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UNIVERSIDADE 
METROPOLITANA DE 
SANTOS 
Núcleo de Educação a Distância 
NÚCLEO COMUM 
 
 
 
Metodologia 
da Pesquisa 
Científica 
 
UNIVERSIDADE 
METROPOLITANA DE 
SANTOS 
Núcleo de Educação a Distância 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Créditos e Copyright 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este curso foi concebido e produzido pela UNIMES Virtual. Eventuais marcas 
aqui publicadas são pertencentes aos seus respectivos proprietários. 
A UNIMES Virtual terá o direito de utilizar qualquer material publicado neste 
curso oriundo da participação dos alunos, colaboradores, tutores e convidados, em 
qualquer forma de expressão, em qualquer meio, seja ou não para fins didáticos. 
 
É proibida a reprodução total ou parcial deste curso, em qualquer mídia ou 
formato. 
______________________________________________________________ 
Copyright (c) Unimes Virtual 
 
 
GAP- GRUPO DE APOIO PEDAGÓGICO 
Metodologia da Pesquisa Científica. GAP- GRUPO DE 
APOIO PEDAGÓGICO. Núcleo de Educação a Distância da 
UNIMES. (Material didático): Metodologia da Pesquisa Científica. 
(por) GAP - Grupo de Apoio Pedagógico. Revis. Thiago Simão. 
Santos: UNIMES VIRTUAL. UNIMES. 2007/2016. 76 p. Curso de 
Pós-Graduação – O Coordenador Pedagógico e a Prática 
Educativa. 
Modo de acesso: www.unimes.br 
1. Docência Superior 2 Metodologia da Pesquisa 
Científica. 
CDD 001.42 
 
http://campus20181.unimesvirtual.com.br/mod/resource/view.php?id=2755
http://www.unimes.br/
UNIVERSIDADE 
METROPOLITANA DE 
SANTOS 
Núcleo de Educação a Distância 
NÚCLEO COMUM 
 
 
 
UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS 
FACULDADE DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS 
PLANO DE ENSINO 
 
CURSO: Licenciaturas e Pedagogia 
COMPONENTE CURRICULAR: Metodologia da Pesquisa Científica 
MÓDULO: 2º 
CARGA HORÁRIA TOTAL: 80 horas 
 
EMENTA 
Busca da compreensão dos pressupostos teóricos da investigação científica. 
Exame de questões relativas à aplicabilidade da ciência em contextos sociais. 
Detalhamento de normas e técnicas apropriadas à elaboração de trabalhos 
científicos. Conceitos da ciência e do conhecimento, dos fundamentos 
epistemológicos da prática científica e da pesquisa. Referências bibliográficas. As 
normas da ABNT. Metodologia da elaboração de projetos de pesquisa. 
OBJETIVO GERAL 
Busca-se, com a sequência de conteúdos que serão trabalhados nesta 
disciplina, que o aluno perpasse por uma linha mestra sequencial que demonstre a 
evolução da pesquisa acadêmica, contendo desde a importância do estudo da 
Metodologia da Pesquisa Científica para a valorização e a construção do Trabalho 
de Conclusão de Curso, como instrumento de trabalho. O objetivo é que o aluno 
compreenda a formalização da ciência de modo que a mesma possa contribuir para 
a sua trajetória acadêmica e profissional. 
 
UNIVERSIDADE 
METROPOLITANA DE 
SANTOS 
Núcleo de Educação a Distância 
NÚCLEO COMUM 
 
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
Instrumentalizar o aluno para a pesquisa acadêmica. 
Oferecer um panorama dos tipos de pesquisa e seus desdobramentos na 
universidade. 
 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA 
AZEVEDO, C. B. Metodologia científica ao alcance de todos. Barueri, SP: 
Manole, 2009. 
 
BARROS, A. J. S. S.; LEHFELD, N. A. S. Fundamentos de metodologia 
científica. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. 
 
CASTRO, C. M. A prática da pesquisa. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. 
 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 
CASTRO, C. M. Como redigir e apresentar um trabalho científico. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall, 2011. 
 
CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A.; SILVA, R. Metodologia científica. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall, 2007. 
 
DEMO, P. Metodologia da investigação em educação.Curitiba:Ibpex, 2012. 
MASCARENHAS, S. A. Metodologia científica. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 
2012. 
 
PEROVANO, Dalton Gean. Manual de metodologia da pesquisa científica. 
Curitiba: InterSaberes, 2016. 
 
