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Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Atendimento em Pré-
Hospitalar - APH" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. 
É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem 
autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 
Com certificado 
online 
100 horas Atualização em 
Atendimento Pré-Hospitalar 
(APH) 
Rozeneide Carla da Silva 
 
 
 
 
 
 
 
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Hospitalar - APH" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 
9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material 
sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 
Atualização em 
Atendimento Pré-Hospitalar 
(APH) 
Rozeneide Carla da Silva 
100 horas 
Com certificado 
online 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
 
SUPORTE BÁSICO DE VIDA .......................................................................................... 5 
1.1 ATENDIMENTO A VÍTIMA ..................................................................................... 6 
1.3 COMPRESSÕES TORÁCICAS ............................................................................... 10 
VENTILAÇÕES ................................................................................................................ 13 
2.1 PROPORÇÃO DE 30 COMPRESSÕES PARA 2 VENTILAÇÕES ....................... 13 
2.2 VENTILAÇÃO COM BOLSA-VÁLVULA-MÁSCARA ....................................... 15 
2.2.1 Conceito de ventilação com bolsa-válvula-máscara ........................................... 15 
2.2.2 Ventilação com via aérea avançada .................................................................... 15 
2.2.3 Desfibrilação ....................................................................................................... 15 
2.3 ATENÇÃO ................................................................................................................ 16 
2.4 RCP EM GESTANTES ............................................................................................. 17 
2.5 ALGORITMO DE PCR EM ADULTOS .................................................................. 20 
2.6 ALGORITMO DE PCR EM CRIANÇAS ................................................................ 23 
2.7 ALGORITMO DE PCR EM GESTANTES ............................................................. 25 
ATUALIZAÇÕES DA 9ª ED. DO PHTLS ...................................................................... 27 
3.1 MUDANÇA DE PREFERÊNCIA DO ATENDIMENTO BASEADA NA CENA . 28 
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA NO TRAUMA ..................................................................... 29 
4.1 X= HEMORRAGIA EXSANGUINANTE GRAVE ................................................ 29 
4.2 SINAIS E SINTOMAS DE HEMORRAGIA ........................................................... 30 
4.2.1 Avaliação Primária no Trauma: X ...................................................................... 31 
4.2.2 Pressão digital sobre o ponto de pulso................................................................ 32 
4.2.3 Aplicação de gelo ............................................................................................... 33 
4.3 CONTROLE DE HEMORRAGIA INTERNA ......................................................... 33 
4.4 CHOQUE HIPOVOLÊMICO ................................................................................... 33 
TORNIQUETE .................................................................................................................. 35 
5.1 USO DO TORNIQUETE .......................................................................................... 35 
5.2 AVALIAÇÃO PRIMÁRIA NO TRAUMA: “A” TRATAMENTO DE VIA AÉREA 
E ESTABILIZAÇÃO DA COLUNA CERVICAL ......................................................... 36 
5.3 CONTROLE DA COLUNA CERVICAL ................................................................ 37 
5.4 INDICAÇÃO PARA “B”: VENTILAÇÃO E RESPIRAÇÃO ................................. 38 
5.4.1 O que procurar no “B”? ...................................................................................... 38 
5.5 “C” CIRCULAÇÃO COM CONTROLE DE HEMORRAGIA ............................... 39 
5.5.1 Cada hemácia é importante................................................................................. 40 
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA NO TRAUMA: D ............................................................... 42 
6.1 AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO CEREBRAL ............................................................. 42 
6.2 AVALIAÇÃO PUPILAR .......................................................................................... 44 
6.3 AVALIAÇÃO NEUROLÓGICO.............................................................................. 44 
 
 
6.5 UTILIZANDO A ESCALA ...................................................................................... 46 
6.5.1 Abertura Ocular .................................................................................................. 46 
6.5.2 Resposta Verbal .................................................................................................. 47 
6.5.3 Melhor Resposta Motora .................................................................................... 47 
6.6 REATIVIDADE PUPILAR ...................................................................................... 48 
7.1 Exposição Total do Paciente ................................................................................... 49 
PORTARIA Nº 1.010, DE 21 DE MAIO DE 2012 .......................................................... 51 
8.1 SAMU 192 E SUA CENTRAL DE REGULAÇÃO DAS URGÊNCIAS ................ 51 
8.1.1 SAMU 192 .......................................................................................................... 51 
8.1.2 Central de Regulação das Urgências .................................................................. 51 
8.1.3 Base Descentralizada .......................................................................................... 52 
8.1.4 Incentivo ............................................................................................................. 52 
8.1.5 Investimento ....................................................................................................... 52 
8.1.6 Custeio ................................................................................................................ 52 
8.1.8 Habilitação .......................................................................................................... 53 
8.1.9 Qualificação ........................................................................................................ 53 
8.1.10 Indicadores do SAMU 192 ............................................................................... 53 
8.1.11 Coordenador do Serviço ................................................................................... 53 
8.1.12 Responsável Técnico ........................................................................................ 53 
8.1.13 Responsável de Enfermagem............................................................................ 53 
8.1.14 Médicos Reguladores ....................................................................................... 53 
BIOMECÂNICA DO TRAUMA ..................................................................................... 55 
9.1. TRAUMA ................................................................................................................. 55 
9.2 PRIMEIRO PASSO AO ATENDIMENTO AO TRAUMATIZADO ...................... 56 
9.3 TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO (TCE) ................................................ 56 
9.4 CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES ........................................................................... 57 
9.4.1 Lesões Primárias ................................................................................................. 57 
9.4.2 Lesões Secundárias .............................................................................................57 
AVALIAÇÃO..................................................................................................................... 58 
REFERÊNCIAS................................................................................................................. 62 
 
Unidade 1 – Suporte Básico de Vida 
 
 
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deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 5 
01 
SUPORTE BÁSICO DE VIDA 
 
 
 
 
Primeiramente, vamos descrever a sequência do SBV do adulto para profissionais da saúde. 
Em uma situação de PCR, um mnemônico pode ser utilizado para descrever os passos 
simplificados do atendimento em SBV: o “CABD primário”. O “C” corresponde a Checar 
responsividade e respiração da vítima, chamar por ajuda, checar o pulso da vítima e 
Compressões (30 compressões). O “A” refere-se à Abertura das vias aéreas, o "B" à Boa 
ventilação (2 ventilações), o "D" à Desfibrilação. Conceito de Empregado: 
 
 
 
Atualização em Atendimento Pré Hospitalar - APH 
 
 
 
6 
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1.1 ATENDIMENTO A VÍTIMA 
Descreveremos a sequência completa de um atendimento a uma vítima que se encontra em 
colapso súbito. 
• Segurança do Local: 
Primeiramente, deve ser avaliada a segurança do local. Certificar se o local é seguro 
para o socorrista e para a vítima. 
• Avaliar a responsividade, respiração e pulso da vítima: 
Avaliar a responsividade da vítima, chamando-a e tocando-a pelos ombros. Se a 
vítima responder, apresentar-se e conversar com ela perguntando se precisa de ajuda. Se a 
vítima não responder, avaliar sua respiração observando se há elevação do tórax e o pulso 
carotídeo simultaneamente em menos de 10 segundos. Para adultos: caso a vítima não 
respire, mas apresente pulso, aplicar 1 ventilação a cada 5 a 6 segundos ou cerca de 10 a 12 
ventilações por minuto. 
• Chamar ajuda: 
Em ambiente hospitalar, se estiver sozinho, sem acesso a um telefone celular, deixe 
a vítima e acione o serviço médico de emergência e obtenha um Desfibrilador Externo 
Automático (DEA), antes de iniciar a RCP. 
Em ambiente extra-hospitalar, peça para alguém ligar para o número local de 
emergência (por exemplo, Sistema de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU 192) e 
inicie a Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) imediatamente. Use o DEA assim que ele 
estiver disponível. 
• Checar o pulso: 
Checar o pulso a cada dois minutos. Para crianças: caso a vítima não respire, mas 
apresente pulso, aplicar 1 ventilação a cada 3 a 5 segundos ou cerca de 12 a 20 ventilações 
por minuto. Checar o pulso a cada dois minutos. 
Se a vítima, adulto ou crianças, não estiver respirando ou estiver somente com 
“gasping” (movimentos respiratórios assincrônicos não efetivos) e não detectar pulso na 
vítima ou estiver em dúvida, iniciar os ciclos de compressões e ventilações. 
• Iniciar ciclos de 30 compressões e 2 ventilações: 
Iniciar ciclos de 30 compressões e 2 ventilações (figura abaixo), considerando que 
existe um dispositivo de barreira (por exemplo, máscara de bolso para aplicar as ventilações). 
Compressões torácicas efetivas são essenciais para promover o fluxo de sangue, devendo ser 
realizadas em todos os pacientes em parada cardíaca. 
• Avaliar estado circulatório 
Unidade 1 – Suporte Básico de Vida 
 
