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A N A T O M I A S U P E R M AT E R I A L CAPAS - MODULOS ANATOMIA SANAR FLIX 17x24cm COMPLETO.indd 2CAPAS - MODULOS ANATOMIA SANAR FLIX 17x24cm COMPLETO.indd 2 06/04/2021 12:13:2406/04/2021 12:13:24ANATOMIA M1_REVISADO.indd 1ANATOMIA M1_REVISADO.indd 1 07/04/21 19:4307/04/21 19:43 A N A T O M I A S U P E R M AT E R I A L C O L E Ç Ã O I N T R O D U Ç Ã O À A N A T O M I A N E U R O A N A T O M I A C A B E Ç A E P E S C O Ç O P A R E D E T O R Á C I C A E M E D I A S T I N O P U L M Ã O E V I A S A É R E A S C O R A Ç Ã O E A O R T A M Ó D U L O I CAPAS - MODULOS ANATOMIA SANAR FLIX 17x24cm COMPLETO.indd 3CAPAS - MODULOS ANATOMIA SANAR FLIX 17x24cm COMPLETO.indd 3 06/04/2021 12:13:2406/04/2021 12:13:24 ANATOMIA M1_REVISADO.indd 3ANATOMIA M1_REVISADO.indd 3 07/04/21 19:4307/04/21 19:43 PREFÁCIO Os primeiros semestres dos cursos universitários têm impor- tância decisiva para a motivação dos estudantes e se consti- tuem no momento privilegiado para despertar seu entusiasmo. Além de ser o primeiro contato do estudante com os conheci- mentos básicos da medicina, esse início da formação, o ciclo básico, proporciona também o desenvolvimento de um racio- cínio científico sólido e crítico, tendo um papel muito relevante como verdadeiro alicerce para a graduação e atuação na prá- tica clínica. É por isso que nossa equipe assumiu o desafio de estimular o processo de aprendizagem do ciclo básico e de otimizar o estudo dos estudantes de Medicina. Dessa forma, a Sanar traz a coleção de Super Material de Ana- tomia com conteúdo selecionado dos principais temas, ofere- cendo-o de forma fluida e didática, com textos, mapas men- tais, figuras e fluxogramas embasados em artigos atualizados e livros clássicos. Essa ferramenta enfatiza, assim, nosso comprometimento com uma educação transformadora e nossa consciência da impor- tância do ciclo básico na formação do profissional médico. Boa leitura! ANATOMIA M1_REVISADO.indd 7ANATOMIA M1_REVISADO.indd 7 07/04/21 19:4307/04/21 19:43 O SanarFlix é a maior plataforma online de educação médica do Bra- sil, que tem como objetivo ajudar o estudante de medicina de maneira prática, rápida e divertida! Queremos fazer com que seu estudo seja bem direcionado, que você tenha tempo suficiente para estudar tudo o que precisa e que isso seja feito de forma didática e completa. Por isso, o Sanarflix será seu maior aliado nos estudos! Temos uma grande disponibilidade de aulas e trabalhamos com dois mét- odos, o #Aprenda e o #Aprofunde. Nas aulas #Aprenda, você verá o assunto de forma introdutória, destacando os aspectos básicos essenciais para a melhor compreensão. Nas aulas #Aprofunde, consideramos que você já tem uma base sobre o assunto e falamos agora de uma forma mais profunda, trazendo detalhes com foco principalmente na prática médica. Além disso, possuímos nossos SuperMateriais que deram origem a esse livro. 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Termos Direcionais .............................................................................. 16 4. Termos de Lateralidade ..................................................................... 18 5. Planos e Eixos Anatômicos .............................................................. 19 6. Termos de Movimento ....................................................................... 21 7. Regiões Anatômicas .......................................................................... 23 Referências Bibliograficas ..................................................................... 27 02. INTRODUÇÃO À NEUROANATOMIA ......................... 29 1. Alguns aspectos filogênicos do sistema nervoso ................... 31 2. Planos anatômicos .............................................................................. 33 3. Divisões do sistema nervoso .......................................................... 34 Referências Bibliográficas ..................................................................... 53 03. ANATOMIA MACROSCÓPICA DO ENCÉFALO (NEUROANATOMIA) ......................................................... 55 1. Introdução ............................................................................................... 57 2. Diencéfalo ............................................................................................... 60 3. Telencéfalo.............................................................................................. 65 ANATOMIA M1_REVISADO.indd 9ANATOMIA M1_REVISADO.indd 9 07/04/21 19:4307/04/21 19:43 4. Tronco encefálico ................................................................................. 78 5. Cerebelo .................................................................................................. 89 Referências Bibliográficas ..................................................................... 95 04. ANATOMIA DO CEREBELO ........................................ 99 1. Introdução ............................................................................................... 99 2. Aspectos anatômicos ...................................................................... 100 3. Estrutura e função do cerebelo .................................................... 105 4. Aplicação clínica ................................................................................ 107 Referências Bibliográficas .................................................................. 111 05. ANATOMIA DA CABEÇA E PESCOÇO ..................... 113 ANATOMIA DA CABEÇA ......................................................115 1. Estruturas ósseas do crânio e da face ...................................... 115 2. Viscerocrânio x neurocrânio ......................................................... 116 3. Visões do crânio ............................................................................... 117 4. Vista lateral ......................................................................................... 119 5. Vista inferior ........................................................................................ 120 6. Vista da calvária ................................................................................ 122 10. Nariz e seios da face ................................................................... 126 11. Articulação temporomandibular ............................................... 133 ANATOMIA M1_REVISADO.indd 10ANATOMIA M1_REVISADO.indd 10 07/04/21 19:4307/04/21 19:43 ANATOMIA DO PESCOÇO ....................................................141 1. Estruturas ósseas do pescoço ..................................................... 142 2. Fáscias cervicais ................................................................................ 147 3. Vascularização arterial da cabeça e pescoço ........................ 154 4. Drenagem venosa da cabeça e pescoço ................................. 159 5. Drenagem linfática da cabeça e pescoço ................................ 