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Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 1 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Aerossol formado por material particu- lado e gases. Resulta, sobretudo, na formação de O3 poluente e outras substâncias irritantes. S. Paulo, 24/06/2005 S. Paulo, 20/05/ 2009 Mistura de produtos de varias reações induzi- das por radiação solar e que ocorrem entre HC, NOx e/ou SOx em atmosferas urbanas. 2 SMOG FOTOQUÍMICO Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 3 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Smog Londrino Participam da Formação: sobretudo, SO2 e CO desprendidos, em geral, na combustão de carvão e óleos combustíveis. 4 Condições em que predomina: Inverno Alta Umidade Condições especiais: proximidade ao litoral, baixas temperaturas, uso de sistemas de aquecimento que usam hulha (carvão-de-pedra = matérias vegetais fossilizadas) Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Efeitos Prejudica a visibilidade Irrita fortemente as membranas respiratórias Causa chuva ácida SO2 agrega-se a nevoeiros, podendo ocorrer: SO2 + O SO3 vapor d’água H2SO4 5 3SO2 + O2 SO4 SO3 + O hv SO2 3SO2 (estado triplete) Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos rápida NO, HC _____ O3, HC oxidados Smog Fotoquímico (mais comum) Formação: reações complexas entre HC e NOx emitidos na combustão incompleta de motores automotivos. Condições: ação da radiação UV e presença de oxigênio 6 Ocorrência: zonas urbanas com alta circulação de veículos Espécies Identificadas: álcoois, aldeídos, cetonas, ácidos carboxílicos, ésteres, nitratos orgânicos Aerossol fotoquímico Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Smog Fotoquímico 7 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Solar energy input 8 Peroxialquila Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Smog Londrino: prevalece no inverno Smog Fotoquímico: acentuado no verão e primavera. Forma-se durante o dia. Nas primeiras horas da manhã: veículos e certas fontes estacionárias produzem uma grande quantidade de HC e NO Durante a noite: há oxidação de NO a NO2 e uma fração residual desse gás pode está pre- sente na atmosfera ao amanhecer. À medida que o Sol surge NO2 se decompõe fotoqui- micamente, produzindo átomos de oxigênio 9 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos ٭ O3 e NOx: fortes oxidantes e fitotóxicos. Breve exposição de vegetais a O3 em concentrações de 0,06 ppm pode interromper a fotossíntese. Apesar das concentrações de NOx serem mais altas, a ação fitotóxica é relativamente menor. ٭ Etileno: enrola as pétalas de flores para o centro e destrói orquídeas. O smog fotoquímico descolore espinafre, alface, alfafa, entre outros vegetais 10 Efeitos do smog ٭ Aldeídos e PANs: agentes lacrimo- gêneos, irritam os olhos e o siste ma respiratório Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Efeitos do Ozônio Sobre Seres Humanos Os efeitos de uma exposição prolongada ao O3 não são comple- tamente esclarecidos. Sabe-se que: ٭ Causa tosse ٭ Irrita a mucosa respiratória, dificultando a respiração e provocando constrição dos brônquios. 11 Em geral, concentrações de cerca de 1ppm produzem estreitamento das vias respiratórias profundas do pulmão, causando maior resistência à passagem do ar Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Inúmeras reações na atmosfera estão envolvidas na formação do smog, mas não é possível conhecê-las completamente Favorecem as reações fotoquímicas: • Condições meteorológicas • Emissão contínua de poluentes, sobretudo material par- ticulado Formação: iniciada no interior dos motores de combustão inter- na onde são produzidos poluentes reativos: HC, NOx, CO e CO2 FORMAÇÃO DO SMOG FOTOQUÍMICO Principal fonte antrópica: queima de combustível fóssil 12 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Condições Internas do Motor: são propícias Temperaturas: 2500 oC Pressões: 40 atm Se a combustão for incompleta: produtos parcialmente quei- mados reagem produzindo vários HC reativos, NO2 e radicais (OH•, entre outros), além de O3 (poluente) 13 Radicais livres originados em atmosferas contendo HC são responsáveis pela formação do smog Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 2) NO na atmosfera reage com O2: 2 NO + O2 2 NO2 Iniciam-se no interior dos motores de combustão interna: 1) O2 reage com N2 gerando NO: O2 + N2 calor 2 NO(óxido nítrico) NO: usado como vasodilatador em doentes hipertensos Efeitos: a toxicidade direta é des- conhecida, mas NO está potencial- mente relacionado à formação de metahemoglobina e de NO2. 