 
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 É necessário avaliar a presença de hemorragias externas de natureza não traumática; 
pulsos periféricos ou centrais: frequência, ritmo, amplitude, simetria; tempo de enchimento 
capilar; pele: coloração e temperatura; e na presença de sangramento ativo, considerar 
compressão direta, se possível. 
• Avaliar estado neurológico: 
Fazendo a análise da Escala de Coma de Glasgow; e avaliação pupilar, foto-
reatividade e simetria. 
• Avaliação secundária do paciente (agravo clínico): 
Deve-se suspeitar em toda abordagem de pacientes com agravo clínico, após a 
realização da Avaliação Primária e das intervenções específicas dessa fase do atendimento. 
Conduta: 
1. Realizar a entrevista SAMPLA (com o paciente, familiares ou terceiros): 
• Nome e idade; 
• Queixa principal; 
• S: verificação dos sinais vitais: 
• respiração (frequência, ritmo e amplitude); 
• pulso (frequência, ritmo e amplitude); 
• pressão arterial; e 
• pele (temperatura, cor, turgor e umidade). 
• A: história de alergias; 
• M: medicamentos em uso e/ou tratamentos em curso; 
• P: passado médico – problemas de saúde ou doença prévia; 
• L: horário da última ingestão de líquidos ou alimentos; e 
• A: ambiente do evento. 
2. Realizar a avaliação complementar: 
• instalar oximetria de pulso, se disponível; e 
• mensurar a glicemia capilar, se disponível. 
3. Realizar o exame da cabeça aos pés: 
Atualização em Atendimento Pré Hospitalar - APH 
 
 
 
8 
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• Cabeça e face: inspecionar e palpar o couro cabeludo, orelhas, ossos da face, olhos, 
pupilas (verificar diâmetro, reação à luz e simetria pupilar) nariz, boca; e observar 
alterações na coloração e temperatura da pele. 
• Pescoço: avaliar região anterior e posterior; e avaliar, em especial, se há distensão 
das veias jugulares. 
• Tórax: observar, em especial, se há uso de musculatura acessória, tiragem intercostal 
e de fúrcula, movimentos assimétricos. 
• Abdome: observar abdome distendido. 
• Membros superiores: observar, em especial, a palpação de pulsos distais e perfusão 
dos membros; e avaliar a força motora, solicitando que o paciente aperte a mão do 
profissional e/ou eleve um braço de cada vez, se descartada qualquer potencial lesão. 
• Membros inferiores: observar, em especial, a palpação de pulsos distais e perfusão 
dos membros (reenchimento capilar); e avaliar a força motora, solicitando que o 
paciente movimente os pés e/ou eleve uma perna de cada vez, se descartada qualquer 
potencial lesão. 
 
 
1.2 CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA 
A cadeia de sobrevivência é um conjunto de procedimentos que visa salvar pessoas que 
sofreram uma parada cardiorrespiratória (PCR). O objetivo desse processo é aumentar a 
eficiência do socorro prestado às vítimas desse problema. A cadeia de sobrevivência foi 
desenvolvida após muitos estudos, experiências e análise de dados. Dessa forma, os 
profissionais podem ter um norte para executar esses procedimentos com a maior eficiência 
possível. 
Esta é um protocolo para lidar com paradas cardiorrespiratórias (PCR). Esse 
protocolo é muito importante, pois se baseia em quatro ou cinco elos de procedimentos para 
salvar uma vida. 
Esses procedimentos devem ser feitos sequencialmente e tem que haver o máximo 
de eficiência. Dessa forma, haverá mais consistência nos resultados e mais vidas serão 
salvas. 
Primeiro elo e segundo elo: 
O primeiro elo consiste em chamar o serviço de urgência, algo que deve ser feito 
imediatamente após a PCR ser diagnosticada. O segundo elo é dar início ao protocolo de 
reanimação cardiopulmonar (RCP) atravésdo Suporte Básico de Vida. 
Terceiro e quarto elo: 
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/3998/parada_cardiorrespiratoria_pcr.htm
Unidade 1 – Suporte Básico de Vida 
 
 
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O terceiro elo é usar o desfibrilador externo automático (DEA) para reanimar o 
paciente de forma precoce e efetiva. O quarto elo é o Suporte Avançado de Vida, onde são 
feitos alguns cuidados para estabilizar e manter a vida do paciente. 
Quinto elo: 
O quinto elo da cadeia consiste nos cuidados que são feitos após a reanimação 
cardiopulmonar. Esse último passo costuma ser feito no hospital e, semelhante aos outros, 
deve ser feito de forma consistente. 
Sexto elo: 
A jornada pela reabilitação e recuperação (6º ELO da cadeia) se inicia e o 
planejamento aqui será tudo! Avaliação multidisciplinar, de fonoaudiologia, neurologia, 
cardiologia, fisioterapia, terapia ocupacional, psicologia/psiquiatria, serviço social – todas 
devem ser disponibilizadas após a alta médica. 
A cadeia de sobrevivência extra-hospitalar faz referências aos procedimentos de RCP 
que são feitos fora do hospital. Abaixo, veja quais são esses procedimentos: 
Reconhecimento e acionamento do Serviço Médico de Emergência 
Avaliar se alguém está inconsciente ou não deve ser feito de forma rápida. Por 
exemplo, se você observa uma pessoa fragilizada, deitada num lugar público ou 
possivelmente ferida, é preciso tocar no ombro dela e perguntar: “Você está bem?”. Além 
de fazer isso, veja como proceder nessa situação: 
• Tenha certeza de que a situação é segura antes de abordar a pessoa. Depois disso, 
peça ajuda para alguém próximo; 
• Acione o serviço médico (SAMU 192); 
• Confirme se o indivíduo ainda está respirando ou não. Para fazer isso, verifique se o 
tórax se movimenta entre 5 e 10 segundos; 
• Verifique o pulso juntamente com a respiração, se o pulso não for sentido dentro de 
10 segundos, tente reanimar o indivíduo fazendo compressões torácicas; 
• Caso haja pulsação, comece a ventilação de resgate, administrando 1 a cada 5 ou 6 
segundos. A pulsação deve ser verificada a cada dois minutos. 
 
http://cmosdrake.com.br/dea/desfibrilador-externo-automatico/
Atualização em Atendimento Pré Hospitalar - APH 
 
 
 
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1.3 COMPRESSÕES TORÁCICAS 
• Recomendamos que leigos iniciem a RCP para uma suposta PCR, pois o risco de 
dano ao paciente é baixo se o paciente não estiver em PCR. 
• Posicione-se ao lado da vítima e mantenha seus joelhos com certa distância um do 
outro para que tenha melhor estabilidade; 
• Afaste ou, se uma tesoura estiver disponível, corte a roupa da vítima que está sobre 
o tórax para deixá-lo desnudo; 
• Coloque a região hipotenar de uma mão sobre o esterno da vítima e a outra mão sobre 
a primeira, entrelaçando-a; 
• Estenda os braços e posicione-os cerca de 90º acima da vítima; 
• Comprima na frequência de 100 a 120 compressões/minuto; 
• Comprima com profundidade de, no mínimo, 5 cm (2 polegadas), não podendo 
exceder 6 cm (2,4 polegadas); 
• Permita o retorno completo do tórax após cada compressão, sem retirar o contato das 
mãos com ele; 
• Minimize interrupções das compressões; 
Unidade 1 – Suporte Básico de Vida 
 
 
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• Reveze com outro socorrista, a cada dois minutos, para evitar a fadiga e compressões 
de má qualidade; 
 