 
 
UNIVERSIDADE 
METROPOLITANA DE 
SANTOS 
Núcleo de Educação a Distância 
NÚCLEO COMUM 
 
 
METODOLOGIA 
As aulas serão desenvolvidas por meio de recursos como: videoaulas, fóruns, 
atividades individuais, atividades em grupo. O desenvolvimento do conteúdo 
programático se dará por leitura de textos, indicação e exploração de sites, 
atividades individuais, colaborativas e reflexivas entre os alunos e os professores. 
AVALIAÇÃO 
A avaliação dos alunos é contínua, considerando-se o conteúdo desenvolvido 
e apoiado nos trabalhos e exercícios práticos propostos ao longo do curso, como 
forma de reflexão e aquisição de conhecimento dos conceitos trabalhados tanto na 
parte teórica como na prática e habilidades. Prevê ainda a realização de atividades 
em momentos específicos como fóruns, chats, tarefas, avaliações a distância e 
Prova Presencial, de acordo com a Portaria de Avaliação vigente. A Avaliação 
Presencial, está prevista para ser realizada nos polos de apoio presencial, no 
entanto, poderá ser realizada em home seguindo as orientações das autoridades da 
área da saúde e da educação e considerando a Pandemia COVID 19. 
6 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Sumário 
Aula 01_Método Científico8 
Aula 02_Níveis de Conhecimento11 
Aula 03_Pesquisa20 
Aula 04_Tipos de pesquisa22 
Aula 05_Pesquisa Quantitativa e Qualitativa27 
Aula 06_Tipos de Linguagem e Conduta Científica29 
Aula 07_Leitura31 
Aula 08_Tipos de Linguagem33 
Aula 09_Conduta científica35 
Aula 10_Projeto de pesquisa I37 
Aula 11_Projeto de pesquisa II45 
Aula 12_Projeto de Pesquisa III50 
Aula 13_Pesquisa na Internet I53 
Aula 14_Pesquisa na Internet II61 
Aula 15_Objetivos da Pesquisa71 
Aula 16_Pesquisa: Procedimentos Técnicos74 
Aula 17_Métodos Científicos76 
Aula 18_Planejamento e Etapas da Pesquisa79 
Aula 19_Escolha do Tema e Revisão da Literatura81 
Aula 20_Revisão da Literatura / Introdução86 
Aula 21_Justificativa e Objetivos87 
Aula 22_Metodologia89 
Aula 23_Produção do Conhecimento93 
Aula 24_Pesquisa Prática96 
7 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Aula 25_Questionário98 
Aula 26_Observação101 
Aula 27_Fichamentos103 
Aula 28_Formatação de Trabalhos Acadêmicos106 
Aula 29_Notas de Rodapé111 
Aula 30_Citação113 
Aula 31_Tipos de Citações115 
Aula 32_Referências118 
 
 
8 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Aula 01_Método Científico 
O que é método? 
A palavra método vem do grego méthodos, que significa caminho para chegar 
a um fim. 
Já que a palavra método significa caminho ou processo racional para atingir 
um determinado fim, agir com método supõe uma prévia análise dos objetivos que 
se pretende atingir, as situações a enfrentar, assim como dos recursos e o tempo 
disponíveis, e por último das várias alternativas possíveis. Trata-se, portanto, de 
uma ação planejada, baseada em procedimentos sistematizados e conhecidos 
previamente. 
 
E metodologia, o que vem a ser? 
Metodologia significa estudo dos métodos ou da forma, ou dos instrumentos 
necessários para a construção de uma pesquisa científica; é uma disciplina a serviço 
da Ciência. O conhecimento dos métodos que auxiliam na elaboração do trabalho 
científico. 
“Metodologia adquire o nível de típica discussão teórica, inquirindo 
criticamente sobre as maneiras de se fazer ciência. Sendo algo instrumental, dos 
meios, não tem propriamente utilidade direta, mas é fundamental para a „utilidade‟ 
da produção científica. A falta de preocupação metodológica leva à mediocridade 
fatal” (Demo, 1995, p. 12). 
A atividade da pesquisa necessita de método, mesmo que este seja 
instrumental, a fim de orientar o pesquisador à construção de quadros teóricos do 
conhecimento. Demo afirma que “esse instrumento [o método] é indispensável sob 
vários motivos: de um lado, para transmitir à atividade marcas de racionalidade, 
ordenação, otimizando o esforço; de outro, para garantir contra credulidades, 
generalizações apressadas, exigindo para tudo que se digam os respectivos 
argumentos; ainda, para permitir criatividade, ajudando a devassarnovos 
horizontes” (1995, p. 12). 
 
 
 
9 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Então, estamos fazendo ciência? 
A resposta é SIM, pois CIÊNCIA é uma atividade que produz conhecimento. A 
ciência pode estudar qualquer coisa pertencente à realidade. Enquanto processo, a 
ciência é um conjunto de práticas e operações que visam a buscar e construir um 
conhecimento. 
 
