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SUS _ NOB-NOAS _ Territorialização _ Vigilância

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1 
Vander – Med X 
Atenção a Saúde 
Trajetória do SUS 
 Epidemias de febre amarela, varíola, cólera, malária, tuberculose e peste (séc XX) => 
trabalhadores pobres = benzedeiras e Santas Casas de Misericórdia (freiras) 
 Oswaldo Cruz = vacina contra varíola obrigatória => Revolta da Vacina (1904) => 
reurbanização do centro do RJ (fim dos cortiços = favelização) 
 Dr. Emílio Ribas = obras de saneamento em Santos 
 1918: gripe espanhola 
 1923: início das obras do Centro de Saúde => SP => educação sanitária com ênfase na 
família 
 1930: GV assume => entre os feitos, criou as bases da CLT e do INSS 
 SESP = Serviços Especiais de Saúde Pública => Carlos Chagas e irmãos Vilas Boas 
 Após a 2°GM (1945) = intensa especialização dos médicos e encarecimento dos 
procedimentos 
 1950: GV volta => cria Petrobrás e o MS => chega a TV 
 GV assassinado => JK assume => ind. Automobilística e Brasília => primeiros indícios 
das empresas médicas assistencialistas 
 1964: início do período militar => pouco investimento na saúde, criação do INPS 
 Trabalhadores rurais com direitos à assistência social (saúde e aposentadoria) 
 1978: profissionais, estudantes e cidadãos no geral reivindicam a criação de centros de 
saúde 
 Epidemia de meningite e poliomielite => notícias censuradas 
 1983/84 => movimento "Diretas Já!" 
 Previdência falida + equipamentização de hospitais privados (déc. 70) => crise da 
assistência médica 
 Criação do SUS na Constituição de 1988 (Universalidade, Integralidade e Equidade) 
 1990: regulação do SUS por leis 
 1994: internet no Brasil e Programa Saúde da Família (PSF) 
 SUS => vacinas, transplantes, medicamentos, educação sanitária, Urg. e Emerg., 
cirurgias, políticas assistencialistas => baixo orçamento (até 1 milhão de pessoas por 
dia) 
 Pacto pela Saúde => metas e demandas => estrutura integralizada à Saúde de Base 
2 
Vander – Med X 
Antecedentes 
 INAMPS (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social) => 
assistência de saúde beneficiava apenas trabalhadores formais assegurados pelo INPS 
 8° Conferência Nacional de Saúde – Basília (1986) => usuários, profissionais, 
prestadores de serviço e gestores 
 Saúde = alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, 
emprego, lazer liberdade, acesso e posse de terra e acesso a serviços de saúde 
 Assembleia Nacional Constituinte (1987) => Constituição Cidadã (1988) => SUS 
(Sistema Único de Saúde) => saúde como direito assegurado pelo Estado e pautado pela 
universalidade, equidade e integralidade, organização descentralizada com participação 
popular 
Definições legais do SUS 
 Constituição de 1988 => saúde direito universal => sistema de saúde = rede 
regionalizada e hierarquizada, descentralizada de direção única => Conselhos e 
Conferências municipais, estaduais e federais => saúde = bem estar biopsicossocial 
(redefine o conceito) 
 Art. 196: saúde é direito de todos e dever do Estado, mediante políticas sociais e 
econômicas que visem a redução dos riscos de doenças e o acesso universal igualitário, 
mas não tira a responsabilidade do indivíduo nem das organizações privadas 
 Lei 8.080 (19/09/1990) / Lei Orgânica da Saúde: regulamenta condições para 
promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos 
serviços => instituiu o SUS => iniciativa privada participa do SUS por meio de 
contratação de serviços e/ou convênios (diretrizes no Art. 198) 
 Organização, direção e gestão do SUS; competências e atribuições das esferas; 
funcionamento e participação complementar dos serviços privados; política de 
recursos humanos; recursos financeiros, gestão financeira, planejamento e 
orçamento 
Operacionaliza as disposições constitucionais: 
I. Saúde = direito e dever do Estado, não exclui a responsabilidade do indivíduo, da 
família, das empresas nem da sociedade => fatores determinantes e condicionantes: 
alimentação, moradia, saneamento, meio ambiente, trabalho, renda, educação, 
transporte, lazer e acesso a bens e serviços essenciais. 
