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Trabalho de Direito Processual - Intervenção de Tercerios

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Prévia do material em texto

1 
 
FACULDADE SANTA TERESA 
 CURSO DE DIREITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANAUS-AM 
2020 
2 
 
JAMARIAN COTA RIKER 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANAUS-AM
2020 
Trabalho ministrado pela Professor 
Dr. Rafael Almeida Cró Brito, da 
disciplina de Direito Processual Civil I, 
como requisito parcial para 
composição de nota bimestral, na 
ADP2. 
3 
 
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS 
 
Como início e para entendermos o tema, primeiro é necessário esclarecer o 
que vem a ser a Intervenção de Terceiros. Nada mais é, do que uma oportunidade 
legalmente concedida àqueles que não participam da relação jurídica processual, 
adentrar ao processo ou ser convocado, na defesa de interesses jurídicos próprios. 
No Novo Código de Processo Civil, sancionado e em vigor desde 2015, a 
Intervenção de Terceiros está na parte geral do código, especificamente no Art. 119, 
portanto, na parte geral do CPC. Desta forma, é aplicável a todos os procedimentos. 
As modalidades de Intervenção de Terceiros do Novo CPC são: 
 Assistência; 
 Denunciação da Lide; 
 Chamamento ao processo; 
 Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica; 
 Amicus Curiae. 
É importante que se diga também, que a doutrina divide as Intervenções em 
Espontâneas e Provocadas, entende-se que as Intervenções de Terceiros 
Espontâneas são aquelas de iniciativa de terceiros que não façam parte da relação 
processual, sendo o caso da Assistência e do Amicus Curiae. 
Entende-se por Intervenções de Terceiros Provocadas aquelas que ocorre 
quando uma das partes do processo, chama um terceiro estranho à relação para 
integrá-la, assim, as modalidades de Denunciação da Lide, Chamamento ao 
Processo e Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica e o Amicus 
Curiae, este último sendo considerado uma figura híbrida. 
Agora que entendemos o que é a Intervenção de Terceiros, podemos passar 
a analisar as modalidades. 
 Assistência 
A assistência é uma modalidade de intervenção onde um terceiro interessado, 
alheio ao processo, espontaneamente solicita ingresso no processo para auxiliar 
uma das partes, pelo seu próprio interesse. 
Esta modalidade pode ser admitida em qualquer procedimento e em todos os 
graus de jurisdição. 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10728498/artigo-119-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15
4 
 
Quando um terceiro faz o pedido de assistência, as partes têm o prazo de 15 
dias para impugnar o pedido, se houver impugnações pelas partes, o juiz decidirá o 
incidente sem suspender o processo. 
Caso não haja impugnação pelas partes no prazo, ou ainda, se não for o caso 
de rejeição liminar (quando faltar ao terceiro, interesse jurídico) o pedido será 
deferido e o assistente ingressará no processo, sem a repetição de atos já 
realizados, ou seja, o processo seguirá a partir daquele momento. 
A assistência aceita dois tipos: Simples e Litisconsorcial. 
 Assistência Simples 
Quando um terceiro interessado deseja auxiliar uma das partes da vitória do 
feito, este deve fazer o pedido de assistência simples, desta forma, exercerá os 
mesmos poderes e estará sujeito aos mesmos ônus processuais que o assistido, 
então, se o assistido não recorrer sobre determinada decisão, o assistente também 
não poderá recorrer. 
Entretanto, embora a atuação do assistente seja limitada aos atos praticados 
pelo assistido, o assistente também poderá ser considerado substituto processual 
do assistido em caso de revelia ou omissão. 
Cabe ressaltar que, ainda que haja a Assistência simples, a parte principal 
poderá reconhecer a procedência do pedido, desistir da ação ou renunciar ao direito 
que se funda a ação ou transigir sobre direitos incontroversos. 
Em havendo o trânsito em julgado da sentença do processo em que o 
assistente interviu, este não poderá discutir na justiça a decisão em processo 
posterior salvo se alegar e provar que, foi impedido de produzir provas suscetíveis 
de afetar o resultado da sentença em decorrência do estado em que recebeu o 
processo ou pelas declarações e pelos atos do assistido e no caso de provar que 
desconhecia a existência de alegações ou de provas das quais o assistido, por dolo 
ou culpa, não se valeu. 
A assistência simples está disciplinada nos Arts. 121 à 123 do NCPC. 
 Assistência Litisconsorcial 
A Assistência Litisconsorcial estará configurada quando o terceiro intervir no 
processo com a intenção de formar um litisconsórcio ulterior (posterior), sempre que 
a sentença irá influir na relação jurídica entre ele e o adversário do assistido. 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/28895466/artigo-121-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/28895460/artigo-123-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15
5 
 
