta com as empresas, pois devido ao fluxo, alguns documentos (conforme especificidades) não são encaminhados ao setor de Contas (onde ocorre todo o processo de pagamento a prestadores, cooperados e singulares e cobrança de usos em intercâmbio e área de ação das empresas e demais Unimed ’s) dentro do período da competência da fatura então, podendo serencaminhados posteriormente já que os contratantes saberão que o material está sendo devidamente providenciado. A primeira parte deste trabalho busca trazer informações sobre a estrutura empresarial, ajudando a entender o ramo de mercado em que a referida empresa atua e suas grandes responsabilidades para com a sociedade. Em seguida, será 20 abordado o setor específico onde há necessidade de melhoria, o setor de Contas e suas macro rotinas para então, analisar no detalhe a função e o processo que será alterado e os grandes benefícios promovido por alguns ajustes. Através desse estudo fica evidente que uma empresa para atingir grandes resultados, deve focar-se nos detalhes corriqueiros. É nas propostas de melhorias de pequenos processos que o gerenciamento mantém os negócios em contínua otimização, reduzindo custos (tempo), aumentando a qualidade, produtividade, flexibilidade, eficiência, tempo de resposta e satisfação dos clientes internos e externos. A relevância da proposta de melhoria será embasada na aplicabilidade prática e apoiada em diversos autores que propõem a Gestão de Processos. 21 2 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA A Unimed Nordeste-RS é uma Cooperativa Médica fundada em 1972, prestadora de serviços na área da saúde através da venda de planos de saúde e atendimentos médicos, atuando na região nordeste do estado do Rio Grande do Sul. Sua sede Administrativa encontra-se em Caxias do Sul - RS. 2.1 IDENTIFICAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO Razão social: Unimed Nordeste-RS Sociedade Cooperativa de Serviços Médicos LTDA Nome fantasia: Unimed Nordeste Endereço: Rua Moreira Cesar, 2400 Cidade: Caxias do Sul CEP: 95034-000 Telefone: (0xx) 54 3220-2000 Site: www.unimed-ners.com.br CNPJ: 87827689000100 Proprietários: Médicos cooperados Fonte: Gestão de Pessoas – Unimed Nordeste–RS, 2013. Figura 1 – Logotipo da Unimed Nordeste - RS 22 2.2 HISTÓRICO DA ORGANIZAÇÃO A empresa Unimed Nordeste é uma cooperativa médica que iniciou seus trabalhos na década de 70, sendo um marco na história da medicina na região. Partindo das ideias do cooperativismo, iniciado em 1844 na Inglaterra por um grupo de tecelões, a Unimed Nordeste-RS, denominada Unimed Nordeste do Rio Grande do Sul Sociedade de Serviços Médicos Hospitalares, foi fundada em 9 de Junho de 1972 por um grupo de 42 médicos. Os princípios ingleses já vinham sendo colocados em prática desde 1967, em Santos – SP, sede da primeira cooperativa médica do país e desde 1971 em Erechim, a pioneira do Estado nesse tipo de sistema. De 1972 para cá, os números da Unimed Nordeste – RS, integrante da Federação das Unimed’s RS, multiplicaram-se. Em 1974, a instituição contava com 9 mil beneficiários, constituído na maior parte, por pequenas empresas locais. Quatorze anos depois, em Julho de 1988, já eram contabilizados 80 mil clientes e em Junho de1996, 170 mil. A estrutura física também foi sendo desenvolvida com o passar do tempo. Iniciou seus trabalhos em uma sala alugada na Galeria São Pelegrino em Caxias do Sul. A Unimed Nordeste-RS já teve sua Sede Administrativa também no subsolo da Igreja Metodista; Em 1982, foi instalada na Rua Coronel Flores e em Setembro de 1993 foi transferida para o endereço atual. Hoje, conta com mais de mil médicos cooperados e soma mais de 330 mil beneficiários. 2.3 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL A Unimed Nordeste-RS ocupa o 2º lugar no Estado e o 7º lugar no ranking das dez Unimed ‘s de grande porte no Brasil. Atua em 17 municípios na região Nordeste. Sua estrutura engloba oito escritórios regionais, 12 unidades de serviços próprios que incluem atendimento 24 horas, Laboratórios, Farmácias, Centro de Diagnóstico por Imagem, Hemodinâmica, Serviço de Assistência Domiciliar, SOS, serviço de Remoção e Emergência, Área Protegida, cinco plantões noturnos em parceria com hospitais credenciados, Saúde Ocupacional, Medicina Preventiva e o 23 Hospital Unimed. Conta com aproximadamente mil colaboradores, 216 prestadores de serviços credenciados, 1066 médicos e 350 mil clientes na área de abrangência. Os produtos que a empresa dispõe são: Planos de Saúde, Saúde Ocupacional Unimed, Acidente de Trabalho, SOS Emergência e Área Protegida, Transporte Aeromédico, Seguros Proteção (Seguro Proteção Familiar, Unimed Assist. e Seguro Funeral Os produtos e serviços oferecidos são diferenciados, inovadores e desenvolvidos de acordo com as necessidades do cliente. A cooperativa possui um nível de excelência em seus serviços e produtos, o que torna sua marca reconhecida no mercado. Os clientes podem comparar os serviços de seus concorrentes, que tem preços competitivos e ainda não encontrarão a mesma recognição que a Unimed Nordeste. O monitoramento da concorrência é feito por meio de pesquisas de preços e benefícios dos produtos similares e concorrentes, informações internas recebidas por percepção do mercado da equipe de vendas, relacionamento com clientes, funcionários em geral, prestadores de serviços e cooperados. O universo de clientes é dividido entre individuais, familiares, empresariais e associativos. Atualmente, a participação de mercado corresponde a 65% da população total que possui plano de saúde privado e atende a 45% da população em geral. Os principais clientes da empresa equivalem a 61,89% em plano de Saúde Assistencial, 12,57% em Saúde Ocupacional, 12,31% em Acidente de trabalho, 2,05% em serviços de SOS e 11,18% em Proteção Familiar. A cooperativa mantém parceria com fornecedores de medicamentos de materiais e de órtese e prótese. Esta relação é bastante diversificada e por se tratar de produtos onerosos existe uma preocupação com a sustentabilidade financeira da organização e por este motivo é realizado um controle de custos e as negociações de prazos são constantes. Os fornecedores são classificados com base na sua capacidade de fornecer produtos com qualidade, responsabilidade, pontualidade e com o melhor preço, sempre fazendo três cotações. A Unimed Nordeste avalia todo o material antes de ser utilizado e o mesmo deve ser avaliado através da visita do fornecedor com a documentação e tabela de 24 preço. Os documentos necessários estão descritos no manual do fornecedor que disponibiliza informações que deverão ser seguidas durante as negociações, entrega de produtos e realização de serviços, inclusive pós-vendas, além de conter os critérios de seleção, avaliação, reavaliação a desomologação de fornecedores. A Unimed é a maior experiência cooperativista na área da saúde em todo o mundo e também a maior rede de assistência médica do Brasil, presente em 83% do território nacional. O Sistema nasceu com a fundação da Unimed Santos em São Paulo e hoje é composto por 377 cooperativas médicas, que prestam assistência para mais de 16 milhões de clientes e 73 mil empresas em todo País. A estrutura organizacional da Unimed Nordeste-RS se caracteriza conforme organograma abaixo, que pode ser analisada para entendimento do negócio. Os médicos cooperados ocupam os níveis de diretoria e presidência. A partir dos Superintendentes, os cargos são ocupados por colaboradores, conforme apresentado a seguir. Organograma 1 – Estrutura Organizacional da Unimed Nordeste - RS Fonte: Gestão de Pessoas – Unimed Nordeste–RS (2013). 