 
 
• ADULTO: Duas mãos sobre a metade inferior do esterno. 
• CRIANÇAS (1 ANO ATÉ A PUBERDADE): 2 mãos ou 1 mão (opcional para 
crianças muito pequenas) sobre a metade inferior do esterno. 
• BEBÊS MENORES DE 1 ANO: 1 socorrista – dois dedos no centro do tórax, logo 
abaixo da linha mamilar; 2 socorristas –técnica dos dois polegares no centro do tórax, 
logo abaixo da linha mamilar. 
Atualização em Atendimento Pré Hospitalar - APH 
 
 
 
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As manobras de RCP devem ser ininterruptas, exceto se a vítima se movimentar, 
durante a fase de análise do desfibrilador, na chegada da equipe de resgate, posicionamento 
de via aérea avançada ou exaustão do socorrista. 
No caso de uma via aérea avançada instalada, deve ser realizada compressões 
torácicas contínuas e 1 ventilação a cada 6 segundos (10 ventilações por minuto) tanto para 
adultos como para bebês (menores de 1 ano de idade, excluindo recém-nascidos) e crianças 
(1 ano de idade à puberdade). 
Unidade 2 – Ventilações 
 
 
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02 
VENTILAÇÕES 
 
 
 
 
Para não retardar o início das compressões torácicas, a abertura das vias aéreas deve ser 
realizada somente depois de aplicar trinta compressões. 
 
 
2.1 PROPORÇÃO DE 30 COMPRESSÕES PARA 2 VENTILAÇÕES 
As ventilações devem ser realizadas em uma proporção de 30 compressões para 2 
ventilações, com apenas um segundo cada, fornecendo a quantidade de ar suficiente para 
promover a elevação do tórax. Embora evidências de contaminação com a realização de 
ventilação boca a boca sejam mínimas, é indicado que o socorrista utilize mecanismos de 
barreira para aplicar as ventilações, como o lenço facial com válvula antirrefluxo, máscara 
de bolso (“pocket-mask”) ou bolsa válvula-máscara. Independentemente da técnica utilizada 
para aplicar ventilações, será necessária a abertura de via aérea, que poderá ser realizada 
com a manobra da inclinação da cabeça e elevação do queixo (Chin Lift), que não deve ser 
utilizada em suspeita de lesão cervical, por isso se houver suspeita de trauma cervical, 
realizar a manobra de elevação do ângulo da mandíbula ou Tração da Mandíbula (Jaw- 
Thrust). 
Atualização em Atendimento Pré Hospitalar - APH 
 
 
 
14 
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Vamos sintetizar os procedimentos das manobras de abertura de vias aéreas no 
esquema abaixo 
Unidade 2 – Ventilações 
 
 
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2.2 VENTILAÇÃO COM BOLSA-VÁLVULA-MÁSCARA 
2.2.1 Conceito de ventilação com bolsa-válvula-máscara 
A ventilação com a bolsa-válvula-máscara deve ser utilizada na presença de dois socorristas,um responsável pelas compressões; e outro, por aplicar as ventilações com o dispositivo. 
Se disponível oxigênio complementar, deve-se conectar na bolsa-válvula máscara 
assim que possível, de modo que ofereça maior porcentagem de oxigênio para a vítima. 
 
2.2.2 Ventilação com via aérea avançada 
Quando uma via aérea avançada (por exemplo, intubação endotraqueal, combitube, máscara 
laríngea) estiver instalada, o primeiro socorrista irá administrar compressões torácicas 
contínuas, e o segundo socorrista irá aplicar 1 ventilação a cada 6 segundos, cerca de 10 
ventilações por minuto, em vítimas de qualquer idade. Não se devem pausar as compressões 
para aplicar as ventilações, no caso de via aérea avançada instalada. 
 
2.2.3 Desfibrilação 
Desfibrilação precoce é o tratamento de escolha para vítimas em Fibrilação Ventricular (FV) 
de curta duração, como vítimas que apresentaram colapso súbito em ambiente extra-
hospitalar, sendo este o principal ritmo de parada cardíaca nesses locais. Quando da 
exigência da demanda do trabalho temporário, a empresa tomadora do serviço, deve 
apresentar à empresa de trabalho temporário, suas necessidades para que esta proceda a 
imediata contratação e colocação destes profissionais. 
A desfibrilação precoce é o único tratamento para parada cardiorrespiratória em 
fibrilação ventricular/taquicardia ventricular sem pulso, pode ser realizada com um 
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16 
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equipamento manual (somente manuseado pelo médico) ou com o Desfibrilador Externo 
Automático (DEA), que poderá ser utilizado por qualquer pessoa, assim que possível. 
O DEA é um equipamento portátil, capaz de interpretar o ritmo cardíaco, selecionar 
o nível de energia e carregar automaticamente, cabendo ao operador apenas pressionar o 
botão de choque, quando indicado. Assim que o DEA estiver disponível, se o mesmo estiver 
sozinho, deverá parar a RCP para conectar o aparelho, porém, se houver mais do que um 
socorrista, enquanto o primeiro realiza RCP; o outro manuseia o DEA e, nesse caso, só será 
interrompida quando o DEA emitir uma frase como “analisando o ritmo cardíaco, não toque 
o paciente” e/ou “choque recomendado, carregando, afaste-se da vítima”. 
Os passos para a utilização do DEA são descritos a seguir: 
1. Ligue o aparelho apertando o botão ON-OFF (alguns aparelhos ligam 
automaticamente ao abrir a tampa); 
2. Conecte as pás (eletrodos) no tórax da vítima, observando o desenho contido nas 
próprias pás, mostrando o posicionamento correto das mesmas; 
3. Encaixe o conector das pás (eletrodos) ao aparelho. Em alguns aparelhos, o conector 
do cabo das pás já está conectado. 
Nos primeiros 3 a 5 minutos de uma PCR em FV, o coração se encontra em ritmo de 
FV grosseira, estando o coração altamente propício ao choque. Após 5 minutos de PCR, 
diminui a amplitude de FV por causa da depleção do substrato energético miocárdico. 
Portanto o tempo ideal para a aplicação do primeiro choque compreende os primeiros 3 a 5 
minutos da PCR. 
 
 
2.3 ATENÇÃO 
De acordo com as diretrizes mais atuais da AHA (2010), durante a assistência de uma pessoa 
com PCR, a recomendação é de 30 compressões para 2 ventilações de resgate, quando o 
atendimento for realizado por um ou dois socorristas profissionais de saúde em adultos; e de 
15 compressões para 2 ventilações de resgate, quando o atendimento for realizado por dois 
socorristas profissionais de saúde em crianças e bebês. 
Vejamos detalhadamente como deve ser feita essa ação no esquema abaixo: 
Unidade 2 – Ventilações 
 
 
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As Diretrizes de 2015 da American Heart Association (AHA) para Ressuscitação 
Cardiopulmonar (RCP) e Atendimento Cardiovascular de Emergência (ACE) enfatizam, 
mais uma vez, a necessidade de uma RCP de alta qualidade, incluindo: 
• Frequência de compressão de 100 a 120 por minuto (em vez de "aproximadamente" 
100/minuto, como era antes). 
• Profundidade de compressão mínima de 2 polegadas (5 cm) até 2,4 polegadas (6 cm), 
em adultos, e de, no mínimo, um terço do diâmetro anteroposterior do tórax, em 
bebês e crianças (aproximadamente, 1,5 polegada [4 cm] em bebês e 2 polegadas [5 
cm] em crianças). Observe que a faixa de 1 a 2 polegadas não é mais usada para 
adultos, e a profundidade absoluta especificada para crianças e bebês é maior do que 
nas versões anteriores das Diretrizes da AHA para RCP e ACE. 
 
 
 
2.4 RCP EM GESTANTES 
Como as pacientes grávidas são mais propensas à hipóxia, a oxigenação e o manejo da via 
aérea devem ser priorizados durante a ressuscitação de uma PCR durante a gravidez. Devido 
à possível interferência na ressuscitação materna, o monitoramento do feto deve ser ignorado 
durante a PCR na gravidez. 
Recomendamos o controle direcionado da temperatura para mulheres grávidas que 
permanecerem em coma depois da ressuscitação de uma PCR. Durante o controle 
Atualização em Atendimento Pré Hospitalar - APH 
 
 
 
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direcionado da temperatura da paciente grávida, recomendamos que o feto seja 
continuamente monitorado em relação à bradicardia como possível complicação e uma 
consulta com a equipe de obstetrícia e com a equipe neonatal deve ser realizada. 
 
