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Intervenção deIntervenção de TerceirosTerceiros A Intervenção de Terceiros pode ser definida como oportunidade legalmente concedida à pessoa não participante de determinada relação jurídica processual para nela atuar ou ser convocado a atuar, na defesa de interesses jurídicos próprios. I – Assistência; II – Denunciação da lide; III – Chamamento ao processo; IV – Incidente de desconsideração da personalidade jurídica (Novidade); V – Amicus curiae. (Novidade) OBS: No CPC de 1973, o incidente de desconsideração da personalidade jurídica e o amicus curiae não eram consideradas formas de intervenção de terceiros. No lugar dos itens IV e V, havia a nomeação à autoria e a oposição. OBS: O incidente de desconsideração da personalidade jurídica, disciplinado nos artigos 133 ao 137 do NCPC e do Amicus Curiae tratado no artigo 138 deste código. Introdução Intervenção deIntervenção de TerceirosTerceiros Está prevista no artigo 119 do CPC: Art. 119. Pendendo causa entre 2 (duas) ou mais pessoas, o terceiro juridicamente interessado em que a sentença seja favorável a uma delas poderá intervir no processo para assisti-la. Parágrafo único. A assistência será admitida em qualquer procedimento e em todos os graus de jurisdição, recebendo o assistente o processo no estado em que se encontre.” Assistência Simples Para entrar no processo, é preciso demonstrar interesse jurídico. O assistente simples tem uma relação jurídica com o assistido e não com o adversário do assistido. É importante utilizar a nomenclatura correta: Locador — Locatário (assistido) + Sublocatário (assistente, o qual não tem relação jurídica com o adversário do assistido). Orientada pelos art. 121 ao 123 do CPC Assistência Intervenção deIntervenção de TerceirosTerceiros Assistência Litisconsórcial O conceito de assistente litisconsorcial está moldado como a parte no processo que intervém. Nesta forma de intervenção de terceiro o assistente flui como litisconsorte e sentirá, diretamente, os efeitos da coisa julgada, devido a este ter relação direta com a parte adversa do assistido. No caso em menção, o assistente defende o seu direito em litisconsórcio com o assistido, em juízo. A assistência litisconsorcial é definida como uma forma de litisconsórcio unitário facultativo que costuma dar-se no polo ativo, ambiente propício a esta modalidade de terceiro. Trata-se de modalidade de intervenção de terceiro espontânea, isto é, o terceiro se transforma em litisconsórcio assistido, sendo seu tratamento deferido de forma igual ao assistido. Orientada pelo art. 124 do CPC Assistência Intervenção deIntervenção de TerceirosTerceiros Aspectos Processuais importantes da Assistências Os pedidos de assistência poderão ser indeferidos liminarmente na hipótese de o pedido ser inadmissível ou de manifesta improcedência. Caso não sejam indeferidos, as partes terão o prazo de 15 dias para manifestação, não suspenderá o curso do processo, sendo que se admitido, o assistente passará a atuar a partir do acolhimento do incidente. Após o trânsito em julgado da decisão, o assistente não poderá mais discuti-la, ficando impedido de suscitar as questões que já foram enfrentadas em outro processo futuro. Há apenas duas exceções contidas no artigo 123 do CPC: I - pelo estado em que recebeu o processo ou pelas declarações e pelos atos do assistido, foi impedido de produzir provas suscetíveis de influir na sentença; II - desconhecia a existência de alegações ou de provas das quais o assistido, por dolo ou culpa, não se valeu. Assistência Intervenção deIntervenção de TerceirosTerceiros A denunciação a lide encontra amparo no direito regressivo da parte que traz o terceiro eventualmente responsável pelo ressarcimento dos danos ocasionados pelo processo. A doutrina classifica este tipo de intervenção de terceiros como uma denunciação coercitiva. Diz-se que é Incidente: pois instaurada em processo já existente; Regressiva: eis que fundada no direito de regresso da parte; Eventual: porque relaciona-se com a demanda originária e no caso de se constatar que não houve dano ao denunciante, a denunciação não terá sentido; e Antecipada: considerando a economia processual. O terceiro terá qualidade de parte, sendo vinculado à relação jurídica, se