25 3 DIAGNÓSTICO SITUACIONAL DA ÁREA ADMINISTRATIVA Quando se fala em Administração de Processo, entende-se administração de rotinas, sugestões de melhorias que otimizem o trabalho e o tempo gasto com as tarefas. Na atualidade, passa-se a maior parte do dia no ambiente profissional e dessa forma, se faz necessário organizar os processos de forma que facilitem o controle e acesso às informações e isso deve ser iniciado nas pequenas atividades. É na organização de micro processos que a empresa pode se “aventurar” no mercado competitivo e desenvolver seu planejamento estratégico. A Unimed Nordeste RS, conta com o setor de Contas que está localizado no edifício ao lado da Sede Administrativa junto ao setor de Vendas diretas, possuiuma coordenadora, duas monitoras e aproximadamente quarenta funcionários, divididos por células para facilitar a distribuição e sequencia de processos. Existe o grupo que processa a análise e pagamento de consultórios, outro grupo para prestadores, a equipe do contas propriamente dito que analisa as contas hospitalares, a célula de Intercâmbio que paga às outras Unimed ‘s, pagamento da folha médica e analistas de faturamento. 3.1 ESTRUTURA DA ÁREA ADMINISTRATIVA A área administrativa é a área da empresa responsável pelo planejamento, organização, direção e controle das suas atividades. Certo (2003), destaca que a área administrativa trabalha para encorajar as atividades na busca das metas e objetivos da empresa. 3.1.1 Organização Chiavenato (2010), define organização como sendo a função administrativa orientada para o objetivo de produzir bens e serviços por meio de um conjunto de posições funcionais e hierárquicas. Os profissionais da Unimed Nordeste-RS trabalham pelo desenvolvimento 26 da empresa e pelo crescimento do trabalho médico, focado em aspectos legais, mas também na modernização da estrutura organizacional, na otimização da qualidade da Comissão Técnica, no controle dos custos internos, aumentando os rendimentos dos médicos cooperados, mantendo um equilíbrio fiscal, com as obrigações para com a ANS e o pagamento dos impostos todos em dia. 3.1.2 Sistemas de Gestão O Planejamento Estratégico é realizado a partir de um estudo em relação as situações passadas e define as ações da empresa para que essa chegue a um futuro desejado. Para Montana e Charnov (2003), o Planejamento Estratégico contempla as questões mais gerais por meio da analise do ambiente externo determinando uma direção ampla e geral para a organização, que é analisada por escrito e pode ser comunicada para os públicos interno e externo. Na Cooperativa, o Planejamento Estratégico existe desde 2009, quando a empresa foi certificada pela ISO 9001 e obteve a acreditação hospitalar no Hospital Unimed. Desde então, o Planejamento Estratégico é elaborado anualmente, com base nas informações de anos anteriores e nas diretrizes gerais da empresa, na visão, na missão e nos valores, sendo adaptados às mudanças internas e externas. Os macro objetivos sempre serão definidos no Planejamento Estratégico para orientar a empresa pelo período do planejamento. 3.1.2.1 Objetivo As empresas tomam decisões e colocam as ações em prática no intuito de alcançar um resultado esperado, o qual é denominado como objetivo. Segundo Kwasnicka (2004, P.213): "A definição dos objetivos é função básica da administração, pois eles são ingredientes que dão significado à organização e a razão pela qual ela se forma." Segundo o setor de qualidade da Cooperativa, a Unimed Nordeste-RS tem como objetivo específico ser solução em saúde. 27 3.1.2.2 Missão e Negócio A missão indica o que a empresa faz para tentar alcançar os seus objetivos. Daft (2008), relaciona a missão como a definição das operações dos negócios que diferenciam a organização com o propósito de servir como uma ferramenta de comunicação, onde, através da missão, a empresa informa aos funcionários, clientes e investidores, fornecedores e concorrentes sobre o que é a organização e o que ela está tentando alcançar. A missão da Cooperativa, segundo o setor de qualidade, é “assegurar a satisfação dos clientes, pela promoção da saúde e prevenção de doenças, com soluções fundamentadas nos princípios cooperativistas.” 3.1.2.3 Visão A visão indica o que a empresa busca alcançar em um período de tempo pré determinado. Para Vasconcelos e Pagnoncelli (2003, p.31): "Visão é a explicação do que se visualiza para a empresa." A Unimed Nordeste-RS possui a seguinte visão estratégica reformulada em 2011, conforme setor de qualidade: "A excelência em gestão da saúde por meio de qualidade, inovação e resultados deve nos identificar como referencial no sistema Unimed do Brasil." 3.1.2.4 Princípios Para Oliveira (2007, p. 43): "...representam o conjunto dos princípios, crenças e questões éticas fundamentais de uma empresa, bem como fornecem sustentação a todas as suas principais decisões." O quadro 1 representa os princípios da Cooperativa, conforme o setor de Qualidade, os quais são intitulados como sendo os valores da Unimed Nordeste-RS. 28 Ética Qualificação Médica Criatividade e habilidade individual Cooperativadas Competência Competitivas Responsabilidade Social Comprometimento com os princípios cooperativistas Comprometimento com o sucesso Flexibilidade para mudanças e inovações Orientação para resultados Auto sustentabilidade Fonte: Elaborado pelo autor Os princípios estão relacionados com a cultura organizacional da empresa e podem ser tratados também como valores ou filosofias. No caso da Unimed Nordeste-RS, os princípios são tratados como valores. 