A ciência estuda os fenômenos e não fatos. 
Fato: é qualquer evento que ocorre na realidade, independente de ser 
conhecido ou não, independente de ter sido alguma vez observado ou não. 
Fenômeno: é um fato que é percebido por um observador. O mesmo fato 
pode ser observado de diferentes maneiras, por diferentes observadores, gerando 
diferentes fenômenos, segundo cada ponto de vista. 
O ponto de vista particular sob o qual um fenômeno é visto ou analisado é o 
que chamamos de paradigma. 
 
Exemplo: 
 
Que há estrelas no céu é FATO. 
 
Mas se começamos a olhar o céu, com a curiosidade de saber as origens das 
estrelas, por que elas brilham, quais as distâncias entre elas e a Terra teremos, 
então, FENÔMENOS prontos para serem estudados pela ciência e desvendados 
10 
NÚCLEO COMUM 
 
 
para a Humanidade. Só podemos realizar esses estudos utilizando MÉTODOS 
CIENTÍFICOS. 
 
Por que se deve estudar metodologia? 
Porque todo curso superior tem seu fim com a elaboração de um Trabalho de 
Conclusão de Curso (TCC). 
O TCC é, portanto, uma exigência legal para obtenção do diploma de 
conclusão de curso. 
O uso da METODOLOGIA servirá para organizar o trabalho do aluno e 
garantir confiabilidade para o estudo realizado. 
“O fenômeno do conhecimento humano é, sem dúvida, o maior milagre de 
nosso universo” (Popper, 1975, p. 7). 
Popper distingue dois tipos de conhecimento: o conhecimento constituído de 
um estado de consciência que apenas leva a reagir, e o conhecimento, no sentido 
objetivo, constituído de teorias, problemas e argumentos. 
De acordo com Khazraí o conhecimento surge “quando todas as vozes do 
pensamento científico se interagem nas tendências tumultuosas da afetividade, na 
sala de aula, no momento do estudo, no laboratório e abre frente aos nossos olhos 
novas perspectivas infinitas de reflexão, e faz voarem nossos espíritos no 
firmamento interminável da cognição e da emoção. É nesse ponto que a ciência e o 
afeto se interagem para dar origem ao que nós chamamos de conhecimento” (1983, 
p. 2). 
 
Conhecimento é a relação que se estabelece entre sujeito que conhece ou 
deseja conhecer e o objeto a ser conhecido ou que se dá a conhecer. 
 
11 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Aula 02_Níveis de Conhecimento 
Podemos classificar o conhecimento em cinco tipos. Cada um possuindo sua 
importância e características particulares. 
 
Senso-Comum 
O conhecimento popular ou senso comum é o conhecimento adquirido dos 
antepassados; é o resultado das experiências vividas na sociedade a que cada qual 
pertence. Tais experiências, em geral, não tem como objetivo a construção do 
conhecimento, mas sim a satisfação de uma necessidade. Daí podermos afirmar 
que o senso comum é, de certo modo, fruto do acaso, sendo adquirido por meio de 
ações aleatórias. Sua origem vem do processo de acostumar-se a uma explicação 
ou compreensão da realidade, sem que ela seja questionada. 
O conhecimento das rezadeiras no sertão nordestino, as várias superstições, 
os provérbios, os remédios ou os chás caseiros, as técnicas de artesanato e as artes 
culinárias, etc. 
 
 
Características: 
1. Valorativo, pois está relacionado com os valores do sujeito. 
2. Sua origem vem da tradição oral, da observação e reflexão. 
3. Subjetivo, pois depende dos nossos juízos e tendências pessoais. 
4. Assistemático, porque não precisa de um sistema para ser constituído. 
5. Não necessariamente verificável. 
6. Falível, pois pode falhar. 
7. Inexato. 
12 
NÚCLEO COMUM 
 
 
No senso comum encontramos o bom senso, que se forma no espírito de todo 
homem no contato das coisas com que lida. O bom senso é fruto de uma certa 
sistematização de conhecimentos, um conhecimento compreensivo, rudimentar, 
espontâneo. Assim, por ser um conhecimento compreensivo, liga as conclusões aos 
princípios, visto que as pessoas que o têm desenvolvido, quando colocadas em 
condições diferentes das habituais, resolvem as dificuldades rápida e acertadamente 
por meio de raciocínios simples, apoiados no corpo do conhecimento que já têm. E 
seus princípios são gerais, pois que se aplicam as circunstâncias variadas. Por outro 
lado, o bom senso não reflete sobre si mesmo; trata das coisas, mas não pensa em 
si. 
 
