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Fisioterapia em cardiologia (1)

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Fisioterapia 
em 
CARDIOlogia 
24 páginas 
 
 
 
 
 
Stamp
SUMÁRIO 
Sumário 
Abreviações: .............................................................................................................................. 3 
Anatomia do Coração .............................................................................................................. 3 
Ciclo cardíaco ............................................................................................................................ 4 
Morfologia .................................................................................................................................. 4 
Ondas ECG.................................................................................................................................. 4 
Impulso cardíaco ...................................................................................................................... 5 
Vasos sanguíneos ...................................................................................................................... 6 
Semiologia ................................................................................................................................... 6 
Cardiopatias congênitas acianótica ..................................................................................... 8 
Cardiopatias congênitas cianóticas ................................................................................... 10 
Aterosclerose .......................................................................................................................... 12 
Insuficiência Cardíaca Congênita ...................................................................................... 13 
Valvulopatias ............................................................................................................................ 14 
Arritmias ................................................................................................................................... 17 
Tríade de Virchow ................................................................................................................. 19 
Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) ................................................................................. 20 
Miocardiopatia ......................................................................................................................... 21 
Trombose Venosa Profunda (TVP) .................................................................................... 23 
Aneurisma Aorta .................................................................................................................... 24 
Escalas de Avaliação ............................................................................................................. 25 
 
 
 
 
 
Abreviações: 
ECG: eletrocardiograma; PCA: persistência do canal arterial; 
CIA: comunicação interatrial; CIV: comunicação interventricular; 
IAM: infarto agudo do miocárdio; HAS: hipertensão arterial sistêmica; 
ICC: insuficiência cardíaca congestiva; TVP: trombose venosa profunda; 
MMII: membros inferiores; VD: ventrículo direito; VE: ventrículo 
esquerdo; 
FC: frequência cardíaca; FR: frequência respiratória, QV: qualidade de 
vida; 
AVD: atividade de vida diária; VES: volume ejetado sistólico 
TMI: treinamento especifico dos músculos ventilatórios; AD: átrio direito; 
AE: átrio esquerdo; EAP: edema agudo de pulmão; H2O: água; 
BIPAP: pressão positiva em vias aéreas a dois níveis; Va/Q: ventilação 
perfusão 
CPAP: Pressão positiva contínua das vias aéreas; DC: débito cardíaco 
BPM: batimento cardíaco por minuto; UMA: uso de musculatura acessória 
 
Anatomia do Coração 
 
 
Ciclo cardíaco 
 
Divide-se em dois períodos: sistólico e diastólico. No período 
diastólico, os átrios direito e esquerdo se contraem forçando a passagem do 
sangue através das válvulas tricúspide (lado direito) e mitral (lado esquerdo) 
para os ventrículos. No período sistólico, os ventrículos se contraem forçando 
a passagem do sangue através das valvas semilunares para os pulmões, para 
oxigenação, e pela aorta, para os tecidos do corpo. 
 
Morfologia 
 
 
Nas veias, o sangue segue dos tecidos do corpo em direção ao coração; 
nas artérias, o sangue flui do coração para as diferentes partes do corpo. 
 
Ondas ECG 
 
Onda P: compreende aos potenciais elétricos gerados na despolarização 
atrial. 
Intervalo PR: Tempo de condução do nó sinusal até os ventrículos. 
Complexo QRS: compreende aos potenciais elétricos à despolarização 
ventricular. 
Segmento ST: início da repolarização ventricular. 
Onda T: repolarização do músculo ventricular. 
Intervalo QT: intervalo entre o início da despolarização ventricular e o 
término da repolarização ventricular (contração do ventrículo). 
 
