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Coleta de sangue

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Fase pré-analíticaColeta de sangue
Práticas funcionais
É a fase que mais pode prejudicar o resultado, pois implica a abordagem do médico, preparação do paciente, coleta da amostra, armazenamento e transporte. 
A principal responsabilidade por essa etapa é do médico, no momento de solicitação do exame.
· Preparação do paciente;
· Coleta da amostra;
· Manuseio do material.
ETAPAS
· Requisição do exame com direcionamento e detalhamento (informar a suspeita quando o exame não for de rotina);
· Preparo do paciente;
· Tipo de material e quantidade de anticoagulante;
· Horário de coleta de determinados exames;
· Tipo de coleta de determinados exames;
· Identificação e acondicionamento da amostra;
· Cuidados no transporte e preservação da amostra;
· Preparação para coleta.
REQUISIÇÃO DE EXAME
· Completo (nome, gênero, idade);
· Dados relevantes – avaliar os resultados
· Variações no resultado:
· Teste inapropriado 
· Solicitação não legível 
· Recomendações não especificadas 
· Informações incorretas
AMBIENTE PARA COLETA
· Pisos impermeáveis, laváveis e resistentes à desinfetantes;
· Paredes lisas, resistentes e com divisórias;
· Ventilação natural ou artificial;
· Iluminação adequada – perfeita visualização;
· Janelas protegidas de insetos;
· Espaço adequado para mobilidade;
· Bancada com cantos arredondados e impermeável;
· Cadeira com braçadeira regulável;
· Lixeira – lixo comum e material potencialmente infectante.
ORIENTAÇÃO AO USUÁRIO
ORIENTAÇÕES ESCRITAS E VERBAIS
· Jejum requerido (necessidade e tempo) ou apenas quais cuidados na alimentação em caso de ausência de jejum;
· Identificação – documento oficial;
· Horário da coleta;
· Anamnese destacando se faz uso de medicamento, exercício físico, última menstrução, stress, idade).
CADASTRO DO PACIENTE
· Solicitar documento com fotografia
· Número registro;
· Nome completo, idade, DN, sexo, nome da mãe;
· Telefone e endereço;
· Exames solicitados – requisição médica;
· Informações: tempo em jejum, quais medicamentos, indicação ou observação clínica.
PRÉ-COLETA
· Trata-se de um processo abrangente que deve analisar diversos fatores: uso de medicamentos; estado emocional; jejum; atividade física; obtenção e preservação da amostra.
· Os materiais que são usados para calota de sistema a vácuo:
1. Garrote;
2. Curativo adesivo;
3. Escalpe descartável com dispositivo de segurança;
4. Agulhas descartáveis com dispositivo de segurança;
5. Adaptador de agulhos;
6. Tubos a vácuo.
· Os materiais que são utilizados para coleta com seringa e agulha:
1. Garrote;
2. Curativo adesivo;
3. Seringa;
4. Agulha;
5. Escalpe descartável com dispositivo de segurança;
6. Tubos.
· Os materiais que são utilizados para coleta por punção digital:
1. Cartão de coleta com círculos demarcados em papel-filtro e área para identificação da amostra;
2. Lanceta;
3. Suporte para secagem do papel-filtro.
NORMAS PARA AGULHAS
· Tipo Bisel bifacetado ou trifacetado (com silicone);
· A unidade de medida é dada em MM ou em Gauge (G);
· Agulha 21G: São utilizadas para coletas em usuários que possuem veias com grosso calibre e facilmente visualizadas;
· Agulha 22G: São utilizadas para coletas em usuários que possuem veias com médio calibre (difícil acesso venoso);
· Escalpe (borboleta) é utilizada para difícil acesso venoso.
NORMAS PARA TUBOS
· Podem ser de vidro ou de plástico;
· Devem possuir tampa segura que proporcione uma completa vedação do conteúdo, que pode ser removida manualmente ou mecanicamente e não se desprendam (homogeneização e centrifugação.) 
TUBOS A VÁCUO
· Devem ser de vidro ou plástico com tampas que possuam cores padronizadas de acordo ao anticoagulante;
· Obrigatório que seja transparente, ou seja, com visão do conteúdo e superfície interna; estéreis; possuir espaço para homogeneização e ter tampas seguras.
