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SISTEMA DE ENSINO
LEGISLAÇÃO
Lei n. 12.846/2013 - Anticorrupção
Livro Eletrônico
DIOGO SURDI
Diogo Surdi é formado em Administração Pública 
e é professor de Direito Administrativo em 
concursos públicos, tendo sido aprovado para 
vários cargos, dentre os quais se destacam: 
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil 
(2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013), 
Analista Tributário da Receita Federal do Brasil 
(2012) e Técnico Judiciário dos seguintes 
órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-
MS e MPU.
DIOGO SURDI
Diogo Surdi é formado em Administração Pública 
e é professor de Direito Administrativo em 
concursos públicos, tendo sido aprovado para 
vários cargos, dentre os quais se destacam: 
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil 
(2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013), 
Analista Tributário da Receita Federal do Brasil 
(2012) e Técnico Judiciário dos seguintes 
órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-
MS e MPU.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Lei n. 12.846/2013 - Anticorrupção
Prof. Diogo Surdi 
Lei n. 12.846/2013 - Lei Anticorrupção ..........................................................5
1. Disposições Gerais ..................................................................................5
2. Dos Atos Lesivos à Administração Pública Nacional ou Estrangeira ...............10
3. Da Responsabilização Administrativa .......................................................12
4. Do Processo Administrativo de Responsabilização ......................................14
5. Do Acordo de Leniência .........................................................................18
6. Da Responsabilização Judicial .................................................................22
7. Disposições Finais .................................................................................25
8. Artigos da Lei n. 12.846/2013 ................................................................28
Questões de Concurso ...............................................................................35
Gabarito ..................................................................................................52
Gabarito Comentado .................................................................................53
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Lei n. 12.846/2013 - Anticorrupção
Prof. Diogo Surdi 
Olá! Tudo bem? Espero que sim!
Na aula de hoje, veremos as disposições relacionadas com a Lei n. 12.846/2013, 
norma que ficou popularmente conhecida como Lei Anticorrupção.
Grande abraço e boa aula!
Diogo
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Lei n. 12.846/2013 - Anticorrupção
Prof. Diogo Surdi 
LEI N. 12.846/2013 - LEI ANTICORRUPÇÃO
1. Disposições Gerais
A Lei n. 12.846/2013, popularmente conhecida como Lei Anticorrupção, é a nor-
ma responsável por estabelecer as regras relativas à responsabilização admi-
nistrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração 
pública, nacional ou estrangeira.
Cumpre salientar, inicialmente, que duas são as diferentes esferas de respon-
sabilização que as pessoas jurídicas e, como veremos posteriormente, os diretores 
pessoas físicas estão sujeitos: administrativa e civil.
Neste sentido, pode-se afirmar que a responsabilização administrativa implica 
restrições na relação com a administração pública, ao passo que a responsabiliza-
ção civil está relacionada com o pagamento de multa ou outros valores financeiros.
O campo de aplicação da Lei n. 12.846/2013 é bastante extenso, de forma que 
as disposições da norma podem ser aplicadas às sociedades empresárias e às 
sociedades simples, personificadas ou não, independentemente da forma de or-
ganização ou modelo societário adotado.
Estão sujeitas às disposições da lei anticorrupção, ainda, quaisquer fundações, 
associações de entidades ou pessoas, bem como sociedades estrangeiras 
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que tenham sede, filial ou representação no território brasileiro, constituídas de 
fato ou de direito, ainda que temporariamente.
Campo de aplicação
da Lei Anticorrupção
Sociedades empresárias
Sociedades simples
Fundações
Associações de entidades
ou pessoas
Sociedades estrangeiras
A responsabilização das pessoas jurídicas pela prática de atos contra a admi-
nistração pública é objetiva, não dependendo, para a caracterização do ato 
lesivo, da existência de dolo (intenção) ou culpa.
A lógica da responsabilidade objetiva é bastante diferente da responsabili-
zação subjetiva.
A responsabilização subjetiva é assim denominada pelo fato de haver a neces-
sidade de comprovação da culpa ou do dolo daquele que praticou a infração.
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Lei n. 12.846/2013 - Anticorrupção
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Na responsabilização objetiva, não há a necessidade de tal comprova-
ção. Uma vez cometido o ato lesivo, ainda que este não seja resultante de culpa 
ou dolo, teremos a responsabilização da pessoa jurídica.
Em plena sintonia com o que acabamos de expor é a redação do artigo 2º da 
norma em estudo:
Art. 2º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas objetivamente, nos âmbitos admi-
nistrativo e civil, pelos atos lesivos previstos nesta Lei praticados em seu interesse ou 
benefício, exclusivo ou não.
É extremamente importante frisar que a responsabilidade objetiva é direcio-
nada, apenas, para as pessoas jurídicas. Isso porque as disposições da Lei n. 
12.846/2013 estabelecem a possibilidade de responsabilização, adicionalmente, 
dos dirigentes, administradores ou demais pessoas naturais que se encon-
trem na condição de autora, coautora ou partícipe do ato ilícito.
No entanto, com relação às pessoas físicas, a responsabilização não é objetiva, 
mas, sim, subjetiva.
Em outros termos, é correto afirmar que, para a responsabilização das pessoas 
físicas pelos atos ilícitos contra a administração pública, deve ser levado em conta, 
pelo menos, a existência de culpa.
Como se trata de informação essencial para a compreensão das disposições da 
lei em análise, vamos sedimentar tais definições.
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Lei n. 12.846/2013 - Anticorrupção
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Responsabilização 
pelos atos ilícitos 
contra a administra-
ção pública
Responsabilidade
objetiva
(independente
de dolo ou culpa)
Responsabilidade
subjetiva
(depende da 
existência, pelo 
menos, de culpa)
Pessoas jurídicas
Pessoas físicas
Art. 3º A responsabilização da pessoa jurídica não exclui a responsabilidade individual 
de seus dirigentes ou administradores ou de qualquer pessoa natural, autora, coautora 
ou partícipe do ato ilícito.
§ 1º A pessoa jurídica será responsabilizada independentemente da responsabilização 
individual das pessoas naturais referidas no caput.
§ 2º Os dirigentes ou administradores somente serão responsabilizados por atos ilícitos 
na medida da sua culpabilidade.
Mas o que será que acontece quando a pessoa jurídica que cometeu um 
ato ilícito contra a administração pública é objeto de fusão, incorporação, 
transformação, cisão ou, ainda, alteração contratual?
Em todas as situações elencadas, a responsabilidade, nos termos da Lei n. 
12.846/2013, continuará existindo.
Nos casos de fusão e de incorporação, a responsabilidade da sucessora será 
restrita à obrigação de pagamento de multa e reparação integral do dano 
causado.
Ainda assim, o valor da multa estará limitado ao limite do patrimônio 
transferido, não lhe sendo aplicáveis as demais sanções previstas em lei para os 
atos e fatos ocorridos antes da data da realização da fusão ou da incorporação.
Responsabilidade ob-
jetiva (independe de 
dolo ou culpa)
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Em caráter de exceção, temos as situações de simulação e aquelas realizadas 
com o objetivo de fraudar algum tipo de responsabilidade.
Nestas hipóteses, desde que devidamente comprovado, a responsabilização al-
cança a empresa sucessora.
Neste mesmo sentido, a norma determina que as sociedades controladoras, 
controladas, coligadas ou, no âmbito do respectivo contrato, as consorciadas, serão 
solidariamente responsáveis pela prática dos atos ilícitos contra a administração 
pública, restringindo-se tal responsabilidade à obrigação de pagamento de 
multa e reparação integral do dano causado.
