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APOSTILA DE OCLUSÃO II

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TAÍS ALBANO 
1 
 
OCLUSÃO II 
Taís Albano Lacerda Silva – Odontologia Unifenas XLIV 
 
 EXAME CLÍNICO EM OCLUSÃO 
 Para realizar o diagnóstico de DCM (disfunção temporomandibular), é necessário realizar a anamnese 
em primeiro lugar. Depois, deve ser feito o exame de palpação extra oral e, posteriormente, o exame intraoral. 
Direcionando para a oclusão, deve-se observar se há retração, abfração e afins e posteriormente deve ser 
checada a oclusão (MIH, relação cêntrica, lateralidade, contato do lado de balanceio, protusão, contato nos 
dentes posteriores, etc...). Os exames complementares devem ser pedidos quando muito necessário. 
 
 DTM’S 
 As disfunções temporomandibulares correspondem às várias patologias que acometem o sistema 
estomatognático. Esse nome é geral. Essas disfunções são divididas em dois grupos: 
➢ Patologias articulares; 
➢ Patologias musculares. 
 
 PROTOCOLO DE OCLUSÃO 
➢ Questionário; 
➢ Queixa principal; 
➢ Histórico; 
➢ Palpação muscular; 
➢ Palpação articular; 
➢ Inspeção intra oral; 
➢ Exames complementares. 
 
 
 TAÍS ALBANO 
2 
 
EXAMES EXTRA ORAIS 
Visam avaliar a ATM, a musculatura e o grau de abertura de boca. Intraoral 
 
PALPAÇÃO MUSCULAR E PALPAÇÃO ARTICULAR 
Para a realização do exame extra oral, o paciente deve estar sentado ou ligeiramente reclinado. Deve-
se apertar com o dedo médio e o dedo indicador logo à frente do tragus da orelha. Jamais fazer dos dois lados 
ao mesmo tempo. Caso o paciente sinta dor ao toque, é necessário anotar. 
 
ABERTURA DE BOCA 
O padrão de normalidade varia de 40 a 45 mm. Caso esteja acima disso, é indicativo de subluxação. 
 
DESVIOS 
➢ Para um lado: quando unilateral, diagnóstico sugestivo de alterações musculaturas. 
➢ Abertura em S – sai e volta da linha média: sugestivo de alterações articulares. 
➢ Dor no masseter: diagnóstico sugestivo de bruxismo e apertamento. 
 
 
Para realizar o exame extra oral, é necessário apalpar de forma unilateral, nunca dos dois lados ao 
mesmo tempo. A palpação do masseter pode ser feita a partir da porção anterior e depois na porção posterior, 
deslizando os dedos e depois apertando. Faz-se isso com o dedo dentro e fora da boca, pois, dessa maneira, é 
possível apalpar a parte mais profunda do músculo. Normalmente, o paciente que tem apertamento (apenas 
 TAÍS ALBANO 
3 
 
aperta os dentes) e bruxismo (aperta os dentes e esfrega) é diagnosticado nesse exame, e os músculos mais 
acometidos por essa patologia são o masseter e temporal. 
 
É necessário, também, fazer a palpação do músculo esternocleidomastóideo, da parte anterior do 
pescoço, do trapézio, do pterigoideo medial (ângulo da mandíbula externamente e internamente na face 
palatina dos molares), do pterigoideo lateral (coloca-se o dedo indicador no fundo de saco de vestíbulo para 
achar uma protuberância que corresponde ao arco zigomático; atrás, há a fossa zigomática, que será 
pressionada). Dores nesse local estão associadas à interferência do lado de balanceio (paciente que tem toque 
do lado de balanceio). 
 
EXAME INTRAORAL 
Visa avaliar os dentes, a oclusão e, por exemplo, se há presença de retração. 
 
AVALIAÇÃO DOS MOVIMENTOS EXCÊNTRICOS E DESVIOS 
Nessa avaliação, é preciso examinar o paciente: 
➢ Em posição de MIH (máxima intercuspidação habitual): 
➢ Em posição de RC (relação cêntrica); 
➢ No momento do movimento de protusão; 
➢ Observando o trepasse vertical e horizontal; 
➢ Observando o movimento de lateralidade; 
➢ Observando se está dentro do princípio de proteção mutua. 
 
MOLDAGEM E CONFECÇÃO DOS MODELOS 
 A partir dos modelos, é possível reproduzir os diversos elementos existentes na cavidade bucal. Esses 
modelos devem ser o mais fiel possível, pois na boca, por menor que seja a falha, o paciente consegue sentir. 
 A moldagem nada mais é do que a técnica de se moldar. Ao tirar da boca do paciente, o resultado que 
se obtém da moldagem é o molde. O modelo é obtido através do vazamento de gesso no molde, que resultará 
em uma réplica dos elementos da cavidade oral. 
 