3 
Vander – Med X 
a. Nível de saúde populacional = organização social e econômica 
b. Políticas de saúde nos campos econômico e social 
c. Ações de promoção, proteção e recuperação da saúde de forma integrada 
d. Vigilâncias sanitária, epidemiológica, ambiental e nutricional 
e. Saúde do trabalhador, assistência farmacêutica e hemoderivados 
II. Princípios e diretrizes => preservar autonomia do indivíduo, garantir igualdade da 
assistência, dar direito à informação, divulgar informações, enfatizar a epidemiologia, 
integrar ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico, garantir participação 
popular, descentralizar (municipalização, regionalização hierarquizada), conjugar 
recursos nas 3 esferas de governo, capacitar de resolução todos os níveis de assistência, 
organizar e evitar duplicidade de meios para os mesmos fins. 
a. Princípios doutrinários: Universalidade, Integralidade e Equidade 
b. Princípios organizativos / Diretrizes: Participação popular, 
Territorialização, Regionalização e Hierarquização, Cuidado centrado na 
pessoa. 
 Lei 8.142 (28/12/1990): participação da comunidade na gestão do SUS, transferências 
intergovernamentais de recursos financeiros na saúde (transferência fundo a fundo de 
forma efetiva e direta) 
 Conferências de Saúde nas três esferas; Conselhos de Saúde nas três esferas 
 Conselho de Saúde = gestores (representantes do governo) + prestadores de 
serviço + profissionais + usuários (50%) => paritários (compostos por pares) 
 Conferências e Conselhos com regimentos próprios aprovados no Conselho 
 Alocação dos recursos do Fundo Nacional de Saúde, repasses regulares e 
automáticos a Municípios, Estados e DF => para receber devem ter: Fundo de 
Saúde, Conselho de Saúde, Plano de Saúde, Relatório de Gestão, Contrapartida 
de recursos para a saúde no respectivo orçamento, Plano Carreira, Cargos e 
Salários (PCCS) 
 Conferências de Saúde, Conselhos de Saúde e Fundos de Saúde = 3 esferas de 
poder 
Implantação do SUS 
Normas Operacionais =. portarias ministeriais (MS) => competências de cada 
esfera e condições necessárias para os Estados e Municípios assumirem as 
responsabilidades e prerrogativas do Sistema 
𝑁𝑂𝐵 → 𝑁𝑂𝐴𝑆 → 𝑃𝑁𝐴𝐵 
4 
Vander – Med X 
Normas de Organização Básicas (NOBs) => definição de estratégias e 
movimentos tático-operacionais de reorientação operacional <= avaliação periódica de 
implantação e desempenho => 3 até hoje 
 Objetivos (NOB e NOAS): induzir e estimular mudanças; aprofundar e 
reorientar a implementação do SUS; definir novos objetivos estratégicos, 
prioridades, diretrizes e movimentos tático-operacionais; regular as 
ações/relações entre gestores; normatizar o SUS 
Conteúdo das NOBs é definido em conjunto com o Ministério da Saúde e 
representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e do Conselho 
Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS) 
 Conferências municipais (fev/mar) precedem as estaduais (jun/jul) que, por sua vez, 
antecedem a Nacional (out/nov) => acontecem a cada 4 anos 
 Conselhos de Saúde => deliberativo => 1x ao mês 
 CONASS = sec. de saúde estaduais 
 CONASEMS = sec. municipais 
NOB 91 (NOB/SUS 01/91) 
Equipara prestadores públicos e privados (modalidade de financiamento = 
pagamento por prestação de serviço); centraliza a gestão do SUS no nível federal 
(INAMPS); estabelece o instrumento convenial como forma de transferência de 
recursos do INAMPS para os Estados, Municípios e DF; obrigatoriedade da 
municipalização (instrumento de descentralização); instituiu a Unidade de Cobertura 
Ambulatorial (UCA) destinada a reajustar os valores a serem repassados; modifica o 
sistema de pagamento aos prestadores de serviços (entidades filantrópicas, hospitais 
universitários, entidades contratadas e conveniadas) com a implementação do Sistema 
deInformações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS). 
