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Lazer, Trabalho e Sociedade

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Prévia do material em texto

Lazer, Trabalho 
e Sociedade
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Dr. Pedro Fernando Avalone Athayde
Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento
Aspectos históricos da relação entre lazer e trabalho
• Introdução;
• As reivindicações pela diminuição da jornada de trabalho;
• O Surgimento do Lazer;
• Características Gerais da Origem do Lazer no Brasil.
 · Conhecer os elementos históricos das lutas pela diminuição da 
jornada de trabalho e seus impactos no uso do tempo livre;
 · Localizar historicamente a gênese do lazer;
 · Conhecer as funções iniciais do lazer em seu surgimento global e local.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Aspectos históricos da relação
entre lazer e trabalho
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você 
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Aspectos históricos da relação entre lazer e trabalho
Introdução
O que você achou de nossa primeira unidade de conteúdo? Teve dificuldade 
com os temas apresentados? Ficou surpreso com a abordagem dada aos temas? 
Se sim, leia novamente o material, converse com seus colegas, busque ajuda de 
seu tutor. O estudo coletivo é sempre uma ótima forma de aprendizado, pois nos 
coloca em contato com outras leituras e interpretações sobre o conteúdo abordado, 
compartilhando dificuldades e buscando superá-las em conjunto. Como forma de 
ajudá-lo, antes de iniciarmos esta segunda Unidade, apresentaremos uma rápida 
revisão dos temas tratados anteriormente.
Figura 1
Fonte: iStock/Getty Images
Inicialmente, buscamos compreender quão importante o trabalho é para o 
desenvolvimento do gênero humano. Você se recorda da afirmação que o trabalho 
representa a essência humana? Essa afirmativa está baseada em que quatro 
características que diferenciam o trabalho de atividades realizadas por outros animais, 
são elas: 1) não ser realizado diretamente sobre a matéria natural (necessidade de 
instrumentos); 2) não se realizar a partir de determinações genéticas; 3) não possuir 
uma lista limitada de necessidades a serem supridas; e 4) ser sempre uma atividade 
coletiva.
Após abordarmos as propriedades do trabalho como essência humana, buscamos 
compreender as etapas do processo de trabalho no intercâmbio estabelecido entre 
homem e natureza, nos referimos às três fases: projeto, execução e produto.
Reconhecendo a importância do estudo da mercadoria como chave interpretativa 
da dinâmica da sociedade capitalista, estudamos também as condições para que um 
objeto produzido para atender uma necessidade humana (inicialmente apenas com 
valor de uso) passe a ser considerado mercadoria, acrescentando a ele também 
8
9
o valor de troca. E, a partir dessa compreensão, foi possível observar como se 
organiza o trabalho na sociedade vigente, caracterizando-se como o aspecto 
principal para a valorização do capital e, então, se tornando ele mesmo uma 
mercadoria, denominada força de trabalho.
Ademais, abordamos a separação do trabalhador das etapas do processo de 
trabalho, o que constitui a forma de alienação do trabalho. Em outras palavras, o 
sujeito passa a produzir para outra pessoa, deixando de ser o detentor dos meios de 
produção e, consequentemente, se separando do próprio produto de seu trabalho. 
Na parte final da unidade inicial, tratamos das possibilidades de extração de 
mais-valia pelo empregador. A primeira, mais evidente, com a extensão da jornada 
de trabalho, ampliando o número total de horas trabalhadas, denominada de mais-
valia absoluta. Já a segunda, como consequência do incremento tecnológico nas 
manufaturas, ocorre com o aumento da produtividade e recebe o nome de mais-
valia relativa.
De forma resumida, esses foram os assuntos abordados em nossa primeira 
unidade. Você percebeu que ainda nem tocamos no tema do lazer? Calma, pois 
chegaremos nele! Entretanto, conforme já havíamos avisado na disciplina de 
Lazer e Entretenimento, há uma forte ligação entre trabalho e lazer e, portanto, 
precisamos conhecer bem esses dois fenômenos, para, então, entender melhor a 
relação entre eles.
Agora, você se sente mais preparado para nossa segunda parada? Incialmente, 
é importante destacar que partimos de um pressuposto epistemológico que para 
melhor compreender um objeto de estudo, precisamos conhecer sua origem e seu 
desenvolvimento. Nesse sentido, vamos focar na reflexão e compreensão histórica 
das relações entre o lazer e o trabalho. Prontos? Então...vamos lá!