14 NO2 hv NO + O As reações na cor lilás já foram discutidas no capítulo anterior (Reações Atmosféricas) 3) NO2 sofre fotodissociação: NO2: pode causar irritação e inflamação das vias respiratórias, dificuldade respi- ratória, queimadura no nariz e garganta, tosse, cianose, rinorréia, dispnéia, vômi- tos, náuseas, dor abdominal, dermatite, edema da laringe e brônquios, espasmos, pneumonia química, edema pulmonar. excessivo muco nasal dificuldade respiratória Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 4) Átomos de oxigênio liberados podem reagir com O2 formando O3 (poluente troposférico): O3 passa ao aparelho respi- ratório e é muito prejudicial: danifica os bronquíolos e os alvéolos nos pulmões. Exposição repetida pode inflamar os tecidos pulmo- nares e causar infecções respiratórias. 15 5) Ozônio pode reagir com NO gerando mais NO2: O3 + NO NO2 + O2 Se o combustível for incompletamente queimado: os motores liberam HC que na presença de NO2, O e O3 sofrem várias reações: HC, aldeídos e NOx fornecem inúmeros reagentes capazes de gerar diversos outros compostos orgânicos, muitos dos quais danosos (saúde, fitotóxicos, danificam materiais). O + O2 O3 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra.Nadja Vasconcelos 6) HC + O Produtos estáveis + Radicais Exemplo: RH + O R. + OH. 7) HC + O3 Produtos estáveis + Radicais . Exemplo: C3H6 + O3 CH3CHO + H2COO . 8) HC + Radicais Radicais + Produtos estáveis 16 + HO. + H2O ∕ ∕ CH2CH3 .CHCH3 Exemplo: HC = etilbenzeno Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 9) Radicais + NO Radicais + NO2 Exemplo: HO2 · + NO OH· + NO2 10) Radicais + NO2 Produtos estáveis Exemplo: HO· + NO2 HNO3 11) Radicais + Radicais Produtos estáveis 17 O ROO. + ROO. R’CH + R”CH2OH + O2 Ocorrem inúmeras reações em cadeia. Em muitas reações os radicais participam até serem finalmente eliminados. Exemplo: Peroxialquila Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 12, 13, 14) Reações de HC insaturados com O, OH• ou O3: 18 Exemplo: CH3CH = CH2 + OH · CH3CHCH2OH Exemplo: 15 a 20) Reações de aromáticos e alcanos com O, OH• ou O3: Aromáticos (ou alcanos) + O (OH• ou O3) R • + OH• + H2O CH4 + HO . .CH3 + H2O Insaturados + O (OH• ou O3) R • + RC•O + RO• + aldeído (Acila) (alcoxila) Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 21),22),23) Reações de Aldeídos com O, OH• ou O3: Aldeídos + O (OH•, O3) RC • O (Acila) + OH • + H2O 19 24) Reação do radical alquila: R• + O2 ROO • (peroxialquila) CH3CHO + O CH3C . + OH. O (acila) Exemplo: Exemplo: CH3 • + O2 CH3OO • O RCO• + O2 RCOO • (peroxiacila) 25) Reação do radical acila: Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 20 26) Reação do radical peroxialquila com NO: ROO• + NO NO2 + RO • (alcoxila) 27) a 29) Reação do radical peroxialquila com NO2: ROO• + NO2 RNO2 + O2 NO3 + RO • (alcoxila) ROONO2 (alquilperoxinitro) 30) Reação do radical peroxiacila com NO: RCOO2 • + 2 NO RC• O (Acila) + 2 NO2 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Exemplo: 31) Reação do radical peroxiacila com NO2: O O PANs = nitratos de peroxiacilos RCOO• + NO2 RCOONO2 (PANs) 21 (Alcoxila) 32) RO• + O2 RCHO + HOO • (hidroxiperoxila) (Acilato) (peroxialquila) 33) RCOO• + O2 ROO • + CO2 34) ROO• + ROO• ROOR + O2 35) ROO• + ROO• R’COH + R”CH2OH + O2 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 22 (5º) (3º ) (4º ) (2º ) (1º ) EMISSÕES POR VEÍCULOS Os veículos possuem várias fontes emissoras Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos - Entrada do Combustível: (a) início; (b) a mistura ar/combustí- vel é produzida no carburador - Compressão: (c) início da compressão: a mistura ar/combustí- vel é comprimida no pistão; 23 Ciclo de Queima do Combustível Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos - Ignição: (d) na queima ideal só há produção de CO2, HC e energia (con- dições de queima, em geral: T = 2500 oC e P = 40 atm. - Exaustão: (e) emitidos sobretudo, CO2 e traços de HC, N2, NO, CO, O2. A autoignição pode ser evitada pelo uso de gasolina com alta octanagem 24 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Índice de Octanagem (escala arbitrária) Mede a habilidade do combustível queimar sem causar fadiga ao motor (combustão moderada). Indica a resistência à detonação comparando-se com uma mistura de isoctano (nº de octano 100) e