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Dra.Débora Martins � BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO – BPF � DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS POR ALIMENTOS DE ORIGEM ANIMAL 2 A implantação das Boas Práticas de Fabricação na agroindústria de alimentos deve ser compreendida pelo empreendedor como uma ferramenta que lhe permitirá agregar qualidade aos alimentos processados e, pelos consumidores, como uma garantia de que estão consumindo alimentos seguros, certificados. As indústrias de produtos de origem animal devem atender à legislação sanitária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Fazem parte dessas legislações: a Resolução no 10 do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA); a Portaria no 368 do MAPA; o Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA), além da legislação específica para cada segmento. O Decreto nº 9.013 de 29 de março de 2017 (Decreto número 30.691, de 29/03/1952) dispõe sobre o RIISPOA, que disciplina a fiscalização e a inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal, instituídas pela Lei nº1.283, de 18 de dezembro de 1950, e pela Lei nº 7.889, de 23 de novembro de 1989. As normas do novo RIISPO (2017) são voltadas para garantir a segurança e inocuidade alimentar, além de combater fraude econômica. O regulamento engloba todos os tipos de carnes (bovina, suína e de aves), leite, pescado, ovos e mel. “O antigo decreto do RIISPOA” (1952), que em 2018completa 68 anos, proporcionou que as regras sanitárias brasileiras fossem reconhecidas por mais de 150 países. E agora, neste novo documento estão contempladas, temas associados com o respeito ao meio ambiente, a sustentabilidade e ao bem- estar animal. Além disso, passou por consulta pública e recebeu mais de 3.600 propostas de mudanças, todas analisadas. BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO E DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS POR ALIMENTOS DE ORIGEM ANIMAL 3 A revisão do RIISPOA contempla a implantação de novas tecnologias, padronização de procedimentos técnicos e administrativos, maior harmonização com a legislação internacional, interação com outros órgãos públicos de fiscalização, ordenação didática das normas para facilitar a consulta e orientação e atualização de terminologias ortográfica e técnica. Acrescentou doenças que afetavam os animais, como zoonoses, que no antigo RIISPOA não estão presentes. Esse tipo de preocupação foi substituída por cuidados com patógenos, como a salmonella, que é um problema atual. Foi compatibilizado com legislações, como o Código de Defesa do Consumidor e com o decreto que institui o Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (SUASA). O novo regulamento estabelece a obrigatoriedade da renovação da rotulagem dos produtos de origem animal a cada 10 anos e determina sete tipos de carimbos do Serviço de Inspeção Federal (SIF). O regulamento que tinha 952 artigos; com as mudanças passa a ter 542 artigos. O novo regulamento também deixa bem clara a responsabilidade das empresas e do Estado na fiscalização sanitária dos produtos de origem animal; sendo a atualização parte das ações do Plano Agro+. De forma reduzida as principais medidas do RIISPOA são: 1. A inspeção deverá se baseada em conceitos mais modernos, como também será possível a utilização de ferramentas de controle de qualidade de produtos mais atualizadas, por exemplo: Análise de Risco e Pontos Críticos de Controle – APPCC (a mesma ferramenta utilizada pela NASA para controlar a inocuidade dos alimentos dos astronautas em missões espaciais). 4 2. Estabelece quando e em que tipo de estabelecimento será instalado (em caráter permanente) a inspeção de produtos de origem animal. Essa modernização da norma visa qualificar os estabelecimentos por grau de risco, priorizando as ações mais intensas de inspeção de acordo com as características do estabelecimento. Estabelecendo ainda, a inspeção industrial e sanitária de carnes e derivados, trazendo novos conceitos de inspeção ante mortem e post mortem. 3. Simplifica, racionaliza e moderniza o processo de avaliação das rotulagens dos produtos de origem animal, possibilitando a informatização no envio de informações sobre rotulagem de produtos, agilizando as respostas do MAPA. Todas essas novidades levaram em conta o Código de Defesa do Consumidor e demais normas incidentes sobre questões de rotulagem de produtos. 4. Estabelece critérios de uso para os diferentes carimbos e marca do Serviço de Inspeção Federal (SIF) redefine os modelos dos carimbos e torna mais fácil para o consumidor o entendimento do significado das mesmas. Existem 18 diferentes modelos de carimbos regulamentados; o novo RIISPOA simplifica e moderniza isto reduzindo para apenas 7 modelos. 5. Redefine os procedimentos de análise laboratorial dos produtos e matérias primas de origem animal, detalhando os ritos processuais para análise pericial. Atualiza a norma e agrega aos procedimentos de análise laboratorial os conceitos em vigor nas normas mais avançadas do planeta. 5 6. Moderniza o título do RIISPOA referente às responsabilidades sobre a infração, medidas cautelares, penalidades e processo administrativo. Redefine as sanções passíveis de aplicação de penalidades e gradua as infrações em leve, moderada, grave e gravíssima, dando proporcionalidade nas aplicações das penalidades. Introduz também o conceito de condições agravantes e atenuantes. 7. Inserida definição de estabelecimentos de produtos de origem animal de pequeno porte, possibilitando a legalização de pequenas agroindústrias, como também flexibiliza as exigências relacionadas a características de equipamentos. 8. Inclui na rotina de fiscalização a realização de análises de biologia molecular, como o exame de DNA entre outras metodologias consagradas nos últimos anos. 9. Possibilita o aproveitamento de matérias-primas e resíduos de animais dos estabelecimentos industriais sob inspeção federal para elaboração de produtos não comestíveis. 