Durante a RCP gestacional é necessário realizar o deslocamento uterino para 
esquerda, ou com a paciente sobre superfície rígida ligeiramente inclinada, a fim de melhorar 
o retorno venoso, essa prática aumenta o débito cardíaco e a chance de retorno a circulação 
espontânea. 
 
Unidade 2 – Ventilações 
 
 
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Resumo dos Componentes de uma RCP de Alta Qualidade para Profissionais do 
SBV: 
• Segurança do local 
• Verificar responsividade 
• Acionar SME 
• Iniciar 30:2 
• COMPRESSÕES TORÁCICAS/ventilações 
• Avaliar respiração e checar o pulso simultaneamente 
• Frequência de 100 a 120/min 
• Profundidade 5 cm não deve exceder 6 cm no adulto 
Atualização em Atendimento Pré Hospitalar - APH 
 
 
 
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2.5 ALGORITMO DE PCR EM ADULTOS 
 
• Algoritmo de emergência associada a opioide para profissionais da saúde. 
Unidade 2 – Ventilações 
 
 
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• Algoritmo de cuidados pós-PCR para adultos.Atualização em Atendimento Pré Hospitalar - APH 
 
 
 
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Unidade 2 – Ventilações 
 
 
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2.6 ALGORITMO DE PCR EM CRIANÇAS 
 
• Algoritmo de bradicardia com pulso em pediatria. 
Atualização em Atendimento Pré Hospitalar - APH 
 
 
 
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• Algoritmo de taquicardia com pulso em pediatria. 
Unidade 2 – Ventilações 
 
 
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2.7 ALGORITMO DE PCR EM GESTANTES 
Algoritmo de SAVC intra-hospitalar para PCR na gravidez. 
Atualização em Atendimento Pré Hospitalar - APH 
 
 
 
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Unidade 3 –Atualizações da 9ª ED do PHTLS 
 
 
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03 
ATUALIZAÇÕES DA 9ª ED. DO PHTLS 
 
 
 
 
A emergência é a constatação médica de condições de agravo a saúde que impliquem 
sofrimento intenso ou risco iminente de morte exigindo, portanto, tratamento médico 
imediato. A urgência é a ocorrência imprevista de agravo a saúde com ou sem risco em 
potencial a vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata. 
O trauma é uma lesão caracterizada por uma alteração estrutural ou fisiológica 
resultante da ação de um agente externo que resulta na exposição a uma energia (mecânica, 
química, térmica, elétrica ou por irradiação), esta energia pode ter origens biofísicoquímicas. 
No atendimento inicial ao politraumatizado é utilizado o mnemônico XABCDE para detectar 
lesões de risco iminente a morte, o qual foi padronizado de acordo com as lesões de maior 
mortalidade. 
 
 
O seu significado é: A (airways) – vias aéreas com controle da coluna cervical; B 
(breathing) – respiração e ventilação; C (circulation) – circulação com controle de 
Atualização em Atendimento Pré Hospitalar - APH 
 
 
 
28 
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hemorragia; D (disability) – estado neurológico: E (exposure) – exposição e controle de 
temperatura. A nova atualização traz o X de hemorragia exsanguinante, ou seja, hemorragia 
externa grave. Esta mudança no atendimento primário ao politraumatizado sofreu um 
substancial alteração, dando mais ênfase às grandes hemorragias externas, antes mesmo do 
controle cervical ou da abertura das vias aéreas. 
 
 
3.1 MUDANÇA DE PREFERÊNCIA DO ATENDIMENTO BASEADA 
NA CENA 
• Qual a circunstância da cena? 
• Como está o meu paciente? 
• Qual a qualificação da equipe da cena? 
• Quais equipamentos temos a disposição? 
• Existem protocolos locais? 
• A 9ª ed. LEVA EM CONSIDERAÇÃO AS DIVERSAS CIRCUNSTÂNCIAS DA 
REALIDADE LOCAL. 
 
Unidade 4 – Avaliação Primária do Trauma 
 
 
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04 
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA NO TRAUMA 
 
 
 
 
 
 
 
4.1 X= HEMORRAGIA EXSANGUINANTE GRAVE 
Contenção de hemorragia externa grave, a abordagem a esta, deve ser antes mesmo do 
manejo das vias aérea uma vez que, epidemiologicamente, apesar da obstrução de vias aéreas 
ser responsável pelos óbitos em um curto período, o que mais mata no trauma são as 
hemorragias graves. 
Esta consiste no extravasamento de sangue dos vasos sanguíneos através de uma 
ruptura nas suas paredes. A hemorragia pode ser classificada em: 
• externa - visível porque extravasa para o meio ambiente 
• interna - o sangue extravasa para o interior do próprio corpo, dentro dos tecidos ou 
cavidades naturais. 
Conforme o tipo de vaso sanguíneo lesado, considera-se a hemorragia mais ou menos 
grave: 
Atualização em Atendimento Pré Hospitalar - APH 
 
 
 
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• Hemorragia arterial – perda de sangue de uma artéria. O sangue é de coloração viva, 
vermelho claro e derramado em jato, conforme o batimento cardíaco. Geralmente é 
rápida e de difícil controle. 
• Hemorragia venosa – perda de sangue por uma veia. Sangramento de coloração 
vermelho-escuro, em fluxo contínuo, sob baixa pressão. Considerada grave se a veia 
comprometida for de grosso calibre. 
• Hemorragia capilar – sangramento por um leito capilar. Flui de diminutos vasos da 
ferida. De coloração avermelhada, menos vivo que o arterial, é facilmente 
controlado. 
 
 
4.2 SINAIS E SINTOMAS DE HEMORRAGIA 
A hemorragia externa é facilmente reconhecida por ser visível. Geralmente o sangue se 
exterioriza por algum ferimento ou orifício natural do corpo (boca, nariz, ânus, vagina). A 
hemorragia interna não se exterioriza, sendo difícil, muitas vezes, identificar o local da perda 
de sangue. Sinais que levam a suspeitar de hemorragia interna: 
1. Mecanismo de lesão – os traumas por contusão são as principais causas de 
hemorragia interna (acidentes de trânsito, quedas, chutes e explosões). 
2. Sinais de fratura de pelve e ossos longos (braço, fêmur) – o extravasamento de 
sangue nos tecidos moles ao redor da fratura pode provocar hemorragias severas. 
3. Rigidez de abdômen. 
4. Área extensa de contusão (equimose) na superfície do corpo. 
5. Ferida penetrante em crânio, tórax ou abdome 
Unidade 4 – Avaliação Primária do Trauma 
 
 
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4.2.1 Avaliação Primária no Trauma: X 
1. Hemorragias 
• Cada hemácia é importante. 
• Considerar perdas sanguíneas externas. 
• Estimara perda de sangue. 
2. Ênfase no controle de hemorragias. 
• Pressão direta. 
• Curativo compressivo. 
• Agente hemostático tópico. 
• Torniquete. 
O sangramento externo geralmente é de fácil controle. Os métodos utilizados são: 
• Pressão direta sobre o ferimento 
Quase todos os casos de hemorragia externa podem ser controlados pela aplicação 
de pressão direta na ferida, o que permite a interrupção do fluxo de sangue e favorece a 
formação de coágulo. Preferencialmente, utilizar compressa estéril, pressionando 
firmemente por 10 a 30 minutos. Em seguida, fixar a compressa com bandagem. Em 
Atualização em Atendimento Pré Hospitalar - APH 
 
 
 
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sangramento profuso, não perder tempo em localizar uma compressa – faça a pressão direta 
com um pano limpo ou toalha. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.2.2 Pressão digital sobre o ponto de pulso 
Usar a pressão sobre o pulso de artéria quando os dois métodos anteriores falharam ou não 
se tem acesso ao local do sangramento (esmagamento, extremidades presas em ferragens). 
Essa pressão é aplicada com os dedos sobre os pontos de pulso de uma artéria contra uma 
superfície óssea. É necessário habilidade do agente e conhecimento dos pontos exatos de 
pressão das artérias. Os principais pontos: artéria braquial – para sangramento de membros 
superiores; artéria femoral – para sangramento de membros inferiores; artéria temporal – 
para sangramento de couro cabeludo. 
Unidade 4 – Avaliação Primária do Trauma 
 
 
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4.2.3 Aplicação de gelo 
O uso de compressas frias ou bolsas de gelo nas contusões previne a equimose (mancha 
roxa). Evitar, no entanto, o uso prolongado, pois pode diminuir a circulação, causando lesões 
de tecidos. 
 
