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LIBRAS- LÍNGUA BRASILEIRA 
DE SINAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELO HORIZONTE - MG 
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Sumário 
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 3 
2 LÍNGUA DE SINAIS .................................................................................................................................. 4 
3 SURDEZ .................................................................................................................................................... 4 
3.1 Caracterizando a surdez ....................................................................................................................... 4 
3.2 Quem são os SURDOS? ......................................................................................................................... 5 
3.4 Desmistificando os estereótipos .......................................................................................................... 6 
4 BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO DOS SURDOS ..................................................................................... 6 
Idade contemporânea até os nossos dias .................................................................................................. 8 
5 ELEMENTOS QUE FAZEM PARTE DA CULTURA SURDA. ......................................................................... 10 
6 FILOSOFIAS EDUCACIONAIS PARA SURDO E LEGISLAÇÃO. .................................................................... 11 
6.1 Oralismo ............................................................................................................................................. 11 
6.2 Comunicação total ............................................................................................................................. 11 
6.3 Bilinguismo ......................................................................................................................................... 12 
7 O TRADUTOR/INTERPRETE DE LIBRAS EDUCACIONAL ........................................................................... 13 
8 LEGISLAÇÃO........................................................................................................................................... 14 
9 ASPECTOS LINGUÍSTICOS E GRAMATICAIS ............................................................................................ 18 
9.1 Linguagem ....................................................................................................................................... 19 
9.2 Língua ............................................................................................................................................... 19 
10 PARÂMETROS FONOLÓGICOS ............................................................................................................. 19 
10.1 Configuração de mãos: ..................................................................................................................... 20 
10.2 Ponto de articulação: ....................................................................................................................... 21 
10.3 Movimento ....................................................................................................................................... 22 
10.4 Orientação/direcionalidade: ............................................................................................................ 22 
11 Fonologia das línguas de sinais ............................................................................................................ 23 
13 VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS ................................................................................................................... 24 
13.1 Mudanças históricas: ....................................................................................................................... 25 
14 ICONICIDADE E ARBITRARIEDADE ...................................................................................................... 26 
14.1 Sinais Icônicos .................................................................................................................................. 26 
14.2 Sinais Arbitrários .............................................................................................................................. 27 
15 DATILOLOGIA É O ALFABETO MANUAL ............................................................................................... 27 
16 NUMERAIS ........................................................................................................................................... 29 
17 SINAIS E PRÁTICA DE CONVERSAÇÃO BÁSICA EM LIBRAS. .................................................................. 31 
 
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1 INTRODUÇÃO 
A LIBRAS se destaca por ser uma língua de modalidade visual espacial, foi 
desenvolvida pelas comunidades surdas do Brasil, por meio de aspectos culturais e 
indenitários. Como toda língua, a LIBRAS é dinâmica e está sempre em processo de 
desenvolvimento e ampliação. É reconhecida na legislação brasileira como língua 
oficial da comunidade surda, assim como a Língua Portuguesa é para os ouvintes. 
Um aspecto a ser considerado é que a linguagem humana pertence a todo ser 
humano, ou seja, no convívio de uma comunidade, os indivíduos aprendem a sua 
língua, e esta linguagem é fundamental para a socialização da criança, já que é um 
instrumento importante para a comunicação, que ocorre de diversos modos: fala 
escrita, gestos, expressões faciais etc. Portanto, para o indivíduo surdo, a língua de 
sinais é uma linguagem primordial para seu convívio em sociedade, no caso 
brasileiro, esta língua de sinais foi consolidada na LIBRAS (Língua Brasileira de 
Sinais). 
 
Para Góes (1999), aprender uma língua significa atribuir significações 
ao mundo por meio de uma linguagem, assim sendo, uma criança 
surda que vive numa sociedade de maioria ouvinte deve buscar outra 
linguagem para comunicação, já que para os ouvintes a fala é o modo 
hegemônico de comunicação. Desta forma, cria-se uma via de mão 
dupla: os surdos aprendem como a sua primeira língua a língua de 
sinais da sua comunidade, logo, a sua segunda língua será a escrita 
da língua onde vivem. Por sua vez, os ouvintes têm como primeira 
língua a língua falada e escrita pela sua comunidade, já a língua de 
sinais pode tornar-se a sua segunda língua, se assim desejarem. E 
esta coexistência pode ser saudável para a sociedade. 
 
A Língua Brasileira de Sinais teve sua origem ainda no Império. Em 1856, o 
conde francês Ernest Huet, que era surdo, desembarcou no Rio de Janeiro com o 
alfabeto manual francês e alguns sinais. O material foi adaptado e deu origem a 
Libras. Este sistema foi amplamente expandido e assimilado no Brasil. 
No entanto, a oficialização da Língua brasileira sinais- LIBRAS só ocorreu um 
século e meio depois, em abril de 2002 – durante esse período, no Brasil a 
monarquia deu lugar república, teve seis Constituições e viveu a ditadura militar. 
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O longo intervalo deve-se a uma decisão tomada no Congresso Mundial de 
Surdos, na cidade italiana de Milão em 1880. No evento, ficou decidido que a língua 
de sinais deveria ser abolida, ação que o Brasil implementou em 1881. 
A regulamentação da Libras em âmbito federal só se deu em 24 de abril de 
2002, com a lei nº 10.436. Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005 
Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua 
Brasileira de Sinais – Libras, e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 
2000. 
2 LÍNGUA DE SINAIS 
As línguas de sinais são denominadas línguas de modalidade gestual-visual 
(ou espaço-visual), pois a informação linguística é recebida pelos olhos e produzida 
pelas mãos. As Línguas de Sinais (LS) são as línguas naturais das comunidades 
surdas. 
A Língua de sinal assim como a Língua oral não são universais,
cada país fala 
a sua língua de sinal de acordo com suas origens culturais, os surdos do Brasil 
falam LIBRAS, na França LSF, nos Estados Unidos ASL e assim por diante, além do 
regionalismo, assim como as línguas orais sofrem influencias linguísticas as línguas 
de sinais também. Portanto a sigla LIBRAS significa – Língua de sinais brasileira. 
3 SURDEZ 
A surdez ou deficiência auditiva e a perda parcial ou total da audição, que 
pode ser ocasionada por má-formação congênita, ou seja, desde o nascimento, ou 
também, adquirida ao longo da vida, provocada por alguma lesão na orelha ou 
ouvido atingindo as estruturas que compõem o aparelho auditivo. A deficiência 
auditiva ou surdez pode variar de um grau leve a profunda, ou seja, o indivíduo pode 
não ouvir apenas os sons mais fracos ou até mesmo não ouvir som algum. 
3.1 Caracterizando a surdez 
 Leve: as pessoas podem não se dar conta que ouvem menos: somente 
um teste de audição (audiometria) vai revelar a deficiência. E a perda acima de 25 a 
40 decibéis (D.B.); 
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 Moderada: É a perda de 41 a 55 (D.B.). Os sons podem ficar 
distorcidos e na conversação as palavras se tornam abafadas e mais difíceis para 
entender, particularmente quando têm várias pessoas conversando em locais com 
ruído ambiental ou salas onde existe eco. A pessoa só consegue escutar os sons 
muito altos como o som ambiente de urna sala de trabalho e tem dificuldade para 
falar ao telefone. 
 Severa: a perda de 71 a 90 (D.B.). Para ouvir, a pessoa precisa de um 
som tão alto quanto o barulho de uma impressora rotativa (até 80 decibéis). 
 Surdez profunda: É a perda Acima de 91 (D.B.). A pessoa só ouve 
ruídos como os provocados por uma turbina de avião (120 decibéis) disparo de 
revolver (150 decibéis) e tiro de canhão (200 decibéis). 
3.2 Quem são os SURDOS? 
Surdo - Pessoas que não escutam ou que possuem perda auditiva e utilizam 
a língua visual-espacial como principal meio de comunicação. Os surdos que 
frequentam a escola ou tem contato com outros surdos desenvolvem a língua de 
sinais. Mas existem alguns surdos que vivem isolados ou em locais onde não exista 
uma comunidade surda, se comunicam por gestos conhecidos também como sinais 
caseiros. Existem também os surdos oralizados, que por decisão da família, após 
muito treino, preferem usar a língua oral. 
Deficiência Auditiva - Pessoa que possui algum tipo de perda sensorial 
auditiva desde de surdez leve a profunda. É um termo técnico usado pela medicina 
e, algumas vezes, em textos científicos. Não designa o grupo cultural dos surdos. 
Surdo-Mudo: termo incorreto atribuído ao surdo está associado ao estigma 
social pelo fato do surdo não usar a comunicação oral, ser surdo não significa ser 
mudo, a mudez e a surdez são deficiências diferentes não devem ser associadas. 
Infelizmente por falta de conhecimento o termo ainda é utilizado em certas áreas e 
divulgado nos meios de comunicação, principalmente televisão, jornais e rádio e 
redes sociais. O termo correto para nos referirmos a esses indivíduos é apenas 
“SURDO”. 
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3.4 Desmistificando os estereótipos 
 Nem todo surdo é mudo; 
 Nem todos os surdos fazem leitura labial; 
 Nem todos os surdos sabem Língua de Sinais; 
 Ao falar com surdo não é necessário tocá-lo fortemente e/ou falar em voz alta. 
 A Língua de Sinais não é universal. 
 
