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Habilidades Clínicas 1 - Completo - 1P

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Anna Déborah Martins - FITS - 2º Período- Medicina 
 
Anna Déborah Martins - FITS - 2º Período- Medicina 
 
 
Aula 1: Anamnese 
O que é anamnese? 
 É um questionário direcionado; 
 Deve ser feita de maneira que qualquer médico 
que tenha contato com o prontuário entenda o 
que está descrito na ficha médica; 
 Uma anamnese bem feita pode evitar variados 
erros médicos; 
 O exame clínico tem um papel especial em três 
pontos cruciais da prática médica: formular 
hipóteses diagnósticas, estabelecer uma boa 
relação médico-paciente e tomar decisões; 
 
Recomendações: 
 O primeiro contato com o paciente é a melhor 
oportunidade de criar uma boa relação entre o 
médico e o paciente. Ou seja, se for perdida essa 
oportunidade ficará um mal-estar entre um e 
outro/ 
 Deve cumprimentar o paciente perguntando o 
nome dele e dizendo-lhe o seu. Não deve ser 
usado termos como “vovô”, “vovó”, “vozinho”, 
“vozinha” para as pessoas idosas; 
 Demonstrar sempre atenção ao que está sendo 
falado pelo paciente e procurar identificar alguma 
condição de anormalidade – dor, sonolência, 
ansiedade, hostilidade, tristeza, confusão mental 
– para que você saiba a maneira de conduzir a 
entrevista; 
 Conhecer e compreender as condições 
socioculturais do paciente representa uma ajuda 
 
 
inestimável para reconhecer a doença e 
entender o paciente; 
 Perspicácia e tato são qualidades indispensáveis 
para a obtenção de dados sobre doenças 
estigmatizantes ou distúrbios que afetam a 
intimidade da pessoa; 
 Ter sempre o cuidado de não sugestionar o 
paciente com perguntas que surgem de ideias 
preconcebidas; 
 O tempo reservado à anamnese distingue o 
médico competente do incompetente, o qual 
tende a transferir para as máquinas e o 
laboratório a responsabilidade do diagnóstico; 
 Sintomas bem investigados e mais bem 
compreendidos abrem caminho para um exame 
físico objetivo. Isso poderia ser anunciado de 
outra maneira: só se acha o que se procura e só 
se procura o que se conhece; 
Tipos de anamnese: 
 Ativa: 
 Passiva: 
 Mista: 
A consulta é dividida em: 
 Anamnese; 
 Exame físico; 
 Condutas (exames, planejamento terapêutico); 
O ambiente de consulta: 
 Higiene; 
 Boa iluminação; 
 Estruturado (mesa de exame clínico, cadeira, 
birô, ventilação adequada); 
 Biossegurança; 
 Privacidade; 
Objetivos: 
 Conhecer a história clínicas do paciente; 
 Obter elementos para a condução objetiva do 
exame físico; 
 Alimentar a base de dados epidemiológicos; 
 Melhor planejamento e implementação 
terapêutica; 
 Estabelecer uma relação de confiança entre 
profissional/paciente; 
A interpretação dos sintomas: 
 O paciente sente um desconforto, interpreta-o, 
segundo suas percepções e cultura, 
verbalmente nos relata, e nós (médicos) o 
interpretamos e registramos no prontuário; 
Hab. Clínicas 1 - Módulo 1 Habilidades Clínicas 1 
Quando tiver certeza das 
necessidades do paciente, o 
médico deve otimizar a relação 
custo/benefício, e interpretar de 
maneira mais adequada os 
valores laboratoriais, as imagens 
e os gráficos construídos pelos 
aparelhos. 
Anna Déborah Martins - FITS - 2º Período- Medicina 
 
Anna Déborah Martins - FITS - 2º Período- Medicina 
 
 O paciente pode interpretar adequadamente o 
que sente, mas equivocar-se na verbalização. Os 
gestos, o modo como são referidos os sintomas, 
parecem ter maior valor do que o verbal; 
 O conhecimento de características verbais loco-
regionais, é fundamental, muitas vezes, para a 
adequada interpretação; 
 Também não é infrequente o paciente relatar 
um sintoma acompanhado de sua análise 
pessoal, sem dúvida, na maior parte das vezes 
completamente equivocada; 
Elementos: 
 Identificação: 
 É o perfil sociodemográfico do paciente que 
permite a interpretação de dados individuais 
e coletivos. Apresenta múltiplos interesses; o 
primeiro deles é de iniciar o relacionamento 
com o paciente, saber o nome de uma 
pessoa é indispensável para que se comece 
um processo de comunicação em nível 
afetivo; 
 A data em que é feita a anamnese é sempre 
importante e, quando as condições clínicas 
modificam-se com rapidez, convém 
acrescentar a hora; 
Elementos obrigatórios: 
 Nome completo; 
 Idade; 
 Sexo/gênero; 
 Cor/etnia; 
 Estado civil; 
 Profissão; 
 Ocupação atual; 
 Local de trabalho; 
 Naturalidade; 
 Nacionalidade 
 Procedência (refere-se a residência anterior 
do paciente); 
 Endereço completo; 
 Nome da mãe; 
 Nome do responsável, cuidador e/ou 
acompanhante; 
 Religião; 
 Filiação a órgãos/instituições previdenciárias 
e planos de saúde; 
 Grau de escolaridade; 
 Queixa principal e duração (QPD): 
 É o motivo da consulta. Sintomas ou 
problemas que motivaram o paciente a 
procurar atendimento médico; 
 
 História da doença atual (HDA): 
 Registro cronológico e detalhado do 
problema atual de saúde do paciente; 
 Interrogatório Sintomatológico (IS): 
 Avaliação detalhada dos sintomas de cada 
sistema corporal. Complementar a HDA e 
avaliar práticas de promoção à saúde; 
 Antecedentes Pessoais Fisiológicos, Patológicos 
e Familiares (APF, APP e AF): 
 Avaliação do estado de saúde passado e 
presente do paciente, conhecendo os 
fatores pessoais e familiares que influenciam 
seu processo saúde-doença; 
 Hábitos de vida: 
 Documentar hábitos e estilo de vida do 
paciente, incluindo ingesta alimentar diária e 
usual, prática de exercícios, história 
ocupacional, uso de tabaco, consumo de 
bebidas alcoólicas e utilização de outras 
substâncias e drogas ilícitas; 
 Condições socioeconômicas e culturais: 
 Avaliar as condições de habitação do 
paciente, além de vínculos afetivos familiares, 
condições financeiras, atividades de lazer, 
filiação religiosa e crenças espirituais, bem 
como a escolaridade; 
Aula 2: Anamnese – QPD/HDA 
*NÂO RASURAR PRONTUÁRIO* 
QPD (queixa principal e duração); 
 É o motivo da consulta. Sintomas ou problemas 
que motivaram o paciente a procurar 
atendimento médico; 
 Primeiro passo após a identificação do paciente; 
 É necessário para saber o motivo que o 
enfermo procura atendimento; 
 A queixa é geralmente um sinal ou sintoma, 
referidos nas próprias palavras do paciente; 
 Caso queiramos repetir a forma com a qual nos 
foi dita (termos não médicos), deveremos 
colocar aspas; 
 Deve-se evitar colocar diagnósticos como queixa 
principal que podem levar a graves erros; 
 Atualmente, muitos pacientes nos procuram 
dizendo serem portadores de “Fibromialgia”; 
 É fundamental, que busquemos o que o 
indivíduo sente, que possamos traduzir o que 
incomoda; 
 É papel do médico manter o senso investigativo, 
pacientemente perguntando o real motivo da 
consulta; 
Anna Déborah Martins - FITS - 2º Período- Medicina 
 
Anna Déborah Martins - FITS - 2º Período- Medicina 
 
 Evitar as interpretações do doente ou de outras 
pessoas (p. ex. o doente refere que o seu 
problema é “tensão arterial alta”); 
 Usar preferencialmente as palavras do paciente. 
Exemplos: -“doutor estou com dor no peito”; 
 Em situações que são citados “vários motivos”, 
deve ser colocado em pauta a queixa de maior 
relevância; 
 A duração da queixa é importante para dar uma 
ideia do tipo de doença (aguda ou crônica); 
 Qual o motivo que o(a) trouxe aqui? 
“O que o(a) está incomodando?” 
 Exemplos de “queixa principal”: 
 “Dor de garganta há dois dias”; 
 “Dor no peito há duas horas”; 
 Exame de admissão para o trabalho”; 
HDA (história da doença atual); 
 É um registro cronológico e detalhado do motivo 
que levou o paciente a procurar a assistência 
médica, desde o seu início até a data atual; 
 HDA é a abreviatura já consagrada no 
linguajar médico; 
 Parte principal da anamnese; 
 
 
 
