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Antivirais para Hepatite, Herpes e Influenza

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ANTIVIRAIS 
Hepatitis CHerpes 
simplex
CMV
Características dos vírus
• São organismos intracelulares obrigatórios
Virus DNA
Herpes vírus
Adenovirus
Hepatite B
HPV vírus
Virus RNA
Retrovirus (HIV)
Influenza virus
Hepatite A, C e D
Infecções 
virais 
Replicação 
viral
1. Adsorção
2. Penetração
3. Desnudamento 
4. Replicação do material 
genético
5. Montagem/maturação
6. Liberação
1
2
3
4
5
6
Características dos antivirais
• Devem penetrar nas células infectadas
• Precisam interromper a replicação viral sem afetar significativamente o 
metabolismo celular do hospedeiro
• A chave é a seletividade para proteínas e enzimas exclusivas dos vírus
• Para reduzir o aparecimento de resistência algumas drogas podem ser 
combinadas
Criar antivirais é difícil porque 
1. são intracelulares e usam maquinaria da célula hospedeira na sua replicação, 
tornando difícil bloqueá-la, sem dano ao hospedeiro; 
2. sua capacidade de disseminação impõe risco em sua manipulação e cultivo; 
3. necessidade de medicamentos potentes, porque a inibição parcial da 
replicação propicia a seleção de variantes resistentes.
1. Anticorpos neutralizante. 
2. Receptores chamariz. 
3. Inibidores da adsorção. 
4. Inibidores da penetração
5. Inibidores do desnudamento. 
6 a 8. Inibidores da replicação. DNA e RNA 
polimerase; transcriptase reversa; 
integrase;
9. Inibidores da transcrição. 
10. Inibidores da tradução. 
11. Inibidores da maturação. 
12. Inibidores da liberação. 
Antivirais 
INFLUENZA
INFLUENZA
Sintomas respiratórios: rinorréia, dor de garganta, disfonia, tosse
Sintomas sistêmicos: febre, mal-estar, mialga, calafrios, cefaléia
Queixas respiratórias tornam-se mais evidentes com a progressão da doença e 
se mantém por 3/4 dias após desaparecimento da febre
Tosse, fadiga, mal-estar geralmente persistem por 1-2 semanas 
Pode evoluir para síndrome respiratória aguda grave - em 2017 a OMS estimou 
que a cada ano ocorram 290.000 a 650.000 mortes associadas ao Influenza 
sazonal
Tratamento reduz a duração dos sintomas e a ocorrência de complicações
INFLUENZA
Várias epidemias e pandemias sazonais de Influenza A:
1889 “gripe russa H3N8; 1918 “gripe espanhola”; anos 50 “gripe asiática” 
H2N2; anos 60 “gripe de Hong Kong” H3N2; 2009 “gripe suína” H1N1
Endêmicos hoje:
H1N1
H1N2
H3N2
Antivirais:
1. Inibidores do 
desnudamento 
2. Inibidores da 
liberação 1
2
 
Inibidores do desnudamento
Amantadina e Rimantadina 
Mecanismo de ação: Inibição do 
canal iônico viral M2. 
Este canal permite a passagem de 
íons H+, acidificando o 
nucleocapsídeo e liberando as 
proteínas e o RNA viral no 
citoplasma. 
ANTIVIRAL 
INFLUENZA
https://www.youtube.com/watch?v=tB5FQZi4HKY
https://www.youtube.com/watch?v=tB5FQZi4HKY
Amantadina e Rimantadina 
Administração VO, porém pouco usada atualmente
Amantadina: T1/2 12-18 h; Rimantadina: T1/2 24-36 h.
Toxicidade: 
Agitação, insônia, perda da concentração, náuseas. Doses altas podem 
causar convulsões, delírios, alucinações
Indicação:
Profilaxia e tratamento de Influenza A (não tem ação sobre Influenza B)
Também têm indicação para Parkinson
Resistência 
Todos os vírus da epidemia de 2009 eram resistentes
ANTIVIRAL INFLUENZA
Inibidores da neuraminidase
Oseltamivir e Zanamivir 
São análogos do ácido siálico
Para Influenza A e B
Mecanismo de ação:
Vírion liberado por brotamento 
quando quebra, por ação da 
neuraminidase, a ligação entre a 
hemaglutinina viral e o ácido siálico 
da célula hospedeira. 
