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Era Vargas Períodos: governo provisório (1930-34), governo constitucional (1934-37) e Estado Novo (período ditatorial - 1937-45). Contexto: Golpe de 1930 (Movimento Tenentista), Crise de 1929 (enfraquecimento dos cafeicultores), ruptura do “Café-com-Leite”, fundação do partido “Aliança Liberal”, fundação do P.C.B. Eleições de 1930: Aliança Liberal (Vargas, P.R.M., tenentistas, burguesia industrial, oligarquias dissidentes, operariado, Partido Democrático (era oposição, mas virou; SP)) X P.R.P. (Júlio Prestes) → vitória de Prestes. Governo provisório: Golpe de Estado; medidas centralizadoras → fechou Congresso Nacional, Assembleias e Câmaras, suspendeu a Constituição, depôs governadores e nomeou interventores aliados ligados ao tenentismo; cria Indústrias Estatais de Base (C.S.N., por exemplo) para agradar a burguesia; café continua importante para a economia → superprodução → governo compra e queima para o preço não cair → criação do Departamento Nacional do Café (administra os rumos da economia cafeeira) → tudo isso demonstra a contínua grande influência dos cafeicultores; incentivo à industrialização com capital nacional (Crise de 1929 diminuiu a disponibilidade de capital estrangeiro no país); elaboração de Leis Trabalhistas para satisfazer o proletariado. Revolução Constitucionalista (9 de julho 1932): SP X Vargas; paulistas exigiam a convocação de uma Assembleia Constituinte → derrotados, porém, em 1933, começaram as eleições para a composição de uma nova Assembleia; MMDC: símbolo paulista: iniciais dos quatro estudantes mortos num protesto; término da revolução três meses depois com a instituição de um armistício; Vargas iniciava uma Assembleia Nacional Constituinte. Obs.: ressignificação do bandeirante em São Paulo. Período constitucional: Getúlio passa a governar o país a partir de eleições indiretas definidas pela Assembleia → Carta Magna de 1934 apontava para direitos como os votos secreto e feminino; criação da Justiça Eleitoral e da Justiça do Trabalho e implantação do salário mínimo, da jornada de trabalho de oito horas, das férias anuais remuneradas e do descanso semanal; por seu uma ameaça a seu poder, o governo declara a ANL ilegal. Constituição de 1934: República Presidencialista Federal, caráter liberal-democrático, voto feminino e secreto. Aliança Nacional Libertadora (ANL) (1935): anti-imperialismo, antifascismo, marxismo e defesa de reformas sociais intensas; liderada por comunistas e inspirada por movimentos populares europeus, defendia a suspensão definitiva do pagamento da dívida externa, a ampliação das liberdades civis, a reforma agrária nos latifúndios improdutivos, a nacionalização de empresas estrangeiras e a instauração de um governo popular; seu presidente era o comunista Luís Carlos Prestes. Intentona Comunista (1935): tentativa de Prestes de depor o presidente Vargas → falta de adesão dos operários e pouca organização → derrota. Foco de rebelião: Rio de Janeiro, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Consequências: Vargas decreta “Estado de Sítio”, Prestes é preso, Plfa é deportada. Ação Integralista Brasileira (AIB): fundada pelo jornalista Plínio Salgado (líder), defendia o "Estado integral" (“integralistas”) e o militarismo, que defendia princípios fascistas, anticomunistas e nacionalistas e a defesa da "regeneração nacional" e de um "Estado forte", com concentração de poderes nas mãos de uma única liderança → apoio de setores da classe média, dos latifundiários, dos industriais, de parte do clero católito e das Forças Armadas; a AIB apoiou o golpe de Vargas em 1937, mas, assim como outros partidos, foi extinta durante o Estado Novo. Plano Cohen (1937): Getúlio queria evitar as eleições de 1938 → forjou a divulgação de um suposto plano que tinha como objetivo a implantação do comunismo no Brasil → Cohen; elaborado por integralistas; documento ironizado para justificar um golpe de estado. Estado Novo: Getúlio suspende a lei máxima do país, institui a ditadura e impõe uma nova Carta Magna; as leis trabalhistas foram responsáveis, em grande parte, pelo apoio e consolidação do poder de Vargas; nova Constituição de 1937 tinha caráter autoritário e centralizador (outorgada: imposta) (intervenção do Estado na economia, ênfase ao sindicalismo em moldes corporativos (pelego: funcionário estatal no controle), fim do parlamento e dos partidos políticos, hipertrofia do executivo, proibição de manifestações políticas, poder concentrado no Exército → criação de uma cadeia política de apoio ao chefe da nação) → conhecida como Polaca por ter sido inspirada na Carta fascista polonesa; criação do Departamento de Imprensa e propaganda (DIP) para exaltar e promover atos governamentais, assim como repreender, censurar e controlar informações, e difundir uma "cultura nacional" (propaganda) → Vargas como "protetor dos pobres"; maior contato com o povo a partir de transmissões de rádio → Hora do Brasil (programa obrigatório em cadeia nacional que relatava os feitos do governo). “Putsch” Integralista (1938): tentativa de assassinar Getúlio Vargas → afasta a extrema direita. Aspectos culturais do Estado Novo: controle sobre a educação, produção de heróis, controle sobre a informação (DIP, imagem de uma nação harmônica, capoeira como símbolo nacional, “domesticação” do samba. Gilberto Freyre “Casa Grande e Senzala” → nega o conceito de raça e considera a mestiçagem positiva (uma interpretação é que Freyre nega o passado escravocrata e a outra, que não) Participação na Segunda Guerra: Brasil neutro nos primeiros anos → aproximação com o Eixo (identificação com o fascismo e étnica-cultural (imigrantes)) → posiciona-se a favor dos Aliados em 1942 (pois financiaram a C.S.N.) → estratégia getulista de manter a neutralidade até ter vantagens econômicas para o Brasil; base naval americana no Nordeste. Política externa dos EUA: “nação-mãe da América", política de boa vizinhança. Destaques na economia: Companhia Siderúrgica Nacional, Companhia Vale do Rio Doce e Fábrica Nacional de Motores. Fim do Estado Novo: contradição no pós-guerra (Brasil ao lado dos EUA e da URSS); criação, em 1943, da C.L.T. (Consolidação das Leis Trabalhistas); Vargas inicia a liberação do regime diante de pressões sociais pela volta da democracia → surgem partidos como PSD, UDN, PTB e PCB. Partido Social Democrático (PSD): criado por Vargas, tinha sua base eleitoral nos industriais, banqueiros e oligarquias agrárias estaduais. União Democrática Nacional (UDN): anticomunistas e opositores de Getúlio: classe média urbana, militares, empresários e profissionais liberais (jornalistas, por exemplo). Partido Trabalhista Brasileiro (PTB): criado por Getúlio e ligado ao sindicalismo do Estado Novo. Partido Comunista Brasileiro (PCB): já existia, voltou à legalidade, líder Luís Carlos Prestes foi anistiado. Queremismo: movimento popular que defendia o adiamento das eleições para manter Getúlio no poder. Obs.: Getúlio continuava popular e com o apoio de trabalhadores urbanos.
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