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Aula 2 - Contabilidade Internacional

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Contabilidade Internacional - Aula 2: Apresentação das Demonstrações Contábeis (IAS 1) - Estoques (IAS 2)
Ao final desta aula, você será capaz de:
1- Conhecer a maneira de serem apresentadas as demonstrações contábeis seguindo as normas internacionais;
2- Conhecer as diretrizes e o conteúdo mínimo necessário para apresentação das demonstrações contábeis;
3- Identificar os principais aspectos do IAS 2 (inventory) com a edição e a publicação do CPC 16 (Estoques);
4- Reconhecer as formas corretas de avaliar os estoques de uma empresa.
Apresentação das demonstrações contábeis
A norma internacional IAS 1, editada e publicada pelo International Accounting Standards Board, foi nacionalizada pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis por meio do CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis. 
A norma do IASB determina a maneira de serem apresentadas as demonstrações contábeis seguindo as normas internacionais de contabilidade (IFRS) para fins gerais, incluindo diretrizes e conteúdo mínimo necessário a ser apresentado.
O IAS 1 tem o objetivo de estabelecer as bases para a apresentação das demonstrações contábeis, fazendo com que se tornem comparáveis entre si, não somente entre períodos distintos de uma mesma empresa, mas também entre empresas diferentes.
Ele é aplicável para as empresas que publicam suas demonstrações tanto individuais como consolidadas, quer estas empresas possuam fins lucrativos ou não.
Os pontos relacionados à continuidade das operações, à consistência na apresentação, à classificação das demonstrações contábeis e aos critérios de materialidade devem ser considerados pela administração durante o processo de preparação das demonstrações contábeis.
ATENÇÃO
Não devem ser feitas compensações entre ativos, passivos, receitas ou despesas, devendo a apresentação ser líquida. Só podem ser feitas se forem permitidas ou mandatórias por outra norma ou quando esta compensação reflita a realidade da transação financeira realizada. Para efeitos de exemplificação, o saldo total dos estoques pode ser apresentado de maneira líquida, sendo desconsiderados os valores relacionados à provisão para perdas previamente registradas.
Os dados de outros períodos, que permitirão as comparações temporais, devem ser apresentados em todos os valores divulgados, a não ser que exista outra norma vigente apresentando regulamentações ou interpretações de regulamentações contrárias, especificando que estas informações comparativas não sejam demonstradas.
Demonstrações contábeis
Quando se fala em demonstrações contábeis, deve-se considerar o seguinte conjunto:
• Balanço patrimonial;
• Demonstração do resultado do exercício (DRE);
• Demonstração das mutações do patrimônio líquido (DMPL);
• Demonstração dos fluxos de caixa (DFC), regulamentada pelo IAS 7;
• Notas explicativas (as quais incluem a totalidade das políticas contábeis utilizadas pelas empresas).
Pelo menos uma vez ao ano, as demonstrações contábeis precisam ser apresentadas pelas empresas. Nos casos de haver alterações na data do exercício social da empresa e, consequentemente, as demonstrações contábeis serem apresentadas em um período diferente de 1 ano, é necessária a especificação das razões para utilização de um período diferente de 1 ano, assim como o fato de as informações perderem o poder de serem comparadas.
ATENÇÃO
Isso vale não somente para o Balanço Patrimonial, para a Demonstração do Resultado do Exercício, para a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido e para a Demonstração dos Fluxos de Caixa.
Em se tratando de ativos e passivos, há de se realizar a diferenciação de correntes e não correntes na estrutura do Balanço Patrimonial, em ordem crescente de liquidez. 
O IAS 1 ainda especifica um requerimento mínimo de itens a serem apresentados no Balanço Patrimonial, na Demonstração do Resultado do Exercício e na Demonstração  das Mutações do Patrimônio Líquido, além de apresentar uma espécie de caminho para a identificação de itens adicionais. Por fim, evidencia a estrutura mínima a ser apresentada nas Notas Explicativas.
Diferenciação pode ocorrer, gerando a apresentação em ordem decrescente de liquidez, quando o usuário tiver informações mais ricas em relevância, confiabilidade e compreensibilidade. Os eventos chamados de subsequentes, os quais podem ser negociações adicionais para a postergação de datas de vencimento de dívidas, não devem ser levados em consideração quando da classificação dos itens correntes ou não correntes e para o imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro líquido diferidos, sendo estes dois últimos sempre considerados como não correntes.