Isto ocorre, pois, o assistente litisconsorcial tem relação direta com a parte 
adversa do assistido. Neste caso o assistente defende o próprio direito em juízo, em 
litisconsórcio com o assistido. 
Um exemplo claro desta situação é uma ação de despejo entre locador e 
locatário, e que ainda há um contrato de sublocação. Neste caso, o sublocatário 
poderá intervir como assistente litisconsorcial do locatário, já que será influenciado 
pelo resultado da sentença a ser proferida na demanda. 
Esta subdivisão da assistência está disciplinada no Art. 124 do NCPC. 
 Denunciação da Lide 
A Denunciação da Lide (Arts. 125 a 129) é a modalidade de intervenção 
provocada onde o Autor e Réu pretendem resolver demanda regressiva contra um 
terceiro, onde aquele que eventualmente perder a demanda já aciona um terceiro 
para que este o indenize em ação de regresso. Simplificadamente, pode-se dizer 
que a Denunciação da Lide nada mais é do que uma ação de regresso incidente a 
um processo já existente. 
Há uma inovação nesta modalidade, no NCPC, ao deixar de torná-la 
obrigatória, e sendo cabível apenas em duas hipóteses: 
 Ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi 
transferido para denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que dá evicção 
lhe resultam, neste caso, é permitido uma única denunciação sucessiva, promovida 
pelo denunciado, contra seu antecessor imediato da cadeia dominial ou quem seja 
responsável por indenizá-lo, não podendo o denunciado sucessivo promover nova 
denunciação; 
 Àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em 
ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo. 
O NCPC ainda traz uma novidade, pois, caso a denunciação da lide seja 
indeferida, deixe de ser promovida ou não for permitida, o direito regressivo poderá 
ser exercido por ação autônoma que poderá ser distribuída por dependência. 
O direito de regresso também poderá ser discutido em ação autônoma 
quando, na denunciação sucessiva, no caso do denunciado sucessivo, quer não 
pode promover nova denunciação. 
Ao que diz respeito a citação do denunciado, esta deverá ser requerida na 
petição inicial, sendo o denunciante o autor ou na contestação no caso de o 
denunciante ser o réu, sendo este o momento processual para exerce-la. 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/28895454/artigo-124-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15
6 
 
Sendo deferido, o juiz, de ofício, mandará proceder a respectiva anotação pelo 
distribuidor nos termos do parágrafo único do artigo 286 do NCPC. 
No caso de a denunciação ser feitapelo autor, o denunciado poderá assumir 
a posição de litisconsorte do denunciante e acrescentar novos argumentos à petição 
inicial, devendo ser procedida à citação do réu. 
Porém sendo ela feita pelo réu, o artigo 128 do NCPC, traz 3 consequências 
que podem ocorrer: 
 Denunciado contestar o pedido do Autor: nesta hipótese, o processo 
prosseguirá, formando na ação principal um litisconsórcio entre o denunciante e 
denunciado; 
 Denunciado for revel: ocorrendo tal situação, o denunciante poderá 
deixar de prosseguir com sua defesa, eventualmente oferecida, bem como abster-
se de recorrer, restringindo sua atuação à ação regressiva; 
 Denunciado confessar os fatos alegados pelo autor na ação principal: 
neste caso, o denunciante poderá prosseguir com sua defesa ou, aderindo a tal 
reconhecimento, pedir apenas a procedência da ação de regresso. Todavia, pontua-
se que a confissão do denunciado não prejudica a defesa do denunciante (réu) na 
ação contra o autor 
O julgamento da demanda principal será conjunto com a denunciação à lide, 
e, sendo o pedido da ação principal julgado procedente, poderá o autor requerer o 
cumprimento da sentença também contra o denunciado, nos limites da condenação 
deste na ação regressiva. 
A denunciação da lide, embora seja ação autônoma, possui dependência em 
relação à ação principal, ou seja, só haverá necessidade de julgar a denunciação se 
a ação principal for julgada contra o denunciante, situação em que o juiz terá que 
analisar o direito de regresso do denunciante e, relação ao denunciado. 
Em relação a sucumbência, se a ação principal foi improcedente, então 
significa que a denunciação da lide foi desnecessária e assim o denunciante pagará 
as verbas de sucumbência em relação ao denunciado. 
Por fim, pontua-se que, com o NCPC, não é mais cabível a denunciação per 
saltum, ou seja, quando o adquirente, denominado evicto, quiser exercer os direitos 
resultantes da evicção, poderá notificar qualquer componente da cadeia negocial, 
ou seja, o alienante imediato ou alienantes mediatos, demandando assim em face 
daquele que não possui qualquer relação jurídica de direito. 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/28894165/par%C3%A1grafo-1-artigo-286-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/28894174/artigo-286-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/28895438/artigo-128-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15
7 
 
