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PACTO PELA SAÚDE PACTO PELA SAÚDE Assinado em 26/01/2006 pelos 03 entes Federados Publicado em 23/02/2006 Portaria GM/MS nº 399/06 PACTO PELA SAÚDE 03 COMPONENTES Pacto Pela Vida Pacto em Defesa do SUS Pacto de Gestão Pacto pela Vida Define compromissos entre os gestores do SUS em torno de prioridades que apresentem impacto sobre a situação de saúde da população. Pacto pela Vida Prioridades expressas em metas municipais, regionais, estaduais e nacionais, no Termo de Compromisso de Gestão. Prioridades do Pacto pela Vida Saúde do Idoso Controle do Câncer de Colo de Útero e de Mama Redução da Mortalidade Infantil e Materna Fortalecimento da Capacidade de resposta às Doenças Emergentes e Endemias (ênfase na Dengue, Hanseníase, Tuberculose, Malária e Influenza) Promoção da Saúde, com ênfase na atividade física regular e alimentação saudável Fortalecimento da Atenção Básica à Saúde Saúde do Idoso Implantação da Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa; Capacitação das equipes de trabalho; Elaboração de Protocolos Clínicos e do Manual de Atenção Básica da Pessoa Idosa; Reorganização do processo de acolhimento nas Unidades de Saúde; Qualificação do processo de dispensação e de acesso a medicamentos; Implantação de Serviços de Atenção Domiciliar; Avaliação geriátrica global nos hospitais da Rede do Programa de Atenção Domiciliar. Controle do Câncer do Colo Uterino e de Mama Realização de exames preventivos do Câncer de Colo de Útero → cobertura de 80% em 2006 Capacitação das equipes de trabalho → incentivo à realização de cirurgias de alta freqüência em ambulatório Ampliação da cobertura de Mamografia → cobertura de 60% em 2006 Apoio à realização de punção nos casos necessários → 100% dos casos necessários Redução da Mortalidade Infantil e Materna Estabelecimento de metas de redução das Mortalidades Neonatal (5%), por doenças diarréicas (50%), por pneumonia (20%) e materna (5%) em 2006; Estimulo à criação de Comitês de Vigilância do Óbito em 80% dos municípios com mais de 80.000 hab.; Apoio à elaboração de propostas de intervenção para a qualificação da atenção às doenças prevalentes; Garantia de insumos e medicamentos para tratamento das síndromes hipertensivas no parto; Qualificação dos pontos de distribuição do sangue. Doenças Emergentes e Endemias DENGUE Plano de Contingência da Dengue em 100% dos municípios prioritários; Redução a menos de 1% da infestação predial por Aedes aegypti, em 30% dos municípios prioritários; HANSENÍASE apoio à implantação de ações para eliminação da doença nos municípios prioritários (menos de 1 caso/10.000hab) TUBERCULOSE apoio à implantação de ações para cura de casos novos de Tuberculose Bacilífera – 85% de cura dos casos novos GRIPE Implantação do Plano de Contingência, Unidade Sentinelas e SIVEP Promoção da Saúde Implementar a Política de Promoção à Saúde voltada para a qualidade de vida, com ênfase na necessidade de mudança de comportamento (internalizar a responsabilidade individual) privilegiando o auto cuidado, o desenvolvimento de hábitos saudáveis como: atividades física regular, alimentação saudável e combate ao tabagismo. Fortalecimento da Atenção Básica Reafirmação da estratégia de Saúde da Família como prioritária para o fortalecimento da Atenção Básica Financiamento da Atenção Básica como responsabilidade das 03 esferas de governo. Capacitação/qualificação dos profissionais da Atenção Básica (educação permanente, cursos de especialização, residência multiprofissional e em medicina da família). Apoio aos municípios para que garantam a estrutura física necessária para a realização das ações de Atenção Básica. Consolidar e qualificar a estratégia nos pequenos e média municípios e consolidar e ampliar nos grandes. Pacto em Defesa do SUS Prevê ações concretas e articuladas pelos 03 níveis federativos no sentido de reforçar o SUS como política de Estado. Principais prioridades: 1. Repolitização da saúde 2. Promoção da Cidadania: mobilização social 3. Garantia de financiamento: (EC-29, orçamento do SUS, incremento de recursos) Pacto em Defesa do SUS Objetivos: 1. Implementar um projeto permanente de mobilização social 2. Elaborar e divulgar a Carta dos Usuários do SUS. Portaria GM/MS Nº 675/2006 : aprova a Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde Pacto de Gestão A – Diretrizes para a Gestão do SUS B – Responsabilidade Sanitária Pacto de Gestão - Diretrizes 1. Descentralização 2. Regionalização 3. Financiamento 4. Programação Pactuada Integrada 5. Regulação da Atenção à Saúde e Assistencial 6. Participação e Controle Social 7. Educação em Saúde 1. Descentralização Fortalecimento das Comissões Bipartite Descentralização dos processos administrativos para as CIB. Portaria GM/MS nº 598/23/03/2006: dispõe que os processos administrativos relativos à gestão do SUS serão definidos e pactuados no âmbito das CIBs. 1ª Etapa → Área hospitalar – 30 dias Saúde do trabalhador – 60 dias Média e Alta Complexidade – 90 dias 2. Regionalização Objetivo: garantir o acesso, a resolutividade, a integralidade na atenção à saúde da população, através da organização das demandas e da identificação das necessidades loco-regionais. Instrumentos: PDR, PDI e PPI PDR: desenhos das redes regionalizadas de atenção à saúde organizadas dentro do Estado com base na PPI. PDI: recursos de investimentos necessários para atender as necessidades identificadas, nas regiões estabelecidas através do PDR, devendo também contemplar as necessidades da área de Vigilância em Saúde. PPI: desenho da referência e contra-referência, com o respectivo desenho do processo regulatório e do conjunto das responsabilidades a serem assumidas por cada ente. 2. Regionalização Regiões de Saúde: Recortes territoriais organizados de modo a assegurar os princípios do SUS: a Universalidade do acesso, a equidade e a integralidade do cuidado. A conformação das Regiões deve considerar: - a contiguidade, a identidade cultural, econômica e social entre os municípios; - as redes de comunicação e de infra-estrutura de transportes; - a existência de fluxos assistenciais. 2. Regionalização Regiões de Saúde: - corte para delimitação da região: grau de resolutividade com suficiência na Atenção Básica e em parte da Média Complexidade, - o ponto de corte da Média e Alta Complexidade deve ser pactuado na CIB, (arranjos inter-regionais – macrorregiões). - pactuação do conjunto de responsabilidades não compartilhadas e das ações complementares. Responsabilidades não compartilhadas: AB e VS, que deve ser assumida em cada município. Responsabilidades da União e Estado => apoiar municípios 2. Regionalização Colegiado de Gestão Regional: espaço permanente de pactuação e co-gestão solidária, visando a organização de uma rede regional de ações e serviços de atenção à saúde, integrada e resolutiva. O Colegiado (Bipartites Regionais) deverá ser constituído por todos os gestores municipais da Regional, devendo instituir o processo de planejamento regional, que expresse as responsabilidades dos gestores com a saúde da população do território e que defina: As prioridades, responsabilidades de cada ente e bases para a programação pactuada integrada; processo regulatório, (definição fluxos e protocolos); linhas de investimentos; estratégias de qualificação do controle social; planejamento local; etc. 3. Financiamento Responsabilidade das 03 esferas de Governo Financiamento de CUSTEIO em blocos (recursos federais) Atenção Básica Atenção de Média e Alta Complexidade Vigilância em Saúde Assistência Farmacêutica Gestão do SUS Os recursos de cada bloco devem ser aplicados, exclusivamente, nas ações e serviços relacionados ao Bloco. (Portaria GM/MS nº 698 30/03/2006) 3. Financiamento - CUSTEIO I - Atenção Básica dividido em 02 componentes: 1. Piso da Atenção Básica 2. Piso da Atenção Básica Variável Saúde da Família Agentes Comunitários de Saúde Saúde Bucal Compensação de especificidades regionais (5%) Fator de Incentivo da AB aos povos Indígenas Incentivo à Saúde no Sistema Penitenciário Política de Atenção à Saúde do Adolescente em conflito com a Lei outros que venham a ser instituídos 3. Financiamento - Custeio II - Atenção de Média e Alta Complexidade dividido em 02 componentes: 1. Limite Financeiro de MAC/Ambulatorial e Hospitalar: incorpora os incentivos permanentes referentes aos CEOs, LRPD, SAMU, HPP, CEREST,INTEGRASUS, FIDEPS, IAPI, outros que venham a ser instituídos. 2. Fundo de Ações Estratégicas e Compensações transplantes; ações estratégicas ou emergenciais (temporária); novos procedimentos. 