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Fisioterapia em CARDIOlogia 24 páginas Stamp SUMÁRIO Sumário Abreviações: .............................................................................................................................. 3 Anatomia do Coração .............................................................................................................. 3 Ciclo cardíaco ............................................................................................................................ 4 Morfologia .................................................................................................................................. 4 Ondas ECG.................................................................................................................................. 4 Impulso cardíaco ...................................................................................................................... 5 Vasos sanguíneos ...................................................................................................................... 6 Semiologia ................................................................................................................................... 6 Cardiopatias congênitas acianótica ..................................................................................... 8 Cardiopatias congênitas cianóticas ................................................................................... 10 Aterosclerose .......................................................................................................................... 12 Insuficiência Cardíaca Congênita ...................................................................................... 13 Valvulopatias ............................................................................................................................ 14 Arritmias ................................................................................................................................... 17 Tríade de Virchow ................................................................................................................. 19 Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) ................................................................................. 20 Miocardiopatia ......................................................................................................................... 21 Trombose Venosa Profunda (TVP) .................................................................................... 23 Aneurisma Aorta .................................................................................................................... 24 Escalas de Avaliação ............................................................................................................. 25 Abreviações: ECG: eletrocardiograma; PCA: persistência do canal arterial; CIA: comunicação interatrial; CIV: comunicação interventricular; IAM: infarto agudo do miocárdio; HAS: hipertensão arterial sistêmica; ICC: insuficiência cardíaca congestiva; TVP: trombose venosa profunda; MMII: membros inferiores; VD: ventrículo direito; VE: ventrículo esquerdo; FC: frequência cardíaca; FR: frequência respiratória, QV: qualidade de vida; AVD: atividade de vida diária; VES: volume ejetado sistólico TMI: treinamento especifico dos músculos ventilatórios; AD: átrio direito; AE: átrio esquerdo; EAP: edema agudo de pulmão; H2O: água; BIPAP: pressão positiva em vias aéreas a dois níveis; Va/Q: ventilação perfusão CPAP: Pressão positiva contínua das vias aéreas; DC: débito cardíaco BPM: batimento cardíaco por minuto; UMA: uso de musculatura acessória Anatomia do Coração Ciclo cardíaco Divide-se em dois períodos: sistólico e diastólico. No período diastólico, os átrios direito e esquerdo se contraem forçando a passagem do sangue através das válvulas tricúspide (lado direito) e mitral (lado esquerdo) para os ventrículos. No período sistólico, os ventrículos se contraem forçando a passagem do sangue através das valvas semilunares para os pulmões, para