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DCO TBL 1 O sistema Reprodutor masculino e Processo de gametogênese masculina ● Identificar as estruturas anatômicas normais, em nível celular e tecidual, de forma a estabelecer bases para a compreensão dos mecanismos patológicos ● Testículos - Túnica albugínea: Tecido conjuntivo denso - Túnica vaginal -É um folheto do peritônio -Consiste em uma camada parietal exterior e uma camada visceral interna, que recobrem a túnica albugínea nas porções laterais e anterior do testículo. -Função: A bolsa escrotal tem um papel importante na manutenção dos testículos a uma temperatura abaixo da intra-abdominal. - Mediastino -É a túnica albugínea espessada na superfície dorsal dos testículos - Lóbulo testicular -Cada lóbulo é ocupado por um a quatro túbulos seminíferos, que se alojam como novelos envolvidos por um tecido conjuntivo frouxo rico em vasos sanguíneos e linfáticos, nervos e células intersticiais (células de Leydig). - Túbulos seminíferos -Túbulos enovelados, sua parede é constituída por uma delgada camada de tecido conjuntivo. - Constituído pelo epitélio germinativo que possui: 1 - Células germinativas em vários estágios da transformação em espermatozoides 2 - Células de Sertoli (células epiteliais) -É constituído por lúmen dos túbulos -O epitélio germinativo é envolvido por uma lâmina basal e por uma bainha de tecido conjuntivo - O tecido conjuntivo é formado por fibroblastos, e sua camada mais interna, aderida à lâmina basal, é formada por células mióides achatadas e contráteis e que têm características de células musculares lisas. As células intersticiais ou de Leydig se situam nesse tecido conjuntivo e ocupam a maior parte do espaço entre os túbulos seminíferos -Entre os túbulos existe tecido intersticial -Flagelos de espermátides alojadas nas células de Sertoli formam feixes (setas) que se projetam em direção ao lúmen do túbulo seminífero - Células de Sertoli - Células intersticiais ou de Leydig - Túbulos retos: A maioria dos túbulos seminíferos tem forma de alça, cujas extremidades continuam nos túbulos retos. Nesses túbulos, faltam as células da linhagem espermatogênica e há um segmento inicial formado somente por células de Sertoli seguido por um segmento principal revestido por um epitélio de células cubóides apoiado em uma envoltura de tecido conjuntivo denso. - Rede testicular -Labirinto de canais anastomosados em forma de rede, revestidos por um epitélio simples pavimentoso ou cúbico, inserido no mediastino do testículo. - Ductos eferentes: Formados por grupos de células epiteliais cubóides não ciliadas que se alternam com grupos de células cujos cílios batem em direção do epidídimo, conferindo a esse epitélio um característico aspecto com saliências e reentrâncias. As células não ciliadas absorvem fluido secretado pelos túbulos seminíferos, o que, juntamente com a atividade de células ciliadas, cria um fluxo que conduz os espermatozóides para o epidídimo. Uma delgada camada de células musculares lisas orientadas circularmente existe em volta da lâmina basal do epitélio. Eles conectam a rede testicular ao início da porção seguinte do sistema de ductos – o ducto epididimário ou ducto do epidídimo. - Ducto epididimário: -O epitélio do ducto epididimário participa da absorção e digestão dos corpos residuais das espermátides, que são eliminados durante a espermatogênese. -Juntamente com o tecido conjuntivo circunvizinho e os vasos sanguíneos, esse ducto forma o corpo e a cauda do epidídimo, uma estrutura anatômica com cápsula própria. Por ser muito enovelado, um corte do ducto do epidídimo mostra grande número de secções do tubo, dando a falsa impressão de que são muitos ductos. O ducto é formado por um epitélio colunar pseudoestratificado, composto de células basais arredondadas e de células colunares. A superfície das células colunares é coberta por longos e ramificados microvilos de formas irregulares, chamados estereocílios. As células epiteliais se apoiam sobre uma lâmina basal que é envolvida por células musculares lisas e por tecido conjuntivo frouxo. As contrações peristálticas do músculo liso ajudam a mover o fluido ao longo do tubo. A extremidade do ducto do epidídimo origina o ducto deferente. Há muitos espermatozoides no interior do ducto. Em torno da parede do ducto há tecido conjuntivo e músculo liso. A parede do ducto epididimário é formada de epitélio pseudoestratificado colunar cujas células têm longos estereocílios (setas). Células musculares lisas envolvem o ducto e são importantes para impulsionar os espermatozoides (E). - Epidídimo -Uma estrutura anatômica com cápsula própria. -O epidídimo é formado por um longo tubo enovelado (ducto epididimário), que é visto seccionado inúmeras vezes. Em torno do ducto há tecido muscular liso e tecido conjuntivo. A parede do ducto epididimário é um epitélio pseudoestratificado