161 6. Inervação da cabeça e pescoço ..................................................162 Referências Bibliográficas ................................................................. 166 06. PAREDE TORÁCICA E MEDIASTINO ....................... 167 1. Introdução ............................................................................................ 169 2. Parede torácica .................................................................................. 170 3. Mediastino ........................................................................................... 194 Referências Bibliográficas ................................................................. 200 07. VIAS AÉREAS ........................................................... 201 1. Introdução ............................................................................................ 203 2. Cavidade nasal .................................................................................. 204 3. Faringe e laringe ................................................................................ 207 4. Traqueia e brônquios ...................................................................... 211 Referências Bibliográficas ................................................................. 218 ANATOMIA M1_REVISADO.indd 11ANATOMIA M1_REVISADO.indd 11 07/04/21 19:4307/04/21 19:43 08. ANATOMIA DO CORAÇÃO E DA AORTA ................ 219 ANATOMIA DO CORAÇÃO ...................................................221 1. Introdução ............................................................................................ 221 2. Fluxo sanguíneo através do coração ......................................... 225 3. Átrio direito .......................................................................................... 226 4. Ventrículo direito ............................................................................... 229 5. Átrio esquerdo ................................................................................... 231 6. Ventrículo esquerdo ......................................................................... 231 7. Valvas do tronco pulmonar e da aorta ...................................... 234 8. Vasculatura do coração .................................................................. 235 9. Complexo estimulante do coração ............................................. 240 ANATOMIA DA AORTA ..........................................................246 1. Aorta ...................................................................................................... 246 Referências Bibliográficas ................................................................. 250 ANATOMIA M1_REVISADO.indd 12ANATOMIA M1_REVISADO.indd 12 07/04/21 19:4307/04/21 19:43 C A P Í T U L O 1 INTRODUÇÃO À ANATOMIA HUMANA 1. Introdução e Definição ............................................15 2. Terminologia Anatômica ........................................15 3. Termos Direcionais ...................................................16 4. Termos de Lateralidade ..........................................18 5. Planos e Eixos Anatômicos ...................................19 6. Termos de Movimento ............................................21 7. Regiões Anatômicas ...............................................23 Referências Bibliograficas ..........................................27 Não se limite a apenas uma forma de ver o conteúdo, o Sanarflix te permite muito mais. Acesse e experimente: sanarflix.com.br ANATOMIA M1_REVISADO.indd 13ANATOMIA M1_REVISADO.indd 13 07/04/21 19:4307/04/21 19:43 1 1. INTRODUÇÃO E DEFINIÇÃO A anatomia é a ciência que estu- da macro e microscopicamente as estruturas morfológicas do corpo e as correlações entre elas. Foi estu- dada inicialmente por dissecação, a secção cuidadosa das estruturas do corpo para o estudo de suas relações. Atualmente, inúmeras técnicas de imagem também con- tribuem para o avanço do conheci- mento anatômico. A simples observação de um gru- po de pessoas nos evidencia as di- ferenças morfológicas entre cada indivíduo. Tais diferenças podem apresentar-se externamente ou em qualquer dos sistemas do or- ganismo, sem representar algum prejuizo funcional. Podem ser de- correntes tanto das características individuais, quanto da idade, do sexo, da raça, do tipo constitucio- nal e da evolução. Algumas variações morfológicas podem levar a prejuízo funcional e, nesse caso, denominamos de ano- malia e não apenas de variação. Se a anomalia for tão acentuada de modo a deformar profunda- mente a construção do corpo do indivíduo, sendo, em geral, incom- patível com a vida, denomina-se monstruosidade. 2. TERMINOLOGIA ANATÔMICA Tem como objetivo descrever a posição anatômica, relacionar os nomes anatômicos e os nomes comuns correspondentes para várias regiões do corpo humano, definir os planos e cortes anatômi- cos e os termos de posição e di- reção utilizados para descrever o corpo humano de forma pa- dronizada. Além da terminologia, a posição anatômica também é padronizada, evitando possíveis confusões ou equívocos. As descrições de qualquer parte do corpo humano partem do princípio de que ele está em uma posição padronizada de referência chama- da posição anatômica, na qual o indivíduo se mantém ereto de frente para o observador, com a cabeça e INTRODUÇÃO À ANATOMIA HUMANA ANATOMIA M1_REVISADO.indd 15ANATOMIA M1_REVISADO.indd 15 07/04/21 19:4307/04/21 19:43 ANATOMIA 16 os olhos voltados diretamente para frente. Os membros inferiores estão paralelos, os pés estão retos sobre o chão e direcionados para frente. Os membros superiores ficam ao lado do corpo, com as palmas vol- tadas para frente (Figura 1). Outros termos são utilizados para o corpo deitado. Se o corpo está com o rosto voltado para baixo, ele está em decúbito ventral. Se o corpo está com o rosto voltado para cima, ele está em decúbito dorsal. Figura 1. Posição anatômica. Fonte: Lazuin/Shutterstock.com SE LIGA! Fazer com que a pes- soa fique em posição anatômica padrão permite que os termos anatômicos sejam definidos claramente, de modo que qualquer parte do corpo possa ser descrita em relação à outra. 