 TAÍS ALBANO 
4 
 
 MATERIAIS DE MOLDAGEM 
➢ Rígidos: são usados em áreas não retentivas (expulsivas). Entre os materiais rígidos, encontram-se 
os tipos de Godivas e a pasta de zinco eunólica, que é usada apenas em pacientes desdentados. 
Para usar a Godiva do tipo 1, que é marrom, é necessário escolher uma moldeira lisa. Já a Godiva 
em bastão é usada para fazer a moldagem – cria as guias. A pasta zinco eunólica possui uma pasta 
base e uma pasta catalisadora que serão misturadas, formando uma mistura que será levada à 
boca do paciente. Essa mistura ficará rígida no fim do processo da moldagem. 
➢ Flexíveis: devem ser usados em locais retentivos – dentes. Entre os matérias flexíveis, encontram-
se o alginato, as siliconas (de condensação e de adição), as mercatanas e os poliéters. 
o Alginato: se dá a partir da mistura de um pó com água. Esses devem ser espatulados em 
uma cuba de borracha, e a mistura será colocada na boca de pacientes dentados. O 
alginato oferece uma visão geral dos elementos dentários, visto que ele tem uma alteração 
dimensional grande, o que desfavorece no momento de propiciar pequenos detalhes. Ou 
seja, esse material não pode ser usado para peças que precisam de tamanhos precisos. O 
alginato passa pelo processo de sinérese (perda de água) e embebição (ganho de água). 
Por isso, depois de moldar, a recomendação é vazar o gesso rapidamente. Não é 
recomendado deixar muito tempo esse molde em alginato, já que ele perderá água por 
sinérese. Também não é recomendado colocar o molde de alginato na água, visto que ele 
fará embebição dessa água, alterando suas dimensões. Com o molde pronto, recomenda-
se secá-lo, fazer sua desinfecção com hipoclorito e vazar o gesso. Caso não seja possível 
fazer o vazamento rapidamente, recomenda-se colocar esse molde em um campo úmido 
– coloca-se uma toalha úmida no fundo de uma vasilha, adiciona o molde lá dentro e 
tampa; assim, o molde ficará em um lugar nem muito úmido, nem muito seco. 
o Siliconas: apresentam uma pasta pesada e uma pasta leve. Mistura-se a massa densa com 
o catalisador, molda o paciente e, depois, refina-se a cópia com o material leve, que 
penetrará em todas as minúcias dos elementos dentários. O catalisador é misturado tanto 
na massa densa, quanto na massa leve. 
▪ Adição: material mais refinado. Oferece uma condição de aguardar várias horas e 
até dias antes de vazar o gesso. 
▪ Condensação: apresenta uma borracha mais densa. O correto é, depois que 
moldou, aguardar pelo menos quinze minutos para vazar o gesso, pois materiais 
borrachóides (siliconas, poliéter, mercatanas) possuem memória elástica, então 
deve esperar ele voltar ao formato que estava quando na boca do paciente. 
 
O PROCESSO DE MOLDAGEM 
Para moldar o paciente com alginato, deve-se selecionar a moldeira de trabalho (total ou parcial). 
➢ Moldeira lisa: segura o material de moldagem a partir de uma dobra (debloon) existente nas 
bordas e na parte interna. 
 
 TAÍS ALBANO 
5 
 
➢ Moldeira perfurada: retém o material a partir das perfurações. 
 
A moldeira deve ser compatível com o tamanho da boca do paciente. Ex.: começar com a moldeira 
número dois, que é a intermediaria. Caso essa moldeira fique pequena por não recobrir todos os dentes ou 
fique justa (apertada nos dentes, sem sobra de espaço), passa-se para um número maior. 
Além disso, a moldeira não pode ser inserida na boca do paciente em um único sentido, visto que isso 
dificulta a sua inserção. Por isso, o paciente deve ficar com a boca entreaberta e relaxada. A moldeira será 
colocada em rotação. 
 
Para fazer a moldagem superior, faz-se o uso da cera eférica nas bordas da moldeira a partir de uma 
canaleta para individualizar ainda mais o molde. Além disso, para conseguir encostar a moldeira no fundo do 
saco de vestíbulo, também é necessário adicionar a cera eférica. Quanto maioro volume de alginato, maior a 
alteração dimensional e, por isso, é necessário usar a cera eférica. 
 
Para usar o alginato no arco superior, é necessário colocar três medidas de água para três medidas de 
pó. Já no arco inferior, são duas medidas de água para duas medidas de pó. Recomenda-se colocar uma 
quantidade um pouco menor de água para evitar que o alginato fique muito mole. Coloca-se o pó primeiro, 
depois a água. A mistura deve ser feita rapidamente sem parar até chegar numa consistência líquida. 
 
DICAS NO MOMENTO DA MOLDAGEM 
Para o paciente não vomitar, recomenda-se iniciar a moldagem pelo arco inferior. Além disso, deve-se 
inserir a moldeira em rotação, e o paciente deve estar sentado ou ligeiramente reclinado. 
Recomenda-se, também, encaixar a moldeira na frente e depois atrás para que o material não 
extravase na parte posterior. 
Deve-se tirar a atenção do paciente, conversando sobre coisas do seu dia a dia. 
 TAÍS ALBANO 
6 
 
Pacientes que sentem vontade de vomitar, recomenda-se recliná-lo para frente. Caso ele seja muito 
sensível, deve-se alertá-lo para ele ir à consulta sem comer nada, além de “enganá-lo”, dizendo que comprou 
um produto que tira a ânsia. Dar para o paciente bochechar clorexidina – ele vai achar que usou um produto 
muito bom e não sentirá ânsia. 
COMO MOLDAR 
A haste da moldeira deve ficar na linha média do paciente. Deve-se tracionar as bochechas e os lábios, 
além de pedir para o paciente movimentar a língua para fora e de um lado para o outro. irar a atenção do 
paciente para aquilo que está sendo feito. 
 
MODELO 
 Para a obtenção do modelo, faz-se o vazamento de gesso no molde. 
➢ Gesso tipo 2: é o mais comum. Apresenta moléculas mais distantes umas das outras. 
➢ Gesso tipo 3: apresenta moléculas mais próximas. 
➢ Gesso tipo 4 e 5: são chamados de gessos especiais, pois suas moléculas estão basicamente unidas. 
Quanto mais unidas as moléculas, menor a necessidade de adição de água. No gesso tipo 2, é usado 
bastante água e, quanto mais água, maior será a evaporação e a contração. Colocar o gesso com vibração e 
em pouca quantidade para evitar bolhas internas. 
 
SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO 
 Desarranjos no sistema estomatognático podem gerar patologias. Por isso, é fundamental buscar o 
princípio de proteção mútua. 
Quando o paciente oclui em MIH, deve-se ter toque de canino para trás e um toque leve entre os 
incisivos (guia canina). No movimento de lateralidade, deve-se ter toque apenas no lado de trabalho (lado de 
balanceio em desoclusão). 
Alguns pacientes apresentam uma maior adaptabilidade em relação aos desarranjos no sistema 
estomatognático. 
 O sistema estomatognático é constituído por um conjunto heterogêneo de órgãos e tecidos, os quais 
devem atuar integrado e harmoniosamente, de tal maneira que seus envolvimentos fisiológicos e patológicos 
sejam absolutamente interdependes, participando, decisivamente, da mastigação, da deglutição, da 
respiração, da fonação e da postura. 
 