4 BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO DOS SURDOS 
Ao longo da história os surdos foram marginalizados, sendo considerados 
como deficientes e incapazes o que levou em muitos casos à perda de heranças e 
vários direitos. 
Na Idade Antiga 
Os romanos e os gregos discriminavam os surdos por acharem que eram 
castigo divino ou pessoas enfeitiçadas, os surdos eram abandonados ou eram 
lançados ao de precipícios como faziam com quaisquer crianças que nascesse com 
alguma deficiência. 
No Egito e na Pérsia acreditavam que os surdos eram enviados dos deuses, 
por acreditarem que eles se comunicavam diretamente com os eles, apesar de 
serem venerados, viviam isolados e não tinham direito à educação. 
Aristóteles (384 -322 a.c) acreditava que se os surdos não falavam era porque 
não possuíam linguagem e nem pensamentos, portanto achava impossível educá-
los. 
Na Idade Média 
 A igreja católica proibia os surdos de receberem a comunhão sobre a 
alegação de que eles não tinham alma e eram incapazes de confessar seus 
pecados. 
Eram proibidos de casarem entre si, não recebiam herança, eram privados de 
todos os direitos de cidadãos. Nessa mesma época os monges beneditinos vaziam 
votos de silêncio e desenvolveram uma linguagem de sinais para comunicar entre si 
sem quebrar o voto do silêncio e aproveitaram para alfabetizar alguns surdos de 
família nobre nascidos nos castelos visto que os nobres não queriam dividir a 
herança com outras famílias casando-se entre primos, sobrinhas, tios entre outros, 
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porem seus filhos nasciam surdos e para receberem a herança precisam falar e 
dessa forma passaram a serem educados. 
Quanto ao método utilizado na época não temos registros, mas sabe-se que 
alguns acreditavam que deveriam priorizar a língua falada, outros, a língua de sinais 
e outros, ainda, o método combinado. 
Na Idade Moderna 
Girolamo Cardono (1501-1576) era médico e filósofo reconhecia a habilidade 
de raciocínio do surdo e afirmava que a surdez não impedia a aprendizagem do 
surdo e que a melhor forma de educá-los era a escrita. 
A primeira escola para surdo estabeleceu na Espanha foi criado pelo monge 
beneditino Pedro Ponce de Leon (1510-1584). Poncio de Leon usava a datilologia, a 
escrita e a oralização, mais tarde ele criou a escola para professores surdos, mas 
seus métodos não perpetuaram após sua morte, na época usava-se guardar 
segredo sobre a educação de surdos. 
O primeiro livro publicado sobre a educação de surdos foi no 1620 por Juan 
Pablo Bonet, seus métodos consistia em treinamento da fala o uso do alfabeto( 
datilologia). 
Jacob Rodrigues foi reconhecido como o primeiro professor surdo da França, 
oralizou sua irmã utilizando o método do ensino da fala e de exercícios auditivos e 
orais. 
Samuel Heinicke (1729-1790) usava o oralismo puro, onde o grande valor era 
a fala, foi conhecido como “O Pai do método Alemão”. Em 1778 fundou a primeira 
escola de surdos na Alemanha na qual seus alunos eram ensinados através do 
oralismo puro. 
No entanto, dentre esses educadores, o mais importante foi o abade francês 
Charles-Michel de L’Epée (1712- 1789), o qual ensinou e apoiou os surdos, criando 
uma escola pública, o Instituto Nacional de Jovens Surdos-Mudos, em Paris. Além 
disso, L’Epée criou também como método de ensino a gramática de LS, método 
chamado de Sinais Metódicos. Por meio dos Sinais Metódicos, utilizava-se a inicial 
da palavra em francês para criar o sinal dessa palavra. Por exemplo: o sinal para 
DIEU (Deus) era feito com a sua inicial, a letra D. Abade Charles de L’Epée morre 
deixando 21 escola para surdos em todo o território francês. 
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Abade Charles de L’Epée 
 
Fonte Disponível em :https://www.google.com/search? 
q=figura+de+abade+de+l+epp&sxsrf= 
Idade contemporânea até os nossos dias 
Nos Estados Unidos o reverendo Thomas Hopkins Gallaudet (1787-1851), 
observavas as crianças brincando em seu jardim, quando percebeu que uma delas 
era rejetada pelas outrs crianças pelo fato de ser surda. Gallaudet ficou 
profundamente tocad com a situação da menina e pelo fato de não ter nenhuma 
escola de surdos nos Estados Unidos que pudesse ser frequentada por ela. 
Gallaudet partiu para a Europa onde conheceu os métodos aplicados por 
L’Epée e ao retornar para os Estados Unidos trouxe consigo um professor surdo 
Laurent Clerc, que foi um discípulo de L’Epée, durante a viagem Clerc ensinou a 
língua de sinais para Gallaudet que por sua vez lhe ensinou o inglês. Gallaudet 
fundou a primeira escoa de surdos dos Estados Unidos e em 1864 seu filho Edward 
Miner Gallaudet
fundou a primeira universidade nacional para surdos. 
Em 1855 chega ao Brasil o professor surdo Ernest Huet conhecido também 
por Eduardo Huet,a convite de D. Pedro II abre a primeira escola de surdos na 
cidade do Rio de Janeiro, denominada “Imperial Instituto dos Surdos-mudos”, hoje, 
“Instituto Nacional de Educação de Surdos”- INES. 
 
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Fonte disponível em: https://academiadelibras.com/blog/primeira-
escola-de-surdos-no-brasil-1857/ 
 
 
Em 1867 Alexander Grahan Bell dedicou-se aos estudos sobre acústica e 
fonética, publicou vários artigos criticando casamento entre pessoas surdas, cultura 
surda e as escolas para surdos, ele era contra a língua de sinais argumentando que 
a mesma não propiciava o desenvolvimento intelectual dos surdos. Grahan Bell abriu 
a própria escola com intuito de oralizar os surdos e lá conheceu a surda Mabel com 
quem se casou. 
O ano de 1880 foi uma data marcante para a comunidade surda, pois foi 
realizado o congresso de Milão – Itália, onde o método oral foi votado como o 
método mais adequado para a educação de surdos e a língua de sinais foi proibida 
oficialmente sobre a alegando que a mesma destruía a capacidade de fala dos 
surdos, sobre a alegação que os surdos eram preguiçosos e preferiam comunicar 
em língua de sinais. Graham Bell teve uma grande participação no congresso junto 
com mais 164 ouvintes que votaram a favor do oralismo contra 5 surdos americanos 
que foram contra o oralismo. Tal opressão perdurou por mais de um século, 
trazendo uma série de consequências sociais e educacionais negativas. 
Nesse mesmo contexto nasceu Helen Keller no Alabama, Estados Unidos, 
devido a uma enfermidade ela ficou surda e muda aos 2 anos de idade. Aos 7 anos 
foi Educada pela professora Anne Sullivan, que lhe ensinou o alfabeto tátil ( método 
empregado pelos surdoscegos). Hellen Keller concluiu o ensino superior e publicou 
várias obras além de passar o resto de sua vida visitando pessoas com deficiências 
mundo a fora levando esperança e autoestima a essas pessoas. 
ps://academiadelibras.com/blog/primeira-esc
ps://academiadelibras.com/blog/primeira-esc
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 Em 1960 linguista Willian StoKoe o livro “Language Structure: an Outline of 
the Visual Communication System of the American Deaf”, afirmando que ASL ( 
língua de sinais americana) é uma língua com todas as características da língua 
oral. A partir dessa publicação surgiram várias pesquisas a respeito da língua de 
sinais nos Estados Unidos e na Europa. 
Willian Stokoe 
 
A cultura surda engloba possibilidades e elementos próprios da vida dos 
sujeitos surdos, abarcando não apenas aspectos cotidianos de suas vidas, mas 
também o grupo social a qual pertencem. A falta de audição não inviabiliza a 
interação linguística, a participação social ou a produção cultural das pessoas 
surdas. Ao nos aproximarmos mais da realidade surda, através da convivência e de 
pesquisas, deparamos, com um complexo e instigante conjunto de elementos 
culturais, alimentados e enriquecidos pelas comunidades surdas . 
 
5 ELEMENTOS QUE FAZEM PARTE DA CULTURA SURDA. 
 Visualidade: O surdo é muito visual. A visão é o principal sentido de contato 
com o mundo, de apreensão e significação das informações. 
 Linguístico: as línguas de sinais, de características visuoespaciais, são as 
línguas naturais das pessoas surdas. Não se trata de uma versão em sinais de 
uma língua oral como o português, ela possui regras próprias, e não são 
simples gestos ou mímica. 
 Comunidade surda: composta por surdos e por ouvintes militantes da causa, 
como professores, familiares, intérpretes, amigos, entre outros. 
 Associações e organizações: centros cuja importância se manifesta, por 
exemplo, na possibilidade de o surdo interagir com outras pessoas surdas, o 
que favorece a construção da sua identidade, a possibilidade de aprender a 
língua de sinais, as lutas sociais etc. 
 Arte surda: produções literárias, teatros e artes plásticas em língua de sinais e 
produzidas por pessoas surdas. 
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 Criações e transformações materiais: exemplificadas pelas soluções 
alternativas para as pessoas surdas, como campainhas luminosas, telefones 
adaptados (Telecommunications device for the deaf - TDDs), dispositivos de vibração 
(relógios, celulares) em substituição ao despertador, etc. 
 