10. Traz nova feição para a Inspeção Federal de Produtos de Origem Animal modernizando uma norma do século XX em sintonia com conceitos e tecnologias do século XXI. 11. Quando publicado, 68 anos atrás, o RIISPOA era um regulamento moderno. Hoje o Brasil deixou de ser importador e passou a ser um dos principais exportadores de produtos de origem animal. Além disso, ao longo desses anos surgiram várias novas tecnologias, a Constituição de 1988, a Organização Mundial do Comércio (OMC), Departamentos de 6 Defesa do consumidor, enfim, o mundo se tornou globalizado e principalmente as exigências dos consumidores mudaram. Dentro desse contexto, podemos dar início AS ATIVIDADES sobre Boas Práticas de Fabricação (BPF) de produtos e Doenças Transmissíveis por Alimentos (DTA) de origem animal. Tabela 1 - Doenças transmitidas por Alimento Bactérias Salmonella spp, Shigella spp, Escherichia coli, Streptococcus do grupo A, Yersinia enterocolitica, Campylobacter jejuni, outras Vírus Rotavirus, Norwalk, vírus da hepatite infecciosa, vírus entéricos humanos outros Parasitas Entamoeba spp, Giardia lamblia, Cryptosporidium parvum outros Substâncias tóxicas Metais pesados, agrotóxicos outros Toxinas bactérias Staphylococcus aureus, Clostridium spp, Bacillus cereus, Escherichia coli, Vibrio spp outros Protozoário Toxoplasma gondii Tabela 2 – Principais mecanismos fisiopatológicos e agentes etiológicos mais comuns em DTA Toxina pré-formada Toxina produzida in vivo Invasão tecidual Produção de toxina e/ou invasão tecidual Ação química Ação mecânica Staphylococcus aureus (toxina ter moestável) Escherichia coli en terotoxigênica Brucella spp Vibrio paraha emolyticus Metais pesados Giardia intestinalis Bacillus cereus Cepa emética (toxina ter moestável) Bacillus cereus Cepa diarreica Salmonellaspp Yersinia ente rocolitica Organo fosforados Organo clorados Piretroides Clostridium botulinum (Botulismo alimentar) Clostridium botulinum (Botulismo intestinal e por ferimentos) Escherichia coli invasiva Shigella spp Clostridium per fringens Plesiomonas shigelloides Vibrio cholerae O1 Entamoeba Histolytic Vibrio cholerae Não O1 Aeromonas hydrophila Escherichia coli O157:H7 Campylo bacter jejuni Rotavírus Fonte: http://www.saude.gov.br/editora Tabela 3-. Quadro para consulta rápida quanto ao agente etiológico conforme período de incubação e principais manifestações Sinais e sintomas das vias digestivas superiores (náuseas, vômitos) que aparecem primeiro ou predominam Sinais e sintomas das vias digestivas inferiores (dores abdominais, diarreia) predominantes Período de incubação < 1 hora Período de incubação entre 1 e 8 horas Período de incubação entre 7 e 12 horas Período de incubação entre 7 e 12 horas Período de incubação entre 12 e 72 horas Período de incubação > 72 horas Fungos silvestres Antimônio Cádmio Cobre Fluoreto de sódio Chumbo Estanho Zinco Staphylococcus aureus Bacillus cereus (cepa emética) Nitritos Fungos c/ ciclopeptídios Fungos c/ giromitrínicos Bacillus cereus (cepa diarreica) Clostridium perfringens Vibrio cholerae Escherichia coli patogênica Salmonella spp. Shigella Vibrio parahaemolyticus Vibrio vulnificus Campylobacter spp Plesiomonas shigelloides Aeromonas hidrophila Virus entéricos: ECHO, coxsackie, polio, reovirus, adenovírus e outros Entamoeba hystolytica Taenia saginata Diphylobotrium latum Taenia solium Yersinia enterocolitica Giardia intestinalis Escherichia coli O157:H7 Outros parasitas intestinais Sinais e Sintomas Neurológicos (Transtornos Visuais, Formigamento e Paralisia) Período de incubação < 1 hora Período de incubação entre 1 e 6 horas Período de incubação entre 12 e 72 horas Período de incubação > 72 horas Fungos com ácido ibotênico Fungos com muscinol Hidrocarbonetos clorados Ciguatera “Erva de feiticeiro” e “saia branca” Cicuta aquática Fungos com muscarina Organofosforados Toxinas marinhas Tetraodontídeos Clostridium botulinum Mercúrio Fosfato de triortocresil Sinais e Sintomas Sistêmicos Sinais e Sintomas Respiratórios e Faríngeos Período de incubação Período de incubação entre Período de incubação Período de incubação Período de incubação entre 12 e 72 9 < 1 hora 1 e 6 horas > 72 horas <1 hora horas Histamina, tiramina Glutamato monossódico Acído nicotínico Vitamina A Brucella abortus Brucella melitensis Brucella suis Coxiella burnetti (febre Q) Salmonella typhi Virus da hepatite A e E Angiostrongylus cantonensis Toxoplasma gondii Trichinella spiralis Mycobacterium spp. Echinococcus spp. Hidróxido de sódio Streptococcus pyogenes Fonte: COVEH/ CGDT/DEVEP/SVS/MS Tabela 4 - Critérios para confrmação do diagnóstico laboratorial de doenças transmitidas por alimentos Doença suspeita Isolamento e tipo de amostra para detecção do patógeno Associação sorotípica Aumento do título sérico ou número de microorganismos recuperados Detecção de toxinas ou outros critérios Gastroenterite por Bacillus cereus Bacillus cereus em alimento suspeito, vômito ou nas fezes do doente. O mesmo sorotipo de B. cereus da amostra de dejetos deve estar presente na maioria dos doentes e nos alimentos epidemio logicamente implicados, mas não nos controles. Isolamento > 105 de células de B.cereus/g de alimento suspeito Brucelose Brucella spp em sangue dos doentes. Título de aglutinação no sangue aumentado em 4 vezes entre a amostra coletada no início dos sintomas e 3 a 6 semanas após. Botulismo Clostridium botulinum em fezes do doente e nos alimentos suspeitos. Mesmo sorotipo no alimento e no material biológico. Detecção de toxina botulínica em soros, fezes ou alimentos. Febre Tifoide Salmonella entérica santipo typhi em sangue, urina, fezes, aspirado medular, de acordo com a fase clínica da doença. Gastroenterite por Clostridium perfringens Clostridium perfringens em fezes do doente e alimento que não tenha sido refrigerado (o agente pode ser inativado em temperaturas baixas). O mesmo sorotipo de C.perfringens da amostra de dejetos deve estar presente na maioria dos doentes e nos alimentos epidemiologicamente implicados, mas não nos controles. Isolamento > 105 de células de C. perfringens/g do alimento suspeito. Isolamento acima de 105 de colônias de C. perfringens/g de fezes do doente é prova presuntiva. Detecção de toxina nas fezes. Gastroenterite por Escherichia coli em fezes e O mesmo sorotipo de Escherichia coli da Dose infectante não Demonstração da enterotoxigenicidade com 11 Escherichia coli alimento suspeito. amostra de dejetos deve estar presente na maioria dos doentes e nos alimentos epidemiologicamente implicados, mas não nos controles. especificada. alça intestinal, rato recém- nascido, cultivo de tecido, invasão com produção de conjuntivites nos olhos da cobaia ou outra técnica. Doença suspeita Isolamento e tipo de amostra para detecção do patógeno Associação sorotípica Aumento do título sérico ou número de microorganismos recuperados Continuação Detecção de toxinas ou outros critérios Salmonelose Salmonella spp e Salmonella enteritidis em alimento suspeito, fezes ou “swab” retal. Se houver sintomas septicêmicos, na urina ou sangue. O mesmo sorotipo de Salmonella da amostra de dejetos deve estar presente na maioria dos doentes e nos alimentos epidemiologicamente implicados, mas não nos controles. Isolar e quantificar 101 a 105 no alimento Shigelose Shigella spp em alimento suspeito, fezes ou “swab” retal de doentes. O mesmo sorotipo de Shigella da amostra de dejetos deve estar presente na maioria dos doentes e nos alimentos epidemiologicamente implicados, mas não nos controles. Gastroenterite estafilocócica Staphylococcus aureus em vômito, fezes e alimento suspeito. O mesmo sorotipo no alimento suspeito, vômito e fezes de doentes. Swab nasal ou de lesão de pele de manipuladores de alimentos. Isolamento > 105 de célula de S. aureus/g de material biológico e alimento suspeito. Detecção de enterotoxina no alimento suspeito. Infecção estreptocócica Streptococcus spp em material de orofaringe e alimento suspeito. Os mesmos tipos M e T de estreptococos grupos A a G de doentes e de alimento suspeito. 