 COMPONENTES ANATÔMICOS 
➢ Ossos; 
➢ Músculos; 
➢ Articulações (dentes e ATM); 
➢ Ligamentos periodontais e da ATM; 
➢ Língua, lábios e bochechas (músculos importantes que mantêm os dentes em posição. Se tem a 
uma pressão de língua maior, vai vestibularizar (deslocar os dentes). Se tem uma pressão maior de 
lábios e bochechas, a tendência é inclinar os dentes para dentro. A dinâmica de língua 
pressionando para fora, bochechas e lábios para dentro, faz com que os dentes estejam no 
 TAÍS ALBANO 
7 
 
alinhamento correto. A partir do momento que tem uma força maior, a tendência é de 
movimentação dentária); 
➢ Dentes; 
➢ Sistema vascular e nervoso. 
 
COMPONENTES FISIOLÓGICOS 
➢ ATM propriamente dita; 
➢ Oclusão dentária (estática – dente a dente e dente a dois dentes) e dinâmica (movimentos 
protusivos e excursivos); 
➢ Periodonto; 
➢ Mecanismo neuromuscular. 
 
Retrusão é a distância entre MIH e RC. 
 
 COMPONENTES FUNCIONAIS 
➢ Mastigação; 
➢ Deglutição; 
➢ Respiração; 
➢ Fonação; 
➢ Postura (da mandíbula e da língua). 
 
 Músculos são componentes ativos e ossos são componentes passivos. 
 Geralmente, o tratamento dentro da oclusão é corrigir onde está o erro no sistema estomatognático. 
 
OCLUSÃO 
 Após a confecção dos modelos, é necessário montá-los no articulador, engrenando da forma 
necessária em cada caso: em relação cêntrica ou em MIH. 
 
 RELAÇÃO CÊNTRICA 
Se trata de uma posição a nível de ATM. É uma posição anatômica. Em alguns casos, é possível 
reproduzir a RC com facilidade, mas em alguns casos, é necessário fazer uso de técnicas de manipulação. 
Depois de desprogramar o paciente, é possível manipulá-lo em RC quantas vezes for necessário, caindo sempre 
na mesma posição – ou seja, a posição RC é reproduzível, visto que, caso seja montado em RC, mesmo que 
haja mudança nos dentes, essa posição continuará a mesma. A partir dessa posição, é possível mudar o padrão 
de engrenamento dental. 
Relação de oclusão cêntrica: é a diferença entre RC e MIH, sendo aceitável até 1mm. Maior que isso, 
paciente terá dor na articulação. Essa posição apresenta os dois côndilos em RC e os dentes em MIH. 
MÁXIMA INTECURSPIDAÇÃO HABITUAL 
Está ligada aos dentes. Muda de acordo com o engrenamento dos dentes. 
 TAÍS ALBANO 
8 
 
QUANDO USAR RC OU MIH? 
 Trabalhar em RC quando houver contatos posteriores insuficientes (não tem estabilidade oclusal – 
pode ser por perda de muitos dentes), alteração de dimensão vertical (perda de muitos dentes, bruxismo 
exagerado), extrusões e inclinações acentuadas (não sabe de que forma correta irá engrenar os dentes dos 
pacientes) ou alterações de guia. Ou seja, deve-se trabalhar em RC quando não houver estabilidade oclusal – 
trabalhos grandes como PT. Tipos de desprogramação para trabalhar em RC: 
➢ JIG: guia de desprogramação mandibular. Se dá a partir da construção de um aparelho. 
 
➢ LONG: são tiras colocadas entre os dentes de maneira que eles não se toquem. Paciente fica no 
mínimo vinte minutos com esse aparelho na boca. 
 
➢ Manipulação: unimanual (Peter Thomas) – paciente sentado e CD à frente dele, leva a mandíbula 
para posterior. Bimanual (Peter Dawson) – paciente reclinado, dentista posterior ao paciente e 
apoia no mento e no ramo da mandíbula, levando a mandíbula para trás. 
 
Trabalhar em MIH quando o paciente apresentar uma oclusão estável (quando paciente não apresenta 
patologia no sistema estomatognático, para confecção de coroas unitárias, para confecção de prótese parcial 
fixa (PPF) de 3 ou 4 elementos, para confecção 3de prótese parcial removível (PPR) sem alteração de dimensão 
vertical ou quando o paciente apresentar dentes ausentes na região anterior). 
 
TÉCNICA DE MONTAGEM EM ASA 
 
SEQUÊNCIA DE MONTAGEM 
➢ Obtenção dos modelos de gesso; 
➢ Registro do arco facial; 
➢ Regulagem do articulador; 
➢ Montagem do modelo superior; 
➢ Registro interoclusal; 
➢ Montagem do modelo inferior. 
 
O objetivo da montagem é representar as características do paciente no articulador, mesmo sabendo 
que existem diferenças em relação à ATM. 
 
BOLHA NEGATIVA NO MODELO: são falhas no modelo, como buracos, que se dão por colocar muito 
gesso sem a vibração adequada no molde, formando poros. 
 
