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14 PODER JUDICIÁRIO

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PODER JUDICIÁRIO - 
ÓRGÃOS
ÍNDICE
1. COMPOSIÇÃO DOS TRIBUNAIS SUPERIORES: SUPREMO TRIBUNAL FEDER-
AL (STF) E SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ). ..............................................5
STF – Supremo Tribunal Federal ................................................................................................................................. 5
STJ – Superior Tribunal de Justiça .............................................................................................................................. 5
2. COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA - ARTS. 102, I E 105, I DA CF/88. ........................9
STF ....................................................................................................................................................................................................9
STJ ....................................................................................................................................................................................................14
Efeito das decisões do STF – Supremo Tribunal Federal .........................................................................17
3. COMPETÊNCIA RECURSAL - ARTS. 102 II E III E 105, II E III. ...........................19
STF – Supremo Tribunal Federal ................................................................................................................................19
STJ – Superior Tribunal de Justiça .............................................................................................................................19
Controle de Constitucionalidade ................................................................................................................................21
4. CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA .................................................................... 27
Competência dos Tribunais Regionais Federais ...........................................................................................29
Competências dos Juízes Federais ........................................................................................................................30
Foro Competente ..................................................................................................................................................................31
Deslocamento de Competência (art. 109, §5º, CF/88) ..............................................................................31
Órgãos (art. 111, CF/88) .....................................................................................................................................................32
Composição do TST (art. 111-A): ................................................................................................................................ 33
Competência do TST ........................................................................................................................................................34
Negociação coletiva e arbitragem (art. 114, §§1º e 2º). ...............................................................................35
Greve em atividade essencial (art. 114, §3º, CF/88). ....................................................................................36
Composição dos Tribunais Regionais do Trabalho (art. 115, CF/88). ..............................................36
Justiça Itinerante (art. 115, §1º, CF/88). ..................................................................................................................36
Composição do TSE (art.119 CF/88) .......................................................................................................................37
Composição do TRE (art.120, § único CF/88) .................................................................................................37
Decisões do TSE (art. 121, §3º, CF/88) ..................................................................................................................38
Decisões do TREs (art. 121, §4º) ................................................................................................................................38
ÍNDICE
Competência (art. 124, CF/88). ..................................................................................................................................39
Competência (art. 124,§1º CF/88) ............................................................................................................................39
Estrutura .....................................................................................................................................................................................39
Representação de Inconstitucionalidade Estadual (art. 125, §2º, CF/88) ...................................39
Justiça Militar Estadual (art. 125, §3º, CF/88) .................................................................................................39
Competência da Justiça Militar Estadual (art. 125, §4º, CF/88) .........................................................40
Tribunais de Justiça (art.125, §6º e 7º, CF/88) .................................................................................................40
Questões agrárias (art. 126, CF/88). .......................................................................................................................40
1 
COMPOSIÇÃO 
DOS TRIBUNAIS 
SUPERIORES
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1. Composição dos Tribunais Superiores: Supremo Tribunal 
Federal (STF) e Superior Tribunal de Justiça (STJ).
STF – Supremo Tribunal Federal
O art. 101 da Constituição Federal de 1988 diz que o Supremo será composto por 11 
ministros (veja, aqui falaremos destes ministros, que são os juízes do Supremo. Não se 
confundem eles com os ministros dos órgãos de governo!), sendo escolhidos dentre 
cidadãos com mais de 35 anos e menos de 65, que possuam notável saber jurídico e 
reputação ilibada. Já o parágrafo único do mesmo artigo diz que os Ministros do STF 
serão indicados pelo Presidente da República e possivelmente nomeados por ele, se 
aprovados pela maioria absoluta do Senado Federal.
• Notável saber jurídico: Esse pressuposto não nasceu juntamente com a Constituição de 
1988. A CF de 1891 já havia estabelecido como requisito de investidura do cargo o “saber 
jurídico”. O requisito do “notável saber jurídico” refere-se à habilitação profissional e científi-
ca de alto grau nas matérias sobre as quais o tribunal tem o dever de se pronunciar, isto 
é, pressupõe-se que os nomeados ao cargo de Ministro tenham competência integral do 
Direito para julgar os casos que merecem julgamento pela Corte.
• Reputação ilibada: Sobre este requisito, apesar de não estar expressamente definido na 
CF, diz-se que se relaciona com o princípio da moralidade pertencente à Administração 
Pública, isto é, ao detentor de cargo público é exigida uma atuação ética, honrosa, íntegra.
• Prova da escolha pela maioria absoluta do Senado: A escolha de um Ministro necessaria-
mente se faz a partir da indicação feita pelo Presidente da República, devendo esta ser nec-
essariamente chancelada pelo Senado Federal. Ou seja, o Presidente indica e o candidato 
passa por uma sabatina no Senado Federal que, ao final, votará pela aceitação ou rejeição 
do candidato ao cargo.
STJ – Superior Tribunal de Justiça
O art. 104 da CF/88 diz que o STJ será composto por, no mínimo, 33 Ministros. Já o 
parágrafo único preconiza que os Ministros serão nomeados pelo Presidente dentre 
brasileiros que tenham mais de 35 anos e menos de 65, de notável saber jurídico e 
reputação ilibada, após aprovação pelo Senado Federal, por maioria absoluta, sendo:
• 1/3 (dos 33 Ministros) composto por juízes do TRF (Tribunal Regional Federal), e
• 1/3 dentre os desembargadores do TJ (Tribunais de Justiça), sendo estes indicados por 
uma lista tríplice elaborada pelo próprio tribunal.
• 1/3, em partes iguais, dentre advogados, membros do MPF (Ministério Público Federal), 
MP Estadual, MP doDistrito Federal e Territórios, alternadamente. (Isto é, 11 candidatos), na 
forma do art. 94 CF (lista sêxtupla, escolhidos pelo Poder Executivo).
Isto é, 11 juízes vindos do TRF, 11 desembargadores oriundos do TJ e 11 membros escolhidos 
dentre advogados e membros do Ministério Público.
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Processo de escolha ministerial (classe de desembargadores do TJ’s e juízes do TRF): 
De acordo com o art. 104 da CF/88, incumbe ao Superior Tribunal de Justiça escolher a 
composiçao ministerial.
A escolha dos juízes (1/3) e desembargadores (1/3) é feita pelo plenário do STJ, 
todavia, os candidatos devem se candidatar para a vaga ministerial para os seus 
respectivos tribunais, por exemplo: Candidatam-se para a vaga de Ministro do STJ: 
1) o juiz Marcos, titular da 1ª Vara Criminal da Comarca Beta do Estado X, 
2) a juiza Cristiana, titular da 2ª Vara Civil da Comarca Ômega do Estado X, Mafalda, 
3) a juiza Letícia, titular da 3ª Vara de Recuperação e Falência da Comarca Alfa do Estado 
X, e mais 6 juizes.
O Tribunal do Estado X, a partir disso, elaborará uma lista chamada “lista tríplice” com 
o nome dos mais votados daquele Estado X para ocupar a vaga ministerial. No nosso 
exemplo, vamos supor que só exista 1 vaga Ministerial para ocupar o cargo de Ministro 
do STJ. Essa lista será enviada para a Presidência da República para indicação de apenas 
1 nome.
Importante ressaltar que o exemplo acima se trata do processo de escolha pertencente 
a classe de juízes do TRF e desembargadores dos TJ’s.
Processo de escolha ministerial (classe advogados e membros dos MP’s): a escolha dessa 
classe é distinta do processo das classes dos juízes do TRF e desembargadores dos 
TJ’s. Entre advogados e membros do Ministério Público, o Plenário do STJ recebe uma 
lista chamada de “lista sêxtupla” formada pelas entidades representativas das classes, e 
seleciona 3 nomes (podendo ser 2 advogados e 1 membro do MP ou 2 membros do MP 
e somente 1 advogado), isto é, o candidato dessa classe terá, no mínimo, a chance de 
concorrer a 1 vaga, sendo a outra escolhida de forma alternada.