oxigenação, e pela aorta, para os tecidos do corpo. Morfologia Nas veias, o sangue segue dos tecidos do corpo em direção ao coração; nas artérias, o sangue flui do coração para as diferentes partes do corpo. Ondas ECG Onda P: compreende aos potenciais elétricos gerados na despolarização atrial. Intervalo PR: Tempo de condução do nó sinusal até os ventrículos. Complexo QRS: compreende aos potenciais elétricos à despolarização ventricular. Segmento ST: início da repolarização ventricular. Onda T: repolarização do músculo ventricular. Intervalo QT: intervalo entre o início da despolarização ventricular e o término da repolarização ventricular (contração do ventrículo). Impulso cardíaco O sistema de condução cardíaco são as estruturas onde se produz e se transmite o estímulo eléctrico, permitindo a contração das fibras musculares do coração. Os seus elementos principais são o nó sinusal, o nó atrioventricular (nó AV), o feixe de His e as fibras de Purkinje. A descarga elétrica que inicia a cada batimento cardíaco origina-se no marcapasso natural do coração, chamado de nó sinusal ou sinoatrial, situado na parede do átrio direito que tem a função de controlar a frequência dos batimentos cardíacos. Do nodo sinoatrial, o impulso percorre os átrios e chega ao nodo atrioventricular, que tem a função de retardar o impulso, permitindo que os átrios se contraiam ligeiramente antes dos ventrículos. Após, percorre o feixe de His, divide-se em ramo direito e ramo esquerdo, e segue pelas as fibras de Purkinje, que conduzem o impulso em alta velocidade, finalmente chegando aos ventrículos. Vasos sanguíneos 1- Artéria: levam o sangue do coração ao resto do corpo a partir dos ventrículos 2- Arteríola: ramificação das artérias onde o sangue é liberado para os capilares. 3- Vênulas: ramificação das veias que fazem o sangue pobre em oxigênio sair dos capilares para as veias. 4- Veia: leva o sangue de volta ao coração através dos átrios. 5- Capilares: possui formato de tubos, extremamente pequenos que transportam oxigênio e nutrientes para as células, também fazem trocas gasosas. Semiologia 1. Anamnese: avalia-se o -> Desconforto torácico (caráter e localização, sensação desconfortável e dor): Angina (dura cerca de 1-3 minutos, localizado na linha média do corpo, acontece uma dor aguda, não irradiada, súbita e intensa, onde o paciente vai descrever exatamente onde é a dor) e dor do IAM (dura em torno de 10 minutos, é uma dor irradiada, onde o paciente não vai saber identificar o local exato da dor, podendo falar que é uma sensação de “aperto” no peito, é uma dor difusa e contínua, onde pode surgir outros sintomas como palidez e cianose) -> Dispneia e tosse: o conjunto de sinais e sintomas, onde a taquipneia vai ser um dos sintomas, a causa da dispneia e tosse muitas vezes podem ser de origem cardíaco, quando se torna crônico pode começar a agredir o sistema respiratório, e vice-versa -> Síncope (mal súbito que causa perda da consciência) e Palpitação (pode ser arritmias, cardiopatias hipertróficas, hipertensão pulmonar, após esforços e emoções) -> Edemas (principalmente de MMII, pode ser causado por falha no retorno venoso, cardiopatias + graves, podendo ou não estar associado a insuficiência venosa crônica ou insuficiência cardíaca congestiva) e Fadiga (pode ser por causa cardíaca, ou fadiga muscular por diminuição da oferta de oxigênio na musculatura por dificuldade do retorno venoso). 2. Exame físico: avalia-se -> Inspeção: avalia a estatura, biotipo, se a respiração está com angustia, se tem edema generalizado, se possui cardiopatia congênita. -> Exame do pulso arterial:se estão reduzidos ou ausentes (oclusão arterial). Temos o pulso carotídeo, pulso radial, pulso braquial, pulso ulnar. -> Exame da pressão e pulso venoso: com o paciente em decúbito reclinado a 4°, verifica o pulso jugular. -> Ausculta: o normal é auscultar dois bulhas intensas, altas e forte. Na 1° bulha ocorre o fechamento das valvas atrioventriculares, ou seja, tricúspide e mitral, o seu tempo é maior que da segunda bulha e se houver redução da intensidade, pode