Demonstração do Resultado do Exercício
A Demonstração do Resultado do Exercício deve ser apresentada pelas corporações, classificando os itens de resultado baseados na sua função ou na sua natureza.
 
A título de informação, o modelo utilizado no Brasil é o baseado na função das contas.
 Quando se vai definir, internamente nas empresas, que forma de Demonstração do Resultado do Exercício vai ser adotada, entre por natureza ou por função, a administração deve considerar aquele que gera informações com maior relevância e confiabilidade para os usuários desses dados.
ATENÇÃO
Em se apresentando a Demonstração do Resultado do Exercício por função de itens de receitas e de despesas, algumas informações adicionais por natureza, como depreciação, amortização, custos com funcionários, entre outros, devem ser divulgadas em Notas Explicativas. E, ainda, existindo outras receitas que superem as operacionais, torna-se mais interessante uma evidenciação da Demonstração do Resultado do Exercício por natureza.
Não há receitas ou despesas a serem classificadas como item extraordinário nas demonstrações contábeis, tanto componentes da Demonstração do Resultado do Exercício como em Notas Explicativas.
IAS 1 – Principais diferenças em relação às normas brasileiras
Neste momento, serão apresentadas algumas diferenças entre a norma internacional IAS 1 e as normas brasileiras.
Primeiramente, a norma IAS 1 não exige a apresentação da Demonstração do Valor Adicionado (DVA), sendo que esta demonstração se tornou obrigatória para as companhias abertas brasileiras com o advento da Lei 11.638 de 2007.
O objetivo principal desta lei foi a convergência das normas brasileiras às normas internacionais, interessante seria a exigência da divulgação da DVA como uma das componentes das Notas Explicativas, gerando a possibilidade de ser comparada com as demonstrações contábeis divulgadas pelas empresas em países que não o Brasil.
Outra diferença está relacionada aos itens de natureza eventual e que ocorrem com pouca frequência na estrutura patrimonial das entidades, devendo ser registrados como itens extraordinários.
De acordo com as normas internacionais, a apresentação da Demonstração do Resultado do Exercício pode ser feita com as contas de receitas e de despesas discriminadas por função ou por natureza e, seguindo as normas nacionais, esta demonstração deve ser apresentada por função.
Por fim, seguindo as normas internacionais, a participação dos acionistas não controladores é evidenciada no Patrimônio Líquido. Já de acordo com as normas nacionais, é apresentada entre o Passivo Exigível a Longo Prazo e o Patrimônio Líquido.
Detalhes da legislação brasileira e comparações
A CVM aprovou, por meio da deliberação no. 488 de 2005, a NPC nº. 27 do IBRACON, a qual regulamenta a apresentação e a divulgação das demonstrações contábeis.
Veja um exemplo de estrutura do Balanço Patrimonial, seguindo o especificado na norma IAS 1, apresentando as contas contábeis em ordem crescente de liquidez. Segundo o que se aprende no Brasil, a partir dos ditames da legislação societária e das normatizações adicionais da CVM, esta estrutura difere da apresentada pelas empresas brasileiras, pois não mostra as contas contábeis seguindo o grau decrescente de liquidez.
Confira a apresentação de uma estrutura sugerida, respeitando as normas internacionais. No entanto, a ordem de apresentação das contas contábeis seráa decrescente, considerando a liquidez.
Como se pode notar, a estrutura do Balanço Patrimonial no Brasil muito se assemelha às normas internacionais quando esta demonstração segue a ordem decrescente de liquidez na apresentação das contas contábeis.
A estrutura da DRE e a norma IAS 1
Abordaremos agora a estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), de acordo com as duas formas previstas na norma IAS 1, ou seja, por natureza e por função das contas. Existem algumas diferenças entre a Demonstração do Resultado por Exercício evidenciada por natureza ou por função.
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido e a norma IAS 1
Veremos a estrutura da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, de acordo com o que é preconizado pela norma internacional IAS 1, emitida pelo IASB.
ATENÇÃO
Pode-se verificar que no caso da DMPL, quando se comparam as normas brasileiras com as internacionais, não há diferenças significativas na apresentação dos dados por parte das empresas, o que confirma o fato de que o Brasil já possui parte do caminho em direção a convergências das normas brasileiras às normas internacionais completas.
IAS 2 – Estoques
Conceitualmente, os estoques estão ligados de maneira muito direta às atividades principais das empresas comerciais e industriais, sendo presentes em menor escala nas empresas prestadoras de serviços.
Os principais problemas ligados aos estoques estão relacionados à correta administração, controle, contabilização e, principalmente, à correta avaliação.