6 FILOSOFIAS EDUCACIONAIS PARA SURDO E LEGISLAÇÃO. 
6.1 Oralismo 
O Congresso de Milão foi um evento muito importante na educação dos 
surdos, foi realizada no dia 06 de setembro de 1880, o qual trouxe a filosofia oralista 
para a educação dos surdos, nessa perspectiva os surdos só podiam ser educados 
através do método oral, logo, todos os métodos gestuais e de língua de sinais foram 
considerados limitados e inferiores. Após o Congresso de Milão, os países europeus, 
bem como outros países do mundo, adotaram o Oralismo puro em suas escolas. 
Isso causou o afastamento de professores surdos, permanecendo apenas os 
professores ouvintes nessas escolas. Segundo Moura (2000), durante os cerca de 
cem anos de predominância do Oralismo (de 1880 a 1980), foram obtidos poucos 
resultados quanto ao desenvolvimento da fala, do pensamento e da aprendizagem 
dos surdos. Além disso, a surdez era vista apenas em termos clínicos, tendo-se 
como preocupação o estudo da perda auditiva, o desenvolvimento da oralidade, a 
articulação, etc. A comunicação de surdos, através da Língua de Sinais, dava-se em 
ambientes escondidos, como no banheiro e no pátio das escolas, nos quartos de 
internatos, antes de dormir, e nos pontos de encontros de surdos. Devido a esse 
fato, a Língua de Sinais nunca se extinguiu, permanecendo como língua na vida dos 
surdos. 
6.2 Comunicação total 
Nos anos 60, o linguista americano William Stokoe reconheceu que a LS tinha 
gramática própria. Atualmente, vários linguistas pesquisam sobre a LS em diferentes 
países. Antes de Stokoe, a LS era vista como pobre, apenas um apoio de 
comunicação; havia o pensamento de que esta servia para comunicação de 
macacos. Nessa época, predominava o oralismo, discriminando-se a LS. 
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 Nos anos 80, iniciaram os estudos e a aplicação da Comunicação Total por 
professores de surdos. Conforme explica Dorziat (2005, p. 3): 
 
Os adeptos da comunicação total consideravam a língua oral um 
código imprescindível para que se pudesse incorporar a vida social e 
cultural, receber informações, intensificar relações sociais e ampliar o 
conhecimento geral de mundo, mesmo admitindo as dificuldades de 
aquisição, pelos surdos, dessa língua. 
Na Comunicação Total, é necessário falar e sinalizar ao mesmo tempo. Por 
exemplo: pronuncia-se EU VOU PARA CASA e sinaliza-se EU VOU CASA (o que 
chamamos de bimodalismo). 
6.3 Bilinguismo 
Nos anos 90, o Bilinguismo teve início na educação de surdos. Caracterizado 
pelo aprendizado de duas línguas - a Língua Brasileira de Sinais e a Língua 
Portuguesa - a educação bilíngue consiste, em primeiro lugar, na aquisição da 
Língua de Sinais (L1) pelos surdos, sendo esta sua língua materna. Em seguida, a 
Língua Portuguesa (L2) escrita é ensinada como sua segunda língua. 
Durante muito tempo houve a tentativa de normatizar o surdo, mas graças a 
resistência da cultura surda que lutou pelo reconhecimento da língua de sinais. 
Apesar dessa conquista o surdo ainda tem dificuldade de aprendizagem no ambiente 
escolar devido a diferença na estrutura das línguas, pois a Libras não tem escrita 
própria, o surdo é obrigado a escrever na estrutura da língua portuguesa, que se 
difere muito da língua de sinais. 
A estrutura da língua de sinais se diferencia da língua portuguesa, isso traz 
dificuldade para os surdos na ora da escrita, ao passo que ele usa a Libras para se 
comunicar e o Português para a escrita. E esse fator leva os professores, que não 
entendem a escrita dos surdos, acreditarem que eles possuem alguma dificuldade 
de aprendizagem ou falta de interesse. 
Além
do interprete em sala de aula é importante que o professor ouvinte saiba 
a Língua de Sinais, assim ele pode comunicar-se de maneira satisfatória com o 
aluno surdo. Porém, quando o professor também é surdo, além da mesma 
comunicação, ambos possuem a mesma identidade, o que contribui para uma 
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harmonia ainda melhor entre professor e aluno. Assim o aluno encontra na figura do 
professor um modelo de adulto surdo e o professor surdo representa uma 
perspectiva para o próprio futuro desse aluno. Mas essa situação é rara em nosso 
país, ainda temos poucas escolas bilíngues, não temos professores surdos em salas 
de aula regente e sim nas salas de recursos onde o professor surdo faz o 
atendimento ao aluno no contra turno, nas escolas ou centros especializados para 
surdos, também encontramos profissionais surdos lecionando para esses alunos. 
A introdução da Língua de Sinais no currículo de escolas para surdos é um 
indício de respeito a sua diferença. É desejo dos surdos que as escolas, dentro de 
sua cultura e prepare-os para o mercado de trabalho e o convívio social. 
Mesmo com o desenvolvimento da Língua brasileira de sinais e a introdução 
do bilinguismo na educação dos surdos, há baixo índice de participação dos surdos 
no ensino médio, e menor ainda no ensino superior, comprovam que a educação de 
surdos permanece carente de mudanças (Rangel e Stumpf, 2004). 
A diferença destacada refere-se também ao fato de que as línguas de sinais 
são línguas espaço-visuais, ou seja, esta língua não se utiliza do canal oral-auditivo 
para sua comunicação, mas da visão e do espaço disponível. Uma semelhança é o 
fato de não ser universal, pois tanto a língua de sinais quanto as línguas orais têm 
suas regionalidades, gírias e outras especificidades que impedem a formação de 
uma língua universal. 
7 O TRADUTOR/INTERPRETE DE LIBRAS EDUCACIONAL 
 
https://encrypted- 
EXRvT2GxvnXV4jU2VKVoWU8aw OWRY-yARPDX6oHBC 
 
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Atualmente há leis em vigor que regulamentam a profissão e determinam a 
formação desse profissional. Uma dessas leis é a LEI Nº 12.319 DE 01.09.2010 que 
regulamenta a profissão de Tradutor e Interprete de Língua Brasileira de Sinais – 
LIBRAS. 
 De acordo com Quadros (2007, p.7) o tradutor/intérprete de Libras é 
conceituado como “a pessoa que interpreta Libras/Português e Português/Libras. 
A atividade de traduzir/interpretar não deve ser entendida somente como um 
processo linguístico, é imprescindível que o profissional domine as línguas 
envolvidas e compreenda as ideias presentes nos discursos para além das palavras, 
lembrando que em uma atividade de tradução/interpretação, além da gramática das 
línguas está a cultura, os aspectos sociais e emocionais presentes no contexto a ser 
interpretado. 
De acordo com a Lei mediar à tradução da Libras/Língua Portuguesa, 
cabendo ainda ao interprete exercer maiores funções explicativas da fala do 
professor, mas não interagir no processo de aprendizagem do aluno, apenas exercer 
sua função de mediador da língua e não da aprendizagem. 
8 LEGISLAÇÃO 
No Brasil, a primeira lei que viabiliza o uso da Língua Brasileira de Sinais 
como a primeira língua dos surdos foi assinada em novembro de 2002 pelo 
Presidente Fernando Henrique Cardoso. 
Em 22 de dezembro de 2005, no governo do Presidente Luiz Inácio Lula da 
Silva esta lei foi regulamentada através do Decreto 5..626, que trata do uso e da 
difusão da LIBRAS, da inclusão da LIBRAS como disciplina, da formação do instrutor 
e do intérprete da LIBRAS, entre outras coisas. 
LEI DE LIBRAS 
Lei n° 10.436, de 24 de abril de 2002. 
Dispõe sobre a LÍNGUA BRASILERA DE SINAIS - LIBRAS e dá outras providências. 
Eu o presidente da república faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu 
sanciono a seguinte Lei. 
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Art. 1 - É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a LÍNGUA 
BRASILEIRA DE SINAIS - LIBRAS e outros recursos de expressão a ela 
associados. 
Parágrafo Único. Entende-se como LINGUA BRASILEIRA DE SINAIS - LIBRAS a 
forma de comunicação e expressão, em que o sistema linguístico de natureza visual-
motora. Com estrutura gramatical própria, constituem um sistema linguístico de 
transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do 
Brasil. 
Art. 2 - Deve ser garantido, por parte do poder público em geral e empresas 
concessionárias de serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e 
difusão da LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS – LIBRAS como meio de comunicação 
objetiva e de utilização corrente das comunidades surdas do Brasil. 
Art 3 - As instituições públicas e empresas concessionárias de serviços públicos de 
assistência à saúde devem garantir atendimento e tratamento adequado aos 
portadores de deficiência auditiva, de acordo com as normas legais em vigor. 
Art. 4 - O sistema educacional federal e os sistemas educacionais estaduais, 
municipais e do Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de formação 
de educação especial, de fonoaudióloga e de magistério, em seus níveis médio e 
superior, do ensino da língua brasileira de sinais - libras, como parte integrante dos 
parâmetros curriculares nacionais - PCNS. Conforme legislação vigente. 
Parágrafo Único. A LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS - LIBRAS não poderá 
substituir a modalidade escrita da Língua Portuguesa. 
Art. 5 - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Brasília, 24 de abril de 2002; 1810 da Independência e 1140 da República. Fernando 
Henrique Cardoso 
Paulo Renato Souza 
Texto Publicado no D.O.U. de 25.4.2002. 
Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005 
Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua 
Brasileira de Sinais – Libras, e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 
2000. 
Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002 
 Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras e dá outras providências. 
 
INTÉRPRETES 
 
Lei Nº 12.319 de 1º de setembro de 2010 
 Regulamenta a profi ssão de Tradutor e Intérprete da Língua Brasileira de Sinais 
16 
 
(LIBRAS). 
PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 040/2003 
Tradução simultânea na Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS – na programação da 
TV Assembleia e dá outras providências. 
 
ACESSIBILIDADE 
 
Decreto 5.296 de 2 de Dezembro de 2004 
Regulamenta as Leis nº 10.048 de Novembro de 2000, e dá prioridade de 
atendimento às pessoas que especifi ca, e 10.098 de 19 de Dezembro de 2000 que 
estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade. 
 
Decreto nº 6.214 de 26 de Setembro de 2007 
Regulamenta o Benefício de Prestação Continuada (BPC) da Assistência Social 
devido à pessoa com deficiência e ao idoso de que trata a lei nº 8.742 de Dezembro 
de 1993, e a Lei nº 10.741 de 1º de Outubro de 2003, e dá outras providências. 
 
Resolução nº 4 de 2 de Outubro de 2009 
 Institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na 
Educação Básica, modalidade Educação Especial. 
 
Lei nº 10.216 de 6 de Abril de 2001 
Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos 
mentais e redireciona o modelo assistencial de saúde mental. 
 