 CHAVE MESTRA para chegar ao 
diagnóstico; 
 Sintoma-Guia: 
 O sintoma ou sinal que permite recompor a 
história da doença atual com mais facilidade 
e precisão; 
 O encontro de um sintoma-guia é útil para 
todo médico, mas para o estudanteadquire 
especial utilidade, pois sem grandes 
conhecimentos clínicos e sem experiência, 
acaba sendo a única maneira para ele 
reconstruir a história de uma doença; 
 Não, necessariamente, é o sintoma mais 
antigo e nem é obrigatório que a seja a 
primeira queixa relatada pelo paciente, mas 
isso também não deve ser menosprezado; 
 Como orientação geral, o estudante deve 
escolher como sintoma-guia a queixa de 
mais longa duração, o sintoma mais 
salientado pelo paciente ou tomar como 
sintoma-guia a “queixa principal”.; 
 Normas para se obter uma HDA: 
 Permita ao paciente falar de sua doença; 
 Determine o sintoma-guia; 
 Descreva o sintoma-guia com suas 
características e analise-o minuciosamente; 
 Use o sintoma-guia como fio condutor da 
história e estabeleça as relações das outras 
queixas com ele em ordem cronológica; 
 Verifique se a história obtida tem começo, 
meio e fim; 
 Não induza respostas; 
 Apure evolução, exames e tratamentos 
realizados em relação à doença atual; 
 Leia a história escrita por você para o 
paciente para que ele possa confirmar ou 
corrigir algum dado relatado ou mesmo 
alguma queixa estabelecida; 
 Esquema para análise de um sintoma: 
 Início. (Quando o senhor começou a sentir 
isso? Nem sempre o paciente vai lembrar a 
data exata mas deve ser estabelecida a 
época provável do início do sintoma); 
 Características do sintoma; 
 Fatores que melhora ou piora; 
 Relação com outras queixas; 
 Evolução; 
 Situação atual; 
Aula 3: Anamnese – Interrogatório sintomatológico 
 Interrogatório sintomatológico: 
 É a revisão de sistemas, um complemento da 
história da doença atual (HDA); 
 É responsável por documentar a existência ou 
ausência de sintomas comuns relacionados com 
cada um dos principais sintomas corporais; 
 Permite que o paciente “pense” se ele não 
esqueceu de relatar algo durante a HDA; 
 Ajuda a levantar possibilidades não reveladas ou 
pensadas através do que foi relatado na HDA; 
 Origina as suspeitas diagnósticas mais 
importantes; 
 A melhor maneira de iniciar o interrogatório 
sintomatológico é através da sistematização dos 
sistemas; 
 Avalia práticas de promoção a saúde, orientando 
e esclarecendo o paciente sobre maneiras de 
prevenir doenças e evitar riscos à saúde; 
 Deve registrar os sintomas presentes e os 
negados pelo paciente; 
Esquema para análise de um sintoma, tomando 
como modelo a dor: 
 Início: Deve ser caracterizado com relação à 
época de aparecimento. Se foi de início súbito 
ou gradativo, se teve fator desencadeante ou 
não; 
Médico: Quando a dor surgiu? 
Anna Déborah Martins - FITS - 2º Período- Medicina 
 
Anna Déborah Martins - FITS - 2º Período- Medicina 
 
Paciente: Há 3 dias; 
Médico: Como ela começou; 
Paciente: De repente, depois que peguei um saco 
de cimento; 
 Características do sintoma: Definir localização, 
duração, intensidade, frequência, tipo, ou seja, 
características próprias a depender do sintoma; 
Médico: Onde dói? 
Paciente: A dor é no peito, do lado direito, na frente; 
Médico: A dor irradia? Ela “anda”? 
Paciente: A dor vai para as costas; 
Médico: Quanto tempo dura? 
Paciente: O tempo todo, não para; 
 
Médico: Como é essa dor? 
Paciente: É uma dor forte, em pontada; 
 Fatores que melhora ou piora: Definir quais 
fatores melhoram e pioram o sintoma, como, 
por exemplo, fatores ambientais, posição, 
atividade física ou repouso, alimentos ou uso de 
medicamentos; 
Médico: O que melhora a dor? 
Paciente: Melhora quando eu deito do lado direito; 
Médico: O que piora a dor? 
Paciente: A dor piora quando faço esforço físico e à 
noite quando esfria o tempo; 
 Relação com outras queixas: Registrar se existe 
alguma manifestação ou queixa que acompanha 
o sintoma, geralmente relacionado com o 
segmento anatômico ou funcional acometido 
pelo sintoma; 
Médico: Você está tossindo? 
Paciente: Não; 
Médico: Você tem falta de ar? 
Paciente: Eu sinto um pouco de falta de ar sim; 
 Evolução: Registrar o comportamento do 
sintoma ao longo do tempo, relatando 
modificações das características e influência de 
tratamentos efetuados; 
Médico: Essa dor se modificou nestes 3 dias? 
Paciente: Ontem eu tomei um analgésico e a dor 
melhorou, mas é só o efeito do remédio acabar que 
a dor volta; 
 Situação atual: Registrar como o sintoma está no 
momento da anamnese também é importante; 
Médico: Como está a dor agora? 
Paciente: Agora a dor está muito forte e está 
dificultando minha respiração. Nada mais melhora. 
Preciso de ajuda; 
Importância: 
 A proposta de atender ao paciente de maneira 
global inclui o conhecimento de todos os 
sistemas corporais em seus sintomas e na 
dimensão da promoção da saúde; 
 Pensando no paciente como um ser mutável e 
em desenvolvimento, é necessário que se 
registre o estado atual de todo o seu organismo, 
para se ter um parâmetro no caso de futuras 
queixas e adoecimento. Por exemplo: se, na 
primeira consulta, o paciente não relatou 
nenhum sintoma referente ao sistema 
respiratório e, ao retornar após 2 meses, refere-
se a tosse com escarros amarelados e dispneia, 
o médico pode ter uma ideia clara do 
aparecimento súbito de uma nova doença; 
 Muitas vezes, o adoecimento de um sistema 
corporal tem correlação com outro sistema, e 
há necessidade de tal conhecimento para 
adequar a proposta terapêutica. Um exemplo 
clássico é a hipertensão arterial, em que pode 
existir comprometimento dos sistemas 
cardiovascular, renal, neurológico, metabólico e 
endocrinológico; 
 Por fim, vale a pena incluir na fase de 
aprendizagem da anamnese o interrogatório 
sintomatológico, porque adquire-se uma visão de 
conjunto dos sinais e sintomas, conhecimento 
que será útil a todo médico; 
Sistematização: 
 Sintomas Gerais: 
o Febre – sensação de aumento da 
temperatura corporal. (Você aferiu sua 
temperatura?/ Se o paciente afirmar ter tido 
febre e não tiver aferido a temperatura, no 
interrogatório deve-se colocar que ele nega 
febre, pois não foi aferida –explicitar-); 
o Astenia – sensação de fraqueza (cansaço, 
esmurecimento, prostrado); 
o Alteração do peso - especificar perda ou 
ganho de peso, quantos quilos, intervalo de 
Anna Déborah Martins - FITS - 2º Período- Medicina 
 
Anna Déborah Martins - FITS - 2º Período- Medicina 
 
tempo e motivo (dieta, estresse, outras 
condições); 
o Sudorese – eliminação abundante de suor; 
o Calafrios – sensação momentânea de frio 
com ereção dos pelos; 
o Cãibras – contrações involuntárias de um 
músculo ou grupo muscular; 
 Pele e Fâneros: 
o Alterações da pele – coloração, textura, 
edema; 
o Alterações dos fâneros – quantidade, 
coloração, aspecto; 
 Cabeça e Pescoço: 
o Sentido crânio caudal. Crânio  Face  
Pescoço; 
o Perguntar se o paciente tem dor. Localizar 
o mais corretamente possível a sensação 
dolorosa. A partir daí, indaga-se sobre as 
outras características semiológicas da dor; 
o Alterações do pescoço. Dor, tumorações, 
alterações dos movimentos, pulsações 
anormais ; 
Olhos: 
o Dor ocular e cefaleia: Bem localizada pelo 
paciente ou de localização imprecisa no 
globo ocular; 
o Sensação de corpo estranho: Sensação 
desagradável quase sempre acompanhada 
de dor; 
o Prurido: Sensação de coceira; 
o Queimação ou ardência: Acompanhado ou 
não a sensação dolorosa; 
o Lacrimejamento: Eliminação de lágrimas, 
independente do choro; 
o Sensação de olho seco: Sensação de 
secura, como se o olho não tivesse lágrimas; 
o Fotofobia: Hipersensibilidade à luz; 
o Xantopsia: Visão amarelada; 
o Cloropsia: Visão esverdeada (todos os 
objetos parecem verdes); 
o Iantopsia: Visão violeta; 
o Diplopia: Visão dupla, constante ou 
intermitente; 
o Nistagmo: Movimentos repetitivos rítmicos 
dos olhos; 
o Escótomas: Manchas ou pontos escuros no 
campo visual, descritos como manchas, 
moscas que voam diante dos olhos ou 
pontos luminosos; 
o Secreção: Líquido purulento que recobre as 
estruturas externas do olho; 
o Vermelhidão: Congestãode vasos na 
esclerótica; 
o Alucinações visuais: sensação de luz, cores 
ou reproduções de objetos; 
Orelhas: 
o Dor: Localizada ou irradiada de outra região; 
o Otorreia: Saída de líquido pelo ouvido; 
o Otorragia: Perda de sangue pelo canal 
auditivo, relação com traumatismo; 
o Zumbidos: Sensação subjetiva de diferentes 
tipos de ruídos; 
o Distúrbios da acuidade auditiva: Perda parcial 
ou total da audição, uni ou bilateral. Início 
súbito ou progressivo; 
o Zumbidos: Sensação subjetica de diferentes 
tipos de ruídos (campainha, grilos, apito, 
chiado, cachoeira, jato de vapor, zunido); 
o Vertigem ou tontura: sensação de estar 
girando em torno de objetos (vertigem 
subjetiva), ou os objetos girando em torno 
de si (vertigem objetiva); 
Nariz e cavidades paranasais: 
o Prurido: Pode resultar de doença local ou 
sistêmica; 
o Espirros: Isolados ou em crises. Indagar em 
que condições ocorrem, procurando 
detectar substâncias ou locais relacionados 
com os espirros; 
o Rinorreia: Corrimento nasal (aquoso, 
purulento, sanguinolento); 
o Dispneia: Falta de ar; 
o Diminuição do olfato: Diminuição (hiposmia) 
ou perda total (anosmia); 
o Aumento do olfato: Transitório ou 
permanente; 
o Alterações do olfato: Percepção anormal de 
cheros; 
o Rinolalia: Voz anasalada (alterações do 
fonação); 
o Epistaxe: Hemorragia nasal; 
o Anosmia: Ausência do ofalto; 
o Hiposmia: Diminuição do olfato; 
o Cacosmia: Percepção de mal cheiro (irreal); 
o Parosmia: Perversão do olfato; 
Cavidade bucal e anexos: 
o Sialose: Excessiva produção de saliva; 
o Halitose: Mau hálito; 
o Alterações do apetite: 
 Polifagia ou hiperorexia: 
 Inapetência ou anorexia; 
 Perversão do apetite (geofagia ou 
outros tipos); 
o Alterações da voz: 
 Disfonia (voz diferente do normal) 
 Afonia (não tem voz) 
Anna Déborah Martins - FITS - 2º Período- Medicina 
 
