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Classificação dos Crimes


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Classificação dos Crimes 
(Resumo baseado na doutrina de Cleber Masson) 
 
Quanto à qualidade do sujeito ativo: 
 Crimes comuns: praticados por qualquer pessoa. Ex.: homicídio; 
▪ Crimes bicomuns: qualquer pessoa, tanto no sujeito ativo quanto no 
passivo. Ex.: lesão corporal e estelionato. 
 Crimes próprios ou especiais: sujeito ativo diferenciado em face da situação 
fática ou jurídica. Ex.; peculato = funcionário público e receptação qualificada 
pelo exercício de atividade comercial ou industrial = comerciante ou industrial – 
admitem coautoria/participação; 
▪ Puros: ausência da condição = atipicidade. Ex.: prevaricação, excluída 
a elementar do tipo “funcionário público”; 
▪ Impuros: ausência da condição = desclassificação do delito. Ex.: 
peculato doloso, afastada a elementar “funcionário público” passa a ser 
furto ou apropriação indébita; 
▪ Com estrutura inversa: delitos funcionais. Ex.: crimes praticados por 
funcionário público contra a administração em geral; 
▪ Bipróprios: condição para sujeito ativo e passivo. Ex.: Infanticídio. 
 Crimes de mão própria, de atuação pessoal ou de conduta infungível: 
praticado por pessoa específica descrita no tipo penal. Ex.: falso testemunho. 
 
Quanto à estrutura da conduta: 
 Crimes simples: um único tipo penal. Ex.: furto; 
 Crimes complexos: união de dois ou mais tipos penais. Ex.: roubo = furto + 
ameaça/lesão corporal; 
o Em sentido amplo = crime + comportamento penal irrelevante. Ex.: 
denunciação caluniosa = calúnia + noticiar crime à autoridade pública. 
o Famulativos: delitos que compõem a estrutura unitária do crime 
complexo; 
 
Quanto à relação entre a conduta e o resultado naturalístico: 
 Crimes materiais/casuais: existência de resultado naturalístico (necessário para 
a consumação do crime). Ex.: homicídio – resultado naturalístico = morte da 
vítima; 
 Crimes formais: resultado naturalístico desnecessário para a consumação do 
crime, pois o crime se consuma com a mera prática da conduta Ex.: extorsão 
mediante sequestro – se consuma com a restrição da liberdade; 
 Crimes de mera conduta/simples atividade: não possui resultado naturalístico. 
Ex.: ato obsceno e porte de munição de uso permitido. 
Quanto ao momento da consumação do crime: 
 Crimes instantâneos/de estado: consumação determinada. Ex.: furto; 
 Crimes permanentes: a consumação se prolonga no tempo. 
o Necessariamente permanentes: manutenção da ocorrência do crime por 
tempo relevante. Ex.: sequestro; 
o Eventualmente permanentes: regra = instantêneos, mas podem ser 
prolongados no tempo por vontade do agente. Ex.: furto de energia 
elétrica. 
 Crimes instantâneos de efeitos permanentes: os efeitos permanecem ainda que 
consumado o crime, independendo da vontade do agente. Ex.; bigamia e 
estelionato previdenciário praticado por terceiro não beneficiário. 
 Crimes a prazo: obrigatória a fluência de determinado período para a 
consumação. Ex.: lesão corporal de natureza grave em decorrência da 
incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias. 
 
Quanto ao número de agentes: 
 Unissubjetivos/unilaterais/monossubjetivos ou de concurso eventual: um 
único agente (admite concurso de pessoas). Ex.: homicídio; 
 Plurissubjetivos, plurilaterais ou de concurso necessário: pluralidade de 
agentes; 
o Bilaterais/de encontro: dois agentes + condutas se encontram. Ex.: 
bigamia; 
o Crimes coletivos/de convergência: 3 ou mais agentes; 
▪ Condutas contrapostas: um contra os outros. Ex.: rixa; 
▪ Condutas paralelas: auxílio mútuo com o mesmo fim. Ex.: 
associação criminosa. 
 De participação necessária: participação necessária de outra pessoa que atua 
como sujeito passivo. Ex.: Rufianismo; 
 Crimes eventualmente coletivos: diversidade de agentes atua como causa de 
majoração da pena. Ex.: furto qualificado. 
 
Quanto ao número de vítimas: 
 Crimes de subjetividade passiva única: uma única vítima. Ex.: lesão corporal; 
 Crimes de dupla subjetividade passiva: duas ou mais vítimas. Ex.: aborto sem 
o consentimento da gestante e violação de correspondência. 
 