Conhecimento Popular e o Conhecimento Científico 
O senso comum, não é diferente do conhecimento científico nem pela sua 
verdade, nem pela natureza do que se está estudando. A principal diferença é a 
maneira pela qual se atinge o conhecimento. 
Uma determinada doença pode ser tratada por um chá feito com uma planta 
específica, resultando a melhora da pessoa. Esse fato pode ser encarado como 
sendo um conhecimento, porque é provável, mas não é necessariamente 
científico. Para ser considerado conhecimento científico é preciso que se estude o 
princípio ativo das substâncias da planta. 
 
Portanto, a ciência não é obrigatoriamente a única maneira de se chegar ao 
conhecimento. Os fenômenos podem ser observados pelo cientista e pelo 
homem comum. 
 
 
13 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Conhecimento Filosófico 
Podemos caracterizar a filosofa como sendo uma reflexão que busca 
compreender o sentido da realidade, do homem, sua relação com a natureza e seus 
produtos, que são a cultura e a história. 
Através de uma reflexão em profundidade, coerente e abrangente vê-se a 
importância e a necessidade da filosofia, pois é através dela que temos a 
oportunidade de reunir o pensamento fragmentado da ciência, reconstituindo sua 
unidade. 
A filosofia apresenta similaridades com a ciência e com a literatura, mas é 
diferente de ambas. A proximidade com a ciência está no rigor intelectual e no 
objetivo final que, grosso modo, pode-se dizer é a busca da verdade. 
Admirar-se, era para Platão a condição de onde deriva a capacidade de 
problematizar, o que marca a filosofia não como posse da verdade, mas como sua 
busca. (ARANHA; MARTINS, 1999, p. 72). 
Podemos entender que filosofar é aceitar o desafio de mudança. Também é a 
possibilidade da transcendência humana, a capacidade exclusiva do homem por 
meio da qual ele pode superar situações dadas e não escolhidas. 
 
Platão, pintado por Rafael (Escola de Atenas) 
A filosofia impede a estagnação e recupera o processo perdido no imobilismo 
das coisas feitas, muitas vezes já ultrapassadas. É um movimento, pois o mundo é 
movimento que se manifesta pela tese (certeza) e pela antítese (negação), dois 
14 
NÚCLEO COMUM 
 
 
movimentos superados pela síntese, a qual, por sua vez, produz uma nova tese e 
assim sucessivamente. 
Características: 
1. Valorativo, pois está relacionado com os valores do sujeito. 
2. Racional e reflexivo. 
3. Sistemático, porque precisa de um sistema para ser constituído. 
4. Não é verificável. 
5. Infalível. 
6. Exato. 
Podemos dizer que o conhecimento filosófico é fruto do raciocínio e da 
reflexão humana. É o conhecimento especulativo sobre fenômenos, gerando 
conceitos subjetivos. Busca dar sentido aos fenômenos gerais do universo, 
ultrapassando os limites formais da ciência. 
 
Conhecimento Religioso 
É aquele conhecimento apoiado em doutrinas sagradas. É um conhecimento 
sistemático em que a verdade é tratada de forma indiscutível. A aceitação desse 
conhecimento é um ato de fé, considera-se que o mundo foi criado por um ser 
divino, princípio inquestionável ainda que não existam evidências para sua 
comprovação. 
A teoria da evolução das espécies de Charles Darwin representa um exemplo 
de conflito existente entre o conhecimento religioso e o conhecimento cientifico.A 
hipótese de evolução do ser humano defendida por essa teoria não é aceita pelos 
teólogos, que acreditam nas explicações da bíblia. 
 
Pietá (Verugino) 
15 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Características: 
1. Valorativo, pois está relacionado com os valores do sujeito. 
2. Sua origem vem da fé e da inspiração. 
3. Sistemático, porque precisa de um sistema para ser constituído. 
4. Não verificável. 
5. Infalível. 
6. Exato. 
 
Conhecimento Artístico 
É o conhecimento que se baseia na intuição e emoção. A informação que se 
manifesta através de uma obra de arte é de natureza emocional, causando irritação, 
alegria, tristeza etc. 
A forma de conhecimento não é lógica e pode despertar emoções diferentes, 
dependendo da relação que se estabelece entre observador e o fenômeno 
observado. 
É um conhecimento inesgotável, pois a obra é encarada de diversas formas 
por pessoas diferentes e de diferentes modos por uma mesma pessoa. 
Uma das particularidades do conhecimento Artístico é que ele não pode ser 
interpretado por outras formas de linguagem sem perder o conteúdo intrínseco. 
 
