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REDAÇÃO – TRABALHO ANÁLOGO À ESCRAVIDÃO
CARLA BEATRIZ SENA MOLEDA
URUGUAIANA - RS
No dia 13 de maio, comemora-se a Lei Áurea, decreto para a libertação dos escravizados no Brasil. Apesar da abolição da escravatura ter sido ratificada no século XIX, na contemporaneidade evidenciam-se diversas situações em que pessoas são privadas de liberdade e obrigadas a trabalharem sem remuneração, configurando práticas denominadas de “escravidão moderna”. Com base nisso, esse cenário é fruto tanto das desigualdades sociais quanto da falta de fiscalizações no mercado de trabalho. 
Precipuamente, nota-se que o trabalho análogo à escravidão é fruto da pobreza, precariedade e miséria. Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Brasil é um país exemplo no combate a esse óbice. Entretanto, a servidão é uma dura realidade para as mazelas mais pobres que estão à margem da sociedade. Sob essa ótica, percebe-se que, essa camada mais pobre muitas vezes não apenas se submete ao trabalho forçado uma vez, como também, sem opção, volta a optar por esses mesmos lugares tempos depois. Com base nesse viés, é fundamental discutir a principal razão da ocorrência da escravaria, bem como o principal entrave que impede que tantas pessoas sofram com esta condição. 
Ademais, percebe-se que o principal entrave que impede que tantas pessoas no Brasil não se libertem do sistema de submissão é a ineficácia estatal fiscalizadora. No ponto umbandista, “Um grito de liberdade, é citado “Dentro de um canavial o negro se libertou”, expressado pela felicidade do cidadão escravizado ao conseguir libertar-se da senzala. Contudo, no atual cenário brasileiro, há pessoas em situações precárias, com falta de alimentação digna, fornecimento de equipamentos de proteção e limite de jornada, fato que ocorre por falta de fiscalização. Logo, o Estado não prioriza uma atuação no combate ao trabalho escravo e diminui verbas para tanto, acaba-se deixando de lado uma atuação que é essencial, prioritária para minimizar a situação de exploração humana. 11
Portanto, a fim de realizar a real abolição da escravatura no Brasil. Para isso, é fulcral que a Organização Internacional do Trabalho (OIT), aliada ao Ministério do Trabalho – já que é o órgão responsável pela fiscalização do trabalho -, deve criar o projeto denominado “Liberdade! Liberdade!”, que visa treinar e qualificar fiscais do setor, por meio de intensivas buscas em empresas e lares com potenciais para práticas escravagistas. Além disso, o governo federal deve aumentar investimentos que visem acabar a vulnerabilidade da sociedade em situação de pobreza. Somente assim, com uma fiscalização eficiente, a Lei Áurea será legitimada.

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