n-heptano (nº de octano zero). SUBSTÂNCIA Nº de Octano n-Heptano 0 Isoctano 100 Metanol 105 Éter metil-t-butil (MTBE)(*) 115 Éter etil-t-butil (ETBE) (*) 118 Maior resistência à com- bustão por compressão Menor resistência á combustão por compressão 25 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 26 Ex: gasolina com nº de octano 80 mesma re- sistência à detonação que uma mistura com 80% de isoctano e 20% em volume de n-heptano. Avaliação do Parâmetro: importante para garantir que o combus- tível atende às exigências do motor sem entrar em auto-ignição no tempo de compressão e inicio da expansão (instante em que há aumento de P e T) Índice de octanagem da gasolina nacional = 86 (comporta-se como uma mistura com 86% de isoctano e 14% de heptano Desde 1989 que o Brasil aboliu o uso do PbEt4 como antide- tonante (um dos pioneiros nessa correta medida ambiental) Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Éter metil-t-butil (MTBE) e Éter etil-t-butil (ETBE) (contaminada com MTBE, ETBE e HC) (MTBE, ETBE e HC) (MTBE, ETBE e HC) 27 Éter etil-t-butil MTBE Éter metil-t-butil (vertigem) (erupções cutâneas) Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 28 Tipos de Gasolina Tipo A: base da gasolina disponível nos postos. Consiste numa mistura de naftas (líquido incolor de faixa de destilação próxi-ma à da gasolina). Não contém etanol. Tipo A-Premium: especial, mais resistente à detonação. Obtida a partir da mistura de naftas de alta octanagem. Tipo C: gasolina comum tipo A, adicionada de etanol anidro (21 a 23 % em volume, conforme a legislação). Tipo C-Premium: adição de 21 - 23% de álcool anidro à gasolina A-Premium. Alta resistência à detonação. Usada em veículos de altas taxas de compressão e alto desempenho. Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Gasolina Aditivada: contém etanol e aditivos (detergentes, dis- persantes) que conferem características especiais, melhoram o desempenho e minimizam a formação de depósitos (carbura-dor, bicos injetores, válvulas de admissão). Detergente doméstico:possui cargas negativas Detergente da gasolina: cargas positivas (facilita a dissolução na gasolina). Gasolina brasileira: possui 76% de gasolina e 24% de etanol. 29 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Óleo Diesel: contém HC mais pesados que a gasolina, compos- tos de enxofre e nitrogênio. Em geral, álcool e gasolina poluem menos, pois certos veículos a diesel (ônibus, caminhões) não são equipados com bons catalisadores. 30 Além disso, fazem parte da composição do diesel: Metais pesados: bioacumulam-se no organismo e sofrem biomagnificação em solos e ambientes aquáticos, causando ao homem sérios problemas neurológicos. Dioxinas: responsáveis por fortes dores de cabeça, distúr-bios hormonais e câncer no aparelho respiratório. O diesel é também um grande poluente na zona urbana Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 31 Gases de Escape de Veículos: mistura complexa de vários com- postos, dentre os quais predominam: CO, VOC (compostos orgânicos voláteis), NOx, SO2 e SO3. Controle das Emissões Automotivas- Conversores Catalíticos Controlam a emissão de poluentes pelos sistema de exaustão. Garantem completa combustão de CO e de HC além de converter NOx em espécies menos poluentes. Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 32 Conversor Catalítico: peça de aço inoxidável montada no siste- ma de exaustão contendo um catalisador num suporte cerâmi- co ou metálico. O catalisador consiste de uma mistura de Pt, Pd e Rh. São usados sistemas com os dois tipos de conversão catalítica: redução e oxidação Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 33 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Oxidação Catalítica: garante a combustão completa através da oxidação de HC e CO: 2 CO + O2 Catalisador 2 CO2 2 C8H18 + 25 O2 Catalisador 16 CO2 + 18 H2O 34 Oxidantes Catalíticos: Pd, Pt, Ru (metais nobres) e óxidos (Fe2O3, CoO.Cr2O3) C8H18 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Redução Catalítica: consiste na redução de NOx. 35 2 NO + CO N2O + CO2 Catalisador N2O + CO N2 + CO2 Catalisador 2 NO + 2 CO → N2 + 2 CO2 Redutores catalíticos: Pd, Pt, Ru e Rh (metais nobres) além de Cu, Ni, Co e óxidos (CuO, CuCrO4). Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 36 Que a cada minuto são extraídas em torno de 6 mil toneladas de petróleo cru do planeta? Final do Capítulo
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