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Moscas sinantrópicas e produtoras de miíase - tipo de metamorfose= Holometábolo ( ovos, larva 1,2,3, pupa e adulto ) Classe Insecta Ordem diptera Família Muscidae ; Gênero = Musca, Stomoxys, Haematobia Família Sarcophagidae; Gênero = Sarcophaga Família Calliphoridae; Gênero= Cochliomyia, Calliphora, Chrysomya, Lucilia Familia Gasterophilidae; Gênero= Gasterophilus Família Oestridae; Gênero= Oestrus Família Cuterebridae; Gênero = DErmatobia Familia Tabanidae; Género = Tabanus, Crysops. Moscas produtoras de miíases - Infestação de órgãos ou tecidos hospedeiros por estádios larvais ( L1 L2, L3) de moscas dípteras - hospedeiros: mamíferos - As larvas se alimentam dos seus tecidos vivos (biontófagas) ou em necrose (necrobiontófagas), líquidos corporais ou dos alimentos ingeridos pelo hospedeiro. Miíase cutânea - Berne – Dermatobia hominis - Bicheira – Cochliomyia hominivorax Miíase cavitária - Gasterophilus spp. - Oestrus ovis ● Família Oestridae Oestrus ovis: estrose dos ruminantes ou falso torneio ● Família Gasterophilidae Gasterophilus nasalis Gasterophilus intestinalis [ gasterofilose em equinos] ● Família Cuterebridae Dermatobia hominis - mosca do berne ● Família Calliphoridae Cochliomyia hominivorax – mosca da bicheira Cochliomyia macellaria – miíase secundária Oestrus ovis - Cosmopolita – criação de ovinos e caprinos - Larvas são parasitos obrigatórios das fossas nasais e dos seios frontais de ovinos e de caprinos. - Errático: úbere, olho, ouvido - Miíase cavitária→ Doença: oestrose, falso torneio, rinite parasitária, bicho da cabeça - Nome vulgar: mosca nasal das ovelhas, oestro ovino - Mosca amarelada e com cabeça mais larga que o corpo, - aparelho bucal atrofiado (adulto não se alimenta – vive 5 a 30 dias). - Larvas: de branco a marrom, à medida que se tornam maduras. Superfície ventral com uma fileira de pequenos espinhos. Ganchos orais Nutrição da larva: mucosa inflamada/biontófaga. - Adulta – ativa no verão - Fêmeas larvíparas (~25 larvas por vez) - Adultos vivem 5 a 30 dias - As moscas adultas perturbam os animais que tentam se livrar delas sacudindo a cabeça, esfregando-a contra objetos ou outros animais, ou se coçando e batendo com os membros anteriores – - IRRITAÇÃO e ESTRESSE - Os animais apresentam respiração dificultosa e ruidosa, espirros. No seio frontal e meato dos cornetos nasais a larva causa irritação da mucosa levando a rinite catarral com espirros e/ou corrimento nasal purulento (Taylor et al. 2011) ou sanguinolenta – SINAL CLÍNICO DA OESTROSE - Casos graves, a larva invade o cérebro levando a danos irreversíveis – SINAIS NEUROLÓGICOS Diagnóstico 1) Sinal clínico (coriza e secreção purulenta) 2) Perturbação dos animais (inquietos) 3) Observar as larvas no animal 4) Observar as pupas no chão Prevenção : repelentes, pulverização de paredes e “catação” das larvas Tratamento: Lactonas macrocíclicas - ivermectina injetáveis (atinge todos os estádios larvais) Diagnóstico diferencial: Cenurose, bronquite verminótica (Dictyocaulus filaria) Família Gasterophilidae - Gasterophilus intestinalis( pernas dianteiras e escápula) - Gasterophilus nasalis (queixo, nariz e olhos) - Gasterophilus haemorrhoidalis ( ao redor dos lábios -ovos escuros) - Diferem pelo local do corpo onde as moscas depositam os ovos Gasterophilus sp - Peça bucal atrofiada - Formas adultas não se alimentam - Abundantes no verão - Fêmeas fazem postura de 400 ovos próximo da região mandibular ou no pelo do corpo - eclosão após 5-10 dias - Entre os dentes molares L1 para L2 (3 - 4 semanas) - L2 é deglutido - L3 no piloro e duodeno permanecem 8-10 