Buscar

3_AulaTcap3

Prévia do material em texto

11-10-2012 
1 
Complementos cromossómicos 
 
Os conjuntos de cromossomas das células somáticas duma espécie são 
característicos dessa espécie (em organismos diplóides os cromossomas 
existem aos pares = 2n nas células somáticas, enquanto nas células 
gaméticas esse número está reduzido a metade = n). 
 
O número de cromossomas não está relacionado com a complexidade, grau 
de evolução ou tamanho dum organismo. 
 
 
Levedura n = 17 
Sequóia gigante 2n = 22 
Trigo hexaplóide (pão) 2n = 42 
Fava 2n = 12 
Ervilheira 2n = 14 
Escorpião 2n = 4 
Drosophila 2n = 8 
Mosca doméstica 2n = 12 
Galinha 2n = 78 
Rato 2n = 40 
Homem 2n = 46 
Cariótipo Humano 2n = 46 
11-10-2012 
2 
Ciclo Celular 
Fases da mitose 
• Profase: 
– Condensação dos cromossomas – visualização dos cromatídeos 
– Desorganização nucleolar e do invólucro nuclear 
• Metafase: 
– Orientação anfitélica dos cromossomas na zona equatorial, o 
centrómero de cada cromossoma está na placa metafásica fixo a uma 
fibra do fuso 
• Anafase: 
– Divisão pelo centrómero dos dois cromatídeos de cada cromossoma. 
Os dois cromatídeos irmãos de cada cromossoma ascendem a pólos 
diferentes por contracção das fibras do fuso. 
 1 cromossoma = 1 cromatídeo 
• Telofase: 
– Descondensação dos cromossomas, organização nucleolar e nuclear. 
 
Depois da divisão do material genético, cariocinese, surge normalmente a 
divisão citoplasmática, citocinese. 
 
11-10-2012 
3 
Mitose 
M
it
o
s
e
 
11-10-2012 
4 
Meiose 
• Profase I: 
– Leptóteno: Cromossomas muito finos e emaranhados, os dois 
cromatídeos de cada cromossoma ainda não se distinguem. 
Bouquet cromossómico. 
– Zigóteno: condensação dos cromossomas. Início do 
emparelhamento dos cromossomas homólogos (sinapsis) – 
complexos sinaptinémicos 
– Paquíteno: Cromossomas mais curtos e mais grossos. Fácil 
visualização dos bivalentes, fusão nucleolar. Crossing-over ou 
sobrecruzamento (recombinação genética) 
– Diplóteno: Visualização dos quiasmas. Desorganização do 
nucléolo. 
– Diacinese: Cromossomas muito condensados. Desorganização 
do invólucro nuclear. 
Fases da meiose (a) 
11-10-2012 
5 
MEIOSE 
Emparelhamento dos cromossomas homólogos e crossing-over 
11-10-2012 
6 
Crossing-over 
• Metafase I: 
– Organização do fuso acromático. 
– Os cromossomas homólogos dispõem-se no plano equatorial de 
forma co-orientada (centrómeros de um e do outro lado da placa 
equatorial) 
• Anafase I: 
– Separam-se os cromossomas homólogos, constituídos por dois 
cromatídeos. Divisão reducional. 
• Telofase I 
– n cromossomas em cada pólo 
– Pode formar-se a placa celular – citocinese. Acontece 
frequentemente a passagem directa do início da telofase para a 
metafase II, neste caso ocorrem duas citocineses em telofase II. 
 
Segue-se uma divisão mitótica normal (divisão equacional) 
– Meiose II - para dar 4 células haplóides 
 
Fases da meiose (b) 
11-10-2012 
7 
Diferenças entre mitose e meiose 
Teoria cromossómica 
11-10-2012 
8 
Ciclos de vida 
Gametogénese: 
 
Processo de produção dos gâmetas, 
consiste na meiose e maturação das células 
haplóides. 
 
11-10-2012 
9 
11-10-2012 
10 
Gametogénese animal 
2n 2n Espermatogónia 
Ovogónia 
2n 
n n 
n n n n 
n n n n 
Espermatócito 1ario 
Espermatócito 2ario 
Espermátides 
Espermatozóides 
Crescimento 
Meiose I 
Meiose II 
Maturação 
2n 
n 
n n n 
Ovócito 1ario 
n Ovócito 2ario 
Corpúsculo 
polar 1ario 
n 
Corpúsculo polar 2ario 
Ovótide 
n Óvulo 
1 Espermatogónia = 4 gámetas 1 Ovogónia = 1 gámeta 
11-10-2012 
11 
Ciclo de vida nas 
angiospérmicas 
Gametogénese nas angiospérmicas (Zea mays) 
2n Microsporócito 
n 
n 
n 
n 
Micrósporos 
n n 
n n 
n n 
n n 
Grãos de pólen 
Meiose 
Cariocinese 
Libertação pólen 
n n Núcleo vegetativo 
(tubo polínico) 
Núcleo reprodutivo 
n n 
n 
Núcleos gaméticos 
Cariocinese 
2n Megasporócito 
Meiose 
n n n n Megásporo 
Cariocinese x3 
n n n n 
n n n n Saco 
embrionário 
imaturo 
n 
n 
n 
n 
n 
n n 
n 
Microsporogénese Macrosporogénese 
Antípodas 
Núcleos polares 
Oosfera 
Sinérgide 
Sinérgide 
Saco 
embrionário 
maturo 
n 2n 
Fecundação 
2n 3n 
Embrião 
Endosperma 
Aleurona 
11-10-2012 
12 
Fecundação nas angiospérmicas 
Aleurone (3n) 
Drosophila melanogaster 
11-10-2012 
13 
O porquê de X e Y 
11-10-2012 
14 
Regiões homólogas (regiões 
pseudoautossómicas) entre o cromossoma X e Y 
humanos e regiões ou segmentos diferenciais 
SRY – testis 
determining 
factor 
11-10-2012 
15 
Determinação cromossómica do sexo 
 