ser perda de massa tecidual, ou calcificação das valvas. A 2° bulha é constituído por 4 grupos de vibrações, porém só são audíveis as originadas pelo fechamento das valvas aórtica e pulmonar. Cardiopatias congênitas acianótica É considerada uma alteração cardíaca com saturação de oxigênio e níveis normais. As principais são CIA, CIV, PCA. São mais frequentes e menos complexas que as cardiopatias cianóticas. -> CIA: vulgarmente chamado de sopro, o defeito está no septo atrial, levando à sobrecarga e dilatação do AD, além de hiperfluxo pulmonar, podendo levar à uma insuficiência cardíaca à direita. Normalmente fecha até 1 ano de vida (se a abertura for pequena). O sinal clinico: é a dispneia aos esforços, palpitação e fadiga. No raio X de tórax repara cardiomegalia (+ do lado direito). O tratamento: cirurgia eletiva em idade (4-5 anos) e indicada em pacientes sintomáticos, cateterismo. -> CIV: é causado por um defeito no septo interventricular, gerando maior repercussão funcional. Ocorre o shunt (mistura de sangue venoso e arterial) e consequente hipertrofia do VD. O VE deveria ejetar sangue para a Aorta, acaba ejetando para o VD e para a Aorta, causando a mistura de sangue. O sinal clinico: na CIV pequena e moderada: é assintomática, uma abertura menor que vai se fechando e não causa grande prejuízo; já na CIV grande, pode causar uma ICC grave, com alterações hemodinâmicas (o sangue que deveria ir para os órgãos e sistemas, acaba não indo de forma correta) a criança fica com fraqueza, dificuldade de concentração, moleza, anemia associada, entre outros. O tratamento: avaliação do cardiologista pois muitas CIVs se fecham espontaneamente antes de completar 2 anos. Medicações, cateterismo (quando há lesão associada ou hipertensão pulmonar), cirurgia cardíaca. -> PCA: há uma comunicação entre a artéria pulmonar e a aorta após o nascimento (essa comunicação é fisiologia e essencial na vida intrauterina). Normalmente fecha até 12h após o nascimento, caso não fecha é preciso fazer cirurgia. Causa sobrecarga da circulação pulmonar e o VD. O sinal clinico: é o aumento da FR e FC, sudorese, infecções respiratórias recorrentes, cardiomegalia. O tratamento: medicação especial para fechar PCA, cirurgia, cateterismo (contraindicados em bebês prematuros com PCA grande). Cardiopatias congênitas cianóticas Se caraterística mais evidente das cardiopatias cianótica é a tonalidade azulada dos lábios e da pele, causada pela baixa saturação de oxigênio (cianose) -> Transposição de grandes artérias: No normal a aorta se origina no VE, neste caso a aorta vai se originar no VD e a artéria pulmonar no VE, faz com que o sangue oxigenado não chegue ao corpo e o desoxigenado não chegue aos pulmões, ocasionando um fluxo sanguíneo invertido. Essas alterações estão presentes desde a formação embrionária, necessitando de correção cirúrgica. O sinal clinico: é cianose nas primeiras 24h de vida (as vezes a criança morre antes), sobrecarga cardíaca, palidez, hipertensão pulmonar, tiragens intercostais. O tratamento: administração de prostaglandina continuamente e cirurgia cardíaca para recolocação das artérias em suas posições corretas. -> Tetralogia de Fallot: é causado por 4 distúrbios, 1-dextroposição da aorta (deslocamento anormal da aorta direita), 2-CIV, 3-estenose da artéria pulmonar (induz a hipertensão pulmonar), 4-hipertrofia do ventrículo direito. A fisiopatologia é devido ao desvio do sangue venoso (VD->VE) e a obstrução ao fluxo pulmonar sanguíneo devido a estenose da artéria pulmonar (que causa um estreitamento da artéria). O sinal clinico: é cianose central a esforço e progressiva, sopro (CIV), atraso do crescimento e do desenvolvimento, taquipneia (piora com a sucção e por isso muitas vezes se fraciona a alimentação por se cansar), sudorese excessiva, arritmias, dor precordial (em bebês é mais difícil de saber). O tratamento: é cirúrgico, um procedimento paliativo visa aumentar o fluxo sanguíneo pulmonar. Blalock-taussing: anastomose entre as artérias subclávia e pulmonar. -> Anomalia ebstein: malformação da valva tricúspide, onde