Para as empresas comerciais e industriais, citadas anteriormente, eles são enquadrados como um dos ativos mais importantes representativos tanto do capital circulante como da posição financeira consolidada, o que faz com que a sua correta avaliação tenha impacto direto na estrutura contábil das empresas envolvidas e, também, na apuração mais real do resultado líquido do exercício.
Recentemente, as empresas passaram a agir de forma mais incisiva na economia, atuando em diversos países de maneira simultânea e os seus estoques, os quais podem ser tangíveis ou intangíveis, requerem atenção especial. Considerando atividades normais de uma empresa, os estoques podem ser adquiridos de terceiros ou ser produzidos pela própria empresa, dependendo da estrutura do Imobilizado que tenha, além, é claro, da sua atividade-fim.
Segundo o pronunciamento internacional IAS 2 (inventory), adaptado para a realidade brasileira por meio do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, com a edição e publicação do CPC 16 (estoques), os estoques são espécies de ativos mantidos para a venda na sequência normal dos negócios de uma empresa, que estão em processo de produção para venda futura ou que se apresentam na forma de matérias-primas, suprimentos ou insumos que serão consumidos ou transformados durante o processo normal de prestação de serviço ou de produção.
Critérios de avaliação dos estoques
Na sequência, serão evidenciadas as maneiras de se avaliar corretamente os estoques de uma empresa, não importando qual seja a sua atividade principal ou a sua forma de tributação.
Vamos ver esses critérios?
Critério básico
Segundo o pronunciamento internacional, a regra para correta avaliação dos estoques é o valor de custo ou o valor realizável líquido, o que for menor. O valor realizável líquido é o valor considerado nas atividades normais da empresa, diminuído dos eventuais custos estimados para a sua conclusão e, também, dos gastos eventualmente incorridos para que a venda possa ser consumada.
Lei das Sociedades por Ações
Fazendo um paralelo com a legislação societária em vigor no Brasil, a alínea “b” do §1° do art. 183 da Lei das Sociedades por Ações, define valor justo como o preço líquido de realização mediante venda no mercado dos bens ou direitos destinados à venda, deduzidos os impostos e demais despesas necessárias para a venda, além da margem de lucro. Pode-se perceber que a legislação nacional acabou por se confundir, quando conceitua valor justo, se for feita a comparação com as normas internacionais em vigor.
Para efeitos de correta avaliação do custo dos estoques, nos produtos adquiridos com intenção de revenda, de matérias-primas ou de outros tipos de materiais utilizados no processo de produção, este é o custo de aquisição dos referidos itens. Já para os produtos em processo de produção e para os produtos acabados, este é o custo de produção.
ATENÇÃO
Em linhas gerais, o custo é o valor-base para a avaliação, mas nas situações em que sejam registradas perdas na sua utilidade ou a redução do preço de venda ou da sua reposição que reduza o valor recuperável a um valor abaixo do custo, deve-se assumir como valor de avaliação o preço de mercado que é inferior ao custo, por meio de um registro de uma perda que já é estimada, no entanto, mantendo-se os controles de estoques ao valor original de custo. 
Este procedimento tem o objetivo claro de eliminar a parcela dos custos dos estoques que já se estima não ser recuperável e deve ser aplicado para todos os inventários que a empresa possua ao término de cada exercício financeiro (coincidente com o ano civil), possibilitando o devido reconhecimento no ano em que estas reduções ocorreram e não no exercício financeiro em que o produto ou a mercadoria for vendido, reposto ou transformado em sucata.
Apuração do custo
Sendo conhecidos todos os componentes do custo de aquisição, o maior entrave reside no fato de a empresa adquirir quantidades diferentes de um mesmo produto com custos diferenciados e em datas diferentes. Com base nesta problemática, surge a dúvida maior sobre qual valor deve figurar nos estoques à data do levantamento do Balanço Patrimonial.
Na sequência, serão analisados os diversos procedimentos para o cálculo dos estoques e dos custos das operações.
Para o caso do Brasil, a legislação do Imposto de Renda apenas permite a utilização do método denominado de preço específico, do custo médio ponderado móvel ou a dos bens com aquisição mais recente (PEPS ou FIFO). 
Esta mesma legislação não permite a utilização do método em que o produto adquirido mais antigamente seja associado ao custo, sendo o seu uso muito eventual pelas empresas, chamado de UEPS.