12 Cólera Vibrio cholerae em fezes, swab retal ou vômitos de doentes ou em alimento suspeito Mesmo biotipo e sorotipo no alimento e no material biológico. Aumento do título sérico durante a fase aguda ou convalescente precoce da doença e queda do título durante a última fase da convalescência em pessoas não imunizadas. Isolamento de 103_1012 de células/g de alimento (variável de acordo com a acidez estomacal). Demonstração de cultivo ou filtrado enterotoxígeno por alça intestinal, ratos recém-nascidos, cultivo de tecido ou outra técnica biológica. Gastroenterite por Vibrio para haemolyticus Vibrio parahaemolyticus em fezes, alimento que não tenha sido refrigerado (o agente pode ser inativado em temperaturas baixas). Isolamento de V. parahaemolyticus Kanagawa positivo do mesmo sorotipo das fezes dos doentes. Isolamento > 106 de células de V parahaemolyticus de alimento suspeito. Yersiniose Yersinia enteroco litica ou Yersinia pseudotuberculosis em alimento SUS peito, fezes, vômitos ou sangue dos doentes. Título de aglutinação no sangue aumentado em 4 vezesentre a amostra coletada no início dos sintomas e 2 a 4 semanas após. Dose infectante não especificada, variável de acordo com a patogenicidade da cepa. Campilobacteriose Campylobacter spp. em alimento suspeito e nas fezes de quase todos os doentes. Título de aglutinação no sangue aumentado em 4 vezes entre a amostra coletada no inicio dos sintomas e 2 a 4 semanas após. Isolamento de 102- 106 células/g de alimento (variável de acordo com a cepa). Infecção por Vibrio vulnificus Vibrio vulnificus em fezes do doente e alimento suspeito. 13 Doença suspeita Isolamento e tipo de amostra para detecção do patógeno Associação sorotípica Aumento do título sérico ou número de microorganismos recuperados Continuação Detecção de toxinas ou outros critérios Listeriose Listeria monocyto genes em líquido cefalorraquidiano, sangue, líquido amniótico, placenta, lavado gástrico, e alimento suspeito. Infecção por Aeromonas Aeromonas spp em fezes e alimento suspeito. Infecção Plesiomonas shigelloides Plesiomonas shigelloides em fezes e alimento suspeito Infecção por Rotavirus Detecção do vírus pelo método imuno enzimático em fezes. Pesquisa do RNA viral pela técnica de eletroforese em gel de poliacrilamida em suspensão fecal. PCR para detecção e triagem viral (suspensão fecal). Hepatite A e E Evidência sorológica do vírus no sangue com detecção de anticorpos IgM anti-HAV e anti-HEV. Noravírus e enfermidades virais afins Evidência sorológica do vírus, microscopia eletrônica nas fezes e em alimento suspeito. PCR para detecção e triagem viral em fezes e alimentos. Critério clínico. Triquinose Demonstração de larvas de Triquinella spiralis nos alimentos (carnes) ou Provas sorológicas de infecção. 14 cistos em amostras de biópsia muscular do doente. Doença suspeita Isolamento e tipo de amostra para detecção do patógeno Associação sorotípica Aumento do título sérico ou número de microorganismos recuperados Continuação Detecção de toxinas ou outros critérios Ascaridíase Pesquisa de ovos e vermes adultos de Ascaris lumbricoides em fezes e alimento suspeito. Amebíase Trofozoitos ou cistos de Entamoeba histolytica em fezes, swab retal, biópsia de tecido (no caso de invasora). Giardíase Trofozoitos ou cistos de Giardia lamblia em fezes do doente, trofozoitos no líquido duodenal ou de biópsia da mucosa intestinal. Criptosporidiose Oocistos em fezes do doente, escarro e lavado broncoalveolar. Toxoplasmose Toxoplasma gondii em biópsia de tecido ou líquidos corporais, liquor e sangue Isolamento do agente por cultura celular. Anticorpos IgM positivo expressos em títulos ou UI/ml define doença infecção. Anticorpos IgG positivo e IgM negativo define memória sorológica. Isosporíase Pesquisa de oocistos de Isospora belli em fezes e alimentos suspeitos. Teníase/cisticercose Taenia solium, Taenia saginata Pesquisa de ovos 15 e anéis (proglotes) de Taenia em fezes e alimentos e larvas na carne bovina e suína. Pesquisa de anticorpos anticisticerco em sangue ou líquor. Fonte: Secretaria de Vigilância em Saúde / MS, 2010. Tabela 5 -Critérios para confirmação do diagnóstico laboratorial de doenças transmitidas por alimentos Doença suspeita Detecção de toxinas Outros critérios Envenenamento paralítico com mariscos Detecção de grande número de espécies de dinoflagelados toxigênicos na água, da qual proveem moluscos suspeitos. Detecção de saxitoxinas nos moluscos. Antecedentes de ingestão de mariscos, maré vermelha Ciguatera Detecção de ciguatoxina no pescado suspeito Antecedentes de ingestão de pescado associado com ciguatera Intoxicação por baiacu Detecção de tetradontoxina no peixe suspeito Antecedentes de ingestão de baiacu Intoxicação por escombroide Detecção de níveis de histamina >100mg/100g de músculo do pescado Antecedentes de ingestão de pescado escombroide (cavala) Gastroenterite decorrente de intoxicação por fungo de ação rápida Detecção de substâncias químicas tóxicas nos fungos suspeitos ou na urina Antecedentes de ingestão de espécies tóxicas de fungos Intolerância ao álcool por ingestão de fungos Detecção de substância química tóxica em fungos suspeitos ou na urina Antecedentes da ingestão de espécies de fungos que têm efeito tipo dissulfiran após beber álcool Intoxicação com fungos do grupo muscarina Detecção de muscarina em fungos suspeitos ou na urina Antecedentes da ingestão de espécies tóxicas de fungos Intoxicação por fungos que têm ácido ibotênico e muscinol Detecção de ácido ibotênico ou muscinol em fungos suspeitos Antecedentes da ingestão de espécies tóxicas de fungos Amatoxina, falotoxina ou girontrina (intoxicação com estes grupos de fungos) Detecção de amanita-toxina, falmidina, faloina, amantina em fungos suspeitos ou na urina Antecedentes da ingestão de espécies tóxicas de fungos Intoxicação com vegetais em geral Detecção de amanitoxina, faloidina na planta suspeita Antecedentes de ingestão de espécies tóxicas de vegetais Intoxicação com metais pesados Detecção da concentração elevada de íons metálicos no alimento ou na bebida suspeita ou em material biológico Antecedentes de armazenamento ou conservação de alimentos ou bebidas de alta acidez em recipientes ou tubulações de metal Intoxicação com outras substâncias ou produtos químicos Detecção de concentrações elevadas de substâncias químicas no alimento, bebida suspeita ou em material biológico Antecedentes de uso ou armazenamento de substância química suspeita no ambiente do alimento em questão Fonte: Secretaria de Vigilância em Saúde / MS, 2010. Tabela 6 - Coleta, conservação, acondicionamento e transporte de amostra de alimentos e água para verifcação de padrões físico-químico e bacteriológico Amostras Método de coleta Condições de transporte Alimentos sólidos e semissólidos/ pastosos (prontos para consumo) Coletar, com auxílio de utensílios adequados, porções de diferentes partes do alimento (superfície, centro e laterais), mantendo a proporção de seus componentes quando for o caso, observando cuidados de assepsia. Transferir a porção para recipientes apropriados. Em caixas isotérmicas, com gelo embalado. Não congelar e não