Impulso cardíaco 
 
O sistema de condução cardíaco são as estruturas onde se produz e se 
transmite o estímulo eléctrico, permitindo a contração das fibras musculares 
do coração. Os seus elementos principais são o nó sinusal, o nó 
atrioventricular (nó AV), o feixe de His e as fibras de Purkinje. 
A descarga elétrica que inicia a cada batimento cardíaco origina-se no 
marcapasso natural do coração, chamado de nó sinusal ou sinoatrial, situado 
na parede do átrio direito que tem a função de controlar a frequência dos 
batimentos cardíacos. 
 
Do nodo sinoatrial, o impulso percorre os átrios e chega ao nodo 
atrioventricular, que tem a função de retardar o impulso, permitindo que os 
átrios se contraiam ligeiramente antes dos ventrículos. 
Após, percorre o feixe de His, divide-se em ramo direito e ramo 
esquerdo, e segue pelas as fibras de Purkinje, que conduzem o impulso em alta 
velocidade, finalmente chegando aos ventrículos. 
 
 
Vasos sanguíneos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1- Artéria: levam o sangue do coração ao resto do corpo a partir dos 
ventrículos 
2- Arteríola: ramificação das artérias onde o sangue é liberado para os 
capilares. 
3- Vênulas: ramificação das veias que fazem o sangue pobre em oxigênio sair 
dos capilares para as veias. 
4- Veia: leva o sangue de volta ao coração através dos átrios. 
5- Capilares: possui formato de tubos, extremamente pequenos que 
transportam oxigênio e nutrientes para as células, também fazem trocas 
gasosas. 
 
Semiologia 
 
1. Anamnese: avalia-se o 
-> Desconforto torácico (caráter e localização, sensação desconfortável e 
dor): Angina (dura cerca de 1-3 minutos, localizado na linha média do corpo, 
acontece uma dor aguda, não irradiada, súbita e intensa, onde o paciente vai 
descrever exatamente onde é a dor) e dor do IAM (dura em torno de 10 
minutos, é uma dor irradiada, onde o paciente não vai saber identificar o local 
exato da dor, podendo falar que é uma sensação de “aperto” no peito, é uma 
dor difusa e contínua, onde pode surgir outros sintomas como palidez e 
cianose) 
 
 
 
 
-> Dispneia e tosse: o conjunto de sinais e sintomas, onde a taquipneia vai 
ser um dos sintomas, a causa da dispneia e tosse muitas vezes podem ser de 
origem cardíaco, quando se torna crônico pode começar a agredir o sistema 
respiratório, e vice-versa 
-> Síncope (mal súbito que causa perda da consciência) e Palpitação (pode ser 
arritmias, cardiopatias hipertróficas, hipertensão pulmonar, após esforços e 
emoções) 
-> Edemas (principalmente de MMII, pode ser causado por falha no retorno 
venoso, cardiopatias + graves, podendo ou não estar associado a insuficiência 
venosa crônica ou insuficiência cardíaca congestiva) e Fadiga (pode ser por 
causa cardíaca, ou fadiga muscular por diminuição da oferta de oxigênio na 
musculatura por dificuldade do retorno venoso). 
 
2. Exame físico: avalia-se 
-> Inspeção: avalia a estatura, biotipo, se a respiração está com angustia, se 
tem edema generalizado, se possui cardiopatia congênita. 
-> Exame do pulso arterial:se estão reduzidos ou ausentes (oclusão arterial). 
Temos o pulso carotídeo, pulso radial, pulso braquial, pulso ulnar. 
-> Exame da pressão e pulso venoso: com o paciente em decúbito reclinado a 
4°, verifica o pulso jugular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
-> Ausculta: o normal é auscultar dois bulhas intensas, altas e forte. Na 1° 
bulha ocorre o fechamento das valvas atrioventriculares, ou 
seja, tricúspide e mitral, o seu tempo é maior que da segunda bulha e se 
houver redução da intensidade, pode ser perda de massa tecidual, ou 
calcificação das valvas. A 2° bulha é constituído por 4 grupos de vibrações, 
porém só são audíveis as originadas pelo fechamento das valvas aórtica e 
pulmonar. 
 
