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Diagnóstico por imagem – Neurorradiologia: Trauma João Victor Santos Gomes Exercícios de Revisão da neuroanatomia - Tálamo Putamen no início da seta - Cerebelo - Tenda do cerebelo - Corpo Caloso - IV ventrículo - Lobo temporal TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO = TCE - Estudo de escolha é a TC sem contraste = rápido, disponível e preciso - RM é mais demorado - RX não consegue ver todas as estruturas que precisa Fratura depressiva = afundamento a palpação Fratura de base de crânio = sinal de guaxinim, hemotimpano etc. Mecanismo perigoso = ex: ejeção de automóvel - Quando formos avaliar a tomografia lembrar sempre de avaliar 2 janelas: . Janela óssea . Parênquima - Imagem serve para avaliar danos primários e secundários - Danos primários: . hemorragias = intracraniana (extra axial ou intraparenquimatosa) e extracraneana (subgaleal) - Extra-axial = Epidural ou extradural; Subdural; subaracnoide - Intraparenquimatosa = contusões hemorrágicas . Fraturas = sempre procurar pneumoencefalo em fraturas - Danos secundários: efeitos secundários ao trauma = calota craniana é uma estrutura fixa, ela não aumenta nem reduz de tamanho, logo se temos um hematoma na cabeça vamos ter algum grau de compressão do parênquima cerebral podendo evoluir com edema cerebral, herniacao cerebral, hidrocefalia, isquemia ou infarto ➢ Hematoma subgaleal = famoso galo Hematoma nas partes moles Extracraniano Comum ➢ Hematoma epidural Intracraniano É um hematoma agudo = geralmente hematomas de veias que são crônicos Extra-axial = fora do parênquima cerebral Entre o crânio e a dura-mater É o mais externo dos hematomas intracranianos Dano da artéria meníngea média = sangramento intenso, demanda cuidado pois esse sangramento tem um potencial de sangramento muito grande Todo hematoma tem possibilidade de comprimir estruturas adjacentes, mas quando falamos de um hematoma de origem arterial, pelo fato de ter grandes possibilidades de crescimento ele tem o potencial de comprimir outras estruturas ainda maior que outros hematomas . Intervalo lucido = paciente sofre o trauma, perde a consciência, depois de um tempinho ele recupera a consciência depois ele perde a consciência de novo - Hiperdenso - biconvexo = ( ) - Coleção extra-axial, de aspecto biconvexo, frontal, a direita Repare que na TC a substância cinzenta é mais branquinha que a substância branca, nessa imagem a gente pode ver que essa substância cinzenta do córtex ta sendo empurrada Além de apagar os sulcos o ventrículo lateral direito foi comprimido ➢ Hematoma Subdural Extra axial Entre a dura mater a aracnoide TCE e quedas = principais causas Vem de lesões de veias corticais = evolução mais insidiosa Formato em crescente (meia lua) Não respeita linhas de suturas Limitados por reflexões meníngeas = acompanha a foice do cérebro e o tentorio (tenda do cerebelo) - Aqui temos apagamento dos sulcos, compressão dos ventrículos e o hematoma ultrapassa as suturas cranianas (esse dado é importantíssimo para diferenciar entre epidural e subdural) Na imagem ao lado no hemisfério direito temos um hematoma epidural agudo e do lado esquerdo temos um hematoma subdural agudo Vemos nessa imagem o córtex sendo empurrado para dentro Epidural = parece uma laranja Subdural = parece uma banana O epidural costuma a ser menos extenso que o subdural, já que o subdural ultrapassa as suturas O subdural também acompanha seios venosos e flexões meníngeas - Agudo = geralmente em adultos pós trauma - Crônico = geralmente em idosos que sofreram microtraumas no dia a dia - Hematoma subdural crônico, frontoparietal a esquerda, com efeito compressivo sobre o parênquima (apagamento dos sulcos corticais, apagamento dos ventrículos laterais - Subdural crônico com agudização Efeito compressivo (apagamento dos sucos, deslocamento da