 A cobertura ambulatorial anual é obtida da multiplicação do valor da 
UCA pela população de cada unidade da federação 
 Municipalizados no SUS são municípios com: Conselhos Municipais de 
Saúde; Fundo Municipal de Saúde; Plano Municipal de Saúde aprovado 
pelos respectivos Conselhos; Programação e Orçamentação da Saúde 
(PROS) como detalhamento do Plano de Saúde; contrapartida de 
recursos orçamentários; Constituição de Comissão de Elaboração do 
Atuam em conjunto com o MS para criar normas deliberativas 
5 
Vander – Med X 
Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) com o prazo de dois anos 
para a sua implantação. 
NOB 93 (NOB/SUS 01/93) 
Formalizou princípios aprovados na 9° Conferência Nacional de Saúde (1992) – 
"municipalização é o caminho". 
 Processo de municipalização da gestão com habilitação dos municípios nas condições 
de gestão criadas (incipiente, parcial ou semiplena). 
Cria transferência regular e automática (fundo a fundo) do teto global da 
assistência para municípios em gestão semiplena; habilita municípios como gestores; 
define papel dos Estados de forma frágil, gestores do sistema estadual de saúde; 
constituídas as Comissões Intergestores Bipartite (estadual) e Tripartite (nacional) 
como importantes espaços de negociação, pactuação, articulação e integração entre 
gestores. 
NOB 96 (NOB/SUS 01/96) 
 Influência da Conferência Internacional de Alma Ata (OMS) 
 Cria o PAB (Piso Assistencial Básico), a FAE (Fração Ambulatorial 
Especializada), APAC (Autorização de Procedimento de Alta 
Complexidade/Custo) 
 PAB = recursos per capita, transferido fundo a fundo, regular e automático => PAB fixo 
(per capita) e o PAB variável 
 Cria incentivos para ações de Vigilância Sanitária 
 Incorpora ações de Epidemiologia e Controle de Doenças 
 Ampliação do Programa Saúde da Família (PSF-1994) 
 Reorganiza o modelo de atenção básica 
 Define critérios e prerrogativas da gestão plena em saúde 
 PPI = Programação Pactuada e Integrada 
Promoveu avanço no processo de descentralização, criou novas condições de gestão para 
municípios e estados, caracterizou as responsabilidades sanitárias do município pela saúde dos cidadãos e 
redefiniu competências de estados e municípios. 
Promover e consolidar o pleno exercício por parte do poder público municipal, da função de 
gestor da atenção à saúde de seus habitantes com a respectiva redefinição das responsabilidades dos 
Estados, Distrito Federal e União; caracterizar a responsabilidade sanitária de cada gestor; reorganizar o 
6 
Vander – Med X 
modelo assistencial, descentralizando aos municípios a responsabilidade pela gestão e execução direta da 
atenção básica de saúde; aumentar a participação percentual da transferência regular e automática (fundo 
a fundo) dos recursos federais a Estados e municípios, reduzindo a transferência por remuneração de 
serviços produzidos; fortalecer a gestão do SUS, compartilhada e pactuada entre os governos municipais, 
estaduais e federais, por meio das Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite como espaços 
permanentes de negociação e pactuação entre gestores. 
Transfere aos municípios habilitados como Plena da Atenção Básica, os recursos financeiros 
com base per capita relativos a esta responsabilidade, criando o PAB (Piso Assistencial Básico), 
repassado fundo a fundo de forma regular e automática, e com base em valor nacional per capita para a 
população coberta; reorganiza a gestão dos procedimentos de média complexidade ambulatorial (Fração 
Ambulatorial Especializada - FAE) e de alta complexidade ambulatorial (Autorização de Procedimentos 
de Alta Complexidade/Custo - APAC); incorpora as ações de Vigilância Sanitária (Incentivo para as 
ações básicas de Vigilância Sanitária) e de Epidemiologia e Controle de Doenças; reorganiza o modelo 
de atenção, adotando-se como estratégia principal a ampliação de cobertura do Programa de Saúde da 
Família e Programa de Agentes Comunitários de Saúde, com a criação de Incentivo financeiro (conass); 
aprimora o planejamento e define a elaboração da Programação Pactuada e Integrada (PPI); define as 
responsabilidades, prerrogativas e requisitos das Condições de Gestão Plena da Atenção Básica e Plena 
de Sistema Municipal de Saúde para os municípios, e Avançada do Sistema Estadual e Plena de Sistema 
Estadual para os Estados. 