Anna Déborah Martins - FITS - 2º Período- Medicina 
 
 Voz lenta e monótona; 
 Voz fanhosa ou anasalada; 
Faringe: 
o Dispneia: Dificuldade de respirar, relacionada 
com a faringe; 
o Disfagia: Dificuldade de deglutir, localizada na 
bucofaringe; 
o Odinofagia: Dor à deglutição; 
o Pigarro: ato de raspar a garganta; 
o Tosse: seca ou produtiva; 
o Halitose: Mau hálito; 
o Ronco: Pode estar associado à apneia do 
sono; 
Laringe: 
o Dor; 
o Dispneia; 
o Alterações da voz: Disfonia; afonia; voz lenta 
e monótona; voz fanhosa ou anasalada; 
o Tosse; 
o Disfagia; 
o Pigarro; 
Tireoide e paratireoides: 
o Dor; 
o Outras alterações: Nódulo, bócio, rouquidão, 
dispneia, disfagia; 
Vasos e linfonodos: 
o Dor; 
o Linfadenomegalias; 
o Pulsações e turgência jugular; 
 Tórax: 
Parede torácica: 
o Dor; 
o Alterações da forma do tórax; 
o Dispneia; 
Mamas: 
o Dor; 
o Nódulos: Localização e evolução, 
modificações durante o ciclo menstrual; 
o Secreção mamilar: Uni ou bilateral, 
espontânea ou provocada. Aspecto de 
secreção; 
Traqueia, brônquios, pulmões e pleuras: 
o Dor; 
o Tosse: Seca ou com expectoração. 
Frequência, intensidade, tonalidade, relação 
com o decúbito, período em que 
predomina; 
o Expectoração: Volume, cor, odor, aspecto e 
consistência. Tipos de expectoração: 
mucoide, serosa, purulenta, mucopurulenta, 
hemoptoica; 
o Hemoptise: Eliminação de sangue pela boca, 
através da glote, proveniente dos brônquios 
ou pulmões. Obter os dados para diferenciar 
a hemoptise da epistaxe e da hematêmese; 
o Vômica: Eliminação súbita, através da glote, 
de quantidade abundante de pus ou líquido 
de aspecto mucoide ou seroso; 
o Dispneia: Relação com esforço ou decúbito; 
instalação súbita ou gradativa; relação com 
tosse ou chieira; tipo de dispneia; 
o Chieira. Ruído sibilante percebido pelo 
paciente durante a respiração; relação com 
tosse e dispneia; uni ou bilateral; horário em 
que predomina; 
o Cornagem: Ruído grave provocado pela 
passagem do ar pelas vias respiratórias altas 
reduzidas de calibre; 
o Estridor: Respiração ruidosa, algo parecido 
com cornagem; 
o Tiragem: Aumento da retração dos espaços 
intercostais; 
Aparelho respiratório: 
o Dispneia: dificuldade/desconforto ao respirar; 
o Expectração: ação ao tossir e expulsar 
substâncias provenientes dos pulmões, dos 
brônquios ou da traqueia (escarro); 
o Hemoptise: Eliminação de sangue vivo, 
vermelho rutilante, procedente das vias 
aéreas juntamente com a tosse; 
o Vômica: Vômito purulento ou expulsão 
violenta de pus, durante esforço de tosse, 
de coleção supurada pulmonar; 
o Chieira (Sibilo): Chiado predominante na 
respiração, musical (miado de gato). 
Pacientes com asma; 
o Eupneia: Respiração normal; 
o Taquipneia: Aumento da frequência 
respiratória; 
o Bradipneia: Diminuição da frequência 
respiratória; 
o Ortopneia: Dificuldade respiratória que 
acontece quando o paciente fica deitado e 
melhora quando fica de pé/sentado; 
o Platipneia: Dificuldade respiratória que 
acontece quando o paciente fica de pé e 
melhora quando fica deitado; 
o Trepopneia: Dificuldade respiratória que 
acontece quando o paciente se deita em 
decúbito lateral sobre o lado bom e melhora 
quando fica em decúbito lateral do lado 
doente; 
Aparelho cardiovascular: 
Anna Déborah Martins - FITS - 2º Período- Medicina 
 
Anna Déborah Martins - FITS - 2º Período- Medicina 
 
o Dor precordial: dor na região do coração; 
o Palpitações: percepção subjetiva dos 
batimentos cardíacos; 
o Sincope: perda transitória da consciência 
com recuperação posterior completa; 
o Lipotímia: perda temporária da consciência 
produzida por um déficit súbito da circulação 
cerebral; 
o Cianose: coloração azulada da pele e 
mucosas, falta de oxigênio nas extremidades 
acometidas; 
o Taquicardia: aumento da frequência 
cardíaca; 
o Bradicardia: Diminuição da frequência 
cardíaca; 
o Taquisfigmia: Aumento da frequência do 
pulso; 
o Bradisfigmia: Diminuição da frequência de 
pulso; 
Sistema gastrointestinal: 
o Pirose: Sensação de queimação 
retroesternal; 
o Disfagia: Dificuldade de deglutição; 
o Odinofagia: Dor durante a deglutição; 
o Regurgitação: Volta à cavidade bucal de 
alimento ou de secreções contidas no 
esôfago ou estômago; 
o Vômitos ou êmese: expulsão do conteúdo 
gastrointestinal com esforço muscular; 
o Eructação: Eliminação de gases acumulados 
por via oral; 
o Náuseas: Sensação subjetiva do vômito; 
o Diarreia: Aumento do número de 
evacuações e/ou a presença de fezes 
amolecidas com consistência pastosa e/ou 
líquidas na excreção; 
o Esteatorreia: Formação de fezes volumosas, 
acinzentadas ou claras, e tem aparência 
oleosa. Giardíase; 
o Diseteria: Diarreia com sangue; 
o Hematêmese: vômitos com sangue; 
o Melena: Eliminação de sangue escuro 
(digerido) junto com as fezes. É fétido e tem 
um aspecto de graxa preta ou borra de 
café; 
o Enterorragia: Eliminação de sangue vivo pelo 
ânus (grande quantidade); 
o Hematoquezia: Eliminação de sangue vivo 
pelo ânus (raios do sangue nas fezes); 
 Sistema Urinário e Genital: 
o Incontinência Urinária – perda involuntária de 
urina (ao fazer esforços, tossir entre outros); 
o Retenção Urinária – incapacidade da bexiga 
de se esvaziar parcial ou completamente; 
o Urgência Miccional – necessidade súbita e 
imperiosa de urinar (Infecção no trato 
urinário, pedra nos rins); 
o Oligúria - redução do volume urinário (entre 
100 ml e 400ml), [Paciente que fizeram 
hemodiálise]; 
o Poliúria – aumento do volume urinário (2500 
ml em 24h),[Insuficiência renal]; 
*Na coleta de urina de 24h o paciente deve 
anotar o horário das coletas* 
o Anúria: volume urinário menor que 100 ml 
em 24h; 
o Polaciúria: aumento do número de micções 
sem aumento do volume urinário (Infecção 
Urinária); 
o Disúria: sensação de dificuldade ao urinar 
(Infecção urinária); 
o Algúria: dor ao urinar; 
o Noctúria ou Nictúria: necessidade de esvaziar 
a bexiga durante a noite por uma alteração 
no ritmo circadiano da diurese (Insuficiência 
renal avançada); 
o Enurese noturna: emissão involuntária de 
urina durante o sono;o Colúria: urina escurecida, cor de “coca cola” 
(Glomerunefrite difusa aguda); 
o Hematúria: presença de sangue na urina 
Pedra no rins); 
o Hemoglobinúria: presença de hemoglobina 
na urina, podendo causar anemia 
(Glomerulopatias); 
o Mioglobinúria: presença de mioglobina na 
urina (Problemas nos músculos- 
Rapidomiolise); 
o Priapismo: ereção persistente, dolorosa, sem 
desejo sexual; 
o Hemospermia: presença de sangue no 
esperma; 
o Dispareunia: dor durante o ato sexual; 
o Galactorréia: secreção mamária, produção 
de leite fora do período pós-parto ou 
lactação; 
o Amenorreia: ausência de menstruação por 
cerca de 3 ciclos ou mais; 
o Dismenorreia: menstruação difícil; 
o Menarca: primeira menstruação; 
o Algomenorréia: cólica menstrual; 
o Pubarca: aparecimento de pelos pubianos e 
axilares; 
o Telarca: desenvolvimento mamário; 
o Menopausa e climatério: fim da 
menstruação. Pode ocorrer fogachos ou 
ondas de calor e insônia; 
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o Menacme: período fértil (entre 10 e 49 
anos); 
 Sistema hemolinfopoetico: 
o Astenia: Instalação lenta ou progressiva; 
o Linfonodomegalia: aumento dos linfonodos; 
o Esplenomegalia: aumento do baço; 
o Hepatomegalia: aumento do fígado; 
 Sistema Endócrino: 
o Acromegalia: excesso de produção de 
hormônios do crescimento na fase adulta; 
o Hipertireoidismo: produção excessiva do 
hormônio tireoidano; 
o Hipotireoidismo: diminuição do 
funcionamento da glândula tireoide; 
 Sistema Osteomuscular: 
o Mialgia: dor muscular; 
o Cervalgia: dor que atinge a região do 
pescoço; 
o Dorsalgia: dor localizada no segmento dorsal 
da coluna vertebral; 
o Lombalgia: dor na região lombar; 
 Artérias, veias, linfáticos e microcirculação: 
o Claudicação: dor intermitente que 
interrompe o andar (Pode ser do sistema 
vascular ou linfático); 
o Edema: presença de líquido no terceiro 
espaço (localização, duração e evolução); 
o Linfangite: processo inflamatório nos vasos 
linfáticos; 
OBS: Tudo que tiver o prefixo “ITE” é uma 
inflamação. Ex.: Amigdalite é uma inflamação na 
amígda.la; 
 Sistema nervoso: 
o Anestesia: abolição da sensibilidade em todos 
os seus modos; 
o Hipoestesia: diminuição da sensibilidade; 
o Analgesia: inibição da sensibilidade dolorosa; 
o Hiperestesia: aumento da sensibilidade; 
o Paraestesia: formigamento, dormência, 
“choque”; 
o Hemiplegia: paralisia de um lado do corpo; 
o Paraplegia: paralisia dos membros inferiores; 
o Tetraplegia: paralisia dos membros inferiores 
e superiores; 
o Paresia: diminuição do movimento; 
o Disfonia: alteração do timbre da voz (Ao falar 
tem alteração no timbre, modificação do 
seu timbre no momento de fala); 
o Disartria: má coordenação dos músculos da 
fala, devido a paresia (diminuição do 
movimento); 
o Dislalia: perturbação da articulação da palavra 
falada; 
 Exame psíquico e avaliação das condições 
emocionais: 
o Insônia: dificuldade para dormir; 
o Sonolência: sono excessivo; 
o Sonilóquio: emissão de sons ou frases sem 
sentido durante o sono; 
o Pesadelos: sonhos aflitos acompanhados de 
ansiedade, mal estar e agitação; 
o Sonambolismo: condição na qual caminha 
enquanto dorme; 
o Consciência: alterações quantitativas (normal, 
obnubilação); 
o Orientação: autopsíquica/tempo/espaço; 
o Memória: capacidade de recordar; 
o Inteligência: capacidade de adaptar os 
pensamentos as necessidades do momento 
presente ou de adquirir novos 
conhecimentos; 
o Sensopercepção: capacidade de uma 
pessoa aprender as impressões sensoriais. 
(Ilusões e alucinações); 
o Vontade: disposição para agir a partir de 
uma escolha ou decisão; 
o Afetividade: compreende um conjunto de 
vivências, incluindo sentimentos complexos 
(humor ou estado de ânimo); 
 
