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Teste_ AO2 antropologia

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AO2
Iniciado: 2 dez em 8:50
Instruções do teste
Importante:
Caso você esteja realizando a atividade através do aplicativo
"Canvas Student", é necessário que você clique em "FAZER
O QUESTIONÁRIO", no final da página.
0,6 ptsPergunta 1
Leia o trecho a seguir, extraído de uma
entrevista concedida pela historiadora e
antropóloga Lilia Schwarcz, sobre a Abolição da
escravidão, para a BBC Brasil:
 
Lilia Schwarcz - A lei simplesmente abolia. Dizia
que a partir desta data não há mais escravos no
Brasil. Ponto final. A República, que viria um
ano e meio depois, tentaria colocar uma pedra
no tema da escravidão. Como se tivesse ficado
morto no passado junto com o Império. Temos
um hino da República, aquele que canta
"liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós".
E há uma estrofe que diz: "Nós nem cremos
que escravos outrora tenha havido em tão
nobre país". Ou seja, um ano e meio depois, (os
republicanos) afirmavam não acreditar mais
(que tivesse havido escravidão). Era um
processo de amnésia nacional.
 
BBC Brasil - Quais foram as consequências
imediatas desta abolição sem salvaguardas?
 
Lilia Schwarcz - O (momento) pós-emancipação
não teve nenhuma preocupação com inclusão
dessas populações (de ex-escravos). Eu me
refiro a educação, saúde, habitação, todos os
problemas estruturais.
 
Mas isso não quer dizer que a gente só deva
culpar o passado. O que vemos hoje no país é
uma recriação, uma reconstrução do racismo
estrutural. Nós não somos só vítimas do
passado. O que nós temos feito nesses 130
anos é não apenas dar continuidade, mas
radicalizar o racismo estrutural.
 
Brasil viveu um processo de amnésia nacional
sobre a escravidão, diz historiadora. BBC Brasil,
10 mai. 2018. Disponível em:
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-
44034767
(https://www.bbc.com/portuguese/brasil-
44034767) . Acesso em 13 jul. 2019.
Considerando esse contexto, avalie as
seguintes asserções e a relação proposta entre
elas.
 
1. O racismo estrutural está presente na
sociedade brasileira contemporânea.
 
PORQUE
 
2. O país não soube lidar com o passado
escravista, de modo que a mentalidade
escravista ainda permanece em nosso
presente, pois atualmente não ocorrem esforços
suficientes por parte da sociedade de
compreensão dos efeitos perversos da
escravidão em nosso país.
 
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-44034767
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e
a II é uma justificativa da I.
As asserções I e II são proposições falsas.
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é
uma proposição falsa.
As asserções I e II são proposições verdadeiras,
mas a II não é uma justificativa da I.
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma
proposição verdadeira.
A respeito dessas asserções, assinale a opção
correta:
0,6 ptsPergunta 2
Leia o texto a seguir:
 
O interesse teórico e epistemológico de articular
sexo e raça, por exemplo, fica claro nos
achados de pesquisas que não olham apenas
para as diferenças entre homens e mulheres,
mas para as diferenças entre homens brancos e
negros e mulheres brancas e negras, como fica
claro nos trabalhos realizados no Brasil,
mobilizando raça e gênero para explicar
desigualdades salariais ou diferenças quanto ao
desemprego (GUIMARÃES, 2002;
GUIMARÃES; BRITTO, 2008). A partir dos
dados da pnad 1989 e 1999, Nadya Araújo
Guimarães mostra que, considerando sexo e
raça, os homens brancos possuem os salários
mais altos; em seguida, os homens negros e as
mulheres brancas; e, por último, as mulheres
negras têm salários significativamente inferiores
(GUIMARÃES, 2002, p. 13).
 
HIRATA, H. Gênero, classe e raça:
interseccionalidade e consubstancialidade das
relações sociais. Revista Tempo Social. São
Paulo, v. 26, n. 1, p. 61-73, 2014.
Considerando esse contexto, avalie as
seguintes asserções e a relação proposta entre
elas.
 
1. As mulheres negras recebem salários
inferiores aos salários recebidos por homens
negros, mulheres brancas e homens
brancos.
As asserções I e II são proposições falsas.
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e
a II é uma justificativa da I.
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma
proposição verdadeira.
As asserções I e II são proposições verdadeiras,
mas a II não é uma justificativa da I.
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é
uma proposição falsa.
 