ATENÇÃO
Ainda segundo a norma internacional, o custo dos estoques de itens que não sejam intercambiáveis e de bens ou serviços produzidos e separados para projetos específicos, deve ser atribuído pelo uso da identificação dos respectivos custos individualizados. No caso de itens que permaneçam em estoque, a contabilização deve ser feita pelo método PEPS ou pelo custo médio ponderado, mas para os itens de mesma natureza, devem seguir critérios semelhantes de avaliação.
O mesmo critério de custeio deve ser utilizado para todos os estoques que possuam natureza e uso semelhantes, mas para o caso de estoques que tenham natureza e uso distintos é admitida a utilização de critérios diferenciados para a sua correta valorização.
Dentre todas as possibilidades de atribuição dos valores unitários dos produtos ou mercadorias, sempre baseadas no custo ou no valor de aquisição, existem o Preço Específico, o PEPS ou FIFO, o UEPS ou LIFO e a Média Ponderada Móvel. 
Vamos analisá-los?
Preço Específico
O preço específico, embora legalmente autorizado, é economicamente inconveniente na maioria dos casos, apresentando-se como completamente inviável em outros.
 A aplicabilidade deste critério está ligada à valorização de cada unidade do estoque ao preço efetivamente pago pela aquisição de cada item. Apenas é usado quando existe a possibilidade de determinação do preço específico de cada unidade por identificação física. Somente é viável nos casos em que os estoques são compostos por pouquíssimos itens, tais como máquinas de alto valor agregado, por exemplo.
PEPS ou FIFO
Na utilização deste critério, a baixa dos itens dos estoques é realizada pelo custo de aquisição, seguindo as iniciais da sigla PEPS: Primeiro que Entra Primeiro que Sai (do inglês FIFO - First-In-First-Out). 
Conforme as operações vão acontecendo, por meio de vendas ou do consumo,a baixa é realizada sempre pelas primeiras compras feitas como prioridade, sendo consumidas ou dada baixa de venda das unidades adquiridas em data mais antiga.
Como exemplo, supõe-se uma situação hipotética inicial de estoque com 30 unidades semelhantes adquiridas a R$1.000.00, ocorrendo as seguintes operações:
• Dia 10: venda de 10 unidades por R$1.200,00;
• Dia 15: compra de 8 unidades por R$800,00;
• Dia 20: venda de 5 unidades por R$1.500,00.
Com o controle efetivo sendo realizado primeiro pelas camadas mais antigas, a ficha de controle de estoques fica evidenciada da seguinte forma:
O valor do custo das mercadorias que foram vendidas corresponde à saída total pelo preço de custo de R$15.000,00 (R$10.000 + R$5.000,00) avaliados pelas compras mais antigas e o saldo de estoque final a ser contabilizado é o de R$24.600,00 (R$15.000 + R$9.600,00), referindo-se às compras adquiridas mais recentemente.
UEPS ou LIFO
No critério denominado UEPS, a mecânica é exatamente a oposta da registrada anteriormente no método PEPS. 
 Aqui, a baixa é dada pelo custo da última mercadoria adquirida para o custo e o estoque, consequentemente, é avaliado pelas compras realizadas em datas mais antigas.
 Desta forma, o Último que Entra é o Primeiro que Sai (do inglês LIFO - Last-In-First-Out) neste mecanismo. O detalhamento destas operações não será realizado por meio de tabela pelo fato de ele não mais poder ser utilizado contabilmente pelas empresas.
Média Ponderada Móvel
Diferentemente de todos os 3 critérios que foram vistos, o valor do custo das unidades em estoque é alterado por meio de novas compras realizadas com preços diferentes de aquisição.
Este método evita a necessidade de controle por lote adquirido, conforme analisado anteriormente. No entanto, obriga um número maior de cálculos, propiciando valores mais aceitáveis por tratarem todo o estoque por um preço médio.
 Na prática das empresas nacionais, este é o método mais comumente utilizado, sendo, também, permitido pela legislação do Imposto de Renda.
Como exemplo, supõe-se uma situação hipotética inicial de estoque com 30 unidades semelhantes adquiridas a R$1.000.00, ocorrendo as seguintes operações:
• Dia 10: venda de 10 unidades por R$1.200,00;
• Dia 15: compra de 8 unidades por R$800,00;
• Dia 20: venda de 5 unidades por R$1.500,00.
Seguem os controles realizados na tabela a partir do método denominado Média Ponderada Móvel:
Nesta situação, o custo das mercadorias vendidas é de R$14.714,29 (R$10.000,00 + R$4.714,29) e o estoque final foi de R$21.685,71, ambos avaliados pelo custo ponderado móvel, que avalia não somente o preço, mas também as quantidades compradas.