 
4.3 CONTROLE DE HEMORRAGIA INTERNA 
O tratamento da hemorragia interna só pode ser feito em ambiente hospitalar. As medidas 
de atendimento inicial consistem em: 
• abordar adequadamente a vítima, prestando atenção ao A-B-C-D; 
• aquecer a vítima com cobertores; 
• não lhe dar nada para comer ou beber; 
• imediatamente acionar o Serviço de Atendimento Pré-Hospitalar, se existente, ou 
conduzir a vítima a um hospital. 
 
 
4.4 CHOQUE HIPOVOLÊMICO 
As hemorragias (externas ou internas) graves, com grande perda de volume sanguíneo, 
podem levar à situação denominada choque hipovolêmico (choque por perda de sangue). 
Esta é uma situação grave, com perigo de morte. A perda de grande quantidade de sangue 
Atualização em Atendimento Pré Hospitalar - APH 
 
 
 
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prejudica o suprimento sanguíneo para alguns órgãos que, sem receberem oxigênio, terão 
sua função prejudicada. 
É a falência da circulação do sangue. Por essa razão, procurar controlar as 
hemorragias externas evidentes e encaminhar rapidamente ao hospital as vítimas com 
suspeita de hemorragia interna. Sinais que podem sugerir choque por hemorragia severa: 
• O pulso se torna fraco e rápido 
• Pele fria e úmida (pegajosa) 
• Pupilas dilatadas 
• Vítima ansiosa, inquieta e com sede 
• Náusea e vômitos 
• Respiração rápida e profunda 
• Perda de consciência e até parada cardiopulmonar. 
As medidas de atendimento inicial ao choque hipovolêmico são as mesmas da 
hemorragia interna. 
 
Unidade 5 - Torniquete 
 
 
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05 
TORNIQUETE 
 
 
 
 
O torniquete, que também é chamado de compressor elástico, é um instrumento médico, 
utilizado para comprimir uma veia (e limitar a circulação sanguínea naquela região). Pode 
ser usado em exames de rotina, para coleta de sangue, por exemplo. 
Além disso, é um aliado em emergências, especialmente em ferimentos com 
incidência de hemorragia, como medida para conter a perda excessiva de sangue. 
 
 
5.1 USO DO TORNIQUETE 
Torniquetes têm sido frequentemente descritos no passado como a técnica de último recurso. 
Experiência militares no Afeganistão e no Iraque, além do uso rotineiro e seguro de 
torniquetes por cirurgiões, levou à reconsideração dessa abordagem. Torniquetes são muito 
eficazes no controle de hemorragias graves e devem ser usados se houver possibilidade de 
pressão local, se um curativo de pressão não conseguir controlar a hemorragia de uma 
extremidade ou se não há operador suficiente disponível em cena para executar outros 
métodos de controle de sangramento. 
O uso de “elevação” e pressão sobre outros pontos não é recomendado devido a dados 
insuficientes que sustentam sua efetividade. Como observado anteriormente, no caso de risco 
de vida ou hemorragia exsanguinante, um torniquete deve ser aplicado em vez de concorrer 
com outras medidas de controle de sangramento (ou seja, um tratamento de primeira linha 
para este tipo de sangramento). 
Se não houver um torniquete pré-fabricado disponível imediatamente, ou se um 
torniquete pré-fabricado corretamente aplicado não cessar a hemorragia, deve-se aplicar 
pressão manual com curativos hemostáticos, se disponíveis, para tratar uma hemorragia em 
membro potencialmente fatal. Nas pessoas com hemorragia externa potencialmente fatal, 
deve-se aplicar pressão manual direta para obter uma parada inicial da hemorragia no caso 
Atualização em Atendimento Pré Hospitalar - APH 
 
 
 
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de ferimentos em que não é possível usar um torniquete pré-fabricado ou quando não há um 
torniquete pré-fabricado à disposição. 
Se houver curativos hemostáticos disponíveis, eles podem ser úteis como tratamento 
complementar à pressão manual direta ao tratar uma hemorragia externa potencialmente 
fatal. 
• Permanência de 2h30min. 
• Escrever o horário de inserção. 
• Não RELAXAR. 
• INSERÇÃO EM REGIÃO INGUINAL OU AXILAR. 
• Não aplicar nas articulações. 
• UTILIZAR EM RISCO IMINENTE DE MORTE. 
Não necessariamente será a última escolha. 
• Há 3 tipos recomendados e 2 PREFERÍVEIS: 
1. Combat Application Tourniquet: CAT. 
2. Special Operations Force Tactical Tourniquet: SOFT-T. 
3. Emergency & Military torniquete: EMT. 
 
 
5.2 AVALIAÇÃO PRIMÁRIA NO TRAUMA: “A” TRATAMENTO DE 
VIA AÉREA E ESTABILIZAÇÃO DA COLUNA CERVICAL 
A via aérea do doente precisa ser rapidamente examinada para garantir que esteja permeável 
(aberta e limpa) e que não haja perigo de obstrução. Se a via aérea estiver comprometida, 
esta deverá ser aberta, inicialmente por métodos manuais (elevação do mento ou tração da 
mandibular em doentes traumatizados) e a remoção de sangue, substâncias orgânicas e 
corpos estranhos deve ser realizada, conforme necessário. 
A oxigenação adequadaem todas as fases do atendimento é o ponto mais importante 
nos pacientes gravemente enfermos a fim de se evitarem danos secundários. O controle das 
vias aéreas tem a maior influência no prognóstico tardio (falência de múltiplos órgãos) e é o 
principal fator para evitar as mortes preveníveis. 
Depois de garantir a permeabilidade das vias respiratórias, é preciso aferir se o 
cidadão está, de fato, respirando bem. Nesse ponto, é necessário observar os movimentos do 
tórax, fazer auscultas a fim de eliminar qualquer lesão torácica e, se necessário, utilizar 
Unidade 5 - Torniquete 
 
 
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métodos de ventilação mecânica para restabelecer a função respiratória. checar se não existe 
algum corpo estranho que esteja impedindo a respiração, bem como alguma fratura ou lesão 
na coluna cervical. Esse é um processo que se presta também a observar a presença de 
eventuais edemas ou sangramentos na cavidade oral e sons estranhos durante a respiração. 
Garantida a passagem, o colar cervical deve ser colocado para proteger a coluna cervical. 
Alguns passos a serem seguidos são: 
1. Assegurar a permeabilidade das vias aéreas e controle da coluna cervical, tão logo o 
X esteja resolvido. 
2. Técnicas de manutenção das vias aéreas: 
• “chin lift”: elevação do queixo. 
• “jaw thrust”: anteriorização da mandíbula. 
• Uso de aspirador de ponta rígida. 
3. Cânula orofaríngea (Guedel). 
 
 
 
 
5.3 CONTROLE DA COLUNA CERVICAL 
Sobre a estabilização da coluna cervical, existe a suspeita de que todo doente traumatizado 
com mecanismo de lesão contundente significativo apresenta lesão medular até que esta seja 
Atualização em Atendimento Pré Hospitalar - APH 
 
 
 
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definitivamente descartada. Portanto, ao estabelecer uma via aérea permeável, a 
possibilidade de lesão na coluna cervical deve ser sempre considerada. Um movimento 
excessivo em qualquer direção pode produzir ou agravar o dano neurológico em decorrência 
da compressão óssea da medula espinhal na presença de fraturada da coluna vertebral. 
A solução é garantir que a cabeça e o pescoço do doente sejam manualmente 
mantidos em posição neutra (estabilizados) durante todo o processo de avaliação, 
especialmente na abertura da via aérea e realização de ventilação necessária. Isto não 
significa que os procedimentos necessários para manutenção da via aérea não possam ser 
realizados durante a estabilização. Pelo contrário, significa que os procedimentos devem ser 
realizados ao mesmo tempo em que a coluna do doente é protegida contra movimento 
desnecessário. 
Se os dispositivos de imobilização que foram colocados tiverem que ser removidos 
para reavaliar o doente ou realizar alguma intervenção necessária, a imobilização manual da 
cabeça e do pescoço será novamente empregada até que o doente possa mais uma vez ser 
totalmente imobilizado. 
 