Aula 4: Anamnese – Antecedentes Pessoais Fisiológicos 
 Considera-se avaliação do estado de saúde passado 
e presente do paciente, conhecendo fatores 
pessoais e familiares que influenciam seu processo 
saúde-doença; 
Em crianças e paciente com baixa idade, a análise 
dos antecedentes consegue ser feita com mais 
facilidade; 
Às vezes, uma hipótese diagnóstica leva o 
examinador a uma indagação mais minuciosa de 
algum aspecto da vida pregressa. Por exemplo: ao 
se identificar uma cardiopatia congênita, investiga-se 
a possível ocorrência de rubéola na mãe durante o 
primeiro trimestre da gravidez. O interesse dessa 
indagação é por saber-se que essa virose costuma 
causar defeitos congênitos em elevada proporção 
dos casos; 
Gestação e Nascimento: 
 Como decorreu a gravidez: 
 Duração da gestação (se o RN foi pré-
termo, pós-termo); 
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 Intercorrências (diabetes gestacional, 
infecções do trato urinário poucos dias antes 
do parto); 
 Via do parto (natural ou cesariano); 
 Uso de medicamentos ou radiações sofridas pela 
genitora: 
 Os motivos do uso incluem o tratamento de 
manifestações clínicas inerentes à própria 
gravidez, doenças crônicas ou 
 Viroses durante a gestação: 
 Leitura complementar: Guia prático: 
Infecções no ciclo Grávido-Puerperal; 
 Condições de parto (normal, fórceps, cesariana); 
 Normal: respeita a natureza do bebê e da 
mãe; 
 Cesariana: é um procedimento cirúrgico 
originalmente desenvolvido para salvar a vida 
da mãe e/ou da criança, quando ocorrem 
complicações durante a gravidez ou o parto; 
 Fórceps: ainda há necessidade da prática do 
fórceps, mas que 
 Estado da criança ao nascer: 
 Intercorrência no parto (aspiração de 
mecônio, trabalho de parto prolongado); 
 Condições do RN ao nascimento (índice de 
Apgar na Caderneta de Saúde da Criança, 
se chorou logo após o nascimento, se houve 
cianose prolongada); 
 Necessárias manobras de reanimação 
neonatal ou de administração de oxigênio; 
 Ordem do nascimento: 
 Número de irmãos: 
 Desenvolvimento psicomotor e neural: 
 Dentição: 
 Informações sobre a primeira e segunda 
dentição, registrando-se a época em 
que apareceu o primeiro dente; 
 A partir dos 6 meses surge o primeiro 
dente; 
 Engatinhar e andar: 
 Anotar as idades em que essas 
atividades tiveram início; 
 Com 6 meses a criança começa a 
engatinhar e com 1 ano de idade ela 
anda; 
 Fala: 
 Quando começou a pronunciar as 
primeiras palavras; 
 A fala desenvolve-se entre 1e 3 anos de 
idade; 
 Desenvolvimento físico: 
 Peso e tamanho ao nascer e posteriores 
medidas. Averiguar sobre o 
desenvolvimento comparativamente 
com os irmãos; 
 Controle dos esfíncteres: 
 Acontece entre 2 e 4 anos de idade; 
 Aproveitamento escolar; 
 Desenvolviemento sexual: 
 Puberdade: 
 Estabelecer época de seu início; 
 Menarca: 
 Identificar idade da 1ª menstruação; 
 Sexarca: 
 Identificar idade da 1ª relação sexual; 
 Após a informação da sexarca, o 
estudante, ainda de maneira tranquila, 
pode perguntar se o paciente mora 
com familiares ou sozinho, 
acrescentando a seguinte indagação: 
“Você mora sozinho? Mora com algum 
companheiro ou companheira? ” 
 Em seguida, pode-se questionar se o 
paciente pratica sexo seguro ou não (se 
usa preservativo, se tem outros 
parceiros, etc.); 
 Menopausa (última menstruação): 
 Identificar época do seu aparecimento; 
 Orientação sexual: 
 Atualmente, usam-se siglas como HSM, 
HSH, HSMH, MSH, MSM, MSHM, em 
que: H, homem; M, mulher e S, faz sexo 
com; 
 Observações: 
 Saber a idade em que determinadas 
atividades tiveram início  aparecimento 
precoce, tardio ou normal; 
 Perguntas sobre a sexualidade devem ser 
feitas após ter conversado alguém tempo 
com o paciente; 
 Deve-se começar perguntando sobre o 
desenvolvimento psicossexual, ou seja, 
quando parou de mamar, se foi 
amamentado no seio ou não, quando foi 
ensinado a usar o “peniquinho”. Em seguida, 
pode-se perguntar como foi sua 
adolescência e, de forma tranquila, 
pergunta-se com que idade tevesua 
primeira relação sexual; 
 Deixar o paciente livre para demonstra sua 
orientação sexual; 
 
 
 