As reivindicações pela diminuição da 
jornada de trabalho
A quantidade de tempo “livre” ou disponível para vivenciarmos e praticarmos as 
atividades de lazer está diretamente condicionado pelo tempo que gastamos com 
nossas obrigações sociais e profissionais. Nesse último caso, nos referimos às horas 
dedicadas ao trabalho, ou seja, à jornada de trabalho. De forma muito simplista, 
quanto menor a jornada de trabalho, teoricamente, maior seria o tempo livre. 
Entretanto, vejamos com mais calma essa relação!
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UNIDADE Aspectos históricos da relação entre lazer e trabalho
Figura 2
Fonte: iStock/Getty Images
Carga horária de trabalho no Brasil: Recentemente, o Brasil passou por uma reforma 
trabalhista, apesar das mudanças realizadas a jornada de trabalho manteve-se em até 
44 horas semanais. Esse limite foi estabelecido em 1988, distanciando-se do limite de 48 
horas, em vigor desde 1934. Por motivos bem distintos, esse número é alvo de críticas tanto 
de empresários quanto de entidades sindicais. Por um lado, o empresariado defende a 
flexibilização da jornada de trabalho e, por outro lado, os sindicatos reivindicam a redução 
para 40 horas semanais. 
Ex
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Após verificarmos, na unidade anterior, a subsunção real do trabalho ao 
capital, ou seja, o fato de o trabalhador encontrar-se completamente submetido à 
lógica do capital. Nessa situação, o trabalho passa a ser compreendido não mais 
como forma de exteriorização de sua essência humana, mas, sim, como forma de 
negação de sua humanidade, pois passa a representar somente a maneira de 
garantir um salário que garantirá sua existência e de sua família.
Queremos dizer é que o sujeito-trabalhador para sobreviver, vende sua força de 
trabalho ao empregador, para ter meios financeiros de sustentar sua existência. 
Dessa forma, o trabalho deixa de seraquela expressão de liberdade representada 
“pela alteração intencional do homem sobre a natureza”. Salvo algumas exceções, 
em geral, o trabalho não é um momento que priorize o desenvolvimento humano, 
como vimos no primeiro momento de compreensão do sentido do trabalho.
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Figura 3
Fonte: iStock/Getty Images
Se, por um lado, o trabalho na ordem social capitalista se reduz à forma de 
garantir a sobrevivência do trabalhador, por outro lado, proporciona as condições 
objetivas para que ele perceba sua condição existencial. Em outras palavras, o 
sujeito passa a compreender qual é o papel social que ele ocupa. Neste caso, o de 
gerar valor para os produtos por meio do seu trabalho, embora a apropriação disso 
seja realizada pelo seu empregador. 
O que isso quer dizer? Bem, a partir do momento em que o trabalhador passa 
a compreender o sistema capitalista e a se enxergar nesse sistema, ele também 
percebe que para uma existência digna é necessário que tenha condições para 
morar, comer, beber, dormir e entre outras coisas. No entanto, os trabalhadores 
se encontravam em condições de vida muito duras e que afetavam sua própria 
existência. Um filme já citado na disciplina Lazer e Entretenimento e que retrata 
a condição precária dos trabalhadores do século XIX na França é o “Germinal”, 
baseado no romance original de Émile Zola.
A partir da compreensão do funcionamento da ordem capitalista, os trabalhadores pud-
eram perceber o problema das desigualdades entre eles e seus empregadores. Dessa forma, 
se organizavam para buscar soluções e melhores condições de vida, procurando alternativas 
para superar as difi culdades impostas por essas desigualdades. E dessa organização e mobi-
lização da classe trabalhadora que começam a surgir os atos revolucionários e as principais 
teorizações a respeito de outras formas de organização social. 
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UNIDADE Aspectos históricos da relação entre lazer e trabalho
Numa visão onde os trabalhadores eram vistos somente pelo que eles 
representavam – a valorização do capital – eles próprios acabavam sendo 
considerados como mercadorias: a força de trabalho. Igualado a qualquer 
tipo de mercadoria, a jornada de trabalho era calculada como se as 24 horas 
do trabalhador fossem propriedade de seu empregador, que pagava por esta 
“mercadoria-homem”. Não havia uma preocupação com a extensão da jornada 
de trabalho, era disponibilizado somente o tempo necessário para o descanso do 
trabalhador, sem o qual não voltaria a produzir novamente.