usar gelo seco. Transportar ao laboratório o mais rápido possível. Alimentos líquidos ou bebidas Revolver ou agitar. Tomar a amostra de uma das seguintes formas: – com um utensílio esterilizado, tomar cerca de 200ml da amostra e transferir assepticamente para um recipiente esterilizado ou – colocar um tubo largo esterilizado dentro do líquido e cobrir a abertura superior com um dedo ou palma da mão. Transferir o líquido para o recipiente esterilizado Em caixas isotérmicas, com gelo embalado. Não congelar e não usar gelo seco. Transportar ao laboratório o mais rápido possível. Alimentos em geral, matérias--primas e ingredientes Coletar observando cuidados de assepsia e proteção da embalagem original. Produtos perecíveis refrigerados devem ser conservados e transportados em caixas isotérmicas com gelo embalado para manter a temperatura de 0º a 4ºC. Não devem ser congelados. Amostras perecíveis, mas não refrigeradas (acima de 10ºC) devem ser resfriadas (0º a 4ºC). Amostras congeladas em sua origem devem ser enviadas, mantidas congeladas com uso de gelo seco. Amostras não perecíveis, já embaladas ou secas, devem ser enviadas em temperatura ambiente. Material de superfícies de Coletar material de superfície de interesse (facas de fatiadores, tábuas, filtro de ar, etc.) Transportar à temperatura ambiente. 18 equipamentos e utensílios. com auxílio de swab umedecido em água peptonada0,1%. Passar na superfície e acondicionar em tubos de ensaio contendo meio de cultura específico. Fonte: Fonte: Secretaria de Vigilância em Saúde / MS, 2010. OBSERVAÇÕES: 1. Todas as amostras devem ser devidamente rotuladas e identifcadas, acondicionadas em recipientes apropriados e acompanhadas de termo de coleta e dados disponíveis do surto (principalmente período de incubação e principais sintomas). 2. O responsável pela coleta deverá comunicar o laboratório, o mais rápido possível, sobre o envio das amostras para análise. 3. A utilização do gelo seco requer precauções especiais, tais como: manipulação com proteção, veículo de transporte com ventilação adequada, embalagem não hermética, etiqueta com a seguinte indicação: “conteúdo conservado em gelo seco”. LISTA DE QUESTÕES 1. (IF-TO /2016) A indústria de embalagem para alimentos e bebidas faz parte da cadeia produtiva de alimentos e deve implantar as Boas Práticas de Fabricação e o Sistema APPCC. De acordo com as Boas Práticas de Fabricação e Inspeção Sanitária em estabelecimentos produtores de embalagens que entram em contato com alimentos, podemos afirmar, exceto: A. De acordo com a classificação dos perigos, a embalagem pode ser uma fonte de contaminação, comprometendo a segurança e a qualidade do produto, originando contaminações física, química e até mesmo microbiológica. B. As embalagens de polietileno apresentam resistência, baixo custo, transparência e baixa impermeabilidade à água. C. O material de embalagem deve ser cuidadosamente especificado para assegurar que ele seja compatível com a segurança do alimento e não uma forma de contaminação, considerando que esses materiais não são totalmente inertes e podem transferir substâncias consideradas estranhas para o alimento. D. Nas embalagens plásticas desenvolvem-se mecanismos de transferência de massa através da matriz do material, por meio dos quais aditivos compostos de baixo peso molecular e resíduos presentes incorporam-se ao alimento acondicionado, possuindo mobilidade necessária para interagir com os diversos tipos de alimentos. E. A embalagem é fundamental na conservação dos alimentos durante toda a sua vida útil (validade). Especificada corretamente, a embalagem deve proteger o alimento quanto a diversos fatores, como oxigênio, luz, umidade, absorção de odores estranhos, perda nutricional e de aroma e contaminação microbiológica, permitindo atingir a validade esperada. As BPH exigem que todas as pessoas que trabalham em contato direto com os produtos alimentares, as superfícies com que esses produtos possam entrar em contato e os materiais de embalagem de produtos alimentares sejam conformes com as práticas higiênicas e sanitárias na medida necessária para proteger os produtos alimentares da contaminação proveniente de fontes diretas ou indiretas. A resposta é a letra “B”. 2. (AGENTE DE INSPEÇÃO SANITÁRIA E INDUSTRIAL DE PROD. ORIG. ANIMAL – AOCP/2007) Assinale a alternativa correta quanto às condições higiênico-sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação em estabelecimentos elaboradores/industrializadores de alimentos: a) Os exames médicos periódicos são necessários apenas para as pessoas das quais se suspeita que tenham alguma enfermidade e que tenham mantido contato direto com os alimentos, na recepção da matéria-prima, na elaboração dos produtos e/ou na embalagem dos subprodutos acabados. b) As pessoas que mantêm contato com os alimentos, durante seu trabalho, devem se submeter aos exames médicos por intermédio dos órgãos competentes de saúde, antes do seu ingresso e, posteriormente, apenas em casos em que haja razões clínicas ou epidemiológicas. c) A direção do estabelecimento deverá tomar medidas para que todas as pessoas que manipulam alimentos recebam instrução adequada e contínua em matéria de manipulação higiênica dos alimentos e de higiene pessoal, a fim de que saibam adotar as precauções necessárias para evitar a contaminação dos alimentos. 20 d) As pessoas das quais se suspeita de alguma enfermidade ou que padecem de algum mal não poderão efetuar atividades na linha de processamento. No entanto, se elas, após a contratação, apresentarem alguma enfermidade, poderão ser alocadas e transferidas para o setor de expedição, onde não terão contato direto com o produto e, dessa forma, não representarão risco de contaminação. e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta. A direção do estabelecimento deverá TOMAR MEDIDAS para que todas as pessoas que manipule alimentos recebam instrução adequada e contínua em matéria de manipulação higiênica dos alimentos e higiene pessoal, a fim de que saibam adotar as precauções necessárias para evitar a contaminação dos alimentos. Todas as etapas de controle de higiene e de saúde dos manipuladores de alimentos, incluindo os exames laboratoriais aos quais são submetidos, os treinamentos e capacitações periódicas e os procedimentos de higiene que devem executar em cada etapa para evitar a contaminação do alimento e o risco à saúde do consumidor. A resposta é a letra “C”. 3. (INSPETOR SANITÁRIO – MÉDICO VETERINÁRIO – PacTCPB/2010) Julgue as seguintes afirmações como falsas (F) ou como verdadeiras (V), de acordo com o “Regulamento Técnico sobre Condições Higiênico Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos” (Portaria SVS/MS n. 326/97): ( ) O estabelecimento deve dispor de uma ventilação adequada de tal forma a evitar o calor excessivo, a condensação de vapor e o acúmulo de poeira, com a finalidade de eliminar o ar contaminado. ( ) Deve-se impedir a entrada de animais em todos os lugares onde se encontram matérias-primas, material de embalagem, alimentos prontos ou em quaisquer das etapas da produção/industrialização. ( ) É proibida a presença de praguicidas solventes e outras substâncias tóxicas que representam risco para a saúde, em qualquer ambiente do estabelecimento. ( ) Ninguém que apresente feridas pode manipular alimentos ou superfícies que entrem em contato com alimentos até que se estabeleça sua reincorporação por determinação profissional. ( ) Nas áreas de manipulação de alimentos deve ser proibido todo ato que possa originar uma contaminação de alimentos, como: comer, fumar ou tossir. Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo. a) V – V – V – V – V b) V – V – F – V – V c) V – F – F – V – F d) F – V – V- F – F e) F – V – F – F - V A PORTARIA SVS/MS Nº 326, de 30 de julho de 1997 aprova o Regulamento Técnico das Condições Higiênicos Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos. Deve-se aplicar um programa eficaz e contínuo de controle das pragas. Os estabelecimentos e as áreas circundantes devem manter inspeção periódica com vistas a diminuir consequentemente os riscos de contaminação. No caso de invasão de pragas, os estabelecimentos devem adotar medidas para sua erradicação. As medidas de controle devem compreender o tratamento com agentes químicos, físicos ou biológicos autorizados. Aplicados sob a supervisão direta de profissional que conheça os riscos que o uso destes agentes possam acarretar para a saúde, especialmente os riscos que possam 21 originar resíduos a serem retidos no produto. Só devem ser empregados praguicidas caso não se possa aplicar com eficácia outras medidas de prevenção. Antes da aplicação de praguicidas deve-se ter o cuidado de proteger todos os alimentos, equipamentos e utensílios da contaminação. Após a aplicação dos praguicidas deve-se limpar cuidadosamente o equipamento e os utensílios contaminados a fim de que antes de sua reutilização sejam eliminados os resíduos. 4. Rejeitar latas de alimentos em conserva estufadas, adquirir alimentos de boa procedência e aquecer os alimentos até a fervura são medidas mais adequadas para a prevenção de qual doença transmitidapor alimentos? A. Salmonelose. B. Shiguelose. C. Botulismo. D. Colibacilose. E. Brucelose. Para identificação do agente causador do Botulismo, o Clostridium botulinum, pode-se recolher amostras em fezes do doente e nos alimentos suspeitos. A resposta certa é a letra “C”. 5. (FGV /2010) Assinale a alternativa que indica uma boa prática laboratorial. A. O armazenamento das substâncias químicas deve ser realizado de maneira organizada por ordem alfabética para permitir a fácil localização. B. Todo o estoque de produtos do laboratório deve ser guardado no almoxarifado, independente de sua categoria. C. Quando se tem um bom sistema informatizado não é necessário o armazenamento de dados em papel. D. Os dados informatizados devem ser armazenados com os mesmos níveis de controle de acesso, de indicação e de facilidade de recuperação que os demais tipos de dados. E. Substâncias químicas podem ser armazenadas dentro do laboratório, respeitando- se compatibilidades entre as mesmas. Lendo os detalhes, vemos que a resposta correta é a letra “D”. 6. O objetivo das Boas Práticas de Fabricação é evitar a ocorrência de doenças provocadas pelo consumo de alimentos contaminados. Acerca das condições de conservação dos alimentos, assinale a opção correta. A. Os alimentos perecíveis e não perecíveis contêm umidade suficiente para a multiplicação potencializada de microrganismos. B. Para dificultar a contaminação por insetos, as caixas de gordura devem estar localizadas em área próxima ao preparo dos alimentos, facilitando o seu descarte; por sua vez, as caixas de esgoto devem estar localizadas fora das áreas de preparo e armazenamento de alimentos. C. Os ingredientes que não forem utilizados totalmente devem ser mantidos em sua embalagem original para o correto acompanhamento do prazo de validade do produto. D. Uma vez que a água é reconhecida como um importante transmissor de microrganismos patogênicos, a limpeza e a desinfecção da caixa d’água de unidades de alimentação e nutrição devem ocorrer uma vez a cada quinze meses. E. Um exemplo de contaminação cruzada é a contaminação de uma carne cozida por talheres utilizados no corte de vegetais crus não higienizados. 22 A implantação das Boas Práticas de Fabricação na agroindústria de alimentos deve ser compreendida pelo empreendedor como uma ferramenta que lhe permitirá agregar qualidade aos alimentos processados e, pelos consumidores, como uma garantia de que estão consumindo alimentos seguros, certificados. A resposta ‘e a letra “B”. 7. Qual a portaria normatiza a criação da Comissão Científica Consultiva em Microbiologia de Produtos de Origem Animal: A. PORTARIA SDA Nº 17/2014 B. PORTARIA SDA Nº 17/2013 C. PORTARIA SDA Nº 17/2015 D. PORTARIA SDA Nº 17/2014 Em 25 de janeiro de 2013, por meio da PORTARIA SDA Nº 17/2013, foi criada a Comissão Científica Consultiva em Microbiologia de Produtos de Origem Animal que possibilita a soma de esforços entre governo e academia para avançar na gestão microbiológica do sistema de inspeção brasileiro. Os membros desta comissão foram nomeados em 14 de fevereiro de 2014 pela PORTARIA SDA Nº 17/2014. 8. Nos alimentos ácidos como frutas e hortaliças, com pH entre 4,0 e 4,5, predominam bactérias: A. bactérias esporuladas, bolores e leveduras B. bactérias esporuladas (Clostridium spp, Bacillus cereus) C. bactérias esporuladas patogênicas aeróbias (Salmonella spp) e anaeróbias (Clostridium spp) D. bactérias lácticas, bactérias acéticas, bolores e leveduras. Em alimentos mais alcalinos, com pH > 4,5 (Ex.: leite, carnes, pescados e alguns vegetais), observa-se o predomínio de bactérias esporuladas (Clostridium spp, Bacillus cereus), bactérias patogênicas aeróbias Salmonella spp) e anaeróbias (Clostridium spp). Nos alimentos ácidos como frutas e hortaliças, com pH entre 4,0 e 4,5, predominam bactérias esporuladas, bolores e leveduras. Em alimentos com pH < 4, como produtos derivados do leite, frutas, sucos de frutas e refrigerantes, predominam bactérias lácticas, bactérias acéticas, bolores e leveduras. 9. Existem diferentes mecanismos patogênicos envolvidos com a determinação das DTA, que podem ser agrupados, exceto: A. Bactéria, Vírus, parasitas, Substância tóxicas, toxinas B. Substâncias tóxicas, toxinas, Vírus, Protozoários C. Protozoários, toxinas, algas, Substância tóxicas,bactérias D. Toxinas, vírus, protozoários, Bactéria, Vírus Existem diferentes mecanismos patogênicos envolvidos com a determinação das DTA, que podem ser agrupados em bactérias (Salmonella spp, Shigella spp, Escherichia coli, Streptococcus do grupo A, Yersinia enterocolitica, Campylobacter jejuni, outras); vírus (Rotavirus, Norwalk, vírus da hepatite infecciosa, vírus entéricos humanos outros); parasitas (Entamoeba spp, Giardia lamblia, Cryptosporidium parvum outros); substâncias tóxicas (Metais pesados, agrotóxicos outros); toxinas (bactérias Staphylococcus aureus, Clostridium spp, Bacillus cereus, Escherichia coli, Vibrio spp outros); e protozzoário (Toxoplasma gondii). 