 
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Aula 5: Anamnese – Antecedentes Pessoais Patológicos 
 Antecedentes pessoais do paciente que apresentou 
uma patologia; 
Não pode ser um esquema rígido; 
Roteiro  Sistematizar o trabalho; 
Estado saúde passado e presente  Fatores  
Processo saúde-doença; 
Itens a serem avaliados: 
 Doenças sofridas pelo paciente: 
 Mais comuns na infância  Sarampo, 
varicela, coqueluche, caxumba, doença 
reumática, amigdalites; 
 Vida adulta  pneumonia, hepatite, malária, 
pleurite, tuberculose, hipertensão arterial, 
diabetes, artrose, osteoporose, litíase renal 
(pedra nos rins), gota, entre outras; 
 Pode ser que o paciente não saiba dizer o 
nome da doença que teve, mas consegue 
se lembrar de determinado sintoma ou sinal 
que teve importância para ele, como 
icterícia e febre prolongada; 
 OBS: Faz-se, então, um retrospecto de 
todos os sistemas, dirigindo ao paciente 
perguntas relativas às doenças mais 
frequentes de cada um; 
 Alergia (NUNCA esquecer se ele tem algum 
quadro alérgico): 
 Quando se depara com um caso de doença 
alérgica, essa investigação passa a ter 
relevância especial; 
 É possível e útil tomar conhecimento da 
existência de alergia a alimentos, 
medicamentos ou outras substâncias; 
 Se o paciente já sofreu de afecções de 
fundo alérgico (eczema, urticária, asma), 
esse fato merece registro; 
 Cirurgias que já foram realizadas: 
 Anotam-se as intervenções cirúrgicas, 
referindo-se os motivos que a 
determinaram; 
 Havendo possibilidade, registrar a data, o tipo 
de cirurgia, o diagnóstico que a justificou e o 
nome do hospital onde ocorreu o 
procedimento; 
 Traumatismos: 
 É necessário indagar sobre o acidente em 
si e sobre as consequências deste; 
 Medicina trabalhista  implicações periciais 
decorrentes dos acidentes de trabalho; 
 A correlação entre um padecimento atual e 
um traumatistmo anterior pode ser sugerida 
pelo paciente sem muita consistência. 
Nesses casos, é necessário uma 
investigação amnésica bem detalhada para 
que o examinador tire uma conclusão 
própria a respeito da existência ou não da 
correlação sugerida; 
 Transfusões sanguíneas: 
 Anotar: 
o Número de transfusões? 
o Quando ocorreu? 
o Onde? 
o Porque? 
 História obstétrica: 
 Anotar número de gestações (G), de partos 
(P), de abortos (A), de prematuros e de 
cesarianas (C) (G_P_A_C_); 
 Neste item, caso o paciente seja do sexo 
masculino, indaga-se o número de filhos, 
enfatizando-se a importância da paternidade; 
 Vacina: 
 Anotar o nome das vacina que foram 
tomadas e a época da aplicação; 
 Investigar, principalmente, se o paciente 
tomou vacinas recomendas pelo Ministério 
da Saúde, de acordo com a faixa etária: 
 Crianças: 
o BCG; 
o Hepatite B; 
o Difteria; 
o Tétano; 
o Coqueluche; 
o Poliomielite; 
o Rotavírus; 
o Sarampo; 
o Rubéola; 
o Caxumba; 
o Varicela; 
o Febre amarela; 
o Hepatite A; 
o Meningocócia C; 
o Pneumocócica; 
 Adolescentes: 
o Difteria; 
o Tétano; 
o Hepatite B; 
o Febre amarela; 
o HPV; 
 Adultos: 
o Hepatite B; 
o Febre amarela; 
o Difteria; 
o Tétano; 
o Sarampo; 
o Rubéola; 
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o Caxumba; 
 Pessoas idosas: 
o Hepatite B; 
o Difteria; 
o Tétano; 
o Febre amarela; 
o Influenza ou gripe; 
o Pneumocócica; 
 Medicamentos em uso: 
 Anotar nome(s), posologia, motivo, quem 
prescreveu; 
Antecedentes familiares: 
 Estado de saúde (quando vivos) dos pais e 
irmãos; 
 Se for casado, inclui-se o cônjuge e, se tiver filho, 
estes são referidos; 
 Avós, tios e primos paternos e maternos do 
paciente; 
 Se tiver algum doente na família, esclarecer a 
natureza da enfermidade; 
 Em caso de falecimento de algum membro da 
família, indagar a causa do óbito e a idade em 
que ocorreu; 
 Investigar as doenças com caráter familiar mais 
comuns, as quais são: 
 Enxaqueca; 
 Diabetes; 
 Tuberculose; 
 Hipertensão arterial; 
 Câncer; 
 Doenças alérgicas; 
 Doença arterial coronariana (infarto agudo 
do miocárdio, angina de peito); 
 Acidente vascular cerebral; 
 Dislipidemias; 
 Úlcera péptica; 
 Colelitíase; 
 Varizes; 
 Se o paciente é portador de uma doença que 
possui um caráter hereditário, como hemofilia, 
anemia falciforme, rins policísticos, erros 
metabólicos, torna-se necessário uma 
investigação genealógica mais rigorosa e, nesses 
casos, recorre-se às técnicas de investigação 
genética; 
 
Aula 6: Anamnese – Hábitos e estilo de vida 
 Alimentação: 
 Antes de avaliar o estado de nutrição dos 
pacientes, devem ser obtidos dados a respeito 
dos seus hábitos alimentares; 
 Toma-se como referência o que seria a 
alimentação adequada para aquela pessoa em 
função da idade, do sexo e do trabalho 
desempenhado; 
 O médico deve induzir o paciente a falar sua 
alimentação habitual, esfecificando o máximo 
possível o tipo e a quantidade dos alimentos 
ingeridos – é o que se chama anamnese 
alimentar; 
 Consumo de alimentos à base de carboidratos, 
proteínas, gorduras, fibras, bem como de água 
e outros líquidos; 
 Expressões mais frequentes: 
 Alimentação quantitativa e qualitativamente 
adequada; 
 Reduzida ingesta de fibras; 
 Insuficiente consumo de proteínas, com 
alimentação à base de carboidratos; 
 Consumo de calorias acima das 
necessidades; 
 Alimentação com alto teor de gorduras; 
 Reduzida ingesta de verduras e frutas; 
 Insuficiente consumo de proteínas sem 
aumento compensador da ingestão de 
carboidratos; 
 Baixa ingestão de líquidos; 
 Reduzida ingesta de carboidratos; 
 Reduzido consumo de gorduras; 
 Alimentação puramente vegetariana; 
 Alimentação láctea exclusiva; 
Ocupação atual e ocupações anteriores: 
 Identificação  registro profissão  agora 
devemos obter informações sobre a natureza 
do trabalho desempenhado, com que 
substâncias entra em contato, quais as 
características do meio ambiente e qual o grau 
de ajustamento ao trabalho; 
 Informações tanto da ocupação atual e das 
ocupações anteriores – história ocupacional  
importância da Medicina do Trabalho; 
 Desse modo, percebe-se que os portadores de 
asma brônquica terão sua doença agravada se 
trabalharem em ambiente enfumaçado ou 
empoeirado, ou se tiverem de manipular 
 