Lei nº 6.202 de 17 de Abril de 1975 
 Atribui à estudante em estado de gestação o regime de exercícios domiciliares, 
instituído pelo Decreto lei nº 1.044, e dá outras providências. 
 
Portaria nº 3.284 de 7 de Novembro de 2003 
Dispõe sobre requisitos de acessibilidade de pessoas portadoras de defi ciências, 
para instruir os processos de autorização e reconhecimento de cursos, e de 
credenciamento de instituições. 
 
Lei nº 4.304 de 07 de abril de 2004. 
Dispõe sobre a utilização de recursos visuais, destinados as pessoas com defi 
ciência auditiva, na veiculação de propaganda ofi cial. 
Lei federal nº 10.098 de 19 de dezembro de 2000 
Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das 
pessoas portadoras de defi ciência ou com mobilidade reduzida,
e dá outras 
providências. 
 
MERCADO DE TRABALHO 
 
Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991 
Art. 93. A empresa com 100 (cem) ou mais empregados está obrigada a preencher 
de 2% (dois por cento) a 5% (cinco por cento) dos seus cargos com benefi ciários 
reabilitados ou pessoas portadoras de defi ciência, habilitadas, na seguinte 
proporção: I – até 200 empregados 2% II – de 201 a 500 3% III – de 501 a 1.000 4% 
17 
 
IV – de 1.001 em diante 5% 1º A dispensa de trabalhador reabilitado ou de defi 
ciente habilitado ao fi nal de contrato por prazo determinado de mais de 90 (noventa) 
dias, e a imotivada, no contrato por prazo indeterminado, só poderá ocorrer após a 
contratação de substituto de condição semelhante. 2º O Ministério do Trabalho e da 
Previdência Social deverá gerar estatísticas sobre o total de empregados e as vagas 
preenchidas por reabilitados e defi cientes habilitados fornecendo-as quando 
solicitadas, aos sindicatos ou entidades representativas dos empregados. Lei nº 
8.666, de 21 de junho de 1993. 
 
TRANSPORTE 
 
Conselho Nacional de Trânsito – Contran 
Resolução nº 734/1989 Art. 54 o candidato à obtenção de carteira nacional de 
habilitação, portador de defi ciência auditiva igual ou superior a 40 decibéis, 
considerado apto no exame otonerológicos, só poderá dirigir veículo automotor das 
categorias A ou B. 
 
SURDEZ 
 
Decreto nº 3.298 de 20 de dezembro de 1999 
Art.4º é considerada pessoa portadora de defi ciência aquela que enquadrar nas 
seguintes categorias: 
A) DE 25 A 40 DECIBÉIS (D.B) – SURDEZ LEVE; 
B) DE 41 A 55 (D.B) – SURDEZ MODERADA; 
C) DE 56 A 70 (D.B) – SURDEZ ACENTUADA; 
D) DE 71 A 90 (D.B) – SURDEZ SEVERA; 
E) DE ACIMA DE 91 (D.B) – SURDEZ PROFUNDA; 
F) ACANHAIS (PROFUNDA). 
 
TELEFONIA 
 
Decreto nº 1.592 de 15 de maio de 1998 
Art.6º a partir de 31 dezembro de 1999. A concessionária deverá assegurar 
condições de acesso ao serviço telefônico para defi cientes auditivos e da fala: 
tornar disponível centro de atendimento para intermediação da comunicação (1402). 
 
LEGENDA 
 
Lei nº 4.304 de 07 de abril de 2004 – Rio de janeiro 
 
Dispõe sobre a utilização de recursos visuais, destinados às pessoas com 
deficiência auditiva, na veiculação de propaganda oficial. 
 
Lei nº 2.089 De 29 De Setembro De 1998 – Distrito Federal 
Institui a obrigatoriedade de inserção, nas peças publicitárias para veicularão em 
emissoras de televisão, da interpretação da mensagem em legenda e na Língua 
Brasileira de Sinais – Libras. 
 
FONTE: Disponível em: <https://direitosdossurdos.wordpress.com/legislacao/>. 
18 
 
Acesso em: 13 dez. 2015. 
 
Lei Nº 12.319 de 1º de setembro de 2010 
Regulamenta a profissão de Tradutor e Intérprete da Língua Brasileira de Sinais 
(LIBRAS). 
 
Decreto nº 10.502, de 30 de setembro de 2020 
Institui a Política Nacional de Educação Especial: Equitativa, Inclusiva e com 
Aprendizado ao Longo da Vida. Traz no Art. 2º no inciso II - educação bilíngue de 
surdos - modalidade de educação escolar que promove a especificidade linguística e 
cultural dos educandos surdos, deficientes auditivos e surdocegos que optam pelo 
uso da Língua Brasileira de Sinais - Libras, por meio de recursos e de serviços 
educacionais especializados, disponíveis em escolas bilíngues de surdos e em 
classes bilíngues de surdos nas escolas regulares inclusivas, a partir da adoção da 
Libras como primeira língua e como língua de instrução, comunicação, interação e 
ensino, e da língua portuguesa na modalidade escrita como segunda língua; 
 
Estas Leis foram conquistadas pela comunidade surda, após muitas lutas e pressões 
dos movimentos sociais, iniciativas individuais e coletivas, órgãos e entidades 
diversas foram aprovadas pelo legislativo, que por sua vez se sensibiliza juntamente 
com toda a sociedade em prol da visibilidade dos surdos e pela luta dos seus 
direitos. 
 
9 ASPECTOS LINGUÍSTICOS E GRAMATICAIS 
A LIBRAS é dotada de uma gramática constituída a partir de elementos 
constitutivos das palavras ou itens lexicais e de um léxico (o conjunto das palavras 
da língua) que se estruturam a partir de mecanismos morfológicos, sintáticos e 
semânticos que apresentam especificidade mas seguem também princípios básicos 
gerais. Estes são usados na geração de estruturas linguísticas de forma produtiva, 
possibilitando a produção de um número infinito de construções a partir de um 
número finito de regras. 
É dotada também de componentes pragmáticos convencionais, codificados no 
léxico e nas estruturas da LIBRAS e de princípios pragmáticos que permitem a 
geração de implícitos sentidos metafóricos, ironias e outros significados não literais. 
Estes princípios regem também o uso adequado das estruturas linguísticas da 
LIBRAS, isto é, permitem aos seus usuários usar estruturas nos diferentes contextos 
que se lhes apresentam de forma a corresponder às diversas funções linguísticas 
19 
 
que emergem da interação do dia a dia e dos outros tipos de uso da língua. Veremos 
a seguir cada um desses conceitos da definição discutidos e ilustrados por 
estruturas da LIBRAS. 
9.1 Linguagem 
Linguagem é tudo que envolve significação, que pode ser humano (pintura, 
música, cinema), animal (abelhas, golfinhos, baleias) ou artificial (linguagem de 
computador, código Morse, código internacional de bandeiras). Ou seja, “sistema de 
comunicação natural ou artificial, humana ou não” (Fernandes, 2002:16). 
 9.2 Língua 
É um conjunto de palavras, sinais e expressões organizados a partir de 
regras, sendo utilizado por um povo para sua interação. Sendo assim a língua seria 
uma forma de linguagem: a linguagem verbal (oral) e não verbal (língua de Sinais). 
Tanto a língua oral quanto a língua de sinal se organizam em diferentes níveis: 
semântico, sintático morfológico e fonológico. 
 Libras é língua ou linguagem? Diante do exposto a LIBRAS é uma língua e 
o termo correto é “língua” de sinais e não “linguagem” de sinais, pois “língua” possui 
um sistema específico de signos que é utilizado por um povo para si comunicarem 
ao passo que “linguagem” está relacionada capacidade da espécie humana para se 
comunicar através de signos. 
10 PARÂMETROS FONOLÓGICOS 
Os sinais são formados a partir da combinação do movimento das mãos com 
um determinado formato em um determinado lugar, podendo este lugar ser uma 
parte do corpo ou um espaço em frente ao corpo. 
Nas línguas de sinais podem ser encontrados os seguintes parâmetros: 
20 
 
 
 
 Configuração de Mãos (CM) 
 Localização ou Ponto de 
 Articulação (PA) 
 Movimento (M) 
 Orientação e direcionalidade (Or). 
 Expressões Não – Manuais 
(ENM). 
 
10.1 Configuração de mãos: são formas das mãos, que podem ser da 
datilologia (alfabeto manual) ou outras formas feitas pela mão predominante (mão 
direita para os destros) ou pelas duas mãos do emissor ou pelo sinalizador. Os 
sinais APRENDER, LARANJA, OUVIR E AMOR têm a mesma configuração de 
mãos que são realizadas na testa, na boca, na orelha e no lado esquerdo do peito 
respectivamente; 
 
FONTE: Disponível em: <http://charles-
libras.blogspot.com.br/2014/10/configuracoes-de-mao. html>. Acesso em: 21 
jan. 2016. 
 
21 
 
 
 
10.2 Ponto de articulação: é o lugar onde incide a mão predominante 
configurada, podendo esta tocar alguma parte do corpo ou estar em um espaço 
neutro vertical (do meio do corpo até a cabeça) e horizontal (à frente do emissor). 
Os sinais TRABALHAR, BRINCAR, BESTEIRA, CONSERTAR são feitos no espaço 
neutro e os sinais ESQUECER, MENTE, APRENDER E PENSAR são realizados na 
testa; 
 
22 
 
10.3 Movimento: os sinais podem ter movimento ou não. Os sinais citados 
acima têm movimento, com exceção de PENSAR que, como os sinais AJOELHAR E 
EM-PÉ m não têm movimento; 
 
10.4 Orientação/direcionalidade: os sinais têm uma direção com relação aos 
parâmetros acima. Assim os verbos IR e VIR se opõem em relação à 
direcionalidade,
como os verbos SUBIR e DESCER, ACENDER E APAGAR, ABRIR-
PORTA e FECHAR-PORTA; 
10.5 Expressão facial e / ou corporal: muitos sinais, além dos quatro parâmetros 
mencionados acima, em sua configuração têm como traço diferenciador também a 
expressão facial e/ou corporal, como os sinais ALEGRE e TRISTE. Há sinais feitos 
somente com a bochecha como LADRÃO, ATO-SEXUAL; sinais feitos com a mão e 
expressão facial, como o sinal BALA, e há ainda sinais em sons e expressões faciais 
complementam os traços manuais, como os sinais HELICOPTERO e MOTOR. 
 