3. Financiamento - Custeio III - Vigilância em Saúde dividido em 02 componentes 1. Vigilância Epidemiológica e Ambiental em Saúde: 1.1. incorpora os recursos do Núcleo de Vigilância Hospitalar, Registro de Câncer de Base Populacional, Atividade de promoção à Saúde, Laboratórios de Saúde, e outros que vierem a ser implantados). 1.2. repasses específicos do componente: campanhas de vacinação; e incentivo do Programa de DST/AIDS. 2. Vigilância Sanitária em Saúde - TAM/MAC-VISA - PAB - VISA 3. Financiamento - Custeio IV - Assistência Farmacêutica dividido em 04 componentes Básico da Assistência Farmacêutica : 03 esferas (Hipertensão e Diabetes (menos insulina); Asma e Rinite; Saúde Mental; Saúde da Mulher, Alimentação e Nutrição e Combate ao Tabagismo) 2. Estratégico da Assistência Farmacêutica: MS Controle de Endemias; anti-retrovirais do programa DST/AIDS; Sangue e Hemoderivados e Imunobiológicos. 3. Medicamentos de Dispensação Excepcional: MS e Estado 4. Organização da Assistência Farmacêutica: MS 3. Financiamento - Custeio V - Gestão do Sistema Único de Saúde Dividido em 09 componentes 1. Regulação, Controle, Avaliação e Auditoria; 2. Planejamento e Orçamento 3. Programação 4. Regionalização 5. Gestão do Trabalho 6. Educação na Saúde 7. Incentivo à Participação do Controle Social 8. Estruturação de serviços e org. de ações da AF 9. Incentivo à implementação de políticas específicas (saúde mental, CEO, SAMU, reestruturação Hosp. Colônias-hanseníase, CST, Cirurgias Eletivas, contratualização hospitais filantrópicos, Cartão SUS, outros que venham a ser instituídos). 3. Financiamento INVESTIMENTOS Eixos Prioritários estímulo à regionalização; Atenção Básica. (priorizar a recuperação, readequação e a expansão da rede física de saúde, e, a constituição de espaços de regulação) CES e da CIB terão prioridades para recebimento desse recurso, os municípios e Estados que assinarem o TCG 4. Programação Pactuada Integrada Explicitar pactos de referências entre municípios Parcela de recursos destinados à população própria e referenciada Principais Diretrizes: feita por área de atuação a partir das ações básica; programação da assistência – integrada – programação VS; visualização dos recursos financeiros das 03 esferas de governo; revisão periódica e sempre que necessária; subsidiar a programação físico-financeira dos estabelecimentos; guardar relação com o desenho da regionalização 5. Regulação da Atenção à Saúde e Regulação Assistencial Define Conceitos a. Regulação da Atenção à Saúde b. Contratação: c. Regulação Assistencial d. Complexo Regulador e. Auditoria Assistencial ou Clínica 6. Participação e Controle Social Ações - fortalecimento da participação social: Apoio aos conselhos, conferências, movimentos sociais Apoio ao processo de formação de conselheiros Estimulo à participação e avaliação dos cidadãos nos serviços de saúde Apoio aos processos de educação popular na saúde Apoio à implantação e implementação de ouvidorias Apoio ao processo de mobilização social e institucional em defesa do SUS 7. Educação na Saúde Diretrizes 1. Educação Permanente - avançar na implementação da Política Nacional; - considerar a Política Nacional uma estratégia essencial para a formação e desenvolvimento dos trabalhadores; - avaliar os processos de desdobramentos em conjunto com Estados e municípios, para promover os ajustes necessários; buscar a revisão da normatização vigente. 2. Planejamento - fortalecimento e qualificação do SUS e o atendimento das necessidades sociais. - cooperação técnica e articulada entre as três esferas de gestão, as instituições de ensino, os serviços e o controle social. Pacto de Gestão - Responsabilidades As responsabilidades deverão se afirmadas e firmadas por meio dos Termos de Compromisso de Gestão. Algumas responsabilidades atribuídas aos municípios deverão ser assumidas por todos os municípios, as outras serão atribuídas conforme o pactuado e/ou a complexidade da rede de serviços localizadas no município. As responsabilidades atribuídas aos Estados devem ser assumidas por todos os Estados. Implantação e Monitoramento Os Estados e municípios, deverão assinar o TCG até nove meses após a publicação da Portaria 699/06 (30/03/06)
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