3.1.2.5 Planos estratégicos, táticos e operacionais Os planos estratégico, tático e operacional são três perspectivas que fazem parte do planejamento de uma empresa. Para Montana e Charnov (2003), o Planejamento Estratégico consiste na definição do ramo em que se encontra a organização. O plano tático examina variáveis como as condições de mercado, objetivos financeiros e recursos necessários para realizar a missão em um período de tempo menor que o plano estratégico, porém mais longo que o plano operacional, que é diário e envolve os gerentes de cada área. A Unimed Nordeste-RS possui um mapa estratégico, que representa a visão da Cooperativa, tendo como plano estratégico aumentar o valor para o cooperado e maximizar a remuneração médica, tendo em vista fortalecer economicamente a Cooperativa. Quanto ao plano tático, procura aumentar a receita, reduzir custos e despesas, expandir as oportunidades de mercado, ampliar o número de clientes, garantir a competitividade comercial e investir na capacitação dos cooperados e funcionários. Em relação ao plano operacional, busca atender as exigências legais, Quadro 1 – Valores da Unimed Nordeste – RS 29 oferecer ferramentas necessárias para os colaboradores desempenharem suas tarefas, garantir a manutenção e melhoria na prestação dos serviços e manter o comprometimento com o trabalho. 3.1.2.6 Indicadores de desempenho Os indicadores de desempenho são representados por gráficos e servem para mostrar os resultados obtidos durante o Planejamento Estratégico de uma forma clara e enxuta, sendo eficiente no controle das estratégias. Segundo Kwasnicka (2004), os indicadores de desempenho são ferramentas da gestão estratégica capazes de acompanhar a dinâmica da empresa de maneira que sua leitura ocorra em tempo real, a fim de viabilizar os mecanismos necessários para a implementação das estratégias. Os principais indicadores de desempenho da Cooperativa são: receita líquida: com dedução de valores de impostos incidentes sobre o faturamento (PIS, COFINS e ISSQN) e as provisões técnicas regulamentadas pela ANS; custos assistenciais; intercâmbio: referente a beneficiários da Unimed Nordeste-RS sendo atendidos fora da área de ação e o volume de intercâmbio recebido, ou seja, beneficiários de outras singulares sendo atendidos na Unimed Nordeste-RS; percentual de participação das despesas operacionais indiretas sobre a receita líquida: onde se enquadram todas as despesas administrativas e comerciais; liquidez corrente: demonstrando a capacidade de liquidez corrente da Cooperativa; evolução do endividamento bancário; aplicações financeiras; disponibilidade das aplicações. Alguns indicadores ficam disponíveis nos murais da Cooperativa e na intranet para que os colaboradores e os cooperados possam acompanhar os resultados. Indicadores específicos de cada área também são disponibilizados em 30 murais dentro dos setores. Padrões de controle da administração: Os padrões de controle servem para manter o que foi estabelecido no Planejamento Estratégico da empresa, apurando as possíveis falhasnos processos e aplicando medidas de correção. Para Kwasnicka (2004), o controle é o processo ativo pelo qual os administradores procuram manter as atividades conforme o planejamento inicial da empresa. O processo de controle é praticado por todas as áreas e níveis da administração de uma organização, embora haja muita variação na aplicação do controle em diferentes áreas organizacionais. No entanto, o processo básico permanece o mesmo: definir padrões de desempenho, calibrar o desempenho, avaliar o desempenho e fazer uso eficaz do feedback e tomar medidas corretivas quando necessário, ou seja, quando houver um fracasso em cumprir medidas de desempenho. (MONTANA e CHARNOV, 2003, P. 264). O controle é realizado mensalmente com base em comparativos entre as informações previstas e as realizadas. Semestralmente, o planejamento anual é revisado, com base nos dados, sofrendo alterações e readequações, quando necessário. Os objetivos do Planejamento Estratégico geram, da mesma forma, os objetivos para todas as áreas e departamentos. A Cooperativa possui uma equipe de auditores internos, que é formada por colaboradores, para quem a empresa disponibiliza curso de auditoria interna. As auditorias internas são realizadas a cada seis meses antecedendo as auditorias externas, que são realizadas pela empresa certificadora, também a cada seis meses. 3.1.2.7 Reuniões de avaliação As reuniões de avaliação tem como propósito analisar o andamento das ações estabelecidas no Planejamento Estratégico e tomar as providências necessárias com base nos resultados da avaliação. Para Vasconcelos e Pagnoncelli (2003), a avaliação dos resultados consiste em analisar os resultados atingidos com os esperados. A Cooperativa realiza reuniões mensais com a Diretoria Técnica para verificar os resultados das ações estabelecidas no Planejamento Estratégico e tomar 31 decisões. Reuniões entre gerentes e coordenadores também são realizadas mensalmente e em caráter extraordinário para avaliar o andamento dos planos tático e operacional e tomar medidas quando necessário. Cada coordenador de área também realiza reuniões mensais com as equipes de trabalho para verificar o andamento das operações e manter as equipes informadas sobre os resultados das atividades realizadas e eventuais alterações, assim como manter as equipes informadas sobre o andamento dos processos. 3.1.3 Características genéricas A inovação refere-se as ações de mudança e de melhoria dos processos, produtos ou serviços da organização. Segundo Daft (2008, P. 389): " [...] as organizações devem ser ágeis para acompanhar as mudanças que acontecem ao seu redor." Para Robbins (2000), a inovação é um tipo especial de mudança que estimula as oportunidades e o crescimento e diz respeito a uma ideia nova aplicada à criação ou melhoria de um produto, processo ou serviço. Durante o ano de 2011, a Controladoria Médica manteve e incrementou uma análise de relatórios informatizados que têm como objetivo o acompanhamento e avaliação de vários setores da Cooperativa, incluindo médicos cooperados e credenciados, prestadores de serviço e beneficiários. Tal atividade gerou ajustes e melhorias em processos internos e na relação com prestadores, além de recomendações e normatizações destinadas ao Corpo Médico, visando ao uso racional e adequado de recursos diagnósticos e terapêuticos, o que acaba refletindo diretamente na remuneração médica. 3.2 ASPECTOS ESPECÍFICOS DA ÁREA Este capítulo aborda os aspectos específicos do setor de Contas, que faz parte área financeira da empresa, como são administrados os diversos processos inerentes à área, bem como seu processo operacional. 32 3.2.1 Planejamento Estratégico Para Gitman (2001), a área financeira é responsável pela prestação de assessoria e serviços financeiros. Os administradores financeiros gerenciam as questões financeiras da empresa, trabalhando em tarefas variadas como: planejamento e concessão de créditos, avaliação de investimento e meio de obter recursos para as operações da empresa. 