Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
@veterinariando_ REINO Animalia FILO Platyhelminthes CLASSE Trematoda ORDEM Strigeiformes FAMÍLIA Schistosomatidae GÊNERO Schistosoma ESPÉCIE Schistosoma mansoni É uma parasita agente da esquistossomose intestinal No Brasil é popularmente conhecida como: xistose, barriga d’água ou mal do caramujo São trematódeos alongados e dioicos Suas ventosas são pouco desenvolvidas Cecos intestinais reunidos posteriormente para formar um tubo que se prolonga até a extremidade posterior Poro genital próximo ao acetábulo Sua morfologia deve ser estudada nas várias fases do seu ciclo biológico: ovo, miracídio, esporocisto, cercaria e adultos (macho e fêmea) • Humanos e bovinos, embora tenha sido encontrado em diversos hospedeiros silvestres, principalmente roedores • Moluscos aquáticos dos gêneros Biomphalaria e eventualmente, espécies de Helisoma e Lymnaea → Possuem forma oval → Não é operculado → Possui um espinho lateral (caracteriza facilmente o ovo desse parasito) → Mede cerca de 150µm de comprimento por 65µm de largura → Nas fezes de humanos 90% a 95% dos ovos são maduros, apresentando no seu interior uma larva, denominada miracídio → Os ovos maduros em contato com a água incham e rompem a casca do ovo → Esses ovos possuem casca dupla → É o primeiro estágio de vida livre → Apresentam cerca de 150 a 170µm de comprimento por 60 a 70µm de largura → Seu formato é oval e é revestido por muitos cílios → Possuem um par de glândulas adesivas e uma glândula de penetração – todas unicelulares → No corpo deste miracídio existem células germinativas, que irão produzir no molusco (hospedeiro intermediário) os esporocistos → São fotossensíveis e em condições adequadas de temperatura costumam ser mais facilmente atraídos → Durante a penetração nas partes moles do molusco o miracídio perde algumas estruturas, e a larva permanece próxima ao local de entrada → As células remanescentes se transformam em esporocistos primários, repletos de células germinativas agrupadas maciçamente diferenciando-se em esporocistos secundários dentro do esporocisto primário → Dentro dos esporocistos secundários as células germinativas se tornam cercárias – essas larvas migram para as partes moles externas do molusco → É a segunda fase de vida livre do parasito → Não se alimenta e está adaptada a vida aquática → É uma larva com corpo e causa, com 0,5cm de comprimento → O corpo possui 0,2mm por 0,7mm e a cauda cerca de 300µm → Seu corpo possui uma ventosa oral e uma ventosa ventral → Consegue se fixar em substratos → O corpo é coberto externamente por espinhos → Possui glândula de penetração e sistema excretor → Cercárias do tipo furocercárias não encistam e penetram ativamente pela pele do hospedeiro → Possui um quimiotropismo por células da pele → Cercárias invadem a pele e perdem a causa, se tornando esquistossômulo → É vermiforme → Permanecem até 2 dias na pele → Circulam por coração – pulmão – fígado → Podem ficar retidos no pulmão → Podem permanecer no sistema porta hepático por até 4 semanas – formação dos casais FÊMEAS → Fêmeas com idade média de 2 anos ovipõem diariamente, cerca de 300 ovos → São mais compridas do que os machos → Possuem ovário alongado e compacto, localizado próximo a união dos cecos MACHOS → São mais largos e mais robustos do que as fêmeas → Possuem 4 ou mais testículos → Apresentam as margens laterais do corpo ventralmente curvas, conformando o canal ginecóforo, no qual a fêmea pertence durante grande parte da sua vida • Ciclo heteroxênico (indireto) • Hospedeiro intermediário: moluscos • Hospedeiros definitivos: humanos e bovinos (eventualmente) 1. As fêmeas alcançam a maturidade sexual no sistema da veia porta intra- hepática, onde ocorre o acasalamento 2. Para a ovipostura, as fêmeas migram contra o sentido da corrente venosa para as ramificações das veias mesentéricas e para as vênulas do plexo hemorroidário 3. A ovipostura é realizada nas vênulas do reto e do sigmoide 4. Os ovos são postos um de cada vez, na proximidade do lúmen intestinal 5. Parte dos avos alcança o lúmen intestinal, outros ficam retidos nas paredes do intestino ou continuam na circulação venosa até chegar ao fígado 6. Ao chegar à luz intestinal, os ovos, já embrionados, são eliminados conjuntamente com as fezes do hospedeiro 7. Na água, com influência de estímulos fotoquímicos, térmicos e osmóticos, o miracídio eclode 8. O miracídio, com uma viabilidade de aproximadamente 8 a 12h é acentuadamente fototrópico 9. O hospedeiro intermediário é um molusco, geralmente da família Planorbidae 10. No molusco, o miracídio se transforma no esporocisto primário, nas proximidades do local de penetração 11. O esporocisto secundário migra para as regiões do hepatopâncreas e do ovotestículo do molusco 