23 10.(FCC - 2018 - Prefeitura de Macapá) Uma das etapas recomendadas no preparo dos alimentos para a prevenção de doenças transmitidas por alimentos é: A. alimentos quentes prontos para o consumo devem ser mantidos sob temperatura de 80°C ou mais. B. para a desinfecção de frutas, legumes e verduras deve-se imergir os alimentos em uma solução preparada com 20 ml (2 colheres de sopa) de hipoclorito de sódio a 2,5% para cada litro de água tratada. C. os ovos devem ser lavados em água corrente antes de seu armazenamento. D. alimentos em temperatura ambiente podem ser consumidos em até 6 horas após seu preparo. E. lavar e desinfetar todas as superfícies, utensílios e equipamentos usados na preparação de alimentos. Na interpretação dos resultados laboratoriais obtidos devem ser considerados os procedimentos de coleta da amostra, o acondicionamento e o transporte. Sabe-se que alguns agentes são inativados pela exposição ao frio/congelamento, como é o caso do Vibrio parahaemolyticus e de células vegetativas de Clostridium perfringens, enquanto outros são inativados quando mantidos em temperaturas superiores a 30ºC, como acontece com a toxina botulínica, que é inativada a 80ºC durante 15 minutos. A resposta é a letra E. 11.Doenças infecciosas são: A. são produzidas pela ingestão de alimentos que contêm toxinas formadas naturalmente em tecidos de plantas ou animais, ou produtos metabólicos de micro- organismos ou por substâncias químicas ou contaminantes físicos B. estão associadas a outros agentes não bacterianos envolvidos com DTA, como nas intoxicações por metais pesados, agrotóxicos, fungos silvestres, plantas e animais tóxicos (moluscos, peixes). C. são produzidas pelo consumo de alimentos contaminados por agentes infecciosos, como vírus, fungos, bactérias, parasitas. D. uma zoonose de distribuição mundial, causada pelo protozoário sarcocistídeo Toxoplasma gondii, parasita intracelular obrigatório. Doenças infecciosas são produzidas pelo consumo de alimentos contaminados por agentes infecciosos, como vírus, fungos, bactérias, parasitas. São exemplos a Salmonella Typhi, os demais sorovares, Streptococcus do grupo A, vírus da hepatite infecciosa, vírus entéricos humanos, Shigella spp, Yersinia enterocolitica, Campylobacter jejuni, Toxoplasma gondii, entre outros. Agentes, como a Escherichia coli O157:H7, o Vibrio cholerae 01 epidêmico e outros, podem produzir toxina durante a infecção. A resposta correta é a letra “C”. 12. A INSTRUÇÃO NORMATIVA INTERNA DIPOA/SDA Nº 01, DE 17 DE JUNHO DE 2015, aprova: A. os procedimentos para a coleta e análise de Escherichia coli verotoxigênica e Listeria monocytogenes B. os procedimentos para a coleta e análise de Listeria monocytogenes e Salmonella spp C. os procedimentos para a coleta e análise de Escherichia coli verotoxigênica e Salmonellaspp 24 D. os Procedimentos de Controle da Listeria monocytogenes em produtos de origem animal prontos para o consumo A INSTRUÇÃO NORMATIVA INTERNA DIPOA/SDA Nº 01, DE 17 DE JUNHO DE 2015, aprova os procedimentos para a coleta e análise de Escherichia coli verotoxigênica e Salmonella spp. Em carne de bovino in natura utilizada na formulação de produtos cárneos, cominutados, prontos para serem cozidos, fritos ou assados. Para cada amostra coletada, o SIF deverá manter registros dos dados necessários para a rastreabilidade tais como turno de produção e lote definido pelo estabelecimento que corresponde ao produto amostrado. A INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 9, DE 8 DE ABRIL DE 2009 institui os Procedimentos de Controle da Listeria monocytogenes em produtos de origem animal prontos para o consumo (Art. 1º). As amostras de produtos de origem animal prontos para o consumo devem ser coletadas nos estabelecimentos fabricantes de produtos de origem animal, pelo Serviço de Inspeção de Federal (SIF), e encaminhadas aos laboratórios pertencentes à Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária, para a pesquisa de Listeria monocytogenes (Art. 5º). A resposta é a letra “C”. 13. O nematoide Trichinella spiralis que causa doença transmitida por alimentos, possui grande relevância para a saúde pública. Sobre o Trichinella spiralis: I. Causa quadros digestivos devido à ação dos adultos presentes nos intestinos, devido à migração sistêmica das larvas. II. A carne bovina é a principal fonte de infecção na transmissão para humanos III. As principais fontes de infecção para os suínos são ingestão de comidas mal cozidas, canibalismo, exposição a roedores mortos ou animais selvagens infectados. IV. O Brasil é considerado uma área de risco epidemiológico, atrapalhando a exportação para alguns países como a Rússia. A. V-F-V-V B. V-F-V-F C. V-V-V-V D. V-VF-V-F O Trichinella spiralis causa quadros digestivos devido à ação dos adultos presentes nos intestinos, podendo, também, apresentar nefrite, pneumonia, meningite, encefalite e miocardite, devido à migração sistêmica das larvas. Está presente na lista de enfermidades de declaração obrigatória da Organização Mundial de Sanidade Animal-OIE. Não há relatos dessa enfermidade no Brasil, mesmo sendo realizados frequentes testes nos rebanhos suínos, cuja carne é a principal fonte de infecção na transmissão para humanos. Utilizando os binômios -25ºC por 20 dias ou -29ºC por 12 dias, já é possível inviabilizar os parasitas. As principais fontes de infecção para os suínos são ingestão de comidas mal cozidas, canibalismo, exposição a roedores mortos ou animais selvagens infectados. O Brasil é considerado uma área sem risco epidemiológico, o que possibilita avanços na exportação de carnes suínas para grandes centros consumidores, como a Rússia, país que exige vários testes para detecção do parasita ou tratamentos adequados 25 para eliminar o risco de transmissão, além de relatórios mensais feitos por fiscais federais agropecuários dos estabelecimentos sobre os resultados de análises para ocorrência de triquinelose. Para prevenir a ocorrência da enfermidade, deve-se evitar consumir pescados crus, defumados sob temperatura inadequada ou mal cozidos. A resposta é a letra “B”. 14. São toxinas produzidas in vivo pelos principais mecanismos fisiopatológicos e agentes etiológicos mais comuns em DTA, exceto: A. Botulismo intestinal e por ferimentos, Clostridium per fringens, Vibrio cholerae O1 B. Vibrio cholerae O1, Clostridium per fringens, Escherichia coli O157:H7 C. Botulismo intestinal e por ferimentos , Escherichia coli O157:H7 D. Escherichia coli O157:H7, Botulismo intestinal e por ferimentos, pepsina por estômago Resposta esta na Tabela 2. A resposta é a letra “D”. 15. Período de incubação da Brucella abortus: A. 12 horas B. 24 horas C. 6 hora D. >72 horas Os Sinais e Sintomas Sistêmicos da Brucelose ocorre em um período maior que >72 horas. A resposta é a letra “D”. 16. O tipo de amostra para identificar o patógeno do botulismo é: A. fezes do doente e nos alimentos suspeitos B. emalimento suspeito, vômito ou nas fezes do doente C. sangue, urina, fezes, aspirado medular D. fezes ou “swab” retal O Clostridium botulinum pode ser identificado em amostra de fezes do doente e nos alimentos suspeitos. As toxinas botulínica podem ser identificadas em soros, fezes ou alimentos. 