23 
 
 
Na combinação destes cinco parâmetros, tem-se o sinal. Falar com as mãos 
é, portanto, combinar estes elementos para formarem as palavras e estas formarem 
as frases em um contexto. 
11 Fonologia das línguas de sinais 
Fonologia abrange o estudo das unidades menores que irão fazer diferença 
na formação de uma palavra. No português, os sons de /m/ e de /p/ são distintivos 
porque formam um par mínimo /mata/ e /pata/. O par mínimo indica que ao mudar 
apenas uma unidade mínima, ou seja, /m/ e /p/, em uma determinada combinação 
determinará mudança de significado. Isso também acontece com os pares mínimos 
língua de sinais brasileira. Os pares mínimos da língua de sinais estão relacionados 
ás configurações de mão, a locação/ponto de articulação ou movimento uma 
pequena mudanças desses elementos determinará a mudança do significado da 
palavra. Observando o exemplo abaixo percebemos que a configuração de mão e o 
movimento é o mesmo, mudou-se apenas a localização, ou seja, o local onde foi 
executado o movimento e através disso mudou o significado do sinal. 
24 
 
 
 
12 O LÉXICO OU VOCABULÁRIO DA LIBRAS 
O léxico pode ser definido como um conjunto de palavras de uma língua. No caso 
da LIBRAS, as palavras ou itens lexicais são os sinais. Por falta de conhecimento 
pensa-se que as palavras ou sinais da língua de sinais é constituída a partir do 
alfabelto manual como por exemplo: 
 
 
 
 
 A soletração manual das letras mais conhecido como datilologia só é usado 
para nomes próprios ou quando não se conhece o sinal da palavra em Libras. 
 
13 VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS 
Na maioria do mundo, há, pelo menos, uma língua de sinais usada 
amplamente na comunidade surda de cada país, diferente daquela da língua falada 
utilizada na mesma área geográfica. Isto se dá porque essas línguas são 
independentes das línguas orais, pois foram produzidas dentro das comunidades 
surdas. A Língua de Sinais Americana (ASL) é diferente da Língua de Sinais 
Britânica (BSL), que difere, por sua vez, da Língua de Sinais Francesa (LSF). 
25 
 
 
Além disso, dentro de um mesmo país há as variações regionais. A LIBRAS 
apresenta dialetos regionais, salientando assim, uma vez mais, o seu caráter de 
língua natural. 
 
13.1 Mudanças históricas: com o passar do tempo, um sinal pode sofrer 
alterações decorrentes dos costumes da geração que o utiliza. 
26 
 
 
14 ICONICIDADE E ARBITRARIEDADE 
A modalidade gestual-visual-espacial pela qual a LIBRAS é produzida e 
percebida pelos surdos leva, muitas vezes, as pessoas a pensarem que todos os 
sinais são o “desenho” no ar do referente que representam. É claro que, por 
decorrência de sua natureza linguística, a realização de um sinal pode ser motivada 
pelas características do dado da realidade a que se refere, mas isso não é uma 
regra. A grande maioria dos sinais da LIBRAS são arbitrários, não mantendo relação 
de semelhança alguma com seu referente. Vejamos alguns exemplos entre os sinais 
icônicos e arbitrários. 
 14.1 Sinais Icônicos 
Uma foto é icônica porque reproduz a imagem do referente, isto é, a pessoa 
ou coisa fotografada. Assim também são alguns sinais da LIBRAS, gestos que 
fazem alusão à imagem do seu significado. Ex.: 
 
Isso não significa que os sinais icônicos são iguais em todas as línguas. Cada 
sociedade apreende aspectos diferentes do mesmo referente, concebidos através de 
seus próprios sinais, convencionalmente, (FERREIRA BRITO, 1993) conforme os 
exemplos abaixo: 
27 
 
LIBRAS - representa o tronco usando o antebraço e a mão aberta, as folhas 
em movimento. LSC (Língua de Sinais Chinesa) - representa apenas o tronco da 
árvore com as duas mãos (os dedos indicador e polegar ficam abertos e curvos). 
Árvore 
 
14.2 Sinais Arbitrários 
São aqueles que não mantêm nenhuma semelhança com o dado da realidade 
que representam. Uma das propriedades básicas de uma língua é a arbitrariedade 
existente entre significante e referente. Durante muito tempo afirmou-se que as 
línguas de sinais não eram línguas por serem icônicas, não representando, portanto, 
conceitos abstratos. Isto não é verdade, pois em língua de sinais tais conceitos 
também podem ser representados, em toda sua complexidade. Ex: 
 
15 DATILOLOGIA É O ALFABETO MANUAL 
 
A datilologia é mais usada para expressar nome de pessoas, localidades e 
28 
 
outras palavras que não possuem um sinal específico. Às vezes, uma palavra da 
língua portuguesa que por empréstimo passou a pertencer a LIBRAS, por ser 
expressa pelo alfabeto manual com uma incorporação de movimento próprio desta 
língua, será apresentada pela soletração ou parte da soletração como as palavras 
“reais” e “nunca”, por exemplo. 
É difícil de explicar isso utilizando apenas a escrita, sem demonstrar com as 
mãos, porque LIBRAS é uma língua de modalidade gestual-visual... Portanto se a 
pessoa ver o gesto sobre o que estamos querendo falar, torna-se muito mais fácil 
dela entender... 
 
Uma pessoa que não é surda pode usar a datilologia quando ela não sabe o 
sinal correspondente do que quer falar com um surdo... Então para o surdo entender 
do que se trata devemos soletrar, usando o alfabeto manual... 
Entretanto nem todo surdo é “sinalizado”, muitos são “oralizados” e outros não 
conhecem LIBRAS, infelizmente... 
Quando construímos palavras com o alfabeto manual ou números, utilizamos 
apenas uma das mãos. 
Neste caso, a mão, quase sempre, estará com a palma virada para quem 
está 
lendo: 
Agora, no caso de formar números, a mão, quase sempre, ficará com o dorso 
virado para quem está lendo: 
As palavras ou números sempre serão construídos da ESQUERDA para 
DIREITA 
 
 
 
 
 
 
29 
 
15.1 ALFABETO MANUAL 
 
16 NUMERAIS 
As línguas podem ter formas diferentes para apresentar os numerais quando 
utilizados como cardinais, ordinais, quantidade, medida, idade, dias da semana ou 
mês, horas e valores monetários. Isso também acontece na LIBRAS. Nesta unidade 
e nas seguintes, serão apresentados os numerais em relação às situações 
mencionadas acima. 
É considerado incorreto o uso de uma determinada configuração de mão para 
o numeral cardinal sendo utilizada em um contexto onde o numeral é ordinal ou 
quantidade, por exemplo: o numeral cardinal é diferente da quantidade 1, que é 
diferente do ordinal PRIMEIR@, que é diferente de que é diferente de PRIMEIRO-
GRAU, que é diferente de MÊS-1. 
30 
 
NÚMEROS CARDINAIS: telefone, calça, tenis, ônibus, casa, anel, sapato, pneus, 
celular e carro placa etc.. 
 
 
 
31 
 
 
 17 SINAIS E PRÁTICA DE CONVERSAÇÃO BÁSICA EM LIBRAS. 
 
 
 
PRONOMES 
PESSOAIS 
EU 
 
 
NÓS 2 
 
NÓS 3 
 
NÓS 4 
 
 
NÓS / NÓS TODOS 
 
 
32 
 
VOCÊ 
 
 
VOCÊS 2 
 
 
 
VOCÊS 3 
 
 
VOCÊS 4 
 
 
VOCÊS / VOCÊS TODOS 
 
VOCÊS – GRUPOS 
 
ELE (A) 
 
ELES (A) 2 
 
ELES (A) 3 
 
ELES (A) 4 
 
 
ELES (A) / ELES (A) – TODOS 
 
ELES (A) – GRUPOS 
 
 
 
33 
 
 
 
PRONOMES 
INTERROGATIVOS 
PORQUÊ? 
 
 
O QUE? 
 
 
COMO? 
 
 
ONDE? 
 
 
QUANDO? 
 
 
QUEM? 
 
QUAL? 
 
 
 
PRONOMES DEMONSTRATIVOS 
34 
 
ESSE / AÍ 
 
 
AQUI / ESTE 
 
 
AQUELE (A) / LÁ 
 
 
 
Nota 
 
Sistema de transcrição para a LIBRAS: 
 
“Na LIBRAS não há desinências para gêneros (masculino e feminino), 
números
(plural). O sinal representado por palavra da língua portuguesa que 
possui estas marcas, está terminado com o símbolo @ para reforçar a idéia 
de ausência e não haver confusão. 
 
Exemplos: AMIG@ = amiga (s) ou amigo (s), ME@ = meu (s) ou minha (s), 
EL@= ele (S) ou ela (S). 
 