3. TERMOS DIRECIONAIS Para localizar as várias estruturas corporais são utilizados termos direcionais específicos, palavras que descrevem a posição de uma parte do corpo em relação à outra. Esses termos são agrupados em pares com significados opostos (Figura 2). ANATOMIA M1_REVISADO.indd 16ANATOMIA M1_REVISADO.indd 16 07/04/21 19:4307/04/21 19:43 INTRODUÇÃO À ANATOMIA HUMANA 17 Superior refere-se a uma estrutu- ra situada mais perto do vértice, o ponto mais alto do crânio. Inferior refere-se a uma estrutura situada mais perto da planta do pé. Cranial está relacionado com o crânio e é um termo útil para in- dicar direção, que significa em di- reção à cabeça. Caudal também é um termo útil indicador de direção, que significa em direção à região dos pés. Posterior (dorsal) designa a su- perfície posterior do corpo ou mais perto do dorso. Anterior (ventral) designa a superfície frontal do corpo. Medial é usado para indicar que uma estrutura está mais perto do plano mediano do corpo. Ao con- trário, lateral indica que uma es- trutura está mais distante do plano mediano. Termos associados descrevem posições intermediárias: infero- medial significa mais perto dos pés e do plano mediano. Supero- lateral significa mais perto da cabeça e mais distante do plano mediano. Figura 2. Termos anatômicos direcionais. Fonte: Excellent Dream/Shutterstock.com ANATOMIA M1_REVISADO.indd 17ANATOMIA M1_REVISADO.indd 17 07/04/21 19:4307/04/21 19:43 ANATOMIA 18 SE LIGA! É importante compreender que os termos direcionais têm significados relativos: eles só fazem sentido quando utilizados para descrever a posição de uma estrutura em relação à outra. Por exemplo, o joelho é superior ao tornozelo, embora ambos este- jam localizados na metade inferior do corpo. FLUXOGRAMA TERMOS DIRECIONAISTERMOS DIRECIONAIS Medial x Lateral Cranial x Caudal Superior x Inferior Posterior (dorsal) x Anterior (ventral) 4. TERMOS DE LATERALIDADE Estruturas pares que têm elemen- tos direito e esquerdo (p. ex., os pulmões) são bilaterais, enquanto aquelas presentes apenas de um lado são unilaterais. A designa- ção específica do elemento direito ou esquerdo das estruturas bila- terais é fundamental. Ipsilateral refere-se a algo situado do mesmo lado do corpo que outra estrutura; por exemplo, a mão direita e o pé direito são ipsilaterais. Contrala- teral significa que está no lado do corpo oposto a outra estrutura; a mão direita é contralateral à mão esquerda. ANATOMIA M1_REVISADO.indd 18ANATOMIA M1_REVISADO.indd 18 07/04/21 19:4307/04/21 19:43 INTRODUÇÃO À ANATOMIA HUMANA 19 FLUXOGRAMA TERMOS DIRECIONAIS 5. PLANOS E EIXOS ANATÔMICOS Os planos são estruturas imaginá- rias que atravessam o corpo, sec- cionando-o na posição anatômica. O plano mediano é vertical, e cor- ta o corpo longitudinalmente, divi- dindo-o corpo nas metades direita e esquerda. Os planos sagitais são planos verticais que atraves- sam o corpo paralelamente ao plano mediano. Os planos fron- tais/coronais também são planos verticais que atravessam o corpo, dividindo-o em partes anterior e posterior. Os planos transversos/ axiais são planos horizontais que dividem o corpo em partes supe- rior e inferior (Figura 3). Figura 3. Planos anatômicos. Fonte: Excellent Dream/Shutterstock.com Os eixos do corpo humano são li- nhas imaginárias traçadas no indi- víduo e se dividem em três. O eixo sagital (anteroposterior) cruza o corpo no sentido anterior para posterior. O eixo longitudi- nal (craniocaudal) cruza o corpo no sentido craniocaudal. Já o eixo tranversal (laterolateral) segue o sentido laterolateral, por exemplo. ANATOMIA M1_REVISADO.indd 19ANATOMIA M1_REVISADO.indd 19 07/04/21 19:4307/04/21 19:43 ANATOMIA 20 O principal uso dos planos e eixos anatômicos é descrever cortes. Os cortes longitudinais são feitos no sentido do comprimento ou para- lelos ao eixo longitudinal do corpo ou de uma de suas partes, e o ter- mo é aplicado sem levar em conta a posição do corpo. Os cortes trans- versos são “fatias” do corpo ou de suas partes perpendiculares ao eixo longitudinal aos mesmos. Os cortes oblíquos são “fatias” do corpo ou de suas partes que não são feitas ao longo de um dos planos anatômicos já mencionados. SE LIGA! Como o eixo longitudinal do pé é horizontal, o corte trans- verso do pé está no plano frontal. FLUXOGRAMA PLANOS E EIXOS ANATÔMICOS Planos Anatômicos Frontais ou Coronais Sagitais Medianos Transversos ou Axiais Eixos Anatômicos Sagital: anteroposterior Longitudinal: craniocraudal Transversal: laterolateral Figura 4. Termos de movimento. Fonte: Auttapon Wongtakeaw/Shutterstock.com ANATOMIA M1_REVISADO.indd 20ANATOMIA M1_REVISADO.indd 20 07/04/21 19:4307/04/21 19:43 INTRODUÇÃO À ANATOMIA HUMANA 21 6. TERMOS DE MOVIMENTO Vários termos descrevem os movi- mentos dos membros e de outras partes do corpo. A maioria dos movimentos é definida em rela- ção à posição anatômica e ocor- rem dentro de planos anatômicos específicos, ao redor dos eixos alinhados com esses planos. Tam- bém podem ser avaliados em pa- res de movimentos opostos, como flexão e extensão, que geralmente ocorrem em planos sagitais em torno de um eixo transverso. Flexão indica curvatura ou dimi- nuição do ângulo entre os ossos ou partes do corpo. Na maioria das articulações refere-se ao movi- mento em direção anterior. Exten- são indica retificação ou aumento do ângulo entre os ossos ou as partes do corpo. Geralmente ocor- re em direção posterior. As flexões laterais direita e esquerda (curva- tura lateral) são formas especiais de abdução apenas para o pesco- ço e o tronco. Figura 4. Termos de movimento. Fonte: Auttapon Wongtakeaw/Shutterstock.com ANATOMIA M1_REVISADO.indd 21ANATOMIA M1_REVISADO.indd 21 07/04/21 19:4307/04/21 19:43 ANATOMIA 22 SE LIGA! Na articulação do jo- elho observamos uma exceção à regra, pois a flexão deste re- fere-se ao movimento posterior e a extensão, ao movimento anterior. A flexão dorsal, ou dorsiflexão, descreve a flexão na articulação do tornozelo, como ao levantar os dedos do chão. A flexão plantar curva o pé e os dedos em direção ao solo, como ao ficar na ponta dos pés. Os movimentos de abdução e adução geralmente ocorrem em um plano frontal em torno de um eixo anteroposterior. Com exceção dos dedos, a abdução significa af- astamento do plano mediano e a adução significa a aproximação desse mesmo plano. Na abdução dos dedos o termo significa afastá-los em relação ao 3º dedo (médio), em posição neu- tra, ou movimento de afastamento dos dedos dos pés em relação ao 2o dedo, em posição neutra. O 3º dedo da mão e o 2º dedo do pé fazem o movimento de abdução medial ou lateral em relação à posição neutra. A adução dos dedos é o oposto – a aproximação dos dedos, das mãos ou dos pés, em direção ao 3º dedo da mão ou ao 2º dedo do pé, em posição neutra. A rotação é o giro ou a revolução de uma parte do corpo ao redor de seu eixo longitudinal, como ao virar a cabeça para o lado. A ro- tação medial (interna) aproxima a face anterior de um membro do plano mediano, ao passo que a rotação lateral (externa) afasta a face anterior do plano mediano. A pronação e a supinação são os movimentos de rotação do ante- braço e da mão. A pronação causa a rotação medial do rádio, de modo que a palma da mão fique voltada posteriormente e o dorso, anterior- mente. A supinação é o movimen- to inverso, o qual volta o antebraço e a mão para posição anatômica após a pronação. A eversão afasta a planta do pé do plano mediano, girando-a lateral- mente. Já a inversão move a planta do pé em direção ao plano mediano. Oposição é o movimento no qual a polpa do polega é aproximada da polpa de outro dedo. Esse mo- vimento é o chamado movimento de pinça. Reposição descreve o movimento de retorno do polegar para sua posição anatômica. ANATOMIA M1_REVISADO.indd 22ANATOMIA M1_REVISADO.indd 22 07/04/21 19:4307/04/21 19:43 INTRODUÇÃO À ANATOMIA HUMANA 23 Protrusão é um movimento ante- rior (para a frente) como na protru- são da mandíbula, dos lábios ou da língua. Retrusão é um movimento posterior (para trás). A elevação desloca uma parte para cima. A depressão desloca uma parte para baixo. FLUXOGRAMA TERMOS DE MOVIMENTO TERMOS DE MOVIMENTO Rotação lateral x rotação medial Oposição x Reposição Depressão x Elevação Abdução x Adução Pronação x SupinaçãoProtrusão x Retrusão Eversão x InversãoExtensão x Flexão 7. REGIÕES ANATÔMICAS O corpo humano é dividido em al- gumas partes principais, são elas: a cabeça, o pescoço, o tronco, os membros superiores e os mem- bros inferiores. A cabeça consiste no crânio e na face. O crânio envolve e protege o encéfalo; a face é a parte frontal da cabeça, e inclui olhos, nariz, boca, fronte, bochechas e mento. O pes- coço sustenta a cabeça, unindo-a ao tronco. O tronco consiste em tórax, abdome e pelve. Cada membro superior está unido ao tronco e consiste em ombro, axi- la, braço, antebraço, punho e mão. Cada membro inferior também está unido ao tronco e consiste em nádega, coxa, perna, tornozelo e pé. A região inguinal é a área na superfície anterior do corpo, mar- cada por uma prega de cada lado, na qual o tronco se liga às coxas. ANATOMIA M1_REVISADO.indd 23ANATOMIA M1_REVISADO.indd 23 07/04/21 19:4307/04/21 19:43 A N A T O M I A S U P E R M AT E R I A L C O L E Ç Ã O A P A R E L H O D I G E S T I V O B A Ç O R E G I Ã O I N G U I N A L P E L V E E P E R Í N E O A P A R E L H O R E P R O D U T O R M Ó D U L O I I CAPAS - MODULOS ANATOMIA SANAR FLIX 17x24cm COMPLETO.indd 6CAPAS - MODULOS ANATOMIA SANAR FLIX 17x24cm COMPLETO.indd 6 06/04/2021 12:13:4506/04/2021 12:13:45 ANATOMIAM2_17X24.indd 3ANATOMIA M2_17X24.indd 3 07/04/21 20:1307/04/21 20:13 SUMÁRIO 01. APARELHO DIGESTIVO ALTO 1. Faringe ................................................................................................... 15 2. Esôfago .................................................................................................. 20 3. Estômago ............................................................................................. 28 4. Duodeno ................................................................................................ 35 Referências Bibliográficas .................................................................. 42 02. APARELHO DIGESTIVO BAIXO 1. Intestino delgado ............................................................................... 45 2. Jejuno e íleo .......................................................................................... 53 3. Intestino grosso .................................................................................. 62 4. Cólon ....................................................................................................... 67 5. Reto e canal anal ................................................................................ 80 Referências Bibliográficas .................................................................. 87 03. ANATOMIA DO BAÇO 1. Definição e função ............................................................................. 91 2. Anatomia descritiva .......................................................................... 91 3. Anatomia topográfica ....................................................................... 95 4. Irrigação, drenagem e inervação do baço ................................ 97 Referências Bibliográficas ................................................................106 ANATOMIA M2_17X24.indd 9ANATOMIA M2_17X24.indd 9 07/04/21 20:1307/04/21 20:13 04. ANATOMIA DA REGIÃO INGUINAL 1. Ligamento Inguinal ..........................................................................110 2. Canal Inguinal ....................................................................................115 3. Triângulo Inguinal (de Hesselbach) ...........................................128 4. Óstio Miopectíneo (de Fruchaud) ..............................................130 5. Trígono femoral .................................................................................133 6. Canal Femoral ...................................................................................135 7. Vascularização da região inguinal .............................................140 8. Drenagem Linfática da região inguinal ....................................144 9. Inervação .............................................................................................147 Referências bibliograficas .................................................................152 05. PELVE E PERÍNEO 1. Introdução ...........................................................................................155 2. Cíngulo do Membro Inferior .........................................................155 3. Cavidade Pélvica ..............................................................................158 4. Paredes e Assoalho da Cavidade Pélvica ..............................158 5. Artérias da Pelve ..............................................................................163 6. Veias da Pelve ...................................................................................167 7. Drenagem Linfática da Pelve ......................................................169 8. Inervação da Pelve ..........................................................................171 9. Períneo .................................................................................................171 10. Trígono Anal ....................................................................................172 11. Trígono Urogenital ........................................................................173 ANATOMIA M2_17X24.indd 10ANATOMIA M2_17X24.indd 10 07/04/21 20:1307/04/21 20:13 12. Artérias do Períneo ......................................................................178 13. Veias do Períneo ............................................................................180 14. Drenagem Linfática do Períneo ...............................................181 15. Inervação do Períneo ...................................................................182 Referências Bibliograficas ................................................................186 06. ANATOMIA DO APARELHO REPRODUTOR 1. Aparelho reprodutor .......................................................................189 2. Aparelho reprodutor feminino .....................................................189 3. Aparelho reprodutor masculino ..................................................212 Referências Bibliográficas ................................................................235 ANATOMIA M2_17X24.indd 11ANATOMIA M2_17X24.indd 11 07/04/21 20:1307/04/21 20:13 C A P Í T U L O 1 APARELHO DIGESTIVO ALTO 1. Faringe ..........................................................................15 2. Esôfago .........................................................................20 3. Estômago ....................................................................28 4. Duodeno .......................................................................35 Referências Bibliográficas .........................................42 