12. O amadurecimento dura até 4 semanas, incluindo a formação de cercárias 13. Os moluscos intensamente infectados podem sofrer castração parasitária ou morrer em consequência da destruição causada no hepatopâncreas ou em outros órgãos 14. A infecção em humanos ocorre por meio da penetração das cercárias pelas mucosas ou através da pele, por ocasião dos banhos ou trabalhos na água 15. A cercaria perde a causa e modifica seu tegumento, se transformando em esquistossômulo, que representa a fase jovem dos vermes adultos 16. Esses penetram nos vasos cutâneos, entram na linfa ou no sangue e seguem para o coração, e depois para os pulmões 17. Pela circulação geral, são levadas para a rede capilar terminal da circulação arterial, passando finalmente para o sistema veia porta intra-hepática São parasitos adquiridos transcutaneamente, por meio da água contaminada (água doce parada e sem tratamento) Há mais de 200 milhões de casos registrados Distribuição epidemiológica: todo o continente africano e oriente médio São encontrados também em algumas regiões da América do Sul e Ilhas Caribenhas No Brasil está localizado em regiões endêmicas – regiões do nordeste, norte e sul CERCÁRIA • Dermatite cercariana • Sensação de comichão • Eritema e edema • Pequenas pápulas e dor ESQUISTOSSÔMULOS • Febre • Eosinofilia • Linfadenopatia • Esplenomegalia • Hepatomegalia e urticária OVOS • Fase pré-postural: 10 a 35 dias após a infecção, pode ser assintomática ou apresentar mal-estar, febre, tosse, hepatite aguda • Fase aguda: 50 a 120 dias após a infecção pode ocorrer a disseminação de ovos com a formação de granulomas (forma toxêmica) • Forma toxêmica: sudorese, calafrios, emagrecimento, fenômenos alérgicos, cólicas e hepatomegalia discreta FORMA HEPÁTICA • Fígado aumentado e doloroso a palpação • Fibrose com lobulações • Fibrose periportal – obstrução dos ramos intra-hepáticos da veia porta a hipertensão portal FORMA INTESTINAL • Fibrose da alça retossigmóide • Diminuição do peristaltismo • Constipação constante • Diarreia • Dor abdominal • Tenesmo • Emagrecimento • Formação de numerosos granulomas FORMA ESPLÊNICA • Congestão do ramo esplênico – esplenomegalia • Consequências de desenvolvimento da circulação colateral anormal intra- hepática e de anastomoses do plexo hemorroidário, umbigo, esôfago, região inguinal • Formação de varizes esofagianas Pode ser dividida em três: 1. Dermatite cercariana 2. Esquistossomose aguda sintomática 3. Esquistossomose crônica – forma intestinal, forma hepatointestinal e forma hepatoesplênica → Ocorre imediatamente após a exposição – penetração das cercárias na pele → Presença de urticária e febre baixa → Pode ser assintomática ou levar a sintomas leves e inespecíficos → Febre – síndrome de Katayama → Anorexia, náuseas e diarreia mucossanguinolentas → Cefaleia→ Hepatoesplenomegalias discretas, porém, dolorosas ao exame físico → Tosse e broncoespasmos (possibilidade de infiltrado pulmonar) INTESTINAL HEPATOINTESTINAL HEPATOESPLÊNICA Dores abdominais, diarreia intermitentes com muco e/ou sangue, lesões pseudoneoplásicas no cólon Hepatoesplenomegalia, dor a palpação e fibrose hepática de moderada a intensa Agravamento da fibrose, hipertensão portal, hepatoesplenomegalia, hemorragias maciças, hipovolemia, ascite e icterícia DIAGNÓSTICO DIRETO Realizado imediatamente após a coleta das fezes onde é possível detectar as formas do parasito Biopsia retal – casos suspeitos, e na presença de exame coproparasitológico negativo EXAME COPROPARASITOLÓGICO Método de Kato-Katz – concentração de ovos através de filtração das fezes em tela metálica ou de nylon Método quantitativo – técnica de sedimentação EXAME INDIRETO Dependem de evidências clínicas, imunológicas e bioquímicas que se associam à infecção Diagnóstico clínico Ultrassom Teste de PCR PRAZIQUANTEL • Uso de praziquantel – não mata o parasito imaturo, não previne a reinfecção e o seu uso em excesso poderá resultar na emergência de parasitas resistentes → Aumenta o influxo de cálcio e afeta a contração muscular → Se liga a miosina do parasita • A taxa de cura no Brasil é de 80% em adultos e 70% em crianças • Esse medicamento é seguro em gestantes após o primeiro trimestre de gestação • Na esquistossomose aguda é sugerido a introdução de corticosteroides 1mg/dia durante 5 a 7 dias OXAMNIQUINE • Oxamniquine foi introduzido no Brasil entre 1970 e 1990 → Paralisa e promove o destacamento do parasita das veias mesentéricas → Mais ativo contra os vermes imaturos o Tratamento dos doentes o Evitar o consumo de água contaminada – sempre tomar água filtrada ou fervida o Saneamento básico de qualidade o Controle dos caramujos que são os hospedeiros intermediários o Melhorias na infraestrutura sanitária o Controle do represamento de águas
Compartilhar