Figura 4
Fonte: iStock/Getty Images
Perceba que o trabalhador era circunscrito a sua força de trabalho e, portanto, 
todo o seu tempo social era visto como tempo de trabalho. Não havia nenhuma 
preocupação em garantir ao trabalhador momentos para escolarização, convívio 
social, espiritualização etc. Ou seja, não era proporcionado nenhum tempo para 
outras atividades que pudessem desenvolver as capacidades humanas. O dia do 
trabalhador era destinado à produção nas fábricas e algumas horas para reposição 
de suas energias para voltar a produzir no dia seguinte. Tem-se o registro histórico 
de jornadas de trabalho diárias que chegavam a 16 horas. Você já se imaginou em 
uma situação como essa? Como ter qualquer tipo de apropriação qualitativa do 
tempo livre nessas condições?
Atualmente, atingimos novos patamares de civilidade e de regulação das leis trabalhistas, 
que impedem jornadas muito extensas e em condições degradantes. No entanto, é verdade 
que mesmo nos dias de hoje ainda encontraríamos empregadores que, se permitido, colo-
cariam seus empregados sob condições desumanas de trabalho, dado o caráter dos interess-
es capitalistas em obtenção de valorização e acumulação de capital. A prova do que estamos 
falando é que, de forma ilegal, existe um conjunto de pessoas trabalhando em condições 
próximas da escravidão nos grandes centros urbanos do mundo, especialmente aqueles que 
são imigrantes ilegais e, portanto, estão impedidos de assumir um trabalho formal. 
Ao estudar a estrutura do capitalismo, no século XIX, Karl Marx descreveu esse processo de 
extensão da jornada de trabalho de forma desumana. Ele relata a existência de crianças 
com menos de 12 anos de idade em fábricas, cumprindo jornadas que começavam às 5h da 
manhã e se estendendo até depois das 20h, sem finais de semana. As condições eram tão 
degradantes que este autor saudava a conquista dos trabalhadores ingleses na regulamen-
tação de uma jornada de trabalho de 12 horas, que hoje ainda é uma jornada extensa para 
nossa realidade, mas que representou uma vitória para os trabalhadores daquela época.
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Importante!
Origem das lutas pela redução da jornada de trabalho: De acordo com a Organização 
Internacional do Trabalho (OIT), a redução da jornada de trabalho era um dos objetivos 
originais da legislação trabalhista. A principal técnica para alcançar essa meta, a 
imposição de limites de horas que podem ser trabalhadas em cada dia ou na semana, 
apareceu pela primeira vez em leis editadas em países europeus em meados do século 
XIX para reduzir a jornada de trabalho das crianças (OIT, 1967).
Você Sabia?
Para saber mais sobre o tema, leia o material disponível em: https://goo.gl/am9eU3
Ex
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Diante dessa situação, os trabalhadores começam a se organizar para reivindicar 
melhores condições de trabalho e a redução da jornada de trabalho. Percebe-se 
aqui o surgimento de uma organização da classe dos trabalhadores, uma primeira 
manifestação do chamado movimento operário.
Figura 5
Fonte: iStock/Getty Images
A organização dos trabalhadores tinha uma bandeira de luta que ainda hoje 
é válida, qual seja: reposição adequada das energias vitais, o atendimento das 
necessidades básicas, e a ampliação do “tempo livre” para a realização de atividades 
humanas para além do trabalho, tais como: educação, descanso, lazer, organização 
classista, entre outras.
Polato (2003, p. 156) afirma que “O tempo livre e o lazer têm, inevitavelmente, 
um caráter de classe, pois estão inseridos nas esferas das lutas políticas e ideológicas 
da classe trabalhadora”. Não há como discordar dessa afirmação, já que se não 
fossem pelas lutas do movimento operário, as jornadas de trabalho continuariam 
sem permitir que o trabalhador realizasse qualquer outra atividade além de produzir 
e repor as energias para voltar a produzir. 