Produtos em processo e produtos acabados
Os produtos em processo e os produtos acabados, com relação a seus valores registrados como custos de estoques, devem ser apresentados no Balanço Patrimonial pelo custeio real por absorção, isto é, com a inclusão de todos os custos considerados diretos (material, mão de obra etc)e indiretos (custos gerais de fabricação) que são necessários para deixar um produto em condições de venda.
Veja o que a norma internacional IAS 2 preconiza sobre as empresas que possuem como atividades a prestação de serviços.
Prestação de serviços
Em se tratando das empresas que possuem como atividades a prestação de serviços, a norma internacional IAS 2 - traduzida para o português para o pronunciamento CPC 16 - preconiza que conforme existam estoques de serviços em andamento, também chamados de estoques em elaboração, devem ser avaliados pelos custos de produção, neste caso, representados pelos custos de mão de obra, eventuais materiais utilizados, o pessoal envolvido diretamente na prestação de serviços etc., e que a receita ainda não tenha sido reconhecida pela empresa, este último ponto conceitual relacionado com a norma internacional referente à receita.
Para o caso dos prestadores de serviços, o custo dos estoques não inclui as margens de lucro e, muito menos, os custos gerais que não possuam atribuição direta à prestação de serviço, os quais são frequentemente incluídos nos preços cobrados pelos prestadores de serviços, tais como salários e outros custos relacionados com vendas e com pessoal administrativo. Eles não podem ser incluídos no custo, pois devem ser reconhecidos como despesas do período em que foram incorridos.
Já o custo indireto incorrido na prestação de serviços, tal como é o raciocínio para uma empresa manufatureira, deve ser incluído no custo dos serviços em andamento na estrutura do ativo e, depois de efetivada a prestação do serviço, transferido para o custo dos serviços prestados como uma conta de resultado.
Custo padrão e Custo real
Conceitualmente, o custo padrão é o método de custeio pelo qual o valor de cada item componente do estoque é determinado, de maneira prévia à produção, com base nas especificações de cada item do estoque, nos elementos de custo e em condições previstas para a produção. 
Por ser uma forma dinâmica, o custo padrão é uma metodologia que pode ser adotada considerando a totalidade dos estoques, apenas parcialmente ou, ainda, por elementos de custo.
 Sendo assim, os estoques são apurados baseados em custos unitários padronizados e os custos de produção reais são apurados e comparados com os padrões previamente estabelecidos, sendo as diferenças registradas nas referidas contas de variação.
Este procedimento tem o principal objetivo de fornecer uma melhor análise das operações e, também, possibilitar a identificação de ineficiências e/ou perdas, tendo estas informações como referência para eventuais medidas corretivas de períodos futuros.
De acordo com a norma internacional, o custo padrão considera os níveis normais de utilização de materiais e de bens de consumo, de mão de obra e de eficiência na utilização da capacidade produtiva. Isto acontece a fim de que os custos gerais alocados para cada unidade de produção não aumentem por causa dos efeitos de ociosidade ou de sazonalidade da demanda.
 Dessa forma, fica claro que o custo padrão é muito mais utilizado por empresas de grande porte ou que possuam operações com volume considerável, além de linhas de produção ou de montagem que se utilizem de uma grande quantidade de peças ou componentes produtivos.
O custo padrão é muito mais utilizado por empresas de grande porte ou que possuam operações com volume considerável, além de linhas de produção ou de montagem que se utilizem de uma grande quantidade de peças ou componentes produtivos.
Há de ser considerado que o custo padrão é um valor que a empresa deveria seguir, não sendo a correta referência para avaliação dos estoques para o momento da elaboração do Balanço Patrimonial.
Sendo assim, este sistema deve ser utilizado no decorrer do exercício financeiro, pois é muito útil no processo de planejamento operacional, avaliando a sua eficiência, além de estabelecer os preços de venda, retornando ao custo histórico (ou real) para efeitos de avaliação dos estoques no Balanço Patrimonial.
As eventuais diferenças entre custo-padrão e custo real devem ser divididas de maneira proporcional entre os estoques e o custo dos produtos vendidos, que é uma conta de resultado. Apenas pode ser utilizado o custo-padrão para efeitos de Balanço Patrimonial quando a diferença entre ele e o real for insignificante, garantindo que os estoques sempre estejam com valores correspondentes aos valores de custo.