 
Pronomes Pessoais 
A LIBRAS possui um sistema pronominal para representar as pessoas do 
discurso: primeira pessoa (singular, dual, trial, quatrial e plural): EU; NÓS-2, 
NÓS-3, NÓS-4, NÓS-GRUPO, NÓS/NÓS-TOD@S; 
 
• Primeira Pessoa do Singular: EU 
Apontar para o peito do enunciador (a pessoa que fala). 
35 
 
 
EU 
 
 
• Primeira Pessoa do Plural: NÓS-2, NÓS-3, NÓS-4, NÓS-NÓS-TOD@ 
 
NÓS-2 NÓS-3 NÓS-4 NÓS-NÓS-TOD@ 
 
• Segunda Pessoa (singular, dual, trial, quatrial e plural): VOCÊ, 
VOCÊ- 2, VOCÊ-3, VOCÊ-4, VOCÊ-GRUPO, VOCÊ/VOCÊS-TOD@S; 
 
• Segunda Pessoa do Singular: VOCÊ 
Apontar para o interlocutor ( a pessoa com quem se fala ) 
 
 
VOCÊ 
 
• Segunda Pessoa do Plural: VOCÊ-2, VOCÊ-3, VOCÊ-4, VOCÊ/VOCÊS- 
TOD@S 
 
36 
 
VOCÊS-2 VOCÊS-3 VOCÊS-4 
 
VOCÊS-GRUPO VOCÊ/VOCÊS-TOD@S 
• Terceira Pessoa (singular, dual, trial, quatrial e plural): EL@, 
EL@-2, EL@-3, EL@-4, EL@S-GRUPO, EL@S/EL@-TOD@S 
 
• Terceira Pessoa do Singular: EL@ 
Apontar para uma pessoa que não está na conversa ou para um lugar convencional. 
 
 
EL@ 
 
• Terceira Pessoa do Plural: EL@-2, EL@-3, EL@-4, EL@S-
GRUPO, EL@S/EL@S-TOD@S 
 
EL@-2 EL@-3 EL@-4 
 
 
 
 
37 
 
 
EL@S-GRUPO EL@S/EL@S-TOD@S 
 
 
 
VERBOS BÁSICOS 
ENTENDER 
 
REPETIR 
 
COMUNICAR 
 
FALAR 
 
ACABAR 
 
38 
 
ACEITAR 
 
 
NÃO ACEITAR 
 
 
DANÇAR 
 
ANDAR 
 
AVISAR 
 
 
BRINCAR 
 
APRENDER 
 
COMPRAR 
 
CONSEGUIR 
 
 
CONVERSAR 
 
 
39 
 
GANHAR 
 
CONHECER 
 
CUIDAR 
 
 
 
CONVIDAR 
 
 
 
ESTUDAR 
 
 
 
EXPLICAR 
 
 
 
 
FAZER 
 
 
GOSTAR 
 
 
NÃO GOSTAR 
 
 
PODER 
 
 
40 
 
NÃO PODER 
 
 
PENSAR 
 
 
LER 
 
 
PREPARAR 
 
TRABALHAR 
 
 
PROCURAR 
 
 
IR 
 
 
 
 
VERBOS RELACIONADOS 
A MEIOS DE 
COMUNICAÇÃO E 
TRABALHO 
SALÁRIO 
 
 
 
 
41 
 
ESTÁGIO 
 
 
AVISAR 
 
 
 
INFORMAR 
 
 
RECEBER 
 
 
APOSENTAR 
 
 
ESPERAR 
 
 
ACABAR 
 
 
 
SAIR 
 
 
 
 
 
 
42 
 
PEDIR 
 
 
COMEÇAR 
 
 
 
CANCELAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADVÉRBIOS DE 
TEMPO E 
SAUDAÇÕES 
ADVÉRBIOS DE TEMPO 
 
AMANHÃ 
 
ANTEONTEM 
 
43 
 
BOM FERIADO 
 
BOAS FÉRIAS 
 
FUTURO 
 
HOJE 
OU 
MADRUGADA 
 
 
 
 
 
 
 
ONTEM 
 
PASSADO 
 
PRESENTE 
 
44 
 
BOM DIA 
 
BOA TARDE 
 
BOA NOITE 
 
DIARAMENTE 
 
 
AMANHÃ 
 
 
 
 
 
TARDE 
 
 
 
 
 
NOITE 
 
 
 
 
 
OI 
 
 
 
 
 
45 
 
TUDO BEM 
 
 
 
 
 
 
 
SEMPRE 
 
 
 
 
 
SAUDAÇÕES: FORMAL/INFORMAL 
 
 
 
 
CALENDÁRIO 
HORÁRIO E TEMPO 
ANO 
 
 
 
46 
 
ANO-PASSADO 
 
 
ANO NO FUTURO 
 
 
ONTEM 
 
 
ANTEONTEM 
 
 
AMANHÃ 
 
 
HORÁRIO 
 
 
MEIO-DIA/MEIA-NOITE 
 
 
DIA 
 
 
MÊS 
 
 
MINUTO 
 
 
47 
 
SEMANA (QUEIXO) 
 
 
TODO-DIA 
 
 
SEGUNDA-FEIRA 
 
 
TERÇA-FEIRA 
 
 
QUARTA-FEIRA 
 
 
 
QUINTA-FEIRA 
 
 
SEXTA-FEIRA 
 
 
SÁBADO 
 
 
DOMINGO 
 
 
JANEIRO 
 
 
 
48 
 
FEVEREIRO 
 
 
MARÇO 
 
 
ABRIL 
 
 
MAIO 
 
 
JUNHO 
 
 
JULHO 
 
 
AGOSTO 
 
 
SETEMBRO 
 
 
 
 
OUTUBRO 
 
 
NOVEMBRO 
 
 
49 
 
DEZEMBRO 
 
 
MESES 
 
 
ANTES 
 
 
 
SEMPRE 
 
 
 
 
HOJE (2 X) 
 
 
AGORA (1X) 
 
 
 
 
ADJETIVOS 
BOM 
 
 
MAL 
 
 
LONGE 
 
 
50 
 
FÁCIL 
 
 
DIFICIL 
 
 
CORES 
 
 
AZUL 
 
 
VERMELHO 
 
 
AMARELO 
 
 
 
VERDE 
 
 
LARANJA 
 
 
MARROM 
 
 
PRETO 
 
 
51 
 
BRANCO 
 
 
BEGE 
 
 
VINHO 
 
 
COR-DA-ROSA 
 
 
CINZA 
 
 
ROXO 
 
 
OURO 
 
 
PRATA 
 
 
CLARO 
 
 
ESCURO 
 
 
52 
 
PERFEITO 
 
 
 
CERTO 
 
 
FAMOSO 
 
 
CURIOSO 
 
 
INTERESSADO 
 
 
IMPORTANTE 
 
 
ESPERTO 
 
 
 
GORDO 
 
 
MAGRO 
 
 
GRANDE 
 
 
53 
 
POUCO 
 
 
USADO 
 
 
VELHO(A) 
 
 
NOVO(A) 
 
 
ALTO(A) 
 
 
 
 
BAIXO(A) 
 
 
FEIO(A) 
 
 
BONITO(A) 
 
 
GROSSO(A) 
 
 
FINO(A) 
 
 
54 
 
ORGULHO 
 
 
 
 
Diálogo 
a- TUDO BO@! 
b- TUDO BO@! 
a- VOCÊ VAI FESTA AMANHA? 
b- SIM, EU VOU! 
a- VOCÊ TER ROUPAS EMPRESTAR? 
b- TER, VOCÊ QUERER VER? 
a- EU PRECISAR BLUSA ROSA, CALÇA BRANCA, SANDÁLIA PRETA. 
b- EU TER CALÇA BRANCA,TER-NÃO BLUSA ROSA, SÓ AMARELA, 
SANDÁLIA MARRON. 
a- OBRIGAD@, PROBLEMA TER-NÃO EU PEDIR OUTR@ AMIG@! 
b- OK! TCHAU! 
 
 
QUE HORAS SÃO? QUE-HORAS E QUANTAS-HORAS 
Na libras, para se referir a horas, usa-se a mesma configuração dos 
numerais para quantidade e , após doze horas, não se continua a contagem , 
começa-se a contar novamente : 1 horas, 2 horas, 3 horas, etc., 
acrescentado sinal tarde, quando necessário, porque geralmente pelo 
contexto já sabe se esta se referindo à manhã, tarde, noite ou madrugada. 
A expressão interrogativa que horas? (um apontar para o pulso), esta 
relacionada ao tempo cronológico. 
 
 
QUE HORA E QUANTAS HORAS 
 
1- QUE HORA? 
 AULA COMEÇAR QUE-HORA AQUI? 
 VOCÊ TRABALHO COMEÇAR QUE-HORA? 
 AULA TERMINAR QUE-HORA? 
55 
 
 VOCÊ ACORDAR QUE-HORA? 
 VOCÊ DORMIR QUE-HORA? 
 
 
HORA / QUE-HORA 
 
2- QUANTAS-HORAS? 
 VIAJAR SÃO PAULO QUANTAS-HORAS? 
 TRABALHAR ESCOLA QUANTAS-HORAS? 
 
 
HORA/ QUANTAS-HORAS 
 
 
 
HORAS 
6H 30 MANHÃ 
 
15H 30 TARDE 
 
 
19H NOITE 
 
 
56 
 
15 MINUTOS 
 
 
25 MINUTOS 
 
 
 
30 MINUTOS 
 
 
30 MINUTOS 
 
45 MINUTOS 
 
 
12H ALMOÇO 
 
 
 
10H NOITE 
 
 
 
MEIA-HORA 
 
 
HORAS/MINUTOS/SEGUNDOS 
 
 
UMA HORA 
 
 
 
57 
 
DUAS HORAS 
 
 
TRÊS HORAS 
 
QUATRO HORAS 
 
 
CINCO HORAS 
 
 
HORAS? 
 
 
12H NOITE 
 
 
 
MINUTOS 
 
 
11H NOITE 
 
 
 
7H MANHÃ 
 
 
58 
 
58 
 
EXEMPLOS: 
1- QUE-HORA? 
 
 AULA COMEÇAR QUE-HORA AQUI? 
 VOCÊ TRABALHAR COMEÇAR QUE-HORA? 
 AUAL TERMINAR QUE- HORA? 
 VOCÊ ACORDAR QUE –HORA? 
 VOÇÊ DORMIR QUE-HORA? 
 
Interrogativa 
2- QUANTAS-HORAS? 
 VIAJAR SÃO PAULO QUANTAS-HORAS? 
 TRABALHAR ESCOLA QUANTAS-HORAS? 
 
