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HIPERTENSÃO EM CRIANÇA E ADOLESCENTE

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HAM 3
Isabella Afonso
A prevalência atual de HA na idade pediátrica
encontra-se em torno de 3% a 5%,3-5
enquanto a de PH atinge 10% a 15%,3,4,6,7
sendo tais valores principalmente atribuídos
ao grande aumento da obesidade Infantil.
 A etiologia da HA pediátrica pode ser
secundária, mais frequentemente associada a
nefropatias, ou primária, atribuída a causas
genéticas com influência ambiental e
predomínio em adolescentes.
Quanto mais jovem a criança, maior a chance
de se tratar de HA secundária.
 As nefropatias parenquimatosas,
renovasculares e obstrutivas são responsáveis
por aproximadamente 60-90% desses casos,
podendo acometer todas as faixas etárias
(infantes, crianças e adolescentes), mas são
mais prevalentes em crianças mais jovens com
maiores elevações da PA. 
Os distúrbios endócrinos, como o excesso de
mineralocorticoide, corticoide ou
catecolaminas, as doenças da tireoide e a
hipercalcemia associada ao
hiperparatireiodismo, correspondem a
aproximadamente 5% dos casos.
A coarctação da aorta é diagnosticada em 2%
dos casos, sendo 5% dos casos atribuíveis a
outras etiologias, como efeitos adversos de
drogas vasoativas e imunossupressores, abuso
de drogas esteroides, alterações no sistema
nervoso central e aumento da pressão
intracraniana.
DEFINIÇÃO
Considera-se Hipertensão Arterial na
Infância e Adolescência, valores de
pressão arterial sistólica e/ou diastólica
iguais ou superiores ao
Percentil 95 para sexo, idade e percentil da
altura em três ou mais ocasiões diferentes.
Define-se como PH quando a PAS/PAD ≥ p
90 < p 95 e ≥120/80 mmHg e < p 95 em
adolescentes.
Considera-se HA estágio 1 para valores de
medida entre o p 95 e 5 mmHg acima do p
99 e, HA estágio 2 para valores > estágio 1. 
Os percentis de altura podem ser obtidos por
meio dos gráficos de crescimento do CDC.12
Os diagnósticos de HAB e de HM em
pediatria podem ser feitos com base nos
critérios de normalidade da MAPA já
estabelecidos.
Métodos de medição da PA
A medição da PA em crianças é
recomendada em toda avaliação clínica
após os três anos de idade, devendo
respeitar as padronizações de medição
estabelecidas.
 As crianças menores de 3 anos
deverão ter a PA avaliada em situações
especificas
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A PAS de membros inferiores deve ser avaliada sempre
que a PA medida em membros superiores estiver
elevada.
 Essa avaliação pode ser realizada com o paciente em
posição deitada, com o manguito colocado na região da
panturrilha, cobrindo pelo menos dois terços da distância
entre o joelho e o tornozelo. 
A PAS medida na perna pode ser mais elevada do que no
braço pelo fenômeno da amplificação do pulso distal. Se a
PAS da perna estiver mais baixa que a PAS medida no
braço, há sugestão de diagnóstico de coarctação da aorta.
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AFERIÇÃO: 
Medir a circunferência do braço para a escolha do
manguito: 
1º passo: Medir a distância do acrômio ao olécrano;
 2º passo: Identificar o ponto médio da distância entre o
acrômio e o olécrano;
3º passo: Medir a circunferência do braço nesse ponto
médio. A partir dessa medida, seleciona-se o manguito
adequado para a medida, que deve cobrir 40% da largura
e 80 a 100% do comprimento.
Não se deve avaliar especificamente pela faixa etária do
paciente, mas sim pela medida da circunferência do
braço, conforme especificado acima.
 Em serviços pediátricos, deve- -se ter disponibilidade
completa de manguitos, devido à extensa faixa etária e
variação de tamanho da população que é atendida (desde
recém- -nascidos até adolescentes obesos).
Após a escolha do manguito adequado: 
4º passo: Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2a 3 cm
acima da fossa cubital;
 5º passo: Centralizar o meio da parte compressiva do
manguito sobre a artéria braquial;
 6º passo: Estimar o nível da PAS (pressão arterial
sistólica) pela palpação do pulso radial;
 7º passo: Palpar a artéria braquial na fossa cubital e
colocar a campânula ou o diafragma do estetoscópio sem
compressão excessiva; 
8º passo: Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30
mmHg o nível estimado da PAS obtido pela palpação; 9º
passo. Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2
mmHg/se-gundo); 
10º passo: Determinar a PAS pela ausculta do primeiro
som (fase I de Korotkoff) e, após, aumentar ligeiramente a
velocidade de deflação;
11º passo: Determinar a PAD (pressão arterial diastólica)
no desaparecimento dos sons (fase V de Korotkoff);
 12º passo: Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do
último som para confirmar seu desaparecimento e depois
proceder à deflação rápida e completa.
13º passo: Se os batimentos
persistirem até o nível zero, determinar
a PAD no abafamento dos sons (fase IV
de Korotkoff) e anotar valores da
PAS/PAD/zero; 
14º passo: Anotar os valores exatos
sem “arredondamentos”, lembrando
que, pelo método auscultatório, o
intervalo entre os valores marcados no
manômetro e de 2 mmHg.8
Na medição, a criança deve estar
sentada, calma por pelo menos cinco
minutos, com as costas apoiadas e
os pés apoiados no chão, devendo-
se evitar o uso de alimentos e
bebidas estimulantes. 
 
A medição deverá ser feita no braço
direito, em virtude da possibilidade
de coarctação de aorta, apoiado ao
nível do coração.
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