13
UNIDADE Aspectos históricos da relação entre lazer e trabalho
Você pode perceber que, até este momento, o trabalhador não dispunha de 
nenhum “tempo livre”. Os poucos momentos de 
divertimento que aconteciam se limitavam ao 
consumo de bebidas nas tabernas e alguns 
festejos populares. Na maioria dos casos, não 
havia espaço para outras atividades diferentes da 
produção nas manufaturas.
Entretanto, aos poucos, esse cenário come-
çava a se alterar com as conquistas dos traba-
lhadores pela redução da jornada de trabalho, o 
que poderia garantir novas formas de apropria-
ção do tempo de não trabalho. Surge, então, 
uma maior preocupação dos empregadores em 
relação àquilo que seus empregados realizavam no momento em que não estavam 
dentro das fábricas.
O Surgimento do Lazer
Na seção anterior, falamos sobre a jornada de trabalho no surgimento da socie-
dade industrial. Nesse primeiro momento, demonstramos que a carga horária e as 
condições de trabalho impediam o trabalhador de qualquer apropriação com qua-
lidade do tempo livre. No entanto, esse cenário começa a ser modificado a partir 
das primeiras mobilizações e reinvindicações do movimento operário em relação à 
redução da jornada de trabalho.
Importante!
Em fala transcrita, proferida no II Ciclo de Debates Lazer e Motricidade, na Unicamp, 
o professor Ricardo Antunes apresentou sete teses sobre a relação entre tempo de 
trabalho e tempo livre, são elas: (I) redução da Jornada de Trabalho; (II) a conquista da 
redução da Jornada de Trabalho é condição necessária para a reflexão sobre o tempo 
de trabalho e o tempo da vida, bem como para uma vida dotadade sentido fora do 
trabalho; (III) uma vida cheia de sentido fora do trabalho supõe uma vida dotada de 
sentido dentro do trabalho; (IV) uma vida repleta de sentido dentro e fora do trabalho só 
é possível com o fim das barreiras entre o tempo de trabalho e o tempo de não trabalho 
(uma outra sociabilidade); (V) a luta pela redução da jornada de trabalho deve ser o 
centro das ações do mundo do trabalho; (VI) mesmo antes da conquista da redução é 
necessário defender o direito ao trabalho; e, (VII) luta pelo direito ao tempo livre. Você 
está de acordo com as teses levantadas para o autor? Na sua concepção, o que significa 
uma vida com sentido dentro e fora do trabalho? 
Trocando ideias...
Figura 6
Fonte: iStock/Getty Images
14
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Essa modificação na situação de vida dos trabalhadores, com a ampliação do 
tempo “livre” ou disponível, levou a uma maior preocupação dos empregadores 
com aquilo que os trabalhadores faziam nesses momentos. Relacionado a essa 
preocupação, encontra-se o surgimento do lazer, conforme veremos nesta Unidade.
Para compreendermos o surgimento do lazer, precisamos entender como foi 
se modificando a organização e percepção do tempo. Hoje é muito natural ao 
perguntarmos as horas e alguém olhar para o seu relógio ou Smartphone, mas 
esses aparelhos são invenções modernas. Sendo assim, como as pessoas faziam 
antes disso para saber as horas e minutos do dia? Será que a humanidade sempre 
se organizou a partir dessas unidades de medida do tempo? Como faziam para 
estabelecer o tempo de duração da jornada de trabalho? 
Thompson (1998) nos ajuda a responder algumas das questões acima, demons-
trando que a divisão do tempo nem sempre foi realizada da forma como a que co-
nhecemos atualmente. Em sociedades e comunidades mais antigas, a percepção do 
tempo estava diretamente ligada à realização de tarefas ou às condições climáticas. 
Em muitas dessas civilizações, havia, ao contrário de hoje, um descaso/desprezo 
pela pressa e pelo tempo rígido e cronometrado. 
Um exemplo do que estamos falando pode ser encontrado na disciplina Lazer 
e Entretenimento, quando Melo e Alves Junior (2003) demonstram que na Grécia 
Antiga o tempo livre era valorizado para o cultivo à atividade contemplativa e os 
valores nobres da época. Portanto, era um tempo para a reflexão e autoconhecimento 
e não um tempo a ser utilizado de forma rápida e eficiente.
Importante!