 
Característica Barred 
– ligada ao sexo 
11-10-2012 
16 
Sistemas de determinação cromossómica do sexo 
Insectos: exemplos de extrema variabilidade 
Himenópteros: 
Ovos 2n alimentados com 
geleia real dão origem a 
rainhas; os outros ovos 2n 
desenvolvem-se em 
operárias; n são os zangões. 
Exemplo: Hemíptero Cimex lecturalis ♂ 
X(4-11)Y 
 
Exemplo: Coleóptero Blaps mucronata 
♂ 2n = 32 A + X1X2X3Y 
♀ 2n = 32 A + X1X1X2X2X3X3 
11-10-2012 
17 
Sphodromantis viridis 
 
♂ X1X2Y 
 
♀ X1X1X2X2 
 
Nalguns insectos, a 
diferenciação é monogénica 
– Chironomus 
♂ Aa 
 
♀ aa 
Plantas 
Algumas só possuem 1 sexo – hermafroditas ou 
monóicas; outras são dióicas (1 sexo por 
indivíduo → pode ser controlado por 
cromossomas sexuais ou por 1 só locus 
Melandrium album (2n = 22) 
♀ XX ♂ XY 
 
 
 
11-10-2012 
18 
Rumex acetosa 
♂ XY1Y2 
♀ XX 
 
Fragaria 
 
♂ ZZ 
♀ ZW 
 
Ecballium elaterium 
Dióico 
 
♂ adaD ou a+aD 
 
♀ adad ou a+ad 
 
 
Monóico 
 
 a+a+ 
Diferenciação ambiental e Diferenciação sexual 
 
Espaço, tempo, temperatura, tamanho, etc. 
 
Exemplos: Espaço e ambiente 
Verme marinho Bonellia viridis 
♀ - muito volumosa 
♂ - microscópico 
Quando o zigoto cai sobre a trompa de uma fêmea, este fixa-
se, vive parasitariamente sobre ela e dá origem a um ♂; 
Se o zigoto ficar livre, dá origem a uma ♀. 
Factores ambientais como o excesso de iões aumentam a 
proporção de larvas que se masculinizam também! 
 
 
11-10-2012 
19 
Outro verme marinho: género Dinophilus 
 
Tamanho do ovo 
 
Ovos pequenos - ♂ 
Ovos grandes - ♀ 
Temperatura: 
 
Répteis do género Hemidactylus 
 
T = 25 ºC → ♀ 
T = 32 ºC → ♂ 
T < 32 ºC e > 25 ºC → indivíduos dos dois sexos 
11-10-2012 
20 
Tempo 
 
Em algumas espécies, o tipo de gâmetas em organismos 
hermafroditas pode depender do momento de desenvolvimento: 1º o 
organismo pode funcionar com macho e depois como fêmea. É o que 
acontece em moluscos protrândicos, como é o caso do género 
Crepidula (Gastropoda). 
Outros exemplos: géneros Rana e Cannabis 
 
Feminilização testicular (♂ XY) 
 
Fenótipo recessivo herdado pelo cromossoma 
X; as pessoas desenvolvem-se como ♀. Têm 
seios, órgãos genitais femininos, vagina cega, 
sem útero – síndrome de insensibilidade aos 
androgéneos (mutação no receptor desta 
hormona). A existência de vários tumores é 
também um sintoma muito provável. 
Factores estruturais/hormonais 
11-10-2012 
21 
Hereditariedade ligada ao cromossoma X – mais uma prova para a teoria 
cromossómica da hereditariedade 
Hemofilia A 
11-10-2012 
22 
A não-disjunção dos cromossomas– mais uma prova para a teoria 
cromossómica da hereditariedade 
 
11-10-2012 
23 
Determinação do sexo em Drosophila – o papel dos autossomas 
(razão X/A) 
Há genes 
activadores do 
gene SXl no X e 
repressores nos 
A 
O gene Sxl (sex-lethal) 
controla o tipo de 
RNAm que é produzido, 
controlando assim a 
diferenciação sexual (os 
pré RNAs são iguais 
nos 2 sexos) 
11-10-2012 
24 
Diferenciação sexual nos mamíferos e Drosophila 
Probabilidades: teorema das provas repetidas ou 
binómio de Newton → triângulo de Pascal 
11-10-2012 
25 
Teste do Chi-quadrado

Continue navegando