Após o processo de escolha de cada classe, os nomes são enviados ao Presidente da 
República e este indicará os nomes para a Comissão de Cidadania do Senado Federal, 
razão pela qual os indicados passarão por uma sabatina e depois por votação no Plenário 
do órgão. As votações, tanto no Plenário do STJ quanto no Senado Federal, são secretas. 
Após a aprovação do Senado Federal, o escolhido será nomeado pelo Presidente da 
República, sendo empossado para o cargo e nomeado Ministro do Superior Tribunal de 
Justiça. 
 
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MACETE:
Para gravar o número de ministros presentes no STF e STJ…
STF: Somos Time de Futebol = 11 Ministros (11 jogadores de futebol)
STJ: Somos Todos Jesus = 33 Ministros (Jesus morreu com 33 anos)
2 
COMPETÊNCIA 
ORIGINÁRIA - ARTS. 
102, I E 105, I DA CF/88
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2. Competência Originária - Arts. 102, I e 105, I da CF/88.
STF
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
O “Caput” do art. 102 da Constituição Federal já discrimina expressamente que a 
atribuição maior do STF é a guarda da Constituição. Essa função precípua significa que 
a “última palavra” sobre matéria constitucional questionada é feita pelo STF. Quem 
exerce a jurisdição (dizer o direito) nesta matéria, portanto, é exclusivamente o STF. 
Nesse sentido, o STF, em comentário sobre o art. 102, caput, da Constituição, editou o 
seguinte comentário:
Controle concentrado de constitucionalidade
A força normativa da Constituição da República e o monopólio da última palavra, pelo STF, em matéria 
de interpretação constitucional. O exercício da jurisdição constitucional – que tem por objetivo preservar 
a supremacia da Constituição – põe em evidência a dimensão essencialmente política em que se projeta 
a atividade institucional do STF, pois, no processo de indagação constitucional, assenta-se a magna 
prerrogativa de decidir, em última análise, sobre a própria substância do poder. No poder de interpretar 
a Lei Fundamental, reside a prerrogativa extraordinária de (re)formulá-la, eis que a interpretação judicial 
acha-se compreendida entre os processos informais de mutação constitucional, a significar, portanto, 
que “A Constituição está em elaboração permanente nos Tribunais incumbidos de aplicá-la”. Doutrina. 
Precedentes. A interpretação constitucional derivada das decisões proferidas pelo STF – a quem se 
atribuiu a função eminente de “guarda da Constituição” (CF, art. 102, caput) – assume papel de essencial 
importância na organização institucional do Estado brasileiro, a justificar o reconhecimento de que o 
modelo político-jurídico vigente em nosso país confere, à Suprema Corte, a singular prerrogativa de dispor 
do monopólio da última palavra em tema de exegese das normas inscritas no texto da Lei Fundamental. 
[ADI 3.345, rel. min. Celso de Mello, j. 25-8-2005, P, DJE de 20-8-2010.]= AI 733.387, rel. min. Celso de Mello, 
j. 16-12-2008, 2ª T, DJE de 1º-2-2013. Vide HC 91.361, rel. min. Celso de Mello, j. 23-9-2008, 2ª T, DJE de 6-2-
2009. Vide RE 227.001 ED, rel. min. Gilmar Mendes, j. 18-9-2007, 2ª T, DJ de 5-10-2007. Fonte: (ADAPTADA) 
No que se refere à competência originária do STF, que significa que o processo já se 
iniciará no Supremo (distribuído), a ele são atribuídas as seguintes prerrogativas:
I - processar e julgar, originariamente:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória 
de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;
Trata-se de ações específicas que discutem a legitimidade de uma norma em face da 
constituição, isto é, se ao STF cabe a guarda da Constituição, é natural que ele tenha 
competência para processar e julgar as ações que a ataquem ou firam.
Vale relembrar os conceitos das ações:
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• ADIn – Ação Direta de Inconstitucionalidade: ataca lei ou ato normativo editado pelo 
poder legislativo/executivo federal ou estadual que seja atentatório contra a CF, julgando-se, 
inclusive, eventual pedido de liminar.
• ADECon: Ação Declaratória de Constitucionalidade: visa a afirmar a constitucionalidade 
de lei ou ato normativo federal, tão somente.
• ADPF – Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental: ataca lei ou ato norma-
tivo de origem federal, estadual ou municipal com base em algum ferimento do disposto a 
preceitos normativos consolidados em nosso ordenamento, genericamente falando. (Art. 
102, § 1º, CF: A arguição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta 
Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei.)
b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso 
Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República;
Nessa alínea, a Constituição expressa o que, na doutrina jurídica, chama-se “foro 
privilegiado” ou “foro por prerrogativa de função”, significando dizer que aqueles que 
são detentores de cargos de “alto escalão” FEDERAL não serão processados e 
julgados pela justiça comum, mesmo que o crime que se tenha cometido seja 
independente de exercício de cargo ou função pública. Ex.: Michel Temer, com dolo de 
matar, profere 5 tiros contra Dilma Roussef, ainda sendo Presidente da República. 
Nesse caso, o Michel Temer será processado e julgado, invariavelmente, no STF; não na 
justiça comum.
c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes 
da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais 
Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter permanente;
Os Ministros de Estado, os Comandantes das Forças armadas e chefes de missão 
diplomática, regra geral, são processados e julgados no STF, contudo, quando se tratar de 
remédio constitucional,quando forem autoridades coautoras (quem mandou prender) 
desses remédios, o processo poderá se iniciar no STJ.
Sobre a exceção contida no art. 51, inciso I da CF/88, o Supremo editou comentário 
pertencente à matéria:
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A Constituição Estadual não pode condicionar a instauração de processo judicial por crime comum contra 
Governador à licença prévia da Assembleia Legislativa. A república, que inclui a ideia de responsabilidade 
dos governantes, é prevista como um princípio constitucional sensível (CRFB/1988, art. 34, VII, a), e, 
portanto, de observância obrigatória, sendo norma de reprodução proibida pelos Estados-membros a 
exceção prevista no art. 51, I, da Constituição da República. Tendo em vista que as Constituições Estaduais 
não podem estabelecer a chamada ‘licença prévia’, também não podem elas autorizar o afastamento 
automático do Governador de suas funções quando recebida a denúncia ou a queixa-crime pelo Superior 
Tribunal de Justiça. [ADI 4.362, rel. p/ o ac. min. Roberto Barroso, j. 9-8-2017, P, DJE de 6-2-2018.]. Fonte: 
site do STF.
Relembremos o caso ensejador do Impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, que é 
um exemplo da exceção contida no art. 51, inciso I da CF: a denúncia foi realizada, sendo 
o procedimento iniciado na Câmara dos Deputados, que foi aceito pelo seu Presidente 
(à época Eduardo Cunha); após o recebimento, foi formada uma comissão especial com 
65 Deputados Federais a fim de se examinarem as alegações e provas de autoria e 
materialidade do fato criminoso imputado à acusada; depois de formada a comissão, 
a ex-presidente Dilma teve direito a defesa, sendo ouvida e, logo após, foi elaborado 
um parecer favorável ao impeachment por essa comissão. Os Deputados votaram 
em plenário se acatariam ou não o parecer favorável e, como sabemos, o parecer foi 
acatado. A ex-presidente foi afastada do cargo, o processo foi enviado ao Senado 
Federal e, em sessão presidida pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal, foi votado 
pelos Senadores para finalmente se definir se, de fato, a ex-presidente perderia ou não 
seu cargo pelo impeachment. Como sabemos, houve Impeachment e o Vice-Presidente 
ocupou a vaga.
d) o “habeas-corpus”, sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o mandado 
de segurança e o “habeas-data” contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos 
Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do 
próprio Supremo Tribunal Federal;
As ações mencionadas na alínea são remédios constitucionais. O habeas corpus é 
impetrado quando há eminência de prejuízo ao direito de liberdade de ir e vir por ato 
abusivo da autoridade que gerou a ilegalidade. Já o habeas data é oferecido quando o 
sujeito não tem livre acesso a informações dele próprio que estejam registrados, 
fichados ou descritos em bancos de dados de entidades públicas.
e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado, o Distrito Federal ou 
o Território;
Esse tipo de litigio envolve questões que dizem respeito à soberania nacional e, por 
isso, não são processadas e julgadas na justiça comum, mas no STF.