Anatomia fácil, do jeito que você precisa, abra a câmera, leia o QRCode e descubra como: sanarflix.com.br ANATOMIA M2_17X24.indd 13ANATOMIA M2_17X24.indd 13 07/04/21 20:1307/04/21 20:13 1APARELHO DIGESTIVO ALTO 1. FARINGE A faringe é a parte expandida su- perior do sistema digestório, pos- terior às cavidades nasal e oral, que se estende inferiormente além da laringe. A faringe estende-se da base do crânio até a margem inferior da cartilagem cricoidea an- teriormente e a margem inferior da vértebra C6 posteriormente. A fa- ringe é mais larga (cerca de 5 cm) defronte ao hioide e mais estreita (cerca de 1,5 cm) em sua extre- midade inferior, onde é contínua com o esôfago. A parede posterior plana da faringe situa-se contra a lâmina pré-vertebral da fáscia cer- vical. A faringe é dividida em três partes: • Parte nasal da faringe (nasofa- ringe): posterior ao nariz e su- perior ao palato mole. • Parte oral da faringe (orofarin- ge): posterior à boca. • Parte laríngea da faringe (larin- gofaringe): posterior à laringe. A parte laríngea da faringe situa- -se posteriormente à laringe, es- tendendo-se da margem superior da epiglote e das pregas faringo- epiglóticas até a margem inferior da cartilagem cricoidea, onde se estreita e se torna contínua com o esôfago. Posteriormente, a parte laríngea da faringe mantém rela- ção com os corpos das vértebras C4 à C6. As paredes posterior e lateral são formadas pelos múscu- los constritores médio e inferior da faringe. Internamente, a parede é formada pelos músculos palatofa- ríngeo e estilofaríngeo. A parte la- ríngea da faringe comunica-se com a laringe por meio do ádito da larin- ge em sua parede anterior. ANATOMIA M2_17X24.indd 15ANATOMIA M2_17X24.indd 15 07/04/21 20:1307/04/21 20:13 ANATOMIA 16 Figura 1. Secção sagital mediana da faringe. Fonte: logika600/Shutterstock.com A parede da faringe é excepcional em relação ao trato alimentar, pois tem uma lâmina muscular forma- da apenas por músculo voluntário disposto em uma camada interna de músculo longitudinal e uma camada circular externa. A maior parte do trato alimentar é com- posta de músculo liso, com uma camada de músculo longitudinal externa e uma camada circular interna. A camada circular exter- na de músculos faríngeos consis- te em três constritores da faringe: superior, médio e inferior. Os mús- culos longitudinais internos são o palatofaríngeo, o estilofaríngeo e o salpingofaríngeo.Esses músculos elevam (encurtam e alargam) a fa- ringe e a laringe durante a degluti- ção e a fala. ANATOMIA M2_17X24.indd 16ANATOMIA M2_17X24.indd 16 07/04/21 20:1307/04/21 20:13 APARELHO DIGESTIVO ALTO 17 Figura 2. Aparelho digestivo alto. Fonte: Autoria Própria A deglutição é o processo completo que transfere o bolo de alimento da boca através da faringe e esôfago para o estômago. O alimento sóli- do é mastigado e misturado com a saliva para formar um bolo macio e mais fácil de engolir. A deglutição ocorre em três estágios: • Voluntário: o bolo é comprimido contra o palato e empurrado da boca para a parte oral da faringe, principalmente por movimentos dos músculos da língua e do pa- lato mole. • Involuntário e rápido: o pala- to mole é elevado, isolando a parte nasal da faringe das par- tes oral e laríngea. A faringe alarga-se e encurta-se para receber o bolo alimentar en- quanto os músculos supra-hi- oideos e os músculos faríngeos longitudinais se contraem, el- evando a laringe. a epiglote se fecha. • Involuntário: a contração se- quencial dos três músculos constritores da faringe cria uma crista peristáltica que for- ça a descida do bolo alimentar para o esôfago. Vascularização da faringe A irrigação arterial da faringe é rea- lizada pelos seguintes vasos: arté- ria tireoidea inferior (ramo do tron- co tireocervical), artéria tireoidea ANATOMIA M2_17X24.indd 17ANATOMIA M2_17X24.indd 17 07/04/21 20:1307/04/21 20:13 ANATOMIA 18 superior, artéria faríngea ascen- dente (ramos da carótida externa) e alguns ramos da artéria maxilar. Já na drenagem venosa temos os seguintes vasos: veias faríngeas, tireoidea superior, tireoidea média (drenam para a veia jugular inter- na) e veia tireoidea inferior (drena para a veia braquiocefálica). Figura 3. Vascularização arterial e venosa. Fonte: Autoria Própria ANATOMIA M2_17X24.indd 18ANATOMIA M2_17X24.indd 18 07/04/21 20:1307/04/21 20:13 APARELHO DIGESTIVO ALTO 19 Já a drenagem linfática da faringe é realizada pelos linfonodos inter- mediários, linfonodos retrofarínge- os, linfonodo jugulodigástrico que drenam para os linfonodos jus- tajugulares que conduzirá para o ducto torácico ou para o ducto lin- fático direito, desaguando na veia subclávia. Inervação da faringe A inervação da faringe (motora e a maior parte da sensitiva) deriva do plexo nervoso faríngeo. As fi bras motoras no plexo são derivadas do nervo vago (NC X) através de seu ramo ou ramos faríngeos. Elas su- prem todos os músculos da farin- ge e do palato mole, com exceção dos músculos estilofaríngeo (su- prido pelo NC IX) e tensor do véu palatino (suprido pelo NC V3). O músculo constritor inferior da farin- ge também recebe algumas fi bras motoras dos ramos laríngeos ex- terno e recorrente do nervo vago. As fi bras sensitivas no plexo são derivadas do nervo glossofaríngeo. Elas são distribuídas para as três partes da faringe. Além disso, a tú- nica mucosa das regiões anterior e superior da parte nasal da faringe é suprida principalmente pelo nervo maxilar (NC V2). Faringe Músculos constritores superior, médio e inferior: fecham a nasofaringe e conduzem o alimento até o esôfago Musculatura M. palatofaríngeo: estreita istmo da fauce e abaixa o véu palatino; M. salpingofaríngeo e M. estilofaríngeo: levantam a faringe Função: participa da deglutição e conduz o alimento da boca até o esôfago Divisões Nasofaringe Orofaringe Laringofaringe Arterial: artérias tireoidea inferior, tireoidea superior, faríngea ascendente e ramos da a. maxilar Vascularização Venoso: veias faríngeas, tireoidea superior, tireoidea média e tireoidea inferior N. vago – fi bras motoras N. Glossofaríngeo – fi bras sensitivas Inervação Linfonodos retrofaríngeos, jugulodigástrico, justajugulares -> Ducto torácico ou ducto linfático direito Drenagem linfática MAPA MENTAL – FARINGE ANATOMIA M2_17X24.indd 19ANATOMIA M2_17X24.indd 19 07/04/21 20:1307/04/21 20:13 ANATOMIA 20 2. ESÔFAGO O esôfago é um tubo muscular de aproximadamente 25 cm de com- primento com um diâmetro médio de 2 cm, que conduz o alimento da faringe para o estômago. Localiza- -se na divisão mediana da caixa torácica, seguindo a curvatura da coluna vertebral ao descer atra- vés do pescoço e do mediastino. O esôfago é dividido em três porções nomeadas de acordo com suas respectivas localizações anatômi- cas: porção cervical, porção toráci- ca e porção abdominal. Figura 4. Divisões do Esôfago. Fonte: Autoria Própria ANATOMIA M2_17X24.indd 20ANATOMIA M2_17X24.indd 20 07/04/21 20:1307/04/21 20:13 APARELHO DIGESTIVO ALTO 21 O esôfago normalmente tem três constrições, onde estruturas adja- centes deixam