PORQUE
 
2. As mulheres negras são mais afetadas nas
relações de trabalho e nas dinâmicas de
exploração e desigualdades no Brasil
contemporâneo.
 
A respeito dessas asserções, assinale a opção
correta:
0,6 ptsPergunta 3
Leia o texto a seguir:
 
Um xamã ou cacique, embora tenha um nome
próprio, ao falar com os brancos fala de si como
“índio” porque quer se fazer entender pelos
não-índios. Assim as mulheres e as feministas
que já desconstruíram o natural também falam
de si com intenção política, e também didática,
de fazer o outro entender. Foi a partir daí que se
começou a sustentar a ideia de um lugar de fala
atualmente em voga na vida contemporânea.
Ora, uma característica de nossa época é a
sustentação da singularidade, a forma subjetiva
que expressa a existência de cada um como um
ser de diferença. Por meio da singularidade fica
claro que cada um quer conquistar um lugar.
Esse lugar tornou-se, pela autoafirmação da
singularidade que se expressa, um lugar de
fala.
 
TIBURI, M. Lugar de fala, lugar de dor. 29 mar.
2017. Revista Cult. Disponível em:
https://revistacult.uol.com.br/home/lugar-de-
fala-e-etico-politica-da-luta/
https://revistacult.uol.com.br/home/lugar-de-fala-e-etico-politica-da-luta/
(https://revistacult.uol.com.br/home/lugar-de-fala-
e-etico-politica-da-luta/) . Acesso em 10 jul.
2019.
A propósito da noção de “lugar de fala”, analise
as afirmações a seguir.
 
I. Trata-se de uma noção que busca tornar
indiscernível o espaço de produção de certos
discursos produzidos por grupos específicos.
 
II. É uma noção voltada à censura, impedindo
que pessoas deem suas opiniões sobre temas
específicos relacionados a grupos particulares.
 
III. Possibilita uma identificação da posição que
um determinado enunciador ocupa ao proferir
seu discurso.
 
IV. Contribui para a delimitação do universo
social e cultural que determinadas pessoas
ocupam. Não se trata de impedir que outras
pessoas falem sobre certos grupos, mas sim de
reconhecer os limites aos quais determinados
discursos estão circunscritos.
https://revistacult.uol.com.br/home/lugar-de-fala-e-etico-politica-da-luta/
III e IV.
I, II e III.
II, III e IV.
I e IV.
I e II.
 
É correto apenas o que se afirma em:
0,6 ptsPergunta 4
Leia os textos a seguir:
 
Texto 1:
 
Imagine-se o leitor sozinho, rodeado apenas de
seu equipamento, numa praia tropical próxima a
uma aldeia nativa, vendo a lancha ou barco que
o trouxe afastar-se no mar até desaparecer de
vista [...]. Imagine-se entrando pela primeira vez
na aldeia, sozinho ou acompanhado de seu
guia branco. Alguns dos nativos se reúnem ao
seu redor – principalmente quando sentem
cheiro de tabaco. Outros, os mais velhos e de
maior dignidade, continuam sentados onde
estão.
 
MALINOWSKI, B. Argonautas do Pacífico
ocidental: um relato do empreendimento e da
aventura dos nativos nos arquipélagos da Nova
Guiné melanésia. Traduções de Anton P. Carr e
Lígia Aparecida Cardieri Mendonça. São Paulo:
Abril Cultural, 1978. p. 19.
 
Texto 2:
 
Falar em encontro etnográfico é falar numa
particular aventura marcada pelo duplo esforço,
de uns para contar, e de outros para
compreender, tal como – na leitura de Ítalo
Calvino, em As Cidades Invisíveis –
protagonizaram Marco Polo e Kublai Khan –
seu objetivo: a busca de um código
compartilhado para entender e apreciar as
diferenças entre as inúmeras cidades do vasto
império e que, no fundo, eram uma só.
 
MAGNANI, J. G. C. O (velho e bom) caderno de
campo. Disponível em: http://nau.fflch.usp.br/
 (http://nau.fflch.usp.br/) . Acesso em 13 jul.
2019.
 
Considerando os textos e seus conhecimentos
de Antropologia, analise as afirmações a seguir:
 
I. A etnografia,enquanto técnica de registro
sistemático dos códigos compartilhados pelas
pessoas, consolidou-se como uma das
principais formas de se compreender a
dimensão simbólica dos grupos humanos
estudados pela antropologia.
 
II. Ao procurar a interpretação adequada dos
códigos compartilhados pelos grupos humanos,
o antropólogo necessita se distanciar dos
códigos culturais nativos, de modo a projetar
sobre eles seus próprios valores.
 