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f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, 
inclusive as respectivas entidades da administração indireta;
Essa alínea, apesar de pouco comentada na doutrina constitucionalista brasileira, 
assinala que o STF é o tribunal da federação, ou seja, reafirma que o Supremo possui 
um papel precípuo na salvaguarda da Constituição, sendo seu papel assegurar o 
equilíbrio entre as instituições da federação, julgando os eventuais conflitos que surjam 
no seio do Estado federal.
g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro;
O Estado estrangeiro pede à Suprema corte do País que entregue uma determinada 
pessoa para que ela seja julgada pelo crime de que é acusada. Exemplo: Mateus é Alemão 
e cometeu o crime de homicídio na Alemanha em 2010. Em 2011, ele vem para o Brasil e 
se refugia aqui. As autoridades Alemãs devem pedir ao Supremo Tribunal Federal que 
entreguem Mateus para o seu País de origem, pois ele está sendo processado por 
homicídio.
i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando o coator ou o paciente for autoridade 
ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se 
trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância;
Exemplo: HC do Lula. Ele foi impetrado inicialmente no STJ, porém, foi denegado e a 
defesa recorreu para o STF. O Paciente era o Lula.
j) a revisão criminal e a ação rescisória de seus julgados;
Nesses casos, trata-se de julgamentos que ele já proferiu. A revisão criminal é uma ação 
que questiona uma sentença ou acórdão condenatório após seu trânsito em julgado 
(não mais recorrível). Exemplo: Mafalda foi condenada a 12 anos de prisão e, após a 
matéria ser decidida pelo STF, já iniciou o cumprimento da pena em 2013. O processo 
transitou em julgado no mesmo ano, porém, foi descoberta uma prova de que Mafalda, 
na verdade, se chama Maria, que foi presa no lugar de sua irmã gêmea. Nesse caso, a 
defesa poderá oferecer uma revisão criminal com base na descoberta de que Mafalda, 
na verdade, é Maria, que foi presa injustamente no lugar da irmã.
l) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões;
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Qualquer reclamação que questione a sua competência, por exemplo, de guarda da CF, 
será processada e julgada no próprio STF.
m) a execução de sentença nas causas de sua competência originária, facultada a delegação de atribuições 
para a prática de atos processuais;
Se o STF proferiu sentença em processo que se originou no próprio STF, este será 
também competente para executar essa sentença.
n) a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados, e aquela 
em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam direta ou 
indiretamente interessados;
O STF é composto por Ministros que também são juízes, investidos em sua 
competência de corte suprema do País, e também julgará causas de sua classe (juízes).
o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais 
Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal;
Como Suprema Corte do País, também incumbe ao STF manter a ordem entre as 
instâncias judiciárias, assim como faz nos Estados Federados.
p) o pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade;
Nada mais natural que ele analise pedidos liminares nas ações que ele mesmo julga.
q) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição do Presidente 
da República, do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, das Mesas de uma 
dessas Casas Legislativas, do Tribunal de Contas da União, de um dos Tribunais Superiores, ou do próprio 
Supremo Tribunal Federal;
r) as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Ministério Público; 
(Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004).
O STF também julgará as ações nas quais sejam réus o CNJ e o CNMP.
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STJ
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
I - processar e julgar, originariamente:
a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de 
responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os 
membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, 
dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos 
Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais;
Assim como na alínea “a” do art. 102, inciso I, aqui se trata de pessoas que possuem 
“foro privilegiado”ou por “prerrogativa de função” ESTADUAL ou MUNICIPAL, que 
cometam crimes comuns ou crimes funcionais (no exercício do mandato).
b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da 
Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal;
Exemplo: O Ministro do exército editou um ato que fere preceito fundamental contido 
em lei ordinária, por exemplo, editou uma medida que atenta contra o acesso à 
informação por parte de civis; nesse caso, será possível a impetração de mandado de 
segurança no STJ para garantir que o preceito fundamental não seja violado.
c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas na alínea “a”, 
ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do 
Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; 
Também se trata de remédio que visa à garantia do direito a liberdade, porém, o STJ 
analisará os casos em que as pessoas com foro privilegiado se enquadrem, por 
exemplo, se o paciente (a quem se quer assegurar o direito) for um membro do TCU.
d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I, “o”, bem 
como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos;
A exceção é sobre Tribunais superiores. O STJ será competente para julgar os conflitos 
entre tribunais. Exemplo: o Tribunal do Estado do Rio de Janeiro (capital) possui um 
conflito com o Tribunal da Comarca de Mesquita – RJ; apesar de se localizarem no 
mesmo Estado, o conflito entre eles será resolvido pelo STJ.
e) as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados;
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Aqui se aplica a mesma regra da alínea “j” do inciso I do art. 102.
f) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões;
Aplica-se a mesma regra da alínea “l” do inciso I do art. 102.
g) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou entre autoridades 
judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da União;
Diferente do STF, o STJ tem competência de resolver os conflitos entre as autoridades 
administrativas e judiciárias pertencentes à União ou entre um estado e outro. Exemplo: 
A autoridade judiciária do Estado X não concorda e não aplica uma orientação dada 
pela União em determinada matéria. Incumbe ao STJ resolver essa questão, a fim de 
resguardar a ordem entre as instâncias administrativas e judiciárias com a União.
h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão, 
entidade ou autoridade federal, da administração direta ou indireta, excetuados os casos de competência 
do Supremo Tribunal Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e 
da Justiça Federal;
O Mandado de Injunção (MI) é um instrumento jurídico que pode ser utilizado por 
qualquer pessoa, de forma individual ou coletiva, como meio de assegurar o exercício 
de um direito que está disposto na Constituição, mas que ainda não é exercido porque 
depende de norma infraconstitucional (lei) para viger, por exemplo: O direito à greve 
dos servidores públicos é um direito assegurado na Constituição, porém, antes da lei de 
greve, o exercício desse direito não era regulamentado, então não se sabia com exercê-
lo adequadamente Com a edição da Lei de greve para o regime celetista (CLT), os 
servidores públicos são também regidos pela mesma lei, apesar de não seguirem as 
normas da CLT.
i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias; 
Por exemplo: o Tribunal dos Estados Unidos decretou o divórcio de Mafalda e Tício, 
que se casaram nos Estados Unidos; porém, com o divórcio, Mafalda veio a morar no 
Brasil. Para que essa sentença estrangeira tenha validade no Brasil, a sentença deverá 
ser homologada pelo STJ. O exequatur é o processo de execução vindo de País 
estrangeiro que é remetido para o Brasil para ser cumprido por autoridade judiciária 
brasileira, caso a parte executada resida no Brasil.