 Chamamento ao Processo 
O Chamamento ao Processo, é o direito do réu de chamar para ingressar no 
polo passivo da ação, os corresponsáveis por determinada obrigação. 
Diferencia-se da Denunciação da Lide, pois a Denunciação da Lide se tem a 
ação de regresso e deve-se demonstrar que o denunciado é que deverá responder 
pela condenação, por outro lado, no Chamamento ao Processo, a condenação é 
solidária. 
Apenas o réu pode se utilizar desta modalidade, portanto, não é obrigatória e 
visa a economia processual, já que não é necessário um novo processo de cognição 
exauriente par regular a corresponsabilidade. 
Cabe o Chamamento ao Processo nas seguintes hipóteses: 
 Do afiançado, na ação em que o fiador for réu; 
 Dos demais fiadores, na ação proposta contra um ou alguns deles; 
 Dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de 
alguns o pagamento da dívida comum. 
O chamamento ao processo deve ser realizado pelo réu no ato da 
contestação, sob pena de preclusão. Se não realizar o pedido na contestação, em 
caso de sucumbência, terá que ajuizar nova ação contra os corresponsáveis. 
Além disso, a citação deverá ser promovida em 30 dias sob pena de ficar sem 
efeito o chamamento, este prazo é peremptório, e corre a partir do despacho do juiz 
que deferir a citação dos corresponsáveis. O prazo de 30 dias, não é para a 
realização do ato em si, mas sim para que o réu cumpra as condições necessárias 
a realização da citação, como por exemplo o pagamento de custas, cópias, 
endereços e etc. 
A sentença de procedência valerá como título executivo em favor do réu que 
satisfizer a dívida, para que possa exigi-la integralmente do devedor principal ou de 
cada um dos codevedores na proporção da sua quota. 
 Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica 
A desconsideração da personalidade jurídica é um instituto previsto no Código 
de Defesa do Consumidor (art. 28) e no Código Civil (art. 50), que permite o acesso 
ao patrimônio particular dos sócios, para adimplir as obrigações assumidas pela 
sociedade, quando a pessoa jurídica houver sido utilizada abusivamente, como no 
caso de desvio de finalidade, confusão patrimonial, liquidação irregular, dentre 
outros. 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91585/c%C3%B3digo-de-defesa-do-consumidor-lei-8078-90
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91585/c%C3%B3digo-de-defesa-do-consumidor-lei-8078-90
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
8 
 