impressões: • Constrição cervical (esfíncter superior do esôfago): em seu início na junção faringoesofági- ca, a aproximadamente 15 cm dos dentes incisivos. causada pela parte cricofaríngea do músculo constritor inferior da faringe. • Constrição broncoaórtica (torá- cica): uma constrição combina- da, no local onde ocorre primeiro o cruzamento do arco da aorta, a 22,5 cm dos dentes incisivos, e depois o cruzamento pelo brô- nquio principal esquerdo, a 27,5 cm dos dentes incisivos. • Constrição diafragmática: no local onde atravessa o hia- to esofágico do diafragma, a aproximadamente 40 cm dos dentes incisivos. Figura 5. Locais de constrição do esôfago. Fonte: Autoria Própria ANATOMIA M2_17X24.indd 21ANATOMIA M2_17X24.indd 21 07/04/21 20:1407/04/21 20:14 ANATOMIA 22 O tecido muscular do esôfago se mostra organizado em lâminas musculares circulares internas e longitudinais externas, possuindo fibras de dois tipos diferentes em cada uma de suas três porções: em seu terço superior (porção cer- vical) a lâmina externa consiste em músculo estriado esquelético – voluntário; seguindo para o ter- ço médio (porção torácica) a mus- culatura sofre uma transição para músculo liso, de modo que essa região se apresenta mista, com os dois tipos de fibras musculares; já o terço inferior (porção abdominal) é formado predominantemente por músculo liso. Histologicamente, o esôfago é dividido em quatro camadas: 1- túnica mucosa – consistindo em epitélio, glândulas esofágicas, lâ- mina própria e lamina muscular da mucosa; 2- Tela submucosa – apresentando tecido conjuntivo e maior aporte vascular; 3- túnica muscular apresentando duas ca- madas, circular e longitudinal, va- riando seu tipo de fibra conforme supracitado; e 4- túnica adventícia. SE LIGA! As diferentes dispo- sições das fibras musculares do esôfago – circular e longitudinal – lhe conferem a capacidade de se contrair em dois sentidos: cen- trípeto ou centrífugo, fechando ou abrindo a sua luz e também no sentido craniocaudal. Dessa maneira, os movimentos peristál- ticos do esôfago se dão de forma a apertar e empurrar na direção caudal o conteúdo em seu inte- rior, sendo possível engolir de ca- beça para baixo com o alimento chegando da mesma maneira ao estômago. ANATOMIA M2_17X24.indd 22ANATOMIA M2_17X24.indd 22 07/04/21 20:1407/04/21 20:14 APARELHO DIGESTIVO ALTO 23 Relações anatômicas do esôfago As relações anatômicas do esô- fago cervical são: anteriormente a traqueia, a glândula tireoide e o nervo laríngeo recorrente; lateral- mente relaciona-se com grandes vasos como a carótida comum e a veia jugular interna, a porção posterior da tireoide e o ducto to- rácico (lado esquerdo); superior- mente temos a laringofaringe e posteriormente a lâmina pré-ver- tebral da fáscia cervical (coluna cervical) e alguns músculos longos do pescoço. Na porção torácica, tendo em vista que o esôfago atravessa a região do mediastino, temos as seguintes relações anatômicas: anteriormen- te o arco aórtico, a continuação da traqueia, os brônquios principais esquerdo e direito, o pericárdio e o diafragma; posteriormente as veias ázigos e hemiázigo (sistema alternativode drenagem) e a colu- na vertebral; lateralmente temos o ducto torácico, a artéria subclávia MAPA MENTAL – ESÔFAGO Porção Cervical Tubo muscular que conduz o alimento da faringe para o estômago ESÔFAGO Divisões HistológicasDivisões Anatômicas Porção Torácica Porção Abdominal Músculo estriado esquelético Músculos estriado esquelético e liso Músculo liso Mucosa Submucosa Muscular: circular e longitudinal Adventícia ANATOMIA M2_17X24.indd 23ANATOMIA M2_17X24.indd 23 07/04/21 20:1407/04/21 20:14 ANATOMIA 24 esquerda, o arco aórtico, o nervo laríngeo recorrente esquerdo, a pleura mediastinal, a veia ázigos e o nervo vago. O esôfago abdominal é a porção final do órgão, se encontra à es- querda da linha mediana, entra no abdome através do hiato esofági- co, termina na junção gastroeso- fágica/óstio cárdico do estômago que se situa na altura da vértebra T11, é recoberto pelo peritônio se- roso e apresenta as seguintes re- lações anatômicas: anteriormente temos o lobo esquerdo do fígado; posteriormente a bolsa omental; inferiormente o estômago e su- periormente o diafragma, ao qual é fixado por tecido conjuntivo que forma o ligamento frenicoesofági- co inferior. MAPA MENTAL – RELAÇÕES ANATÔMICAS DO ESÔFAGO Relações Anatômicas do Esôfago Esofagotorácico Esôfago AbdominalEsôfago Cervical Anteriormente: traqueia, tireoide, N. laríngeo recorrente Lateralmente: carótida comum, jugular interna, tireoide, ducto torácico Superiormente: laringofaringe Anteriormente: arco aórtico, traqueia, brônquios principais, pericárdio e diafragma Posteriormente: veias ázigos e hemiázigo e coluna vertebral Lateralmente: ducto torácico, subclávia esquerda, arco aórtico, N. laríngeo recorrente esquerdo, pleura mediastinal, veia ázigo e o nervo vago.Posteriormente: coluna cervical e alguns músculos longos do pescoço Anteriormente: lobo esquerdo do fígado Posteriormente: bolsa omental Superiormente: diafragma – ligamento frênico inferior Inferiormente: estômago ANATOMIA M2_17X24.indd 24ANATOMIA M2_17X24.indd 24 07/04/21 20:1407/04/21 20:14 A N A T O M I A S U P E R M AT E R I A L C O L E Ç Ã O A P A R E L H O L O C O M O T O R G L Â N D U L A S E N D Ó C R I N A S A N A T O M I A C I R Ú R G I C A M Ó D U L O I I I CAPAS - MODULOS ANATOMIA SANAR FLIX 17x24cm COMPLETO.indd 9CAPAS - MODULOS ANATOMIA SANAR FLIX 17x24cm COMPLETO.indd 9 06/04/2021 12:14:0606/04/2021 12:14:06 ANATOMIA M3_17X24.indd 3ANATOMIA M3_17X24.indd 3 09/04/21 02:0409/04/21 02:04 SUMÁRIO 01. MEMBROS SUPERIORES 1. Introdução .................................................................................................15 2. Cintura Escapular ..................................................................................16 3. Braço ..........................................................................................................25 4. Antebraço ................................................................................................29 5. Mão ............................................................................................................38 6. Irrigação Arterial ....................................................................................42 7. Drenagem venosa e linfática .............................................................44 Referências Bibliográficas .....................................................................48 02. MEMBROS INFERIORES 1. Introdução e definição ..........................................................................51 2. Quadril e cíngulo do membro inferior .............................................53 3. Coxas ..........................................................................................................69 4. Pernas ........................................................................................................85 5. Pés ...............................................................................................................95 