Quanto ao grau de intensidade do resultado: 
 Crimes de dano/lesão: consumação = efetiva lesão do bem jurídico. Ex.: 
homicídio; 
 Crimes de perigo: consumação = mera exposição do bem jurídico = 
probabilidade de dano. 
o Perigo abstrato/presumido/simples desobediência: presunção absoluta 
(iuris et de iure). Ex.: tráfico de drogas; 
o Perigo concreto: consumação = comprovação de ocorrência da situação de 
perigo. Ex.: perigo para a vida ou saúde de outrem; 
o Perigo individual: atingem uma pessoa ou nº determinado de pessoas. Ex.: 
perigo de contágio venéreo; 
o Perigo comum/coletivo: atingem nº indeterminado de pessoas. Ex.: 
explosão criminosa; 
o Perigo atual: perigo está ocorrendo. Ex.: abandono de incapaz; 
o Perigo iminente: perigo está perto de ocorrer; 
o Perigo futuro/mediato: perigo futuro. Ex.: porte ilegal de arma de fogo de 
uso permitido ou restrito – tipos penais preventivos. 
 
Quanto ao número de atos executórios: 
 Crimes unissubsistentes: um único ato de execução = consumação. Não admite 
tentativa. Ex.: crime contra a honra praticado com emprego da palavra; 
 Crimes Plurissubsistentes: dois ou mais atos. Ex.: homicídio praticado por 
diversos golpes de faca. 
 
Quanto à forma da conduta: 
 Crimes comissivos/ação: conduta positiva; 
 Crimes omissivos/omissão: conduta negativa; 
o Crimes omissivos próprios/puros: a crime prevê a conduta omissiva. Ex.: 
omissão de socorro; 
o Crimes omissivos impróprios/espúrios/comissivos por omissão: crime 
previsto é comissivo, mas a ação omissiva provoca o resultado 
naturalístico quando descumpre o seu dever jurídico de agir (artigo 13, 
§2º, CP); 
o Crimes omissivos por comissão: ação provocadora da omissão. Não é 
reconhecida. 
 Crimes de conduta mista: fase inicial positiva e fase final omissiva. Ex.: 
apropriação de coisa achada. 
 
Quanto ao modo de execução: 
 Crimes de forma livre: Ex.: ameaça; 
 Crimes de forma vinculada: executados na forma indicada no tipo penal. Ex.: 
crime de perigo de contágio venéreo. 
 
Quanto ao número de bens jurídico atingidos: 
 Crimes mono-ofensivos: ofendem um único bem jurídico. Ex.: furto; 
 Crimes pluriofensivos: ofendem dois ou mais bens jurídicos. Ex.: latrocínio. 
 
Quanto à existência autônoma ou não do crime: 
 Crimes principais: Ex.: estupro; 
 Crimes acessórios/de fusão/parasitários: dependem da prática de um crime 
anterior. Ex.: receptação. 
 
Quanto à necessidade ou não da elaboração de exame de corpo de delito: 
 Crimes transeuntes/de fato transitório: não deixam vestígios. Ex.: ameaça; 
 Crimes não transeuntes/de fato permanente: deixam vestígios. Ex.: homicídio. 
 
Quanto ao local em que se produz o resultado: 
 Crimes à distância/de espaço máximo: conduta e resultado ocorrem em países 
diversos; 
 Crimes plurilocais: conduta e resultado ocorrem em comarcas diversas; 
 Crimes em trânsito: somente uma parte da conduta ocorre em um país, sem 
lesionar ou expor a situação de perigo bens jurídicos de pessoas que nele vivem. 
 
Quanto ao vínculo existente entre dois ou mais crimes: 
 Crimes independentes; 
 Crimes conexos: interligados. A conexão divide-se em: 
o Teleológica/ideológica: assegurar a execução de outro delito; 
o Consequencial/causal: crime cometido para assegurar a 
ocultação/impunidade ou vantagem de outro delito. 
o Ocasional: crime é praticado como consequência da ocasião, da 
oportunidade proporcionada por outro delito (classificação doutrinária). 
 
Quanto à liberdade ou não para iniciar a persecução penal: 
 Crimes condicionados: condição objetiva de procedibilidade; 
 Crimes incondicionados. 
 
Crimes Naturais (mala per se): violam valores éticos absolutos e universais. Ex.: 
homicídio. 
Crimes Plásticos (mala prohibita): não ofendem valores éticos e absolutos. Ex.: crimes 
contra a AdministraçãoPública. 
 Crime vazios: ausência de proteção a qualquer bem jurídico. Ex.: embriaguez ao 
volante em via pública deserta, sem colocar em risco nenhuma outra pessoa. 
 
Crimes de mínimo, médio, elevado e máximo potencial ofensivo: 
 Mínimo: s/ pena privativa de liberdade. Es.: posse de droga para consumo 
pessoal; 
 Menor: pena até 2 anos. Crimes do Juizado Especial Criminal; 
 Médio: pena mínima não ultrapassa 1 ano; 
 Elevado: pena mínima maior que 1 anos e máxima pelo menos de 2 anos. 
 Máximo: hediondos e equiparados e delitos que não se submetem à prescrição.