17. O tipo de amostra para identificar o patógeno da Salmonelose é: A. vômito, fezes e “swab” retal B. material de orofaringe e alimento suspeito C. fezes de quase todos os doentes e “swab” retal. D. fezes ou “swab” retal, urina e sangue Salmonella spp e Salmonella enteritidis em alimento suspeito, fezes ou “swab” retal. Se houver sintomas septicêmicos, na urina ou sangue. A resposta é a letra “D”. 26 18. Sobre os surtos de DTA . I. Os surtos são causados por inúmeros agentes etiológicos e se expressam por um grande elenco de manifestações clínicas. II. A investigação epidemiológica é realizada a partir de ações intersetoriais. III. Uma dos objetivos das ações intersetoriais é diagnosticar a doença e identificar os agentes etiológicos relacionados ao surto. IV. O laboratório deve ser informado imediatamente da ocorrência para seu planejamento, organização, preparo dos meios de cultura. A. Todas as alternativas estão corretas. B. V-V-F-F C. F-V-V-V D. F-F-V-V Os surtos de DTA são causados por inúmeros agentes etiológicos e se expressam por um grande elenco de manifestações clínicas. Então, não há como obter uma definição pré- estabelecida dos casos, como existe para as doenças de notificação compulsória. As medidas de prevenção e controle devem ser tomadas paralelamente à investigação e de acordo com a situação encontrada. A investigação epidemiológica é realizada a partir de ações intersetoriais com objetivo de: coletar informações básicas necessárias ao controle do surto de DTA; diagnosticar a doença e identificar os agentes etiológicos relacionados ao surto; identificar a população de risco; identificar os fatores de risco associados ao surto; identificar a provável fonte de contaminação; propor medidas de prevenção e controle pertinentes; divulgar os resultados da investigação epidemiológica às áreas envolvidas e à comunidade; evitar que novos surtos ocorram. A resposta é a letra “A”. 19. Conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção, da circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, descreve: A. inspeção sanitária B. Vigilância epidemiológica C. Vigilância Sanitária D. Boas Práticas de Fabricação (BPF) A Vigilância Sanitária é conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção, da circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde. Sendo assim, abrange o controle de bens de consumo, que direta ou indiretamente relacionem-se com a saúde, compreendidos em todas as etapas e processos da produção ao consumo. 20. (IBFC - 2016 - SES-PR - Médico Veterinário) De acordo com o Manual Integrado de Vigilância, Prevenção e Controle de Doenças Transmitidas por Alimentos do Ministério da Saúde, a ocorrência de Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA) vem aumentando de modo significativo em nível mundial. Para atuarmos na vigilância, controle e prevenção das doenças transmitidas por alimentos devemos conhecer o comportamento das DTA na população. As DTA podem aparecer sob a forma de Intoxicação Alimentar, Infecção Alimentar e Toxinfecção Alimentar. Assinale a alternativa que correlacione o tipo de apresentação da DTA com sua correta descrição, respectivamente. I. Infecção alimentar. II. Toxinfecção alimentar.27 III. Intoxicação alimentar. A. Doença produzida pela ingestão de bactéria patogênica capaz de produzir toxina, na luz intestinal com capacidade de causar dano ao organismo. B. Doença produzida pela ingestão de alimentos que contem toxinas formadas naturalmente em tecidos de plantas ou animais, ou produtos metabólicos de microrganismos ou por substancias químicas ou contaminantes físicos que se incorporam a ele de modo acidental ou intencional em qualquer momento, desde a sua origem, produção até o consumo. C. Doença produzida pela ingestão de alimentos contaminados por agentes infecciosos, tais como vírus, fungos, bactérias, parasitas que na luz intestinal podem se multiplicar, lisar, esporular e produzir toxinas, aderir ou invadir a parede intestinal podendo alcançar órgãos ou sistemas. A. I-A, II-B, III-C. B. I-C, II-B, III-A C. I-C, II-A, III-B. D. I-B, II-C, III-A. Doenças toxinogênica ou toxinoses são produzidas pela ingestão de alimentos que contêm toxinas formadas naturalmente em tecidos de plantas ou animais, ou produtos metabólicos de micro-organismos ou por substâncias químicas ou contaminantes físicos que se incorporam a ele de modo acidental ou intencional em qualquer momento, desde a sua origem, produção até o consumo. A toxinfecção alimentar é produzida pela ingestão de bactéria patogênica capaz de produzir toxina na luz intestinal, com capacidade de causar dano ao organismo, não havendo colonização pelo microrganismo. Intoxicações não bacterianas estão associadas a outros agentes não bacterianos envolvidos com DTA, como nas intoxicações por metais pesados, agrotóxicos, fungos silvestres, plantas e animais tóxicos (moluscos, peixes). A resposta é a letra “C”. 21. (FUNIVERSA - 2010 - CEB-DISTRIBUIÇÃO S/A) Os manipuladores de alimentos devem ser supervisionados e capacitados periodicamente em: A. higiene pessoal, manipulação higiênica dos alimentos e doenças transmitidas por alimentos. B. contaminantes alimentares, doenças transmitidas por alimentos, manipulação higiênica dos alimentos. C. higiene pessoal, manipulação higiênica dos alimentos, doenças transmitidas por alimentos e boas práticas D. boas práticas, APPCC, doenças transmitidas por alimentos. E. higiene pessoal e do ambiente, manipulação higiênica dos alimentos, doenças transmitidas por alimentos. Os manipuladores de alimentos devem ser supervisionados e capacitados periodicamente em higiene pessoal em manipulação higiênica dos alimentos e em doenças transmitidas por alimentos. A capacitação deve ser comprovada mediante documentação. A pegadinha é a palavra supervisionados, detalhes que fazem a diferença.A resposta é a letra “A”. 22. (PUC-RN-2018) Considerando a epidemiologia e que as doenças transmitidas por alimentos (DTAs) são causadas por agentes biológicos, químicos ou físicos, os quais penetram no organismo humano pela ingestão de água ou alimentos contaminados, podemos afirmar que I. na descrição de um surto de DTA, alguns fatores devem ser considerados: a situação; o número de pessoas afetadas; o índice de ataque por idade, sexo e 28 raça; o número de pessoas que não foram atingidas, o agente e o período de incubação; a natureza clínica da doença; o veículo alimentar e o modo de transmissão para os alimentos e para as vítimas. II. A epidemiologia é definida como o estudo das doenças que acometem uma população, sua frequência de ocorrência, sua distribuição, suas causas e controle, assim como a sua relação com as doenças referentes a animais. III. O Staphylococcus aureus faz parte da flora normal de mucosas e pele e pode ser transmitido aos alimentos por contato direto ou indireto. Nos alimentos, podem se multiplicar e produzir enterotoxinas a partir de contagens de S. aureus em torno de 106 UFC/g. Está (ão) CORRETA (s): A. apenas a II. B. apenas I. C. apenas a III. D. I, II e III. E. I, II e III. A sobrevivência e a multiplicação de um agente etiológico nos alimentos dependem de seus mecanismos viabilidade, expressas principalmente pelos níveis de oxigenação, pH e temperatura, em que está o alimento. As análises para avaliação do padrão de identidade e qualidade de DTA serão conduzidas de acordo com os requisitos legais, qualitativos e quantitativos. Mesmo que alguns agentes estejam dentro dos valores indicados nos padrões legais, a caracterização e o diagnóstico laboratorial de um surto dependerá também, da dependência de outros fatores, como critérios clínicos e epidemiológicos. A resposta é a letra “D”. 