linha media, compressão ventricular) Temos na imagem ao lado um hematoma subdural crônico bilateral (T1 imagem da esquerda e T2 imagem da esquerda) ➢ Hematoma subaracnóideo - Entre a aracnoide e a pia mater - Dos extra axiais é o mais próximo do parênquima - Pode ser causado por: . Trauma (mais comum) devido ao rompimento de vasos subaracnoides . Hemorragia subaracnóidea espontânea = devido a ruptura de aneurismas ou malformações arteriovenosas - Nessa imagem ao lado podemos reparar que os sulcos ao invés de estarem pretinhos estão todos brancos, hiper densidade, isso é hemorragia subaracnóidea ➢ Contusão Hemorrágica - Intra axial - Relacionado com trauma - Se localiza próximo das protuberâncias ósseas = alguma estrutura óssea bate no parênquima - Mais na periferia do parênquima - Principais regiões de protuberâncias ósseas = fossa craniana anterior, polos temporais e locais de golpe e contragolpe Golpe e contragolpe = parênquima “balança” e bate em duas extremidades opostas da calota craniana = logo podem ter hematomas dos dois lados (local do trauma e sua extremidade oposta) Polos temporais Polos frontais Nessa imagem temos contusões hemorrágicas, um pouco de hematoma subaracnóidea. Reparar que temos umas protuberâncias bilaterais externas a calota craniana, é o musculo temporal não hematoma subgaleal Temos aqui uma fratura com afundamento Reparar que posteriormente não temos uma fratura e sim a união da sutura lambdoidea Sempre avaliar bilateralmente quando procurar uma fratura, se tiver de um lado e não tiver do outro possivelmente é fratura, se for bilateral e simétrico possivelmente é sutura ➢ Pneumoencéfalo - Pós cirúrgico pode ser normal Pós trauma nunca é normal Regiao hipodensa na área frontal e nos sulcos cerebrais A gente ver que estar na mesma cor do gas externo a calota craniana ➢ Lesão axonal difusa - Comum em acidentes automobilísticos, moto ciclísticos Vemos focos de hemorragias em algumas localizações típicas Ela mais central = diferencia das contusões hemorrágicas que são mais corticais/periféricas - São sangramentos pequenos difíceis de identificar na TC Muitas vezes a TC pode inclusive estar normal e o que faz a gente desconfiar de lesão axonal difusa é a dissociação clínico radiológica = caso clínico incompatível com as imagens da TC do paciente - RM é mais sensível Nessa imagem o paciente além de ter as lesões axonais difusas, ele tem apagamento de sulcos corticais difuso por edema cerebral - RM em FLAIR e T2 - Sequência SWI = identifica focos de calcificação ou sangramento - Sangramento em baixo sinal - Todas essas bolinhas pretas são focos de sangramentos ➢ Herniações cerebrais - Ocorre em qualquer situação com efeito compressivo (edemas, tumores etc.) Efeito compressivo causa deslocamento do parênquima = herniação cerebral - Desvio da linha média = herniação subfalcina - Transtentorial = central (tálamo e tronco descem devido ao efeito compressivo) e uncal (lobo temporal hernia medialmente) - Tonsilar = tonsilas cerebelares (porções inferiores do cerebelo) descem em direção ao forame magno . Subfalcina Mais comum desvio da linha média giro do cíngulo desvia para o outro lado abaixo da foice do cérebro Na imagem ao lado temos um hematoma subdural com uma herniação subfalcina . Transtentorial descendente Efeito de massa bilateral e simétrico = central Uncal =sempre olhar cisternas da base Uncal = comprime tronco = repercussão clínica importante = precisamos agir rápido Quando o efeito compressivo compromete os dois lados do parênquima = mais comum a central Quando o efeito compressivo acontece só de um lado = mais comum a uncal = desce abaixo da tenda do cerebelo e ocupa as cisternas perimesencefalicas que passam a não ser mais visualizadas no exame de imagem Tonsilar = >3mm do forame magno = gera compressão do tronco e compromete centro respiratório cardíaco