a abertura se dá em direção ao ápice do VD, reduzindo o volume sanguíneo nesse ventrículo, é uma anomalia rara, onde ocorre ICC, acumulo de líquido nos pulmões, fluxo insuficiente de sangue arterial para o corpo. O sinal clinico: é baixo nível de oxigênio no sangue, alargamento maciço da área cardíaca e pulmões subdesenvolvidos, podem variar de leve, moderado à grave, arritmias e cianose. O tratamento: cirúrgico e consiste na correção da válvula através de plastias ou substituição valvar, uso de medicação prostaglandina E1. Aterosclerose É o acúmulo de placas de ateroma nas artérias coronárias. Esses depósitos dificultam a passagem de sangue dos vasos, e se não tratada pode evoluir para uma doença arterial coronariana, o que chega a causar infartos, derrames e até morte súbita. Tem origem multifatorial e destaca-se os fatores de risco como sedentarismo, obesidade, HAS, tabagismo e dislipidemia. Sinais e sintomas: arritmia cardíaca, palpitação, fadiga, dor torácica (angina), cãibras musculares e aumento da pressão arterial. Fisioterapia: uma das formas de avaliação é feita através do Teste de Caminhada de Seis Minutos (TC6), que avalia a capacidade aeróbica. Tratamento: a utilização de exercícios físicos, principalmente os exercícios aeróbicos são a base do programa de reabilitação, produzindo maior tolerância ao exercício físico. O aumento de massa muscular em cardiopatas é sugerido, por meio de exercícios resistidos, promovendo melhora da resposta do condicionamento aeróbico, redução do risco de osteoporose, aumento da densidade mineral óssea, redução do risco de diabetes e controle da hipertensão arterial. Manter a alimentação saudável, reestabelecer o fluxo sanguíneo, uso de medicações. Insuficiência Cardíaca Congênita A ICC é uma síndrome clinica resultantes de várias anormalidades estruturais e funcionais do coração, o que diminui a capacidade de enchimento ou ejeção ventricular. O débito cardíaco é insuficiente para as necessidades metabólicas do organismo, causando alterações hemodinâmicas, pulmonares, vasculares e musculares. Pode ter dois tipos, a sistólica (devido ao déficit de contração) e a diastólica (devido a presença de alterações de relaxamento das câmaras cardíacas). O sinal clínico: são a fadiga e a dispneia. Se a ICC for à direita, o VD não consegue manter a demanda adequada para os pulmões, podendo estar presente apneia do sono, edema de MMII, saliência jugular. Em alguns casos pode ser assintomático nos primeiros estágios. Sintomas gradativos como problemas respiratórios, tosse, e palpitações podem surgir. Tratamento: exercícios de resistência e aeróbicos mostram uma melhora no consumo de oxigênio de pico, das AVDs, da QV, da morbidade e mortalidade, e da função ventricular esquerda. Se destaca o TMI no tratamento de pacientes com ICC que apresentam fraqueza muscular inspiratória. Valvulopatias São afecções valvares, qualquer que seja aalteração. É uma incompetência na funcionalidade da(s) valva(s) cardíaca(s). As alterações mais frequentes são nas valvas mitral e aórtica. -> Insuficiência mitral: incompetência da funcionalidade, ocorre um fluxo retrogrado pela valva mitral (VE contrai). Tem etiologia reumática, pode ocorrer ruptura do musculo papilar e dilatação do anel mitral (isquemia miocárdica). Parte do VES do VE é regurgitado para o AE. Os sinais e sintomas: são congestão pulmonar (dispneia aos esforços e aumento da pré-carga), fadiga (por causa da maior oferta de demanda), hipertensão pulmonar (ocorre alteração da função do VE (aumento da pós- carga). -> Prolapso mitral: é um mal alinhamento, devido a protusão de um dos folhetos valvares (no interior do AE durante a contração ventricular), pode provocar um refluxo para o AE. Os sinais e sintomas: a maioria das pessoas são assintomáticos, pode haver dor torácica, palpitações, enxaquecas, fadiga, vertigem, sons cardíacos irregulares. -> Estenose mitral: é devido a redução do lúmen de passagem do sangue na valva. Quase sempre é resultado da febre reumática, mais comum em mulheres, podendo ser congênita e idiopática. Ocorre uma