BOLHAS POSITIVAS NO MODELO: são pequenas saliências nos dentes que não fazem parte do dente. 
Quando se tem muito volume de material de moldagem, graças à diferença de tensão superficial entre os 
dentes e o material de moldagem, criam-se pequenos vácuos no molde. Assim, o gesso criará pequenas bolhas, 
como saliências sobre a superfície do dente. É possível consertar essas bolhas quando pequenas. Se dão, 
geralmente, em áreas de maior retenção, como fossas. 
 TAÍS ALBANO 
9 
 
MONTAGEM DO MODELO SUPERIOR 
Antes de inserir o garfo de mordida na boca, deve-se marcar a região anterior e a região anterior em 
um modelo hidratado. Se o modelo estiver desidratado,ele grudará na godiva, quebrando o modelo. 
Deve-se inserir o garfo de mordida na boca do paciente. Deverão ser colocados nesse garfo de mordida 
pontos com godiva derretida (um na região anterior e dois na região posterior). Esses pontos servirão como 
referência. No momento de inserir o garfo na boca do paciente, a linha média deverá estar paralela à haste do 
garfo. Assim, tem-se a impressão do bordo incisal e dos dentes posteriores. 
O paciente deve segurar o garfo com a haste para fora, posicionando o arco facial de modo que as 
ogivas ficam no pavilhão auditivo. 
Para estabilizar o garfo, é necessário colocar o relator nasion, que impede que o posicionador se mova. 
O garfo será unido trambulador, que tem um ajuste vertical e horizontal, prendendo todo o conjunto 
Não se pode mexer no trambulador no momento de remover o arco, pois caso isso ocorra, o garfo 
sairá do local. Então, o garfo de mordida deve sair de forma estável, pois a função desse processo é verificar a 
distância intercondilar, a inclinação da mandíbula em relação à base do crânio. 
Todas as medidas obtidas serão transmitidas para o articulador. 
 
➢ MEDIDA DO ÂNGULO DE BENNET: quinze graus; 
➢ MEDIDA DO ÂNGULO DA EMINÊNCIA ARTICULAR: trinta graus. 
TÉCNICA DO MODELO DIVIDIDO 
Cria condições para soltar o modelo do articulador. Para isso, deve-se fazer dois guias laterais, um 
anterior e um posterior. É feito com um estilete para não ficar retentivo – dois cortes. Depois, pega-se uma 
fita crepe e faz o contorno do modelo – “encaixotamento” do modelo. Um pedaço da fita ficará presa no 
modelo, e a outra parte ficará acima do modelo. 
Depois disso, deve-se passar uma camada fina de vaselina dentro do modelo em toda a superfície, 
inclusive dentro das guias feitos. Depois disso, coloca-se o modelo no articulador e faz-se o vazamento do 
gesso. O gesso deve entrar e preencher o espaço das guias. 
 
MONTAGEM DO MODELO INFERIOR 
Depois de montar o modelo superior, é necessário encaixar o modelo inferior. Se esse encaixe for em 
MIH, deve-se fazer o registro interoclusal em zero (pino incisal em zero). O encaixe será de acordo com os 
toques já existentes. Depois disso, faz-se o vazamento do gesso, prendendo o modelo inferior. 
Caso o encaixe for em RC, é necessário desprogramar o paciente. É necessário fazer um registro 
interoclusal, colocando uma lâmina de cera entre os modelos, dobrando com uma gaze no meio, fazendo o 
registro, tendo a endentação. 
Caso o registro em cera tenha mais de 2mm de espessura, é necessário levantar o ramo incisal em mais 
2 no pino incisal, para que, no momento da remoção da cera, o fechamento fique em zero novamente. 
 
 
 
 TAÍS ALBANO 
10 
 
TÉCNICAS DE REGISTRO EM RELAÇÃO CÊNTRICA 
 Para conduzir o paciente em RC, pode ser necessário fazer a desprogramação e depois a manipulação. 
 
 TÉCNICAS DE DESPROGRAMAÇÃO: 
➢ JIG de Lucia (guia de interferência mandibular – é o mais efetivo, pois é auto retentivo, sendo mais 
confortável, já que o paciente consegue beber água e falar enquanto usa); 
➢ Roletes de algodão (usados caso não tenha um outro dispositivo adequado); 
➢ Tiras de Long (necessitam de ação muscular para que as tiras fiquem na boca, e isso se torna uma 
desvantagem – paciente deve fazer isometria muscular, que dificulta a posterior manipulação); 
➢ Placa de proteção anterior (front plateau): é feita diretamente na boca do paciente, e tem como 
objetivo diagnóstico de patologias na ATM. Trabalha com um alto volume de resina sobre os 
dentes, sendo necessária experiência para fazê-la. Só toca na placa de canino a canino; é auto 
retentiva. Usando essa placa, caso a dor do paciente seja causada por um desarranjo na ATM ou 
na oclusão, a placa ajudará a regredir os sintomas e irá melhorá-los. Devolve sistema mútuo de 
proteção. Leva o paciente para RC. Diagnóstico porque paciente usa durante o dia, tira durante as 
refeições e quando os sintomas começarem a melhorar, para de usar a placa; se paciente sentir 
dor ao suspender o uso, quer dizer que a patologia se dá por uma questão dentária. Não pode usar 
por muito tempo, pois é arriscado causar extrusão dos dentes posteriores (máx. 8 horas). 
 
TÉCNICAS DE MANIPULAÇÃO: 
➢ Técnica de Peter Thomas: unimanual – paciente sentado, CD à frente, apoia no mento e leva 
mandíbula para trás com uma mão; 
➢ Técnica de Peter Dawson (bimanual – paciente mais reclinado, CD posterior ao paciente, apoia na 
base da mandíbula e leva a mandíbula para trás). 
 
O ESPAÇO CRIADO PELOS DISPOSITIVOS DESPROGRAMADORES DEVERÁ SER DE, NO MÁXIMO, 2MM. 
 