São vários detalhes, não é mesmo? Nada melhor do que esquematizarmos tudo 
isso:
• Regra geral: na hipótese de alteração contratual, transformação, incorpora-
ção, fusão ou cisão societária, a responsabilidade da pessoa jurídica continu-
ará existindo;
• Situações de fusão ou de incorporação: a empresa sucessora, como regra ge-
ral, será responsável, apenas, pelo pagamento de multa e reparação integral 
do dano. Neste caso, o valor da multa não poderá ser superior ao limite do 
patrimônio transferido;
• Quando a fusão ou a incorporação for simulada ou realizada com o objetivo de 
fraudar a responsabilidade: nestas situações, desde que devidamente com-
provada a irregularidade, a eventual empresa sucessora arcará com toda a 
responsabilidade pelos atos ilícitos cometidos;
• Sociedades controladoras, controladas, coligadas ou, no âmbito do respectivo 
contrato, as consorciadas: são solidariamente responsáveis pela prática dos 
atos ilícitos contra a administração pública, restringindo-se tal responsabilida-
de à obrigação de pagamento de multa e reparação integral do dano causado.
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2. Dos Atos Lesivos à Administração Pública Nacional ou 
Estrangeira
Para os fins de responsabilização, são considerados atos lesivos à administra-
ção pública todos aqueles que atentem contra o patrimônio público nacional ou 
estrangeiro, contra princípios da administração pública ou contra os compromissos 
internacionais assumidos pelo Brasil.
São considerados atos lesivos 
à administração pública
Os que atentam contra o pa-
trimônio público nacional ou 
estrangeiro.
Os que atentam contra os 
princípios da administração 
pública.
Os que atentam contra os 
compromissos internacionais 
assumidos pelo Brasil.
É importante salientar que serão considerados atos lesivos não apenas aqueles 
praticados contra a administração pública nacional, mas também contra a adminis-
tração pública estrangeira.
Nesse sentido, considera-se administração pública estrangeira os órgãos e en-
tidades estatais ou representações diplomáticas de país estrangeiro, de 
qualquer nível ou esfera de governo, bem como as pessoas jurídicas controla-
das, direta ou indiretamente, pelo poder público de país estrangeiro.
Equiparam-se à administração pública estrangeira, para fins de responsabiliza-
ção, as organizações públicas internacionais.
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Outro conceito que merece importância é o de agente público estrangeiro.
De acordo com a Lei n. 12.846/2013, considera-se agente público estrangei-
ro, para todos os efeitos, quem, ainda que transitoriamente ou sem remune-
ração, exerça cargo, emprego ou função pública em órgãos, entidades estatais ou 
em representações diplomáticas de país estrangeiro, assim como em pessoas jurí-
dicas controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público de país estrangeiro 
ou em organizações públicas internacionais.
Vejamos, de acordo com a Lei n. 12.846/2013, a lista de atos que são conside-
rados lesivos à administração pública:
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I – prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, vantagem indevida a agente pú-
blico, ou a terceira pessoa a ele relacionada;
II – comprovadamente, financiar, custear, patrocinar ou de qualquer modo subvencionar 
a prática dos atos ilícitos previstos nesta Lei;
III – comprovadamente, utilizar-se de interposta pessoa física ou jurídica para ocultar ou 
dissimular seus reais interesses ou a identidade dos beneficiários dos atos praticados;
IV – no tocante a licitações e contratos:
a) frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro expediente, o 
caráter competitivo de procedimento licitatório público;
b) impedir, perturbar ou fraudar a realização de qualquer ato de procedimento licitatório 
público;
c) afastar ou procurar afastar licitante, por meio de fraude ou oferecimento de vanta-
gem de qualquer tipo;
d) fraudar licitação pública ou contrato dela decorrente;
e) criar, de modo fraudulento ou irregular, pessoa jurídica para participarde licitação 
pública ou celebrar contrato administrativo;
f) obter vantagem ou benefício indevido, de modo fraudulento, de modificações ou pror-
rogações de contratos celebrados com a administração pública, sem autorização em lei, 
no ato convocatório da licitação pública ou nos respectivos instrumentos contratuais; ou
g) manipular ou fraudar o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos celebrados com 
a administração pública;
V – dificultar atividade de investigação ou fiscalização de órgãos, entidades ou agentes 
públicos, ou intervir em sua atuação, inclusive no âmbito das agências reguladoras e 
dos órgãos de fiscalização do sistema financeiro nacional.
3. Da Responsabilização Administrativa
No âmbito administrativo, duas são as sanções que podem ser aplicadas às pes-
soas jurídicas em virtude do cometimento de atos lesivos à administração pública, 
sendo elas:
• multa, no valor de 0,1% a 20% do faturamento bruto do último exercício 
anterior ao da instauração do processo administrativo, excluídos os tributos, 
a qual nunca será inferior à vantagem auferida, quando for possível sua es-
timação;
• publicação extraordinária da decisão condenatória.
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As sanções aqui previstas deverão ser aplicadas de forma fundamentada, isola-
da ou cumulativamente, de acordo com as peculiaridades do caso concreto e com 
a gravidade e a natureza das infrações.
Antes da aplicação das sanções, deverá a administração pública acionar a Advo-
cacia Pública ou o órgão de assistência jurídica. Tais órgãos serão os responsáveis 
pela elaboração da manifestação jurídica.
Independente da aplicação das sanções, deverá a pessoa jurídica que cometeu o 
ato lesivo, obrigatoriamente, realizar a reparação integral do dano causado.
Como visto, duas são as sanções passíveis de aplicação no âmbito administrativo.
Com relação à multa, o legislador se preocupou em não deixar “brechas” para 
que uma possível alegação de impossibilidade de utilização do faturamento bruto 
pudesse resultar na não aplicação da sanção.
Assim, sempre que não for possível mensurar a multa com base no fatu-
ramento bruto da empresa, o valor desta será de R$ 6 mil a R$ 60 milhões.
A publicação extraordinária da decisão condenatória, por sua vez, ocor-
rerá na forma de extrato de sentença, a expensas da pessoa jurídica, em meios de 
comunicação de grande circulação na área da prática da infração e de atuação da 
pessoa jurídica.
Na falta de meio de comunicação de grande circulação, a publicação deverá ser 
feita das seguintes maneiras:
• em veículo de circulação nacional;
• por meio de afixação de edital, de modo visível ao público, pelo prazo mínimo 
de 30 dias, no próprio estabelecimento ou no local de exercício da atividade;
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• no sítio eletrônico na rede mundial de computadores.
No momento da aplicação das sanções (que, como já sabemos, são a multa e 
a publicação extraordinária da decisão condenatória), certas circunstâncias serão 
levadas em conta, podendo resultar no agravamento ou na redução da pe-
nalidade.
Art. 7º Serão levados em consideração na aplicação das sanções:
I – a gravidade da infração;
II – a vantagem auferida ou pretendida pelo infrator;
III – a consumação ou não da infração;
IV – o grau de lesão ou perigo de lesão;
V – o efeito negativo produzido pela infração;
VI – a situação econômica do infrator;
VII – a cooperação da pessoa jurídica para a apuração das infrações;
VIII – a existência de mecanismos e procedimentos internos de integridade, auditoria 
e incentivo à denúncia de irregularidades e a aplicação efetiva de códigos de ética e de 
conduta no âmbito da pessoa jurídica;
IX – o valor dos contratos mantidos pela pessoa jurídica com o órgão ou entidade pú-
blica lesados;
4. Do Processo Administrativo de Responsabilização
Como a responsabilização das pessoas jurídicas pelos atos lesivos à administra-
ção pública envolve a aplicação de sanções, nada mais natural do que a instauração 
de processo administrativo com o objetivo de verificar se houve ou não a prática 
de tais atos.