redução da área mitral, aumentando a resistência do AE. Sinais e sintomas: é secundária a hipertensão do AE e congestão nasal, dispneia, edema agudo de pulmão (EAP), hemoptise, angina, IC à direita, fadiga, dor abdominal, hepatomegalia, edema de MMII. -> Insuficiência Aórtica: incompetência da funcionalidade da valva aórtica, mais comum em homens, provável sequela da febre reumática (cerca de 60% dos casos). Ocorre um refluxo para o VE (aumenta o volume diastólico e volume sistólico). Sinais e sintomas: palpitações, angina, dispneia/ortopneia, EAP, arritmias. -> Estenose Aórtica: devido a um estreitamento do lúmen de passagem do sangue na valva, é a valvulopatias mais frequente, e mais comum em homens. A obstrução que gera a estenose pode estar em vários níveis. A principal causa é o espessamento e fibrose valvar (diminuição da abertura de áreas funcionantes). Sinais e sintomas: aumento da dificuldade de escoamento, causando aumento da sobrecarga, hipertrofia do VE, angina, dispneia aos esforços, sincope de esforço, anormalidade da FC. -> Insuficiência tricúspide: incapacidade de executar sua função (incoordenação de função), é secundaria à dilatação do VD, e é semelhante a insuficiência mitral, sendo que a sobrecarga de câmara é na direita (do AD e VD). Sinais e sintomas: congestão venosa sistêmica, hepatomegalia, derrame pleural, arritmias mecânicas (devido a falha de contratilidade). -> Estenose tricúspide: é um estreitamento da abertura da válvula tricúspide que diminui o fluxo de sangue do átrio direito para o ventrículo direito. Sinais e sintomas: desconforto tremulante no pescoço, fadiga, pele fria e desconforto abdominal no hipocôndrio direito. O tratamento: é voltado para melhora dos sintomas, deve-se estratificar o grau de risco da cardiopatia, iniciar pelos sintomas respiratórios, e por fim reabilitação cardíaca, se houver estabilidade hemodinâmica. CPAP com 10cm de H2O, BIPAP com 10cm de H2O, alongamento de musculatura acessória, reeducação respiratória. Arritmias É uma condição caracterizada pela falta de ritmo nos batimentos do coração, pode ser causa ou consequência de outras doenças. O diagnóstico é o ECG, ecocardiograma, teste ergométrico (se for necessário). -> Flutter atrial: é a segunda arritmia sustentada mais comum, é uma arritmia organizada e regular que habitualmente se expressa de forma típica no eletrocardiograma. -> Fibrilação atrial: impulsos rápidos, desorganizados e irregulares. -> Extrassístole ventricular: disparos anormais, batimento antes do tempo, disparos extras durante a sístole do ventrículo. -> Fibrilação ventricular: ritmo rápido, desorganizado, não produz contração (morte súbita), necessidade de desfibrilador. -> Taquicardia ventricular: ritmo cardíaco iniciado nos ventrículos (câmaras inferiores do coração) e produz uma frequência cardíaca de pelo menos 120 bpm -> Taquicardia atrial: o padrão eletrocardiográfico típico é com presença de linha isoelétrica entre as ondas P com frequência atrial entre 130 e 240 bpm. Podem ocorrem em pacientes com coração estruturalmente danificado ou em pacientes com coração normal. -> Flutter Ventricular: regular com aproximadamente 300 bpm, monomórfica, sem intervalo isoelétrico entre QRS sucessivos. Sinais e sintomas: a sobrecarga cardíaca piora, palpitação, desmaios, tontura, confusão mental, dor no peito, sudorese, palidez, cianose, UMA, BA Tratamento medicamentoso: antiarrítmicos (melhora/controla o rítmico cardíaco), antiplaquetários (anticoagulante, evita formação de placas, plaquetas, evitar evento isquêmico) Tratamento cirúrgico: marcapasso cardíaco. Fisioterapia: avalia a classificação de NYHA, a estratificação de risco, grau de estabilidade/instabilidade hemodinâmica, deve-se vigiar os sinais de desconforto (PA, FC, FR, SPO2). Utiliza escala de Borg 11-13 (leve a moderada) se os pacientes mantiverem os sinais vitais. Escala de Borg 9-11 (leve a leve). Alongamento, mudança de decúbito, aquecimento, condicionamento, resfriamento, sem sobrecarga e sempre vigiando os sinais vitais. Tríade de Virchow É uma teoria elaborada pelo