E. P. Thompson (1998) nos faz duas perguntas importantes sobre as mudanças na 
organização do tempo, são elas: De que forma a mudança no senso do tempo afetou a 
disciplina do trabalho? E até que ponto infl uenciou a percepção interna de tempo dos 
trabalhadores?
Importante!
É possível observar que naquelas sociedades, que se organizavam a partir da 
realização das tarefas, há pouca ou nenhuma separação entre o “trabalho” e a 
“vida”. Ou seja, o trabalho se mistura com as relações sociais e com outras atividades 
do cotidiano. A orientação pela tarefa leva em consideração o atendimento às 
necessidades humanas daquela época. Nesse sentido, não te parece que essa forma 
de organização seja, humanamente, mais compreensível do que a do trabalho de 
horário marcado?
Marcassa (2002) afirma que é a partir do século XVII que podemos perceber o 
movimento de controle e racionalização do tempo, por meio do desenvolvimento 
da ciência moderna, com o incentivo uso da razão para descobrir e dominar a 
verdade, até então revelada por explicações místicas ou religiosas.
15
UNIDADE Aspectos históricos da relação entre lazer e trabalho
Antes da Idade Moderna, a verdade “era revelada por Deus a seus representantes na Terra”. 
Temos, então, com o advento da Idade Moderna, a passagem do “teo” para o “antropo” 
centrismo. O homem passa a ser o centro das preocupações e, portanto, detentor de 
inteligência para desvendar os mistérios do mundo e, portanto, dominá-lo, a partir do 
pensamento, da observação e dos experimentos científicos.
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Figura 7
Fonte: iStock/Getty Images
Esse ímpeto em conhecer, explicar e controlar os fenômenos, como o funciona-
mento do mundo e do corpo humano, foi projetado também em conhecer e con-
trolar a vida social e, para seu controle, seria necessário quantificar, dividir e definir 
o ritmo do tempo social. Para auxiliar nesse controle, elaboraram-se instrumentos 
de medição do tempo, o mais conhecido deles o relógio mecânico.
Importante!
A invenção do relógio: Apesar de parecer um acessório banal – e muitas vezes em 
desuso - nos dias de hoje, o relógio, naquela época, era um importante instrumento 
para regular os novos ritmos da vida industrial e, ao mesmo tempo, uma das mais 
urgentes necessidades que o capitalismo industrial exigia para impulsionar seu avanço. 
Sua importância era tão grande que seu uso dentro das fábricas era proibido para evitar 
que os trabalhadores pudessem autocontrolar sua jornada de trabalho. Além disso, 
era um objeto muito caro para ser comprado por um trabalhador comum e, portanto, 
acabava sendo um patrimônio da família, além de um elemento de distinção de classe. 
Era comum entre os mais ricos a formação de “clubes de relógio”. Ademais, nessa época, 
chegaram a existir tentativas de criar leis para a taxação de relógios.
Você Sabia?
16
17
Figura 8
Fonte: iStock/Getty Images
A essa altura, você pode estar se perguntando o que o controle do tempo e 
a invenção do relógio têm a ver com o surgimento do lazer? Para responder a 
essa questão, é importante lembrarmos que no tópico anterior demonstramos que 
os trabalhadores não dispunham de tempo para realizar outra atividade além do 
trabalho e do descanso necessário para continuar a produzir. No entanto, por 
outro lado, já dissemos que os estudos de Thompson (1998) demonstravam que 
em sociedades mais antigas o cenário era diferente, pois havia uma clara distinção 
entre trabalho, diversão, descanso e convívio familiar e social.
Esses elementos permitem observarmos que nas sociedades pré-capitalistas não 
existia o lazer, já que não havia uma divisão entre tempo de trabalho e tempo de 
não trabalho. Marcassa (2002), então, afirma que a consolidação do capitalismo, a 
urbanização, a modernização das cidades e o processo de industrialização romperam 
com essa “falta” de organização e divisão do tempo. Passa a ser necessário, então, 
medir, controlar e definir as atividades a serem desenvolvidas em cada espaço de 
tempo. Ficando, dessa forma, evidente a divisão entre o tempo de trabalho e o 
tempo de não trabalho.
Assim que o trabalhador passa a ser contratado e remunerado por sua força 
de trabalho, a antiga orientação por tarefas começa a se tornar trabalho de 
horário marcado. Entretanto, no início das manufaturas era possível identificar 
uma multiplicidade de tarefas sendo realizada por um mesmo trabalhador. Essa 
característica ainda dificultava um rígido controle do ritmo de trabalho e tampouco 
uma especialização da tarefa a ser realizada.
