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Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBNs) LDB 4.024/61 Segundo Cecília Queiroz (2007), a Lei no 4024/61 foi a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBN) elaborada no Brasil, caracterizada por não ter qualquer preocupação com o ensino básico. Na oportunidade, houve um grande debate no Congresso Nacional, concluindo-se com uma lei que não correspondeu nenhuma das expectativas dos envolvidos no processo. Na realidade, tornou-se uma solução de compromissos entre os defensores das escolas da rede particular vinculada à igreja, que buscava manter-se no sistema educativo, após perder seu mandato durante o início do século, lutou para preservar os privilégios para os filhos das elites. Nas palavras de Saviani (1997), a Lei n º 4.024/61 era inócua, ou seja, que não prejudica, mesmo privilegiando a elite, tal qual é a Lei n° 9394/96, atualmente em vigor, mas vale lembrar também que, antes disso, não havia no Brasil uma lei específica para a educação. Nessa perspectiva, podemos afirmar que mesmo que tenha sido pequeno, sua promulgação trouxe um avanço para as questões educacionais. LDB 5.540/68 O texto da Lei 5540/68 revestiu-se de um caráter autoritário, que caracterizou a quase totalidade dos atos do regime militar. De tal modo, que além de enfatizar no Art. 16, parágrafo 4º, “a manutenção da ordem e disciplina”, demonstra-se uma preocupação saneadora, ainda pouco sistematizada pelo oferecimento de formação cívica e física aos estudantes (BRASIL, 1968). Em resumo, a política educacional instituída precisou adaptar o sistema educacional ao atendimento dos interesses do governo da época (Ditadura Militar), que tinha como meta um crescimento econômico urgente do país, custasse o que fora preciso, reprimindo seus opositores e com o intuito de formar homens para o mercado de trabalho e a produção e não pessoas para o mundo social. . LDB 5.692/71 Conforme Filomena Moita (2007), a “nova” orientação dada à educação representava a preocupação com o aprimoramento técnico e o incremento da eficiência e maximização dos resultados e tinha como decorrência a adoção de um ideário que se configurava pela ênfase no aspecto quantitativo, nos meios e técnicas educacionais, na formação profissional e na adaptação do ensino as demandas da produção industrial. A profissionalização referida pela Lei N° 5692/71 assenta-se sobre a intenção de estabelecer-se uma interação direta entre formação educacional e mercado de trabalho. (BRASIL, 1971). Conclui-se que esse período foi marcado pela ainda valorização do homem como máquina para o trabalho e para acelerar este processo foi enfatizado a questão dos ensinos técnicos e profissionalizantes que ganharam força na época, pois formava os trabalhadores mais rápido do que as universidades, e poucos tinham oportunidade de frequentar um centro universitário naquela época (ROMANELLI, 1987). LDB 9.394/96 A legislação brasileira, na área educacional, a rigor, apresentou um grande avanço com a promulgação da Constituição de 1988. Foi a partir desta constituição que começou a se pensar sobre os aspectos que seriam inseridos na LDB 9394/96, atualmente em vigor com características mais “sociais”, ao contrário das características voltadas a preparação de mão de obra das outras LDBNs (SAVIANI, 1997). A nova Lei, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, teve um início diferente da tradição de leis criadas para a educação no país. Foi instituída em 20 de dezembro de 1996, promovendo a descentralização e a autonomia das escolas e universidades, permitindo, ainda, a criação de um processo regular de avaliação do ensino brasileiro. A LDB promove a autonomia, também, dos sistemas de ensino e a valorização do professor e do magistério, pelo menos na teoria e no papel.
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