patologista alemão Rudolf Virchow (1821- 1902). É composta pela lesão endotelial, alterações do fluxo sanguíneo normal (turbulência ou estase venosa) e um estado de hipercoagulabilidade. -> Lesão endotelial: ocorre alteração da integridade tecidual do endotélio ou do endocárdio, agentes químicos de origem exógeno ou endógena, irradiação, toxinas bacterianas e estresse hemodinâmico, levando à formação do trombo. É mais frequente na indução do trombo pois a integridade do endotélio é fundamental para manutenção e fluidez do sangue. -> Alterações no fluxo sanguíneo normal (turbulência ou estase venosa): com a ocorrência de alterações nesse fluxo, seja por uma turbulência ou por estase sanguínea, o fluxo laminar é interrompido, os fatores responsáveis pela coagulação e anti-coagulação perdem sua homeostase e há uma maior ativação dos componentes celulares do endotélio, pela lesão desse tecido, predispondo à ocorrência de trombos. A estase venosa pode levar a insuficiência cardíaca, aumento da viscosidade sanguínea e trombose venosa em pacientes acamados. A turbulência vascular leva as plaquetas próximo ao endotélio, renovam os fatores de coagulação e permite o acumulo de trombo. -> Hipercoagulabilidade: esse pode ser definido como qualquer alteração na via de coagulação sanguínea, como deficiência de moléculas anticoagulantes e até excessos de componentes responsáveis pela coagulação sanguínea, que predisponham a trombose, podendo ser por causas genéticas ou adquiridas. Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) Conhecido popularmente como ataque cardíaco, se caracteriza pela ausência ou pela diminuição da circulação sanguínea no coração, o que priva o miocárdio, no local acometido, de oxigênio e de nutrientes, causando lesões importantes que podem levar até a morte de suas células, conforme o tempo de duração do evento. Os sinais clínicos: é dor referida no tórax (ou peito) contínua, de forte intensidade e sensação de compressão, aperto ou queimação no peito, ardor bastante semelhante à azia, dor peitoral irradiada para a mandíbula e para os ombros e braços, mais frequentemente do lado esquerdo do corpo, e, por vezes, palpitações prolongadas - tecnicamente chamadas de arritmias cardíacas. Classificação: infarto anterior (quando a artéria descendente anterior é obstruída),infarto anterolateral (quando ocorre a obstrução da artéria diagonal), infarto inferior (quando a coronária direita está obstruída ou aos ramos marginais da artéria circunflexa). Fisioterapia: exercício físico, pode influenciar na melhora da capacidade funcional, assim como na QV após o IAM. Protocolos baseados em atividades aeróbicas, exercícios contra resistência, alongamento e exercícios para aumentar a flexibilidade. Miocardiopatia Qualquer doença cardíaca que vai acometer o musculo cardíaco, tanto por processo isquêmico ou inflamatório. -> Hipertrófica: acometimento do VE, inicialmente sem dilatação, é de origem idiopática, tendo componente genético (herança autossômica dominante). A principal complicação é morte súbita (+jovens e atletas). A consequência é o refluxo mitral, tem a complacência ventricular reduzida, ocasionando fibrose e desarranjo dos miócitos. Os achados clínicos: dispneia (manifestação-disfunção do VE), dor torácica, sincope ou pré-sincope (redução do DC), palpitações, morte súbita. -> Restritiva: ocorre a restrição de enchimento cardíaco e o volume diastólico é reduzido, devido a rigidez ventricular e/ou resistência da distensibilidade diastólica. O volume sistólico é parcialmente prejudicado sendo suficiente apenas no repouso. Quando afeta o VE, causa edema pulmonar e, quando afeta o VD, causa edema periférico. Achado clinico: dispneia, edemas de MMII, hipertensão venosa (por conta da rigidez das câmaras cardíacas), ortopneia, hepatomegalia (crescimento do fígado), ascite (acumulo de liquido no abdome), fadiga ao esforço, palpitação, arritmia. -> Dilatada: a disfunção é sistólica, com perda de massa muscular e redução da contratilidade devido à dilatação ventricular, impedindo o bombeamento adequado de sangue