 
 
5.4 INDICAÇÃO PARA “B”: VENTILAÇÃO E RESPIRAÇÃO 
No B, o socorrista deve analisar se a respiração está adequada e se atentar para: frequência 
respiratória, inspeção dos movimentos torácicos, cianose, desvio de traqueia e observação 
da musculatura acessória. Esses são parâmetros analisados nessa fase. 
Para tal, é necessário expor o tórax do paciente, realizar inspeção, palpação, ausculta 
e percussão. É preciso, também, verificar se a respiração é eficaz e se o paciente está bem 
oxigenado. 
 
 
5.4.1 O que procurar no “B”? 
Unidade 5 - Torniquete 
 
 
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• Fratura de costela 
• Tórax instável 
• Contusão pulmonar 
• Pneumotórax: Simples, Hipertensivo e Aberto 
• Hemotórax 
• Tamponamento cardíaco 
Como fazer nessa verificação do “B”? 
 
Através do IPPA 
I - INSPEÇÃO 
P - PALPAÇÃO 
P - PERCUSSÃO 
A – AUSCULTAS 
 
 
5.5 “C” CIRCULAÇÃO COM CONTROLE DE HEMORRAGIA 
No C, a circulação e a pesquisa por hemorragia são os principais parâmetros de análise. A 
maioria das hemorragias é estancada pela compressão direta do foco. A hemorragia é a 
principal causa de morte no trauma, como já vimos. 
A diferença entre o “X” e o “C” é que o X se refere a hemorragias externas, grandes 
hemorragias. 
Já o “C” refere-se a hemorragias internas, onde deve-se investigar perdas de volume 
sanguíneo não visível, analisando os principais pontos de hemorragia interna no trauma 
(pelve, abdômen e membros inferiores), avaliando sinais clínicos de hemorragia como: 
tempo de enchimento capilar lentificado, pele fria e pegajosa e comprometimento do nível e 
qualidade de consciência. 
Nessa fase, os profissionais responsáveis devem providenciar a estabilização 
hemodinâmica do paciente: avaliar nível de consciência uma vez que alterações no trauma 
podem causar má perfusão do Sistema Nervoso Central; avaliar Pressão Arterial, pulso, 
temperatura da pele, enchimento capilar e presença de sangramentos evidentes e ocultos. 
Neste momento, protocolo FAST (Focused Assessment With Sonography in Trauma) e os 
Raios X de tórax e pelve podem ajudar. 
Atualização em Atendimento Pré Hospitalar - APH 
 
 
 
40 
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5.5.1 Cada hemácia é importante. 
• Considerar perdas sanguíneas externas e interna associadas as fraturas. 
• Estimar a perda de sangue. 
• Reposição de fluidos respeitando a HIPOTENSÃO PERMISSIVA. 
Sangramento grave em localização juncional 
• Torniquetes construído para uso em hemorragia juncional. 
• Uma grande quantidade de pressão direta e compressão para os vasos sanguíneos que 
abrangem a área será necessária. 
• Uma pressão direta com curativo, idealmente com um agente hemostático, deve ser 
colocada na superfície aberta da ferida. 
Em relação às hemorragias internas, não visíveis temos a fratura de pelve que tem a 
possibilidade de causar instabilidade hemodinâmica rápida e de difícil controle em pacientes 
vítimas de trauma. Sendo assim, realiza-se a manobra de abertura da pelve para avaliar a 
presença de “lesão em livro aberto”, indicativo de fratura. Nesse caso, deve-se estabilizar 
prontamente a pelve do paciente, podendo ser realizada com a amarração de um lençol na 
sala de emergência até que ocorra o posterior tratamento definitivo. 
Pacientes chocados e instáveis com suspeita de sangramento intraperitoneal devem 
ser submetidos à avaliação por USG-FAST ou lavado peritoneal diagnóstico. No caso de o 
paciente estar instável e com sinais óbvios de hemorragia por sangramento abdominal, 
encaminha-se imediatamente para a laparotomia exploradora. 
Quando indicada, a reposição volêmica deve ser rápida e precoce. Para isso, 
preconiza-se a inserção de dois cateteres calibrosos em veias periféricas para expansão 
volêmica e coleta de sangue a fim de realizar alguns exames laboratoriais importantes nesse 
primeiro momento, como a tipagem sanguínea, gasometriaarterial e BHCG para mulheres 
em idade fértil. 
É importante classificar o grau de perda sanguínea com base nos aspectos clínicos do 
paciente para definir a necessidade ou não de transfusão de sangue associada ao uso de 
cristalóides. Para isso, utiliza-se a escala de classificação do choque hipovolêmico: 
Unidade 5 - Torniquete 
 
 
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06 
 AVALIAÇÃO PRIMÁRIA NO TRAUMA: D 
 
 
 
 
Deve-se avaliar o estado neurológico do paciente politraumatizado utilizando a escala de 
coma de Glasgow e a resposta pupilar. No D, são feitas análises do nível de consciência, 
tamanho e reatividade das pupilas, da presença de hérnia cerebral e dos sinais de 
lateralização, bem como do nível de lesão medular. 
Nessa fase, o objetivo principal é minimizar as chances de lesão secundária pela 
manutenção da perfusão adequada do tecido cerebral. Importante aplicar a escala de 
Glasgow. 
 
 
6.1 AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO CEREBRAL 
1. Determinar o nível de consciência. 
2. Inferir o potencial de hipóxia. 
3. Escala de Coma de Glasgow. 
A Escala de Coma de Glasgow é amplamente utilizada por diversos profissionais da 
saúde, especialmente por aqueles que trabalham no âmbito hospitalar, com o intuito de 
definir o estado neurológico de pacientes a partir da análise de seu nível de consciência. É 
uma ferramenta bastante útil para traçarmos prognósticos da vítima e prevenirmos eventuais 
sequelas. 
Na antiga versão da escala, os únicos critérios avaliados eram: abertura ocular, 
resposta verbal e resposta motora. 
Agora, na nova versão, foi incluída a Reatividade Pupilar, ou seja, a reatividade da 
pupila à luz. Ao contrário dos outros critérios, este é pontuado de forma decrescente: o pior 
resultado apresenta a maior pontuação. Assim, teremos a seguinte atribuição: 
Unidade 6 – Avaliação Primária no Trauma: D 
 
 
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• 2 pontos – Nenhuma reatividade em ambas as pupilas 
• 1 ponto – Sem reação em apenas uma das pupilas 
• 0 pontos – Caso as duas pupilas estejam funcionando normalmente 
Na antiga versão da Escala de Coma de Glasgow, a pontuação variava de 3 a 15 
pontos. Agora, na nova versão, a escala varia de 1 a 15 pontos. Isso acontece porque, na 
nova aplicação, pontuaremos normalmente todos os outros critérios e, após a nota final, o 
score da reatividade pupilar será subtraído! 
O cálculo do score será feito da seguinte forma: Escore final = Abertura ocular [1 a 
4] + Resposta verbal [1 a 5] + Resposta motora [1 a 6] – Reatividade Pupilar [0 a 2]. Caso 
todos os critérios estejam normais, teremos um escore de 15 (afinal, as pupilas normais 
significam 0 pontos a menos!). Entretanto, caso o paciente apresente a menor pontuação em 
todos os critérios, teremos o escore final de 1! 
Sabemos que nem todos os pacientes são susceptíveis a serem avaliados da forma 
como a antiga Escala de Glasgow propõe. Por exemplo: pacientes amputados não 
necessariamente terão uma avaliação fidedigna da resposta motora; pacientes que 
apresentam surdez não serão responsivos a comandos verbais; pacientes com algum quadro 
de afasia não necessariamente conseguirão emitir respostas verbais adequadas. 
Considerando essas necessidades tão individuais, além das pontuações nos critérios 
previamente estabelecidos, podemos agora marcá-los como “NÃO TESTÁVEL” (NT). 
A seguir Escala de Coma de Glasgow: 
 
 
 
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6.2 AVALIAÇÃO PUPILAR 
 
 
 
6.3 AVALIAÇÃO NEUROLÓGICO 
 
REBAIXAMENTO
Consciente 
Letárgico 
Confuso 
Sonolento 
Obnubilado 
Toporoso 
Insconsciente 
Unidade 6 – Avaliação Primária no Trauma: D 
 
 
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Traumas Orbitais; AVC isquêmicos; Sedação. 
 