Instrução Normativa 01/97 
Realizou algumas alterações na NOB/SUS 01/96 => regulamentou o processo, 
fluxos, requisitos e instrumentos de comprovação para estados e municípios se 
habilitarem às novas condições de gestão 
Modificou-se o conceito do PAB (agora Piso de Atenção Básica) => parte 
variável (programas e ações): Programa de Agentes Comunitários de Saúde, PSF, 
Programa de Combate às Carências Nutricionais 
O conceito original do PAB foi modificado passou a ser chamado de Piso da Atenção Básica; a 
portaria 1.882/97 definiu uma parte fixa e uma parte variável do novo PAB; o Valor Nacional da Parte 
Fixa do PAB foi definido em R$ 10,00 per capita/ano a ser transferido aos municípios habilitados na 
NOB/SUS 01/96; foi criado o “valor máximo da Parte Fixa do PAB”, estipulado em R$18,00 
habitante/ano na reunião da CIT de 27 de janeiro de 1998; como Incentivo às Ações de Vigilância 
Sanitária foi definido um valor R$ 0,25 habitante/ano para complementar o custeio das ações já incluídas 
na parte fixa do PAB; foi definida uma nova tabela do SIA/SUS. 
 A Parte Variável do PAB que correspondia a incentivos destinados às seguintes ações e 
programas: Programa de Agentes Comunitários de Saúde; Programa de Saúde da 
Família; Programa de Combate às Carências Nutricionais; Ações Básicas de 
Vigilância Sanitária; Assistência Farmacêutica Básica e Ações Básicas de Vigilância 
Epidemiológica e Ambiental. 
7 
Vander – Med X 
1998-2000 => importantes avanços na descentralização do SUS => dez/2001 = 
99,21% dos municípios habilitados em alguma condição 
Norma Operacional de Assistência à Saúde (NOAS) 
NOAS 2001 (NOAS/SUS 01/01) 
 Estabelece a regionalização hierarquizada => busca por maior equidade 
 Institui o Plano Diretor de Regionalização (PDR) como instrumento de ordenamento do 
processo de regionalização nos estados e DF 
 Estabelece alguns critérios 
Intensas negociações entre o Ministério da Saúde, o Conselho Nacional de 
Secretários de Saúde (CONASS) e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de 
Saúde (CONASEMS) => no momento da implantação do SUS o aumento das 
responsabilidades do município na garantia do acesso aos serviços da atenção básica, a 
regionalização e a organização funcional do sistema = elementos centrais para o avanço 
do processo => “promover maior equidade na alocação de recursos e no acesso da 
população às ações e serviços de saúde em todos nos níveis de atenção” => processos de 
regionalização (hierarquização) = Plano Diretor de Regionalização - PDR 
(ordenamento do processo de regionalização da assistência nos estados e no DF, 
definindo prioridades de intervenção conforme a necessidade da população e garantia de 
acesso dos cidadãos à saúde) elaboradas por Secretarias de Saúde dos estados (SES) e 
do DF, junto com o Plano Estadual de Saúde, devendo ser aprovado pela Comissão 
Intergestores Bipartide e pelo Conselho Estadual de Saúde. 
PDR leva em conta os seguintes serviços / ações: assistência pré-natal, parto e puerpério; 
acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil; cobertura universal do esquema 
preconizado pelo PNI para todas as faixas etárias; ações de promoção da saúde e prevenção de doenças; 
tratamento de intercorrências mais comuns na infância; atendimento de afecções agudas de maior 
incidência; acompanhamento de pessoas com doenças crônicas de alta prevalência; tratamento clínico e 
cirúrgico de casos de pequenas urgências ambulatoriais; tratamento dos distúrbios mentais e 
psicossociais mais freqüentes; controlede doenças bucais mais comuns e suprimento e dispensação dos 
medicamentos da farmácia básica. 
 
Devem ser definidos os conceitos-chaves. 
 Região de Saúde = base territorial de planejamento de atenção à saúde, definida 
8 
Vander – Med X 
pela SES (PDR) levando em conta as peculiaridades, pode ser feita a divisão em 
regiões e microrregiões. 