para o corpo, causando complicações como arritmias, coágulos de sangue e morte súbita. Afeta principalmente o ventrículo esquerdo. Consequências: cardiomegalia, EAP cardiogênico, redução de volumes e capacidades pulmonares, redução de troca gasosa, aumento do shunt, aumento do colapso alveolar e da tensão superficial, redução do surfactante alveolar. Sinais e sintomas: dispneia, edema de MMII, dor torácica, fadiga exagerada e palpitação, sua via final é a arritmia e a insuficiência cardíaca. Fisioterapia: o principal objetivo é iniciado pela fisioterapia respiratória, revertendo a condição de infiltração, melhorar a troca gasosa, reduzir o shunt pulmonar, melhorar a relação Va/Q, melhorar a complacência pulmonar, diminuir a resistência da via aérea. Quando houver melhora pulmonar, avança para a reabilitação cardíaca e se tiver estabilidade hemodinâmica. Trombose Venosa Profunda (TVP) É a coagulação do sangue em uma veia profunda de um membro (em geral de panturrilha, coxa ou pelve). Pode haver complicações como a embolia pulmonar, síndrome pós-trombótica, pós-flebitiva. Ocorre pelo bloqueio do retorno venoso gerando um processo inflamatório, ocasionando um reflexo vasoespástico (linfedema flebite, edema, reações inflamatórias). São fatores de risco alterações do endotélio da veia, alteração da crase sanguinea, estase sanguinea, predisposição genética, idade maior que 40 anos, obesidade, uso de anteconcepcionais, tabagismo, entre outros. Sinais e sintomas: Dores locais (na perna ou panturrilha), sendo comum também inchaço nas extremidades, pele quente ou sensibilidade. Diagnóstico: é feito através do sinal de Thomas (dor na panturrilha a dorsiflexão do pé), sinal da bandeira (menor mobilidade a palpalção da panturrilha acometida), sinal de bancroft (dor a palpação da musculatura contra a estrutura óssea, aplica-se pressão). Tratamento: incluem medicamentos e uso de meias de compressão. Aneurisma Aorta Dilatação anormal, permanente e focal da artéria, sendo na maioria das vezes infra-renal. Acomete mais indivíduos acima de 65 anos, está associada a presença de hipertensão arterial e é silenciosa. Os fatores de risco incluem tabagismo, etnia caucasiana, HAS, história familiar, idade acima de 65 anos, sexo masculino. A sua causa é de origem multifatorial, envolvendo a inflamação tissular, aterosclerose, respostas autoimunes, fatores genéticos e hipertensão. Diagnóstico: ultrassonografia (usada para rastreamento), raio X (demonstrará calcificações curvilíneas da aorta) e Tomografia computadorizada (avalia o diâmetro). Os sinais clínicos: normalmente assintomático, quando mostra sintomas tem-se dor com irradiação para o dorso, percebe-se na palpação massa pulsátil. Tratamento: redução da HAS, cessar o tabagismo, controlar o colesterol e triglicerídeos. Homens com aneurisma < que 4,5 e mulher acima de 4cm é indicado fazer cirurgia Escalas de Avaliação -> Escala de Rass: para avaliar agitação e sedação -> Escala de Borg: Avalia a percepção de esforço. O ideal é que permaneça o exercício no leve-moderado até o moderado-intenso. Durante o exercício, o atleta deve perceber como está a frequência cardíaca, a respiração, a sudorese e a fadiga muscular. Assim, a avaliação fica mais criteriosa e pode ajudar ainda mais no planejamento para os próximos treinos. Como utilizá-la nos treinos? A tabela serve como referência para os atletas, mas, principalmente para que os treinadores preparem a rotina das próximas corridas. Com uma avaliação periódica (seja diária, semanal ou mensal), é possível descobrir quando um corredor precisa de uma semana mais leve ou pesada de treinamentos. É outra referência – mesmo que subjetiva – para que o atleta evite se sobrecarregar e, como consequência, sofrer com algum tipo de lesão. -> Escala de NYHA: A Classificação funcional da New York Heart Association (NYHA) proporciona um meio simples de classificar a extensão da insuficiência cardíaca. Categoriza os doentes em uma de quatro categorias baseada na limitação da atividade física (dispnéia).
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