Elaboramos aqui um quadro resumo comparativo para uma melhor compreensão sobre 
a matéria de competência entre STF e STJ:
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TABELA DE COMPETÊNCIAS DO STF E DO STJ
STF (Art. 102, CF/88)
Competência Originária
STJ (Art. 105, CF/88)
Competência Originária
Ação Direta de Inconstitucionalidade 
(ADIN) e Ação Direta de Constitucional-
idade (ADECON) (ações que ataquem 
normas estadual ou federal que ferem a 
constituição) e Ação Direta de Con-
stitucionalidade (ADECON) (lei/ato 
normativo federal);
Nas infrações penais COMUNS: Presiden-
te e Vice da República, membros do 
Congresso Nacional, Ministros do STF e 
Procurador Geral da República;
Nas infrações penais COMUNS e nos 
CRIMES DE RESPONSABILIDADE (não 
conexos com o Presidente): Ministros 
de Estados e Comandante do Exército, 
Marinha e Aeronáutica;
Nas infrações penais COMUNS e nos 
CRIMES DE RESPONSABILIDADE de 
membros dos Tribunais Superiores, do 
TCU, chefes de missão diplomática de 
caráter permanente;
Habeas Corpus quando os “autores” forem 
as pessoas acima referidas;
Habeas Corpus, quando o coator for o 
Tribunal Superior ou o paciente for 
autoridade/funcionários cujos atos 
estejam sujeitos à jurisdição do STF, ou 
crime sujeito à mesma jurisdição em 
uma única instância;
Mandado de Segurança e Habeas Data 
contra atos do: Presidente da República, 
Mesas da Câmara dos Dep. e Sena-
dores, TCU, STF;
Litígio entre Estado estrangeiro ou organis-
mo internacional e União, Estado, DF ou 
Território;
Causas e conflitos entre União e Estados/
DF ou entre uns e outros, incluindo 
administração indireta;
Nos crimes COMUNS: Governadores 
de Estado e DF;
Nos crimes COMUNS e de Responsa-
bilidade: Desembargadores de TJ 
dos Estados e do DF, membros 
do Tribunal de Contas dos Esta-
dos e Tribunal de Contas do DF, 
dos Tribunais Regionais Federais, 
Tribunal Regional Eleitoral, Tribunal 
Regional do Trabalho, dos Consel-
hos/Tribunal de Contas do Municí-
pio e do MPU que oficiem perante 
os Tribunais;
Habeas Corpus quando qualquer 
um dos citados acima envolvidos 
forem autores, ou quando coator 
for Tribunal sujeito à sua jurisdição, 
Ministro de Estado ou Comandante 
do Exército, Marinha e Aeronáuti-
ca, salvo a competência da justiça 
eleitoral;
Mandado de Segurança e Habeas Data 
contra ato de Ministro de Estado, 
Comandantes do Exército, Marinha 
e Aeronáutica, ou Ministros do STJ;
Conflitos de competência entre quais-
quer Tribunais (ressalvado art. 102, I, 
‘o’ – Tribunal Superior), e entre juíz-
es vinculados a tribunais diversos;
Revisões criminais e ações rescisórias 
de seus julgados;
Reclamação para preservação de sua 
competência e garantia da autori-
dade de suas decisões;
Conflitos de atribuições entre autori-
dades administrativas e judiciárias 
da União, ou entre autoridades 
judiciárias de um Estado e adminis-
trativas de outro ou do DF, ou entre 
as deste e da União;
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Extradição solicitada por Estado estrangei-
ro;
Revisão criminal e ação rescisória de seus 
julgados;
Reclamação (preservação de sua com-
petência e garantia da autoridade de 
suas decisões);
Execução de sentença – causas, com-
petência originária, sendo facultada 
delegação de atribuições para prática e 
atos processuais;
Ação: membros da magistratura direta/
indiretamente interessados, e em que 
mais da metade dos membros dos 
tribunais de origem impedidos/interes-
sados;
Conflitos de competência entre STJ ou 
Tribunais Superiores e quaisquer Tribu-
nais, entre Tribunais Superiores;
Pedido de medida cautelar em ADIN;
MI quando a elaboração da norma regula-
mentadora for atribuição do Presidente 
da R., CN, CD, SF, ou suas respectivas 
mesas, TCU, Tribunais Superiores, STF;
Ações contra o CNJ e o CNMP.
EfeitoVinculante das ADIN (lei/ato nor-
mativo federal ou estadual) e ADC 
(ADECON) (lei/ato normativo federal);
MI quando a elaboração da norma 
regulamentadora for atribuição de 
órgão/entidade/autoridade federal 
(administração direta e indireta), 
exceto os casos de competência do 
STF e dos órgãos da justiça militar, 
eleitoral, do trabalho e federal;
Homologação de sentenças estrangei-
ras e concessão de exequatur às 
cartas rogatórias.
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Efeito das decisões do STF – Supremo Tribunal Federal
§ 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de 
inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e 
efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e 
indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.
Na doutrina jurídica, a eficácia contra todos se denomina “erga omnes”. Logo, todas as 
ADIns e ADECOMs terão eficácia contra todos os órgãos do Poder Judiciário, 
administração pública direta ou indireta em todas as esferas da federação, inclusive o 
DF.
3 
COMPETÊNCIA 
RECURSAL - ARTS. 102 
II E III E 105, II E III.
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3. Competência Recursal - Arts. 102 II e III e 105, II e III. 
STF – Supremo Tribunal Federal
II - julgar, em recurso ordinário:
Aqui não trataremos mais de competência originária, aquela em que o processo se 
inicia já no Supremo, mas sim de competência recursal, iniciada na primeira instância e 
que, por intermédio de recursos, chega ao STF.
O Supremo possui 2 modalidades de recurso: o ordinário e o extraordinário. Em apertada 
síntese, o recurso ordinário analisa tanto fatos quanto provas discutidas no processo, 
chamadas “razões de direito” que fundamentam uma sentença ou acórdão judicial. Já o 
recurso extraordinário não discute mais provas e fatos, apenas questões de direito. Dê-
se como exemplo a fundamentação de sentença com base em lei X quando, na verdade, 
a conclusão deveria ter tido base em lei Y, tese mais benéfica.
a) o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção decididos em 
única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão;
Essa alínea ilustra bem o que houve com o Habeas Corpus do ex-Presidente Lula, pois 
a defesa impetrou o HC (no qual ele era paciente) diretamente no STJ e, como ele está 
“abaixo” do STF, a defesa em caso de denegatória (rejeição do HC), poderia impetrar 
um novo HC no Supremo.
b) o crime político;
Nos casos que envolvam crime político, o recurso cabível será o extraordinário.
STJ – Superior Tribunal de Justiça
II - julgar, em recurso ordinário:
A mesma lógica recursal dos recursos ordinários e extraordinários se aplica ao STJ, 
todavia, o recurso extraordinário se chama “especial” no STJ. Isto é, o recurso ordinário 
poderá analisar fatos e provas, porém o especial analisará somente questões de direito.
a) os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos 
tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória;
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Nesse caso, o STJ será a última ou única instância a decidir caso o HC venha, por exemplo, 
do TRF. Assim, se o paciente impetra um HC no TRF da 2ª Região e ele é denegado 
(negado), a defesa poderá impetrar um novo HC no STJ.
b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos 
tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;
c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, 
Município ou pessoa residente ou domiciliada no País;
O processo, via de regra, iniciar-se-á na Justiça Federal e a última ou única instância a 
julgar definitivamente em grau de recurso será o STJ.
Recurso extraordinário (STF): julgará causas decididas em única ou última instância 
quando a decisão recorrida CONTRARIAR A CONSTITUIÇÃO, já que o STF é o “guardião 
da CF”.
Recurso especial (STJ): causas decididas em única ou última instância pelos TRF’s ou TJ’s, 
quando a decisão recorrida CONTRARIAR LEI FEDERAL, TRATADO INTERNACIONAL, 
ou negar-lhes sua aplicação.
Para fins didáticos, indicamos um quadro comparativo sobre as competências em grau 
recursal entre o STF e o STJ.