O oseltamivir e o zanamivir inibem a 
neuraminidase viral e impedem essa 
quebra https://www.youtube.com/watch?v=7Omi0IPkNpY
ANTIVIRAL INFLUENZA
https://www.youtube.com/watch?v=7Omi0IPkNpY
Oseltamivir é um pró-fármaco. 
Farmacocinética 
Absorvido VO (biodisponibilidade 80% )
T1/2 6-10 h. Eliminação renal do metabolito ativo do oseltamivir
Toxicidade
Náusea, desconforto abdominal (leves)
Resistência
Mutação da neuraminidase viral
Zanamivir
Farmacocinética 
Uso via nasal do pó; T1/2 2- 5 h
Toxicidade
Causa irritação das vias aéreas superiores. Não deve ser usado em 
asmáticos.
ANTIVIRAL INFLUENZA
22445f-Diretriz- Atualiz Trat e Prev Infecç Virus Influenza 2020.indd 
ANTIVIRAL INFLUENZA
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/22445f-Diretriz-_Atualiz_Trat_e_Prev_Infecc_Virus_Influenza_2020.pdf
HERPES VÍRUS
HERPESVÍRUS
Herpes simplex 1 e 2; Varicela zoster; Epstein Barr vírus; Citomegalovírus; HHV 
• Vírus envelopado de DNA fita dupla
• Umas das infecções virais mais comuns, podendo ser 
grave em neonatos e imunossuprimidos.
• Pode se manter latente por tempo indeterminado HSV-1
Herpes zosterCatapora (HHV-3)
Mononucleose - EBV
HHV-4
Roséola - HHV-6
Sarcoma de Kaposi – 
HHV-8
ANTIVIRAIS PARA HERPES
Fármaco Pró-fármaco Indicação 
Aciclovir Valaciclovir HSV/VZV>>CMV
Penciclovir Fanciclovir HSV/VZV
Ganciclovir Valganciclovir CMV>HSV/VZV
Guanosina
Inibidores da DNA polimerase
São estruturas parecidas com o nucleosídeo guanosina
https://www.youtube.com/watch?v=wUHYPKlLy9o
Mecanismo de ação:
A enzima timidina quinase viral 
não nota a falta de metade do 
anel da ribose na estrutura do 
aciclovir e fosforila o falso 
nucleosídeo, posteriomente a 
célula hospedeira continua a 
fosforilação. Este nucleotídeo 
defeituoso é então incorporado 
ao DNA pela DNA polimerase viral 
gerando uma fita incompleta e 
interrompe a cadeia.
A enzima timidina quinase 
humana percebe que o aciclovir 
não é um nucleosídeo completo e 
não inicia a fosforilação, portanto 
o aciclovir é inativo para as 
células não infectadas
ANTIVIRAIS PARA HERPES
https://www.youtube.com/watch?v=wUHYPKlLy9o
ANTIVIRAIS PARA HERPES
ACICLOVIR E VALACICLOVIR
Resistência 
mutações nas enzimas virais timidina quinase ou na DNA polimerase 
Toxicidade
Náusea, diarréia, prurido, dor de cabeça (raro insuficiência renal ou 
neurotoxicidade)
Farmacocinética 
Administração VO, IV ou tópica
Biodisponibilidade VO do aciclovir é de 10-30% já do valaciclovir é de 40-70%. 
Pacientes com insuficiência renal devem sofrer ajuste (redução) de dose
Indicação 
HSV, varicela e herpes zoster. Não indicado para CMV 
Não oferece cura, apenas profilaxia e controle de infecção, principalmente 
em pacientes imunocomprometidos (HIV+)
ANTIVIRAIS PARA HERPES
Penciclovir, Fanciclovir (pró-fármaco)
Perfil semelhante ao do aciclovir. 
Apenas para administração tópica de lesões
Ganciclovir, Valganciclovir (pró-fármaco)
Perfil semelhante ao do aciclovir.
Pode causar mielossupressão, por isso é usado principalmente para 
CMV
ANTIVIRAIS PARA HERPES
Cidofovir 
Análogo da citidina. Promove interrupção de cadeia de DNA
Usado para HSV resistente à aciclovir; contra CMV, poxvírus, 
papilomavirus, adenovírus e HIV
Efeito colateral: nefrotoxicidade (proteinúria, glicosúria, acidose).
Uso IV ou tópico. 