Cardiopatias congênitas acianótica 
 
É considerada uma alteração cardíaca com saturação de oxigênio e 
níveis normais. As principais são CIA, CIV, PCA. São mais frequentes e menos 
complexas que as cardiopatias cianóticas. 
 
-> CIA: vulgarmente chamado de sopro, o defeito está no septo atrial, 
levando à sobrecarga e dilatação do AD, além de hiperfluxo pulmonar, 
podendo levar à uma insuficiência cardíaca à direita. Normalmente fecha até 
1 ano de vida (se a abertura for pequena). 
O sinal clinico: é a dispneia aos esforços, palpitação e fadiga. No raio 
X de tórax repara cardiomegalia (+ do lado direito). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O tratamento: cirurgia eletiva em idade (4-5 anos) e indicada em 
pacientes sintomáticos, cateterismo. 
 
-> CIV: é causado por um defeito no septo interventricular, gerando maior 
repercussão funcional. Ocorre o shunt (mistura de sangue venoso e arterial) 
e consequente hipertrofia do VD. O VE deveria ejetar sangue para a Aorta, 
acaba ejetando para o VD e para a Aorta, causando a mistura de sangue. 
O sinal clinico: na CIV pequena e moderada: é assintomática, uma 
abertura menor que vai se fechando e não causa grande prejuízo; já na CIV 
grande, pode causar uma ICC grave, com alterações hemodinâmicas (o sangue 
que deveria ir para os órgãos e sistemas, acaba não indo de forma correta) a 
criança fica com fraqueza, dificuldade de concentração, moleza, anemia 
associada, entre outros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O tratamento: avaliação do cardiologista pois muitas CIVs se fecham 
espontaneamente antes de completar 2 anos. Medicações, cateterismo 
(quando há lesão associada ou hipertensão pulmonar), cirurgia cardíaca. 
 
-> PCA: há uma comunicação entre a artéria pulmonar e a aorta após o 
nascimento (essa comunicação é fisiologia e essencial na vida intrauterina). 
Normalmente fecha até 12h após o nascimento, caso não fecha é preciso 
fazer cirurgia. Causa sobrecarga da circulação pulmonar e o VD. 
O sinal clinico: é o aumento da FR e FC, sudorese, infecções 
respiratórias recorrentes, cardiomegalia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O tratamento: medicação especial para fechar PCA, cirurgia, cateterismo 
(contraindicados em bebês prematuros com PCA grande). 
 
 
 
 
 
Cardiopatias congênitas cianóticas 
 
Se caraterística mais evidente das cardiopatias cianótica é a 
tonalidade azulada dos lábios e da pele, causada pela baixa saturação de 
oxigênio (cianose) 
-> Transposição de grandes artérias: No normal a aorta se origina no VE, 
neste caso a aorta vai se originar no VD e a artéria pulmonar no VE, faz com 
que o sangue oxigenado não chegue ao corpo e o desoxigenado não chegue aos 
pulmões, ocasionando um fluxo sanguíneo invertido. Essas alterações estão 
presentes desde a formação embrionária, necessitando de correção 
cirúrgica. 
O sinal clinico: é cianose nas primeiras 24h de vida (as vezes a criança 
morre antes), sobrecarga cardíaca, palidez, hipertensão pulmonar, tiragens 
intercostais. 
 