Por meio do processo administrativo, o particular consegue saber quais os fatos 
que estão sendo alegados contra ele, podendo exercer as garantias do contraditório 
e da ampla defesa.
Com relação à instauração e ao julgamento do processo administrativo, deter-
mina a Lei n. 12.846/2013 que ambas as providências são competências da au-
toridade máxima de cada órgão ou entidade dos Poderes Executivo, Legislativo e 
Judiciário.
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A instauração poderá ocorrer tanto de ofício, ou seja, por interesse direto do 
órgão ou entidade, ou mediante provocação de terceiros.
É importante salientar que a competência para a instauração e o julgamento do 
processo administrativo de apuração de responsabilidade da pessoa jurídica poderá 
ser delegada, sendo vedada a subdelegação.
No âmbito do Poder Executivo federal, a Controladoria-Geral da União terá compe-
tência concorrente para instaurar processos administrativos de responsabiliza-
ção de pessoas jurídicas ou para avocar os processos instaurados com o objetivo 
de examinar a sua regularidade ou, ainda, para corrigir o andamento do pro-
cesso.
Com relação às fases processuais, pode-se afirmar que o processo administra-
tivo segue as seguintes fases.
• como já informado, a instauração do processo compete, como regra geral, à 
autoridade máxima do órgão ou da entidade dos Poderes da Repúbli-
ca;
• após a instauração, o processo administrativo será conduzido por comissão 
designada pela autoridade instauradora e composta por dois ou mais ser-
vidores estáveis;
• o ente público, por meio do seu órgão de representação judicial, ou equiva-
lente, a pedido da comissão, poderá requerer as medidas judiciais ne-
cessárias para a investigação e o processamento das infrações, inclu-
sive de busca e apreensão;
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• a comissão poderá, cautelarmente, propor à autoridade instauradora que 
suspenda os efeitos do ato ou processo objeto da investigação;
• será concedido à pessoa jurídica o prazo de 30 dias para defesa, conta-
dos a partir da intimação;
• o processo administrativo, com o relatório da comissão, será remetido à 
autoridade instauradora, para julgamento;
• o julgamento, assim como ocorre com a instauração, deve ser realizado, 
como regra geral,pela autoridade máxima do órgão ou da entidade 
dos Poderes da República;
• a instauração de processo administrativo específico de reparação integral 
do dano não prejudica a aplicação imediata das sanções estabelecidas em 
lei;
• concluído o processo e não havendo pagamento, o crédito apurado será ins-
crito em dívida ativa da fazenda pública;
• a comissão designada para apuração da responsabilidade de pessoa jurídica, 
após a conclusão do procedimento administrativo, dará conhecimento ao 
Ministério Público de sua existência, para apuração de eventuais de-
litos.
A comissão deverá concluir o processo no prazo de 180 dias, que serão con-
tados da data da publicação do ato que a instituir e, no fim, apresentar relatório 
sobre os fatos apurados, bem como sobre a eventual responsabilidade da pessoa 
jurídica, sugerindo, de forma motivada, as sanções a serem aplicadas.
O prazo de 180 dias poderá, em caso de necessidade, ser prorrogado median-
te ato fundamentado da autoridade instauradora.
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Prazo para conclusão do processo 
administrativo de responsabilidade.
Regra: 180 dias.
O prazo poderá ser prorrogado
mediante ato fundamentado da
autoridade instauradora.
A norma estabelece que, nos processos de responsabilização relacionados com 
os atos ilícitos praticados contra a administração pública estrangeira, a au-
toridade competente para a apuração e o julgamento será a Controladoria-Geral 
da União.
Um grande avanço da norma, sem dúvida, foi a possibilidade de desconsidera-
ção da personalidade jurídica sempre que a autoridade verificar que foi feito uso 
de abuso de poder para facilitar, encobrir ou dissimular a prática dos atos ilícitos, 
ou então para provocar confusão patrimonial.
Em linhas gerais, a possibilidade de desconsideração da personalidade consiste 
em responsabilizar os sócios da empresa quando esta não tiver condições de arcar 
com o pagamento dos valores sancionados.
Por meio da desconsideração, o patrimônio dos sócios vem à tona, podendo ser 
utilizado, desde que atendidos os demais requisitos, para o cumprimento da dívida 
não paga pela empresa.
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Em outros termos, todos os efeitos das sanções aplicadas à pessoa jurídica são 
estendidos aos seus administradores e sócios com poderes de administra-
ção, observados, em todo caso, as garantias do contraditório e a ampla defesa.
No entanto a desconsideração da personalidade jurídica não pode ser feita de 
qualquer forma. Diversamente, a medida apenas pode ser utilizada quando esti-
vermos diante de uma conduta utilizada com o objetivo de facilitar, encobrir ou 
dissimular a prática dos atos ilícitos, ou então para provocar confusão pa-
trimonial.
5. Do Acordo de Leniência
De todos os institutos presentes na Lei n. 12.846/2013, o acordo de leniência é, 
sem dúvida, o mais peculiar.
Em linhas gerais, o acordo de leniência constitui-se na já conhecida delação 
premiada. Por meio do acordo, as pessoas jurídicas responsáveis pela prática dos 
atos ilícitos podem colaborar com as investigações realizadas pelo poder público.
Como contrapartida, as pessoas jurídicas ficam isentas das sanções de publi-
cação extraordinária da decisão condenatória e da vedação ao recebimento 
de incentivos, subsídios, subvenções, doações ou empréstimos de órgãos 
ou entidades públicas e de instituições financeiras públicas ou controladas 
pelo poder público, pelo prazo mínimo de um e máximo de cinco anos.
Além disso, as pessoas jurídicas que formalizam acordo de leniência têm uma 
redução de até dois terços do valor da eventual multa aplicável.
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Contudo, para que o acordo de leniência seja possível de ser formalizado, certos 
requisitos devem ser atendidos, cumulativamente, pela pessoa jurídica, sendo eles:
• a pessoa jurídica deve ser a primeira a se manifestar sobre seu inte-
resse em cooperar para a apuração do ato ilícito. Em outros termos, a 
vontade de colaborar com as investigações deve ser de iniciativa da pessoa 
jurídica;
• a pessoa jurídica deve cessar completamente o seu envolvimento na 
infração investigada a partir da data de propositura do acordo;
• a pessoa jurídica deve admitir a sua participação no ilícito investigado, 
cooperando plena e permanentemente com as investigações e com o proces-
so administrativo. Deve a pessoa jurídica comparecer, sob suas expensas, 
sempre que solicitada, a todos os atos processuais, até seu encerra-
mento.
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Como não poderia deixar de ser, a celebração de acordo de leniência não exime 
a pessoa jurídica da obrigação de reparar integralmente o dano causado.
Para não atrapalhar nas investigações, a proposta de acordo de leniência so-
mente se tornará pública após a efetivação do respectivo acordo, salvo no 
interesse das investigações e do processo administrativo.
Com a celebração do acordo de leniência, temos a interrupção do prazo pres-
cricional legalmente previsto para os atos ilícitos.
Se a pessoa jurídica formalizar proposta de acordo de leniência e esta for nega-
da pela administração pública, a eventual negativa não importará em reconhe-
cimento da prática, por parte da pessoa jurídica, do ato ilícito investigado.
Se a pessoa jurídica, após a celebração de acordo de leniência, deixar de cum-
prir com as regras do acordo, ficará ela impedida de celebrar novo acordo 
pelo prazo de três anos, que serão contados do conhecimento, pela administra-
ção pública, do referido descumprimento.