NÃO REUTILIZAR OS TUBOS – RESÍDUOS INTERFEREM NO RESULTADO
ORDEM DOS TUDOS:
1. Hemocultura
2. Citrato
3. Metais sem aditivo
4. Gel/seco
5. Heparina
6. Meatais com aditivo
7. EDTA
8. PPT
9. Fluoreto
PREPARAÇÃO DO PROFISSIONAL
TRANSMISSÃO DE AGENTES INFECCIOSOS
· Contato direto;
· Acidentes com perfurocortantes;
· Respingo de sangue – pele ou mucosas;
· Inalação de aerossóis.
· Contato indireto
· Pele ferida ou mucosa com superfícies, mãos e/ou luvas contaminadas;
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)
· Avental ou jaleco com longas mangas que vão até os punhos;
· Luvas descartáveis que devem ser trocadas em cada coleta;
· Óculos;
· Roupas e calçados que cubram pernas e pés.
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
· Higienização simple:
Água e sabão – remoção mecânica
· Higienização antisséptica:
Água e sabão antisséptico, além de:
Alcoóis, clorexidina, compostos de iodo, iodóforos e triclosan
PREPARAÇÃO PARA COLETA
· Identificação da amostra.
· Cuidados ao calçar luvas:
· Mãos limpas e secas;
· Cuidado para não rasgar;
· Mangas do jaleco – sob as luvas.
Fase da coleta
AMOSTRA – MATERIAL BIOLÓGICO
· Líquidos, secreções, excreções, fragmentos de tecido, sangue:
· Tecido líquido, movimento unidirecional constante, elementos sólidos, gasosos e líquidos;
· Transporte de O2, CO2, nutrientes e excreção;
· Punção venosa, punção arterial e punção capilar.
PUNÇÃO VENOSA
· Sangue venoso que circula da periferia para o centro do sistema circulatório: o coração.
· É o mais usado em laboratórios
· A coleta é feita com agulhas e seringas estéreis e descartáveis ou por meio de tubos com vácuo adaptados a agulhas estéreis, com ou sem anticoagulantes;
· Preferência pelas veias intermediárias cefálica e basílica;
· Outras opções: Veias jugulares, veio femoral, seio sagital superior.
PUNÇÃO ARTERIAL
· Sangue arterial é o sangue oxigenado pelos pulmões e bombeado pelo coração pera todos os tecidos. É essencialmente uniforme em sua composição.
· São utilizadas a artéria femoral, a artéria radial (pulso) ou a artéria braquial.
· Através da amostra de sangue arterial, o laboratório pode determinar concentrações de oxigênio e de dióxido de carbono, assim como a acidez do sangue, que não pode ser mensurada em uma amostra de sangue venoso.
PUNÇÃO CAPILAR
· Utilizado na hemotologia, em pesquisa de hemoparasitos, na coleta de amostras para execução de microtécnicas e em provas de coagulação.
· É uma mistura de sangue venoso e arterial.
· O sangue capilar é obtido através da pele. Trata-se de vasos de pequeno calibre.
· Vantagens:
· Fácil obtenção, locais alternados, mínimo de treinamento e equipamento;
· Desvantagens:
· Quantidade limitada e falta de precisão.
SE ATENTAR EM
ÁREAS NÃO DEVEM SER PUNCIONADAS:
· Área com terapia ou hidratação intravenosa;
· Áreas com hematoma, ferimentos, abscessos, outras lesões;
· Veias já sofreram trombose – pouco flexíveis;
· Múltiplas punções recentes.
ANTISSEPSIA DO LOCAL
· Reduzir risco de contaminação – amostra e local da punção;
· Completa secagem da área – hemólise e ardência (não assoprar, abanar ou tocar)
PARA VISUALIZAÇÃO DAS VEIAS
· Abrir e fechar a mão;
· Massagear – sentido punho para o cotovelo;
· Garrotear:
· 10 cm do local puncionado – contaminação;
· Pouco apertado – não interromper o fluxo arterial;
· Não garrotear mais de 1 min.
COMO OBTER SANGUE, PLASMA E SORO
SANGUE TOTAL 
· Sangue contendo anticoagulante (células + suspensão);
· Amostras homogêneas;
· Hematologia – morfologia celular preservada.
PLASMA
· Fase líquida (suspensão) - 93% de água, sódio, gases, nutrientes, hormônios, enzimas e proteínas;
· Tubo com anticoagulante especifico;
· Amostra isenta de coagulo (anticoagulante suficiente e homogeneização);
· Glicose, provas de coagulação.
SORO
· Fase líquida após coagulação;
· Coleta sem anticoagulante – retração do coágulo;
· Não contém fatores da coagulação;
· Bioquímicos e sorológicos.