Foscarnet 
Inibidor reversível da DNA polimerase viral pois bloqueia o sítio de 
ligação
Usado para CMV resistente à ganciclovir, ou HSV resistente à 
aciclovir
Efeito colateral: nefrotoxicidade (necrose tubular, glomerulopatia, 
nefrite)
Uso IV. Não sofre metabolismo e é excretado intacto via renal.
Outros inibidores da DNA polimerase
HEPATITE C
Hepatitis C
HEPATITE C
• Vírus envelopado de RNA
• Possui 6 genótipos, sendo os do tipo 1, 2, 3 
mais prevalentes no Brasil (64 %, 4 % e 30 %)
• Estima-se que no Brasil 1 milhão de pessoas 
tenham tido contato com o HCV e 675 mil sejam
portadores crônicos 
https://www.youtube.com/watch?v=AwD3mRNJWnU
https://www.youtube.com/watch?v=AwD3mRNJWnU
ANTIVIRAIS HEPATITE C
HEPATITE C
• O tratamento era reservado a pacientes com doença avançada ou 
manifestações extra-hepáticas, porém com os novos antivirais, com taxas de 
cura acima de 90%, e pouco efeitos adversos foi ampliado, em 2018, para 
qualquer estágio da doença.
• Tratamentos fornecidos pelo Ministério da Saúde
✔ Sofosbuvir – inibidor nucleosídeo da RNA polimerase 
✔ IFN-alfa + Ribavirina – citocina e inibidor da RNA polimerase 
✔ Dasabuvir – inibidornão nucleotídeo da RNA polimerase
✔ Daclatasvir, Ombitasvir – Inibidores da proteína 5A (NS5A) - transcrição
✔ Simeprevir, Paritaprevir, Ritonavir – inibidores de protease
• Todos muito caros, entretanto mais baratos que um transplante de fígado.
• Usados em combinação para evitar o aparecimento de resistência.
Terminados em “previr” = inibidor de protease; “buvir”= análogos ou não de 
nucleotídeos; “”asvir” = inibidor da transcrição
ANTIVIRAIS HEPATITE C
Sofosbuvir
Inibidores nucleosídico da RNA polimerase - Análogo da uracila
 
•Usado em combinação com ribavirina, interferon peguilado, 
simeprevir, ledipasvir, daclatasvir, ou velpatasvir.
•Cura até 97% dos casos 
•Usado via oral, tem t1/2 de 27 h. Tratamento dura 12 semanas
• Efeitos colaterais: fadiga, cefaléia, náusea, insônia
• Tratamento pode chegar a custar US$84.000,00 nos EUA
HEPATITE C
Ribavirina
Inibidor nucleosídico da RNA polimerase e da transcrição – análogo da 
guanosina
•Em monoterapia tem efeito mínimo, porém combinado com IFN
peguilado com outros tem ótima resposta (40 a 90 %)
• Administração v.o. 2x/dia
•Efeito adverso: anemia hemolítica dose-dependente
Também usada para Influenza, VSR, rinovírus, caxumba, sarampo.
ANTIVIRAIS HEPATITE C
Dasabuvir
Inibidor não nucleosídico da RNA polimerase
• Usado em combinação com parataprevir, ombitasvir e ritonavir 
• Usado v.o. por 12 semanas junto às refeições para melhorar a 
absorção
Efeitos colaterais: fadiga, náusea
HEPATITE C
Daclatasvir, Ombitasvir, Pibrentasvir, Velpatasvir, Ledipasvir, Elbasvir
Inibidor da proteína viral NS5A que promove a transcrição viral 
•Usado em combinação do sofosbuvir, ribavirina e interferon
•O aparecimento de resistência é muito
rápido quando usado como 
monoterapia Uso via oral, por 12 semanas
• Efeitos colaterais: fadiga, cefaléia, náusea
• É metabolizado pela CYP3A4 e não deve 
ser usado com indutores desta enzima
ou ajustes de dose devem ser feitos.
HEPATITE C
https://www.youtube.com/watch?v=AwD3mRNJWnU
https://www.youtube.com/watch?v=AwD3mRNJWnU
Simeprevir, Glecaprevir, Paritaprevir, Grazoprevir
Inibidores da protease viral NS3/4A, impedindo a maturação viral
• Usado em combinação do sofosbuvir ou ribavirina e interferon peguilado
• Cura até 90%
• Usado também para HIV/AIDS
• Usado v.o. por 12 semanas. A dose é dependente da condição hepática e 
renal do paciente (tem cirrose ou não).
