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Alterações genéticas determinadas que comprometem o metabolismo. As alterações causam uma deficiência que pode ser de enzima, proteína ou molécula de transporte. Essa deficiência causa bloqueio de via metabólica, prejudicando as rotas anabólicas, catabólicas, de armazenamento ou transporte de biomoléculas. Tais erros do são considerados a causa das Doenças Metabólicas Hereditárias em que a ausência de um produto esperado, acúmulo de substrato da etapa anterior a interrompida ou o surgimento de uma rota metabólica alternativa podem levar ao comprometimento dos processos celulares. Os Erros Inatos do Metabolismo dividem-se em duas categorias: a Categoria 1, engloba as alterações que afetam um único sistema orgânico ou apenas um órgão. A Categoria 2, abrange um grupo de doenças cujo defeito bioquímico compromete uma via metabólica comum a diversos órgãos, ou restrito a um órgão apenas, porém com manifestações sistêmicas. Dessa forma, as doenças da Categoria 2 apresentam enorme diversidade clínica, sendo assim, são subdivididas em 3 grupos: 1. Defeitos no metabolismo intermediário. Ex: aminoacidopatias, intolerâncias a açucares, aciduria. 2. Defeitos na produção ou utilização de energia. Ex: defeitos no metabolismo mitocondrial, energético, produção de corpos cetônicos. 3. Defeitos de metabolismo de moléculas complexas. Ex: Doenças lisossomais, peroxissomais, defeito de colesterol. O bloqueio enzimático é causado pela falta da enzima fenilalanina-hidroxilase, que converte a fenilalanina em tirosina, no fígado. Na ausência da enzima, a fenilalanina acumula-se no sangue e é degradada, por uma via secundária, em fenilpiruvato, fenilactato e fenilacetato, que podem ser tóxicos. Acarretando a deficiência de tirosina, com a consequente redução na formação de melanina, motivo pelo qual os afetados tendem a ter pele, cabelos e olhos claros. Além disso, as áreas cerebrais pigmentadas, como a substância nigra, também carecem de pigmento. O tratamento é feito com dieta, restringindo ingestão de alimentos que contenham fenilalanina, suplementação. O diagnóstico se dá através de análise molecular, teste do pezinho, detecção de deficiência enzimática e excesso de metabolito não degradado. Autoria: Beatriz Oliveira Referências: HUSNY, Antonette Souto El; FERNANDES- CALDATO, Milena Coelho. Erros inatos do metabolismo: revisão de literatura. Rev. Para. Med., Belém , v. 20, n. 2, p. 41- 45, jun. 2006 . Disponível em <http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101- 59072006000200008&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 03 jun. 2022.
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