colunar, cujas células emitem longos estereocílios. - Ducto deferente -Termina na uretra prostática, onde esvazia seu conteúdo. O ducto deferente é caracterizado por um lúmen estreito e uma espessa camada de músculo liso. Sua mucosa forma dobras longitudinais e, ao longo da maior parte de seu trajeto, é coberta de um epitélio colunar pseudo estratificado com estereocílios. A lâmina própria da mucosa é uma camada de tecido conjuntivo rico em fibras elásticas, e a camada muscular consiste em camadas internas e externas longitudinais separadas por uma camada circular. O músculo liso sofre fortes contrações peristálticas que participam da expulsão do sêmen durante a ejaculação. -O ducto deferente penetra a próstata e se abre na uretra prostática. O segmento que entra na próstata é chamado ducto ejaculatório. Secção transversal de um ducto deferente. A mucosa contém um epitélio pseudoestratificado colunar com estereocílios e uma lâmina própria. Observe espessas camadas de músculo liso. ● Ampola Antes de entrar na próstata, o ducto deferente se dilata, formando uma região chamada ampola, na qual o epitélio é mais espesso e muito pregueado. Na porção final da ampola, desembocam as vesículas seminais. ● Vesícula seminal: - A vesícula seminal é um túbulo tortuoso que tem muitas pregas da mucosa, o epitélio da vesícula seminal, em alguns locais, é simples cúbico e, em outros, simples colunar, chegando a pseudoestratificado. - A mucosa da vesícula seminal é muito pregueada e revestida por um epitélio simples cúbico ou colunar baixo. Em torno da mucosa há tecido muscular liso. - ● Ducto ejaculatório: -O segmento que entra na próstata é chamado ducto ejaculatório, cuja mucosa é semelhante à do deferente, porém não é envolvida por músculo liso. ● Próstata - Esta glândula é formada por vários grupos de pequenas glândulas alveolares. A próstata se situa em torno de um trecho da uretra denominado uretra prostática. -O epitélio secretor das glândulas que constituem a próstata é do tipo simples cuboide ou colunar baixo (ponta de seta). ● Glândula Bulbouretral (outro resumo) ● Penis - Os componentes principais do pênis são a uretra e três corpos cilíndricos de tecido erétil, sendo este conjunto envolvido por pele. Dois desses cilindros – os corpos cavernosos do pênis – estão localizados na parte dorsal do pênis. O terceiro, localizado ventralmente, é chamado corpo cavernoso da uretra ou corpo esponjoso e envolve a uretra. Na sua extremidade distal ele se dilata, formando a glande do pênis. A maior parte da uretra peniana é revestida por epitélio pseudoestratificado colunar, que na glande se transforma em estratificado pavimentoso. Glândulas secretoras de muco (glândulas de Littré) são encontradas ao longo da uretra peniana. - O prepúcio é uma dobra retrátil de pele que contém tecido conjuntivo com músculo liso em seu interior. Glândulas sebáceas são encontradas na dobra interna e na pele que cobre a glande. - Os corpos cavernosos são envolvidos por uma camada resistente de tecido conjuntivo denso, a túnica albugínea. O tecido erétil que compõe os corpos cavernosos do pênis e da uretra tem uma grande quantidade de espaços venososseparados por trabéculas de fibras de tecido conjuntivo e células musculares lisas. ● Compreender o processo de diferenciação sexual em humanos: - O desenvolvimento do fenótipo feminino requer dois cromossomos X. Inúmeros genes e regiões do cromossomo X têm papéis especiais na determinação do sexo. Consequentemente, o tipo do conjunto cromossômico sexual estabelecido durante a fertilização do oócito determina o tipo de gônada que se diferencia da gônada indiferenciada. O tipo de gônada determina o tipo de diferenciação sexual que ocorre nos ductos genitais e na genitália externa. - A testosterona, produzida pelos testículos fetais, a di-hidrotestosterona (um metabólito da testosterona) e o hormônio antimülleriano (HAM) determinam a diferenciação sexual masculina normal, que começa durante a 7a semana. - O desenvolvimento dos ovários começa na 12a semana e requer a presença das células germinativas. A formação dos ovários também requer DAX-1, codificado pelo cromossomo X. Outros fatores considerados importantes incluem FOXL2, WNT e Iroquois-3. A principal diferenciação sexual feminina não depende de hormônios; ocorre mesmo que os ovários estejam ausentes. ● Definir gametogênese: - A gametogênese (formação dos gametas) é o processo de formação e desenvolvimento das células germinativas especializadas, os gametas (oócitos/espermatozoides), a partir de células germinativas primordiais bipotenciais. Este processo, que envolve os cromossomos e o citoplasma dos gametas, prepara essas células para a fecundação. - Durante a gametogênese, o número de cromossomos é reduzido pela metade, e o formato das células é alterado. - Um cromossomo é definido pela presença de um centrômero, a