Este instituto também contempla a Desconsideração da Personalidade 
Jurídica Inversa, que nada mais é do que o acesso ao patrimônio da sociedade para 
adimplemento das obrigações pessoais do sócio. 
Tal incidente é cabível em todas as fases do processo de conhecimento, no 
cumprimento de sentença e na execução de título extrajudicial, sendo instaurado a 
pedido da parte ou do Ministério Público, nos casos em que lhe couber intervir no 
processo, devendo haver para tanto, a observância dos requisitos legais dos 
artigos 28 do CDC e/ou 50 do Código Civil. 
Uma vez instaurado, o incidente deverá ser imediatamente comunicado ao 
distribuidor para as anotações devidas e qualquer alienação feita após isso, será 
considerada fraude à execução. 
Vale ressaltar que tal modalidade de intervenção terá grande impacto na área 
empresarial, sobretudo na recuperação judicial, pois em havendo o concurso de 
credores, aquele que pedir por primeiro o incidente também terá a preferência sobre 
os bens encontrados. 
Outro ponto que merece ser destacado é que, embora o Novo CPC não traga 
isso de forma expressa, no incidente de desconsideração é cabível o pedido das 
tutelas provisórias de urgência, isso porque como estas estão dispostas na parte 
geral do Código, têm aplicabilidade a todas as fases e procedimentos do Diploma, 
contanto que preenchidos seus requisitos para ser concedida, devendo apenas o 
pedido ser feito. 
A instauração do incidente será dispensada se a desconsideração da 
personalidade jurídica for requerida na petição inicial, hipótese em que o sócio ou 
pessoa jurídica será citado. O sócio ou pessoa jurídica será citado para manifestar-
se e requerer as provas cabíveis no prazo de 15 dias. É importante ressaltar que, 
para se evitar problemas, como a possível dilapidação do patrimônio ou a ocultação 
de bens, com o contraditório prévio trazido pelo artigo 135, é recomendável pedir 
juntamente com o incidente a tutela antecipada, por exemplo, no pedido do incidente 
já pedir em sede de tutela de urgência o bloqueio on-line dos bens. 
Uma vez citado, o sócio ou pessoa jurídica será parte no processo, e não pode 
mais se defender por meio de Embargos de Terceiro, apenas pela manifestação a 
que diz respeito o Art. 135 do NCPC, onde poderá se defender seja demonstrando 
que não estão presentes os requisitos para a desconsideração, manifestando-se no 
sentido de obter provimento jurisdicional favorável ao responsável originário, bem 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10603962/artigo-28-da-lei-n-8078-de-11-de-setembro-de-1990
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91585/c%C3%B3digo-de-defesa-do-consumidor-lei-8078-90
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10727101/artigo-50-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/28895391/artigo-135-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15
9 
 
como em nome dos princípios do contraditório, ampla defesa e devido processo 
legal, alegar outras matérias afetas ao mérito do incidente, tais como excesso de 
execução, cálculos incorretos, dentre outros. 
Finda a instrução o incidente será resolvido, em regra, por decisão 
interlocutória que pode ser recorrida mediante o recurso de Agravo de Instrumento, 
nos termos do artigo 1015 do NCPC. Porém caso a decisão que resolver o incidente 
for proferida pelo relator, caberá o recurso de Agravo Interno. 
Finalmente, uma vez acolhido o pedido de desconsideração, a alienação ou 
oneração de bens, havida em fraude à execução, será ineficaz em relação ao 
requerente. 
 Amicus Curiae 
Outra novidade trazida pelo NCPC, o Amicus Curiae é uma modalidade de 
intervenção, tanto espontânea quanto provocada, onde um terceiro, sem interesse 
jurídico, irá instruir o poder judiciário para que a decisão por este proferida seja mais 
qualificada, motivada. Ou seja. O Amicus Curiae irá qualificar o contraditório 
trazendo mais subsídios para a decisão do juiz, apresentando dados proveitosos à 
apreciação da demanda, defendendo, para tanto, uma posição institucional. 
A partir do Novo Código, tal intervenção pode ser aplicada em todos os graus 
de jurisdição. 
Ressalta-se que o Amicus Curiae não pode ter interesse jurídico na causa, 
apenas institucional, pois se assim fosse, estaríamos diante de outra modalidade de 
intervenção, a Assistência. 
Será admitido pelo juiz ou relator, considerando a relevância da matéria, a 
especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social da controvérsia, 
de ofício ou a requerimento das partes, mediante decisão irrecorrível, cabendo ao 
juiz ou relator definir os poderes do Amicus Curiae. 
Pode funcionar como amicus curiae pessoa natural ou jurídica, órgão ou 
entidade especializada, com representatividade adequada que tenha conhecimento 
sobre o assunto objeto do processo com a finalidade de fornecer elementos ao 
julgador para que possa proferir uma decisão que leve em consideração os 
interesses da sociedade. 
Tal intervenção não implica em alteração de competência nem autoriza a 
interposição de recurso, salvo o caso de Embargos de Declaração ou no caso da 
decisão julgar o incidente de resolução de demandas repetitivas. 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/28887392/artigo-1015-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15
10 
 