III. Quando o antropólogo ingressa em território
por ele desconhecido, passa a se confrontar
http://nau.fflch.usp.br/
I, II e III
I e II
I, III e IV
II e IV
III e IV
com a contínua relativização de seus juízos de
valor, uma vez que os grupos humanos se
organizam de acordo com formas culturais
diferentes das dele.
 
IV. Os dois textos citados apresentam dilemas
que caracterizam a etnografia, ou seja, a
necessidade de estabelecer contatos com os
grupos estudados, de maneira a compreender e
desenvolver com os nativos uma relação que
possibilite a compreensão de seus códigos
culturais específicos.
 
É correto o que se afirma em:
0,6 ptsPergunta 5
Leia o texto a seguir:
 
Os resultados da pesquisa científica, em
qualquer ramo do conhecimento humano,
devem ser apresentados de maneira clara e
absolutamente honesta. Ninguém sonharia em
fazer uma contribuição às ciências físicas ou
químicas sem apresentar um relato detalhado
de todos os arranjos experimentais, uma
descrição exata dos aparelhos utilizados, a
maneira pela qual se conduziram as
observações o número de observações, o
tempo a elas devotado e, finalmente, o grau de
aproximação com que se realizou cada uma
das medidas”.
 
MALINOWSKI, B.. Argonautas do Pacífico
ocidental: um relato do empreendimento e da
aventura dos nativos nos arquipélagos da Nova
Guiné melanésia. Traduções de Anton P. Carr e
Lígia Aparecida Cardieri Mendonça. São Paulo:
Abril Cultural, 1978. p. 18.
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é
uma proposição falsa.
As asserções I e II são proposições falsas.
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma
proposição verdadeira.
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e
Considerando esse contexto, avalie as
seguintes asserções e a relação proposta entre
elas.
 
1. A Antropologia se distancia do senso
comum cotidiano e se define como ciência.
 
PORQUE
 
2. A Antropologia apresenta procedimentos
específicos de investigação sistemática,
incluindo relatos detalhados e rigor na
observação empírica realizada.
 
A respeito dessas asserções, assinale a opção
correta:
a II é uma justificativa da I.
As asserções I e II são proposições verdadeiras,
mas a II não é uma justificativa da I.
0,6 ptsPergunta 6
Leia o texto a seguir:
 
Concebo na espécie humana dois tipos de
desigualdade: uma a que chamo natural ou
física, por se estabelecida pela natureza, e que
consiste na diferença das idades, da saúde, das
forças do corpo e das qualidades do espírito ou
da alma; a outra, a que se pode chamar
desigualdade moral ou política, por depender de
uma espécie de convenção e ser estabelecida,
ou pelo menos autorizada, pelo consentimento
dos homens. Esta consiste nos diferentes
privilégios que alguns usufruem em prejuízo dos
outros, como de serem mais ricos, mais
reverenciados, mais poderosos do que eles, ou
mesmo em se fazerem obedecer por eles.
 
ROUSSEAU, J. Discurso sobre a origem e os
fundamentos da desigualdade entre os
homens. Tradução de Maria Ermantina Galvão.
São Paulo: Martins Fontes, 1999. p. 159. 
Considerando esse contexto, avalie as
seguintes asserções e a relação proposta entre
elas.
 
1. A partir dos escritos de Rousseau, e com
base nas atualizações modernas realizadas
pela Antropologia, é possível afirmar a
existência de ao menos dois tipos de
desigualdades humanas.
 
PORQUE
 
2. Os seres humanos possuem características
naturais e físicas que os tornam desiguais, bem
como também características morais e políticas,
nomeadas nos dias de hoje como culturais e
sociais.
 
A respeito dessas asserções, assinale a opção
correta:
As asserções I e II são proposições falsas.
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é
uma proposição falsa.
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma
proposição verdadeira.
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e
a II é uma justificativa da I.
As asserções I e II são proposições verdadeiras,
mas a II não é uma justificativa da I.
0,6 ptsPergunta 7
Leia os textos e veja a imagem a seguir:
 
Texto 1:
 
Depois da independência do Brasil, e sob
pressão de nações europeias, especialmente
da Inglaterra, vários acordos e leis foram
aprovados no sentido de extinguir o tráfico de
escravos. Assim, o tratado de aliança e
amizade entre o príncipe regente D João VI e
Jorge III da Inglaterra reconhecia a injustiça do
comércio de escravos e prometia sua abolição
gradual [...] o tráfico foi proibido formalmente
pela lei de 7 de novembro de 1831, mas
somente foi suprimido real e definitivamente em
4 de setembro de 1850, pela Lei Eusébio de
Queirós, como ficou conhecida.
 