parte contraída de um cromossomo. - Antes da replicação do DNA na fase S do ciclo celular, os cromossomos têm uma cromátide. Uma cromátide (um dos dois filamentos do cromossomo) consiste em filamentos paralelos de DNA. - Após a replicação do DNA, os cromossomos têm cromátides duplas. - O espermatozóide e o oócito (gametas masculino e feminino) são células sexuais altamente especializadas. Cada uma dessas células contém a metade do número de cromossomos (número haplóide) encontrado nas células somáticas (as células do corpo). - O número de cromossomos é reduzido durante a meiose, um tipo especial de divisão celular que ocorre somente durante a gametogênese. A maturação dos gametas é chamada de espermatogênese no sexo masculino e de oogênese no sexo feminino. A cronologia dos eventos durante a meiose difere nos dois sexos. ● Descrever a espermatogênese e as funções das células de Sertoli nesse processo e Interação entre as células de Leydig e os túbulos seminíferos: - A espermatogênese é a sequência de eventos pelos quais as espermatogônias (células germinativas primordiais) são transformadas em espermatozoides maduros; esse processo começa na puberdade. As espermatogônias permanecem quiescentes nos túbulos seminíferos dos testículos durante os períodos fetal e pós-natal. Elas aumentam em número durante a puberdade. Após várias divisões mitóticas, as espermatogônias crescem e sofrem modificações. - As espermatogônias são transformadas em espermatócitos primários.Cada espermatócito primário sofre divisão meiótica – para formar dois espermatócitos secundários haploides. Em seguida, os espermatócitos secundários sofrem a segunda divisão meiótica para formar quatro espermátides haplóides. As espermátides são transformadas gradualmente em quatro espermatozóides maduros pelo processo conhecido como espermiogênese. Quando a espermiogênese é completada, os espermatozoides entram no lúmen dos túbulos seminíferos. - As células de Sertoli revestem os túbulos seminíferos, sustentam e participam da nutrição das células germinativas (espermatozoides/ovócitos) e estão envolvidas na regulação da espermatogênese. A testosterona produzida pelas células de Leydig (intersticiais) é um fator essencial que promove a espermatogênese. Os espermatozóides são transportados passivamente dos túbulos seminíferos para o epidídimo, onde são armazenados e tornam-se funcionalmente maduros durante a puberdade. ● Explicar o controle hormonal da espermatogênese e descrever a ação dos androgênios sobre outros órgãos do sistema reprodutor masculino: - O controle hormonal da espermatogênese envolve a ação de LH sobre as células intersticiais e FSH sobre as células de Sertoli. - As células de Sertoli secretam continuamente nos túbulos seminíferos um fluido que é transportado na direção dos ductos genitais e é usado para transporte de espermatozoides. A secreção de uma proteína ligante de andrógeno (ABP, do inglês androgen-binding protein) pelas células de Sertoli é controlada por hormônio foliculoestimulante (FSH) e por testosterona, servindo para concentrar testosterona nos túbulos seminíferos, onde ela é necessária para estimular a espermatogênese. Células de Sertoli podem converter testosterona em estradiol e também secretam um peptídeo chamado inibina, que suprime a síntese e a liberação de FSH na hipófise. - FSH estimula espermatogênese nos homens - LH promove estímulo às células de Leydig e secreção de andrógenos ● Descrever a composição do sêmen: - Os espermatozoides representam menos de 10% do total do sêmen. O restante do ejaculado consiste em secreções das glândulas seminais, da próstata e das glândulas bulbouretrais. ● Analisar os diferentes fatores que podem afetar a fertilidade masculina: -Habitualmente, existem mais de 100 milhões de espermatozoides por mililitro de sêmen no ejaculado de homens normais. Embora existam muitas variações em casos individuais, homens cujo sêmen contenha 20 milhões de espermatozoides por mililitro ou 50 milhões no sêmen total são mais provavelmente férteis. -É menos provável que um homem com menos de 10 milhões de espermatozoides por mililitro de sêmen seja fértil, especialmente quando a amostra contém espermatozóides imóveis e defeituosos. -Para uma alta probabilidade de fertilidade, 50% dos espermatozoides devem ser móveis depois de 2 horas e alguns devem estar móveis após 24 horas. -A infertilidade masculina pode resultar de baixa contagem de espermatozóides, da pouca motilidade dos espermatozóides, do uso de medicamentos e drogas ilícitas, de alterações endócrinas, da exposição a poluentes ambientais, do tabagismo (cigarros), de espermatozóides anormais, alteração do genoma ou da obstrução de um ducto genital, como o ducto deferente. -A infertilidade masculina é detectável em 30 a 50% dos casais involuntariamente sem filhos.
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