6. Vascularização dos membros inferiores ....................................107 Referências bibliográficas ...................................................................115 ANATOMIA M3_17X24.indd 9ANATOMIA M3_17X24.indd 9 09/04/21 02:0409/04/21 02:04 03. ANATOMIA: TIREOIDE E PARATIREOIDE 1. Introdução ..............................................................................................119 2. Aspectos Anatômicos da Tireoide ...............................................119 3. Aspectos Anatômicos das Paratireoides ..................................125 4. Vascularização e Inervação da Tireoide e da Paratireoide .127 5. Fisiologia da Tireoide .........................................................................137 6. Fisiologia da Paratireoide .................................................................138 7. Correlações Clínicas ...........................................................................140 8. Exames de Imagem ...........................................................................145 Referências Bibliográficas ...................................................................149 04. ANATOMIA DO TIMO E DAS GLÂNDULAS SUPRARRENAIS ANATOMIA DAS GLÂNDULAS SUPRARRENAIS ............. 153 1. Definição ................................................................................................153 2. Localização ............................................................................................154 3. Revestimento .......................................................................................154 5. Formato ...................................................................................................155 7. Irrigação arterial ...................................................................................157 8. Drenagem venosa ..............................................................................159 9. Drenagem linfática .............................................................................159 10. Inervação ............................................................................................160 11. Características radiográficas........................................................161 ANATOMIA M3_17X24.indd 10ANATOMIA M3_17X24.indd 10 09/04/21 02:0409/04/21 02:04 ANATOMIA DO TIMO .............................................................. 161 1. Definição ...............................................................................................161 2. Alterações com a idade ....................................................................162 3. Formato .................................................................................................163 4. Localização ...........................................................................................164 6. Drenagem venosa ..............................................................................167 7. Drenagem linfática .............................................................................167 8. Inervação ................................................................................................168 9. Características radiográficas ..........................................................168 Referências Bibliográficas ...................................................................170 05. ANATOMIA APLICADA À CIRURGIA 1. Introdução .............................................................................................173 2. Acessos cirúrgicos ............................................................................173 Referências Bibliográficas ...................................................................180 ANATOMIA M3_17X24.indd 11ANATOMIA M3_17X24.indd 11 09/04/21 02:0409/04/21 02:04 C A P Í T U L O 1 MEMBROS SUPERIORES 1. Introdução ....................................................................15 2. Cintura Escapular .....................................................163. Braço .............................................................................25 4. Antebraço ...................................................................29 5. Mão ...............................................................................38 6. Irrigação Arterial .......................................................42 7. Drenagem venosa e linfática ................................44 Referências Bibliográficas ........................................48 Não se limite a apenas uma forma de ver o conteúdo, o Sanarflix te permite muito mais. Acesse e experimente: sanarflix.com.br ANATOMIA M3_17X24.indd 13ANATOMIA M3_17X24.indd 13 09/04/21 02:0409/04/21 02:04 1MEMBROS SUPERIORES 1. INTRODUÇÃO O esqueleto apendicular supe- rior é caracterizado por sua mo- bilidade e capacidade de executar atividades motoras finas. Pode ser dividido em 4 segmentos princi- pais: o ombro e a cintura escapu- lar, formada pelo complexo mus- culoarticular do ombro; o braço, segmento mais longo que vai da articulação do ombro até o cotove- lo; o antebraço, que vai do cotove- lo ao punho; e a mão, que consiste em punho, palma, dorso da mão e dedos. Os dois membros superiores estão unidos ao tronco (esqueleto axial) apenas anteriormente pelo es- terno e a movimentação de cada membro é independente do outro. MAPA MENTAL – MEMBROS SUPERIORES CINTURA ESCAPULAR ANTEBRAÇO BRAÇOMÃO ESQUELETO APENDICULAR SUPERIOR ANATOMIA M3_17X24.indd 15ANATOMIA M3_17X24.indd 15 09/04/21 02:0409/04/21 02:04 ANATOMIA 16 2. CINTURA ESCAPULAR A cintura escapular é o segmento mais proximal do esqueleto apen- dicular superior e se superpõe a partes do tórax e dorso. A cintura escapular é formada por dois os- sos: a clavícula (componente an- terior) e a escápula (componente posterior). Componente ósseo A clavícula é o osso que une o es- queleto apendicular superior com o tronco e funciona como um supor- te móvel para a escápula se mo- ver. Embora seja longa, não possui canal medular (como os ossos lon- gos). Pode ser dividida em corpo e extremidades esternal e acromial: a extremidade esternal tem for- ma alargada e triangular, compon- do a articulação esternoclavicular; já a extremidade acromial é pla- na, fazendo parte da articulação acromioclavicular. Possui a forma de “S”, sendo os dois terços me- diais convexos anteriormente e o terço lateral, côncavo. Figura 1. Clavícula – visão superior e inferior. Fonte: studiovin/Shutterstock.com ANATOMIA M3_17X24.indd 16ANATOMIA M3_17X24.indd 16 09/04/21 02:0409/04/21 02:04 MEMBROS SUPERIORES 17 A escápula é um osso plano, trian- gular, situado na face posterior do tórax, ao nível da 2ª a 7ª coste- las. Sua face posterior é convexa e possui a espinha da escápula, que a divide em fossa supraespi- nal e infraespinal. Medialmente, a espinha escapular apresenta o tu- bérculo deltoide, ponto de fixação do músculo deltoide. A face ante- rior é côncava e forma uma gran- de fossa subescapular. Essas três fossas são superfícies ósseas onde se fixam os múculos. A espinha da escápula se continua lateralmente como o