 Módulo Assistencial = espaço territorial que dispõem da resolutividade 
correspondente à Região de Saúde, 1 ou + municípios, deve possuir um 
município com Gestão Plena como sede e/ou com capacidade de ofertar 
suficientemente a totalidade de procedimentos do anexo 3 da NOAS/SUS 01/01 
para a sua população e para as demais em necessidade. 
 Município-Polo = apresenta papel de referência para os outros municípios 
conforme a estratégia de regionalização 
 Microrregião de Saúde = unidade territorial mínima para qualificação na 
assistência à saúde, complexidade assitencial acima dos Módulos Assistenciais 
Instituiu a Gestão Plena da Atenção Básica Ampliada e definiu áreas de atuação estratégicas para 
controle de tuberculose, eliminação da hanseníase, controle da HA e da Diab., a saúde da criança, da 
mulher e bucal. Definiu um conjunto mínimo de procedimentos de média complexidade como 1° nível de 
referência (atividades ambulatoriais, de apoio diagnóstico e terapêutico e de internação hospitalar) 
NOAS 2002 (NOAS/SUS 01/2002) 
 Estabelece conceitos de regiões e microrregiões 
 Institui aos estados a gerência das unidades públicas e dos sistemas de 
hemocentros/hemonúcleos e laboratórios 
Principais modificações: o município-sede de módulo assistencial pode estar habilitado em 
Gestão Plena de Sistema Municipal quando em situação de comando único municipal ou em Gestão 
Plena da Atenção Básica Ampliada (GPABA) quando em situação de comando único estadual; 
estabeleceu que cabe aos Estados a gerência de unidades públicas de hemonúcleos/hemocentros e de 
laboratórios de referência para controle de qualidade e gestão sobre respectivos sistemas, e Vigilância 
Sanitária e Vigilância Epidemiológica; foi estabelecida a transferência regular e automática dos recursos 
correspondentes ao financiamento per capita do conjunto mínimo de serviços de média complexidade M1 
em regiões ou microrregiões qualificadas, nos casos em que o município-sede do módulo assistencial 
estiver habilitado em GPABA. 
Estabeleceu que o Limite Financeiro da Assistência de cada estado e do DF, deverá ser 
programado e apresentado da seguinte forma: relação de todos os municípios da UF; condição de gestão 
do município ou nível de governo responsável pelo comando único de média e alta complexidade; parcela 
de recursos financeiros para o atendimento da população residente sob gestão municipal, das referências 
intermunicipais e da população residente sob gestão estadual; outros recursos sob gestão estadual, 
alocados nos municípios ou na SES; Limite Financeiro Global da UF. 
9 
Vander – Med X 
Territorialização 
 Relatório Dawson (1920 – ING), pós 1° GM => territorialização em sistemas de saúde 
 1994 = PSF (BRA) => contra o modelo hospitalocêntrico, a favor da prevenção e 
promoção da saúde 
 Territorialização no BRA desde a implementação do SUS 
 O dimensionamento espacial de atuação da ESF toma força => vigilância em saúde 
 2006 (ESP) = critérios de afiliação da população ao serviço da saúde 
 BRA => rede de saúde regionalizada, hierarquizada e descentralizada 
 Atenção Primária de Saúde = programação + organização => população e área definida 
 Territorialização = processo de apropriação por atores sociais de uma área geográfica 
delimitada, considerando-se o perfil epidemiológico, social, cultural, político e 
administrativo desse espaço, que está em constante mutação 
o Atuação em conjunto com agentes ativos na comunidade em questão 
 Territorialização => aspecto fundamental para desenvolver a prática da medicina de 
família e comunidade (MFC) de acordo com os pricípios 
I. MFC é influenciada pela comunidade 
II. O médico de família e comunidade é o recurso de uma população 
definida 
 Associação de ferramentas de abordagem familiar (ex: genograma e ecomapa)na 
territorialização reforça e auxilia o diagnóstico comunitário => etapa fundamental no 
trabalho do médico => planejamento estratégico situacional 
Territorialização é necessária na implementação de uma nova equipe e como ferramenta 
estratégica de reconhecimento, identificação e responsabilização sanitária para estabelecer um 
relacionamento horizontal e vertical com os serviços adjacentes. Fundamental para o bom 
desenvolvimento da prática de um MFC => pressuposto básico da ESF => associa-se com ferramentas de 
abordagem familiar 
Médico atende em torno de 2000-3000 pessoas // ACS = 1 microárea = 750 habitantes (em 
média) => elo entre comunidade e profissionais 
 Territorialização permite organizar estratégias de curto e longo prazo => fundamental 
para implementar a ESF 
Objetivo: conhecer o território de forma dinâmica, materializar 
as relações humanas, as necessidades, os problemas em saúde e 
as ações intersetoriais mais apropriadas e resolutivas 
Ponto de apoio = facilita moradores na busca 
por atendimento em áreas muito extensas 
 
10 
Vander – Med X 
 Diagnóstico situacional = trinômio estratégico => dados das condições de vida e saúde 
da população 
 Informação = dados trabalhados (primários e sistematizados) 
 Decisão = planejamento a partir dos dados 
 Ação = decisão colocada em prática 
Territorialização é o processo de análise territorial visando o uma base 
organizativa dos sistemas de saúde e do planejamento em vigilância em saúde 
 Mapa obrigatório e essencial 
 No BRA, a agregação espacial de dados com a possibilidade de identificar riscos sociais 
encontra barreiras pela falta de uma base digital de ruas e quadras. 