3.2.1.1 Estrutura da Área Financeira Segundo Brigham e Houston (1999, p. 11), “As estruturas organizacionais variam de uma empresa para outra.” A área financeira da Cooperativa é representada pelo diretor superintendente, que é um médico cooperado, juntamente com a gerência financeira. Acompanhando a escala hierárquica na figura 10, tem-se as coordenações de cada um dos setores que compõem a área financeira: contabilidade e auditoria, financeiro, setor de contas, Gestão de Prestadores e custos e informações e faturamento. Fonte: Setor financeiro Unimed Nordeste-RS Figura 2 - Estrutura da área financeira Unimed Nordeste-RS 33 O setor de contabilidade e auditoria atua como área de apoio e processo final da atividade da Cooperativa. É responsável pelo registro legal de todas as atividades que envolvam valores monetários como: balanço patrimonial, relatórios gerenciais bem como pela legalidade junto ás esferas fiscais, sejam federal, estadual ou municipal. Também realiza auditorias internas, financeira, patrimonial, de contratos, de estoque e inventário e auditorias de processo. O setor financeiro é responsável pelas atividades das contas a receber, contas a pagar, tesouraria, cobranças, relações com instituições financeiras, administração do fluxo de caixa e outras atividades de apoio. Está centralizado na sede administrativa da Cooperativa, sendo responsável pelo controle de todos os serviços próprios e escritórios regionais. O sistema operacional é integrado com os demais setores da área. O setor de contas tem como objetivo principal o processo de análise e conferência das informações para efetuar o pagamento de valores aos médicos cooperados, prestadores de serviços e singulares da Unimed Nordeste-RS, que são as demais Unimed ‘s existentes no Brasil. As cobranças de diferenças de intercâmbio cobradas dos clientes que usam o plano de saúde fora da área de ação da Unimed Nordeste-RS também ficam alocadas dentro do setor de contas. O setor de Gestão de Prestadores tem por objetivo estreitar o relacionamento da Cooperativa com os prestadores de serviços, visando a melhoria dos serviços, qualidade e satisfação do público interno e externo. É responsável pelo cadastro, documentação contratos, atualização de dados, tabelas e negociação de valores, além de adaptação dos mesmos por meio da troca de informação via magnética. O processo do setor de custos e informações compreende as atividades de coleta, processamento, análise e tomada de ações perante as informações econômico-financeiras da Cooperativa. Esse processo fornece informações direcionadas que servem de subsídio para as informações dos demais processos. 3.3 DIAGNÓSTICO SITUACIONAL Este capítulo fala sobre o método utilizado para o mapeamento e análise das 34 causas geradoras dos pontos fortes e fracos identificados no desdobramento das atividades da cadeia de serviços dentro da Unimed Nordeste. 3.3.1 Microambiente – pontos fortes a) relatórios identificando quais documentos devem ser enviados às empresas; b) acessibilidade da coordenação para sugerir melhorias de processo; c) conhecimento do processo para identificar o que pode ser melhorado e ajustado. 3.3.2 Microambiente - pontos fracos a) muitos documentos não são entregues, conforme o fluxo e mesmo com solicitações aos responsáveis, ainda não são todos agrupados com as faturas; b) dificuldade na comunicação interna devido à falta de protocolo de entrega/recebimento de material; c) muitas glosas, por parte das devedoras, devido à falta de documentação; d) conflitos interpessoais. Acredita-se que por, o sistema oferecer relatório com os documentos que precisam, os mesmos deveriam ser entregues ao faturamento para conferencia e confirmação se o sistema está trazendo as informações necessárias ou se, no momento da separação de documentos, ele não é localizado ou não procurado. Quando os processos são bem mapeados e descritos,os conflitos interpessoais diminuem tanto quanto, as falhas operacionais. 35 4 DELINEAMENTO DA PROPOSTA DE MELHORIA Foi observado o recorrente extravio e atraso de entregas dos documentos referentes às cobranças dos Planos de Custo Operacional às analistas de faturamento, gerando um desgaste na procura do material bem como, retrabalho desnecessário, glosas realizadas pelas empresas e desorganização de informações. 4.1 ANÁLISE DA ÁREA DIAGNOSTICADA Conforme a realidade da empresa, detalhar-se-á os pontos fortes e fracos referentes aos aspectos internos, apontando oportunidades e ameaças, bem como os fatores externos são influenciados por essas características. O setor de Contas, é um setor com processos diversificas e por isso, dinâmico. Tem como objetivo principal o processo de análise e conferência das informações para efetuar o pagamento de valores aos médicos cooperados, prestadores de serviços e singulares da Unimed Nordeste-RS, que são as de mais Unimed ‘s existentes no Brasil. As cobranças de diferenças de intercâmbio cobradas dos clientes que usam o plano de saúde fora da área de ação da Unimed Nordeste- RS também ficam alocadas dentro do setor de Contas. Para tanto utilizaremos a matriz SWOT ou FOFA, a qual Aquino (2010) nos dá as seguintes explicações: ...A matriz SWOT é um estudo que se faz nas empresas para identificar fatores internos e externos que atuam sobre elas, apontando suas oportunidades que poderão ser desenvolvidas em potencial. Como análise da matriz SWOT, podemos identificar as forças, fraquezas, ameaças e oportunidades. As forças podem ser consideradas como os recursos disponíveis. As franquezas podem ser também recursos não administrados e todas as falhas que não levem ao aperfeiçoamento em um determinado segmento. As oportunidades compreendem tudo que propicie que venha a somar na estrutura, na qualidade e crescimento da empresa, enquanto as ameaças podem ser compreendidas como tudo o que leve perigo para alcançar as metas e objetivos da empresa... A partir desta definição, utilizaremos o modelo de quadro para matriz Swot disponibilizado por Aquino (2010). 36 Figura 3 - Quadro Modelo da Analise SWOT ou FOFA Fonte: Aquino (2010) Após os estudos e as observações realizadas no setor de Contas da empresa Unimed Nordeste, foi desenvolvido o seguinte quadro da análise SWOT ou FOFA, sobre o qual se descreve o diagnóstico aferido neste período. Matriz SWOT ou FOFA: Quadro 2 - Matriz SWOT ou FOFA, da empresa Unimed Nordeste-RS FORÇAS (Strengths) FRAQUEZAS (Weaknesses) IN TE R N O (O R G A N IZ A Ç Ã O Bom inter-relacionamento interno e externo. Relatórios com os documentos que devem ser enviados Crescimento da receita Falta de protocolo Descaso, em alguns casos, com a entrega dos documentos ao faturamento OPORTUNIDADES (Opportunities) AMEAÇAS (Threats) EX TE R N O (A M B IE N TE ) Clientes Competência técnica profissional Bom inter-relacionamento interno e externo Qualidade de informações. Falta de qualificação específica (identificação dos documentos necessários) Valores dos serviços elevados Contratos empresariais que exigem documentação com o faturamento. Fonte: O autor. Adaptado de Aquino (2010). 