Procedemos com a elaboração de um quadro sinóptico, permitindo uma 
melhor visualização desse novo título, na próxima página: 
 
 
11 
 
 
ASSISTÊNCIA 
INCIDENTE DE 
DESCONSIDERAÇÃO 
DA PERSONALIDADE 
JURÍDICA 
 
INTERVENÇÃO DE 
AMICUS CURIAE 
 
DENUNCIAÇÃO DA 
LIDE 
 
CHAMAMENTO AO 
PROCESSO 
 
 
 
 
 
 
QUEM PODE 
REQUERER 
 
 
 
 
Na simples, o terceiro 
que tenha interesse 
jurídico na causa. Na 
litisconsorcial, o subs- 
tituído processual. 
 
 
Deve ser requerida pela 
parte ou pelo Ministério 
Público. O requerimento 
é feito pelo credor que 
queira estender a 
responsa-bilidade 
patrimonial a sócio, no 
caso de desconsidera- 
ção direta ou pessoa 
jurídica, no caso da 
inversa. 
 
Terceiro que, não 
sendo titular de 
interesse próprio, 
discutido no processo, 
mas seja portador de 
um interesse 
institucional, poderá 
manifestar-se, trazendo 
ao julgador informações 
relativas à questão 
jurídica discutida, no 
sentido de se aprimorar 
o julgamento. 
 
 
 
 
O autor e o réu que 
tenham direito de 
regresso e que o 
queiram exercer no 
mesmo processo. 
 
 
 
 
 
 
O réu fiador ou devedor 
solidário. 
 
 
INICIATIVA DA 
INTERVENÇÃO 
 
 
É sempre do terceiro, 
que espontaneamente 
requer o seu ingresso 
em processo alheio. 
 
 
Forma de intervenção de 
terceiros provocada. 
 
Pode ser determinada 
de ofício pelo juiz, 
requerida por qualquer 
das partes, ou 
determinada a pedido 
do próprio terceiro. 
 
 
Intervenção provocada 
pelo autor ou pelo réu. 
 
 
Intervenção provocada 
pelo réu. 
 
Há duas formas de 
assistência: a simples e 
a litisconsorcial. A 
primeira cabe quando o 
terceiro tem relação 
jurídica com uma das 
partes, distinta daquela 
que está sendo 
 
Tem natureza de ação 
incidente, embora a lei 
se refira a ele como 
incidente. Cabe em 
qualquer fase do 
processo de conheci- 
mento, no cumprimento 
de sentença ou em 
 
Cabe em razão da 
relevância da matéria 
discutida, da especi- 
ficidade do tema objeto 
da demanda ou da 
repercussão social da 
controvérsia, quando se 
queira aprimorar o 
 
Tem natureza da ação 
e serve para o exercício 
do direito de regresso, 
nos casos de risco de 
evicção e quando 
houver direito de 
regresso decorrente de 
lei ou de contrato 
 
Cabe quando o credor 
demanda apenas o 
fiador que chama ao 
processo devedor 
principal; ou apenas um 
deles, que chamará ao 
processo os demais; ou 
um dos devedores 
12 
 
 
 
 
 
 
 
 
CABIMENTO 
discutida, mas que 
poderá ser afetada pela 
decisão. Em suma, 
quando o terceiro tem 
interesse jurídico. A 
litisconsorcial cabe 
quando há legitimidade 
extraordinária, pois 
quem pode figurar como 
tal é o substituído. 
execução por título 
extrajudicial quando, 
preenchidas as 
exigências do direito 
material, a parte ou o 
Ministério Público 
quiserem estender a 
responsabilidade 
patrimonial por dívida a 
sócio ou pessoa jurídica, 
em decorrência do uso 
abusivo de pessoa 
jurídica para prejudicar 
credores. 
julgamento, colhendo 
manifestação de 
portador de interesse 
institucional, com 
representatividade 
adequada. 
 solidários, que fará 
chamamento dos 
restantes. Cabe, ainda, 
na hipótese do art. 
1.698 do Código 
Civil, em que devedor 
de alimentos pode 
acionar os coobrigados 
ou devedores 
imediatos. 
 