 Território = espaço limitado político-administrativamente ou por ação de um grupo 
social 
 Serviços de saúde = estruturados para se ajustarem às necessidades do território 
 SUS => descentraliza o sistema em subunidades municipais 
 
1) Distrito = delimitação político-administrativa 
2) Área = delimitação da área de abrangência de uma 
unidade ambulatorial 
3) Microárea = delimitada com a lógica da 
homogeneidade socioeconômica-sanitária 
4) Moradia = residência de uma família 
 
 1 e 4 são delimitados // 2 e 3 tem dimensões e populações indefinidas, que podem 
variar 
 Sistema de georreferenciamento (barreira: falta de base digital) e cartografia 
 
Informação Decisão Ação
Necessita de informações 
dinâmicas e fidedignas 
Território 
Distrito 
Território 
Área
Território 
Microáre
a
Teritório 
Moradia
11 
Vander – Med X 
Vigilância em Saúde 
 MFC: cuida da pessoa, família e comunidade; ação baseada na prevalência e incidência 
de agravos; quadros inespecíficos (febre) = dados epidemiológicos; abordagem 
comunitária = prioriza os agravos de maior prevalência (diagnóstico situacional); Vigl. 
em Saúde = ferramenta de trabalho => análise permanente da situação da saúde da 
população; MFC = fonte de dados (sistema) e usuário das informações (do sistema); 
contribui com a adoção de políticas públicas em prol da saúde 
Prevalência (soma dos casos novos e antigos num determinado período) ≠ incidência (número de casos novos 
num determinado período) 
 Analisa situações de saúde 
Qualidade das info fornecidas pela equipe determina a qualidade das info do serviço da vig em saúde => base 
para trabalho cotidiano 
 Promove integração entre Vig. Epidemiológica e Vig. Sanitária 
 Foco na saúde sempre, apesar de a doença ser mais chamativa => ações de promoção, 
prevenção e controle de doenças e agravos 
 Ações realizadas pelas SMS, SES, ESF, UPAs, clínicas, hospitais, consultórios e 
planos de saúde 
 Conjunto integrado e articulado de ações em saúde 
 Território (diagnóstico e aspectos) 
 Integração e organização 
 Promoção,prevenção e reabilitação 
 Interdisciplinaridade e intersetorialidade 
 Pilares fundamentais => TERRITÓRIO, PROBLEMAS e PRÁTICAS EM SAÚDE 
 Ramifica-se por todo o sistema de saúde 
 A Vig. em Saúde preocupa-se com todos os agravos da saúde, doenças transmissíveis e 
não transmissíveis => cuidados deve ser integrados nos cuidados rotineiros com as 
pessoas e comunidade, auxiliando no diagnóstico e na intervenção dos indivíduos e do 
coletivo => lógica de organização dos serviços = referencial p/ mudanças de modelo de 
at básica = deve estar inserida na at primária (ESF) 
 Notificação de doenças e agravos à saúde 
 Imunização, controle de endemias e epidemias, zoonoses, controle sanitário e ambiental 
 3 esferas de governo => engloba: Vig Epidemiológica, Sanitária, Saúde do Trabalhador 
e Ambiental 
 Características => intervenção sobre problemas de saúde (danos, riscos e/ou 
NÃO É 
MILAGRE 
12 
Vander – Med X 
determinantes); ênfase em problemas que requerem atenção e acompanhamento 
contínuos; operacionalização do conceito de risco; articulação entre ações 
promocionais, preventivas e curativas; atuação intersetorial; ações sobre o território; 
intervenção sobre a forma de operações. => autoavaliação e avaliação dos serviços => 
DEPENDE DE DADOS => objetiva a análise permanente da saúde da pop, da 
organização e execução das práticas de saúde 
 Vig. Epidemiológica 
 As info. epidemiológicas são importantes, tanto no atendimento individual, quanto 