17
UNIDADE Aspectos históricos da relação entre lazer e trabalho
Após essa clara separação do tempo, o trabalhador foi submetido a extensas 
jornadas de trabalho. Além disso, a introdução das máquinas nas manufaturas 
acabou por controlar o ritmo de trabalho e disciplinar os trabalhadores. O advento 
da tecnologia se juntou a outras estratégias de controle do tempo e de aumento 
da produtividade, tais como: folha de controle horário de trabalho, controlador/
supervisor do tempo, delatores e multas por atrasos, condenação moral às atividades 
desenvolvidas no momento de ócio, ataque moralista contundente aos costumes, 
hábitos e festejos populares.
Ao mesmo tempo, na seção anterior, também vimos que surgiram as primeiras 
organizações dos trabalhadores e com elas as lutas pela redução da jornada de 
trabalho e ampliação do “tempo livre”. Tratava-se também de uma resistência à 
tentativa dos empregadores de expropriar os trabalhadores de todo o conhecimento 
sobre o tempo. Diante desse cenário, Marcassa (2002), afirma:
[...] o chamado tempo livre é uma produção históricado processo mesmo 
de desenvolvimento capitalista que, por um lado ambiciona reduzir todo o 
tempo de vida do homem a tempo de trabalho e, por outro, é pressionado 
pelo movimento reivindicatório dos trabalhadores em favor da redução da 
jornada de trabalho. É fruto, pois, das contradições do próprio sistema 
capitalista, é uma conquista de classe.
De acordo com Melo e Alves Junior (2003), juntamente com a artificialização do 
tempo social e com a demarcação da jornada de trabalho, surge o que hoje definimos 
como lazer. Para os autores, o surgimento do lazer é consequência da organização 
e reivindicação por direitos das camadas populares e, concomitantemente, das 
tentativas de dissolução das formas de organização e controle da diversão.
Importante!
Pelos elementos que apresentamos até esse momento, é importante perceber o papel 
dos movimentos operários na conquista do “tempo livre”. Ou seja, a ampliação do 
tempo de não-trabalho não é apenas uma consequência da substituição do trabalho 
humano pelas máquinas e da vontade dos empregadores.
Importante!
É importante também destacarmos que a compreensão dessa separação entre 
os tempos (de trabalho, de não trabalho e “livre”) não foi consensual, devido à na-
tureza deles. Desde sua conquista, há a preocupação dos setores conservadores em 
controlar esse “novo tempo” garantido ao trabalhador. Isso porque, entre outros 
usos desse tempo, os trabalhadores também estavam utilizando esse período para 
se organizarem, para refletirem e compreenderem o funcionamento do modo de 
18
19
produção da sociedade capitalista. Uma bela representação desse tipo de aconte-
cimento é retratada no filme “Segunda-feira ao Sol” – já destacado na disciplina 
Lazer e Entretenimento. Daí o porquê da grande preocupação dos empregadores 
para com o que seus empregados faziam em seus momentos de ócio.
É muito fácil compreender o porquê dessa preocupação com o “tempo livre” dos 
trabalhadores, pois este tempo pode se tornar instrumento de resistência e luta. Então é 
compreensível a existência de discursos moralistas e com conotações punitivas no intuito 
de atrelar o ócio à vagabundagem, imoralidade, indolência e vadiagem. O próprio poder 
público, à época, tomava medidas coercitivas e criava espaço para novas atividades como 
forma de combater o ócio. 
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A partir desse pensamento de modernização e de racionalidade produtiva, 
houve um esforço generalizado em promover e desenvolver estratégias ligadas 
ao controle corporal da população, com o intuito de banir essa improdutividade 
ligada à vadiagem, preguiça, inutilidade atreladas ao ócio. Começa-se, então, a 
se constituir o lazer! A partir de atividades recreativas e educativas, construção de 
espaços e equipamentos específicos para sua prática. 