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A Controladoria-Geral da União é o órgão competente para celebrar os acordos de 
leniência no âmbito do Poder Executivo federal, bem como no caso de atos lesivos 
praticados contra a administração pública estrangeira.
Em seu artigo 17, a Lei n. 12.846/2013 prevê a possibilidade de celebração de 
acordo de leniência com a pessoa jurídica responsável pela prática de ilícitos pre-
vistos na Lei das Licitações.Art. 17. A administração pública poderá também celebrar acordo de leniência com a 
pessoa jurídica responsável pela prática de ilícitos previstos na Lei n. 8.666, de 21 de 
junho de 1993, com vistas à isenção ou atenuação das sanções administrativas estabe-
lecidas em seus arts. 86 a 88.
Vamos a uma rápida revisão acerca das sanções que podem ser aplicadas (e, 
consequentemente, objeto de acordo de leniência) para os particulares licitantes.
Devido ao regime jurídico a que estão sujeitos os contratos administrativos, a 
administração dispõe da prerrogativa de, em caso de irregularidades, aplicar certas 
sanções aos contratados no caso de inexecução total ou parcial do contrato.
Tais sanções, em plena consonância com o princípio da autotutela, não preci-
sam de autorização do judiciário para a sua aplicação, transitando exclusivamente 
na órbita administrativa. O único requisito que deve ser observado é que, antes da 
aplicação da sanção, a administração deve assegurar ao contratado as garantias 
do contraditório e da ampla defesa.
Nos termos da Lei n. 8.666/1993, são as seguintes as sanções que podem ser 
aplicadas pela administração:
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• advertência;
• multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato;
• suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de con-
tratar com a administração, por prazo não superior a dois anos;
• declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a administração 
pública enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até 
que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou 
a penalidade, que será concedida sempre que o contratado ressarcir a Ad-
ministração pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção 
aplicada com base no inciso anterior.
Merece destaque, acerca das penalidades passíveis de aplicação, o fato de a 
suspensão temporária não poder exceder o prazo de dois anos, ao passo 
que a declaração de inidoneidade, em sentido oposto, possui como prazo 
mínimo para aplicação o referido prazo, ou seja, dois anos.
As sanções administrativas acima elencadas podem, quando objeto de acordo 
de leniência com a pessoa jurídica, ser objeto de isenção ou de atenuação da 
penalidade.
6. Da Responsabilização Judicial
Até o momento, vimos que a prática de atos ilícitos contra a administração pú-
blica pode dar ensejo à responsabilização na órbita administrativa, podendo impli-
car, após a instauração de processo administrativo, diversas sanções.
No entanto estabelece a Lei Anticorrupção, também, a possibilidade de respon-
sabilização na esfera judicial.
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Nesse sentido, a norma estabelece como legitimados para o ajuizamento da 
presente ação a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios, por meio das 
respectivas Advocacias Públicas ou órgãos de representação judicial ou equivalen-
tes, e, ainda, o Ministério Público.
Entes federativos 
(União, estados,
Distrito Federal
e municípios)
Ministério Público
Por meio das respecti-
vas Advocacias
Públicas, órgãos de 
representação judicial 
ou equivalentes
Legitimados para
o ajuizamento de
ação judicial
A ação judicial tem por objetivo a aplicação das seguintes sanções à pessoa ju-
rídica infratora:
• perdimento dos bens, direitos ou valores que representem vantagem ou 
proveito direta ou indiretamente obtidos da infração, ressalvado o direito do 
lesado ou de terceiro de boa-fé;
• suspensão ou interdição parcial de suas atividades;
• dissolução compulsória da pessoa jurídica;
• proibição de receber incentivos, subsídios, subvenções, doações ou emprés-
timos de órgãos ou entidades públicas e de instituições financeiras públicas 
ou controladas pelo poder público, pelo prazo mínimo de um ano e máximo 
de cinco anos.
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Assim como acontece com as sanções administrativas, as sanções decorrentes 
de ação judicial podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente.
Quando a ação judicial for proposta pelo Ministério Público, as sanções adminis-
trativas (aplicação de multa e publicação extraordinária da decisão condenatória) 
poderão ser aplicadas sem prejuízo das sanções judiciais.
Para isso, deverá ser comprovado que houve omissão das autoridades competentes 
para promover a responsabilização administrativa.
Como visto, uma das sanções judiciais é a dissolução compulsória da pes-
soa jurídica. Dada a gravidade da medida, a sanção em questão apenas poderá 
ser aplicada nas seguintes situações:
• ter sido a personalidade jurídica utilizada de forma habitual para facilitar ou 
promover a prática de atos ilícitos;
• ter sido constituída para ocultar ou dissimular interesses ilícitos ou a identi-
dade dos beneficiários dos atos praticados.
Como medida acautelatória e destinada a evitar que o particular condenado di-
lapide seus bens e não tenha condições de pagar a multa ou a reparação integral 
do dano causado, pode o Ministério Público ou a Advocacia Pública ou órgão 
de representação judicial, ou equivalente, do ente público, solicitar a indisponi-
bilidade de bens, direitos ou valores necessários à garantia do pagamento.
Para facilitar a compreensão e diferenciação, relaciono a seguir as sanções ad-
ministrativas e judiciais que podem ser aplicadas às pessoas jurídicas em decorrên-
cia do cometimento de atos contra a administração pública.
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Sanções Administrativas Sanções Judiciais
I – multa, no valor de 0,1% (um décimo por 
cento) a 20% (vinte por cento) do fatura-
mento bruto do último exercício anterior 
ao da instauração do processo administra-
tivo, excluídos os tributos, a qual nunca 
será inferior à vantagem auferida, quando 
for possível sua estimação;
II – publicação extraordinária da decisão 
condenatória.
I – perdimento dos bens, direitos ou valores que 
representem vantagem ou proveito direta ou 
indiretamente obtidos da infração, ressalvado o 
direito do lesado ou de terceiro de boa-fé;
II – suspensão ou interdição parcial de suas 
atividades;
III – dissolução compulsória da pessoa jurídica;
IV – proibição de receber incentivos, subsí-
dios, subvenções, doações ou empréstimos de 
órgãos ou entidades públicas e de instituições 
financeiras públicas ou controladas pelo poder 
público, pelo prazo mínimo de 1 ano e máximo 
de 5 anos.
7. DisposiçõesFinais
Como forma de reunir e dar publicidade às sanções aplicadas pelos órgãos ou 
entidades dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de todas as esferas de 
governo, a Lei n. 12.846/2013 determina que será criado, no âmbito do Poder Exe-
cutivo Federal, o Cadastro Nacional de Empresas Punidas (CNEP).
Devem os órgãos e entidades dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário 
de todas as esferas de governo informar e manter atualizados, no CNEP, os dados 
relativos às sanções por eles aplicadas.
O CNEP conterá, entre outras, as seguintes informações acerca das sanções 
aplicadas:
• razão social e número de inscrição da pessoa jurídica ou entidade no Cadas-
tro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ);
• tipo de sanção;
• data de aplicação e data final da vigência do efeito limitador ou impeditivo da 
sanção, quando for o caso.
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Sempre que possível, a celebração de acordo de leniência deverá constar 
no CNEP. A medida apenas não será aplicada quando o cadastramento das infor-
mações puder comprometer o sigilo das investigações ou do processo administra-
tivo.
Em caso de descumprimento do acordo de leniência, por parte da pessoa 
jurídica, deverão ser incluídas no CNEP informações acerca do efetivo descumpri-
mento.
