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– Estudos epidemiológicos → ESTUDO OBSERVACIONAL ANALÍTICO 1) ESTUDO ANALÍTICO ECOLÓGICO -> Estudos Ecológicos = Estudo de correlação - A unidade de análise é a população e não o indivíduo - A unidade de estudo é uma área geográfica; *Comparação: a. Espacial: a outras áreas Ex: b. Temporal: tempo (séries temporais) Ex: c. Misto: ambos ESTUDOS ECOLÓGICOS - Útil gerar novas hipóteses; - Resultados interessantes devem ser avaliados por meio de outros estudos com dados individuais; - Pode avaliar eficácia de intervenção; -> Exemplo 1: “Estudo envolvendo diversas cidades brasileiras em que se procurasse correlacionar dados sobre mortalidade infantil a nível de cada município com a renda per capita e índice de analfabetismo do local no sentido de encontrar evidências de que o nível sócio econômico é um dos determinantes de mortalidade infantil” MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO Dawson e cols. (1968) -> Derivação da hipótese “Sais de lítio teriam a propriedade de controlar estados maníaco-depressivos?” - Se sais de lítio têm a propriedade de controlar a mania, então as internações hospitalares por essa doença devem ser menos frequentes nas regiões onde a água de beber é rica em cátion lítio do que em regiões pobres no referido ion -> Pesquisa Analisou-se a água de beber (para verificar a concentração de cátion lítio) e obteve-se informações sobre a prevalência de doenças mentais de: 27 cidades -> Resultado da pesquisa O ESTUDO ECOLÓGICO É O DESENHO APROPRIADO EM DETERMINADAS SITUAÇÕES - Quando o nível da inferência de interesse está na população *Desigualdades socioeconômicas e saúde *Efeitos de uma intervenção de âmbito coletivo Ex 1: aumento do imposto na venda de cigarros Ex 2: venda de bebida alcoólica expressamente proibida para menores de 18 anos DELINEAMENTO - Baseiam-se em dados secundários - Fontes de dados sobre doença: *Registros de mortalidade *Registros de morbidade *Dados censitários sobre morbimortalidade e população - Fontes de dados sobre exposição e fatores de confusão: *Censos econômicos *Censos demográficos *Dados de produção e/ou consumo TIPOS DE DESENHOS E ANÁLISE - Método utilizado para formação dos grupos *Estudos ecológicos de múltiplos grupos (lugar) -> espacial *Estudos de tendências ou séries temporais (tempo) -> temporal *Estudos ecológicos mistos (tempo e lugar) -> misto VANTAGENS - Baixo custo e execução rápida, devido às fontes de dados secundários disponíveis; - Simplicidade Analítica; - Capacidade de gerar hipóteses; DESVANTAGENS - Baixo poder analítico; - Pouco desenvolvimento das técnicas de análise dos dados; - Depende da qualidade das informações disponíveis (fontes diversas) -> fontes podem varias em suas informações - Falácia ecológica é um viés -> Os estudos ecológicos são os mais frágeis por estarem sujeitos a uma série de vieses Obs: TCLE e CEP ausente → ESTUDOS ANALÍTICOS EXPERIMENTAIS 1) ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO - Sinônimos: *Estudo de Intervenção; *Clinical Triais = Estudo Clínico *Estudo Randomizado - Usado para fins terapêuticos ou preventivos - O investigador manipula o fator de exposição (não só observa). - Amostragem é aleatória simples (sorteio) - Os indivíduos são alocados de forma aleatória: *Grupo exposto: a um fator de proteção ou tratamento *Grupo controle: placebo ou tratamento convencional RANDOMIZAÇÃO - É a alocação aleatória dos indivíduos aos grupos de comparação, geralmente realizada através de uma tabela de números aleatórios – Sorteio - Garante a comparabilidade dos grupos – todos os indivíduos têm a mesma probabilidade de estar no grupo exposto ao fator profilático ou terapêutico em teste ou ao grupo controle. - Garante a seleção não enviesada dos participantes – não há auto-seleção nem interferência do investigador - Sucesso depende de: 1 - Ocultamento: desta sequência até o momento da alocação - O sistema deve funcionar de forma que os participantes e a equipe de campo não saibam, com antecedência, a que tratamento a próxima pessoa será alocada. 2 - Tamanho da amostra: caso o tamanho da amostra seja insuficiente, os grupos podem não ficar comparáveis, sendo necessário controlar fatores de confundimento - O ocultamento do processo de randomização é importante para evitar manipulações da alocação que podem comprometer a comparabilidade dos grupos. - Num ensaio clínico bem conduzido, a decisão de incluir ou não um paciente no estudo deve anteceder a sua randomização GRUPOS DE ESTUDO - Grupo exposto *Tratamento – medicamento, cirurgia, psicoterapia... *Profilaxia – vacina, atividade física... - Grupo não-exposto *Tratamento padrão, conservador *Placebo PLACEBO - Latim: “agradar”; - Técnica especial de mascaramento (cegamento); - Os pacientes do grupo controle recebem um tratamento similar em formato, gosto, doses, via de administração, porém sem função farmacológica ou terapêutica; - Os pacientes ficam “cegados” em relação à exposição (não sabem se é a intervenção em teste ou uma intervenção inócua biologicamente); - O placebo permite melhor definição do efeito da intervenção teste, mas nem sempre pode ser usado - Retira a subjetividade do paciente (por também estar sendo “tratado” – efeito placebo) e do investigador DESFECHO EM ENSAIOS CLÍNICOS - Desfecho primário: evento mais importante sobre o qual o investigador quer intervir - Desfechos secundários: outros eventos que podem ser modificados pela intervenção - Efeitos adversos: eventos desfavoráveis causados pelos tratamentos em comparação - Importante: os desfechos devem ser definidos a priori MASCARAMENTO - A verificação do desfecho deve ser cegada ou mascarada, para não influenciar o indivíduo, os profissionais examinadores, o avaliador. *Mascaramento simples: só o paciente; *Mascaramento duplo cego: paciente e equipe de campo; *Mascaramento triplo cego: paciente, equipe de campo e responsável pela análise dos dados; Viéses 1 - Viés de seleção: - Erro na seleção dos participantes do estudo; - É minimizado pela escolha aleatória dos participantes, pode ocorrer: perda seletiva e não- cooperação; 2 - Viés de informação: - Erro na coleta dos dados do estudo pode ocorrer quando o desfecho é aferido diferentemente nos grupos de comparação, mas é minimizado se houver mascaramento ÉTICA NO ENSAIO CLÍNICO 1 - Garantia de que a relação risco/benefícios do tratamento proposto é favorável; 2 - Conhecimento por parte do paciente das possibilidades de intervenção; 3 - Só fazer uso de placebo na ausência de tratamentos convencionais; 4 - Inclusão ao acaso dos participantes do estudo nos grupos exposto e controle; 5 - Uso de termo de consentimento informado; ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO - Estudo Prospectivo - Padrão ouro: testar efetividade ou eficácia FASES DO ENSAIO CLÍNICO Fase 01: - Constitui a primeira etapa de avaliação de um produto químico/biológico em seres humanos; - São geralmente precedidos de provas em modelos experimentais em animais para avaliar toxicidade e eficácia; - São realizados sob rigorosa supervisão médica, usualmente em hospitais, e envolvem um número limitado de voluntários adultos; - O objetivo principal nesta fase é farmacodinâmica e farmacocinética do produto Fase 02: - Os ensaios de Fase II requerem um grupo de comparação; - Nesta fase se realizam os estudos de dose-resposta com o propósito de encontrar a dose e esquema ótimo de administração do produto; Fase 03: - Críticos para o registro e aprovação de um produto farmacêutico. - Envolvem um grandenúmero de participantes (multicêntricos, quando se inclui vários grupos de pacientes tratados em serviços distintos – sempre utilizando o mesmo protocolo de investigação); - É fundamental que sejam delineados como estudos aleatorizados, duplo cego, controlados Fase 04: - Esta Fase refere-se a ensaios clínicos realizados após aprovação, registro e comercialização do produto farmacêutico. - Estes estudos se destinam principalmente a avaliar a ocorrência de efeitos adversos raros ou desconhecidos; - Ensaios clínicos delineados com o objetivo de explorar uma nova indicação, novas combinações de drogas ou vias alternativas de administração devem ser considerados como um ensaio de um produto farmacêutico novo CRITÉRIOS DE INCLUSÃO - Os critérios para seleção dos participantes do ensaio dependem fundamentalmente do objetivo do estudo. - É necessário selecionar áreas de maior transmissão onde o número esperado de casos é suficiente para a realização do estudo e interpretação dos resultados. - Populações estáveis, com baixas taxas de migração devem ser escolhidas para estudos que requerem seguimento epidemiológico de longa duração com avaliações sucessivas CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO - São características especiais que colocam os indivíduos em uma situação de risco se incluídos nos estudos; - Por exemplo, gestantes, crianças desnutridas, indivíduos em uso de outros medicamentos com potencial de interação química e doenças crônicas; - Em caso de se observar manifestações clínicas graves decorrentes ou não das intervenções, os pacientes devem ser retirados do estudo. O código de tratamento deve ser aberto para investigar causas. Assistência médica deve ser oferecida e o caso documentado e incluído no relatório final VANTAGENS - Randomização tende a balancear fatores prognósticos entre os grupos de estudo; - Permite a coleta de informações detalhadas; - Doses podem ser pré-determinadas pelo investigador; - Cegamento dos participantes pode reduzir distorção na aferição de resultados DESVANTAGENS - Demorado; - Amostras grandes; - Custo elevado; - Problemas éticos; - Os indivíduos podem não aderir às intervenções alocadas - Perdas ao longo da pesquisa*** -> Toda pesquisa experimental deverá ser submetida à apreciação de um Comitê de Ética em Pesquisa
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