O tratamento: administração de prostaglandina continuamente e 
cirurgia cardíaca para recolocação das artérias em suas posições corretas. 
-> Tetralogia de Fallot: é causado por 4 distúrbios, 1-dextroposição da 
aorta (deslocamento anormal da aorta direita), 2-CIV, 3-estenose da artéria 
pulmonar (induz a hipertensão pulmonar), 4-hipertrofia do ventrículo direito. 
A fisiopatologia é devido ao desvio do sangue venoso (VD->VE) e a obstrução 
ao fluxo pulmonar sanguíneo devido a estenose da artéria pulmonar (que causa 
um estreitamento da artéria). 
O sinal clinico: é cianose central a esforço e progressiva, sopro (CIV), 
atraso do crescimento e do desenvolvimento, taquipneia (piora com a sucção 
e por isso muitas vezes se fraciona a alimentação por se cansar), sudorese 
excessiva, arritmias, dor precordial (em bebês é mais difícil de saber). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O tratamento: é cirúrgico, um procedimento paliativo visa aumentar o 
fluxo sanguíneo pulmonar. Blalock-taussing: anastomose entre as artérias 
subclávia e pulmonar. 
-> Anomalia ebstein: malformação da valva tricúspide, onde a abertura se 
dá em direção ao ápice do VD, reduzindo o volume sanguíneo nesse ventrículo, 
é uma anomalia rara, onde ocorre ICC, acumulo de líquido nos pulmões, fluxo 
insuficiente de sangue arterial para o corpo. 
O sinal clinico: é baixo nível de oxigênio no sangue, alargamento maciço 
da área cardíaca e pulmões subdesenvolvidos, podem variar de leve, moderado 
à grave, arritmias e cianose. 
 
 
O tratamento: cirúrgico e consiste na correção da válvula através 
de plastias ou substituição valvar, uso de medicação prostaglandina E1. 
 
 
 
Aterosclerose 
 
É o acúmulo de placas de ateroma nas artérias coronárias. Esses 
depósitos dificultam a passagem de sangue dos vasos, e se não tratada pode 
evoluir para uma doença arterial coronariana, o que chega a causar infartos, 
derrames e até morte súbita. Tem origem multifatorial e destaca-se os 
fatores de risco como sedentarismo, obesidade, HAS, tabagismo e 
dislipidemia. 
Sinais e sintomas: arritmia cardíaca, palpitação, fadiga, dor torácica 
(angina), cãibras musculares e aumento da pressão arterial. 
 
 
 
Fisioterapia: uma das formas de avaliação é feita através do Teste de 
Caminhada de Seis Minutos (TC6), que avalia a capacidade aeróbica. 
 
Tratamento: a utilização de exercícios físicos, principalmente os 
exercícios aeróbicos são a base do programa de reabilitação, produzindo 
maior tolerância ao exercício físico. O aumento de massa muscular em 
cardiopatas é sugerido, por meio de exercícios resistidos, promovendo 
melhora da resposta do condicionamento aeróbico, redução do risco de 
osteoporose, aumento da densidade mineral óssea, redução do risco de 
diabetes e controle da hipertensão arterial. Manter a alimentação saudável, 
reestabelecer o fluxo sanguíneo, uso de medicações. 
 
Insuficiência Cardíaca Congênita 
 
A ICC é uma síndrome clinica resultantes de várias anormalidades 
estruturais e funcionais do coração, o que diminui a capacidade de enchimento 
ou ejeção ventricular. O débito cardíaco é insuficiente para as necessidades 
metabólicas do organismo, causando alterações hemodinâmicas, pulmonares, 
vasculares e musculares. Pode ter dois tipos, a sistólica (devido ao déficit de 
contração) e a diastólica (devido a presença de alterações de relaxamento 
das câmaras cardíacas). 
 
 
 
O sinal clínico: são a fadiga e a dispneia. Se a ICC for à direita, o VD 
não consegue manter a demanda adequada para os pulmões, podendo estar 
presente apneia do sono, edema de MMII, saliência jugular. Em alguns casos 
pode ser assintomático nos primeiros estágios. Sintomas gradativos como 
problemas respiratórios, tosse, e palpitações podem surgir. 
 
Tratamento: exercícios de resistência e aeróbicos mostram uma 
melhora no consumo de oxigênio de pico, das AVDs, da QV, da morbidade e 
mortalidade, e da função ventricular esquerda. Se destaca o TMI no 
tratamento de pacientes com ICC que apresentam fraqueza muscular 
inspiratória. 
 
