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INVESTIGAÇÃO DE SURTOS Método 4 fases: conhecimento da ocorrência, investigação de campo, processamento e análise de dados, acompanhamento Envolve muitas pessoas Abrange o trabalho de muitas instituições Colaboração dos envolvidos no surto CONHECIMENTO DA OCORRENCIA · Casos isolados Caso raro, grave ou fortuito – registro da notificação e investigação normal Alimento infectante distribuído a diferentes estabelecimentos – investigação difícil Pessoas que se alimentam no mesmo estabelecimento, mas não têm nada em comum - investigação difícil NOTIFICAÇÃO DO SURTO · Surto Duas ou mais pessoas c/ quadro compatível c/ DTA relacionadas no espaço e tempo · Confirmado surto e que se trata de DTA Colheita de amostras das pessoas envolvidas Amostras de alimentos e água Suspender fornecimento de alimentos suspeitos a outros consumidores Manter sob refrigeração sobras de alimentos suspeitos nas embalagens em que estavam · Planejamento inicial Localização das pessoas afetadas e estabelecimento(s) responsáveis Transporte, formulários de entrevista e material para coleta de amostras Documentação fotográfica Comunicação com laboratório, especialmente em fins de semana ou feriados Comunicação c/ outros órgãos (colaboração de funcionários) · Investigação de campo Visita imediata Ao estabelecimento (coletar amostras das sobras do alimento antes de ir p/ lixo) serviços médicos (antes da alta dos pacientes) Colher amostras dos pacientes antes do início de tratamento c/ antibióticos Comensais identificáveis ou não? · Investigação com comensais Número de identificação do entrevistado no inquérito Nome do entrevistado Idade Condição de saúde após ingestão da refeição suspeita Se doente, o tipo de serviço de saúde procurado (hospital, pronto-socorro) Dia e hora da refeição suspeita Dia e hora dos primeiros sintomas Alimentos consumidos na refeição suspeita Sintomas Data, tipo e resultado dos exames laboratoriais Colheita de amostras dos comensais: Fezes (Salmonella sp, E. coli, Yersinia enterocolitica, Campylobacter jejuni, etc) Sangue (hemocultura) · Investigação com manipuladores Número de identificação no inquérito Nome do manipulador Tempo que trabalha no estabelecimento História de doença recente, absenteísmo e lesões Cargo ou função Tipo de participação na refeição suspeita Data, tipo e resultados de exames laboratoriais · Exames clínicos individuais em manipuladores (pústulas, furúnculos, dermatites, queimaduras, micoses, sinais respiratórios) · Exames laboratoriais para manipuladores Secreções oro-faríngeas e das cavidades nasais (Staphylococcus spp) Lesões cutâneas (Staphylococcus spp) Lesões do leito sub-ungueal (Staphylococcus spp, E. coli, Salmonella spp, Shigella spp) · Investigação no local Condições higiênico-sanitárias Equipamentos e utensílios Procedimentos de preparação e proteção dos alimentos Fornecedores e condições da matéria-prima Colheita de amostras de sobras de alimentos, matérias primas, ingredientes e bebidas Contagem padrão de mesófilos, coliformes totais e fecais, Staphylococcus aureus, Bacillus cereus, Clostrídios sulfito redutores a 46°C, Salmonella spp, bolores e leveduras). Exames de água e gelo: Contagem padrão, coliformes totais e fecais Amostras de superfícies de pias, balcões, tábuas, equipamentos e utensílios. · Medidas de controle imediatas Interdição do local Apreensão de matérias-primas suspeitas e sobras de alimentos Inutilização dos alimentos impróprios para consumo Higienização do local, dos utensílios e dos equipamentos Instrução aos comensais para procurar assistência médica quando houver sintomas · Processamento e análise de dados ✓ substâncias tóxicas – período de incubação curto (< 1 hora) ✓microrganismos – períodos de incubação longos (12 horas ou mais) Cálculo do período de incubação: média aritmética, mediana ou moda. Mediana é preferível (sofre menor influência das distribuições de frequência) · Processamento laboratorial ✓ Prazo dos resultados laboratoriais geralmente excede a própria investigação. ✓ Pode não haver sobras de alimentos suspeitos. ✓ Doentes doadores de amostras podem já ter sido submetidos a tratamentos antimicrobianos. ✓ Pode-se isolar mais de um microrganismo patogênico. · Acompanhamento ✓ Casos internados com gravidade ✓ Óbitos ✓ Casos em outras áreas geográficas ✓ Avaliação das medidas de controle ✓ Portadores – especialmente comensais-manipuladores ✓ Divulgação para a mídia ✓ Arquivamento de toda a documentação ✓ Apresentação aos responsáveis pelo estabelecimento onde ocorreu o surto sobre os desdobramentos BIBLIOGRAFIA CONSULTADA Field Epidemiology, 2nd edition. Michael B. Gregg, editor. Oxford University Press, Oxford, England, 2002. ISBN 0-19-514259-4. Pages: 451 pp.
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