sua participação for requerida tempestivamente pelo Autor ou Réu e desde que citado regularmente. Denunciação da Lide Intervenção deIntervenção de TerceirosTerceiros A denunciação tem cabimento em duas hipóteses, previstas no artigo 125 do CPC: I - ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam; II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo. Denunciação a lide pelo comprador evicto Supondo que haja um imóvel em litígio entre dois particulares e um deles aliena o imóvel a terceiro. Posteriormente, é proferida decisão que determina que a casa é de quem não a alienou. Assim, o adquirente perde o imóvel, ocorrendo a evicção. Dessa forma, o adquirente, ora evicto, pode denunciar a lide em face do alienante. Denunciação da Lide https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28895450/inciso-i-do-artigo-125-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28895448/inciso-ii-do-artigo-125-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015 Intervenção deIntervenção de TerceirosTerceiros Denunciação do obrigado por lei ou contrato a indenizar regressivamente a parte Tem abrangência ampla, cabendo em qualquer hipótese de direito regressivo previsto em lei ou contrato, por exemplo, contrato de seguro. A denunciação torna o denunciante e o denunciado litisconsortes na ação originária e na secundária. O denunciante é adversário do secundário, mas vale dizer que o denunciado não é titular do direito na demanda principal. Denunciação sucessiva Ocorre caso um denunciado na demanda originária denuncie também um terceiro. Esta denunciação só será admitida uma vez, evitando assim, inúmeras denunciações. Denunciação da Lide Intervenção deIntervenção de TerceirosTerceiros É espécie coercitiva de intervenção de terceiros que não depende de concordância, sendo que a mera citação válida será suficiente para integrar o chamado ao processo. Deve ser feita dentro do prazo legal, previsto no artigo 131 do CPC, sob pena de preclusão. São três as hipóteses de cabimento para esta modalidade de intervenção de terceiros previstas no artigo 130 do CPC: Chamamento do devedor: quando acionado o fiador, que serão responsáveis solidariamente pelo cumprimento da obrigação principal; Dos demais fiadores: quando a ação for proposta apenas contra um deles; Dos demais devedores solidários: quando o credor exigir de um ou de alguns o pagamento da dívida. Chamamento ao Processo Intervenção deIntervenção de TerceirosTerceiros Trata-se de uma modalidade de intervenção de terceiros que permite, incidentalmente ao processo, desconsiderar a personalidade jurídica e, desse modo, conseguir responsabilizar pessoalmente o integrante da pessoa jurídica (sócio ou administrador) nos casos em que a lei material o autoriza. É uma novidade trazida pela codificação atual e que não era encontrada no diploma anterior (a Lei 5.869/1976). É condicionada ao pedido da parte ou do Ministério Público, devendo preencher os pressupostos previstos em lei, tais como: abuso de personalidade jurídica pelo desvio de finalidade, confusão patrimonial, entre outros. O pedido incidental é cabível em qualquer momento do processo. Após a sua instauração, o sócio será citado a se manifestar e requerer a produção das provas cabíveis no prazo de 15 dias, sendo o incidente resolvido por decisão interlocutória. Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica Intervenção deIntervenção de TerceirosTerceiros A figura do amicus curiae origina do direito romano, desenvolvendo-se no direito norte americano para que um terceiro contribua com o juízona formação do seu convencimento. Ou seja, atua no sentido de melhorar a qualidade da prestação jurisprudencial, considerando seus conhecimentos da matéria tratada, não havendo interesse jurídico na solução da demanda, mas sim o auxílio para que seja proferida a melhor decisão. Considerando a especificidade da demanda ou a repercussão geral da controvérsia, pode ser requerido pelas partes, de ofício ou de quem pretenda se manifestar. O amicus curiae não pode recorrer da decisão por não ter interesse recursal, manifestando-se comumente de forma escrita ou sustentando oralmente. Amicus Curiae https://www.aurum.com.br/blog/o-que-e-jurisprudencia/
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