Zapata, 1921 ( José Clemente Orozco) 
 
16 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Características: 
1. Valorativo, pois está relacionado com os valores do sujeito. 
2. Sua origem vem da inspiração. 
3. Assistemático, porque não precisa de um sistema para ser constituído. 
4. Não verificável. 
5. Infalível. 
 
Conhecimento Científico 
O desenvolvimento do pensamento humano acompanhou a sua evolução, 
desde os primeiros hominídeos até o ser humano moderno. Podemos definir três 
momentos que apontam para essa evolução: desconhecimento, a crença e a 
ciência. 
Em um primeiro momento, entre os primitivos caçadores nômades 
predominava um desconhecimento em relação às causas dos fenômenos naturais. 
Em seguida veio a crença, por intermédio das quais se buscava explicações para os 
fenômenos naturais, gerando superstições. As religiões antigas relacionavam os 
fenômenos naturais à vontade dos deuses. 
Finalmente, o homem começou a buscar respostas que explicassem esses 
fenômenos, não se contentando simplesmente com as respostas oriundas da crença 
na vontade divina. Mais do que isso, o homem passou a buscar a comprovação das 
explicações dos fenômenos e, nesse momento, surgiu o chamado método científico 
(veremos com detalhes mais tarde). 
Como o ser humano é um animal dotado com as capacidades de pensamento 
e de reflexão, isso possibilitou a busca de novas descobertas e o mais importante, o 
desenvolvimento da capacidade de transmissão esse conhecimento para as futuras 
gerações. 
A ciência moderna surgiu há, aproximadamente, 400 anos, mas podemos 
dizer que mais recentemente tivemos os maiores avanços desse conhecimento. 
17 
NÚCLEO COMUM 
 
 
 
O conhecimento científico pode ser definido como sendo racional e 
sistemático, descobrindo as relações universais entre os fenômenos, permitindo 
prever acontecimentos e dessa forma agir sobre a natureza. 
Isso não quer dizer que a ciência consiga produzir um tipo de conhecimento 
definitivo, sobretudo porque ela está em constante evolução. 
 
Características do Conhecimento Científico: 
1. Factual, trata-se de um conhecimento concreto, vem dos fatos. 
2. Tem origem na observação e experimentação. 
3. Sistemático, porque precisa de um sistema para ser constituído. 
4. É verificável. 
5. Falível. 
6. Aproximadamente Exato. 
 
Além disso, o conhecimento científico: 
• É racional e objetivo. 
• Atem-se e transcende aos fatos. 
• É analítico e requer exatidão e clareza. 
• É comunicável. 
• Depende de investigação metódica. 
• Busca e aplica leis. 
• É explicativo. 
• Pode prever acontecimentos. 
• É aberto e é útil à humanidade. 
18 
NÚCLEO COMUM 
 
 
 Ciência e método científico 
Todas as ciências caracterizam-se pela utilização de métodos científicos; em 
contrapartida, nem todos os ramos de estudo que empregam estes métodos são 
ciências. Dessas afirmações podemos concluir que a utilização de métodos 
científicos não é de alçada exclusiva da ciência, mas não há ciência sem o emprego 
de métodos científicos (LAKATOS; MARCONI, 1991, p.30). 
O método científico é a teoria da investigação. Ainda segundo Lakatos e 
Marconi (1991, p.46) esta alcança seus objetivos, de forma científica, quando 
cumpre ou se propõe a cumprir as seguintes etapas: 
1. Descobrimento do problema ou lacuna num conjunto de conhecimentos. Se o 
problema não estiver enunciado com clareza, passa-se à etapa seguinte; se o 
estiver, passa-se à subsequente; 
2. Colocação precisa do problema, ou ainda a recolocação de um velho problema, à 
luz de novos conhecimentos (empíricos ou teóricos substantivos ou metodológicos); 
3. Procura de conhecimentos ou instrumentos relevantes ao problema (por exemplo, 
dados empíricos, teorias, aparelhos de mediação, técnicas de cálculo 
ou de mediação). Ou seja, exame do conhecido para tentar resolver o problema; 
4. Tentativa de solução do problema com auxílio dos meios identificados. Se a 
tentativa resultar inútil, passa-se para a etapa seguinte; em caso contrário, à 
subsequente; 
5. Invenção de novas ideias (hipóteses, teorias ou técnicas) ou produção de novos 
dados empíricos que prometam resolver o problema; 
6. Obtenção de uma solução (exata ou aproximada) do problema com auxílio do 
instrumental conceitual ou empírico disponível; 
7. Investigação das consequências da solução obtida. Em se tratando de uma teoria, 
é a busca de prognósticos que possam ser feitos com seu auxílio. Em se tratando de 
novos dados, é o exame das consequências que possam ter para as teorias 
relevantes; 
8. Prova (comprovação) da solução: confronto da solução com a totalidade das 
teorias e da informação empírica pertinente. Se o resultado é satisfatório, a pesquisa 
é dada como concluída, até novo aviso. Do contrário, passa-se para a etapa 
seguinte; 
19 
NÚCLEO COMUM 
 