MOURA, C.. Dicionário da escravidão negra
no Brasil. Edusp, 2004. p. 241.
 
Imagem:
Escravo com escarificações no rosto. Foto de
Augusto Stahl. Cerca de 1864.
Fonte: http://fotografia.ims.com.br
(http://fotografia.ims.com.br) . Acesso em 10 jul.
2019.
 
Texto 2:
 
A PNAD Contínua de 2017 mostra que há forte
$
http://fotografia.ims.com.br/
desigualdade na renda média do trabalho: R$
1.570 para negros, R$ 1.606 para pardos e R$
2.814 para brancos. O desemprego também é
fator de desigualdade: a PNAD Contínua do 3º
trimestre de 2018 registrou um desemprego
mais alto entre pardos (13,8%) e pretos (14,6%)
do que na média da população (11,9%). Dados
também da PNAD só que mais antigos, de
2015, mostram que apesar dos negros e pardos
representarem 54% da população na época, a
sua participação no grupo dos 10% mais pobres
era muito maior: 75%. Já no grupo do 1% mais
rico da população, a porcentagem de negros e
pardos era de apenas 17,8%.
 
CALEIRO, J. P. Os dados que mostram a
desigualdade entre brancos e negros no Brasil.
Revista Exame. 20 nov. 2018. Disponível em:
https://exame.abril.com.br/brasil/os-dados-
que-mostram-a-desigualdade-entre-brancos-
e-negros-no-brasil/
(https://exame.abril.com.br/brasil/os-dados-que-
mostram-a-desigualdade-entre-brancos-e-negros-
no-brasil/) . Acesso em 10 jul. 2019.
Dentre os marcos que colocaram fim à
escravidão no país, a Lei Eusébio de Queirós,
de 1850, e a Lei Áurea, de 1888, foram
fundamentais para impor o fim do tráfico de
https://exame.abril.com.br/brasil/os-dados-que-mostram-a-desigualdade-entre-brancos-e-negros-no-brasil/
O fim do tráfico de pessoas negras escravizadas
e a Abolição delimitaram um recomeço digno para
os negros no país, deixando para trás todos os
estigmas definidos pela escravidão.
Concedida pela Princesa Isabel, a liberdade dos
negros escravizados instaurou uma nova
dinâmica de concorrência equilibrada entre
negros e brancos no mercado de trabalho e no
acesso a bens e serviços.
As marcas deixadas pela escravidão no Brasil
permaneceram mesmo após o encerramento
oficial do tráfico de pessoas escravizadas, bem
como após a Abolição, consolidando-se como
elemento estrutural de nossa cultura.
As marcas deixadas pelo sistema escravista no
Brasil foram progressivamente se apagando
devido à intensa miscigenação entre brancos e
negros.
pessoas negras e a abolição do regime
escravista. Na foto acima, temos uma imagem
que data aproximadamente de 1864 e que
apresenta um homem negro com marcas
provavelmente decorrentes das torturas sofridas
enquanto pessoa escravizada. Considerando o
conjunto de discussões realizadas a respeito
das relações étnico-raciais no Brasil, é possível
afirmar que:
A estrutura étnico-racial decorrente do período
escravista não se reproduziu durante a Primeira
República, uma vez que foram empreendidos
notáveis esforços para a integração dos ex-
escravizados e a restauração de sua dignidade na
sociedade brasileira, bem como patamares
adequadosde renda e consumo.
0,6 ptsPergunta 8
Leia o texto a seguir:
 
Do etnocentrismo à relativização, a
Antropologia foi criando seus instrumentos de
abertura. Ideias, métodos, teorias de
compreensão da diferença foram fazendo das
sociedades do “outro” um espelho para a
sociedade do “eu” e não um fantasma a ser
exorcizado. O “outro” é, cada vez mais, a
“diferença” feita alternativa possível de
existência.
 