 
Espontânea? Anamnese! Avaliar os lados direito e esquerdo 
 
 
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Primeira Mudança: Não existe mais a resposta a dor! 
 
Recomendação: Estimulo aconteça em 10s. 
 
 
6.5 UTILIZANDO A ESCALA 
 
6.5.1 Abertura Ocular 
CRITÉRIO VERIFICADO CLASSIFICAÇÃO PONTUAÇÃO 
Olhos abertos 
previamente à 
estimulação 
✓ Espontânea 4 
Abertura ocular após 
ordem em tom de voz 
normal ou voz alta 
✓ Ao Som 3 
Abertura ocular após 
estimulação de 
extremidade dos dedos 
✓ À pressão 2 
Ausência persistente 
de abertura ocular, 
sem fatores de 
interferência 
✓ Ausência 1 
Olhos fechados devido 
a fator local 
✓ Não testável NT 
 
Unidade 6 – Avaliação Primária no Trauma: D 
 
 
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6.5.2 Resposta Verbal 
CRITÉRIO VERIFICADO CLASSIFICAÇÃO PONTUAÇÃO 
Resposta adequada ao 
nome, local e data 
✓ Orientada 5 
Resposta não orientada, 
mas comunicação 
coerente 
✓ Confusa 4 
Palavras isoladas 
inteligíveis 
✓ Palavras 3 
Apenas gemidos ✓ Sons 2 
Ausência de resposta 
audível, sem fatores de 
interferência 
✓ Ausente 1 
Fator que interfere com 
a comunicação 
✓ Não testável NT 
 
6.5.3 Melhor Resposta Motora 
CRITÉRIO VERIFICADO CLASSIFICAÇÃO PONTUAÇÃO 
Cumprimento de ordens 
com 2 ações 
✓ A ordens 6 
Elevação da mão acima 
do nível da clavícula ao 
estímulo na cabeça ou 
pescoço 
✓ Localizadora 5 
Flexão rápida do 
membro superior ao 
nível do cotovelo, 
✓ Flexão normal 4 
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padrão predominante 
não anormal 
Flexão do membro 
superior ao nível do 
cotovelo, padrão 
predominante 
claramente anormal 
✓ Flexão anormal 3 
Extensão do membro 
superior ao nível do 
cotovelo 
✓ Extensão2 
Ausência de 
movimentos dos 
membros 
superiores/inferiores, 
sem fatores de 
interferência 
✓ Ausente 1 
Fator que limita 
resposta motora 
✓ Não testável NT 
 
 
6.6 REATIVIDADE PUPILAR 
O valor obtido é SUBTRAIDO do total! 
 
(2) Nenhuma pupila reage ao estímulo 
(1) Apenas uma pupila reage ao estímulo de Luz. 
(0) As duas pupilas reagem ao estímulo de Luz. 
 
 
 
 
INEXISTENTE 
PARCIAL 
COMPLETA 
Unidade 7 – “E” Exposição com controle do Ambiente 
 
 
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07 
“E” EXPOSIÇÃO COM CONTROLE DO 
AMBIENTE 
 
 
 
 
No E, a análise da extensão das lesões e o controle do ambiente com prevenção da hipotermia 
são as principais medidas realizadas. O socorrista deve analisar, entre outros pontos, sinais 
de trauma, sangramento e manchas na pele. 
 
 
7.1 Exposição Total do Paciente 
O paciente deve ser despido para avaliar dorso, períneo e extremidades. Além disso, é 
preconizada a tomada de medidas para a prevenção de hipotermia, como a utilização de 
cobertores, mantas térmicas e fluidos aquecidos. 
Após toda a avaliação sistematizada, métodos diagnósticos auxiliares, como os 
exames de imagem, devem ser solicitados. É imprescindível a solicitação de, no mínimo, 
radiografias de coluna cervical, tórax e pelve. Tomografia e demais exames apenas são 
realizados quando houver indicação e após a estabilização do paciente. 
Na avaliação secundária, o médico precisa estar atento à história e ao passado 
médico do paciente. Para facilitar a memorização, existe a mnemônico AMPLA. Cada letra 
representa um critério a ser questionado na anamnese. 
A: Alergias 
M: Medicamentos em uso 
P: Passado médico e gravidez 
L: Líquidos e sólidos ingeridos 
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A: Ambiente do trauma 
Posteriormente, realiza-se um exame físico mais detalhado, com busca ativa de lesões 
em região de cabeça, face, pescoço, tórax, abdome, períneo, reto, vagina e sistema 
musculoesquelético. Nesse momento, pode-se realizar exame de toque retal e vaginal. 
A reavaliação desses pacientes deve ser constante, com a finalidade de assegurar que 
novos achados não sejam negligenciados e de detectar precocemente possíveis alterações 
nos achados registrados anteriormente. 
É importante ressaltar que as investigações não podem ser postergadas e a 
transferência do paciente deve ser considerada todas as vezes que as necessidades de este 
excederem a capacidade da instituição que o recebeu. 
Unidade 8 – Portaria Nº 1.010, de 21 de maio de 2012 
 
 
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08 
PORTARIA Nº 1.010, DE 21 DE MAIO DE 
2012 
 
 
 
 
8.1 SAMU 192 E SUA CENTRAL DE REGULAÇÃO DAS URGÊNCIAS 
 
8.1.1 SAMU 192 
Componente assistencial móvel da RAU; 
Objetivo - chegar precocemente à vítima após ter ocorrido um agravo à sua saúde (de 
natureza clínica, cirúrgica, traumática, obstétrica, pediátrica, psiquiátrica, entre outras) que 
possa levar a sofrimento, à sequelas ou mesmo à morte, mediante o envio de veículos 
tripulados por equipe capacitada, acessado pelo número "192" e acionado por uma Central 
de Regulação das Urgências; 
 
8.1.2 Central de Regulação das Urgências 
Estrutura física constituída por profissionais (médicos, telefonistas auxiliares de regulação 
médica e rádio-operadores) capacitados em regulação dos chamados telefônicos que 
demandam orientação e/ou atendimento de urgência, por meio de uma classificação e 
priorização das necessidades de assistência em urgência, além de ordenar o fluxo efetivo das 
referências e contrarreferências dentro de uma Rede de Atenção. 
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8.1.3 Base Descentralizada 
Infraestrutura que garante tempo resposta de qualidade e racionalidade na utilização dos 
recursos do componente SAMU 192 regional ou sediado em Município de grande extensão 
territorial e/ou baixa densidade demográfica, conforme definido no Plano de Ação Regional, 
com a configuração mínima necessária para abrigo, alimentação, conforto das equipes e 
estacionamento da(s) ambulância(s); 
 
 
8.1.4 Incentivo 
Modalidade de repasse de recurso financeiro a ser utilizado tanto para investimento, quanto 
para custeio; 
 
8.1.5 Investimento 
Modalidade de repasse de recurso financeiro para construção, compra de unidades móveis, 
aquisição de equipamentos permanentes de saúde, de tecnologia de informação e mobiliário; 
 
8.1.6 Custeio 
Unidade 8 – Portaria Nº 1.010, de 21 de maio de 2012 
 
 
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Modalidade de repasse de recurso financeiro para capacitação e educação permanente, 
manutenção das equipes efetivamente implantadas, reformas, insumos, manutenção de 
equipamentos e das unidades móveis de urgência; 
 
8.1.8 Habilitação 
Processo de cumprimento de determinados requisitos, tornando-se aptos ao recebimento dos 
incentivos financeiros repassados pelo Ministério da Saúde, tanto para investimento quanto 
para custeio; 
 