• É um substrato da CYP3A4, e a associação com inibidores ou indutores 
dessa enzima é contra-indicada: fenobarbital, fenitoína, claritromicina... 
Efeitos colaterais: fadiga, cefaléia, prurido, rash cutâneo, fotossensibilidade
HEPATITE C
Interferon-alfa
✔ É uma citocinas produzida por macrófagos 
✔ Promove mudanças celulares que ativam um estado “antiviral” 
contribuindo para a resistência aos vírus
✔ Associado a Ribavirina 
✔ Também usada para Hepatite B
✔ IM ou SC. T1/2 3-8 h, entretanto o efeito é duradouro. Quando associado à PEG (Polietilenoglicol) a t1/2 aumenta para 50 h 
Efeitos colaterais: (limitantes de tratamento)
✔ Influenza-like: febre, calafrios, cefaléia, mialgia, náusea, vômitos
✔ Depressão, pensamentos suicidas, confusão, sonolência
✔ Mielossupressão (trombocitopenia, granulocitopenia)
✔ Hipotensão, taquicardia
✔ Aumento de enzimas hepáticas, aumento de triglicérides, proteinúria
✔ Alopécia
✔ Hipertensão pulmonar
ANTIVIRAIS HEPATITE C
Efeitos “antivirais” do Interferon-alfa
1. Inibição da síntese de proteínas virais 
2. Indução de RNAse que degradam o RNA 
viral
3. Inibição da maturação e liberação viral
Outros efeitos do Interferon-alfa
• Imunomodulação
• Aumento da expressão de MHC I e II
• Estimulação de linfócitos
• Anti-proliferativo 
• Mielossupressão 
ANTIVIRAIS HEPATITE C
ANTIVIRAIS
 HEPATITE C
HIV
HIV
https://www.youtube.com/watch?v=odRyv7V8LAE
É um retrovírus que infecta células com receptores CD4+ CCR5/CXCR4
https://www.youtube.com/watch?v=odRyv7V8LAE
Programa IST-AIDS 
• MS fornece gratuitamente qualquer TARV disponível 
no mercado para portadores do vírus
• Redução de 33 % de novas infecções e 30 % da mortalidade
• Como o vírus pode permanecer inativo por anos (> 20) o tratamento é para 
a vida toda
• TARV - terapias combinadas de no mínimo três fármacos diferentes:
• No Brasil, o início do tratamento de um adulto: lamivudina (3TC) + 
tenofovir (TDF) + dolutegravir (DTG) 
• Evidências mostram que o uso de 4 ou mais fármacos não aumentam a 
eficácia do tratamento, mas evitam (retardam) o aparecimento de 
resistência
• A principal causa de resistência é a não adesão do paciente ao 
tratamento
TERAPIA HIV - TARV
HIV
•Devido a disponibilidade de um grande número de tratamentos eficientes, a 
ênfase hoje é encontrar terapias toleráveis, convenientes e seguras no longo 
prazo.
• Tentativas de promover o aumento dos linfócitos T do hospedeiro não 
surtiram efeito clínico
•O início e escolha da terapia é determinado pela contagem de LT na 
circulação. CD4 ≤ 350 células/mm3
•A falha do tratamento = aumento da carga viral (previamente indetectável) 
mesmo em uso de alguma terapia antiviral.
• Neste caso é indicada a troca de todos os fármacos do tratamento.
• Não deve ser feita a simples adição de outro fármaco ao tratamento
TERAPIA HIV
•A tuberculose é a principal causa de óbito por doença infecciosa em 
pacientes HIV positivos. 
•Há progressão mais rápida da Hepatite B e C em pacientes HIV positivos.
•Pacientes HIV positivos podem receber todas as vacinas do calendário 
nacional, desde que não apresentem deficiência imunológica importante.