 JIG 
Deve ser feito no gesso, pois além de não perder tempo fazendo na boca do paciente, não corre o risco 
de causar uma endodontia indesejada graças ao calor que a resina acrílica libera enquanto polimeriza. Na 
incisal, o JIG apresenta duas vertentes. Envolve totalmente a face palatina dos incisivos centrais. O que 
determina a altura que fica nos dentes posteriores é a aresta central. Se o espaço atrás for muito grande (maior 
do que 2mm), tem que desgastar na aresta central. Além disso, ele deve ser liso, para que tenha a tendência 
de jogar a mandíbula para trás (não deve ficar retido no bordo incisal dos incisivos inferiores). Seu tempo de 
uso é de, no mínimo, quinze minutos. Em trinta minutos apresenta efetividade de desprogramação. Não ponte 
ter toque de nenhum tipo nos posteriores. 
 Estando com o desprogramador na boca, faz-se o registro interoclusal. A espessura vai ser de 2mm. 
Quanto maior o espaço da cera, maior a probabilidade de erro. Cada folha de cera tem aproximadamente 
2mm, então usa duas e no meio da cera coloca uma gaze para que a cera não se expanda. Deve-se recortar a 
cera na lateral antes de levar à boca do paciente para encaixar corretamente. Deve-se encaixar a cera no 
modelo que está no articulador, articulando o modelo de acordo com a edentação, fazendo com que a cera 
fique interposta. O pino incisal ficará em mais dois, pois quando tirar a cera, voltará para a posição zero. 
 TAÍS ALBANO 
11 
 
01- As bolhas negativas nos modelos de gesso estão 
associadas a: 
(A) Falha na moldagem 
(B) Excesso de alginato na moldeira 
(C) Demora na construção do modelo 
(D) Falha na modelagem 
 
02- Principais exames complementares e mais utilizados 
em DTM: 
(A) tomografia computadorizada e radiografia 
panorâmica. 
(B) radiografia periapical e tomografia 
computadorizada. 
(C) radiografia de ATM e radiografia panorâmica. 
(D) radiografia periapical e radiografia panorâmica 
 
03- Sobre movimentos mandibulares é correto afirmar: 
I. O côndilo de balanceio desloca-se para baixo, frente e 
centro. II. O côndilo de balanceio é responsável pelo ângulo de 
Bennett que está em média de 30 graus. III. Em protrusão 
teremos 2 guias: anterior nos incisivos e posterior nos molares. 
Assinalar a afirmativa correta: 
(A) todas afirmativas são incorretas 
(B) as afirmativas I e III são corretas 
(C) somente a afirmativa I é correta. 
(D) as afirmativas II e III são corretas 
 
04- Situação clínica em que há contatos simultâneos e 
bilaterais dos dentes maxilares e mandibulares, nas áreas 
oclusais anteriores e posteriores de ambos os lados. Oclusão 
planejada para evitar o deslocamento ou rotação por ação de 
alavanca das bases das próteses totais: 
(A) oclusão ótima 
(B) oclusão balanceada bilateral 
(C) relação de oclusão cêntrica 
(D) oclusão ideal 
 
05- Paciente com interferência oclusal em balanceio, 
possivelmente a dor será refletida em qual músculo? 
(A) Pterigóideo medial 
(B) Pterigóideo lateral 
(C) Trapézio 
(D) Feixe anterior do temporal 
 
 TAÍS ALBANO 
12 
 
DISFUNÇÕES CRANIOMANDIBULARES 
Ao falar “DTM”, deve-se ter noção de que esse termo é extremamente genérico. Para melhor 
entendimento, é necessário saber que existem dois grandes grupos em que as DTM’s são divididas: as 
musculares (que acometem a musculatura) e as patologiasarticulares (que acometem a parte interna da 
articulação). Apesar de haver essa divisão, um mesmo paciente pode apresentar os esses dois tipos de DTM. 
Há uma confusão entre a sintomatologia muscular e articular. Por isso, é tão necessário saber 
exatamente de qual tipo de DTM se trata para providenciar o tratamento adequado para o caso. 
 
SINTOMAS MUSCULARES: 
➢ Dor no momento de abertura e fechamento da 
mandíbula (esse sintoma também pode aparecer 
nas DTM’s articulares); 
➢ Dor de cabeça crônica, principalmente ao 
amanhecer (relacionada ao hábito de apertar e 
ranger os dentes); 
➢ Dor irradiada nas áreas do temporal e infraorbitária; 
➢ Dor irradiada na região de masseter e frontal; 
➢ Dor e zumbido no ouvido (característica bem 
específica de problemas existentes dentro da 
articulação – mas pode ocorrer nas patologias 
musculares); 
➢ Sensação de tamponamento no ouvido; 
➢ Dor e cansaço nos músculos da mastigação; 
➢ Dor irradiada ao pescoço. 
 
ALTERAÇÕES DOS MÚSCULOS MASTIGATÓRIOS 
➢ Contratura muscular; 
➢ Mioespasmo (esforço exagerado do músculo); 
➢ Miosite (Processo inflamatório muscular que tem 
origem traumática); 
DIFERENÇA ENTRE CONTRATURA MUSCULAR E MIOESPASMO: a diferença é que uma é a evolução da 
outra. Ou seja, quando ocorre uma contratura muscular repetitiva, pode gerar um mioespasmo, visto que elas 
são dadas por um excesso de força no músculo. Basicamente, todos os problemas musculares estão ligados 
aos movimentos repetitivos. Por exemplo: vício de postura mandibular e de postura do músculo facial 
(músculo fica tenso em vez de descansar). 
MUITAS VEZES, ESSAS CONTRAÇÕES SÃO INVOLUNTÁRIAS, VISTO QUE OS MÚSCULOS AGEM DE TAL MANEIRA VISANDO OFERECER PROTEÇÃO. 
A miosite (apresenta mobilidade do músculo) se trata de um processo inflamatório dos músculos. Na 
maioria das vezes, esse processo inflamatório é de origem não bacteriana, tendo início graças a um trauma. 
No exame de palpação, o masseter se encontra duro/tenso/contraído. Um bom tratamento para esse caso é 
a aplicação de calor com toalha quente, visto que esse calor proporcionará a vasodilatação, que aumentará o 
calibre dos vasos, favorecendo maior passagem de sangue, levando uma quantidade elevada de oxigênio para 
o músculo, relaxando-o. 
O tratamento para as DTM’s musculares é retornar à estabilidade oclusal, podendo receitar relaxante 
muscular aos pacientes. O uso de calor úmido (toalha com água quente) associado à fisioterapia mostra bons 
resultados frente a esse problema. 
➢ Mioespasmo: contração involuntária e contínua, mesmo com músculo em repouso (um pouco 
mais avançado do que a contratura). Há encurtamento clínico do comprimento muscular, 
reduzindo a abertura mandibular. É uma “evolução” da contratura muscular. Músculo fica rígido. 
➢ Miosite: condição inflamatória dentro do tecido muscular. Não tem origem bacteriana. Músculo 
fica “flácido”. 
Tanto na contratura, quanto na miosite, podem haver trigger points, que são pontos hipersensíveis 
nos músculos que estão há muito tempo sob tensão. 
 