 
 
 
 
Valvulopatias 
 
São afecções valvares, qualquer que seja aalteração. É uma 
incompetência na funcionalidade da(s) valva(s) cardíaca(s). As alterações mais 
frequentes são nas valvas mitral e aórtica. 
 
-> Insuficiência mitral: incompetência da funcionalidade, ocorre um 
fluxo retrogrado pela valva mitral (VE contrai). Tem etiologia reumática, pode 
ocorrer ruptura do musculo papilar e dilatação do anel mitral (isquemia 
miocárdica). Parte do VES do VE é regurgitado para o AE. 
Os sinais e sintomas: são congestão pulmonar (dispneia aos esforços e 
aumento da pré-carga), fadiga (por causa da maior oferta de demanda), 
hipertensão pulmonar (ocorre alteração da função do VE (aumento da pós-
carga). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
-> Prolapso mitral: é um mal alinhamento, devido a protusão de um dos 
folhetos valvares (no interior do AE durante a contração ventricular), pode 
provocar um refluxo para o AE. 
Os sinais e sintomas: a maioria das pessoas são assintomáticos, pode 
haver dor torácica, palpitações, enxaquecas, fadiga, vertigem, sons cardíacos 
irregulares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
-> Estenose mitral: é devido a redução do lúmen de passagem do 
sangue na valva. Quase sempre é resultado da febre reumática, mais comum 
em mulheres, podendo ser congênita e idiopática. Ocorre uma redução da área 
mitral, aumentando a resistência do AE. 
 
Sinais e sintomas: é secundária a hipertensão do AE e congestão nasal, 
dispneia, edema agudo de pulmão (EAP), hemoptise, angina, IC à direita, 
fadiga, dor abdominal, hepatomegalia, edema de MMII. 
 
-> Insuficiência Aórtica: incompetência da funcionalidade da valva 
aórtica, mais comum em homens, provável sequela da febre reumática (cerca 
de 60% dos casos). Ocorre um refluxo para o VE (aumenta o volume diastólico 
e volume sistólico). 
Sinais e sintomas: palpitações, angina, dispneia/ortopneia, EAP, 
arritmias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
-> Estenose Aórtica: devido a um estreitamento do lúmen de 
passagem do sangue na valva, é a valvulopatias mais frequente, e mais comum 
em homens. A obstrução que gera a estenose pode estar em vários níveis. A 
principal causa é o espessamento e fibrose valvar (diminuição da abertura de 
áreas funcionantes). 
Sinais e sintomas: aumento da dificuldade de escoamento, causando 
aumento da sobrecarga, hipertrofia do VE, angina, dispneia aos esforços, 
sincope de esforço, anormalidade da FC. 
 
 
-> Insuficiência tricúspide: incapacidade de executar sua função 
(incoordenação de função), é secundaria à dilatação do VD, e é semelhante a 
insuficiência mitral, sendo que a sobrecarga de câmara é na direita (do AD e 
VD). 
Sinais e sintomas: congestão venosa sistêmica, hepatomegalia, derrame 
pleural, arritmias mecânicas (devido a falha de contratilidade). 
 
-> Estenose tricúspide: é um estreitamento da abertura da válvula 
tricúspide que diminui o fluxo de sangue do átrio direito para o ventrículo 
direito. 
Sinais e sintomas: desconforto tremulante no pescoço, fadiga, pele fria 
e desconforto abdominal no hipocôndrio direito. 
O tratamento: é voltado para melhora dos sintomas, deve-se 
estratificar o grau de risco da cardiopatia, iniciar pelos sintomas 
respiratórios, e por fim reabilitação cardíaca, se houver estabilidade 
hemodinâmica. CPAP com 10cm de H2O, BIPAP com 10cm de H2O, 
alongamento de musculatura acessória, reeducação respiratória. 
 