STF
Competência em Recurso Ordinário
STJ
Competência em Recurso Ordinário
HC, MS, HD, MI, decididos em única in-
stância pelos Tribunais SUPERIORES, 
quando DENEGATÓRIA a decisão;
Crime político
HC decididos em única (MS) ou última 
instância pelos TRF’s, TJ’s, quando 
DENEGATÓRIA;
MS decididos em única instância pelos 
TRF’s, TJ’s, quando DENEGATÓRIA 
a decisão;
Causas em que forem partes: Estado 
estrangeiro ou organismo inter-
nacional, de um lado, e, do outro, 
Município ou pessoa residente ou 
domiciliada no País.
Competência em Recurso Extraordinário Competência em Recurso Especial
https://www.espacojuridico.com/blog/tabela-comparativa-sobre-competencias-do-stf-e-do-stj/
www.trilhante.com.br 22
Causas decididas em única/última 
instância, se decisão recorrida: con-
trariar dispositivo da CF, declarar a 
inconstitucionalidade de tratado ou 
lei federal, julgar válida lei ou ato de 
governo local contestado em face da 
CF, julgar válida lei LOCAL, contesta-
da em face de LEI FEDERAL.
Julgar, em Recurso Extraordinário por 
manifestação de 2/3 de seus mem-
bros (art. 102, §3º, CF).
Causas decididas em única ou última 
instância pelos TRF’s ou TJ’s, quan-
do decisão recorrida contrariar/
negar vigência a tratado/lei fed-
eral; julgar válido ato de Governo 
LOCAL contestado em face de 
lei FEDERAL, ou der à lei federal 
interpretação divergente da que lhe 
haja atribuído outro Tribunal.
Controle de Constitucionalidade
Relembrando Controle de Constitucionalidade: meio pelo qual se realiza a fiscalização 
da validade e conformidade das leis e atos normativos do poder público em relação 
à Constituição Federal. Esse controle é realizado tendo em conta todas as fases de 
elaboração da norma até a sua entrada em vigor, podendo o vício de inconstitucionalidade 
acontecer sobre o seu processo de elaboração ou seu conteúdo. Existem 2 tipos de 
controle:
Controle Difuso: É o controle que ocorre incidentalmente, em regra, em casos concretos, 
feito por qualquer juiz ou tribunal.
Controle Concentrado/Abstrato: É o controle no qual existe um processo específico para 
esse fim, sendo o STF (órgão da cúpula do Poder Judiciário) detentor da competência 
para tal. Por essa razão, também é chamado de controle abstrato por via de ação, isto é, 
deverá ser proposto a partir das seguintes ações:
• ação declaratória de inconstitucionalidade (ADIN),
• ação declaratória de constitucionalidade (ADC),
• ação declaratória por omissão (ADO) e
• ação de descumprimento preceito fundamental (ADPF).
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ADIN OU ADI ADC ADPF
Genérica -Tem por ob-
jetivo retirar do orde-
namento jurídico a lei 
estadual ou federal 
que seja incompatível 
com a CF, pois relações 
jurídicas não podem se 
basear em normas in-
constitucionais, já que a 
Constituição está acima 
de todas as leis.
Conceito:
Por Omissão- quando o 
Poder Público deixa de 
regulamentar ou criar 
uma nova lei ou ato 
normativo, ocorre uma 
inconstitucionalidade 
por omissão. Resulta, 
então, da inércia do 
legislador pela falta de 
ação para dar vali-
dade e eficácia a uma 
lei constitucional que 
necessita ser regulam-
entada para funcionar 
plenamente.
É uma modalidade 
de controle por via 
principal, concen-
trada (abstrata), 
isto é, a finalidade 
da medida é afastar 
a incerteza jurídica 
e evitar as diversas 
interpretações e 
contrastes a que 
estão sujeitos os 
textos normativos.
Medida que visa a evitar 
lesão resultante de ato 
do poder público a pre-
ceito fundamental (por 
exemplo, o art. 5º da CF). 
(É chamada de “arguição 
preventiva”); repararlesão 
a preceito fundamen-
tal, resultante de ato do 
poder público (chamada 
de “arguição repressiva”) 
quando for relevante o 
fundamento da controvér-
sia constitucional sobre lei 
ou ato normativo federal, 
estadual ou municipal, 
incluídos os anteriores à 
Constituição.
Interventiva - toda vez 
que o Poder Público, 
no exercício de sua 
competência, venha a 
violar um dos princípios 
sensíveis, será passível 
de controle concentra-
do de constitucionali-
dade, pela via de ação 
interventiva.
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Legitima-
dos:
Pode ser intentada pelo 
Procurador Geral da 
República, Presidente 
da República, Mesa do 
Senado Federal, Mesa 
da Câmara dos Depu-
tados, Mesa da Assem-
bleia Legislativa, Gov-
ernadores de Estado, 
Conselho Federal da 
OAB, Partido Político 
e por confederação 
sindical ou entidade de 
classe de âmbito na-
cional, conforme dis-
posto no art. 103 da CF.
Pode ser intentada 
pelo Procurador 
Geral da República, 
Presidente da Repú-
blica, Mesa do Sena-
do Federal, Mesa 
da Câmara dos 
Deputados, Mesa da 
Assembleia Legisla-
tiva, Governadores 
de Estado, Conselho 
Federal da OAB, 
Partido Político, e 
por confederação 
sindical ou entidade 
de classe de âmbito 
nacional, conforme 
disposto no art. 103 
da CF.
Pode ser intentada pelo 
Procurador Geral da 
República, Presidente 
da República, Mesa do 
Senado Federal, Mesa da 
Câmara dos Deputados, 
Mesa da Assembleia Leg-
islativa, Governadores de 
Estado, Conselho Federal 
da OAB, Partido Político, e 
por confederação sindical 
ou entidade de classe de 
âmbito nacional, con-
forme disposto no art. 103 
da CF.
Capaci-
dade 
postu-
latória:
Alguns legitimados para 
ADIN não precisam ser 
representados por ad-
vogados, já que detêm 
capacidade postu-
latória.
Alguns legitimados 
para ADC não 
precisam ser rep-
resentados por 
advogados, já que 
detêm capacidade 
postulatória.
Alguns legitimados para 
ADPF não precisam ser 
representados por ad-
vogados, já que detêm 
capacidade postulatória.
A quem 
cabe 
julgar:
É do Supremo Tribunal 
Federal a função de 
processar e julgar, 
originariamente, a ADIN 
de lei ou ato normativo 
federal ou estadual.
De acordo com o 
artigo 102 da CF, 
cabe ao Supremo 
Tribunal Federal 
processar e julgar 
a ação declaratória 
constitucional.
Compete ao Supremo Tri-
bunal Federal processar 
e julgar a ação de acordo 
com os procedimentos 
corretos.
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Efeitos da 
Decisão:
Produz efeito erga omnes 
(contra todos) e vin-
culante em relação 
aos demais órgãos do 
poder judiciário, bem 
como à administração 
pública federal, estadual 
e municipal.
Produz efeito erga 
omnes (contra 
todos) e vinculan-
tes em relação aos 
demais órgãos do 
poder judiciário, 
bem como à ad-
ministração pública 
federal, estadual e 
municipal
Produz efeito erga omnes 
(contra todos) e vinculan-
tes em relação aos demais 
órgãos do poder público. 
Os efeitos no tempo serão 
ex tunc (retroativos), mas 
o STF poderá, em razão 
da segurança jurídica ou 
de excepcional interesse 
social, restringir os efeitos 
da decisão, decidir que 
essa somente produzirá 
efeitos a partir do trân-
sito em julgado ou de 
outro momento futuro 
que venha a ser fixado. 
Decisões nessa linha ex-
cepcional exigem voto de 
dois terços dos membros 
do STF.
Art. 103, §2º, CF/88. Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma 
constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em 
se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias.