TERAPIA HIV
• Efeito colateral importante do uso crônico
da TARV é a síndrome metabólica (10-40% 
dos pacientes)
• Resistência à insulina
• Hiperlipidemia 
• Lipodistrofia
•A troca da medicação não altera esses efeitos
TERAPIA HIV
Lipoatrofia facial
Lipoacumulação gibocervical
TERAPIA HIV
Os objetivos da terapia são inibir a 
replicação do vírus e a transmissão da 
doença
1. Receptor chamariz – CD4 solúvel
2. Inibidores da adsorção - Maraviroque
3. Inibidores da fusão (gp41) – Enfuvirtida
4. Inibidores da transcriptase reversa 
nucleosídicos e não-nucleosídicos – 
Zidovudina; Nevirapina
5. Inibidores da integrase – Raltegravir
6. Inibidores da protease – Lopinavir 
2
3
4
5
6
1
Receptores chamariz: Receptores solúveis que se ligam ao vírus impedindo a 
adsorção
✔ CD4 solúvel que se liga ao gp120 do HIV, prevenindo a ligação deste 
ao receptor CD4 do linfócito auxiliar
Inibidores da adsorção
✔ Maraviroque: bloqueia o correceptor CCR5 importante para a 
ligação do gp120 do HIV ao LTCD4
✔ Administração v.o., 2x/dia
✔ Não funciona se forem cepas
que utilizam o CXCR4 como
correceptor
TERAPIA HIV
Inibidores da penetração ou fusão
✔ Após ligação gp120+CD4+CCR5 vírus expõe a 
gp41 que medeia a fusão
✔ Enfuvirtida: se liga às glicoproteínas gp41 do 
HIV e inibe a fusão vírus-célula
✔ Administração subcutânea cada 12 h – 
reações dolorosas no local e até nódulos 
subcutâneos
✔ Mutações na gp41 reduzem suscetibilidade 
do fármaco em até 100x
TERAPIA HIV
TERAPIA HIV
Inibidores da transcriptase reversa (TR)
Inibidores nucleosídicos/nucleotídicos (INTR)
Zidovudina (AZT), Lamivudina* (3TC), Abacavir (ABC), Tenofovir* (TDF), 
Entricitabina (FTC)
✔Análogos da purina – competindo com os nucleotídeos pela síntese do 
DNA pró-viral feita pela transcriptase reversa = término da cadeia
✔ Precisam ser fosforilados, o que fixa o fármaco dentro da célula = [ ] 
intracelular > [ ] plasmática 
✔ Não inibe a DNA polimerase do hospedeiro, mas pode acontecer com 
a mitocondrial = efeitos colaterais:
▪ Anemia, granulocitopenia, miopatia, neuropatia periférica, 
pancreatite, acidose láctica, lipodistrofia
* Também usados para HBV 
TERAPIA HIV
Inibidores da transcriptase reversa (TR)
Inibidores não nucleosídicos (INNTR)
Efavirenz (EFZ), Nevirapina (NVP), Etravirina (ETZ) – v.o. 
✔ Se ligam de forma alostérica a TR, inativando-a
✔ São muito eficientes na inibição da replicaçãoviral (>100x)
✔ Não agem nas polimerases do hospedeiro, por isso apresentam mínimos 
efeitos colaterais.
✔ São substratos da CYP3A4, e podem promover a indução ou inibição 
desta enzima, portanto interações medicamentosas devem ser 
consideradas
✔ Nunca devem ser usados como terapia única, pois o aparecimento de 
resistência já acontece após uma única dose.
✔ Podem causar exantemas, sonhos vívidos, alucinações
TERAPIA HIV
Inibidores de integrase (INI)
Raltegravir (RAL), Elvitegravir (EVG), Dolutegravir (DTG)
✔ Formam um complexo com a enzima e impedem a fusão entre o DNA 
viral e o DNA do hospedeiro
✔ Não existe integrase na célula hospedeira = efeitos colaterais mínimos:
✔ cefaléia, náuseas e fadiga.
✔São absorvidos via oral. Não são indutores ou inibidores de CYPs, 
portanto interações medicamentosas não são importantes.
✔Podem promover o aparecimento de resistência
✔ Dolutegravir é contraindicado em mulheres que buscam a concepção 
devido ao risco de malformação congênita.
TERAPIA HIV
Inibidores de protease (IP)
Atazanavir, Darunavir, Fosamprenavir, Lopinavir, Ritonavir, Saquinavir, 
Tipranavir
✔ São inibidores competitivos da protease viral que cliva os peptídeos 
precursores das proteínas virais essenciais para maturação 
✔São potentes inibidores da replicação viral (100-1000x)
✔As aspartil proteases do hospedeiro não são significativamente inibidas 
por estes inibidores.