Os registros das sanções e acordos de leniência serão excluídos depois de 
decorrido o prazo previamente estabelecido no ato sancionador ou do cum-
primento integral do acordo de leniência e da reparação do eventual dano 
causado, mediante solicitação do órgão ou entidade sancionadora.
Falamos, até o momento, do CNEP. Agora, vamos conhecer o Cadastro Nacional 
de Empresas Inidôneas e Suspensas (CEIS). 
Ao contrário do que ocorre com o CNEP, que é um cadastro destinado ao registro 
de informações relacionadas com a aplicação de sanções previstas nesta norma, o 
CEIS já existia antes da edição da Lei n. 12.846/2013, sendo destinado ao registro 
das sanções decorrentes de infrações cometidas no âmbito das licitações e contra-
tos administrativos. 
Neste sentido, a Lei Anticorrupção determina que os órgãos ou entidades dos 
Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de todas as esferas de gover-
no deverão informar e manter atualizados, para fins de publicidade, no Cadastro 
Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas (CEIS), de caráter público, instituído 
no âmbito do Poder Executivo federal, os dados relativos às sanções por eles 
aplicadas, nos termos do disposto nos arts. 87 e 88 da Lei n. 8.666/1993, 
de 21 de junho de 1993.
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Vejamos as demais informações apresentadas nas “Disposições Finais” da Lei 
Anticorrupção:
• a multa e o perdimento de bens, direitos ou valores aplicados com fundamen-
to no texto da Lei n. 12.846/2013 serão destinados, preferencialmente, 
aos órgãos ou entidades públicas lesadas;
• prescrevem em cinco anos as infrações previstas na norma em estu-
do, prazo este que terá início da data da ciência da infração ou, no caso de 
infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado. Na esfera 
administrativa ou judicial, a prescrição será interrompida com a instau-
ração de processo que tenha por objeto a apuração da infração;
• as disposições da Lei n. 12.846/2013 aplicam-se aos atos lesivos praticados 
por pessoa jurídica brasileira contra a administração pública estrangei-
ra, ainda que cometidos no exterior;
• a aplicação das sanções previstas nesta lei não afeta os processos de res-
ponsabilização e aplicação de penalidades específicos, tais como os 
decorrentes do cometimento de improbidade administrativa (que é regido 
pela Lei n. 8.429/1992) e dos atos ilícitos praticados no âmbito das licitações 
públicas (regidos pelas regras da Lei n. 8.666/1993 ou, quando estivermos 
diante do Regime Diferenciado de Contratações, pela Lei n. 12.462/2011);
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• a autoridade competente que, tendo conhecimento das infrações previstas na 
norma, não adotar providências para a apuração dos fatos será res-
ponsabilizada penal, civil e administrativamente nos termos da legisla-
ção específica aplicável;
• a pessoa jurídica será representada no processo administrativo na for-
ma do seu estatuto ou contrato social.
8. Artigos da Lei n. 12.846/2013
Considerando que a imensa maioria das questões que versam sobre a Lei n. 
12.846/2013 exigem a literalidade da norma, relaciono a seguir os artigos que 
considero essenciais para a resolução das questões relacionadas com a Lei Anti-
corrupção.
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a responsabilização objetiva administrativa e civil 
de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional 
ou estrangeira.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto nesta Lei às sociedades empresárias e às 
sociedades simples, personificadas ou não, independentemente da forma de orga-
nização ou modelo societário adotado, bem como a quaisquer fundações, associa-
ções de entidades ou pessoas, ou sociedades estrangeiras, que tenham sede, filial 
ou representação no território brasileiro, constituídas de fato ou de direito, ainda 
que temporariamente.
Art. 3º A responsabilização da pessoa jurídica não exclui a responsabilidade 
individual de seus dirigentes ou administradores ou de qualquer pessoa natural, 
autora, coautora ou partícipe do ato ilícito.
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§ 1º A pessoa jurídica será responsabilizada independentemente da responsa-
bilização individual das pessoas naturais referidas no caput.
§ 2º Os dirigentes ou administradores somente serão responsabilizados por atos 
ilícitos na medida da sua culpabilidade.
Art. 4º Subsiste a responsabilidade da pessoa jurídica na hipótese de alteração 
contratual, transformação, incorporação, fusão ou cisão societária.
§ 1º Nas hipóteses de fusão e incorporação, a responsabilidade da sucessora 
será restrita à obrigação de pagamento de multa e reparação integral do dano cau-
sado, até o limite do patrimônio transferido, não lhe sendo aplicáveis as demais 
sanções previstas nesta Lei decorrentes de atos e fatos ocorridos antes da data da 
fusão ou incorporação, exceto no caso de simulação ou evidente intuito de fraude, 
devidamente comprovados.
§ 2º As sociedades controladoras, controladas, coligadas ou, no âmbito do res-
pectivo contrato, as consorciadas serão solidariamente responsáveis pela práticados atos previstos nesta Lei, restringindo-se tal responsabilidade à obrigação de 
pagamento de multa e reparação integral do dano causado.
Art. 6º Na esfera administrativa, serão aplicadas às pessoas jurídicas conside-
radas responsáveis pelos atos lesivos previstos nesta Lei as seguintes sanções:
I – multa, no valor de 0,1% (um décimo por cento) a 20% (vinte por cento) do 
faturamento bruto do último exercício anterior ao da instauração do processo ad-
ministrativo, excluídos os tributos, a qual nunca será inferior à vantagem auferida, 
quando for possível sua estimação; 
II – publicação extraordinária da decisão condenatória.
§ 1º As sanções serão aplicadas fundamentadamente, isolada ou cumulativa-
mente, de acordo com as peculiaridades do caso concreto e com a gravidade e 
natureza das infrações.
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§ 3º A aplicação das sanções previstas neste artigo não exclui, em qualquer 
hipótese, a obrigação da reparação integral do dano causado.
§ 4º Na hipótese do inciso I do caput, caso não seja possível utilizar o critério do 
valor do faturamento bruto da pessoa jurídica, a multa será de R$ 6.000,00 (seis 
mil reais) a R$ 60.000.000,00 (sessenta milhões de reais).
Art. 8º A instauração e o julgamento de processo administrativo para apuração 
da responsabilidade de pessoa jurídica cabem à autoridade máxima de cada órgão 
ou entidade dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, que agirá de ofício ou 
mediante provocação, observados o contraditório e a ampla defesa.
Art. 9º Competem à Controladoria-Geral da União – CGU a apuração, o proces-
so e o julgamento dos atos ilícitos previstos nesta Lei, praticados contra a adminis-
tração pública estrangeira, observado o disposto no Artigo 4 da Convenção sobre 
o Combate da Corrupção de Funcionários Públicos Estrangeiros em Transações Co-
merciais Internacionais, promulgada pelo Decreto n. 3.678, de 30 de novembro de 
2000.
Art. 10. O processo administrativo para apuração da responsabilidade de pes-
soa jurídica será conduzido por comissão designada pela autoridade instauradora e 
composta por 2 (dois) ou mais servidores estáveis.
§ 1º O ente público, por meio do seu órgão de representação judicial, ou equi-
valente, a pedido da comissão a que se refere o caput, poderá requerer as medidas 
judiciais necessárias para a investigação e o processamento das infrações, inclusive 
de busca e apreensão.
§ 2º A comissão poderá, cautelarmente, propor à autoridade instauradora que 
suspenda os efeitos do ato ou processo objeto da investigação.
§ 3º A comissão deverá concluir o processo no prazo de 180 (cento e oitenta) 
dias contados da data da publicação do ato que a instituir e, ao final, apresentar 
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relatórios sobre os fatos apurados e eventual responsabilidade da pessoa jurídica, 
sugerindo de forma motivada as sanções a serem aplicadas.