Arritmias 
 
É uma condição caracterizada pela falta de ritmo nos batimentos do 
coração, pode ser causa ou consequência de outras doenças. O diagnóstico é 
o ECG, ecocardiograma, teste ergométrico (se for necessário). 
 
-> Flutter atrial: é a segunda arritmia sustentada mais comum, é uma 
arritmia organizada e regular que habitualmente se expressa de forma típica 
no eletrocardiograma. 
 
 
 
-> Fibrilação atrial: impulsos rápidos, desorganizados e irregulares. 
 
 
 
-> Extrassístole ventricular: disparos anormais, batimento antes do tempo, 
disparos extras durante a sístole do ventrículo. 
 
 
-> Fibrilação ventricular: ritmo rápido, desorganizado, não produz 
contração (morte súbita), necessidade de desfibrilador. 
 
 
 
-> Taquicardia ventricular: ritmo cardíaco iniciado nos ventrículos (câmaras 
inferiores do coração) e produz uma frequência cardíaca de pelo menos 
120 bpm 
 
 
-> Taquicardia atrial: o padrão eletrocardiográfico típico é com presença 
de linha isoelétrica entre as ondas P com frequência atrial entre 130 e 
240 bpm. Podem ocorrem em pacientes com coração estruturalmente 
danificado ou em pacientes com coração normal. 
-> Flutter Ventricular: regular com aproximadamente 300 bpm, monomórfica, 
sem intervalo isoelétrico entre QRS sucessivos. 
 
 
Sinais e sintomas: a sobrecarga cardíaca piora, palpitação, desmaios, 
tontura, confusão mental, dor no peito, sudorese, palidez, cianose, UMA, BA 
Tratamento medicamentoso: antiarrítmicos (melhora/controla o 
rítmico cardíaco), antiplaquetários (anticoagulante, evita formação de placas, 
plaquetas, evitar evento isquêmico) Tratamento cirúrgico: marcapasso 
cardíaco. 
 
Fisioterapia: avalia a classificação de NYHA, a estratificação de risco, 
grau de estabilidade/instabilidade hemodinâmica, deve-se vigiar os sinais de 
desconforto (PA, FC, FR, SPO2). Utiliza escala de Borg 11-13 (leve a 
moderada) se os pacientes mantiverem os sinais vitais. Escala de Borg 9-11 
(leve a leve). Alongamento, mudança de decúbito, aquecimento, 
condicionamento, resfriamento, sem sobrecarga e sempre vigiando os sinais 
vitais. 
 
 
 
Tríade de Virchow 
É uma teoria elaborada pelo patologista alemão Rudolf Virchow (1821-
1902). É composta pela lesão endotelial, alterações do fluxo sanguíneo normal 
(turbulência ou estase venosa) e um estado de hipercoagulabilidade. 
 
-> Lesão endotelial: ocorre alteração da integridade tecidual do endotélio 
ou do endocárdio, agentes químicos de origem exógeno ou endógena, 
irradiação, toxinas bacterianas e estresse hemodinâmico, levando à formação 
do trombo. É mais frequente na indução do trombo pois a integridade do 
endotélio é fundamental para manutenção e fluidez do sangue. 
 
-> Alterações no fluxo sanguíneo normal (turbulência ou estase 
venosa): com a ocorrência de alterações nesse fluxo, seja por uma 
turbulência ou por estase sanguínea, o fluxo laminar é interrompido, os 
fatores responsáveis pela coagulação e anti-coagulação perdem sua 
homeostase e há uma maior ativação dos componentes celulares do endotélio, 
pela lesão desse tecido, predispondo à ocorrência de trombos. A estase 
venosa pode levar a insuficiência cardíaca, aumento da viscosidade sanguínea 
e trombose venosa em pacientes acamados. A turbulência vascular leva as 
plaquetas próximo ao endotélio, renovam os fatores de coagulação e permite 
o acumulo de trombo. 
 