37 4.2 PLANEJAMENTO DO PROJETO DE MELHORIA Neste capítulo detalharemos e explicaremos os elementos que constituirão a proposta de melhoria, evidenciando o problema e analisando o tema, os objetivos gerais e específicos, a fim de justificar o referido estudo. 4.2.1 Tema Faturamento de Custo Operacional e o Controle do Fluxo de Documentação, um processo para acurar informações através da elaboração de planilhas, identificando onde está a inconsistência na falta de alguns documentos no momento do faturamento. 4.2.2 Problema Como fazer levantamento de dados e propor melhoria refetente a entrega/recebimento de documentos de CO.? 4.2.3 Objetivo Geral Propor melhoria, no processo de controle de entrega e recebimento de documentos, favorecendo o relacionamento interno e externo, bem como identificando inconscistências no processo interno, agilizando e qualificando informações. 4.2.4 Objetivos Específicos a) coletar informações mensais sobre o fluxo de documentos; b) analisar rotinas administrativas; c) observar as condições de trabalho; 38 d) propor ações de melhoria para o processo de faturamento de Custo Operacional; e) desenvolver parceria com as empresas que utilizam o plano na referida modalidade e melhorar as negociações. 4.2.5 Justificativa A Unimed Nordeste, preza pela organização, desenvolvimento e bom relacionamento com seus clientes, além do seu foco na Saúde. Por estar aberta a sugestões de melhorias que otimizem processos, informações e por observar que a rotina de faturamento de uma modalidade específica de produto, não favorecia um controle minucioso, pensou-se em como alterar o processo de forma simples, que identificasse os pontos mais deficientes e que poderiam ser solucionados. Os principais motivos pela sugestão de melhoria são: a) através de planilhas, controlar quais termos empresariais tem o maior índice de documentos faltantes, bem como os prestadores que não estão cumprindo as entregas dos mesmos; b) todo documento recebido pelo faturamento deve ser conferido e protocolado, ficando uma via para o colaborador que operacionaliza o referido prestador e outra, para a analista de faturamento, evitando indisposições internas quando o material não for localizado; c) facilitar a negociação com as empresas, evitando glosas por falta de documentação, através de uma declaração, juntamente com a fatura, apontando quais documentos não estão em anexo e o porquê, podendo ser entregues posteriormente, assim que forem localizados. Conforme analises, nos últimos três meses, observou-se que quase 50% dos documentos não são entregues às analistas de faturamento e, consequentemente, não enviados às empresas. Conforme toda a equipe for se adaptando ao novo processo, espera-se que as melhorias nos resultados também aumentem gradativamente. . 39 5 REFERENCIAL TEÓRICO Entende-se por rotina, os comportamentos, atitudes e atividades que são realizadas repetidamente, sem alteração. A Unimed Nordeste RS se utiliza da Gestão da Qualidade e por ter certificação ISO 9001, possui um mapeamento de todas as rotinas de seus processos. O fato de uma rotina estar mapeada não siginifica que não pode ser alterada. O processo administrativo por ter se tornado uma Ciência, pode ter seus processos refutados, se comprovadas as melhorias que serão favorecidas com novas rotinas de processos internos. Pessoa (2003), diz que gerenciar é planejar e agir adequadamente, determinando um tempo para execução e, buscando uma qualidade específica, conforme orçamento previamente analisado. Além disso, o gerenciamento procura realizar as atividades pré-planejadas com o propósito de fazer com que a execução de um trabalho se materialize conforme o planejado e programado. Para Campos (2004) um bom gerenciamento consiste em saber estabelecer um bom plano de ação para toda meta de melhoria que se queira atingir. Toda meta de melhoria gera um plano de ação. Não muito diferente dos autores supra-citados, Tenório (2000) diz que o gerente possui funções gerenciais essenciais ao seu trabalho que são planejar, organizar, dirigir e controlar. Essas atividades buscam a sobrevivência da organização. Dessa forma, gerenciar deve ser a busca pela eficiência, eficácia e efetividade. Ressalta-se que são nos microsprocessos que o gerenciamento deve ser aplicado e não somente nas escalas hierarquicas mais evidentes. Conforme Almeida (1993), a qualidade na implantação de um processo está intimamente ligado ao conhecimento da operação, o que comprova ser mais fácil a implantação de melhoria em um pequeno processo, do que um projeto que atinja a organização num todo. Isso ocorre, pelo domínio exercido na tarefa. A proposta aqui apresentada, busca justamente provara eficiência, eficácia e efetividade na alteração de um processo operacional, onde o operador tem domínio do que está propondo. Provavelmente o gestor da área conseguira visualizar as melhoras devido à 40 alteração porém, com uma atenção diferente de quem atua diretamente sobre a rotina de trabalho. Campos (1996) expõe ser preciso eliminar das organizações o gerenciamento baseado em intuição e senso comum. Para manter uma organização rentável é preciso desenvolver um gerenciamento cada vez mais científico, demonstrando a importancia do envolvimento direto de quem operacionaliza. O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia proporciona a manutenção e competitividade no controle dos resultados em todos os níveis gerenciais. Ainda, Campos (2004) define que o gerenciamento da rotina, como sendo as ações e verificações diárias, conduz a cada indivíduo da organização à assumir as responsabilidades no cumprimento de suas obrigações bem como, observar o que pode ser alterado e trazer melhores resultados. Sustenta isso, afirmando que o gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia deve ser centrado na definição da autoridade e responsabilidade de cada pessoa, na padronização dos processos de trabalho, na monitoração dos resultados dos processos comparando-os com as metas, na ação corretiva, no processo a partir dos desvios encontrados nos resultados, em um bom ambiente de trabalho, na máxima utilização do potencial mental das pessoas e por fim, na contínua busca pelo melhor resultado. Simcsik (2002) analisa a rotina como sendo as práticas administrativas ou organizacionais que são realizadas constantemente, estando agregadas nas atividades diárias, conforme os costumes aprendidos. Quando a rotina é estática torna-se improdutiva, acabando por impedir ou atrapalhar as mudanças, transformações e progressos na empresa. A rotina deve ser limitada, os gestores devem limitar cada rotina tanto no ambiente onde ela nasce, como até onde ela pode alcançar. A rotina inflexível pode impedir a criatividade e as novas formas de fazer melhor um trabalho. Sendo assim, compreende-se que a rotina está ligada a ações realizadas constantemente e diariamente que auxiliam no controle das atividades e promovem a excelência. Observa-se ainda, que a rotina possui um aspecto visto como negativo ao se pensar em inovação, conduzindo os colaboradores a zona de conforto e a falta de criatividade. 