GEL SEPARADOR
Atua como uma barreira física para partes sólidas e líquida após centrifugação, além que de permite usar tubo primário na realização do exame.
Evita transferência de tubo:
· Elimina riscos troca de amostras;
· Otimiza o trabalho;
· Reduz acidentes de trabalho.
ANTICOAGULANTES
São substâncias que servem para prevenir a coagulaçãoe retardar a deterioração do sangue. Deve-se ressaltar que são específicos por análise. Além disso são usados quando se necessita de sangue total ou plasma para algumas análises.
Interferem no mecanismo de coagulação in vitro, pois inibem a formação da protrombina (proteína precursor trombina) ou trombina.
Os mais usados são:
· EDTA- ácido etileno diamino tetra acético;
· Heparina
· Oxalatos;
· Citratos;
· Polianetol sulfonato de sódio.
HEPARINA
· Melhor anticoagulante, pois evita hemólise
· Gasometria arterial e testes de fragilidade osmótica;
· Dificulta - contagem leucócitos e plaquetas, uma vez que resulta na aglutinação celular
· Usado em exames bioquímicos – melhor / alto custo
OXALATO
· Sódio, amônio.
· Presente em provas de coagulação;
· Potássio – dosagem uréia e creatinina
· Lítio – dosagem ácido úrico
· Remoção de cálcio – precipitação (agentes descalcificantes)
· Desvantagem: inibição fosfatase ácida, amilase e desidrogenase.
EDTA (ÁCIDO ETILENO-DIAMINO-TETRA-ACÉTICO)
· Ação: retirada do cálcio (quelação)
· Determinações bioquímicas e hematológicas
· Liga-se ao cálcio – sal solúvel (bloqueia formação de protrombina)
· Acondicionamento – 2 a 3 horas após a coleta (refrigerado)
· Contagem de células sanguíneas e plaquetas (impede agregação)
CITRATO DE SÓDIO
· Ação: retirada do cálcio (captação)
· Provas de coagulação
· Liga-se ao cálcio – sal insolúvel
· Estudo da coagulação sanguínea e transfusões de sangue
FLUORETO DE SÓDIO
· Solução EDTA e Fluoreto
· Hemoculturas
· Impede glicólise (inibição enzimática)
· EDTA bloquea cálcio ionizado (EDTA-Ca)
· Fluoreto inibe a glicólise – glicose estável (15 e 30°C)
INTERFERENTES BIOQUÍMICOS
· Excesso – dilui o sangue (determinações quantitativas)
· OXALATO AMÔNIO – dosagem uréia
· Oxalato – inibe amilase, fosfátase ácida
· EDTA potássico – dosagem de potássio
· CITRATO – inibe amilase
· Maioria redução de cálcio total
INTERFERÊNCIAS NA COLETA DE SANGUE
HEMATOMA
Extravasamento de sangue – tecido adjacente
· Veias mais finas que a agulha; 
· Coleta repetida mesma veia ou redirecionamento da agulha – 
· Agulha retirada antes soltar o garrote - Manga da blusa usuário – como um garrote;
· Após punção – pressão local por tempo insuficiente ou esfregado
· Dobrar o braço
HEMÓLISE
Rompimento da membrana da hemácia
Liberação hemoglobina (rejeição de amostras)
· Transferir material sem agulha e suavemente para o tubo – 
· Homogeneizar suavemente por inversão
· Utilizar tubo primário – ressuspensão das hemácias junto ao soro 
· Transporte – posição vertical
· Temperatura (20 e 26ºC)
· Centrifugação interrompida bruscamente
· Sangue total em contato com gelo
LIPEMIA
Grande quantidade de lipídeos no sangue. 
Aspecto turvo (leitoso) no soro ou plasma. 
· Lipemia permanente: tratamento com antiretroviarais
· Lipemia transitória: comum após ingestão de alimentos gordurosos
POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES
TROMBOSE E TROMBOFLEBITE 
· Traumatismo da veia – picadas múltiplas 
· Fator – infecção pelo material contaminado ou assepsia ruim
HEMORRÁGIA 
· Doença hemorrágica – sangramento prolongado 
· Causa básica corrigida
LIPOTIMIA 
· Pessoas emotivas, subnutridas ou hipoglicêmicos 
· Debilidade geral, palidez e sudorese 
· Preparo psicológico prévio, posição deitada 
· Crianças: abordagem especial, evitar contenção a força, traumatizadas por ameaças

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