-> Hipercoagulabilidade: esse pode ser definido como qualquer alteração na 
via de coagulação sanguínea, como deficiência de moléculas anticoagulantes e 
até excessos de componentes responsáveis pela coagulação sanguínea, que 
predisponham a trombose, podendo ser por causas genéticas ou adquiridas. 
 
 
 
Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) 
 
Conhecido popularmente como ataque cardíaco, se caracteriza pela 
ausência ou pela diminuição da circulação sanguínea no coração, o que priva o 
miocárdio, no local acometido, de oxigênio e de nutrientes, causando lesões 
importantes que podem levar até a morte de suas células, conforme o tempo 
de duração do evento. 
Os sinais clínicos: é dor referida no tórax (ou peito) contínua, de forte 
intensidade e sensação de compressão, aperto ou queimação no peito, ardor 
bastante semelhante à azia, dor peitoral irradiada para a mandíbula e para os 
ombros e braços, mais frequentemente do lado esquerdo do corpo, e, por 
vezes, palpitações prolongadas - tecnicamente chamadas de arritmias 
cardíacas. 
 
Classificação: infarto anterior (quando a artéria descendente anterior 
é obstruída),infarto anterolateral (quando ocorre a obstrução da artéria 
diagonal), infarto inferior (quando a coronária direita está obstruída ou aos 
ramos marginais da artéria circunflexa). 
Fisioterapia: exercício físico, pode influenciar na melhora da 
capacidade funcional, assim como na QV após o IAM. Protocolos baseados em 
atividades aeróbicas, exercícios contra resistência, alongamento e exercícios 
para aumentar a flexibilidade. 
 
 
 
 
 
 
Miocardiopatia 
 
 Qualquer doença cardíaca que vai acometer o musculo cardíaco, tanto por 
processo isquêmico ou inflamatório. 
 
-> Hipertrófica: acometimento do VE, inicialmente sem dilatação, é de 
origem idiopática, tendo componente genético (herança autossômica 
dominante). A principal complicação é morte súbita (+jovens e atletas). A 
consequência é o refluxo mitral, tem a complacência ventricular reduzida, 
ocasionando fibrose e desarranjo dos miócitos. 
Os achados clínicos: dispneia (manifestação-disfunção do VE), dor 
torácica, sincope ou pré-sincope (redução do DC), palpitações, morte súbita. 
 
 
 
-> Restritiva: ocorre a restrição de enchimento cardíaco e o volume 
diastólico é reduzido, devido a rigidez ventricular e/ou resistência da 
distensibilidade diastólica. O volume sistólico é parcialmente prejudicado 
sendo suficiente apenas no repouso. Quando afeta o VE, causa edema 
pulmonar e, quando afeta o VD, causa edema periférico. 
Achado clinico: dispneia, edemas de MMII, hipertensão venosa (por 
conta da rigidez das câmaras cardíacas), ortopneia, hepatomegalia 
(crescimento do fígado), ascite (acumulo de liquido no abdome), fadiga ao 
esforço, palpitação, arritmia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
-> Dilatada: a disfunção é sistólica, com perda de massa muscular e redução 
da contratilidade devido à dilatação ventricular, impedindo o bombeamento 
adequado de sangue para o corpo, causando complicações como arritmias, 
coágulos de sangue e morte súbita. Afeta principalmente o ventrículo 
esquerdo. 
 
Consequências: cardiomegalia, EAP cardiogênico, redução de volumes e 
capacidades pulmonares, redução de troca gasosa, aumento do shunt, 
aumento do colapso alveolar e da tensão superficial, redução do surfactante 
alveolar. 
 
Sinais e sintomas: dispneia, edema de MMII, dor torácica, fadiga 
exagerada e palpitação, sua via final é a arritmia e a insuficiência cardíaca. 
 
 
Fisioterapia: o principal objetivo é iniciado pela fisioterapia 
respiratória, revertendo a condição de infiltração, melhorar a troca gasosa, 
reduzir o shunt pulmonar, melhorar a relação Va/Q, melhorar a complacência 
pulmonar, diminuir a resistência da via aérea. Quando houver melhora 
pulmonar, avança para a reabilitação cardíaca e se tiver estabilidade 
hemodinâmica. 
 