41 Como método de gerenciamento de rotina, pode-se utilizar o PDCA, criado nos anos 20 por Edward Deming, considerado o “pai” do controle de qualidade moderno. Conforme Campos (1996), essa ferramente busca controlar processos, desenvolver planos de ação conforme as ferramentas disponíveis e os objetivos a serem alcançados. As estapas do PDCA, são: Fonte: http://www.sobreadministracao.com/o-ciclo-pdca-deming-e-a-melhoria-continua/ Outra ferramenta de análise de problemas que pode ser utilizada é os “5 Por Quês” que, busca identificar as causas raízes de um problema, de forma bastante simples. Foi desenvolvida por Sakichi Toyoda , fundador da Toyota. O princípio é muito simples: ao encontrar um problema, você deve realizar 5 questionamentos, perguntando o porquê daquele problema, buscando a resposta na causa anterior. Deve ser feito o questionamento até atingir o nível raiz, no qual não é mais possível determinar o desdobramento das causas. A seguir é apresentado um exemplo de sua aplicação. (RIES, ERIC 2012) Figura 4 - Ciclo PDCA http://www.sobreadministracao.com/o-ciclo-pdca-deming-e-a-melhoria-continua/ 42 Fonte: Elaborado pelo autor O gerenciamento da rotina apresenta mecanismos que as empresas poderão utilizar para desenvolver uma padronização de processos e atividades. Dentro do processo de gerenciamento da rotina, uma ferramenta que fortalece os principais métodos utilizados nesta implementação, fazendo com que os resultados esperados sejam alcançados, é a padronização das atividades, métodos e processos utilizados por toda a organização. A padronização de processos, se torna importante por proporcionar agilidade bem como, favorece a percepção dos colaboradores de suas responsabilidades e incentiva às melhorias de processos continuamente, garantindo eficiência. Na execução de qualquer novo método de trabalho, para verificar se o desempenho está adequado e se a equipe está atingindo as metas pré- estabelecidas, é preciso controlar esses métodos e assim analisar os resultados. Drucker (2002) afirma que todos os processos de trabalho precisam ter seus controles, ressaltando que é o processo de trabalho que será monitorado e não o trabalhador. O controle auxilia no desenvolvimento do processo e na obediência aos padrões existentes. Sendo o trabalho executado dentro dos padrões prefixados, o processo está sob controle e não serão necessárias providências. Por esse motivo, toda alteração de processo, deve ser testada e mapeada, tornando-se ou não, uma nova descrição de rotina, conforme os resultados obtidos. 1º Por quê? Porque faltam muitos documentos 2º Por quê? 3º Por quê? 4º Por quê? 5º Por quê? Por quê o índice de glosas por falta de documentos, na modalidade de plano C.O. está alto? Por quê está faltando muitos desses documentos? Porque alguns documentos não são localizados pelo faturamento Por quê os documentos podem não estar sendo entregues ao faturamento? Porque podem não estar sendo entregues pelos prestadores Por quê alguns documentos podem não estar sendo encaminhados ao faturamento pelos prestadores? Por falta de protocolo de entrega/recebimento de material, consequentemente se perdendo o controle de onde o documento se perde Por quê não existe um protocolo de entrega/recebimento de documentos? Por que não existe uma rotina de controle adequada Quadro 3 - 5 Por quês 43 Para Robbins (2000) o controle é a monitoração das atividades garantindo que as mesmas estão acontecendo de acordo com o planejado, corrigindo quaisquer desvios importantes, até a implantação final de uma mudança. Desse modo, é perceptível o quanto o controle garante que as atividades estão sendo realizadas de acordo com as metas determinadas. Verifica-se, assim, onde está gerando resultados positivos sendo os mesmos mantidos, e onde estão ocorrendo às falhas, que deverão ser corrigidas. Entende-se que, caso o controle verifique falhas nos métodos de gerenciamento da rotina, medidas deverão ser tomadas. O controle é uma ferramenta para o diagnóstico da situação do processo de trabalho. Por isso, geralmente, o controle é utilizado onde existem as maiores anomalias. Colocar em prática a utilização do gerenciamento da rotina apresentando novos métodos e ferramentas aos colaboradores não é uma tarefa fácil. Principalmente porque geralmente, os indivíduos não gostam de alterações e preferem manter-se na zona de conforto. Chiavenato (2004) defende que a transformação em uma organização tem início quando cada pessoa se compromete intimamente a mudar. É necessário que a transformação individual acompanhe a transformação organizacional. O autor complementa ainda, que a mudança é a passagem e transição de um estado para outro diferente. Ela implica transformações, perturbações ou ruptura dependendo de sua intensidade. Segundo o mesmo autor, o processo de mudança depende muito da maneira pela qual os administradores e as pessoas envolvidas percebem a sua importância e urgência. Nesse sentido, vale mencionar que o líder que consegue transmitir o valor das mudanças e envolver a equipe em um objetivo, conseguirá obter um retorno satisfatório da equipe. O autor explica ainda, que a resistência à mudança pelos membros da organização ocorre quando os mesmos possuem um comportamento contrário à efetivação da mudança, sendo que este é um momento onde é decisivo o papel do líder (CHIAVENATO, 2004). Percebe-se que o líder deve procurar estar sempre envolvendo a equipe, apresentando as mudanças e desenvolvendo um bom relacionamento. Os colaboradoresengajados se preocupam com o futuro da empresa e se 44 comprometem com a organização. A forma como o líder administra a mudança é fundamental para inspirar os colaboradores. Campos (2004) reforça que o líder é responsável por compreender a situação da organização e conduzir as pessoas sob sua autoridade as mudanças necessárias. Uma boa liderança é sinônimo de boas mudanças, no caso apresentado nesse estudo, a mudança é proposta por um colaborador porém, seria inviável sem a aprovação da coordenação responsável. O propositor da ideia e o seu superior direto devem trabalhar em conjunto para comprovar a relevância na alteração de processos internos. Sabe-se que quando existe a intenção de implantar um novo processo, a boa comunicação é essencial, seja no ambiente setorial como em toda a organização. A comunicação é o elo entre o gerenciamento da rotina e a cultura organizacional. Drucker (2002) ressalta que a comunicação deve