Ingressa-se com o Mandado de Injunção (MI) para fazer com que a Constituição Federal 
seja obedecida em caso de não existência de uma lei que deveria ser formulada ou ato 
normativo complementador de uma determinada matéria à qual falta regulamentação 
específica. O STF, ao julgar procedente o pedido contido no MI, reconhecerá que não 
existe lei (por exemplo) que discorra sobre a disposição abordada, e notificará o órgão 
competente para fazê-lo.
Art. 103, § 1º, CF/88. O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de 
inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal.
Aqui, o PGR exerce papel bem parecido com o que o MP exerce na justiça comum, 
principalmente em processos que envolvam menor absolutamente incapaz, em que 
este é ouvido e se emite um parecer favorável ou desfavorável sobre a determinada 
matéria pelo promotor.
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Art. 103, §3º, CF/88. Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de 
norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou 
texto impugnado.
Súmula Vinculante
Pode ser feita de ofício ou por provocação mediante decisão de 2/3 dos membros do 
STF. Depois de reiteradas decisões sobre matéria constitucional, pode-se aprovar súmula 
que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação 
aos demais órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública direta e indireta, nas 
esferas federal, estadual e municipal. 
Exemplo: O STF tem apreciado a questão do cumprimento de pena após sentença penal 
condenatória de 2º grau. A partir disso, no Habeas Corpus promovido pela defesa do ex-
Presidente Lula, foi reafirmado entendimento no sentindo de que a pessoa condenada 
em segunda instância (pelo Tribunal) deverá desde já iniciar o cumprimento da pena 
imposta e não mais aguarda o trânsito em julgado (momento em que a sentença ou 
acórdão tornam-se irrecorríveis) para iniciar o cumprimento da pena. Apesar de ainda ser 
questionado pela comunidade jurídica e de talvez vier a se submeter a novo julgamento, 
este entendimento foi tido assim por diversas vezes na corte, que, por conta disso, poderá 
sumula-lo para que ele passe a ter força vinculante, isto é, todos os tribunais de todos os 
Estados deverão observar esse entendimento quando forem proferir suas decisões.
Objetivo da súmula vinculante: dar validade, interpretação e eficácia a normas comumente 
alvos de conflitos entre órgãos judiciários ou entre estes e a Administração Pública, de 
forma a dar estabilidade nas decisões judiciais, prezando-se pela segurança jurídica.
Aprovação, revisão ou cancelamento da súmula: claro que pode haver revisão de 
entendimento sumulado e consolidado. O ordenamento jurídico deve servir ao contexto 
em que se insere e à sociedade a que se destina, afinal. A revisão da súmula pode ser 
provocada por aqueles a quem cabe propor a Ação Direta de Inconstitucionalidade (os 
legitimados).
4 
CONSELHO NACIONAL 
DE JUSTIÇA
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4. Conselho Nacional de Justiça 
Composição: art. 103-B. Mandato de 2 anos, admitindo 1 recondução (2+2)
 
§1º do art. 103-B. Presidência: Presidente do STF. Em caso de ausência ou impedimento, o Vice-Presidente 
do STF assume.
§2º do art. 103-B. Assim como os ministros do STF, os membros do CNJ serão sabatinados pelo Senado e 
depois ratificados pelo voto da maioria absoluta do Senado.
O mesmo processo de escolha dos ministros do STF e STJ ocorrerá com os membros 
do CNJ.
§3º do art.103-B. O STF escolherá os membros do CNJ caso não seja feita a escolha no dentro do prazo.
Via de regra, o prazo para escolha dos membros do CNJ é de 60 dias antes de expirar 
o período de mandato dos titulares. O CNJ comunica aos tribunais superiores, MP, 
OAB, Senado e Câmara dos Deputados acerca da necessidade de indicação dos novos 
membros. 9 candidatos serão indicados pelo STF, STJ e TST e os outros 6 candidatos 
serão indicados entre a OAB, MP, Senado e Câmara dos Deputados.
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§6º do art. 103-B. Oficiarão junto ao CNJ o GR e Presidente do Conselho Federal da OAB.
§7º do art. 103-B. Poderão ser criadas pela União, bem como pelo DF e Territórios as ouvidorias de Justiça, 
que serão competentes para receber e analisar denúncias de qualquer pessoa interessada contra membrosou órgãos do Poder Judiciário, ou contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao CNJ.
§ 4º Compete ao Conselho o controle:
• Trata-se da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário;
• Analisa-se o cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, além de outras 
atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura.
§5º. Competência do Ministro-Corregedor:
O Ministro-Corregedor (Ministro do STJ) ficará excluído da distribuição de processos no Tribunal, 
competindo-lhe, além das atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura, as seguintes:
• receber as reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos mag-
istrados e aos serviços judiciários;
• exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e de correição geral;
• requisitar e designar magistrados, delegando-lhes atribuições, e requisitar serv-
idores de juízos ou tribunais, inclusive nos Estados, Distrito Federal e Territórios.
São órgãos da Justiça Federal: os Tribunais Regionais Federais (TRF) e os Juízes Federais 
(art. 106, CF/88). Os Tribunais Regionais Federais são compostos, no mínimo, por 7 juízes 
(brasileiros, quando possível recrutados na respectiva região territorial, com mais de 30 
anos e menos de 65 anos de idade, sendo nomeados pelo Presidente da República), (art. 
107 da CF/88), dentre eles:
• 1/5 será escolhido dentre advogados e membros do Ministério Público Federal com mais 
de 10 anos de exercício profissional (serão indicados pelo quinto constitucional).
Observação: o quinto constitucional é determinado por um procedimento es-
pecial que confere 20% das cadeiras existentes nos tribunais a advogados e 
promotores públicos. Cada 5 vagas existentes nas cortes e tribunais superiores 
pertencerão àqueles que não se submetem a concurso público de provas e 
títulos (advogados e aos membros do MP indicados, supostamente de repu-
tação ilibada e notório saber jurídico).
• 4/5 deverão ser escolhidos com base na promoção de juízes federais com mais de 5 
anos de exercício da magistratura, por antiguidade e merecimento, alternadamente.
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O §2º fala que os Tribunais Regionais Federais instalarão a justiça itinerante (ela não 
estabelece local fixo de instalação), que será responsável por realizar audiência e demais 
funções da atividade jurisdicional onde estiver, nos limites territoriais da jurisdição que 
abrange, sempre se servindo de equipamentos públicos e comunitários para realização 
de suas atividades.
§3º fala que os TRFs poderão funcionar de forma descentralizada (formando Câmaras 
regionais) com a finalidade de assegurar o pleno acesso a justiça, em todas as fases do 
processo.
Competência dos Tribunais Regionais Federais
Os Desembargadores Federais ainda têm competência originária (o processo inicia no 
TRF) (ver art. 108 da CF) para processar e julgar:
• Os juízes federais da sua área de jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do 
Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do Ministério Público da 
União, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;
• As revisões criminais e as ações rescisórias de julgados seus ou dos juízes federais da 
região;
• Os mandados de segurança e os habeas data contra atos do próprio Tribunal ou de juiz 
federal;
• Os habeas corpus, quando a autoridade coatora for juiz federal;
• Os conflitos de competência entre juízes federais vinculados ao Tribunal.
Em grau de Recurso:
• Causas decididas pelos juízes federais;
• Causas decididas pelos juízes estaduais com competência federal da área de sua juris-
dição.
Exemplo:
STJ - HABEAS CORPUS HC 148261 RS 2009/0185596-8 (STJ). Data de publicação: 
14/08/2012.Ementa: HABEAS CORPUS. PROCESSO PENAL. FORMAÇÃO DE 
QUADRILHA. CRIME CONTRA AORDEM TRIBUTÁRIA. CRIMES PREVISTOS NA 
LEI DE LICITAÇÕES .INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS. PROVA DEFERIDA POR 
JUIZ ESTADUAL DEPLANTÃO. DESLOCAMENTO DE COMPETÊNCIA. NULIDADE. 