 
 
 
 
 
 
Trombose Venosa Profunda (TVP) 
 
É a coagulação do sangue em uma veia profunda de um membro (em 
geral de panturrilha, coxa ou pelve). Pode haver complicações como a embolia 
pulmonar, síndrome pós-trombótica, pós-flebitiva. Ocorre pelo bloqueio do 
retorno venoso gerando um processo inflamatório, ocasionando um 
reflexo vasoespástico (linfedema flebite, edema, reações inflamatórias). São 
fatores de risco alterações do endotélio da veia, alteração da 
crase sanguinea, estase sanguinea, predisposição genética, idade maior que 
40 anos, obesidade, uso de anteconcepcionais, tabagismo, entre outros. 
 
 
 
Sinais e sintomas: Dores locais (na perna ou panturrilha), sendo comum 
também inchaço nas extremidades, pele quente ou sensibilidade. 
 
Diagnóstico: é feito através do sinal de Thomas (dor na panturrilha a 
dorsiflexão do pé), sinal da bandeira (menor mobilidade a palpalção da 
panturrilha acometida), sinal de bancroft (dor a palpação da musculatura 
contra a estrutura óssea, aplica-se pressão). 
 
Tratamento: incluem medicamentos e uso de meias de compressão. 
 
 
 
 
 
 
Aneurisma Aorta 
 
Dilatação anormal, permanente e focal da artéria, sendo na maioria das 
vezes infra-renal. Acomete mais indivíduos acima de 65 anos, está associada 
a presença de hipertensão arterial e é silenciosa. Os fatores de risco incluem 
tabagismo, etnia caucasiana, HAS, história familiar, idade acima de 65 anos, 
sexo masculino. A sua causa é de origem multifatorial, envolvendo a 
inflamação tissular, aterosclerose, respostas autoimunes, fatores genéticos 
e hipertensão. 
 
Diagnóstico: ultrassonografia (usada para rastreamento), raio X 
(demonstrará calcificações curvilíneas da aorta) e Tomografia 
computadorizada (avalia o diâmetro). 
 
 
 
Os sinais clínicos: normalmente assintomático, quando mostra 
sintomas tem-se dor com irradiação para o dorso, percebe-se na palpação 
massa pulsátil. 
 
Tratamento: redução da HAS, cessar o tabagismo, controlar o 
colesterol e triglicerídeos. Homens com aneurisma < que 4,5 e mulher acima 
de 4cm é indicado fazer cirurgia 
 
 
 
 
 
 
Escalas de Avaliação 
-> Escala de Rass: para avaliar agitação e sedação 
 
 
 
-> Escala de Borg: Avalia a percepção de esforço. O ideal é que permaneça 
o exercício no leve-moderado até o moderado-intenso. Durante o exercício, o 
atleta deve perceber como está a frequência cardíaca, a respiração, a 
sudorese e a fadiga muscular. Assim, a avaliação fica mais criteriosa e pode 
ajudar ainda mais no planejamento para os próximos treinos. Como utilizá-la 
nos treinos? A tabela serve como referência para os atletas, mas, 
principalmente para que os treinadores preparem a rotina das próximas 
corridas. Com uma avaliação periódica (seja diária, semanal ou mensal), é 
possível descobrir quando um corredor precisa de uma semana mais leve ou 
pesada de treinamentos. É outra referência – mesmo que subjetiva – para que 
o atleta evite se sobrecarregar e, como consequência, sofrer com algum tipo 
de lesão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
-> Escala de NYHA: A Classificação funcional da New York 
Heart Association (NYHA) proporciona um meio simples de classificar a 
extensão da insuficiência cardíaca. Categoriza os doentes em uma de quatro 
categorias baseada na limitação da atividade física (dispnéia).

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