ser considerada um importante fator de gerenciamento. Mosley, et al (1998) define a comunicação como um processo onde é transferido o significado de uma ideia ou informação de uma pessoa para outra. A comunicação é eficaz quando o transmissor e o receptor falam, escrevem, ouvem e lêem com habilidade. A troca de significado envolve a expressão facial, inflexão vocal e todos os gestos involuntários e não-intencionais que pressupõem o significado real. Para Hampton (1992) a comunicação nas organizações é um processo onde as pessoas transmitem informação entre si e interpretam o significado. Ela deve manter os departamentos e empregados com a informação compreendida, o que permitirá servir como estímulo para realizarem suas atividades com eficiência. Percebe-se assim, que a comunicação eficaz é essencial no momento de inserir qualquer nova atividade, processo ou método na organização. É a comunicação que irá apresentar aos colaboradores a novidade, por isso é preciso analisar e verificar sempre, as melhores ferramentas para realizar este processo. 45 6 DELINEAMENTO METODOLÓGICO O propósito deste capítulo é descrever o processo metodológico que orientou o projeto de melhoria, bem como as técnicas, os instrumentos utilizados e os resultados obtidos. Pode-se definir pesquisa como o procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. A pesquisa é requerida quando não se dispõe de informação suficiente para responder ao problema, ou então quando a informação disponível se encontra em tal estado de desordem que não pode ser adequadamente relacionada ao problema (GIL, 1999, p. 17). O diagnóstico empresarial foi realizado com base em pesquisa bibliográfica e dados e informações obtidos pela empresa e descrição do processo a ser modificado. Para realização da pesquisa, foram seguidas as seguintes etapas: • identificação e mapeamento do processo de faturamento do produto de Custo Operacional para identificar motivos e causas em relação a falta de documentos e glosas realizadas pelas empresas, pela não localização dos mesmos; • desenvolvimento de planilhas de controle e protocolagem dos documentos recebidos pelo faturamento; • análise dos dados coletados; • levantamento dos dados obtidos com a proposta de melhoria; • devolução dos dados levantados à empresa. 6.1 DESCRIÇÃO DA METODOLOGIA A proposta de melhoria foi realizada no setor de Contas da Cooperativa médica Unimed Nordeste-RS, situada na cidade de Caxias do sul, estado do Rio Grande do Sul, utilizando o método quantitativo. Como já mencionado, o projeto-piloto foi realizado nos meses de agosto à novembro de 2013, por meio da aplicação de protocolos de entrega/recebimento dos 46 documentos de C.O. e controle dos mesmos, em planilhas desenvolvidas no Excel. Participaram do estudo, a coordenadora do setor de contas, analistas de faturamento e os técnicos responsáveis pela análise das produções médicas e de prestadores terceirizados, com o objetivo de fornecer dados e documentos para análise. Para a coleta dos dados, realizou-se conferência e protocolagem de documentos recebidos pelo faturamento e controle em planilhas identificando o termo das empresas, nome dos beneficiários, data de realização, prestador que efetuou o atendimento e número do documento. Após, mapeou-se quais as células apresentavam mais deficiência na entrega de documentos e se a falta do documento era um problema interno ou se os mesmos não estavam sendo entregues ao setor de Contas, pelos prestadores terceirizados e médicos credenciados. Isto, facilitando a visualização do progresso obtido, evitando erros futuros e melhorando as negociações com as empresas que recebem as cobranças desta modalidade de plano. Conforme identificado na análise SWOT, o faturamento de C.O. tem apresentado valores elevados glosados devido ao não envio de alguns documentos, conforme contratos de planos antigos de C.O., devido à falta de monitoramento adequado do processo de recebimento desses documentos, pelo faturamento. Abaixo, uma amostra de alguns documentos que foram recebidos antes do faturamento (os nomes dos beneficiários foram modificados para evitar exposição indevida), como pode se observar alguns documentos vem com dados incompletos dificultando a conferência, esse controle não ajuda, somente. O faturamento a rastrear os documentos como, também é fundamental para corrigir erros vindos dos prestadores. Fonte: Elaborado pelo autor. Tabela 1 - Compilação de dados 47 Termo 12 Termo 28 Termo 30 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 Agosto Setembro Outubro Novembro 7 DESENVOLVIMENTO DA PROPOSTA DE MELHORIA Após análise dos dados, verificam-se as deficiências da empresa quanto ao controle de entrega/recebimento de documentação. Dentro desse enfoque, sugeriu- se que o faturamento monitorasse todos os documentos recebidos, conferindo-os, registrando dados em planilhas e protocolando os mesmos para que as analistas de faturamento e técnicas de contas consigam identificar o paradeiro dos documentos. Como projeto piloto, desenvolveu-se planilhas de controle, conforme mencionado no capítulo anterior, desde agosto/2013. Assim, possibilitando monitorar o fluxo de documentos que transitam para que o faturamento de Custo Operacional seja executado, bem como, quais os serviços estão mais comprometidos e quais empresas tem maior fluxo de documentos. Nos gráficos a seguir, estão compilados os dados obtidos através das planilhas de controle que são utilizadas desde Agosto/2013. Primeiramente, fica evidente no gráfico 1 que, os termos mais comprometidos são o 12 e o 30, consequentemente esses, estão associados às faturas de maior valor, como verifica-se no gráfico 2. O fluxo aproximado de contas/mês está demonstrado nos gráficos 3, 4 e 5, que tiveram os dados coletados a partir de planilhas de controle, alimentadas de Agosto/2013 à Novembro/2013. Gráfico 1- Quantidade de documentos/mês/termo Fonte: Elaborado pelo autor. 48 Gráfico 2 - Média de valor faturado por mês (agosto à novembro/2013) Fonte: Elaborado pelo autor Gráfico 3 - Total de documentos cobrados/mês Fonte: Elaborado pelo autor 49 Gráfico 4 - Média de documentos cobrados por termo/mês – Qtd. Fonte: Elaborado pelo autor Gráfico 5 - Média de documentos cobrados/mês (representatividade/termo) Fonte: Elaborado pelo autor No gráfico 6, evidencia-se os prestadores com maior volume de documentos faltantes por mês. Ou seja, documentos do P.A., consultórios e fisioterapias. 