meses (invernoprimavera) - L3 eliminada nas fezes - L3 a pupa: 20 – 35 dias (verão) - Moscas adultas vivem 7 a 14 dias e ovipõem cerca de 500 ovos → Patologia - L1 – L2: periodontite (cavidade bucal) - No estômago (L3): gastrite catarral intensa, inflamação local e úlceras no estômago, cólicas (dor), emagrecimento. - Grande parasitismo: ruptura da parede do estômago, peritonite. - Abre portas para infecções secundárias. → Diagnóstico - Observar animal agitado - Observar ovos nos pelos - Observar LARVAS características nas fezes - Observar LARVAS no estômago - necropsia → Tratamento - Remoção dos ovos dos pelos dos animais - Remoção das larvas nas fezes – controlar população de adultos - Escovação com água morna (eclosão de larvas para facilitar a ação de banhos de inseticidas) - Administrar anti-helmíntico para matar as larvas no estômago – avermectinas e milbemicinas no final do verão e, depois anualmente, antes do verão, para prevenir a infestação. Família Cuterebridae Dermatobia hominis (Mosca do berne) - Mosca com cabeça avantajada, peças bucais atrofiadas (vivem apenas 8 a 12 dias) - Abdome com reflexos metálicos azulado - Frequente em regiões de vegetação abundante (matas), umidade e temperatura amena (20 ºC) - Hospedeiros: bovinos, canídeos, caprinos, ovinos, suínos, equinos e humanos - Habitat: pele - Nutrição: mosca adulta não se alimenta somente as larvas se alimentam (histiófagas/biontófagos) - A – Larva de primeiro estádio - B – Larva de segundo estádio - C – Larva de terceiro estádio - D – Mosca adulta → Prejuízos econômicos - Depreciação do valor do couro mais que carrapato - Invasão bacteriana secundária (secreção purulenta) - Inquietação (dor): queda na produção de leite e perda de peso - Prejuízo anual estimado: U$ 200 milhões → Controle é difícil - Controle da mosca Dermatobia e do vetor veiculador com repelentes - Eliminar as larvas do animal: avermectinas Família Calliphoridae Mosca “varejeira” causadora da “bicheira” – várias larvas num orifício Aparelho bucal picador-sugador → Cochliomyia hominivorax e Cochliomyia macellaria →Ciclo biológico: - A fêmea realiza a postura de ovos em ferimentos e as larvas se alimentam de tecido - biontófagas. Adultos se alimentam de flores, frutas e secreções de feridas. - Em 1 semana se tem a larva L3 que cai no solo para formar a pupa (8 dias). Adultos vivem até 70 dias - Postura até adulto: de 21 a 60 dias – até 12 a 13 gerações/ano. Cópula após 3 dias da saída da pupa. Cochliomyia hominivorax - Biontófagos - Ferimentos recentes ou cavidades naturais de animais de sangue quente – miíase primária que pode ser seguida de miíase secundária (outras moscas) Cochliomyia macellari – responsável pela miíase secundária Cochliomyia sp - larva com espiráculo antenal e respiratórios - troncos traqueais fortemente pigmentados em C.hominivorax - Enzimas proteolíticas da larva digerem o tecido dos hospedeiros resultando na dilaceração e liberação de odor repulsivo. → controle - uso de inseticidas - cuidado com animais com pelagem longa → tratamento - Retirada manual - - Furacin + açúcar - - Inseticidas, antissépticos, cicatrizantes, repelentes - - Ivermectina injetável Família Anthomydae Fannia -Adultos no peridomicílio (pequena mosca doméstica) - Larvas vivem em substâncias orgânicas em decomposição (plantas, queijos) e quando ingeridas acidentalmente são parasitos do trato digestório dos humanos e animais. - Vetoras de ovos da mosca do berne-Dermatobia hominis - Decomposição de cadáveres de animais, podendo assim, ter importância na entomologia forense →Larvas de moscas necrófagas ou miíase secundária – medicina legal/forense - Gênero Calliphora (necrófagas podem ser biontófagas) – 6 a 8 mm - Gênero Chrysomyia (necrófagas podem ser biontófagas) – 8 a 10 mm - Gênero Lucilia (necrófagas podem ser biontófagas) – 7 a 9 mm - Gênero Sarcophaga – necrófaga e necrobiontófagas. Abdome axadrezado. Tórax cinza com três faixas longitudinais. Moscas sinantrópicas - Família Muscidae Musca domestica - aparelho lambedor Arista plumosa 10 km em 24 horas – 6 a 8 mm - Stomoxys calcitrans - aparelho picador (hematófaga) e arista plumosa “Mosca do estábulo” – preferência por equinos 6 mm - Haematobia irritans – picador (hematófaga) e arista plumosa “Mosca do chifre” – preferência por bovinos 3-5mm - Musca domestica→ Transmite Habronema, bactérias causadoras da mastite,vírus. Larva evolui em matéria orgânica em decomposição. PPP: 8-50 dias PP: 2 meses - Stomoxys calcitrans : hematófaga e vetor mecânico Anaplasma sp, Bacillus antrachis e vírus AIE, HI Habronema sp, Hymenolepis, veicula ovos de Dermatobia. A larva evolui nas fezes (coprófaga) PPP: 12- 60 dias PP: 50 dias - Haematobia irritans – hematófaga: 40 picadas/dia Larva evolui nas fezes (coprófaga) PPP: 10 – 15 dias → Controle - - Evitar acúmulo de fezes, material em decomposição – larva evolui nesses locais - Combate à mosca adulta com armadilhas - - Coleta de lixo - Fermentação/tratamento de fezes - Favorece o aparecimento de muscídeos: Alta umidade, dejetos, leiterias, granjas avícolas Subordem Brachycera Família Tabanidae - Nome vulgar: mutuca, butuca, mosca do cavalo - Até 30 mm comprimento - Cabeça semicircular (semilua) - Antena triarticulado – terceiro anelado - Peça bucal picador sugador - Todo o ciclo pode durar de 4 m a 1 - 2 anos - Massas de ovos (100 a 800 / fêmea) aglomerados em plantas aquáticas ou margens de rios. Ovos eclodem em 2 a 12 dias. - Número de estádios larvais variam de 6 a 13. Larvas desenvolvem em poucas semanas a três anos. - [Larva se enterra no lodo da água e é carnívora (insetos, moluscos, minhocas). O habitat pode ser aquática, semiaquática ou terrestre mas sempre enterradas profundamente] - Estágio pupal é completado em 4 a 21 dias. - Machos e fêmeas alimentam-se de néctar e fêmeas de sangue e desenvolvem ovos em 3 a 11 dias → Hábitos - Diurnos (meses quentes) - Silvestres, matas (locais úmidos) - Voo silencioso - Picada dolorosa, substâncias anticoagulantes → Importância epidemiológica – transmissão de agentes patógenos - Trypanosoma evansi - “Mal das cadeiras” - Vírus da anemia infecciosa equina - Veiculador de ovos de Dermatobia hominis -Ação espoliadora – hematofagia das fêmeas →Prevenção - Evitar acesso de animais a áreas úmidas (procriação de tabanídeos) - - Limpeza de locais alagados (larvas enterradas) - - Aplicação de inseticidas Tabanus spp. - Mutuca, mosca do cavalo - Cerca de 832 espécies (mundo) - Cabeça mais larga que tórax e abdome Chrysops spp. - 22 espécies conhecidas (mundo) - Asas com manchas escuras - Asas semi-abertas em repouso Família dos Hippoboscidae Pseudolynchia canariensis – mosca do pombo - Mosca picadora (hematófagas) - 10 a 13mm - Largamente distribuída, ataca mais de 30 espécies de aves e mamíferos - Anemia, aves irritadas, mortalidade em pombos jovens - - Transmite Haemoproteus columbae (hematozoário) - Utilização de repelentes - pouca eficácia - Remoção manual das moscas; inspeção periódica - Ataca os seres humanos com rapidez, tem comportamento agressivo Melophagus ovinus – mosca do ovino - - Mosca picadora (hematófagas) - 4 a 6 mm ~ carrapato - Sem asa - Vivem a vida toda sob o corpo dos ovinos - Inseticidas a base de ivermectina ou piretróides
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