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RECONHECIMENTO DO PEDIDO OU INÉRCIA - CPC 2022

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Caderno de Resumos – Direito Processual Civil II - 2022
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Direito Processual Civil II 
Da Comunicação Dos Atos Processuais
RECONHECIMENTO DO PEDIDO OU INÉRCIA
Introdução
Realizada a citação do demandado, poderá este último adotar diferentes comportamentos, tais como apresentar resposta ou reconhecimento de procedência do pedido, ou até mesmo ficar inerte, podendo gerar revelia.
Reconhecimento Da Procedência Do Pedido
Uma vez citado, o demandado poderá constituir advogado e peticionar nos autos pelo
reconhecimento de procedência do pedido.
Nesse caso, o juiz deverá julgar conforme o estado do processo, prolatando sentença resolvendo o mérito.
No caso de reconhecimento parcial de procedência do pedido, o magistrado poderá, desde logo, proferir um julgamento antecipado parcial do mérito, sendo constituído imediatamente um título executivo judicial que permite ao credor executar o devedor daquela parcela incontroversa.
Ausência De Resposta (Revelia)
Citado o demandado, caso não apresente resposta, ou responda intempestivamente, poderá ser considerado revel. 
Nota-se, portanto, que revelia nada mais é do que a ausência jurídica de resposta na forma e tempo devidos. Tal comportamento gera três efeitos, quais sejam:
a. presunção de veracidade ou confissão ficta: os fatos alegados pelo autor serão reputados
verdadeiros, não vinculando, contudo, a fundamentação jurídica exposta na petição inicial, ou seja, a presunção de veracidade é relativa, pois não incide sobre o direito da parte, mas sobre a matéria de fato;
b. julgamento antecipado do pedido, caso o réu não se faça representar nos autos a tempo;
c. desnecessidade de intimação, hipótese em que os prazos contra o revel fluirão a partir da
publicação do ato decisório no órgão oficial.
Conforme o art. 345 do CPC, não haverá o efeito material da revelia quando houver pluralidade de réus e algum deles contestar a ação; quando o litígio versar sobre direitos indisponíveis; quando a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do ato, a despeito da resposta do réu; quando as alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou estiverem em contradição com prova constante dos autos. O referido ato normativo deve ser interpretado em conjunto com o art. 341 do CPC, de forma que não haverá presunção de veracidade ou confissão em todas as hipóteses mencionadas nos dois dispositivos legais.
Vale destacar que o demandado revel poderá intervir no feito em qualquer fase do processo,
recebendo-o no estado em que se encontrar, bem como produzir provas, contrapostas às alegações do autor, desde que se faça representar nos autos a tempo de praticar os atos processuais indispensáveis a essa produção.
Diferença Entre Contumácia, Revelia E Ônus Da Impugnação Especificada Da Prova
A contumácia é estado de inércia de qualquer das partes. De fato, incorre em contumácia qualquer das partes que deixa de exercer atividade no processo num momento em que, em tese, deveria atuar (em qualquer momento procedimental). Assim, tanto o autor quanto o réu podem incorrer em contumácia.
A revelia é uma espécie de contumácia, ou seja, é a inércia do demandado, que não apresenta sua contestação, ou o faça de forma intempestiva.
Quanto ao ônus da impugnação especificada da prova, é fato que o mesmo diz respeito ao dever de o demandado rebater, por ocasião da sua contestação, todos os fatos afirmados pelo demandante, pontualmente, de modo que, os fatos não impugnados, serão tidos como verdadeiros.
O ônus da impugnação especificada é aplicado a qualquer das partes do processo e não só ao demandado. Não se aplica, todavia, ao advogado dativo, curador especial e ao defensor público, pois estes podem apresentar contestação por negativa geral.
Pode acontecer de a peça de defesa do réu trazer fatos extintivos, modificativos ou impeditivos do direito do autor; nesse caso, o juiz deverá abrir vista ao demandante para que ele, querendo, apresente réplica. Neste momento, o autor poderá impugnar os fatos extintivos, modificativos ou impeditivos trazidos pelo réu.
Revelia Em Desfavor Da Fazenda Pública
Em regra, não há revelia em desfavor da Fazenda Pública, pois esta última atua em juízo na defesa de direito indisponível. Portanto, o efeito material não seria gerado em relação à Fazenda Pública.
Revelia Nos Embargos À Execução
Como se sabe, o oferecimento dos embargos à execução permite que seja instaurada uma nova demanda, tendo em vista que a doutrina é tranquila quanto à sua natureza jurídica de ação.
Porém, se o embargado não apresentar resposta, não haverá que se falar em revelia. O
fundamento é que o embargado já tem presunção que lhe favorece, visto que tem, em suas mãos, um título executivo extrajudicial revestido de certeza, de liquidez e de exigibilidade.

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