 
SITUAÇÃO 1 “Entre amigos” 
a- TUDO BOM? VIAJAR FÉRIAS VOCÊ? 
b- EU NÃO ISEAT PRECISAR TRABALHAR, VOCÊ FÉRIAS VIAJAR BO@? 
a- EU VIAJAR SÃO PAULO, BO@! BONIT@! LÁ! CONHECER SURD@ MUIT@! 
(chega uma amiga de uma das pessoas que estavam conversando e após a 
apresentação, a primeira toma a palavra) 
a- ME@ AMIG@ CARLOS. 
b-DESCULPAR EU PRESSA SAIR PRECISAR ESTUDAR DEPOIS ENCONTRAR 
ME@ S-A-L-A 25 DEPOIS CONVERSAR VOCÊ. 
a- MELHOR ENCONTRAR ME@ S-A-L-A NÚMERO 28 AULA ACABAR. 
b- PARECER EU CONHECER EL@ TRABALHAR ISEAT? 
a- ISEAT CERTO. 
c- SIM. 
a- VOCÊ S-A-L-A NÚMERO? 
c- ME@ NÚMERO 26 
a- DESCULPAR EU ATRASAD@ AULA TCHAU! 
b- TUDO BO@! TCHAU!!! 
 
SITUAÇÃO 2 “ na recepção da escola” 
a- TUDO BEM? 
b- TUDO BEM O QUE DESEJAR? 
a- EU QUERER INSCRIÇÃO ESTRAR ESCOLA.. 
b- HORÁRIO? SÉRIE? 
a- EU TERCEIR@ SÉRIE SEGUNDO G-R-A-U. QUERER NOITE. 
b- PARECER TER NÃO V-A-G-A. MELHOR EU TELEFONAR VOCÊ TER TELEFONE CELULAR? 
a- EU TER NÚMERO SE@? 
b- TELEFONE ME@ 8115-2584 ME@ NOME........................... SE@ NOME? 
59 
 
59 
 
a- ME@ NOME........................... AMANHÃ HORAS 8:15 TELEFONAR 
b- TELEFONAR OK! ESPERAR VOCÊ CERTO! 
a- OBRIGAD@ TCHAU! 
 
 
 
 
CALENDÁRIO HORÁRIO E 
TEMPO 
ANO 
 
 
 
ANO-PASSADO 
 
 
ANO NO FUTURO 
 
 
ONTEM 
 
 
ANTEONTEM 
 
 
AMANHÃ 
 
 
HORÁRIO 
 
 
MEIO-DIA/MEIA-NOITE 
 
 
DIA 
 
 
60 
 
60 
 
 
 
MÊS 
 
 
MINUTO 
 
 
SEMANA (QUEIXO) 
 
 
TODO-DIA 
 
 
SEGUNDA-FEIRA 
 
 
TERÇA-FEIRA 
 
 
QUARTA-FEIRA 
 
 
 
QUINTA-FEIRA 
 
 
SEXTA-FEIRA 
 
 
SÁBADO 
 
 
61 
 
61 
 
DOMINGO 
 
 
JANEIRO 
 
 
 
FEVEREIRO 
 
 
MARÇO 
 
 
ABRIL 
 
 
MAIO 
 
 
JUNHO 
 
 
JULHO 
 
 
AGOSTO 
 
 
SETEMBRO 
 
 
 
 
62 
 
62 
 
 
 
 
HOLERITE (CONTRA CHEQUE) 
 
IMPOSTO 
 
OUTUBRO 
 
 
NOVEMBRO 
 
 
DEZEMBRO 
 
 
MESES 
 
 
ANTES
SEMPRE 
 
 
 
 
HOJE (2 X) 
 
 
AGORA (1X) 
 
 
63 
 
63 
 
INDENIZAÇÃO 
 
 
INSCRIÇÃO 
 
 
JUROS 
 
LIQUIDAÇÃO 
 
ME EMPRESTAR 
 
 
MUITO CARO 
 
 
 
 
MULTA 
 
 
NOTA FISCAL 
 
PAGAR VISTA 
OU 
PAGAR 
 
64 
 
64 
 
PRESTAÇÃO 
 
POUPANÇA 
 
PROMOÇÃO 
 
 
 
QUANTO CUSTO 
 
 
RECEBER SALÁRIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RG 
 
 
RG NASCIMENTO 
 
RG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
65 
 
65 
 
SALÁRIO 
 
SEGURO 
 OU 
SÓCIO 
 
 
SPC 
 
 
 
 
Tipos de frases em LIBRAS 
As línguas de sinais utilizam as expressões faciais e corporais para estabelecer tipos 
de frases, como as entonações na língua portuguesa, por isso para perceber se uma 
frase em LIBRAS está na forma afirmativa, exclamativa, interrogativa, negativa ou 
imperativa, precisa estar atento às expressões facial e corporal que são feitas 
simultaneamente com certos sinais ou com toda a frase, exemplos: 
TITULO ELEITORAL 
FIADO EMPRESTAR 
66 
 
66 
 
 
 
 
 
67 
 
67 
 
 
 
ALIMENTOS 
DIVERSOS 
ALIMENTOS DIVERSOS 
 
 
ARROZ 
 
 
BIFE 
 
 
CACHORRO QUENTE 
 
 
CAMARÃO 
 
 
68 
 
68 
 
CARNE 
 
 
CHURRASCO 
 
 
 
FARINHA 
 
 
 
 
FEIJÃO 
 
 
 
FIGADO 
 
 
 
 
FRANGO 
 
 
 
LASANHA 
 
 
 
LINGUIÇA 
 
 
 
MACARRÃO 
 
 
 
 
MANTEIGA 
 
 
 
69 
 
69 
 
MASSA TOMATE 
 
 
 
 
MIOJO 
 
 
 
MORTADELA 
 
 
 
 
NUGETS 
 
 
 
OVO 
 
 
 
 
PÃO DE FORMA 
 
 
 
PÃO 
 
 
 
 
PASTEL 
 
 
 
PEIXE 
 
 
 
 
PIZZA 
 
 
 
70 
 
70 
 
PRESUNTO 
 
 
 
 
QUEIJO 
 
 
 
REINO PIMENTA 
 
 
 
REQUEIJÃO 
 
 
 
SALSICHA 
 
 
 
 
SANDUÍCHE 
 
 
 
SOPA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
71 
 
71 
 
 
 
FRUTAS DIVERSAS 
FRUTAS DIVERSAS 
 
 
ABACATE 
 
 
ABACAXI 
 
 
AMEIXA 
 
 
BANANA 
 
 
CAJU 
 
 
CAQUI 
 
 
72 
 
72 
 
CEREJA 
 
 
COCO 
 
 
FIGO 
 
 
GOIABA 
 
 
 
JABUTICABA 
 
 
KIWI 
 
 
LARANJA 
 
 
 
LIMÃO 
 
 
73 
 
73 
 
MAÇÃ 
 
 
MAMÃO 
 
 
MANGA 
 
 
MARACUJÁ 
 
 
 
MELANCIA 
 
 
MELÃO 
 
 
MORANGO 
 
 
PÊRA 
 
 
 
74 
 
74 
 
SALADA DE FRUTAS 
 
 
TANGERINA 
 
 
UVA 
 
 
 
 
 
BEBIDAS DIVERSAS 
BEBIDAS DIVERSAS 
 
 
 
BEBIDA ALCOOL 
 
 
 
BEBIDA LIGHT 
 
 
 
75 
 
75 
 
BEBIDA 
 
 
CAFÉ 
 
 
CERVEJA 
 
 
CHÁ 
 
 
CHAMPANHE 
 
 
CHOPP 
 
 
ENVELOPE DE SUCO 
 
 
GELO DE CUBO 
 
 
LEITE 
 
 
 
REFRIGERANTE 
 
 
76 
 
76 
 
SUCO 
 
 
 
 
VINHO 
 
 
 
 
VERDURAS E 
LEGUMES 
VERDURAS E LEGUMES 
DIVERSOS 
 
 
 
ABÓBORA 
 
 
 
 
AGRIÃO 
 
 
 
ALFACE 
 
 
 
ALHO 
 
 
 
AZEITONA 
 
 
BATATA 
 
 
 
77 
 
77 
 
 
BETERRABA 
 
 
 
CANA-DE-AÇÚCAR 
 
 
 
CEBOLA 
 
 
 
CENOURA 
 
 
 
CHUCHU 
 
 
 
COUVE-FLOR 
 
 
 
 
MANDIOCA 
 
 
 
MILHO 
 
OU 
78 
 
78 
 
PALMITO 
 
 
 
PEPINO 
 
 
 
PIMENTÃO 
 
 
 
REPOLHO 
 
 
 
SALADA 
 
 
 
TOMATE 
 
 
 
 
 
DOCES 
DOCES 
 
 
 
79 
 
79 
 
AÇÚCAR 
 
 
 
AMENDOIM 
 
 
 
ARROZ DOCE 
 
 
 
BALA 
 
 
 
BISCOITO DE MAISENA 
 
 
 
BOLACHA 
 
 
 
BOLO 
 
 
 
BOMBOM 
 
 
 
80 
 
80 
 
CHICLETE 
 
 
 
CHOCOLATE 
 
 
 
GELATINA 
 
 
 
IOGURTE 
 
 
 
MEL 
 
 
 
PICOLÉ 
 
 
 
PUDIM 
 
 
 
SORVETE 
 
 
 
 
81 
 
81 
 
 
DIÁLOGO 1 
a- OI TUDO BEM? 
b- TUDO BEM. VAMOS ALMOÇAR MINHA CASA? 
a- SIM VAMOS! 
b- EU FAZER ALMOÇO. VOCÊ GOSTA COMER O QUÊ? 
a- GOSTAR ARROZ, FEIJÃO, OVOS, PEIXE! 
b- VOCÊ O QUE? 
a- GOSTAR MAIS CARNE, ALFACE, TOMATE,CEBOLA, MACARRÃO! 
b- BOM! 
a- VAMOS ALMOÇAR? 
 