Com efeito, o tempo livre começa a fazer parte das preocupações dos 
governantes e industriais, a partir do momento que as atividades nele 
desenvolvidas, e entre elas o ócio como prática subversiva aos novos 
padrões de comportamento, opõem-se aos objetivos do capital. Se por 
um lado a ordem, a moral e o descanso eram vistos como elementos 
fundamentais para que o trabalhador apresentasse mais disposição para o 
trabalho, as práticas culturais do tempo livre, ao contrário, configuravam-
se como ameaça às normas e aos valores da sociedade vigente. Mais 
do que depressa, o divertimento passa a ser direcionado, disciplinado 
e conduzido por uma série de novas atividades lúdicas. Tratava-se de 
substituir o ócio por uma outra atividade moderna, mais “sadia”, mais 
“organizada”, mais “educativa”: o lazer (MARCASSA, 2002, s/n)
Até aqui você deve ter percebido que há um conflito social em torno do lazer? 
Se a classe trabalhadora conquista o “tempo livre” e pode utilizar a seu favor, 
empregadores e o próprio Estado tratam de se apropriar desse tempo para a 
execução de atividades orientadas para o divertimento esvaziado, estimulando a 
vertente funcionalista do lazer. Ou seja, o lazer surge como forma de controle 
social, afastando os trabalhadores do ócio indiscriminado. 
Esse cenário que descrevemos, até o momento, diz respeito a uma conjuntura 
histórica e global. Mas... será que ele apresenta conotações distintas no âmbito local? 
Em síntese, será que temos características diferentes no surgimento do lazer no Brasil?
19
UNIDADE Aspectos históricos da relação entre lazer e trabalho
Características Gerais da 
Origem do Lazer no Brasil
Estamos chegando ao final dessa segunda unidade de conteúdo. Na parte 
anterior realizamos um resgate histórico das lutas operárias para a conquista do 
“tempo livre” e, ao mesmo tempo, demonstramos a tentativa de controlar esse 
tempo, pela burguesia e pelo Estado, no estabelecimento de atividades orientadas 
(lazer) para que ele não fosse tão livre assim. Essa disputa e esse momento histórico 
marcam o surgimento do lazer. Adiante, falaremos disso com mais calma, mais por 
ora, é importante lembrar que as funções do lazer presentes em sua origem vão 
sofrer modificações ao longo do tempo.
Finalizamos a seção anterior nos indagando se no Brasil temos as mesmas 
características de surgimento do lazer que aquelas ocorridas nas principais países 
industrializados da época. Segundo Marcassa (2002), o começo das reivindicações 
e das organizações trabalhistas no Brasil aconteceu em fins do séc. XIX e início do 
séc. XX, quando o movimento operário consegue construir e definir melhor suas 
pautas e bandeiras de lutas para realizarem os primeiros movimentos grevistas.
Juntamente com as mobilizações dos trabalhadores, observaremos mudanças 
significativas na estrutura social brasileira. Em nome da modernidade e da 
racionalidade produtiva, havia um esforço generalizado pelo desenvolvimento de 
estratégias higiênicas ligadas ao projeto de controle corporal da população brasileira, 
em que a vadiagem, a preguiça, a inutilidade e a improdutividade significavam 
doenças sociais que precisavam ser banidas.
Importante!
A capoeira no Brasil: Em função dos discursos moralistas e religiosos acerca do uso do 
ócio, um conjunto de divertimentos populares no Brasil passou a ser controlado, pois se 
opunham a lógica de trabalho árduo e eram formas de manutenção de antigos estilos de 
vida, que incomodavam a nova ordenação social. Dentre as diversões populares que mais 
sofreram com o controle das autoridades públicas estava a capoeira, que permaneceu 
proibida no Brasil até os anos 1930. 
Você Sabia?
Assim como em outros países, também no Brasil, o lazer se desenhou a partir 
da necessidade de controle do “tempo livre” conquistado pela força do movimento 
operário, a partir da organização de classe dos trabalhadores. Cheibub (2014) 
afirma que, no Brasil:
“...as reivindicações e conquistas sociais ocorridas no início do século XX 
geraram a regulamentação da jornada de trabalho na década de 1930 
e, consequentemente, o aumento do tempo de não trabalho. Essa parte 
da história brasileira emoldura e ajuda a desenhar o caminho do lazer 
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enquanto direito, pois nesse período houve aumento das preocupações 
institucionais e governamentais com o lazer. Enxergado pela classe 
dominante como uma dimensão importante da sociedade, o lazer passou 
a ser visto como problema social.” (p.204) 
Os autores pioneiros sobre a finalidade dos espaços públicos de lazer no 
país tinham a preocupação em minimizar os problemas desencadeados pela 
modernidade. Estavam preocupados com as mazelas sociais, mas não em relação 
às injustiças sociais. (MELO E ALVES JUNIOR, 2003). As atividades recreativas, 
numa visão funcionalista, eram entendidas como remédios para mascarar os 
sintomas dos problemas sociais. Além disso, eram utilizadas como instrumentos 
para a manutenção da saúde e recuperação da força de trabalho.