23. (FUMARC/2018) Os principais agentes biológicos encontrados nas águas contaminadas são as bactérias patogênicas, ou vírus e os parasitos. As bactérias patogênicas encontradas na água e/ou alimentos constituem uma das principais fontes de morbidade e mortalidade em nosso meio. São responsáveis por numerosos casos de enterites, diarreias infantis e doenças endêmicas/epidêmicas (como cólera e a febre tifoide), que poderá resultar em casos letais (FUNASA. Manual de Saneamento. p. 37). É doença transmitida pela água: A. Tacoma. B. Salmonelose. C. Giardíase. D. Esquistossomose. A maneira mais comum de se infectar com giardíase é por meio do consumo de água contaminada. Esses parasitas são encontrados em lagos, lagoas, rios e córregos em todo o mundo. Também pode ser transmitida através de alimentos e contato pessoa-a-pessoa. 24 Sobre DTA (Doenças Transmitidas por Alimentos), são afirmativas verdadeiras, exceto: A. Os sintomas mais comuns para as DTAs são falta de apetite, náuseas, vômitos, diarreia, dores abdominais e febre. B. Um surto de DTA é definido como um incidente em que uma pessoa apresente falta de apetite, náuseas, vômitos, diarreia, dores abdominais e febre após alimentar-se com alimento sem procedência. C. As doenças transmitidas por alimentos são doenças em que os alimentos ou a água atuam como veículo para transmissão de organismos prejudiciais à saúde ou de substâncias tóxicas. 29 D. Um surto de DTA é definido como um incidente em que duas ou mais pessoas apresentam uma enfermidade semelhante após a ingestão de um mesmo alimento ou água, e as análises epidemiológicas apontam os mesmos como a origem da enfermidade. E. No caso de uma DTA, cabe a Vigilância Sanitária rastrear a cadeia de produção, identificando pontos críticos e erros no processo de produção dos alimentos ou da água. Surtos de doenças transmitidas por alimentos são de notificação compulsória e a coordenação estadual de suas investigações e coleta de dados estão a cargo da Divisão de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar, do Centro de Vigilância Epidemiológica (DDTHA/CVE), da Secretaria de Estado da Saúde (SES-SP). . Os surtos de DTA são causados por inúmeros agentes etiológicos e se expressam por um grande elenco de manifestações clínicas. A resposta é a letra “B”. 25. Os alimentos necessitam de cuidados especiais no seu armazenamento e conservação a fim de que sejam preservadas as características sensoriais, o valor nutricional e sejam evitadas doenças transmitidas por alimentos. Nesse sentido, em relação ao armazenamento e conservação dos alimentos. É correto afirmar: A. Os locais de armazenamento devem ser limpos e organizados a cada 30 dias, e sua desinfecção (higienização) a cada 60 dias. B. Para evitar a contaminação dos alimentos, o armazenamento dos alimentos congelados deve ser realizado a uma temperatura de 2ºC. C. Deve-se armazenar imediatamente os produtos congelados e refrigerados e depois os produtos não-perecíveis. D. Os ingredientes que não forem utilizados totalmente devem ser armazenados em suas embalagens originais e identificados com o prazo de validade após a abertura. Durante o armazenamento deve ser exercida uma inspeção periódica dos produtos acabados, a fim de que somente sejam expedidos alimentos aptos para o consumo humano e sejam cumpridas as especificações de rótulo quanto as condições e transporte,quando existam. A resposta é a letra “C”. Lei nº 1.283 de 18 de dezembro de 1950. Lei nº 5.760, de 3 de dezembro de 1971 Lei nº 6437, de 20 de agosto de 1977 Lei nº 8080, de 19 de setembro de 1990 Decreto nº 30.691 de 29 de março de 1952 (RIISPOA) Decreto nº 9.013, de 29 de março de 2017 (RIISPOA) Decreto nº 1.255, de 25 de junho de 1962 Decreto nº 69.502, de 5 de novembro de 1971 Decreto nº 73.116, de 8 de novembro de 1973 BIBLIOGRAFIA BIBLIOGRAFIA: http://www.agricultura.gov.br 30 Decreto nº 1.236 de 02 de setembro de 1994 Decreto nº 1.812 de 08 de fevereiro de l996 Decreto nº 2.244 de 4 de junho de l997 MAPA. Portaria nº 368/1997 Portaria nº 58, de 17 de maio de 1993 Portaria MS Nº 1.428 Anvisa (http://www.anvisa.gov.br) PMSP (http://www.prefeitura.sp.gov.br) CVS (http://www.cvs.saude.sp.gov.br) Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual integrado de vigilância, prevenção e controle de doenças transmitidas por alimentos / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2010. 158 p. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde. Manual integrado de vigilância, prevenção e controle de doenças transmitidas por alimentos. 2010. p.11. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Doenças Infecciosas e Parasitárias – Guia de Bolso, 8ª ed. Brasília, 2010. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Fundação Nacional da Saúde. Surto de toxoplasmose adquirida, Anápolis-GO, Fevereiro de 2006. Boletim eletrônico epidemiológico, n.8, 2007. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Fundação Nacional da Saúde. Surto intrafamiliar de toxoplasmose, Santa Vitória do Palmar-RS, julho de 2005. Boletim eletrônico epidemiológico, n.3, 2006. BRASIL, MAPA. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Circular 129/2002/DCI/DIPOA. Brasilia: Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, 2002. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Fundação Nacional da Saúde. Surto de toxoplasmose no município de Santa Isabel do Ivaí – Paraná. Boletim eletrônico epidemiológico, v.3, p.1-9, 2002. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Fundação Nacional da Saúde Surto de Toxoplasmose no Município de Santa Isabel do Ivaí. Boletim eletrônico epidemiológico, v.7, p.1-3, 2002. 31 BRASIL. MAPA. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. RIISPOA - Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária dos Produtos de Origem Animal. Brasília, 1952. Borges, M. F. et al. Listeria monocytogenes em leite e produtos lácteos. Fortaleza : Embrapa Agroindústria Tropical, 2009. 31p. CVE. Manual das doenças transmitidas por alimentos. Diphyllobothrium spp/Difilobotríase. 2005. Disponível em: http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/hidrica/IF_Diphy.htm. Acesso em: 8 jun. 2018. DIAS, F.J.E.; CLEMENTE, S.C.S.; KNOFF, M. 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