acrômio, que forma o ponto mais proeminente do ombro e se articula com a ex- tremidade acromial da clavícula. Na superfície lateral há a cavidade glenoidal, uma fossa oval, cônca- va e rasa, com direção anterolate- ral que se articula com o úmero. ANATOMIA M3_17X24.indd 17ANATOMIA M3_17X24.indd 17 09/04/21 02:0409/04/21 02:04 ANATOMIA 18 MAPA MENTAL – OSSOS DA CINTURA ESCAPULAR CINTURA ESCAPULAR EXTREMIDADE ESTERNAL CLAVÍCULA ESCÁPULA EXTREMIDADE ACROMIAL ESPINHA DA ESCÁPULA FOSSA SUPRA E INFRAESPINAL FOSSA SUBESCAPULAR ACRÔMIO CAVIDADE GLENOIDAL Figura 2. Cintura escapular. Fonte: Tefi/Shutterstock.com ANATOMIA M3_17X24.indd 18ANATOMIA M3_17X24.indd 18 09/04/21 02:0409/04/21 02:04 MEMBROS SUPERIORES 19 Articulação A articulação esternoclavicular é o único ponto de transmissão de choques do membro superior para o esqueleto axial; é sinovial do tipo selar e dividida em dois compar- timentos por um disco articular. Esse disco está fixado aos liga- mentos esternoclaviculares an- terior e posterior e ao ligamento interclavicular. O ligamento in- terclavicular se estende de uma clavícula a outra, na extremidade esternal superior, o que torna a ar- ticulação muito forte. Figura 3. Articulação esternoclavicular. Fonte: Autoria Própria A articulação acromioclavicular também é sinovial, plana, forma- da pela extremidade acromial da clavícula e o acrômio da escápu- la. A membrana fibrosa reveste a cápsula articular; internamente, é revestida pela membrana sinovial. Essa articulação é reforçada pelo ligamento acromioclavicular, li- gamento coracoacromial e pelo ligamento coracoclavicular, que é composto pelo ligamento conoi- de e trapezoide. ANATOMIA M3_17X24.indd 19ANATOMIA M3_17X24.indd 19 09/04/21 02:0409/04/21 02:04 ANATOMIA 20 Figura 4. Articulações acromioclavicular e glenoumeral. Fonte: Alila Medical Media/Shutter- stock.com SAIBA MAIS! A articulação acromioclavicular (AC) propriamente dita é fraca, sendo facilmen- te lesada por um golpe direto. Em esportes de muito contato, como futebol americado e artes marciais, uma queda sobre o ombro ou sobre o MMSS esten- dido não raro leva à luxação da articulação AC. Componente muscular Músculos toracoapendicula- res anteriores: juntos movem o cíngulo do membro superior; são eles: peitoral maior, peitoral menor, subclávio e serrátil anterior. O peitoral maior origina-se na metade medial da clavícula, face anterior do esterno e seis cartila- gens costais superiores; insere- -se na lateral do sulco intertuber- cular do úmero; e tem a função ANATOMIA M3_17X24.indd 20ANATOMIA M3_17X24.indd 20 09/04/21 02:0409/04/21 02:04 MEMBROS SUPERIORES 21 de aduzir e rodar medialmente o úmero e mover a escápula anterior e inferiormente. O peitoral menor origina-se nas costelas 3 a 5, próximo de suas cartilagens costais; insere-se na margem medial e face superior do processo coracoide da es- cápula; e tem a função de esta- bilizar a escápula, deslocando-a anteroinferiormente. O subclávio origina-se na junção da 1ª costela e sua cartilagem costal; insere-se na face inferior do terço médio da clavícula; e tem a função de fixar e deprimir a clavícula. O serrátil anterior origina-se nas faces externas das laterais das costelas 1 a 8; insere-se na face anterior da margem medial da escápula; e tem a função de pro- trair (ato de empurrar) a escápula, mantê-la contra a parede torácica e girá-la. Figura 5. Músculos do ombro – vista anterior. Fonte: Ren B/Shutterstock.com ANATOMIA M3_17X24.indd 21ANATOMIA M3_17X24.indd 21 09/04/21 02:0409/04/21 02:04 ANATOMIA 22 Músculos toracoapendiculares posteriores: trapézio, latíssimo do dorso, levantador da escápu- la, romboide menor e romboide maior. O trapézio origina-se no terço medial da linha nucal superior, protuberância occipital externa, ligamento nucal e processos es- pinhosos das vértebras C7 a T12; insere-se no terço lateral da cla- vícula, acrômio e espinha da es- cápula; e tem a função de retrair a escápula e girar a cavidade glenoi- dal superiormente. O latíssimo do dorso origina-se nos processos espinhosos de T7 a T12, fáscia toracolombar, crista ilíaca e 3 costelas inferiores; inse- re-se no assoalho do sulco intertu- bercular do úmero; e tem a função de estender, aduzir, girar medial- mente o úmero e elevar o corpo em direção aos braços durante escaladas. O levantador da escápula origi- na-se nos tubérculos posteriores dos processos transversos das vértebras C1 a C4; insere-se na margem medial da escápula su- perior; e tem a função de elevar a escápula e girar sua cavidade gle- noidal inferiormente. O romboide menor origina-se no ligamento nucal e processos es- pinhosos das vértebras C7 e T1; insere-se na extremidade medial da espinha da escápula; e tem a funçãode fixar a escápula à pa- rede torácica, retraí-la e girar sua cavidade glenoidal inferiormente. O romboide maior origina-se nos processos espinhosos das vérte- bras T2 a T4; insere-se na mar- gem medial da escápula, da espi- nha até o ângulo; e tem a função de fixar a escápula à parede torá- cica, retraí-la e girar sua cavidade glenoidal inferiormente. ANATOMIA M3_17X24.indd 22ANATOMIA M3_17X24.indd 22 09/04/21 02:0409/04/21 02:04 MEMBROS SUPERIORES 23 Figura 6. Músculos do ombro – vista posterior. Fonte: Hank Grebe/Shutterstock.com Músculos escapuloumerais: del- toide, redondo maior, redondo menor, supraespinal, infraespinal e subescapular. O deltoide origina-se no terço lateral da clavícula, acrômio e es- pinha da escápula; insere-se na tuberosidade do úmero; e tem a função de fletir, estender, abduzir e rodar medial e lateralmente o membro superior. O redondo maior origina-se na face posterior do ângulo inferior da escápula; insere-se no lábio me- dial do sulco intertubercular; e tem a função de aduzir e rodar medial- mente o braço. O redondo menor origina-se na parte média da margem lateral da escápula; insere-se na face inferior do tubérculo maior; e tem a função de rodar lateralmente o braço. O supraespinal origina-se na fos- sa supraespinal escapular; insere- -se na face superior do tubérculo maior; e tem a função de auxiliar o deltoide na abdução dos MMSS. O infraespinal origina-se na fossa infraespinal escapular; insere-se na face média do tubérculo maior; e tem a função de rodar lateral- mente os MMSS. ANATOMIA M3_17X24.indd 23ANATOMIA M3_17X24.indd 23 09/04/21 02:0409/04/21 02:04 ANATOMIA 24 O subescapular origina-se na fossa subescapular; insere-se no tubércu- lo menor; e tem a função de rodar medialmente os MMSS. SE LIGA! Os músculos redondo menor, supraespinal, infraespinal e subescapu- lar fazem parte do manguito rotador. Esses 4 músculos formam um componen- te musculotendíneo ao redor da articulação do ombro, que protege e estabiliza a articulação. A contração desses músculos mantém a cabeça do úmero na rasa cavidade glenoidal durante a movimentação do braço. Figura 7. Músculos do manguito rotador. Fonte: VectorMine/Shutterstock.com ANATOMIA M3_17X24.indd 24ANATOMIA M3_17X24.indd 24 09/04/21 02:0409/04/21 02:04
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