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Monique Araujo Formação das Estrelas À medida que o Universo esfriava e se acalmava, cada nuvem separada de hidrogênio e hélio se tornava uma galáxia separada de estrelas unidas pela gravidade. À medida que colidiam, o atrito gerava temperaturas tão elevadas que os átomos “perdiam” seus elétrons. Os núcleos de hidrogênio começaram a se fundir, formando íons de hélio. Essas reações de fusão liberaram uma grande quantidade de calor/energia, de acordo com a equação de Einstein E = mc2, em que a perda de uma pouquinho de massa resulta em energia multiplicada pelo quadrado da velocidade da luz. Conforme o hidrogênio começa a queimar, milhões de toneladas de matéria são transformadas em energia a cada segundo, e uma estrela nasce. As primeiras estrelas se formaram apenas cerca de 200.000 anos após o Big Bang. O universo está repleto de uma enorme variedade de objetos medidos por sua massa. Os maiores objetos são estrelas, que produzem sua própria energia. As maiores estrelas têm até 20 vezes mais massa do que o Sol. Os menores objetos do Universo são partículas de poeira visíveis apenas sob um microscópio, e caem na atmosfera da Terra a uma taxa de cem toneladas por dia. Os planetas são objetos de médio alcance. Sua massa não é suficiente para produzir sua própria energia por meio de reações de fusão de hidrogênio. As estrelas vêm em uma variada gama de tamanhos e densidades, e evoluem com o tempo de um tipo para outro. A maioria das estrelas próximas de nós é vermelha, mas a que conhecemos é o Sol, uma estrela amarela estável queimando hidrogênio. Quando seu hidrogênio se esgotar, em cerca de 5 bilhões de anos, o Sol passará a queimar hélio. Como sua fusão é mais quente e produz mais energia, a pressão da energia extra expandirá o Sol até que ele se torne uma gigante vermelha. Monique Araujo Quando o combustível de hélio acabar, a gigante vermelha se transformará em uma anã branca. Então o Sol irá esfriar lentamente até se tornar uma estrela cinza, chamada de anã negra, do tamanho da Terra e com 200.000 vezes sua massa. Nenhuma anã negra foi encontrada ainda porque o Universo não é velho o suficiente para que se tenha concluído o lento processo de resfriamento. Algumas estrelas amarelas, aquelas que são maiores que o nosso Sol no início, tornam-se gigantes vermelhas maiores que ele, e quando seu estágio de gigante vermelha termina, elas não encolhem em anãs brancas. Nelas, elementos mais pesados são criados e queimados: carbono, nitrogênio, oxigênio, magnésio e ferro. O ferro não pode ser usado como combustível estelas, assim, a produção de energia para e a gravidade assume. O núcleo da estrela implode e desencadeia uma imensa explosão das camadas externas que estilhaça a maior parte da estrela em pedacinhos. Apenas o núcleo sobrevive como uma anã branca, uma estrela de nêutrons (minúscula e extremamente densa), também chamada de buraco negro, algo tão denso que nem a luz consegue escapar de seu campo gravitacional. Essa autoaniquilação explosiva de uma estrela é chamada de supernova e apenas estrelas com pelo menos seis vezes mais massa que o nosso Sol pode se tornar supernovas. Essas supernovas são as fornalhas cósmicas a partir das quais novos elementos são formados e iniciam a formação de buracos negros. Uma estrela com cerca de 10 vezes mais a massa do Sol pode ter um núcleo implodido com quatro vezes mais a massa do Sol. Caso isso ocorra, a gravidade é tão imensa que toda a matéria desaparece e um buraco negro permanece, deixando apenas um campo gravitacional tão forte que impede a luz de escapar. O centro do buraco negro é denominado de singularidade; um buraco negro criado por uma estrela de dez massas solares tem um diâmetro de apenas 64km, mais ou menos. Astrônomos suspeitam que buracos negros massivos existem no centro da maioria das galáxias, como parece ser no centro da Via Láctea. Nosso buraco negro, com alguns milhões de massas solares, é chamado de SgA (Sagitários A*), porque parece estar na constelação de Sagitário do hemisfério sul. Enormes supernovas tornam-se buracos negros. As menores (entre três e seis massas solares) explodem para fora em vez de implodir. Em seus núcleos de combustão, o hidrogênio é transformado em hélio e em seguida o hélio se torna Monique Araujo carbono, núcleos são fundidos em núcleos cada vez maiores, como oxigênio, cálcio e assim por diante, por meio da tabela periódica dos elementos. Em algum ponto ocorre a explosão, expelindo a maior parte da estrela de volta ao espaço como gás, mas agora contendo átomos complexos que sustentam a vida. Apenas supernovas podem criar elementos superiores ao ferro, o que faz com que todos os elementos da tabela periódica tenham sido constituídos dessa maneira, ou seja, as explosões de estrelas criaram os elementos que tornam possível a vida na Terra.
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