 
 
 
 
EFEITOS 
 
 
O assistente simples que 
for admitido será atingido 
pela justiça da decisão, 
salvo se ingressar em 
fase tão avançada ou 
tiver a sua atuação de tal 
forma cerceada, que não 
puder influir no 
resultado. Aquele que 
pode intervir como 
assistente litisconsorcial 
será atingido pela coisa 
julgada, intervindo ou 
não. 
 
 
 
 
 
Acolhido o incidente, 
haverá a possibilidade 
de, na execução, ser 
atingida a esfera patri- 
monial do sócio ou da 
pessoa jurídica, a quem 
foi estendida a 
responsabilidade. 
 
 
 
O amicus curiae emitirá 
uma manifestação ou 
opinará a respeito da 
questão jurídica posta 
em juízo e da reper- 
cussão sobre o 
interesse institucional 
de que ele é portador 
para que o julgador 
tenha mais elementos 
sobre o tema no 
momento de julgar. 
 
 
Se a denunciação da 
lide é feita pelo réu, em 
caso de proce-dência, 
cumprirá ao juiz 
verificar se ele tinha ou 
não direito de regresso 
em face do denunciado. 
Mas, em caso de 
improcedência, a 
denunciação ficará 
prejudicada e deverá 
ser extinta sem 
resolução de mérito. Se 
requerida pelo autor, 
caso a ação principal 
seja procedente, a 
denunciação ficará 
prejudicada. 
 
 
Em caso de 
procedência, chamante 
chamado serão 
condenados. Na fase 
executiva, credor 
poderá cobrar de 
qualquer um deles, 
salvo se se tratar de 
fiador com benefício de 
ordem, que pode exigir 
primeiro excussão de 
bens do devedor 
principal. O que pagar 
integralmente dívida, 
sub-roga-se nos 
direitos do credor. 
13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARTICULARIDADES 
 
 
 
O assistente simples não 
é titular da relação 
discutida em juízo, mas 
de uma relação com ela 
interligada. Por isso, não 
tem os mesmos poderes 
que a parte, já que esta 
pode vetar os atos do 
assistente que não lhe 
conve-nham. Já o 
assistentelitisconsorcial 
é verdadeiro litiscon- 
sorte facultativo unitário 
ulterior, tendo os 
mesmos poderes que o 
litisconsorte unitário. 
Apenas passa a integrar 
o processo na fase em 
que se encontra quando 
do seu ingresso. 
 
 
Não pode haver 
confusão entre o objeto 
da ação e objeto do 
pedido de desconside- 
ração. As pretensões 
são distintas. O acolhi- 
mento da desconsi- 
deração não transforma 
o sócio ou a pessoa 
jurídica em codevedores, 
mas apenas estende a 
eles a responsabilidade 
patrimonial, o que 
significa que, se na fase 
de execução, não forem 
encontrados bens do 
devedor para fazer 
frente ao débito, o juiz 
poderá autorizar a 
penhora de bens do 
sócio ou da empresa 
responsabilizada. 
 
 
 
 
 
É forma de intervenção 
de terceiros muito 
particular, porque o 
terceiro não figurará 
como parte nem como 
auxiliar da parte, mas 
como auxiliar do juízo. 
Por isso, sua 
intervenção fica 
limitada à emissão de 
manifestação ou 
opinião sobre 
determinada questão 
jurídica que lhe é 
apresentada. 
 
Tem predominado o 
entendimento de que 
não cabe a 
denunciação da lide 
quando ela introduza 
um fundamento fático 
novo, que exija a 
produção de provas 
que não seriam 
necessárias sem a 
denunciação. 
Afinal, ela não pode 
prejudicar o adversário 
do denunciante, a 
quem o direito de 
regresso não diz 
respeito. Por isso, tem- 
se indeferido a 
denunciação da 
Fazenda ao funcionário 
público, quando aquela 
estiver fundada em 
responsabilidade 
objetiva e esta apontar 
culpa do funcionário, 
que exija provas. 
 