50 P.A. Consult. Fisio. Lab. Interc. CDI Hosp. Outros 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 Agosto Setembro Outubro Novembro Fonte: Elaborado pelo autor. Abaixo, um quadro identificando, individualmente, a quantidade de documentos faltantes ao mês, por tipo de prestador, deixando evidente que alguns prestadores tem mais deficiências e que o fato de estar monitorando esses dados, não está sendo suficiente para organizar esse processo. Partindo disso, a autora, propõe mais um ajuste nessa operacionalização.Fica definido que, a partir do faturamento de competência 12/2013, os técnicos de contas farão a separação dos documentos através de relatório de previsão de faturamento, gerado pelas analistas de faturamento e, não mais por relatórios gerados por cada serviço. Assim, pretende-se evitar retrabalho dos técnicos de contas e garantir maior eficiência na conferência dos documentos necessários ao faturamento. Esse demonstrativo de previsão que servirá, também, para ser protocolado após checagem dos documentos. Gráfico 6 - Documentos faltantes/mês por tipo de serviço prestado 51 Fonte: Elaborado pelo autor. Ago. Set. Out. Nov. 0 10 20 30 40 50 P.A. Ago. Set. Out. Nov. 0 5 10 15 20 Consultório Ago. Set. Out. Nov. 0 5 10 15 20 Fisioterapia Ago. Set. Out. Nov. 0 2 4 6 8 10 Laboratório Ago. Set. Out. Nov. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 Intercâmbio Ago. Set. Out. Nov. 0 1 2 3 4 5 CDI Ago. Set. Out. Nov. 0 1 2 3 4 5 6 Hospitais Ago. Set. Out. Nov. 0 2 4 6 8 10 Demais Pestadores Quadro 4 - Documentos faltantes/mês por tipo de prestador 52 No gráfico a seguir, comprovamos que um grande volume de documentos não são entregues (aproximadamente 45%). Gráfico 7 - Média de documentos faltantes em relação ao total faturado Fonte: Elaborado pelo autor. Como melhorias propõem-se, dentro do contexto estudado, as seguintes alternativas, que podem ser realizadas sem grandes investimentos para melhorar o processo, a convivência, as negociações e a satisfação dos envolvidos (Faturamento, técnicos de contas, empresas externas e prestadores externos). a) aprimorar a negociação com a empresas que utilizam o produto na modalidade Custo Operacional, tendo maior controle e informações, ou seja, precisão no que está sendo faturado; b) montar planilhas de controle do fluxo de documentos por termos, prestadores, meses, compilando informações e permitindo acompanhar o progresso da mudança de rotina. Quanto mais organizado o processo, menos possibilidade de ocorrerem falhas; c) checar e avaliar a relevância do controle, ficando atento às melhorias contínuas que podem partir de pequenas mudanças, bem como a separação de documentos serem feitas por demonstrativos gerados pelo faturamento e, não mais, pelos relatórios de fechamento dos técnicos de contas. 53 d) agilizar informações para a Coordenação direta. e) melhorar a comunicação interna e externa. 8 LIMITAÇÕES DO ESTUDO O presente trabalho apresentou algumas limitações, as quais impedem a amplitude do estudo. Do ponto de vista teórico, não foi possível identificar outros trabalhos que focassem nos mesmos objetivos da pesquisa, o que torna a comparação com outros estudos de características similares, impossível. Contudo, em virtude da importância no processo de relacionamento interno e externo (empresas), abre-se a perspectiva da realização de outros estudos, similares ou mais abrangentes, associados a melhorias no processo do faturamento de Custo Operacional, bem como nas outras modalidades de faturamento. Na perspectiva metodológica, a limitação está associada com a disponibilidade de tempo e dificuldades presentes na evolução do método de coleta e tabulação e análise dos valores, quando existe uma pressão temporal para a conclusão do estudo, bem como o limite de prazo para implantar as ações e medir a eficácia de cada atividade, tornando o estudo limitado no que se refere a informações mais detalhadas e precisas para o bom desenvolvimento do trabalho. Quanto a realização das ações, existem limitações de tempo, no que se refere a disponibilidade de agenda e falta de comprometimento dos envolvidos no processo interno e também dos prestadores de serviços. 54 9 CONSIDERAÇÕES FINAIS O faturamento da modalidade de Custo Operacional possui uma peculiaridade que é, a conferência de todos os documentos cobrados e o envio dos mesmos, juntamente com a fatura e o demonstrativo das cobranças, para às respectivas empresas. Por esse motivo, verificou-se a necessidade de reciclar a etapa de entrega/recebimento dos documentos pelos prestadores e técnicos de contas até chegarem no faturamento. Frequentemente, faltavam documentos e não havia como identificar se não foram entregues ou se foram extraviados. Partindo dessa deficiência, foi proposto compilar em planilhas os documentos recebidos e ter um fluxo de protocolagem para evitar ruídos, quando a não localização de um documento. No decorrer desse estudo, percebeu-se que apenas o controle em planilhas, não era suficiente para efetivar a melhoria. Embora, todas as informações estivessem mais organizadas e facilmente observadas, o volume de documentos faltantes, não diminuiu consideravelmente. Partindo disse, realizou-se testes de previsionar o faturamento por eventos gerados e propor que os técnicos de contas, separem os documentos através do demonstrativo do faturamento e não mais, dos próprios demonstrativos. Como mencionado anteriormente, o tempo, é um fator limitador desse estudo pois, ainda não foi possível fazer o levantamento de dados que afirmem a redução de documentos faltantes através dos relatórios de previsão. Considerando os dados obtidos até então, viu-se que a incidência do problemas ocorre mais com atendimentos de Pronto Atendimento, Consultório e Fisioterapia, provavelmente pelo grande volume de documentos relacionados a esses serviços e, no caso da fisioterapia, muitas vezes, as sessões iniciam em um mês e terminam em outro, dificultando a entrega das guias que possuem a assinatura do beneficiário em todas as sessões realizadas. Outro dado observado é que nas empresas de Termo 12 e 30 são as mais afetadas. Em relação a representatividade desse problemas, estima-se que, aproximadamente, 45% do montante da documentação não chega em tempo hábil no faturamento, o que represente em receita, aproximadamente R$............................??? 55 Enfim, como resultado, espera-se verificar a minimização do problema ou, até mesmo, sua extinção além de, comprovar que a Administração é uma Ciência em contínuo processo de desenvolvimento e vai se moldando ao mercado dentro do ambiente competitivo e expandindo sua concepção de que numa empresa bem sucedida, cada parte pertence ao todo e por isso a melhoria numa pequena rotina pode contribuir no macro universo corporativo e no próprio desenvolvimento profissional do indivíduo que flexibiliza a moldar-se às necessidades e exigências da empresa. 56 REFERÊNCIAS ALMEIDA, Leo G. Gerência de processo: mais um passo para a excelência. 1. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1993; AQUINO, Roberta. Matriz SWOT ou FOFA. Publicado em 22 de abril de 2010. 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