OCORRÊNCIA. 1. A interceptação telefônica, no nosso ordenamento jurídico, constitui 
uma exceção, porquanto somente é autorizada pela Constituição, na forma e nos casos 
previstos em lei e nos prazos ali determinados. 2. O Estado Democrático de direito não 
admite o aproveitamento de atos praticados por juiz incompetente, mesmo, segundo 
alguns, em nome da moralidade ou combate à criminalidade. 3. No caso epígrafe, as 
provas obtidas por meio de interceptações telefônicas, não possuem eficácia jurídica, 
www.trilhante.com.br 31
vez que deferidas por Juiz Estadual de plantão, em questões que eram de competência 
da Justiça Federal. 4. Ordem concedida para determinar o desentranhamento de toda 
aprova obtida por juízo incompetente.
Cada Estado, e o Distrito Federal, constituirá uma seção judiciária com sede na respectiva 
Capital e varas localizadas segundo o estabelecido em lei. (ver Art. 110, CF/88). Nos 
territórios, a jurisdição e as atribuições cometidas aos juízes federais caberão aos juízes 
da justiça local (na forma da lei), (§º único do artigo 110).
Competências dos Juízes Federais
Art. 109. Compete ainda, aos juízes federais, processar e julgar:
• Causas em que a União, autarquia ou empresa pública federal forem autoras, rés, as-
sistentes ou oponentes, EXCETO: ações de falência, ações que versem sobre acidentes de 
trabalho, e ações que se sujeitam à Justiça Eleitoral ou à Justiça do Trabalho.
• Causas entre Estado Estrangeiro ou Organismo Internacional versus Município ou pessoa 
residente ou domiciliada no País.
• Causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado Estrangeiro ou Organis-
mo Internacional.
• Crimes políticos e infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou inter-
esse da União (incluindo autarquias e empresas públicas), EXCETO: contravenções penais, 
causas sujeitas à Justiça Militar ou sujeitas à Justiça Eleitoral.
• Crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando a execução do crime 
se iniciar no Brasil e o resultado tenha ocorrido ou devesse ter ocorrido no estrangeiro.
• Causas relativas a direitos humanos.
• Crimes contra a organização do trabalho e, nos casos expressos em lei, contra o sistema 
financeiro nacional e a ordem econômico-financeira.
• Habeas corpus, em matéria criminal de sua competência ou quando o constrangimento 
provier de autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra jurisdição (nesse 
caso, poderá mais de uma justiça julgar o caso, mas é faculdade de quem irá propor a ação 
escolher onde se haverá de distribui-la).
• Os mandados de segurança e os habeas data contra ato de autoridade federal, exceto 
quando for o caso de competência dos tribunais federais;
• Crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, quando não forem competência da 
Justiça Militar;
• Crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro; execução de carta 
rogatória, após o exequatur, e de sentença estrangeira, após a homologação; causas refer-
entes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização;
• Disputa sobre direitos indígenas.
Foro Competente
Causas em que a União for autora: serão aforadas (sairão do local/comarca onde estavam 
e irão para outro foro/comarca) na seção judiciária onde tiver domicílio a outra parte.
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Causas contra a União: poderão ser aforadas na seção judiciária:
• Em que for domiciliado o autor.
• Onde houver ocorrido o ato/fato que deu origem à demanda.
• Onde esteja situada a coisa;
• No Distrito Federal.
Causas em que for parte instituição de previdência social (INSS) e segurado:
• Serão processadas e julgadas na Justiça Estadual, no foro do domicilio dos segurados ou 
beneficiários, sempre que a comarca não seja sede de vara de Juízo federal;
• Recurso cabível: sempre será para o TRF na área de jurisdição do juiz de 1º grau.
Deslocamento de Competência (art. 109, §5º, CF/88)
Será realizado nos casos de grave violação de direitos humanos. O deslocamento de 
competência tem a finalidade de assegurar o cumprimentode obrigações de tratados 
internacionais de direitos humanos que o Brasil seja signatário. O PGR poderá suscitar, 
perante o STJ, o incidente de deslocamento de competência para o JF.
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Órgãos (art. 111, CF/88)
 
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Composição do TST (art. 111-A):
 
 
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O § 2º do artigo 111-A fala que também funcionarão junto ao Tribunal Superior do Trabalho:
• A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, caben-
do-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção 
na carreira; 
• O Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a 
supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de 
primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema cujas decisões terão efeito vincu-
lante. 
Competência do TST
Compete ao TST processar e julgar, de forma originária, a reclamação para:
• Preservação de sua competência;
• Garantia da autoridade de suas decisões.
Art. 112 CF/88. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua 
jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho.
Nesse caso, imaginemos que, no interior do Estado do Acre, não exista uma vara do 
trabalho. Por conta disso, se existir uma comarca pequena com um juiz da justiça 
comum, a Justiça do Trabalho poderá investir esse juiz singular de jurisdição trabalhista.
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:
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• Ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo 
(internacional) e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distri-
to Federal e dos Municípios;
• As ações que envolvam exercício do direito de greve;
• Ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e 
entre sindicatos e empregadores;
• Os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado 
envolver matéria sujeita ao direito do trabalho;
• Conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto 
no art. 102, I, CF/88 (competências do STF).
• As ações de indenização por dano moral ou patrimonial decorrentes da relação de tra-
balho;
• Ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos 
de fiscalização das relações de trabalho;
• Execução, de ofício, das contribuições sociais, e seus acréscimos legais, decorrentes das 
sentenças que proferir;
• Outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho.
Atenção! NÃO compete à Justiça do Trabalho processar e julgar causas que 
envolvam o Poder Público e servidores estatutários, contudo, ela julga ações 
ajuizadas por empregados públicos, pois estes se submetem ao regime celetis-
ta.
Atenção! A JT é competente para julgar ação civil pública proposta pelo 
Ministério Público do Trabalho para impor ao Poder Público a observância de 
normas que versem sobre saúde, higiene e segurança do trabalho.
Atenção! Crimes contra a Organização do Trabalho devem ser julgados por juízes 
federais, e não juízes do trabalho!
Negociação coletiva e arbitragem (art. 114, §§1º e 2º).
Quando frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros. Recusada as 
negociações coletivas ou a arbitragem, é facultado às partes (de comum acordo) ajuizar 
dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a JT decidir o conflito, respeitadas 
as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas 
anteriormente.
Greve em atividade essencial (art. 114, §3º, CF/88).
O MP do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à JT decidir o conflito, 
desde que haja possibilidade de lesão ao interesse público.
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Composição dos Tribunais Regionais do Trabalho (art. 115, CF/88).
Segundo o art. 115, da CF, o Tribunal Regional do Trabalho compõe-se de:
• No mínimo, sete juízes,
• Brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos
• Recrutados, quando possível, na respectiva região
Sendo que um quinto deve ser selecionado dentre advogados com mais de dez anos de 
efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de 
dez anos de efetivo exercício. Os demais, devem ser selecionados mediante promoção 
de juízes do trabalho por antiguidade e merecimento, alternadamente.
Justiça Itinerante (art. 115, §1º, CF/88).
Os TRTs instalarão a justiça itinerante, que será responsável por realizar audiência e demais 
funções da atividade jurisdicional onde estiver, nos limites territoriais da jurisdição que 
abrange, sempre se servindo de equipamentos públicos e comunitários para realização 
de suas atividades. Poderão, ainda, funcionar de forma descentralizada (formando 
Câmaras regionais) com a finalidade de assegurar o pleno acesso à justiça, em todas as 
fases do processo.