Essa visão desencadeou algumas ações no Brasil, descritas por Cheibub (2014).
Como resultado do crescimento da visibilidade do lazer como questão 
social, observou-se, entre as décadas de 1920 e 1940, a construção de 
parques públicosurbanos e a criação de serviços públicos de recreação. 
Outro marco importante para esse processo foi o surgimento do sistema 
S – entre as instituições que o compõem, destacamos o Serviço Social 
do Comercio (SESC), que, a partir dos anos de 1950, passou a oferecer 
sistematicamente atividades programadas de lazer (p. 204).
Podemos perceber, então, a partir desse resgate histórico que as atividades de 
lazer sugiram somente após a conquista do “tempo livre” para sua realização e 
que foram fruto das preocupações conservadoras sobre quais tipos de atividades 
os trabalhadores se dedicariam nesse período. Então, para “minimizar os riscos”, 
desenvolveram atividades e criaram espaços onde pudessem ser realizadas.
Tudo bem... compreendemos como se deu o processo de conquista do “tempo 
livre” e entendemos que o lazer surgiu como resultado dessas lutas e, ao mesmo 
tempo, como forma de controle da classe trabalhadora. No entanto, provavelmente, 
você deve estar se perguntando se o lazer mantém essas características até os 
dias de hoje? Essa é uma questão pertinente, sobretudo quando é notório que a 
sociedade brasileira passou por muitas mudanças desde a década de 1930. 
Para buscar respostas a essa questão, algumas áreas de conhecimento e autores 
de referência se dedicaram ao estudo do lazer frente às mudanças no mundo do 
trabalho e na própria sociedade. Essas transformações e o impacto delas sobre o 
tempo livre ou de não-trabalho será o tema de nossa próxima unidade.
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UNIDADE Aspectos históricos da relação entre lazer e trabalho
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Título do Livro
ADORNO, Theodor. Tempo Livre. In: Palavras e Sinais, modelos críticos 2. Petrópolis: 
Vozes, 1995, pp. 70-82.
CHAUÍ, M. Introdução. In: Lafargue, P. O direito à preguiça. São Paulo: Hucitec, 1999.
HOBSBAWN, E. Era dos extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: 
Companhia das Letras, 1995.
 Filmes
Segunda-feira ao Sol.
Espanha, 2002. Direção: Fernando Leon de Aranoa. Duração: 113 min.
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Referências
ANTUNES, R. Tempo de trabalho e tempo livre: algumas teses para discussão. 
In: BRUHNS, H. e GUTIERREZ, G. L. Representações do lúdico: II Ciclo de 
Debates Lazer e Motricidade. Campinas: Autores Associados/FEF UNICAMP, 
2001 pp. 21-25.
CHEIBUB, B. L. A história do “turismo social” no Serviço Social do Comércio 
– SP. 2014. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-graduação em História, Política 
e Bens culturais - Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, 2014.
MARCASSA, L. Do ócio ao lazer: uma (re)significação dos usos do tempo livre 
na cidade de São Paulo (1888-1935). 2002. Dissertação (Mestrado em Educação) 
– Faculdade de Educação, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2002. 
MELO, V. A.; ALVES JUNIOR, E. D. Introdução ao lazer. Barueri: Manole, 2003.
POLATO, T. H. P. Lazer e Trabalho: algumas reflexões a partir da ontologia do 
ser social. Revista Motrivivência. Ano XV, nº 20-21, P. 139-162 Mar/Dez-2003.
THOMPSON, E. P. Tempo, disciplina de trabalho e o capitalismo industrial. 
In: Costumes em comum: estudos sobre a cultura popular e tradicional. São Paulo: 
Companhia das Letras, 1998.
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