✔ Efeitos colaterais são mínimos: náusea, vômito e diarréia
✔ Uso prolongado associado com síndrome metabólica = resistência à 
insulina e lipodistrofia
TERAPIA HIV
Inibidores de protease (IP)
Atazanavir, Darunavir, Fosamprenavir, Lopinavir, Ritonavir, Saquinavir, 
Tipranavir
✔ É comum a associação de uma dose subclínica de ritonavir com outros 
inibidores de protease para aumentar a biodisponibilidade oral e a meia 
vida dos demais fármacos
✔São todos substratos e inibidores da CYP3A4 - interações 
medicamentosas podem gerar toxicidades importantes
✔ Aparecimento de resistência é rápido, porém não tão rápido quanto os 
INTR
✔Interações com fármacos para tuberculose (rifampicina), 
anticonvulsivantes, estatinas, anticoncepcionais orais, antifúngicos, 
benzodiazepínicos
TERAPIA HIV
Tenofovir e entricitabina = inibidores nucleosídicos da TR; 
Tenofovir (TDF), Lamivudina (3TC) e Dolutegravir (DTG)
TARV
RESUMINDO...
1. Anticorpos neutralizante. 
2. Receptores chamariz. 
3. Inibidores da adsorção. 
4. Inibidores da penetração
5. Inibidores do desnudamento. 
6 a 8. Inibidores da replicação. DNA e RNA 
polimerase; transcriptase reversa; 
integrase;
9. Inibidores da transcrição. 
10. Inibidores da tradução. 
11. Inibidores da maturação. 
12. Inibidores da liberação. 
Antivirais 
1. Anticorpos neutralizante: Se ligam a proteínas do capsídeo ou envelope
impedindo a adsorção e neutralizando os vírus
✔ IgEV (endovenosa) para Hepatites B e A, citomegalovírus, varicela-
zoster, raiva e sincicial respiratório
✔ IgHN (humana normal) – sarampo, rubéola e hepatite A
✔ IgIM (intramuscular) – vírus sincicial respiratório
2. Receptores chamariz: Receptores solúveis que se ligam ao vírus
impedindo a adsorção
✔ CD4 solúvel que se liga ao gp120 do HIV, prevenindo a ligação deste 
ao receptor CD4 do linfócito auxiliar
Antivirais 
Antivirais 
3. Inibidores da adsorção
✔ Maraviroque: bloqueia o co-receptor CCR5 importante para a 
ligação do gp120 do HIV
✔ Ibalizumabe: anticorpo monoclonal que se liga ao CD4 e impede a 
ligação do HIV (indisponivel no Brasil)
4. Inibidores da penetração ou fusão
✔ Enfuvirtida: se liga às glicoproteínas gp41 do HIV e inibe a fusão virús- 
célula
5. Inibidores do desnudamento
✔ Amantadina e Rimantadina bloqueiam o canal de íons M2 por onde 
passam H+ necessários para o desnudamento do vírus. Usado para 
tratar Influenza
Antivirais 
6. Inibidores da DNA polimerase: análogos de nucleosídeos . Eles são 
incorporados aos ácidos nucléicos virais interrompendo a replicação
✔ Aciclovir, ganciclovir, penciclovir – Herpes vírus
7a. Inibidores da transcriptase reversa: análogos de nucleosídeos que 
competem com os nucleotídeos naturais e interrompem a conversão do 
RNA viral em DNA pró-viral
✔ Zidovudina (AZT), lamivudina
Não nucleosídeos – alteram de forma alostérica a enzima. 
✔ Efavirenz, nevirapina
7b. Inibidores da integrase: liga-se a enzima integrase e evita que o DNA
proviral integre no genoma do hospedeiro
✔ Raltegravir
Antivirais 
8 e 9. Inibidores da RNA polimerase e da transcrição
✔ Ribavirina – Hepatite C, VSR, Influenza, rinovírus, caxumba, sarampo
✔ Sofosbuvir e Dasabuvir – Hepatite C
10. Inibidores da tradução.
✔ IFN-α induz estado antiviral em células infectadas e vizinhas. Usado para 
HBV, HCV, HPV e HHV-8
11. Inibidores das proteases (maturação). Impedem que as poliproteínas 
recém traduzidas do HIV e HCV sejam clivadas pelas proteases em 
proteínas funcionais, impedindo a maturação dos vírions
✔ Ritonavir, atazanavir, saquinavir – HIV
✔ Ritonavir, simeprevir, paritaprevir - HCV
Antivirais 
12. Inibidores da liberação: Inibem a neuraminidase do Influenza A e B, 
importante para a liberação dos vírions recém-formados 
✔Oseltamivir, zanamivir

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