§ 4º O prazo previsto no § 3º poderá ser prorrogado, mediante ato fundamen-
tado da autoridade instauradora.
Art. 11. No processo administrativo para apuração de responsabilidade, será 
concedido à pessoa jurídica prazo de 30 (trinta) dias para defesa, contados a partir 
da intimação.
Art. 14. A personalidade jurídica poderá ser desconsiderada sempre que utili-
zada com abuso do direito para facilitar, encobrir ou dissimular a prática dos atos 
ilícitos previstos nesta Lei ou para provocar confusão patrimonial, sendo estendidos 
todos os efeitos das sanções aplicadas à pessoa jurídica aos seus administradores e 
sócios com poderes de administração, observados o contraditório e a ampla defesa.
Art. 15. A comissão designada para apuração da responsabilidade de pessoa 
jurídica, após a conclusão do procedimento administrativo, dará conhecimento ao 
Ministério Público de sua existência, para apuração de eventuais delitos.
Art. 16. A autoridade máxima de cada órgão ou entidade pública poderá ce-
lebrar acordo de leniência com as pessoas jurídicas responsáveis pela prática dos 
atos previstos nesta Lei que colaborem efetivamente com as investigações e o pro-
cesso administrativo, sendo que dessa colaboração resulte:
I – a identificação dos demais envolvidos na infração, quando couber; 
II – a obtenção célere de informações e documentos que comprovem o ilícito 
sob apuração.
§ 1º O acordo de que trata o caput somente poderá ser celebrado se preenchi-
dos, cumulativamente, os seguintes requisitos:
I – a pessoa jurídica seja a primeira a se manifestar sobre seu interesse em co-
operar para a apuração do ato ilícito;
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II – a pessoa jurídica cesse completamente seu envolvimento na infração inves-
tigada a partir da data de propositura do acordo;
III – a pessoa jurídica admita sua participação no ilícito e coopere plena e per-
manentemente com as investigações e o processo administrativo, comparecendo, 
sob suas expensas, sempre que solicitada, a todos os atos processuais, até seu 
encerramento.
2º A celebração do acordo de leniência isentará a pessoa jurídica das sanções 
previstas no inciso II do art. 6o e no inciso IV do art. 19 e reduzirá em até 2/3 (dois 
terços) o valor da multa aplicável.
§ 3º O acordo de leniência não exime a pessoa jurídica da obrigação de reparar 
integralmente o dano causado.
§ 4º O acordo de leniência estipulará as condições necessárias para assegurar a 
efetividade da colaboração e o resultado útil do processo.
§ 5º Os efeitos do acordo de leniência serão estendidos às pessoas jurídicas 
que integram o mesmo grupo econômico, de fato e de direito, desde que firmem o 
acordo em conjunto, respeitadas as condições nele estabelecidas.
§ 6º A proposta de acordo de leniência somente se tornará pública após a efe-
tivação do respectivo acordo, salvo no interesse das investigações e do processo 
administrativo.
§ 7º Não importará em reconhecimento da prática do ato ilícito investigado a 
proposta de acordo de leniência rejeitada.
§ 8º Em caso de descumprimento do acordo de leniência, a pessoa jurídica 
ficará impedida de celebrar novo acordo pelo prazo de 3 (três) anos contados do 
conhecimento pela administração pública do referido descumprimento.
§ 9º A celebração do acordo de leniência interrompe o prazo prescricional dos 
atos ilícitos previstos nesta Lei.
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§ 10. A Controladoria-Geral da União – CGU é o órgão competentepara celebrar 
os acordos de leniência no âmbito do Poder Executivo federal, bem como no caso 
de atos lesivos praticados contra a administração pública estrangeira.
Art. 17. A administração pública poderá também celebrar acordo de leniência 
com a pessoa jurídica responsável pela prática de ilícitos previstos na Lei n. 8.666, 
de 21 de junho de 1993, com vistas à isenção ou atenuação das sanções adminis-
trativas estabelecidas em seus arts. 86 a 88.
Art. 18. Na esfera administrativa, a responsabilidade da pessoa jurídica não 
afasta a possibilidade de sua responsabilização na esfera judicial.
Art. 19. Em razão da prática de atos previstos no art. 5o desta Lei, a União, os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por meio das respectivas Advocacias 
Públicas ou órgãos de representação judicial, ou equivalentes, e o Ministério Públi-
co, poderão ajuizar ação com vistas à aplicação das seguintes sanções às pessoas 
jurídicas infratoras:
I – perdimento dos bens, direitos ou valores que representem vantagem ou 
proveito direta ou indiretamente obtidos da infração, ressalvado o direito do lesado 
ou de terceiro de boa-fé;
II – suspensão ou interdição parcial de suas atividades;
III – dissolução compulsória da pessoa jurídica;
IV – proibição de receber incentivos, subsídios, subvenções, doações ou em-
préstimos de órgãos ou entidades públicas e de instituições financeiras públicas ou 
controladas pelo poder público, pelo prazo mínimo de 1 (um) e máximo de 5 (cinco) 
anos.
§ 1º A dissolução compulsória da pessoa jurídica será determinada quando 
comprovado:
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I – ter sido a personalidade jurídica utilizada de forma habitual para facilitar ou 
promover a prática de atos ilícitos; ou
II – ter sido constituída para ocultar ou dissimular interesses ilícitos ou a iden-
tidade dos beneficiários dos atos praticados.
§ 3º As sanções poderão ser aplicadas de forma isolada ou cumulativa.
Art. 24. A multa e o perdimento de bens, direitos ou valores aplicados com 
fundamento nesta Lei serão destinados preferencialmente aos órgãos ou entidades 
públicas lesadas.
Art. 25. Prescrevem em 5 (cinco) anos as infrações previstas nesta Lei, conta-
dos da data da ciência da infração ou, no caso de infração permanente ou continu-
ada, do dia em que tiver cessado.
Parágrafo único. Na esfera administrativa ou judicial, a prescrição será interrom-
pida com a instauração de processo que tenha por objeto a apuração da infração.
Art. 26. A pessoa jurídica será representada no processo administrativo na for-
ma do seu estatuto ou contrato social.
Art. 27. A autoridade competente que, tendo conhecimento das infrações pre-
vistas nesta Lei, não adotar providências para a apuração dos fatos será respon-
sabilizada penal, civil e administrativamente nos termos da legislação específica 
aplicável.
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (VUNESP/TJ-SP/2019) Assinale a alternativa que está de acordo com a 
Lei n. 12.846/2013 (Lei Anticorrupção).
a) O acordo de leniência exime a pessoa jurídica da obrigação de reparar integral-
mente o dano causado.
b) Em caso de descumprimento do acordo de leniência, a pessoa jurídica ficará 
impedida de celebrar novo acordo pelo prazo de 5 (cinco) anos contados do conhe-
cimento pela Administração Pública do referido descumprimento.
c) O processo administrativo para apuração da responsabilidade de pessoa jurídica 
será conduzido por comissão designada pela autoridade instauradora e composta 
por 2 (dois) ou mais servidores estáveis.
d) A competência para a instauração e o julgamento do processo administrativo de 
apuração de responsabilidade da pessoa jurídica não poderá ser delegada.
e) No processo administrativo para apuração de responsabilidade, será concedido 
à pessoa jurídica prazo de 15 (quinze) dias para defesa.