Produtos animais, extrativos e agrícolas
Como foi visto anteriormente nesta unidade, todos os conceitos e procedimentos ligados aos estoques e aos custos de produção eram efetivamente aplicáveis para indústrias, empresas comerciais ou prestadoras de serviços. 
Isto não quer dizer que eles não sejam aplicáveis a empresas com outros objetivos, tais como aquelas ligadas à atividade pecuária, de produção agrícola, assim como de empresas com atividades de extração de recursos naturais, quer sejam minerais ou florestais no que se refere à avaliação de seus estoques. Para essas empresas, ao invés do custo, é adotado o valor justo como base de avaliaçãopara os estoques.
Neste sentido, já existe uma normatização internacional, adaptada para a realidade brasileira por meio do pronunciamento CPC 29, que trata de ativos biológicos e de produção agrícola. Este pronunciamento diferencia produto agrícola como produto colhido ou obtido a partir de um ativo biológico de uma empresa.
Conceitua ativo biológico como um animal ou uma planta vivos, os quais produzem um determinado artigo agrícola. Por fim, a transformação biológica é definida pela norma internacional como o processo de crescimento, de degeneração, de produção e de procriação, que causa mudanças qualitativas e quantitativas nos ativos biológicos. No entanto, este pronunciamento não será objeto de estudo nesta unidade.
Considerando produtos agrícolas que tenham características semelhantes às commodities, vale a regra de avaliação a valor justo, descontado das despesas incorridas para a realização das respectivas vendas.
ATENÇÃO
Mas é importante saber que, se os produtos tiverem a característica de matéria-prima, isto é, se forem considerados na utilização de um processo industrial normal, serão estoques tais como os vistos anteriormente, sendo avaliados pelo valor realizável líquido ou pelo valor de custo, dos dois o que for menor.
Segundo a norma internacional, as alterações de valor devem ser reconhecidas no resultado do exercício em que tenham sido verificadas as alterações. As empresas devem, ainda, evidenciar o método e as premissas significativas aplicados na determinação do valor justo de cada produto agrícola no momento em que for realizada a colheita.
As normas concernentes à legislação do Imposto de Renda também são citadas, quando indicam que os estoques de produtos agrícolas, animais e extrativos poderão ser avaliados aos preços correntes de mercado, conforme as práticas usuais em cada tipo de atividade. Este texto se refere ao art. 297 do Regulamento do Imposto de Renda.
Adicionalmente, estas normas quando aplicadas, restringem-se aos estoques que são destinados à venda, sendo que as contas de almoxarifados gerais, materiais e matérias-primas destas empresas devem, obrigatoriamente, estar avaliadas na base do custo real, conforme já foi estudado anteriormente.
Nesta aula, você:
Conheceu a maneira de serem apresentadas as demonstrações contábeis seguindo as normas internacionais;
Conheceu as diretrizes e o conteúdo mínimo necessário para apresentação das demonstrações contábeis;
Identificou os principais aspectos do IAS 2 (inventory) com a edição e publicação do CPC 16 (estoques);
Reconheceu as formas corretas de avaliar os estoques de uma empresa.
 1.Assinale a alternativa que apresenta as demonstrações contábeis sujeitas à normas internacional IAS 1:
Parte superior do formulário
 1) Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, Demonstração dos Fluxos de Caixa e Notas Explicativas. 
 2) Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício. 
 3) Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício e Demonstração dos Fluxos de Caixa. 
 4) Balanço Patrimonial e Notas Explicativas. 
 5) Balanço e Demonstração de Fluxo de Caixa. 
Parte inferior do formulário
2.Assinale a lei brasileira que definiu como obrigatória a confecção e a publicação da Demonstração do Valor Adicionado em terras nacionais:
Parte superior do formulário
 1) Lei 11.941 de 2009 
 2) Lei 8.666 de 1993 
 3) Lei 6.404 de 1976 
 4) Lei 11.638 de 2007 
 5) MP 449/08 
Parte inferior do formulário
3.Assinale as duas formas de se avaliar corretamente os estoques, segundo a norma internacional IAS 2:
Parte superior do formulário
 1) Valor de custo ou valor de mercado, o que for menor. 
 2) Valor de custo ou valor realizável líquido, o que for menor. 
 3) Valor de custo ou valor médio de realização, a depender da vontade da empresa. 
 4) Valor de custo ou valor realizável líquido, o que a empresa definir como mais conveniente. 
 5) Valor de custo ou valor de mercado, o que for maior. Parte inferior do formulário

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