 
9. Correção das hipóteses, teorias, procedimentos ou dados empregados na 
obtenção da solução incorreta. 
Para Cervo e Bervian (1996, p. 46-47), os passos, geralmente, observados na 
realização das pesquisas são os seguintes: 
1. Formular questões ou propor problemas e levantar hipóteses; 
2. Efetuar observações e medidas; 
3. Registrar, tão cuidadosamente quanto possível, os dados observados com o 
intuito de responder às perguntas formuladas ou comprovar a hipótese levantada; 
4. Elaborar explicações ou rever conclusões, ideias ou opiniões que estejam em 
desacordo com as observações ou com as respostas resultantes; 
5. Generalizar, isto é, estender as conclusões obtidas a todos os casos que 
envolvam condições similares; a generalização é tarefa do processo chamado 
indução; 
6. Prever ou predizer, isto é, antecipar que, dadas certas condições, é de se esperar 
que surjam certas relações. 
 
20 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Aula 03_Pesquisa 
 Pesquisa 
 
Pesquisa, o que é? É uma pergunta que pode ser respondida de várias 
maneiras. Veremos que muitos autores definem o que é pesquisa de acordo com 
seu ponto de vista. Vamos conferir. 
 Para Minayo (1993), a pesquisa é definida como: 
“atividade básica das ciências na sua indagação e descoberta da realidade. 
É uma atitude e uma prática teórica de constante busca que define um 
processo intrinsecamente inacabado e permanente. É uma atividade de 
aproximação sucessiva da realidade que nunca se esgota, fazendo uma 
combinação particular entre teoria e dados”. 
 
Entretanto, Gil (1999), vê a pesquisa de outra maneira: 
“processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico. O 
objetivo fundamental da pesquisa é descobrir respostas para problemas 
mediante o emprego de procedimentos científicos”. 
 
Sendo assim, podemos então pensar que a pesquisa de uma maneira bem 
simplificada e cotidiana, seria: “a procura por respostas às perguntas propostas”. 
Com um olhar mais técnico e apurado, a pesquisa entãoé vista como várias 
ações que visam solucionar ou pelo menos esclarecer um problema, tendo como 
base procedimentos sistemáticos e racionais. 
As pesquisas são realizadas, quando temos um determinado “problema” e 
não temos informações de como ele surgiu, ou então, de como poderíamos 
solucioná-lo, ou quais as consequências que ele traz a uma espécie ou população. 
21 
NÚCLEO COMUM 
 
 
 
A pesquisa e suas classificações 
A pesquisa pode ser classificada de várias formas, dependendo da 
abordagem utilizada, da sua finalidade, entre outros. Vamos observar quais as 
principais classificações utilizadas. 
De acordo com a natureza da pesquisa, ela pode ser classificada em: 
pesquisa básica ou pesquisa aplicada. 
A pesquisa básica tem o objetivo de gerar novos conhecimentos, contribuindo 
para o desenvolvimento científico, não tem a obrigatoriedade de ter uma 
aplicabilidade prática. Esse tipo de pesquisa é baseado em interesses e verdades 
universais. 
A pesquisa aplicada tem o objetivo de gerar conhecimentos aplicáveis, e que 
esses conhecimentos sejam práticos e focados à solução de problemas específicos. 
A pesquisa aplicada é baseada em interesses e verdades locais. 
 Na próxima aula abordaremos os tipos de pesquisa. Bons estudos! 
 
22 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Aula 04_Tipos de pesquisa 
Podemos classificar os vários tipos de pesquisa em função das diferentes 
maneiras pelo qual interpretamos os resultados alcançados. Essa diversidade é 
importante para o pesquisador porque possibilita várias visões para um mesmo tema 
ou problema. Segundo Pádua (1996, p.32-33), 
a classificação das pesquisas em diferentes tipos surgiu com o objetivo 
de contribuir para o desenvolvimento delas. [...] Entretanto, para além do 
formalismo que uma tipologia requer, devemos reconhecer que o 
fundamental é compreender a realidade em seus múltiplos aspectos e, para 
tanto, essa compreensão vai requerer, e talvez admitir, diferentes enfoques, 
diferentes níveis de aprofundamento, diferentes recursos, dependendo dos 
objetivos a serem alcançados e as possibilidades do próprio pesquisador 
para desenvolvê-los. 
 