ROCHA, E. P. G. O que é etnocentrismo. São
Paulo: Brasiliense, 1984. p. 29.
Ao investigar os seus próprios padrões culturais, o
antropólogo deve deixar de lado os métodos e as
técnicas utilizadas para a análise dos grupos
distantes.
Embora os estudos antropológicos tenham como
objeto de investigação a diversidade humana,
essa diversidade não é a diversidade do “outro”,
mas sim a do próprio meio cultural do qual o
antropólogo faz parte.
De acordo com o texto, o “outro” passa a ser
compreendido pela Antropologia como aquele
individuo ou grupo em estágio de evolução
necessariamente distinto das sociedades
industriais e urbanas.
A passagem da visão etnocêntrica para a visão
relativista, na Antropologia, ocorreu sem
mudanças significativas dos métodos e técnicas
empregados pelos antropólogos.
A Antropologia é um campo de estudos que
prioriza a alteridade, sendo este conceito
entendido como o reconhecimento da identidade
do “outro”.
Com base no texto e em seus conhecimentos
sobre Antropologia, é correto afirmar que:
0,6 ptsPergunta 9
[...] Algumas famílias brasileiras rejeitaram, e
até mesmo hospitalizaram, membros
masculinos que se desviaram das normas
sociais aceitas por uma sociedade
heterocêntrica, enquanto outros lares
mantiveram filhos transviados em seu seio [...]
Além do mais, as correntes migratórias de
homossexuais masculinos do Nordeste para o
Rio e São Paulo, ou do campo para a cidade,
desafiam o modelo padrão apresentado por
sociólogos e historiadores, segundo o qual as
pessoas dependem essencialmente de laços
familiares para mudar-se de uma área do Brasil
para outra. Para muitos jovens que fugiram do
controle e condenação da família, dos parentes
e de uma cidade pequena em busca do
anonimato das metrópoles, a amizade baseada
numa identidade compartilhada e em
experiências eróticas similares propiciou laços
mais fortes que os sanguíneos.
GREEN, J. Além do Carnaval: a
homossexualidade masculina no Brasil do
século XX. Trad. de Cristina Fino e Cássio
Arantes Leite. São Paulo: Unesp, 1999. pp. 34-
35.
De acordo com o texto, analise as afirmações a
seguir:
 
I. Determinadas identidades, como a identidade
homossexual, possibilitam a criação de vínculos
afetivos e de compartilhamento de experiências
que, em muitos casos, sobrepõem-se aos laços
definidos pela consanguinidade.
 
II. Segundo James Green, os violentos
processos de segregação decorrentes de ações
homofóbicas podem resultar em migrações
forçadas de pessoas que buscam a
autopreservação física e identitária.
 
III. Diferente do que certos padrões migratórios
apontam, a transferência de localidades por
determinadas pessoas pode ser também
motivada por questões identitárias.
 
IV. As cidades grandes possibilitam um certo
anonimato que pode ser visto como algo
I, II, III e IV.
I e III.
II e IV.
IV.
I, II e III.
positivo para quem deseja se distanciar de
grupos que compartilham práticas e
posicionamentos homofóbicos.
 
É correto apenas o que se afirma em:
0,6 ptsPergunta 10
Leia o texto a seguir:
 
Etnocentrismo é uma visão do mundo onde o
nosso próprio grupo é tomado como centro de
tudo e todos os outros são pensados e sentidos
através dos nossos valores, nossos modelos,
nossas definições do que é a existência. No
plano intelectual, pode ser visto como a
dificuldade de pensarmos a diferença; no plano
afetivo, como sentimentos de estranheza,
medo, hostilidade etc.
 
ROCHA, E. P. G. O que é etnocentrismo. São
Paulo: Brasiliense, 1984. p. 5.
 
Considerando as afirmativas abaixo e seus
conhecimentos em antropologia, analise as
afirmações a seguir:
 
I. O etnocentrismo pode ser compreendido tanto
como uma perspectiva culturalmente
demarcada como uma forma de lidar com as
diferenças existentes entre diferentes culturas.
 
II. A perspectiva etnocêntrica tende a tornar
desiguais as diferenças, ou seja, hierarquizar
como “centrais” e “marginais” os padrões
culturais dos “outros”.
 
II, III e IV
I, II e III.
I e III.
IV.
I, II e IV.
III. A definição de etnocentrismo apresentada
não pode ser relacionada ao conceito de
xenofobia, uma vez que este não prevê o
estabelecimento de desigualdades entre
culturas distintas.
 
IV. A Antropologia Cultural, enquanto disciplina
que procura investigar diferentes modos de
produção simbólica entre grupos humanos,
tende a se distanciar da visão etnocêntrica para
compreender as culturas em seus próprios
termos.
 
É correto o que se afirma apenas em:
Salvo em 8:59 Enviar teste

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