DIÁLOGO 2 
a- OI TUDO BEM? 
b- TUDO BEM. 
a- VOCÊ SABER FESTA MINHA CASA? 
b- SABER NÃO. 
a- VOCÊ QUERER IR? 
b- EU QUERER. 
a- TER BEBIDAS QUAL? 
b- TER REFRIGERANTE COCA, GUARANÁ, TER UISQUE, VINHO E 
CERVEJA. 
a- MUITO BO@! 
b- EU CHEGAR LÁ 08:15! OK? 
a- OK, TCHAU! 
 
 
 
FAMILIARES 
FAMÍLIA 
 
 
 
ADULTO 
 
 
 
 
AMANTE 
 
 
 
82 
 
82 
 
AMIGO (A) 
 
 
 
 
BEBÊ 
 
 
 
 
BISAVÔ (A) 
 
 
 
CASAL 
 
 
 
 
CASAMENTO 
 
 
CRIANÇA 
 
 
 
CUNHADO (A) 
 
 
DIVORCIAR 
 
 
 
ENTEADO (A) 
 
 
 
 
ESPOSA 
 
 
 
 
83 
 
83 
 
FAMILIA GENÉTICA 
 
 
 
FICANTE 
 
 
 
CASAMENTO 
 
 
CRIANÇA 
 
 
 
CUNHADO (A) 
 
 
DIVORCIAR 
 
 
 
ENTEADO (A) 
 
 
 
 
ESPOSA 
 
 
 
 
84 
 
84 
 
FAMILIA GENÉTICA 
 
 
 
FICANTE 
 
 
FILHO ADOTIVO (A) 
 
 
FILHO (A) 
 
 
GÊMEOS (A) 
 
 
GENRO 
 
 
HOMEM 
 
 
IRMÃ 
 
 
JOVEM 
 
 
MADRASTA 
 OU 
85 
 
85 
 
MADRINHA 
 
 
MÃE 
 
 
MARIDO 
 
 
MEIO-IRMÃO 
 
 
 
MENINOS (AS) 
 
 
 
MULHER 
 
 
 
 
NOIVO (A) 
 
 
NORA 
 
 
 
PADRINHO 
 
 
 
PAI 
 
 
 OU 
 
 
 
86 
 
86 
 
 
 
 
 
PRIMO (A) 
 
 
SEGUNDA MULHER 
 
 
 
SOBRINHO (A) 
 
 
 
SOGRO (A) 
 
 
VOVÔ (A) 
VIÚVO (A) UNIÃO ESTÁVEL 
TIO (A) SOLTEIRO (A) 
87 
 
87 
 
 
PROFISSÕES 
MÉDICO 
 
 
ENFERMEIRA 
 
 
ADVOGADO(A) 
 
 
GERENTE 
 
 
POLÍCIA 
 
 
ADMINISTRADOR(A) 
 
 
ATOR(A) 
 
 
BOMBEIRO 
 
 
CHEFE 
 
 
 
88 
 
88 
 
COZINHEIRO(A) 
 
 
DESENHISTA 
 
 
DIGITADOR(A) 
 
 
DIRETOR(A) 
 
 
ESCRITOR(A) 
 
 
ESTAGIÁRIO(A) 
 
 
FOTOGRÁFO 
 
 
FUNCIONÁRIO(A) 
 
 
INSTRUTOR(A) 
 
 
 
JUIZ 
 
 
 
89 
 
89 
 
INTÉRPRETE 
 
 
 
REPÓRTER 
 
 
 
JORNALISTA 
 
 
PINTOR(A) 
 
 
PSICÓLOGO(A) 
 
 
SECRETÁRIO(A) 
 
 
VIGILANTE 
 
 
PROFESSOR(A) 
 
 
 
 
 
90 
 
90 
 
MEIOS DE TRANSPORTES 
 
 
 
 
 
91 
 
91 
 
ANIMAIS
 
92 
 
92 
 
 
93 
 
93 
 
DISCIPLINAS 
 
 
 
 
 
94 
 
94 
 
MATERIAL ESCOLAR 
 
 
 
95 
 
95 
 
 
DIÁLOGO 1 – NA ESCOLA 
a- OI TUDO BEM? 
b- OI TUDO BEM, VOCÊ TER AULA AGORA? 
a- SIM TER AULA DE LIBRAS 
b- PROFESSOR@ QUEM? 
a- (nome e sinal do professor) 
b- CONHECER NÃO! SALA NÚMERO QUAL? 
a- DESCULPAR, EU ATRASAD@ AULA, SALA J-204, TCHAU! 
b- TCHAU! 
 
DIÁLOGO 2 – NO HOTEL 
a- VOCÊ SURD@? 
b- OI! (expressão facial “surpreso”) SIM EU SURD@ 
a- VOCÊ LEMBRAR NÃO EU? EU AMIG@ TAMBÉM PROFESSOR LIBRAS. 
b- DESCULPAR, EU CONHECER NÃO, LEMBRAR NÃO. 
a- (explica as caracteristícas do professor: alto, magro de óculos) 
b- (expressão facial lembrar) CONHECER SIM! 
a- EU AMIG@ 
b- BOM CONHECER 
a- DESCULPAR (olhando para o relógio) EU ATRASAD@. TCHAU! 
96 
 
96 
 
b- TCHAU! 
 
DIÁLOGO 3 – NA RECEPÇÃO 
a- OI! TUDO BEM? ME@ NOME 
b- TUDO BEM SE@ NOME(procurar ficha) 
a- NÃO, ERRAD@ 
b- DESCULPAR (procura ficha novamente) ACHAR (expressão facial “achar”) 
(entregar a ficha) 
a- CERTO ORIGAD@ TCHAU 
b- DE NADA TCHAU! 
 
 
DIÁLOGO 4 – NA EMPRESA 
a- BOM DIA! 
b- BOM DIA ! POSSO TE AJUDAR? 
a- TER VAGA AQUI CAS? 
b- DESCULPAR NÃO TER VAGA. 
b-VOCÊ PREENCHER FICHA, DEPOIS ESPERAR. 
a- VOCÊ TER TELEFONE CELULAR 
 
Referências Bibliográficas 
BRITO, Lucinda Ferreira. Por uma Gramática de Línguas de Sinais. Rio de 
Janeiro: Tempo Brasileiro: UFRJ, Departamento de Lingüística e Filologia, 
1995. 
CENTRO ESTADUAL DE ATENDIMENTO AO DEFICIENTE DA 
AUDIOCOMUNICAÇÃO – CEADA. LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais com 
dialeto regional de Mato Grosso do Sul. Ilustração Mauro Lúcio Gondim. 2,ed. 
Ver.atual. Campo Grande-MS: gráficas e Editora Atlhenas, 2000. 
COSTA, Antônio Carlos; STUMPF, Marianne Rossi; FREITAS, Juliano Baldez; 
DIMURO, Graçaliz Pereira. Um convite ao processamento da língua de 
sinais. 
DORZIAT, Ana. Metodologias específicas ao ensino de surdos – análise crítica.. 
FELIPE, Tanya A; MONTEIRO, Myrna S. Libras em Contexto: Curso Básico, 
Livro do Professor Instrutor – Brasília : Programa Nacional de Apoio à 
Educação dos Surdos, MEC: SEESP, 2001. 
GÓES, M.C.R. Linguagem, surdez e educação. Campinas: Editora da UNICAMP, 
1999. 
97 
 
97 
 
PIMENTA, Nelson; QUADROS, Ronice Muller de. Curso de Libras 1. Rio de 
Janeiro : LSB Vídeo, 2006.
QUADROS, Ronice Muller de; KARNOPP, Lodenir Becker. Língua de Sinais 
Brasileira: Estudos Lingüísticos. Porto Alegre : Artmed, 2004. 
REIS, Flaviane, Professor Surdo: a política e a poética da transgressão 
pedagógica. Florianópolis : UFSC/GES/CED – Dissertação de Mestrado, 2006. 
SÁ, Nídia Limeira de. Existe uma cultura surda? Artigo disponível em 
http://www.eusurdo.ufba.br/arquivos/cultura_surda.doc. Acessado em 
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SÁ, Nídia Limeira. A produção de significados sobre a surdez e sobre os 
surdos: práticas discursivas em educação. Porto Alegre: 
UFRGS/FACED/PPGEDU - Tese de Doutorado, 2001. 
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Brasileira de Sinais: Pedagogia para Surdos. Caderno Pedagógico I. 
Florianópolis:UDESC/CEAD, 2002. 
SKLIAR, C. A surdez: um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre: Mediação, 
1998. 
 
RANGEL, G.M.M.; STUMPF, M.R. Leitura e escrita no contexto da diversidade, 
In: LODI, Ana Claudia Balieiro; HARRISON, Kathryn Marie Pacheco; CAMPOS, 
Sandra Regina Leite de. (Orgs.). Ed. Mediação. 
VASCONCELOS, Silvana Patrícia; SANTOS, Fabrícia da Silva; SOUZA, 
Gláucia Rosa da. LIBRAS: língua de sinais. Nível 1. AJA - Brasília : 
Programa Nacional de Direitos Humanos. Ministério da Justiça / Secretaria de 
Estado dos Direitos Humanos CORDE. 
Sites relacionados à unidade 
. 
https://ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/incluir/libras/curso_de_libras_-_graciele.pdf 
https://drive.google.com/file/d/1KSk652KO9fF440XjeYao7zOfM5uG0K5P/view 
https://www.ifpb.edu.br/assuntos/fique-por-dentro/o-que-e-cultura-surda 
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/_Ato2004-2006/2005/Decreto/D5626.htm 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1970-1979/L6202.htm 
 
http://www.eusurdo.ufba.br/arquivos/cultura_surda.doc
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