inseticidas, pelos de animais, penas de aves, 
plumas de algodão ou de lã, livros velhos e 
outros materiais reconhecidamente capazes de 
agir como antígenos ou irritantes das vias 
respiratórias 
Atividades físicas: 
 Nos dias atuais é percebido a relação entre 
muitas enfermidades e o tipo de vida levado pela 
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pessoa no que concerne à prática de exercícios 
físicos. Algumas das enfermidades: cardiopatias, 
dislipidemias, diabetes, degenerações articulares; 
 O médico deve questionar o tipo de exercício 
físico realizado (natação, futebol, caminhadas 
etc.), frequência (diariamente, 3x na semana etc.), 
duração ( 30 min, 1 hora) e tempo que pratica 
(há 1 ano, há 3 meses); 
 Classificação: 
 Pessoas sedentárias; 
 Pessoas que exercem atividades físicas 
moderadas; 
 Pessoas que exercem atividades físicas 
intensas e constantes; 
 Pessoas que exercem atividades físicas 
ocasionais; 
Hábitos: 
 É muito comum que os pacientes e seus 
familiares omitam alguns de seus hábitos. Por 
isso, a investigação desse item exige habilidade, 
discrição e perspicácia. Uma afirmativa ou uma 
negativa sem explicações por parte do paciente 
não significa necessariamente a verdade; 
 Deve ser investigado sistematicamente o uso de 
tabaco, bebidas alcoólicas, anabolizantes, 
anfetaminas e drogas ilícitas; 
 Consumo de tabaco: 
 Normalmente não costuma ser um hábito 
negado porpacientes, a não ser que ele 
tenha sido proibido de fumar; 
 Efeitos nocivos do uso de tabaco: 
 Câncer de boca, faringe, laringe, pulmão 
e bexiga; 
 Afecções broncopulmonares (asma, 
bronquite, enfisema, DPOC e 
bronquiectasias); 
 Afecções cardiovasculares (doença 
arterial coronariana, hipertensão arterial, 
tromboembolia); 
 Intoxicação do recém-nascido em 
aleitamento materno (nutriz tabagista); 
 Diante disso, nenhuma anamnese estará 
completa se não investigar esse hábito, 
registrando-se tipo (cigarro, cachimbo, 
charuto, cigarro de palha, cigarro eletrônico), 
quantidade, frequência, duração do vício e 
abstinência (já tentou parar de fumar); 
 Consumo de bebidas alcoólicas: 
 Não se deve deixar de perguntar sobre o 
tipo de bebida (cervea, vinho, licor, vodca, 
uísque, cachaça, gim, outras) e a quantidade 
habitualmente ingerida, bem como 
frequência, duração do vício e abstinência 
(se já tentou parar de beber); 
 Vem sendo muito praticado nos últimos 
anos o binge drinking ou heavy drinking 
(beber exageradamente), principalmente 
entre jovens. O binge drinking é definido 
como consumo de cinco ou mais doses em 
uma única ocasião por homens ou quatro ou 
mais doses em uma única ocasião por 
mulheres, pelo menos uma vez nas últimas 
2 semanas. Esse tipo de padrão de consumo 
expõe o bebedor a situações como: danos 
à saúde física, sexo desprotegido, gravidez 
indesejada, superdosagem, quedas, violência, 
acidentes de trânsito, comportamento 
antissocial e dificuldades escolares; 
 Para facilitar a avaliação do hábito use a 
seguinte esquematização: 
 Pessoas abstêmicas  não consomem 
definitivamente nenhum tipo de bebida 
alcoólica; 
 Consumo ocasional, em quantidades 
moderadas; 
 Consumo ocasional, em grande 
quantidade, chegando a estado de 
embriaguez; 
 Consumo frequente, em quantidade 
moderada; 
 Consumo diário, em pequena 
quantidade; 
 Consumo diário, em quantidade para 
determinar embriaguez; 
 Consumo diário, em quantidade 
exagera, chegando o paciente a estado 
de embriaguez; 
 Avaliação do uso de álcool: QUESTIONÀRIO 
CAGE (acrônimo referente às suas 4 
perguntas – CUT DOWN, ANNOYDE BY 
CRITICIMS, GUILTY E EYE-OPENER): 
 Você já sentiu necessidade de parar de 
beber? 
 Você já se sentiu chateado por críticas 
que os outros fazem pelo seu modo de 
beber? 
 Você já se sentiu culpado sobre seu 
jeito de beber? 
 Você já teve que beber para iniciar o 
dia e “firmar o pulso”? 
 SE DUAS OU MAIS RESPOSTAS 
FOREM AFIRMATIVAS, CONSIDERA-SE 
O RASTREAMENTO COMO SENDO 
POSITIVO. O USUÁRIO PODE SER 
ACONSELHADO E ACOMPANHADO; 
 Uso de anabolizantes e anfetaminas: 
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 O uso frequente de anabolizantes por 
frequentadores de academia tem se tornado 
preocupante, pois tais substância levam à 
dependência e estão correlacionadas com 
doenças cardíaca, renais, hepáticas, 
endócrinas e neurológicas; 
 A utilização de anfetaminas, de maneira 
indiscriminada, leva à dependência química e, 
comprovadamente, causa prejuízos à saúde. 
Alguns sedativos (barbitúricos, morfina, 
benzodiazepínicos) também causam 
dependência química e devem ser sempre 
investigados; 
 Consumo de drogas ilícitas: 
 Não deixar de questionar sobre tipo de 
droga, quantidade habitualmente ingerida, 
frequência, duração do vício e abstinência; 
 A investigação clínica de um paciente que 
usa drogas ilícitas não é fácil. Há necessidade 
de tato e perspicácia. O médico deve 
integrar informações provenientes de todas 
as fontes disponíveis, principalmente de 
familiares; 
Anamnese – Condições socioeconômicas e culturais 
Avaliam a situação financeira, vínculos afetivos 
familiares, filiação religiosa e crenças espirituais do 
paciente, bem como condições de moradia e grau 
de escolaridade; 
Habitação: 
 Zona rural: 
 Casas servem como abrigos para 
numerosos reservatórios e transmissores de 
doenças infecciosas e parasitárias; 
 Zona urbana: 
 As favelas e as áreas de invasão propiciam 
o surgimento de doenças infectoparasitárias 
 ausência de saneamento básico, 
proximidade de rios poluídos, ineficácia na 
coleta de lixo e confinamento de várias 
pessoas em pequenos cômodos; 
 Condições de moradia: 
 Se mora em casa ou apartamento; 
 Se a casa é feita de alvenaria ou não; 
 Qual a quantidade de cômodos; 
 Se possui saneamento básico, coleta regular 
de lixo; 
 Se abriga animais domésticos; 
 Pergunta-se também sobre o contato com 
pessoas ou animais doentes. Se afirmativo, 
questiona-se sobre onde e quando ocorreu 
e sobre a duração do contato; 
 Poluição do ar, poluição sonora e poluição visual, 
os desmatamentos e as queimadas, as alterações 
climáticas, as inundações, os temporais e os 
terremotos  propiciar o surgimento de várias 
doenças; 
Condições socioeconômicas: 
 Renda mensal; 
 Situação profissional; 
 Dependência econômica de parentes/instituição; 
 Médico  conhecer as possibilidades 
econômicas de seu paciente  compra de 
medicamentos e realizar exames 
complementares; 
 OBS: “É obrigação do médico compatibilizar sua 
prescrição às condições financeiras do paciente 
 frequente causa de abandono do tratamento 
 incapacidade de adquirir remédios ou 
alimentos especiais”; 
Condições culturais: 
 Grau de escolaridade: 
 Quanto à escolaridade, é importante saber 
se o paciente é analfabeto ou alfabetizado. 
Vale ressaltar se o paciente completou o 
ensino fundamental, o ensino médio ou se 
tem nível superior (graduação e pós-
graduação). Tais informações são 
fundamentais na compreensão do processo 
saúde-doença; 
 Religiosidade; 
 Tradições; 
 Crenças; 
 Mitos; 
 Medicina popular; 
 Comportamentos; 
 Hábitos alimentares; 
Vida conjugal e relacionamento familiar: 
 Inevestiga-se o relacionamento entre: 
 Pais e filhos; 
 Entre irmãos; 
 Entre cônjuges; 
 
 
 
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Aula 7: Exame Físico Geral: Sinais Vitais e Medidas 
Antropométricas 
 Exame físico: 
 Após o término da anamnse o paciente deverá 
ser informado, esclarecido sobre como será 
realizado o exame físico, não impedindo que se 
continue a conversar com o mesmo, trazendo 
tranquilidade; 
 Semiotécnica do exame físico geral: 
 Posições em que o paciente deve ser 
examinado: 
o Decúbito; 
o Sentado; 
o Em pé; 
o Caminhando; 
 Para que seja mais confortável para o 
paciente e melhor sistematização do exame 
físico geral, primeiro deve-se examiná-lo 
sentado à beira do leito ou da mesa de 
exame, só não deve ser realizado dessa 
maneira se o paciente for incapaz de 
permanecer nessa posição; 
 O médico examinador deve se manter em 
pé, em frente ao paciente, deslocando-se 
para os dois lados, quando for necessário. No 
entanto, o exame pode ser iniciado com o 
paciente deitado se assim for mais 
confortável para ele; 
 Ambiente adequado: iluminação, conforto para o 
examinador e para o paciente, temperatura 
agradável, silêncio e vestimenta adequada para 
ambos; 
 Objetivo do exame físico: testar as hipóteses 
diagnósticas desenvolvidas durante a anamnese, 
confirmando, afastando ou descobrindo nova 
hipótese diagnóstica; 
Ferramentas da propedêutica clínica: 
 Inspeção: 
 Inspeção estática: observação visual do local 
a ser examinado; 
 Inspeção dinâmica: mediante instrumentos: 
esfigmomanômetro, estetoscópio, 
oftalmoscópio, otoscópio e termômetro; 
 Ausculta: 
 É o ato de ouvir o som gerado pelos órgãos 
do corpo humano e através deles detectar 
alguma anormalidade. Posição adequada e 
local silencioso; 
 Percussão: 
 É uma técnica que exige bastante habilidade 
manual, o profissional executa um 
movimento rápido na área a ser examinada 
e produz um som que é avaliado por sua 
intensidade, tonalidade, duração e qualidade; 
 Palpação: 
 Mãos semi fletidas: palpaçãode órgãos 
profundos; 
 Em pinça: utilizando o polegar e o indicador; 
 Digito pressão: comprimir uma área corporal 
a polpa digital do indicador ou polegar; 
 Palpação bimanual: uma das mãos aproxima 
a estrutura que será examinada pela outra; 
 Escolher a melhor posição de examinar 
(geralmente à direita do paciente); 
Avaliação do paciente: 
 O exame físico deverá ser feito em duas 
etapas: Geral, ectoscopia ou somatoscopia & 
Específico para cada sistema ou segmento 
corporal; 
 Posicões do paciente: 
 Sentada: ortostatismo (em pé); 
 Específicas: ginecológica; 
 Decúbitos: dorsal (supino), ventral, laterais 
direito e esquerdo; 
 Estado Geral: 
 Avaliação com base no que foi falado pelo 
paciente e interpretado de acordo com a 
experiência de cada um. Em outras 
palavras, é o que aparenta o paciente, visto 
em sua totalidade; 
 Para descrever a impressão obtida são 
utilizadas as seguintes nomeclaturas:. 
o Bom estado geral (BEG); 
o Estado geral regular ou levemente 
comprometido ou decaído (EGR); 
o Estado geral rum ou muito 
comprometido ou decaído (EGC); 
 Tem utilidade prática, principalmente para 
se compreender até que ponto a doença 
atingiu o organismo; 
 Serve de alerta para o médico nos casos 
com escassos sinais ou sintomas indicativos 
de uma determinada enfermidade, sendo 
assim obriga-o a aprofundar sua 
investigação diagnóstica na busca de uma 
afecção que justifique a deterioração do 
estado geral. Pode acontecer o inverso 
também, ou seja, o paciente ter um bom 
estado geral na presença de uma doença 
sabidamente grave. Isso indica uma boa 
capacidade de reação do organismo, o que 
tem valor prognóstico; 
 Nível de consciência: 
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Anna Déborah Martins - FITS - 2º Período- Medicina 
 