nas ações comunitárias do médico e da equipe => medicina baseada em evidências 
aplicada à prática (perfil epidemiológico = principal fonte p/ diagnóstico) => 
prioriza problemas de maior impacto na comunidade 
 Controlar doenças transmissíveis, ag etiológicos e vetores, diminuir o impacto da 
morbimortalidade (doenças negligenciadas), controlar agravos (DCNT) p/ queda da 
mortalidade, saúde do trabalhador, SINAN, SINASC, SIM, vig de óbitos infanto-
fetal e materno (queda decorrente de diversos fatores) 
 Ajuda a perceber a rede de causalidades e determinantes do processo saúde-doença 
 Vig e controle dos agravos 
 BRA: ↓ morbimortalidade das doenças transmissíveis // ↑ morbimortalidade de 
causa externas e por doenças crônico-degenerativas (ou DCNT = Doença Crônica 
Não Transmissível) 
 Diagnóstico precoce 
 Tratamento dos doentes 
 Interrupção da cadeia de transmissão 
 Identificar fatores comportamentais de risco modificáveis ou não 
 Vigilância das DCNT 
 MS = ações de vig, ações legislativas e regulatórias à saúde 
 VIGITEL = inquérito sobre fatores de risco e fatores protetores frente as DCNTs 
 SINAM = sist de info de agravos e notificação 
 Ficha de notificação individual = OBRIGATÓRIO => rede pública, privada e de 
ensino, obrigação do médico conhecer 
 Ficha de notificação no site (1 cópia paciente e 1 cópia SMS) 
 Site do SINAM = relatórios, orientações, ficha de notificação e de investigação e 
base de dados (desde 2001) 
 Potencialidades do SINAM => consolidar a vig das DCNT tem grande relevância 
nacional e local 
13 
Vander – Med X 
 Conhecer a distribuição 
 Identificar seus condicionamentos 
 Subsidiar o planejamento, a execução e a avaliação de sua 
prevenção e controle 
 Monitoramento das estatísticas vitais 
 Epidemiologia descritiva => dados de nascimentos e óbitos => evidências 
epidemiológicas => tomada de decisão por instituições e organizações de saúde 
quanto às políticas de saúde 
 Evento sentinela, para populações pequenas, pode alertar o MFC 
 Sist de info de Nascidos Vivos (SINASC) e Sist de info sobre Mortalidade (SIM) 
 Alimentação dos dados (preenchimento obrigatório) => SINASC = declaração de 
nascidos vivos (DNV) // SIM = declaração de óbito (DO) 
 Médico deve saber preencher com clareza e fidedignidade 
 DNV => taxa de natalidade da comunidade 
 SINASC => estudo populacional sobre nascidos vivos =>subsidiando intervenções 
relacionadas à saúde da mulher e da criança para todos os níveis do SUS 
 Para diminuir a subnotificação de nascimentos, saúde materno-infantil, 
perfil dos nascidos vivos, fatores de risco, saúde da mãe 
 Subnotificação = busca ativa de casos não notificados/registratos 
 Preenchimento da DNV = médico, enfermeiro, técnico da sala de parto ou berçário, 
ou pessoa treinada para isso 
 DO => morbimortalidade infanto-fetal e materno (fator importante) 
 Todos os óbitos ocorridos em qualquer local 
 SIM => registros dos óbitos, CID-10 (classificação internacional de doenças) e 
CMD (causas mal definidas de óbitos), sintomas, sinais e anormalidades em exames 
clínicos 
 O médico é o responsável ppor todas as informações contidas na DO (resolução do 
CFM) 
 MFC = óbitos domiciliares (responsável) 
 Serviço de verificação de óbito (SVO) => quando se suspeita de morte violenta => 
quando não existe deve-se notificar à delegacia 
 Causa da morte, cuidado especial causa básica para traçar o perfil 
epidemiológico da população (Bloco VI) 
 Atenção especial aos óbitos infantis, fetais e maternos 
Quando a mãe quer deixar a mãe para adoção, a DNV é preenchida normalmente com o nome dela. Quando 