As pesquisas podem ser agrupadas de acordo com diferentes critérios e 
nomenclaturas. Por exemplo, elas podem ser classificadas de acordo com: 
• A área do conhecimento em que ocorre a pesquisa: pesquisas sociológicas, 
antropológicas, educacionais, entre outros. 
• A finalidade da pesquisa: pesquisa teórica (pura) ou aplicada. 
• O tipo de pesquisa realizada: pesquisa bibliográfica, descritiva, exploratória, 
experimental, estudo de caso, entre outros. 
• O local onde a pesquisa se desenvolve: pesquisa de laboratório, pesquisa de 
campo. 
• A maneira que os dados são coletados e analisados: pesquisas quantitativas 
ou qualitativas. 
• As técnicas empregadas na pesquisa: questionário, formulário, pesquisas de 
opinião e de atitudes, testes, análise de conteúdo, história da vida, pesquisas de 
mercado, observação sistemática, entre outros (LAKATOS; MARCONI, 1991). 
Vamos conhecer algumas dessas classificações. 
 
Pesquisa teórica (ou pesquisa pura) 
Seu objetivo é a busca do saber (DANTON, 2002). São aqueles estudos 
motivados por razões de ordem intelectual e que pretendem alargar a fronteira do 
conhecimento. Podem se revelar muito importantes, como exemplifica Danton (2002, 
23 
NÚCLEO COMUM 
 
 
p.10): “muitas vezes pesquisas puras revelam grande importância em nossa vida. É 
o caso da eletricidade. Quando os primeiros cientistas começaram a pesquisá-la, o 
único objetivo era a curiosidade”. 
 
Pesquisa aplicada 
Pesquisa que busca resultados de ordem prática, visando a solução para 
problemas concretos e imediatos (DANTON, 2002). Tem em vista a utilização, na 
prática, de conhecimentos disponíveis para responder às demandas da sociedade 
em contínua transformação. 
 
Pesquisa bibliográfica 
É feita a partir de documentos como livros, revistas, jornais, sites e outros. É 
feita através de uma leitura detalhada e sistemática, acompanhada de anotações e 
fichamentos. A pesquisa bibliográfica serve de apoio para as outras pesquisas, 
como ferramenta de fundamentação teórica. Deve ser feita sempre no início de 
qualquer pesquisa, para se conhecer o que já foi estudado em uma área de 
conhecimento. 
 
Pesquisa descritiva 
O método de pesquisa descritivo tem como características observar, registrar, 
analisar, descrever e correlacionar fatos ou fenômenos sem manipulá-los, 
procurando descobrir com precisão a frequência em que um fenômeno ocorre e sua 
relação com outros fatores. A pesquisa descritiva pode assumir algumas formas 
relacionadas com o enfoque que o pesquisador deseja dar para seu estudo. 
 
Pesquisa exploratória 
Tipo de pesquisa utilizado quando se quer saber mais sobre um determinado 
fenômeno, para assim poder formular uma pergunta de pesquisa mais adequada. 
Sua finalidade é familiarizar-se com o fenômeno e obter uma nova percepção a seu 
respeito, descobrindo assim novas ideias em relação ao objeto de estudo. 
24 
NÚCLEO COMUM 
 
 
 
 
Pesquisa experimental (pesquisa de laboratório) 
Lida diretamente com as variáveis relacionadas ao objeto de estudo, 
procurando saber como o evento em estudo ocorre (DANTON, 2002). A pesquisa 
experimental se caracteriza pelo controle das variáveis exercido pelo pesquisador. 
Eventualmente, ela pode ser realizada em laboratório, situação em que o 
pesquisador “cria uma situação com as condições exatas que ele deseja ter e na 
qual ele controla algumas variáveis e manipula outras” (FESTINGER, apud 
MOREIRA, 2007), podendo conhecer os efeitos desta intervenção e daí propor 
explicações. 
 
Estudo de caso 
Sua preocupação é estudar um determinado indivíduo, família ou grupo para 
investigar aspectos variados ou um evento específico da amostra. Um único caso é 
estudado com profundidade para alcançar uma maior compreensão sobre outros 
casos similares (CERVO; BERVIAN, 2002). 
 
Pesquisa de campo 
Consiste na observação dos fatos tal como ocorrem espontaneamente, na 
coleta de dados e no registro de variáveis presumivelmente para posteriores 
análises (OLIVEIRA, 2002). Após a coleta de dados, passa-se à interpretação dos 
mesmos, sempre levando em conta a fundamentação teórica existente. Diversas 
áreas de estudo utilizam as pesquisas de campo, especialmente as que fazem parte 
25 
NÚCLEO COMUM 
 
 
das ciências humanas, tais como a antropologia, a sociologia, a psicologia e a 
pedagogia, entre outras. 
 