 A percepção de maneira consciente do 
mundo exterior e de si mesmo caracteriza 
o estado de vigília; 
 Âmbito neurológico e psiquiátrico; 
 Normal: consciente, orientado no tempo e 
no espaço, colaborativo com o exame, 
tranquilo, eutímico. Acordado, ativo, reativo 
(para bebês) 
 Anormal: sonolento, torporoso, 
desorientado, não contactua com o 
examinador, irritado, deprimido; 
 Entre o estado de vigília, onde o paciente 
está inteiramente consciente, e o estado 
comatoso, em que o paciente perde a 
capacidade de identificar seu mundo interior 
e o mundo externo, é possível identificar 
várias fases intermediárias, as quais indicam 
o nível de consciência, sendo assim: 
o Obnubilação: 
 Nessa fase o nível de consciência 
é pouco comprometido, sendo 
assim o paciente continua em 
estado de alerta mesmo que seja 
algo diminuído; 
o Sonolência: 
 Nessa fase o paciente, o qual está 
adormecido, consegue despertar 
facilmente, responde mais ou 
menos apropriadamente, porém 
ele logo volta a adormecer; 
o Confusão mental: 
 Nessa fase o paciente possui perda 
de atenção, o pensamento não é 
claro, suas respostas são lentas e 
não possuem uma percepção de 
tempo e espaço normal; 
o Torpor ou estupor: 
 O paciente que está nessa fase 
possui uma alteração de 
consciência mais pronunciada, 
porém ele ainda é capaz de ser 
despertado a partir de estímulos 
mais fortes e tem movimentos 
espontâneos; 
o Coma: 
 Quando o paciente está nessa fase, 
mesmo com estímulos fortes ele 
ainda não consegue despertar e 
não tem movimentos 
espontâneos; 
 Coma é um estado de 
inconsciência, habitualmente 
prolongado (com duração de 
horas, dias ou meses), do qual o 
paciente pode ou não emergir; 
 Esse estado de inconsciência não 
pode ser revertido pelos estímulos 
externos comuns, critério que 
torna possível distinguir o coma do 
estado de inconsciência do sono 
fisiológico; 
 A escala de coma de Glasgow, 
instrumento mais utilizado para 
determinar alterações de nível de 
consciência, consiste na análise de 
três parâmetros: abertura ocular, 
resposta verbal e resposta motora; 
 
Abertura 
Ocular 
Espontânea 4 
Ao comando verbal 3 
À dor 2 
Sem resposta 1 
 
 
Resposta 
Motora 
Ao comando verbal 6 
À dor - localizar 5 
Flexão normal do membro 
estimulado 
4 
Flexão anormal 3 
Extensão 2 
Sem resposta 1 
 
Resposta 
Verbal 
Orientada 5 
Confusa 4 
Inapropriada 3 
Incompreensível 2 
Sem resposta 1 
 
o Orientação: 
 Autopsíquica: 
» Em relação a si mesmo; 
» Ex.: Nome, idade; 
 Alopsíquica: 
» Tempo e espaço; 
» As perguntas devem ser feitas 
do maior para o menor. Ex.: 
Ano, mês, dia da semana 
(segunda, terça e etc.) e data; 
o Perceptividade e reatividade: 
 Maneiras de analisar a 
perceptividade: 
» Resposta a uma ordem simples 
– “feche os olhos e mostre a 
língua”; 
» Orientação no tempo e 
espaço – “onde está e que dia 
é hoje?”; 
» Execução de um cálculo 
simples – “quanto é 2+2?” 
» Nomear seis flores; 
 Maneiras de analisar a reatividade: 
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» Reação de orientação e de 
alerta – o examinador provoca 
um ruído e observa se o 
paciente o localiza com os 
olhos, com a abertura e 
movimentação; 
» Reação de piscamento à 
ameaça de atingir os olhos; 
» Reação à dor – aplicação de 
estímulos dolorosos leves; 
 Fala e linguagem: 
 Desde o primeiro momento do encontro 
com o paciente, o médico deve prestar 
atenção à linguagem do paciente, 
particularmente na linguagem falada (fala); 
 Classificação das alterações na fala: 
o Disfonia ou afonia: 
 Alteração do timbre da voz 
causada por alguma alteração no 
órgão fonador; 
 A voz pode acabar tornando-se 
rouca, fanhosa ou bitonal; 
o Dislalia: 
 Termo utilizado para designar 
alterações menores da fala, 
comuns em crianças, como a troca 
de letra; 
 Possui uma forma especial que é a 
disritmolalia, a qual compreende 
distúrbios no ritmo da fala, incluindo 
a gagueira e a taquilalia; 
o Disartria: 
 Ocorre devido alterações nos 
músculos da fonação, 
incoordenação cerebral (voz 
arrastada, escandida), hipertonia no 
parkinsonismo (voz baixa, 
monótona e lenta) ou perda do 
controle piramidal (paralosia 
pseudobulbar); 
o Disfasia: 
 Essa alteração aparece com total 
normalidade do órgão fonador e 
dos músculos da fonação e 
depende de um distúrbio na 
elaboração cortical da fala; 
 Existe diversos graus de disfasia, os 
quais vão desde mínimas 
alterações até perda total da fala; 
 A disfasia pode ser de recepção 
ou sensorial (o paciente não 
entende o que se diz a ele) ou da 
expressão ou motora (o paciente 
entende, mas não consegue se 
expressar), ou ainda do tipo misto, 
o que é mais frequente. 
 A disfasia traduz lesão do 
hemisfério dominante: o esquerdo 
no destro, e vice-versa, mas não 
tem valor localizatório absoluto; 
o Outros distúrbios: 
 Retardo no desenvolvimento da 
fala na criança; 
 Disgrafia – perda da capacidade de 
escrever; 
 Dislexia – perda da capacidade de 
ler; 
 Biótipos: 
 Brevilíneo: 
o Pescoço curto; 
o Tórax largo; 
o Membros curtos; 
o Baixa estatura; 
o Ângulo charpy maior de 90º 
 Mediolíneo: 
o Pescoço, tórax, membros e estatura 
intermediários; 
o Ângulo de Charpy igual a 90º 
 Longilíneo: 
o Pescoço longo; 
o Tórax longo; 
o Membros compridos; 
o Alta estatura; 
o Ângulo Charpy menor de 90º; 
 Hidratação: 
 Alteração abrupta do peso; 
 Alterações da pele quanto a umidade, à 
elasticidade e ao turgor; 
 Alterações da mucosa quanto a umidade; 
 Alterações oculares; 
 Estado geral; 
 Fontanelas (crianças); 
 Mucosas: 
 Coloração grau de palidez: observar 
mucosa palpebral da conjuntiva, mucosa 
oral, leito ungueal e palma das mãos 
 Coloração amarelada: icterícia; 
 Umidade grau de hidratação; 
 Lesões (aftas orais); 
 Peso e altura (estatura): 
 Paciente descalço e em posição 
ortostática  tarar a balança antes; 
 Criança até 2 anos recomenda-se medir 
com ela deitada; 
 IMC não distingue massa gordurosa de 
massa magra; 
IMC Estado nutricional 
<16 Magreza grau III 
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16 a 16,99 Magreza grau II 
17 a 18,49 Magreza grau I 
18,5 a 24,99 Eutrófico 
25 a 29,99 Sobrepeso 
>30 Obesidade 
 Fácies: 
 Expressão ou aparência fácil distintiva 
associada a uma condição médica 
específica; 
 Principais tipos de fácies: 
o Fácies normal ou atípica: 
 Comporta muitas variações, 
facilmente reconhecida por todo, 
mas é preciso ensinar o olho a 
ver; 
 Mesmo que não possua traços 
anatômicos ou expressão 
fisionômica que caracterize as 
fácies que serão estudadas, é 
necessário identificar, no rosto do 
paciente, sinais indicativos de 
tristeza, ansiedade, medo, 
indiferença, apreensão; 
o Fácies hipocrática: 
 Olhos fundos, parados e 
inexpressivos, são as principais 
características que chamam 
atenção do médico; 
 O nariz afila-se, e os lábios se 
tornam adelgaçados (forma 
delgada, fina). Os “batimentos das 
asas do nariz” também costumam 
ser observados; 
 O rosto do paciente quase sempre 
está coberto de suor; 
 Palidez cutânea e uma leve cianose 
labial completam a fácie hipocrática; 
 Esse tipo de fácies indica doença 
grave e quase nunca falta nos 
estados agônicos das afecções que 
evoluem de modo lento; 
 
o Fácies esclerodérmica: 
 Conhecida também como fácies 
de múmia, pois sua característica 
fundamente é a imobilidade facial; 
o Fácies renal: 
 Principal característica é o edema 
que predomina ao redor dos 
olhos, o quadro clínico se 
completa com a palidez cutânea; 
 Essa fácie é identificada nas 
doenças renais, particularmente na 
síndrome nefrótica e na 
glomerulonefrite aguda; 
o Fácies leonina: 
 As alteração são produzidas pelas 
lesões da hanseníase; 
 A pele, além de espessa, adquiri 
um grande número de lepromas 
de tamanhos variados e 
confluentes, em maior número na 
fronte. Os supercílios caem, o 
nariz se espessa e se alarga, os 
lábios ficam mais grossos e 
proeminentes, as bochechas e o 
mento se deformam devido ao 
aparecimento de nódulos, a barba 
escasseia ou desaparece; 
 As alterações dessa fácie em 
conjunto deixam o rosto do 
paciente com um aspecto de cara 
de leão; 
o Fácies adenoidiana: 
 As principais características são o 
nariz pequeno e afilado e a boca 
sempre entreaberta; 
 Aparece em pessoas com 
hipertrofias das adenoides, as quais 
dificultam a respiração pelo nariz 
ao obstruírem os orifícios 
posteriores das fossas nasais; 
o Fácies parkinsoniana: 
 Características: cabeça inclina-se 
um pouco para frente e 
permanece imóvel nesta posição, 
o olhar fixo, os supercílios 
elevados e a fronte enrugada 
conferem ao paciente uma 
expressão de espanto. A 
fisionomia é impassível e costuma-
se dizer que esses pacientes se 
parecem com uma figura de 
máscara. É comum chamar a 
atenção a falta de expressividade 
facial; 
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 São identificadas na síndrome ou 
na doença de Parkinson; 
 
o Fácies basedowiana: 
 Características: suas características 
mais marcantes são observadas 
nos olhos e no olhar. Os olhos são 
salientes (exoftalmia) e brilhantes, 
destacando o rosto magro do 
paciente. Mas pode apresentar, 
também, um aspecto de espanto 
e ansiedade, e um elemento que 
pode salientar as características 
dessa fácie é o bócio; 
 Indica hipertireoidismo; 
 
o Fácies mixedematosa: 
 Características: rosto arredondado, 
nariz e lábios grossos, pele seca, 
espessada e com acentuação de 
seus sulcos, as pálpebras 
apresentam-se infiltradas e 
enrugadas, os supercílios são 
escassos e os cabelos secos e 
sem brilho. Destaca-se, também, 
uma expressão fisionômica 
indicativa de desanimo e apatia; 
 Causas: hipotireoidismo ou 
mixedema; 
 
o Fácies acromegálica: 
 Características: saliência das 
arcadas supraorbitrárias, 
proeminência das maças do rosto 
e maior desenvolvimento do 
maxilar inferior, além do aumento 
do tamanho do nariz, lábios e 
orelhas. Nesse conjunto de 
estruturas hipertrofiadas, os olhos 
parecem pequenos; 
o Fácies cushingoide ou de lua cheia: 
 Características: arredondamento 
do rosto, com atenuação dos 
traços faciais, aparecimento de 
acne; 
 Causas: Síndrome de Cushing por 
hiperfunção do córtex suprarrenal, 
pode ocorrer também em 
pacientes que fazem uso 
prolongado de corticoides; 
 