 TAÍS ALBANO 
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MOVIMENTOS MASTIGATÓRIOS 
➢ Protrusão: côndilos deslocam-se para baixo e para frente; 
➢ Lateralidade: lado de trabalho deve ter toque, balanceio não. Côndilo de balanceio desloca-se para 
baixo, para frente e para o centro. O côndilo de trabalho desloca-se para cima, para trás e para 
fora. A dinâmica dos movimentos mandibulares está relacionada aos dentes. 
 
DISFUNÇÕES CRANIOMANDIBULARES 
➢ Limitação dos movimentos mandibulares; 
➢ Estalidos ou outros tipos de ruídos (estalidos: barulho ao abrir e fechar a boca, característico de 
problemas no disco articular; crepitação: barulho que só o paciente percebe, dentro da 
articulação. Geralmente indica alteração óssea dentro da articulação, seja do côndilo ou fossa. 
➢ Deslocamento do disco articular com ou sem redução (patologias vinculadas à ATM); 
➢ Aderências e adesões (problemas ligados à ATM); 
➢ Capsulites e retrodiscite (patologias vinculadas à ATM); 
 
ALTERAÇÕES NA ATM 
➢ Doenças articulares degenerativas (ex.: artrose); 
➢ Doença articular traumática (artrite traumática – trauma que gerou um reflexo na ATM, por ex.: 
paciente cai e bate o mento); 
➢ Anomalias congênitas; 
➢ Distúrbios do crescimento (côndilo maior ou menor do que o ideal); 
 
 
 TAÍS ALBANO 
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DOENÇA ARTICULAR DEGENERATIVA 
Ocorre a deterioração e abrasão dos tecidos moles e ósseos. Essa patologia não tem origem 
inflamatória e também não pode ser observada na radiografia panorâmica. Ocorre a perfuração do disco. A 
crepitação é um sinal clínico dessa patologia. Pode haver, também, uma sobrecarga oclusal. 
Os pacientes que apresentam esse problema tendem a apertar e ranger os dentes, apresentando 
facetas de desgaste na região anterior. O tratamento para esse caso é o uso de placas miorrelaxantes. Para 
aliviar a dor na articulação/no ouvido, deve ser feita a reabilitação oral. Um tratamento alternativo é a 
viscossuplementação da articulação, em que é feita a injeção de ácido hialurônico dentro da ATM. 
 
DOENÇA ARTICULAR TRAUMÁTICA 
A artrite traumática se trata de um processo inflamatório que ocorre dentro da ATM. Se trata, 
basicamente, de um desarranjo dentro da articulação. É comum em pacientes que apresentam quadros de 
subluxação (média de abertura de boca: 45 mm). Ocorre a limitação dolorosa dos movimentos e tumefação 
da articulação. 
O tratamento pode ser a prescrição de analgésico e anti-inflamatório. Pode ser feita a reconstrução 
dental e o uso de placa miorrelaxante. 
 
DESLOCAMENTO DO DISCO PARA ANTERIOR 
O disco articular apresenta um trajeto considerado como “normal” no momento da realização dos 
movimentos articulares. Para realizar esses movimentos, ele se desloca. Quando há movimento com redução, 
quer dizer que o disco vai mais para frente do que o normal, ultrapassando o limite. Quando esse deslocamento 
é crônico, ele acontece de maneira gradativa, gerado por micro traumas. Já o deslocamento agudo é dado por 
exodontias, acidentes ou intubação (paciente fica por um longo período com a boca aberta). O tratamento é 
o uso de placa miorrelaxante. 
 
DESLOCAMENTO DO DISCO PARA ANTERIOR COM REDUÇÃO 
Os principais sinais e sintomas é o paciente não sentir dor, mas apresentar um desconforto e ouvir um 
barulho dentro da articulação. Pode haver dor durante a abertura bucal (raro). O principal sinal é o estalido 
durante abertura bucal (disco saindo e voltando). O tratamento é mais complexo, sendo necessário utilizar 
placa miorrelaxante, anti-inflamatórios e uso de calor úmido no local. 
 
DESLOCAMENTO DO DISCO PARA ANTERIOR SEM REDUÇÃO 
O disco vai para frente e não volta. Nesse caso, o paciente não apresenta ruídos articulares, mas sofre 
limitação de abertura e desvios de trajetória para o lado afetado. Paciente sente muita dor. O tratamento é o 
uso de placa miorrelaxante, calor úmido, anti-inflamatórios e cirurgia. 
 
LUXAÇÃO DA ATM 
É um espasmo muscular prolongado. Deve ser feita a manipulação mandibular, pois ocorre um total 
desarranjo dentro da articulação, comprometendo o disco e gerando um processo inflamatório. 
 TAÍS ALBANO 
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SINAIS E SINTOMAS DAS ALTERAÇÕES FUNCIONAIS DA ATM 
➢ Inflamação na cápsula; 
➢ Inflamação na região retro discal; 
➢ Traumas; 
➢ Dor aguda; 
➢ Limitação dos movimentos mandibulares. 
 
 
SINAIS E SINTOMAS DAS ALTERAÇÕES FUNCIONAIS DA ATM 
➢ Aderências (esses casos têm pequena incidência. Ocorre que o paciente apresenta estalo ao abrir 
a boca na parte da manhã, e a cada dia o grau de abertura vai diminuindo. Isso quer dizer que o 
disco se aderiu de forma parcial ao fundo da fossa articular ou à cabeça da mandíbula. Isso ocorre 
por um aumento de pressão dentro da articulação, associado à quantidade de líquido sinovial 
reduzido). 
O QUE QUE LEVA AO AUMENTO DA PRESSÃO DENTRO DA ARTICULAÇÃO É O BRUXISMO E OS APERTAMENTOS. 
 