Questão 2 (VUNESP/CM SERRANA/2019) É correto afirmar, nos termos
a) da Lei n. 12.846/2013 (responsabilização administrativa e civil de pessoas jurí-
dicas pela prática de atos contra a Administração Pública, nacional ou estrangeira), 
que não importará em reconhecimento da prática do ato ilícito investigado a pro-
posta de acordo de leniência rejeitada.
b) da Lei n. 8.429/1992 (Improbidade Administrativa), que as ações destinadas a 
levar a efeito as sanções previstas nesta lei podem ser propostas até quinze anos 
após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de 
confiança.
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c) da Lei Complementar n. 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), que é obri-
gatório aos Municípios com população inferior a cinquenta mil habitantes divulgar 
trimestralmente o Relatório de Gestão Fiscal.
d) da Lei n. 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação), que a classificação do sigilo 
de informações, no âmbito da Administração Pública federal, no grau de ultrasse-
creto é de competência exclusiva do Presidente da República.
e) do Decreto-Lei n. 201/1967 (Responsabilidade dos Prefeitos), que a conduta 
do Prefeito de apropriar-se de bens ou rendas públicas é considerada um crime de 
responsabilidade, sujeitando-o ao julgamento pela Câmara dos Vereadores, após o 
trânsito em julgado de sentença.
Questão 3 (VUNESP/CM TATUÍ/2019) Segundo estabelece a Lei Federal n. 12.846/2013 
(Lei Anticorrupção), na hipótese de uma das pessoas jurídicas responsáveis pela prá-
tica dos atos previstos nessa Lei decidir celebrar acordo de leniência,
a) ela ficará isenta da pena de multa sobre o seu faturamento.
b) não precisa admitir sua participação no ilícito, desde que os demais envolvidos 
sejam identificados.
c) não ficará isenta da obrigação de reparar integralmente o dano causado.
d) haverá reconhecimento da prática do ato ilícito investigado, ainda que rejeitada 
a sua proposta de acordo.
e) sendo ou não ele celebrado, não haverá interrupção do prazo de prescrição dos 
atos ilícitos previstos na Lei.
Questão 4 (VUNESP/PAULIPREV/2018) A autoridade máxima de cada órgão ou 
entidade pública poderá celebrar acordo de leniência com as pessoas jurídicas, 
isentando-as da seguinte sanção:
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a) suspensão parcial de suas atividades.
b) perdimento dos bens que representem vantagem ou proveito diretamente obti-
dos da infração, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé.
c) interdiçãoparcial de suas atividades.
d) perdimento dos direitos ou valores que representem vantagem ou proveito in-
diretamente obtidos da infração, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de 
boa-fé.
e) publicação extraordinária da decisão condenatória.
Questão 5 (VUNESP/FAPESP/2018) A Lei federal n. 12.846/2013, que dispõe so-
bre a responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de 
atos contra a Administração Pública (Lei Anticorrupção), ao criar o Cadastro Nacio-
nal de Empresas Punidas – CNEP,
a) extinguiu o Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas, determinan-
do a existência de um único cadastro para fins de registro das sanções impostas às 
empresas com fundamento na própria Lei Anticorrupção e também na Lei federal 
n. 8.666/1993.
b) autorizou que os órgãos e entidades dos Poderes Executivo, Legislativo e Judi-
ciário de todas as esferas de governo suspendam os registros por eles realizados 
junto ao CNEP em caso de celebração de acordo de leniência.
c) atribuiu responsabilidade aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário da União 
a competência exclusiva para informar e manter atualizados, no CNEP, os dados 
relativos às sanções aplicadas por todos os entes da federação.
d) determinou a exclusão do registro de sanções e acordos de leniência depois de 
decorrido o prazo previamente estabelecido no ato sancionador ou do cumprimento 
integral do acordo de leniência e da reparação do eventual dano causado, mediante 
solicitação do órgão ou entidade sancionadora.
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e) determinou que a pessoa jurídica que descumprir os termos do acordo de leni-
ência seja automaticamente incluída no Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas 
ou Suspensas – CEIS, mantido pelo Tribunal de Contas da União.
Questão 6 (VUNESP/PREFEITURA DE SOROCABA/2018) Uma Organização Social 
procura a Controladoria de um Município para informar a prática de atos contra a 
Administração Pública, em relação a desvios de recursos públicos no âmbito de um 
contrato de gestão mantido entre a Organização citada e a Municipalidade. Poderá 
ser celebrado um acordo de leniência no caso, se preenchido, dentre outros, o se-
guinte requisito:
a) a pessoa jurídica manifeste seu interesse em cooperar para a apuração do ato 
ilícito e, se ela não for a primeira a procurar a Administração, prove que haja fatos 
não apurados.
b) a pessoa jurídica comprometa-se ao ressarcimento imediato do dano e ao paga-
mento de 1/3 (um terço) do valor da multa cabível.
c) a pessoa jurídica cesse completamente seu envolvimento na infração investiga-
da a partir da data de propositura do acordo.
d) a pessoa jurídica admita sua participação no ilícito, coopere com as investiga-
ções e assuma a responsabilidade objetiva pelos fatos praticados.
e) a pessoa jurídica assegure a obtenção célere de documentos que comprovem o 
ilícito sob apuração, sem precisar identificar os demais envolvidos na infração.
Questão 7 (VUNESP/PREFEITURA DE REGISTRO/2018) De forma não exaustiva, 
a Lei Federal n. 12.846/2013 define quais serão os atos lesivos à Administração 
Pública que estão sujeitos às responsabilidades. Nesse sentido, estará sujeita às 
sanções culminadas pela lei a pessoa jurídica que
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a) der, diretamente, vantagem indevida a agente público, ressalvados os casos em 
que só há a promessa de tal vantagem.
b) apresentar seus reais interesses e a identidade dos beneficiários.
c) fraudar ou frustrar, por meio de qualquer espécie de acordo, o caráter competi-
tivo de procedimento licitatório público.
d) criar, regularmente, pessoa jurídica para participar de licitação ou firmar contra-
to administrativo.
e) dificultar atividade de investigação de órgãos públicos, ou intervir em sua atu-
ação, salvo as investigações promovidas pelas agências reguladoras, em relação à 
Responsabilidade Extracontratual.
Questão 8 (VUNESP/PREF SBC/2018) Assinale a alternativa correta.
a) Nos termos da Lei n. 8.429/1992, reputa-se agente público, somente aquele que 
exerce função remunerada e não transitória, por eleição, nomeação, designação, 
contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, 
emprego ou função em qualquer Administração Pública.
b) Nos termos da Lei Complementar n. 101/2000, a receita corrente líquida será 
apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência e nos doze an-
teriores, incluídas as duplicidades.
c) Nos termos da Lei Federal n. 12.527/2011, negado o acesso à informação pelos 
órgãos ou entidades do Poder Executivo Federal, o requerente poderá recorrer à 
Procuradoria Geral da República, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias.
d) Nos termos do Decreto n. 201/1967, o Poder Judiciário somente poderá proces-
sar o Prefeito por crime de responsabilidade após o pronunciamento da Câmara dos 
Vereadores.
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e) Nos termos da Lei n. 12.846/2013, a responsabilização da pessoa jurídica não 
exclui a responsabilidade individual de seus dirigentes ou administradores ou de 
qualquer pessoa natural, autora, coautora ou partícipe do ato ilícito.
Questão 9 (VUNESP/SAAE BARRETOS/2018) Com relação ao acordo de leniência 
previsto na Lei n. 12.846/2013, assinale a alternativa correta.
a) Não importará em reconhecimento da prática do ato ilícito investigado a propos-
ta de acordo de leniência rejeitada.
b) Os efeitos do acordo de leniência serão sempre estendidos às pessoas jurídicas 
que integram o mesmo grupo econômico, independentemente de firmarem o acor-
do em conjunto.
c) A proposta de acordo de leniência somente se tornará pública após a transcrição 
no Diário Oficial, independentemente da efetivação do respectivo acordo.
d) A celebração do acordo de leniência não interrompe o prazo prescricional dos 
atos ilícitos previstos na referida legislação.
e) O acordo de leniência exime a pessoa jurídica da obrigação de reparar integral-
mente o dano causado.