 
Havia importante 
controvérsia a respeito 
da posição dos 
chamados ao processo, 
pois há corrente 
doutrinária que 
sustenta que eles não 
figurariam como 
litisconsortes, mas 
formariam uma nova 
relação, desta feita 
entre os chamantes e 
os chamados. Tal 
corrente, conquanto 
respeitável, não foi 
acolhida pelo nosso 
ordenamento jurídico, 
tendo em vista o art. 
131, que estabelece 
que os chamados serão 
litisconsortes do 
chamante. 
 
 
 
 
PROCEDIMENTO 
 
A assistência pode ser 
requerida em qualquer 
fase de processo e grau 
de jurisdição, mas o 
assistente tomará o 
processo no estado em 
que se encontra. O juiz 
 
A desconsideração pode 
ser requerida já na 
inicial. Mas nesse caso 
não haverá intervenção 
de terceiro, mas ação 
contra o sócio ou pessoa 
jurídica, para que o juiz 
 
O juiz de ofício ou a 
requerimento das 
partes ou do terceiro 
admitirá a intervenção 
por decisão irrecorrível 
e intimará o amicus 
curiae a manifestar-se, 
 
Feita pelo réu, deve ser 
apresentada no prazo 
de contestação. O juiz 
mandará citar o 
denunciado que poderá 
apresentar contesta- 
ção. Formar-se-á um 
 
É sempre requerido 
pelo réu, no prazo de 
resposta, entre o 
chamante e os 
chamados, formar-se 
um litisconsórcio 
facultativo simples. O 
14 
 
 ouvirá as partes e se 
houver impug-nação, no 
prazo de quinze dias, 
decidirá o incidente, sem 
suspensão do processo. 
lhes reconheça a 
responsabilidade. 
Quando se tratar de 
intervenção, o sócio ou 
pessoa jurídica deverá 
ser citado, para 
manifestar-se e requerer 
as provas cabíveis no 
prazo de 15 dias. O juiz 
colherá as provas que 
entender necessárias e 
decidirá o incidente. 
Contra a decisão cabe 
agravo de instrumento. 
definindo os seus 
poderes. O amicus 
curiae não pode 
recorrer, exceto para 
opor embargos de 
declaração, ou contra 
decisão que julgar 
incidente de resolução 
de demandas 
repetitivas. 
litisconsórcio em face 
da parte contrária 
(embora exista corrente 
que defenda a 
existência de 
assistência simples). 
Ao final, será proferida 
sentença conjunta. Se 
for feita pelo autor, 
deve ser requerida na 
inicial. O juiz mandará 
citar o denunciado, que 
poderá acrescentar 
novos argumentos à 
inicial (pedido principal) 
e contestar a 
denunciação. 
chamamento não é 
obrigatório e o réu que 
não o fizer poderá 
cobrar o que lhe é 
devido em ação 
autônoma. No entanto, 
sem o chamamento, o 
fiador perde o benefício 
de ordem. 
 Fonte: Elaborado pelo autor, 2020 
 
15 
 
REFERENCIAS 
 
GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios. Direito Processual Civil Esquematizado - 9. 
ed. - São Paulo: Saraiva Educação, 2018 
 
Intervenção de terceiros, disponível em 
https://direitocontemporaneo.jusbrasil.com.br/artigos/367850871/intervencao-
de-terceiros-no-novo-cpc acesso: 29 de mai. de 2020 às 21:50min 
 
Intervenção de terceiros, disponível em 
https://amandanonn.wordpress.com/2018/03/27/intervencao-de-terceiros-novo-
codigo-de-processo-civil/ acesso: 30 de mai. de 2020 às 08:59min 
 
Intervenção de terceiros, disponível em https://blog.sajadv.com.br/intervencao-
de-terceiros/ acesso: 30 de mai. de 2020 às 11:21min 
 
 
 
 
 
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https://amandanonn.wordpress.com/2018/03/27/intervencao-de-terceiros-novo-codigo-de-processo-civil/
https://amandanonn.wordpress.com/2018/03/27/intervencao-de-terceiros-novo-codigo-de-processo-civil/
https://blog.sajadv.com.br/intervencao-de-terceiros/
https://blog.sajadv.com.br/intervencao-de-terceiros/

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