TRATAMENTO:artrocentese – lavagem dentro da articulação. 
 
APERTAMENTO CÊNTRICO E EXCÊNTRICO 
Esse problema pode ser adquirido em qualquer fase da vida. Em momentos estressantes da vida, é 
mais comum que ocorra. É uma parafunção, ou seja, um excesso de força mastigatória nos dentes 
➢ Apertamento cêntrico: o paciente apenas pressiona os dentes, sem movimentar os dentes. 
➢ Apertamento excêntrico: também chamado de bruxismo, se dá quando o paciente aperta os 
dentes e “esfrega”, fazendo o movimento que é chamado de ranger os dentes. 
Isso gera um estresse muscular, principalmente no masseter e no temporal e, assim, os músculos 
entram em um processo de exaustão e, por isso, tentam se proteger, fazendo contratura muscular/espasmos 
da musculatura 
O paciente que tem o hábito de apertar e ranger os dentes pode desenvolver tanto patologias 
musculares, quanto patologias articulares. As consequências desses hábitos são: cansaço na musculatura, 
dentes doloridos de maneira geral, dor na musculatura facial, dor no ouvido e na articulação. Essas patologias 
podem causar outros problemas, como: aumento da pressão arterial, problemas cardíacos, ansiedade, dentre 
outros. 
 
FATOR ETIOLÓGICO 
Existem hipóteses de qual pode ser o fator etiológico, sendo elas: problemas dentários, interferências 
oclusais, estresse, ansiedade, dentre outros. 
 
Para o tratamento desses casos, recomenda-se fazer uso de calor úmido, de relaxante muscular e de 
placa miorrelaxante. A placa atua aumentando a dimensão vertical, o que diminui a pressão dentro da 
articulação, diminuindo a vontade de apertar e ranger os dentes. A placa tem que ser dura para que o paciente 
não sinta/não consiga mastigá-la. 
 TAÍS ALBANO 
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Quando o paciente possui um desgaste na parte interna de todos os dentes superiores, envolvendo a 
parte oclusal, pode ser um quadro de refluxo. Já quando o paciente apresenta trinca entre os dentes, 
principalmente na região dos incisivos, retração gengival, abfração, desgaste entre os dentes, mobilidade, 
fratura e sensibilidade, é um indicativo de apertamento ou bruxismo. 
Paciente que têm o hábito de roer as unhas possui desgaste exagerado nos caninos e nos laterais. 
 
TRATAMENTO DAS DCM’s 
Para proporcionar ao paciente o tratamento das DCM’s, é necessário analisar a anamnese e o exame 
clínico. Em alguns casos, podem ser pedidos exames complementares, como a radiografia panorâmica. 
É importante saber ouvir o paciente e, dessa forma, analisar o caso para ter noção do que está, de fato, 
causando o problema. A maioria dos casos é tratada com o tratamento conservador. 
Alguns casos podem ser melhorados apenas com a remoção do hábito, então, o tratamento será 
instruir o paciente a fazer isso, ensinando possíveis exercícios que levem à remoção do hábito. 
Exemplo: paciente que usa prótese total superior e inferior e que apresenta uma redução da dimensão 
vertical de oclusão terá como tratamento a devolução da dimensão vertical. Isso pode ser feito através da 
adição de resina acrílica (em alguns casos – nem todos serão resolvidos dessa forma). Quando estabilizar, essa 
resina será removida, colocando uma nova prótese. 
FROMPLATO: placa anterior removível que vai de canino a canino. Essa placa é confeccionada com 
resina acrílica autopolimerizante, que é aplicada diretamente na boca do paciente. Ela deve ser usada por 
período de oito horas. Caso as dores passem após o uso em dois dias, quer dizer que o paciente possui um 
problema oclusal. Então, o uso dessa placa tem uma finalidade diagnóstica. 
 
AJUDANDO O PACIENTE NO TRATAMENTO DA DCM 
➢ Deve-se aconselhar, explicando o que está ocorrendo 
e instruindo à mudança de hábitos; 
➢ Encaminhá-lo a um fisioterapeuta; 
➢ Encaminhá-lo ao tratamento psicológico; 
➢ Oferecer laserterapia; 
➢ Encaminhá-lo ao tratamento fonoaudiológico; 
➢ Realizar o ajuste oclusal; 
➢ Realizar terapia cirúrgica; 
➢ Encaminhar para a ortodontia, prótese, 
implantodontia... 
 
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO 
➢ Analgésicos; 
➢ Anti-inflamatório; 
➢ Relaxante muscular (calor úmido é muito mais 
efetivo do que o medicamento); 
➢ Antidepressivos (prescritos apenas pela psiquiatra); 
 
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO 
➢ Calor e frio (analgesia); 
 
 
➢ Terapia do exercício (fortalecimento muscular); 
➢ Indicado principalmente quando o paciente possui 
um quadro de subluxação; 
➢ Estímulos elétricos (choques). 
 
ORIENTAÇÕES NECESSÁRIAS 
➢ Posição de dormir; 
➢ Altura do travesseiro; 
➢ Postura de mandíbula; 
➢ Hábitos parafuncionais (apertamento, bruxismo, 
onicofagia...). 
 
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 TRATAMENTO ODONTOLÓGICO 
➢ Dispositivo de estabilização oclusal (placas); 
➢ Ajuste oclusal (acréscimo e desgaste seletivo); 
➢ Tratamento cirúrgico. 
 
DIPOSITIVOS INTEROCLUSAIS UTILIZADOS EM DTM 
PLACAS OU DISPOSITIVOS 
➢ Placas de cobertura total; 
➢ Placas de cobertura parcial; 
➢ Placas rígidas; 
➢ Placas resilientes (macias).
AS RÍGIDAS SÃO MAIS EFETIVAS PARA O TRATAMENTO DAS DCM’S, VISTO QUE AJUDAM O PACIENTE A NÃO MORDER. 
 