8.1.9 Qualificação 
Processo pelo qual o componente SAMU 192 regional já habilitado cumpre requisitos de 
qualificação estabelecidos nesta Portaria, passando a fazer jus a novos valores de custeio; 
 
8.1.10 Indicadores do SAMU 192 
Situações utilizadas pelo Ministério da Saúde para avaliação do funcionamento do SAMU 
192 no Brasil; 
 
8.1.11 Coordenador do Serviço 
Profissional oriundo da área da saúde, com experiência e conhecimento comprovados na 
atividade de atendimento pré-hospitalar às urgências e de gerenciamento de serviços e 
sistemas; 
 
8.1.12 Responsável Técnico 
Profissional médico responsável pelas atividades médicas do serviço; 
 
8.1.13 Responsável de Enfermagem 
Profissional enfermeiro responsável pelas atividades de enfermagem; 
 
8.1.14 Médicos Reguladores 
Profissionais médicos que, com base nas informações colhidas dos usuários, quando 
acionada a central de regulação, são responsáveis pelo gerenciamento, definição e 
operacionalização dos meios disponíveis e necessários para responder as solicitações - 
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protocolos técnicos e da faculdade de arbitrar sobre os equipamentos de saúde do sistema 
necessáriosao adequado atendimento. 
 
Unidade 9 – Biomecânica do Trauma 
 
 
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09 
BIOMECÂNICA DO TRAUMA 
 
 
 
 
 
 
 
9.1. TRAUMA 
No atendimento ao traumatizado, o primeiro passo a ser avaliado é a biomecânica, porque 
auxilia a pensar quais são as lesões potencialmente graves, e consequentemente fatais, que 
podem estar presentes, mas que muitas vezes não são evidentes no início. Dessa forma, pode-
se dizer que a biomecânica do trauma irá avaliar o possível mecanismo das lesões por 
movimento. A biomecânica no trauma é extremamente importante, pois, por meio da 
avaliação da cena e da constatação das energias envolvidas, é possível suspeitar das lesões 
Atualização em Atendimento Pré Hospitalar - APH 
 
 
 
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potenciais presentes no paciente vítima de trauma. 
 
Em toda lesão por movimento, há uma desaceleração repentina. 
 
 
9.2 PRIMEIRO PASSO AO ATENDIMENTO AO TRAUMATIZADO 
O primeiro passo do atendimento ao traumatizado é avaliar os 3 “S”: 
SEGURANÇA, CENA (“SCENE”) e SITUAÇÃO 
Se estiver em um ambiente pré-hospitalar, é preciso avaliar a segurança da cena para 
não se tornar uma nova vítima. Nos dois ambientes (pré-hospitalar ou hospitalar), a 
segurança individual se faz necessária. 
 
 
9.3 TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO (TCE) 
Define-se TCE como quaisquer lesões decorrentes de um trauma externo na região da cabeça 
que possa gerar alterações anatômicas do crânio, comprometimento funcional das meninges, 
encéfalo ou seus vasos. 
Seguem abaixo algumas consequências desse problema: 
• Sério problema de saúde pública; 
• Elevado ônus individual, familiar e social; 
• Atinge predominantemente indivíduos do sexo masculino em idade produtiva; 
• Frequentemente associado a múltiplos traumas; 
• Pode acarretar sequelas irreversíveis e incapacitantes. 
 
 
Unidade 9 – Biomecânica do Trauma 
 
 
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9.4 CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES 
 
9.4.1 Lesões Primárias 
• Resultante do trauma direto no encéfalo associado a estruturas vasculares; 
• Ocorre no momento da agressão inicial como laceração, lesões por cisalhamento, 
esmagamento, contusões e hemorragias. 
 
9.4.2 Lesões Secundárias 
• São provocadas por processos contínuos de lesão, desencadeados pela lesão primária. 
Estes continuam lesando o cérebro por horas, dias e semanas após a agressão inicial; 
• Ocorre o efeito de massa, herniação e elevação da pressão intracraniana, hipóxia, 
edema, isquemia, hipotensão e fluxo sanguíneo cerebral inadequado. 
 
Atualização em Atendimento Pré Hospitalar - APH 
 
 
 
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AVALIAÇÃO 
 
 
 
 
Responda a avaliação abaixo em sua conta, no site 
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superior a 60% para poder emitir o seu certificado. 
 
1. (HU-FURG/EBSERH/IBFC/2016) Um homem, 54 anos, estava na sala de espera do 
aeroporto aguardando o seu voo com alguns amigos. De repente sentiu-se mal e 
apresentou parada cardiorrespiratória, sendo socorrido no local. Nesse caso, deve ser 
realizada a Reanimação Cardiopulmonar (RCP), iniciada com e a relação compressão-
ventilação até a instalação de uma via aérea avançada de, com um ou dois socorristas. 
Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente as lacunas. 
a. Compressões torácicas; 30:2. 
b. Ventilações de Resgate; 15:2. 
c. Ventilações de Resgate; 5:2. 
d. Compressões torácicas; 3:1. 
 
2. (Questão Inédita Equipe RP/2015) De acordo com as Diretrizes de RCP e ACE Suporte 
Básico e Avançado de Vida, assinale a alternativa correta: 
a. A frequência de compressões cardíacas é de no mínimo 100 por minuto. 
b. A profundidade das compressões torácicas é de no mínimo 5 cm no adulto. 
c. Em VAS, a relação de ventilações é de 8 a 10 por minuto, ou seja, a cada 6 a 8 
segundos. 
d. No neonato, a relação compressão/ventilação será 3:1, quando PCR por causa 
sugestiva de asfixia. 
 
3. Você, como enfermeiro (a) da UTI, deve saber que a corrente de sobrevivência é uma 
metáfora útil para os elementos do conceito de sistemas de atendimento cardiovascular 
de emergência (ACE) que resume a compreensão atual da melhor abordagem para o 
Avaliação 
 
 
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tratamento de pessoas com parada cardíaca súbita. Os elos da corrente de sobrevivência 
são: 
a. Acesso rápido, chamando a equipe; posicionamento do carrinho de emergência; fazer 
massagem cardíaca; avisar a chefia da unidade. 
b. Reanimação cardiopulmonar; avisar a direção da instituição; preparar a medicação; 
acionamento da equipe. 
c. chamar o serviço de urgência; reanimação cardiopulmonar (RCP); o desfibrilador 
externo automático (DEA); Suporte Avançado de Vida; os cuidados que são feitos 
após a reanimação cardiopulmonar. 
d. Verificação da ventilação; desobstrução das vias áreas e controle da hemorragia; 
chamar a equipe; massagem cardíaca e desfibrilação. 
 
4. (CNEN/IDECAN/2014) No Brasil, o trauma é a principal causa de morte do indivíduo 
jovem. Mais de 120.000 brasileiros morrem por ano em consequência de acidentes, e 
estima-se que 4 a 5 vítimas ficam com sequelas permanentes para cada óbito. Frente a 
essa realidade, é fundamental que se desenvolvam serviços de atendimento pré-
hospitalar eficazes. No exame primário, procede-se à identificação e ao tratamento 
imediato das seguintes condições ameaçadoras de vida, EXCETO: 
a. Imobilização cervical 
b. Controle da hemorragia 
c. Avaliação do estado neurológico 
d. Colocação de cateter de PIC (pressão intracraniana) 
 
5. (FUMUSA/CAIPIMES/2014) Uma mulher, de 75 anos, estava saindo de casa e 
subitamente apresentou uma Parada Cardiorrespiratória (PCR). Uma pessoa, que estava 
próxima de sua casa, veio para prestar socorro. Nesse caso, o socorrista deve: 
a. Realizar Reanimação Cardiopulmonar, iniciando pelas ventilações 
b. Iniciar a Reanimação Cardiopulmonar com soco pré-cordial 
c. Realizar o procedimento “ver, ouvir e sentir” para confirmar a PCR e iniciar a 
Reanimação Cardiopulmonar 
d. Realizar Reanimação Cardiopulmonar (RCP), iniciando pelas compressões torácicas 
 
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6. (EBSERH/HULW-UFPB/Instituto AOCP/2014) No algoritmo

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