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Vander – Med X 
menciona-se esse desejo no pré-natal, a mãe deve ser encaminhada para Vara de Infância e para o Conselho 
Tutelar (avaliar o quadro psicológico/psiquiátrico da mãe) 
 Vig dos óbitos infantil e fetal 
 1990-2007 = redução => manter essa queda é um desafio ainda 
 N e NE = subnotificação (questão cultural) 
 Vig dos óbitos infanto-fetal => fortalecer saúde, diminuir subnotificações e 
qualificar as info => subsidiando as políticas públicas de saúde 
 Comitê de Prevenção a Óbitos Infantil e Fetal 
 Organização da assistência à saúde 
 Redução das mortes preveníveis => identifica se foi causa prevenível ou não 
 Melhoria dos registros sobre a mortalidade 
 Características => interinstitucional, educativo e informativo, sigiloso, não punitivo 
nem coercitivo, congregam instituições governamentais e da sociedade civil, 
multiprofissional 
 Para quê serve? => Dar visibilidade, acompanhar e monitorar os óbitos infantis e 
fetais, instrumento de gestão, avaliar a qualidade da assistência à gestante, ao parto, 
ao nascimento e à criança (até 1 ano), subsidiar políticas públicas e intervenções 
para redução da mortalidade 
 Comitê de Morte Materna 
 Características => interinstitucional, educativo e informativo, sigiloso, não punitivo 
nem coercitivo, congregam instituições governamentais e da sociedade civil, 
multiprofissional 
 Para quê serve? => Dar visibilidade, acompanhar e monitorar os óbitos maternos, 
instrumento de gestão, avaliar a qualidade da assistência à gestante/mãe, subsidiar 
políticas públicas e intervenções para redução da mortalidade, apontar causas e 
interferências para reduzir o índice 
 Vig Ambiental 
 Ambiente e saúde, fatores de risco ambiental, recente, fatores biológicos (vetores, 
animais peçonhentos, hospedeiros e reservatórios) e não-biológicos (água, solo, ar, 
contaminantes, desastres e acidentes), territorialização ajuda (reconhecimento 
territorial) => caráter intra e intersetorial 
 Vig Sanitária 
 Estratégias institucionais, administrativas, programáticas e sociais (integradas e 
orientadas por políticas públicas), intervenção em problemas sanitários, controle da 
produção e do consumo de bens de consumo e da prestação de serviços => 
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Vander – Med X 
interdisciplinaridade e multiprofissional 
 Vig em saúde + At Básica (APS) => potencializa a integração de diversos programas 
que atuam isoladamente 
 Equipe = ag vigilante => discutir soluções com a pop de modo a agir diretamente 
sobre grupos mais vuneráveis 
 Programação e planejamento das ações 
 Utilização sistemática de dados p/ análise (considerando aspectos do território), 
diagnóstico, planejamento e implementação de atividades (critério = recorrência) => 
Dr. 
 Garantir integralidade da APS, buscaativa e notificação de doenças/agravos, 
planejamento e avaliação das ações da equipe => TODOS da equipe 
 Promoção de saúde = estratégia de articulação transversal 
 Promover qualidade de vida e reduzir vulnerabilidades/riscos à saúde (determinantes 
e condicionantes = aspectos de vida) 
	Trajetória do SUS
	Antecedentes
	Definições legais do SUS
	Implantação do SUS
	NOB 91 (NOB/SUS 01/91)
	NOB 93 (NOB/SUS 01/93)
	NOB 96 (NOB/SUS 01/96)
	Instrução Normativa 01/97
	Norma Operacional de Assistência à Saúde (NOAS)
	NOAS 2001 (NOAS/SUS 01/01)
	NOAS 2002 (NOAS/SUS 01/2002)
	Territorialização
	Vigilância em Saúde

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