Questão 10 (VUNESP/CM MOGI DAS CRUZES/2017) Com relação à responsabili-
zação administrativa e civil de pessoa jurídica, nacional ou estrangeira, pela prática 
de atos contra a Administração Pública, assinale a alternativa correta.
a) A responsabilização da pessoa jurídica exclui a responsabilidade individual de 
seus dirigentes ou administradores ou de qualquer pessoa natural, autora, coauto-
ra ou partícipe do ato ilícito.
b) A legislação que disciplina o assunto não se aplica aos atos lesivos praticados 
por pessoa jurídica brasileira contra a Administração Pública estrangeira, quando 
cometidos no exterior.
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c) A competência para a instauração e o julgamento do processo administrativo de 
apuração de responsabilidade da pessoa jurídica poderá ser delegada, sendo auto-
rizada ainda a subdelegação.
d) O processo administrativo para apuração da responsabilidade de pessoa jurídica 
será conduzido por comissão designada pela autoridade instauradora e composta 
por 2 (dois) ou mais servidores estáveis.
e) Na esfera administrativa, a responsabilidade da pessoa jurídica afasta a possibi-
lidade de sua responsabilização na esfera judicial.
Questão 11 (VUNESP/PREFEITURA DE PORTO FERREIRA/2017) A respeito da res-
ponsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra 
a Administração Pública, nacional ou estrangeira, com base na Lei n. 12.846/2013, 
assinale a alternativa correta.
a) As pessoas jurídicas serão responsabilizadas objetivamente, nos âmbitos admi-
nistrativo e civil, pelos atos lesivos tipificados nesta Lei e praticados em seu inte-
resse ou benefício, exclusivo ou não.
b) Não subsiste a responsabilidade da pessoa jurídica na hipótese de alteração 
contratual, transformação, incorporação, fusão ou cisão societária.
c) Nas hipóteses de fusão e incorporação de sociedades, a responsabilidade da 
sucessora será ampla, abrangendo todas as penalidades em que tiver incorrido a 
sociedade fusionada ou incorporada.
d) A responsabilização da pessoa jurídica exclui a responsabilidade individual de 
seus dirigentes ou administradores ou de qualquer pessoa natural, autora, coauto-
ra ou partícipe do ato ilícito.
e) Em respeito à teoria da dupla imputação, a pessoa jurídica será responsabilizada 
sempre e em conjunto com os seus dirigentes ou administradores.
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Questão 12 (VUNESP/CM COTIA/2017) Pessoa jurídica responsável pela prática 
de atos contra a Administração Pública, previstos na Lei Federal n. 12.846/2013, 
que ensejam responsabilidade civil e administrativa, procura a Administração Pú-
blica do Município de Cotia, com intuito de colaborar na identificação dos demais 
envolvidos na infração e auxiliar na obtenção célere de informações e documentos 
que comprovem o ilícito. Em tal caso, a Administração
a) deverá encaminhar o representante da pessoa jurídica para o Ministério Público, 
já que o Parquet é quem pode firmar acordo de leniência.
b) ajuizará, no prazo de 30 (trinta) dias, ação judicial que vise à elaboração e ho-
mologação de um acordo de leniência, em que o Ministério Público intervirá obri-
gatoriamente.
c) poderá firmar acordo de leniência com tal pessoa jurídica, por meio da autori-
dade máxima do órgão ou da entidade pública envolvida, se os demais requisitos 
legais forem preenchidos.
d) poderá suspender, de imediato, todos os contratos porventura existentes com 
a pessoa jurídica em questão, que receberá, de plano, como sanção, a declaração 
de inidoneidade.
e) deverá encaminhar, imediatamente, cópia da documentação apresentada pela 
pessoa jurídica ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas, que poderão firmar, 
posteriormente, acordo de leniência com a interessada.
Questão 13 (VUNESP/TCE-SP/SEM ÁREA/2017) A respeito do acordo de leniência, 
previsto na Lei Federal n. 12.846/2013, é correto afirmar que
a) mesmo no caso de descumprimento do acordo de leniência, a pessoa jurídica 
não ficará impedida de celebrar novo acordo a qualquer tempo.
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b) poderá ser celebrado com a pessoa jurídica que colabore com as investigações, 
desde que dessa colaboração resulte, dentre outras consequências, a condenação 
dos demais envolvidos na infração.
c) a proposta de acordo de leniência somente se tornará pública após a efetivação 
do respectivo acordo, salvo no interesse das investigações e do processo adminis-
trativo.
d) esse acordo, quando alcançar resultados efetivos, isentará a pessoa jurídica da 
obrigação de reparar o dano causado.
e) os efeitos do acordo de leniência serão estendidos às pessoas jurídicas que in-
tegram o mesmo grupo econômico, desde que firmem o acordo separadamente.
Questão 14 (VUNESP/DPE-RO/2017) A autoridade máxima de cada órgão ou enti-
dade pública poderá celebrar acordo de leniência com as pessoas jurídicas respon-
sáveis pela prática dos atos previstos na Lei Anticorrupção que colaborem efetiva-
mente com as investigações e o processo administrativo, o qual
a) isentará a pessoa jurídica da sanção relativa à publicação extraordinária de de-
cisão condenatória e reduzirá em até 50% (cinquenta por cento) o valor da multa 
aplicável.
b) isentará a pessoa jurídica da proibição de receber incentivos, subsídios, subven-
ções, doações ou empréstimos de órgãos ou entidades públicas pelo prazo mínimo 
de 1 (um) e máximo de 5 (cinco) anos.
c) não beneficiará as pessoas jurídicas que integram o mesmo grupo econômico.
d) não interfere no curso do prazo prescricional dos atos ilícitos previstos na referida lei.
e) deverá ser cumprido sob pena de impedimento da celebração de novo acordo 
pela pessoa jurídica, pelo prazo de 03 (três) anos contados da pactuação do pri-
meiro.
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Questão 15 (VUNESP/SEPOG-SP/ORÇAMENTO E CONTABILIDADE PÚBLICA/2017) 
Durante o processo licitatório, foi constatado por um agente público que a empresa 
BWF – Comércio de Produtos Alimentícios Ltda. apresentou documento falso com o 
intuito de se mostrar apta à celebração de contrato administrativo com determina-
da entidade pública. De acordo com a Lei n. 12.846/2013, na esfera administrativa, 
a empresa BWF – Comércio de Produtos Alimentícios Ltda.
a) não está sujeita à sanção de multa por não ser possível estimar a vantagem que 
teria sido auferida por ela.
b) não está sujeita à sanção de multa porque não se trata de ajuste entre empre-
sas para fraudar o caráter competitivo de procedimento licitatório público.
c) não está sujeita à sanção de publicação extraordinária de decisão condenatória 
por não ter sido dada vantagem indevida a agente público.
d) está sujeita à sanção de publicação extraordinária da decisão condenatória por 
se tratar de fraude de licitação pública.
e) está sujeita à sanção de multa que se limita a 15% do seu faturamento bruto, 
antes da dedução dos tributos, do exercício anterior à instauração do processo ad-
ministrativo.
Questão 16 (VUNESP/CM BARRETOS/2017) No que concerne ao Processo Adminis-
trativo de Responsabilização, previsto na Lei n. 12.846/2013, é correto afirmar que
a) a instauração

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