MATERIAIS UTILIZADOS 
➢ Resina acrílica autopolimerizante: apresenta polimerização através de um componente ativador. É feita 
através de uma mistura de pó + líquido, endurecendo um tempo depois disso. 
➢ Resina acrílica termopolimerizante: assim como a resina acrílica, se apresenta em uma mistura de pó + 
líquido, porém, para tomar presa necessita de calor. 
 
JIG 
 
O JIG é um dispositivo interoclusal de desprogramação que tem como finalidade desprogramar o paciente para 
que ele tenha a perda da memória proprioceptiva de abertura e fechamento. Para isso, o paciente fica sem toque 
entre os dentes e, assim, não mandam para o SNC o padrão de engrenamento via ligamento periodontal. Dessa forma, 
o paciente perde a noção dos contatos oclusais, sendo possível manipulá-lo. Existem outros meios para desprogramar 
o paciente, porém, o mais efetivo é o JIG. 
 
 FRONT PLATEAU 
 
É um dispositivo de cobertura parcial, pouco maior do 
que o JIG, feito de resina acrílica autopolimerizante. 
Proporciona diagnóstico e é construído diretamente na boca 
do paciente. O paciente vai usar esse dispositivo por um 
período de no máximo 8 horas. Tem as mesmas 
características de uma placa miorrelaxante de canino a 
canino, porém, não recobre os dentes posteriores. Fazendo 
lateralidade, tem guia canina (azul na imagem). Fazendo 
protrusão, tem toque nos incisivos (vermelho na imagem). 
Onde está preto, são os contatos cêntricos. 
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OVERLAY 
 
Placa de recobrimento que pode ser parcial ou total, e é feita de resina acrílica. Essa placa tem seu 
tamanho de acordo com a quantidade de dentes que envolverá. Ela pode devolver a estética dos dentes. 
Reestabelece a dimensão vertical e a anatomia. 
 
PLACA REPOSICONADORA 
 
Pode ser usada nos casos de deslocamento de disco articular para anterior com redução (paciente abre 
e fecha com estalo). Age reposicionando o disco. É uma placa de resina acrílica e que apresenta cobertura 
total. Diferente da placa miorrelaxante, leva a mandíbula em protusão e, por isso, apresenta uma rampa na 
região dos incisivos. Deve ser usada no máximo por dois meses. 
 
 TAÍS ALBANO 
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AJUSTE OCLUSAL 
Tem como principal objetivo estabelecer um equilíbrio entre os dentes. ou seja, equilibrar todo o 
sistema mastigatório. Sendo assim, procura-se deixar os dentes dentro do princípio de proteção mútua 
(fundamento básico da oclusão). O ajuste oclusal pode ser feito com a adição de resina, por exemplo, mas, 
geralmente, é feito através de pequenos desgastes. 
 
FAZENDO O AJUSTE OCLUSAL 
Em primeiro lugar, observa-se se o paciente tem RC coincidindo com MIH. Caso não coincida, deve 
haver, no máximo, uma diferença de 1mm. Para isso, é necessário pedir para o paciente fazer o movimento 
de lateralidade, devendo haver toque no lado de trabalho (pode serguia canina, guia parcial de grupo ou guia 
total de grupo). 
Feito o ajuste de lateralidade, deverá ser feito o ajuste de protusão. Quando o paciente fizer o 
movimento protusivos, deverá haver toque entre os incisivos com a mesma intensidade de força, e os dentes 
posteriores não deverão se tocar. 
Então, a sequência do ajuste oclusal será: ajuste vertical em RC, lateralidade (primeiro lado de 
trabalho e depois lado de balanceio) e, por último, protrusão. 
 
INDICAÇÕES DO AJUSTE OCLUSAL 
➢ Pacientes com sinais e sintomas de disfunção 
musculoarticular; 
➢ Tratamento de hábitos parafuncionais (desde que 
tenha uma interferência que esteja levando a esses 
hábitos parafuncionais); 
➢ Antes e após o tratamento ortodôntico 
➢ Para estabelecer um padrão de oclusão ótimo, 
prévio às restaurações bilaterais ou extensas; 
➢ Auxílio de tratamento periodontal; 
➢ Estabilização pós-cirurgia bucomaxilofacial; 
➢ Para reduzir mordida aberta anterior pequena; 
➢ Eliminar a tensão muscular anormal e consequente 
desconforto e a dor resultantes de hábitos oclusais, 
interferências e contatos prematuros. 
 
CONTRAINDICAÇÕES 
➢ Previamente à correção cirúrgica; 
➢ Não deve ser feito profilaticamente; 
➢ Não deve ser realizado antes que o diagnóstico seja 
bem estabelecido. 
 
AJUSTE EM RC 
➢ Cúspide x fossa: aprofundar fossa e preserva a 
cúspide; 
➢ Cúspide x vertente: desgastar vertente e preserva 
a cúspide; 
➢ Cúspide x crista marginal: desgastar crista marginal 
e preserva a cúspide; 
➢ Vertente x vertente: desgastar a mais convexa 
(arredondada). 
AJUSTE LADO DE TRABALHO 
➢ VPCVS (vertente palatina da cúspide vestibular 
superior) x VVCVI (vertente vestibular da cúspide 
vestibular inferior): desgastar VPCVS (vertente 
palatina da cúspide vestibular superior); 
➢ VPCPS x VVCLI: desgastar VVCLI 
 
AJUSTE LADO DE BALANCEIO 
➢ VLCVI x VVCPS: iniciar pela superior. 
o Observação: VIPS (vestibular inferior e 
palatina superior). Para fazer o desgaste do 
lado de trabalho, deve-se trabalhar com as 
cúspides LIVS (lingual inferior e vestibular 
superior) e no lado de balanceio, deverão 
ser trabalhadas as cúspides VIPS 
(vestibular inferior e palatina superior). 
JAMAIS DESGASTAR A PONTA DAS 
CÚSPIDES DE CONTENÇÃO CÊNTRICA 
(VIPS).

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