A Justiça Eleitoral é uma Justiça especializada e faz parte do Judiciário Federal, com 
regras, organização e competências específicas, e com estrutura básica definida na 
Constituição Federal nos arts. 118 a 121.
A seguir, enumeramos, numa escala hierárquica, os órgãos da Justiça Eleitoral:
1. Tribunal Superior Eleitoral: órgão de última instância da Justiça Eleitoral. 
Sediado na capital federal com jurisdição em todo o território nacional;
2. Tribunais Regionais Eleitorais: órgãos de 2ª instância da Justiça Eleitoral. 
Instalados em cada uma das capitais da Federação e também no Distrito 
Federal;
3. Juízes Eleitorais: atuam na 1ª instância da Justiça Eleitoral. Exercem o poder 
jurisdicional em suas respectivas zonas;
4. Juntas Eleitorais: órgãos colegiados de 1ª instância da Justiça Eleitoral. A ex-
istência de uma Junta é temporária, provisória, considerando que é constituída 
apenas nas eleições. Exercem o poder jurisdicional em suas respectivas zonas
Composição do TSE (art.119 CF/88)
No mínimo, 7 membros, escolhidos mediante eleição pelo voto secreto:
• 3 juízes serão escolhidos dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal;
• 2 juízes serão escolhidos dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça;
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• 2 juízes, dentre 6 advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo 
Supremo Tribunal Federal (Por nomeação do Presidente da República).
O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os 
Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os Ministros do 
Superior Tribunal de Justiça.
Composição do TRE (art.120, § único CF/88)
7 Ministros, escolhidos mediante eleição, pelo voto secreto:
• 2 juízes serão escolhidos dentre os desembargadores do TJ;
• 2 juízes de direito serão escolhidos pelo TJ dos Estados;
• 1 juiz do TRF de todas as regiões;
• 2 juízes dentre 6 advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo 
TJ (nomeados do Presidente da República).
O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente- dentre os 
desembargadores do TJ dos Estados.
A Constituição fala, no art. 121, que Lei Complementar disporá sobre a organização e a 
competência dos tribunais e juízes de direito das juntas eleitorais. O Código Eleitoral é 
uma lei ordinária, porém foi recepcionado pela CF de 1988, no que se refere ao capítulo 
sobre organização e competência, como lei complementar. Assim, o Código eleitoral 
possui natureza mista.
Os membros dos tribunais, os juízes de direito e os membros das juntas eleitorais, durante 
o exercício de suas funções e no que lhes for aplicável, gozarão de garantias plenas e 
serão inamovíveis (isto é, possuem as mesmas garantias dos juízes de direito, exceto a 
vitaliciedade).
A CF dispõe ainda que os juízes dos tribunais eleitorais, salvo justificativa, servirão 
por 2 anos, no mínimo, e nunca por mais de 4 anos (2 biênios) consecutivos, sendo 
os substitutosescolhidos na mesma ocasião da eleição e pelo mesmo processo, em 
número igual para cada categoria.
Princípio da temporalidade: é o exercício da função eleitoral nos tribunais eleitorais é 
temporário. Mínimo de 2 anos consecutivos e máximo de 4 anos consecutivos.
Decisões do TSE (art. 121, §3º, CF/88)
Regra geral: as decisões são irrecorríveis, salvo as que contrariarem a CF ou as que dão 
ensejo a habeas corpus ou mandado de segurança.
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Decisões do TREs (art. 121, §4º)
Regra: somente caberá recurso quando:
1. forem proferidas decisões contra disposição expressa da CF ou lei, salvo os 
casos de competência do STF;
2. Quando ocorrer divergência na interpretação de lei entre 2 ou mais tribunais 
eleitorais;
3. versarem sobre inelegibilidade (impedimento a eleição), expedição de diplo-
mas (investidura no mandato) nas eleições estaduais ou federais;
4. anularem diplomas ou decretarem a perda de mandado eletivo federal ou 
estadual;
5. denegarem MS, HC ou MI.
Compõe-se do Superior Tribunal Militar (STM), com sede na capital federal e jurisdição 
em todo o território nacional, e dos Tribunais e Juízes Militares, com competência para 
processar e julgar os crimes militares previstos em lei.
COMPOSIÇÃO
 
Competência (art. 124, CF/88).
Art. 124. à Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares definidos em lei.
Parágrafo único. A lei disporá sobre a organização, o funcionamento e a competência da Justiça Militar.
Compete processar e julgar os crimes militares definidos no Código Penal Militar.
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Competência (art. 124,§1º CF/88)
A Justiça Estadual é integrante da Justiça comum, juntamente com a Justiça Federal. Sua 
competência é residual, ou seja, a Justiça Estadual tem como responsabilidade o 
julgamento de matérias que não sejam da competência dos demais segmentos do 
Judiciário – Federal, do Trabalho, Eleitoral e Militar. Portanto, reúne a maior parte das 
demandas que chega ao Judiciário, tendo em vista que se ocupa das questões mais 
comuns e diversas, tanto cíveis quanto criminais. 
Conforme a Constituição Federal, cada estado tem a atribuição de organizar a sua Justiça 
Estadual.
Estrutura
Do ponto de vista administrativo, a Justiça Estadual é estruturada em duas instâncias 
ou graus de jurisdição: integram o primeiro grau os juízes de Direito, as varas, os fóruns, 
o Júri (encarregado de julgar crimes dolosos contra a vida), os juizados especiais cíveis 
(encarregados das causas cíveis de menor complexidade e das infrações penais de 
menor potencial ofensivo) e criminais e suas turmas recursais (encarregadas de julgar 
recursos interpostos contra as decisões dos juizados especiais). 
Já o segundo grau da Justiça Estadual é representado pelos Tribunais de Justiça (TJs). 
Nele os magistrados são desembargadores, que têm entre as principais atribuições o 
julgamento de recursos interpostos contra decisões do primeiro grau.
Representação de Inconstitucionalidade Estadual (art. 125, §2º, CF/88)
Cabe aos Estados a representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos 
estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual. Porém, é VEDADA a atribuição 
da legitimidade ativa para apenas 1 órgão.
Justiça Militar Estadual (art. 125, §3º, CF/88)
Poderá ser constituída por lei estadual, mediante proposta do TJ.
Será constituída: 
1) em 1º grau: por juízes de direito e pelos Conselhos de Justiça; 
2) Em 2º grau: pelo próprio TJ ou por Tribunal de Justiça Militar nos Estados quando o 
efetivo militar for superior a 20 mil integrantes.
Competência da Justiça Militar Estadual (art. 125, §4º, CF/88)
• Os militares dos Estados, nos crimes militares (definidos pelo Código Penal Militar);
• As ações judiciais contra atos disciplinares militares;
• Ressalvada a competência do júri, quando a vítima for civil;
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• Cabendo ao tribunal competente da JME decidir sobre a perda do posto e da patente 
dos oficiais e da graduação dos praças.
Compete, também aos juízes de direito do juízo militar, processar e julgar, singularmente, 
os crimes militares cometidos contra civis e as ações judiciais contra atos disciplinares 
militares, cabendo ao Conselho de Justiça, sob a presidência de juiz de direito, processar 
e julgar os demais crimes militares.
Tribunais de Justiça (art.125, §6º e 7º, CF/88)
O Tribunal de Justiça poderá funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras 
regionais, a fim de se assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as 
fases do processo. (§6º)
O Tribunal de Justiça instalará a justiça itinerante, com a realização de audiências e 
demais funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, 
servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. (§7º).
Questões agrárias (art. 126, CF/88).
Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal de Justiça proporá a criação de varas 
especializadas com competência exclusiva para questões agrárias. Sempre que 
necessário à eficiente prestação jurisdicional, o juiz far-se-á presente no local do litígio.
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Poder Judiciário - 
Órgãos
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