 
 
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o Fácies mongoloide: 
 Características: estão presentes 
na fenda palpebral uma prega 
cutânea (epicanto) que torna os 
olhos oblíquos, bem distantes um 
do outro, lembrando os olhos de 
chineses. E, também, um rosto 
arredondado, boca quase sempre 
entreaberta e uma expressão 
fisionômica de pouca inteligência 
ou mesmo de completa idiotia; 
 Causas: mongolismo, trissomia do 
par 21 ou síndrome de Down; 
 
o Fácies de depressão: 
 Características: as principais são 
identificadas na expressividade do 
rosto. Cabisbaixo, olhos possuem 
pouco brilho e fixos em um ponto 
distante, muitas vezes o olhar 
permanece voltado para o chão. 
O sulco nasolabial se acentua e o 
canto da boca se rebaixa. O 
conjunto fisionômico detona 
indiferença, tristeza e sofrimento 
emocional; 
 Causas: transtornos depressivos; 
o Fácies pseudobulbar: 
 Características: súbitas crises de 
choro ou riso, involuntárias, mas 
conscientes, as quais levam o 
paciente a tentar contê-las, dando 
um aspecto espasmódico à fácies; 
 Causas: paralisia pseudobulbar; 
o Fácies da paralisia facial periférica: 
 Características: assimetria da face, 
com impossibilidade de fechar as 
pálpebras, além de repuxamento 
da boca para o lado são e 
apagamento do sulco nasolabial; 
o Fácies miastênica ou fácies de 
hutchinson: 
 Características: pstose palpebral 
bilateral que obriga o paciente a 
franzir a testa e levantar a cabeça; 
 Causas: miastenia grave e em 
outras miopatias que 
comprometem os músculos da 
pálpebra superior; 
 
o Fácies do deficiente mental: 
 Características: traços faciais são 
apagados e grosseiros, a boca 
constantemente entreaberta, às 
vezes com salivação. 
Hipertolorismo e estrabismo 
quando se fazem presentem 
acentuam essas características 
morfológicas. As características 
principais estão na expressão 
fisionômica, o olhar é desprovido 
de objetivo, e os olhos se 
movimentam sem se fixarem em 
nada, demonstrando um 
alheamento ao meio ambiente. É 
normal que os pacientes tenham 
sempre nos lábios um meio 
sorriso sem motivação e que se 
acentua em resposta a qualquer 
solicitação. Junto de tudo isso 
pode ser percebida uma voz 
grave por um falar de meias 
palavras, às vezes substituído por 
um simples ronronar; 
o Fácies etílica: 
 Características: olhos 
avermelhados e certa ruborização 
da face, o hálito etílico, a voz 
pastosa e um sorriso meio 
indefinido; 
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Sinais vitais: 
 Temperatura: 
 Temperatura axilar: 35,8 a 37ºC; 
 Temperatura bucal: 36,3 a 37,4ºC; 
 Temperatura retal: 37 a 38ºC; 
 Analisamos: 
1. Início; 
2. Intensidade; 
3. Duração; 
4. Modo de evolução; 
5. Término; 
 O controle da temperatura corporal 
humana é realizado pelo Hipotálamo, 
conhecido como termostato biológico, 
uma porção pequena do Encéfalo; 
 A temperatura corporal considerada 
normal para o ser humano varia entre 
36,1ºC e 37,2ºC 
 Terminologia: 
o Hipotermia: temperatura abaixo do 
valor normal. Caracteriza-se por pele e 
extremidades frias, cianose e 
tremores; 
o Hipertermia: aumento da temperatura 
corporal. Verifica-se pele quente e 
seca, sede, secura na boca, calafrios, 
dores musculares generalizadas, 
sensação de fraqueza, taquicardia, 
taquipnéia, cafaléia, delírios e até 
convulsões; 
o Febrícula ou Estado Febril: variações 
de temperatura entre 37 a 37,5ºC; 
 Alterações fisiológicas da temperatura: 
o Sono e repouso; 
o Idade; 
oExercício físico; 
o Fatores nutricionais (dieta, 
desnutrição); 
o Emoções; 
o Banhos quentes ou frios; 
 Pulso: 
 Normocardia: frequência cardíaca normal 
(60-100 bpm); 
 Bradicardia: frequência cardíaca abaixo do 
normal (<60 bpm); 
 Taquicardia: frequência cardíaca acima do 
normal (>100 bpm); 
 Taquisfigmia: pulso acelerado/taquicárdico; 
 Bradisfigmia: pulso fino e 
fraco/bradicárdico; 
 Fatores que influenciam a frequência do 
pulso: 
o Exercício; 
o Dor aguda e ansiedade; 
o Febre,calor; 
o Drogas; 
o Hemorragia; 
o Alterações posturais; 
 Respiração: 
 Padrão respiratório: 
o Bradipnéia: frequência respiratória 
abaixo do normal. <16 ipm; 
o Taquipnéia: frequência respiratória 
acima do normal. >20 ipm; 
o Dispnéia: dificuldade respiratória; 
o Ortopnéia: respiração facilitada em 
posição vertical; 
o Apnéia: parada respiratória; 
 Frequência: 
o Recém-nascido: 30 a 40 irpm; 
o Adulto: 14 a 20 mrpm; 
 Amplitude: 
o Grau de expansão ou movimento da 
parede torácica; 
o Superficiais; 
o Normais; 
o Profundos; 
 Ritmo: 
o Norma/regular; 
o Irregular; 
 Pressão arterial: 
 PA refere-se à pressão exercida pelo 
sangue contra a parede das artérias; 
 Componentes: 
o Pressão sistólica – PS: Pressão mais 
elevada observada nas artérias 
durante a fase sistólica do ciclo 
cardíaco; 
o Pressão diastólica - PD: Pressão mais 
baixa detectada na aorta e seus ramos 
durante a fase diastólica do ciclo 
cardíaco; 
 Como aferir a pressão arterial: 
o Repouso mínimo de 3 min; 
o Posição: deitada, sentada ou em pé, 
confortável, mantendo a artéria 
braquial no nível do coração; 
o Como aferir a pressão arterial 
 Localizar a artéria braquial por 
palpação; 
 Artéria braquial: braço em leve 
flexão; palpar com dedos 
indicador, médio e anular e sentir 
pulsações da artéria braquial, 
medialmente ao ventre/tendão do 
bíceps, acima da fossa cubital; 
 Colocar o manguito adequado 
firmemente, cerca de 2 a 3 cm 
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acima da fossa antecubital, 
centralizando a bolsa de borracha 
(manguito) sobre a artéria braquial; 
 Manter o braço do paciente na 
altura do coração; 
o Sons de Korotkoff: 
 Fase 1: surgimentos dos primeiros 
sons (pequena intensidade e alta 
frequência); 
 Fase II: sons suaves e prolongados. 
Podem ser inaudíveis (hiato 
auscultatório); 
 Fase III: sons mais intensos e 
nítidos (hiato auscultatório); 
 Fase IV: sons de baixa intensidade 
e abafados (níveis de pressão da 
bolsa pouco > do que pressão 
diastólica); 
 Fase V: desaparecimento dos 
sons; 
 Quando os sinais vitais devem ser mensurados: 
 Na prestação dos cuidados rotineiros; 
 Durante uma consulta; 
 Antes e depois de procedimentos 
invasivos; 
 Nos períodos pré, intra e pós operatórios; 
 Sempre que for necessário; 
 Fatores que podem alterar os valores da 
SSVV: 
 Temperatura ambiental; 
 Sono e repouso; 
 Idade; 
 Uso de medicamentos; 
 Alimentação pesada; 
 Exercícios físicos; 
 Fator hormonal; 
 Banhos; 
 Estresse; 
Medidas antropométricas: 
 IMC = P(Kg) / Alt2 (m); 
 Circunferência abdominal: 
 Ponto médio – último arco costal e crista 
ilíaca; 
 Instrumento: fita métrica; 
 Referências: 
o M <88 cm; 
o H <102 cm; 
 O aumento desta medida é um 
importante fator de risco para doenças 
crônicas cardíacas, hipertensão, diabetes 
tipo II, vários tipos de cânceres, trombose, 
entre outras;

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