Pesquisa quantitativa 
Métodos quantitativos são apropriados quando o objeto a ser pesquisado 
pode ou deve ser quantificável, isto é, expresso através de números. É indicado 
quando se sabe o que perguntar e o que estudar. Por exemplo, qual é o número de 
alunos de uma escola que têm computador em casa? 
 
Pesquisa qualitativa 
Métodos qualitativos são adequados quando se pretende investigar que tipo 
de fenômeno ocorre. As informações são expressas em palavras ou mesmo em 
imagens. É indicado quando se procura conhecer melhor algo, inclusive para definir 
as questões a serem investigadas. Por exemplo, o que motiva uma família a adquirir 
um computador? 
 
Saiba mais sobre pesquisa quantitativa e qualitativa 
Você sabe o que é Ibope? 
Falar em Ibope é algo muito comum no dia a dia, e o termo virou sinônimo de 
algo que é muito popular, sendo até verbete de dicionário no Brasil. 
Mas o que significa Ibope? 
O Ibope, ou Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística, é uma 
empresa multinacional brasileira de pesquisa de mercado. 
Como estratégia de trabalho, o Ibope utiliza pesquisas qualitativas e 
quantitativas. Saiba mais, lendo o texto a seguir, retirado do site do Ibope. 
26 
NÚCLEO COMUM 
 
 
IBOPE - INSTITUTO BRASILEIRO DE OPINIÃO E ESTATÍSTICA 
Eduardo de Freitas 
IBOPE é a sigla do Instituto Brasileiro de Opinião Públicae Estatística, que 
tem seu trabalho destinado à pesquisa de níveis de aceitação do público em relação 
a diversos seguimentos, especialmente em campanhas políticas e verificação de 
índices de audiência de programas televisivos. 
Esse instituto realiza pesquisas no Brasil e em mais onze países da América 
Latina. Nesse tipo de prestação de serviços, o IBOPE é um dos principais, sendo 
requisitado por empresas de televisão, incluindo revistas, rádio, jornais, partidos 
políticos, além de pesquisas demográficas, entre outras 
O principal idealizador do instituto no Brasil foi o radialista Auricélio Penteado, 
dono da rádio Kosmos (São Paulo). Nos Estados Unidos, o radialista, teve a 
oportunidade de aprender técnicas de pesquisas voltadas para medição de 
audiência, isso com o propósito de averiguar como era a aceitação do público em 
relação à sua rádio. Ao realizar a pesquisa, constatou que sua rádio não tinha uma 
boa aceitação, mas estando entre as mais ouvidas, passou a realizar, 
exclusivamente, esse tipo de trabalho. 
 
Referência 
FREITAS, Eduardo De. "Ibope - Instituto Brasileiros de Opinião e Estatística";Brasil 
Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/geografia/ibope.htm>. Acesso 
em 18 de fevereiro de 2016. 
 
27 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Aula 05_Pesquisa Quantitativa e Qualitativa 
Abordagem da Pesquisa: Quanto à abordagem da pesquisa, ela pode ser 
classificada em qualitativa, ou quantitativa. 
Pesquisa Qualitativa 
De acordo com Richardson (1999): 
“os estudos que empregam uma metodologia qualitativa podem descrever a 
complexidade de determinado problema, analisar a interação de certas 
variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos vividos por grupos 
sociais”. 
“... contribuir no processo de mudança de determinado grupo e possibilitar, 
em maior nível de profundidade, o entendimento das particularidades do 
comportamento dos indivíduos”. 
 
A pesquisa qualitativa faz uma análise mais aprofundada sobre o objeto de 
estudo, destacando características e peculiaridades que a pesquisa quantitativa não 
exibe. A interpretação geralmente é feita por meio de questionários validados, não 
havendo necessidade de técnicas estatísticas muito elaboradas. Na pesquisa 
qualitativa, o método de análise dos dados coletados é o descritivo e o indutivo, pois 
a fonte da coleta de dados geralmente é o cotidiano ou ambiente natural. 
 
Pesquisa Quantitativa 
Em relação à pesquisa quantitativa, Richardson (1999) afirma que: 
 “caracteriza-se pelo emprego de quantificação tanto nas modalidades de 
coleta de informações, quanto no tratamento delas por meio de técnicas 
estatísticas, desde as mais simples como percentual, média, desvio-padrão, 
às mais complexas, como coeficiente de correlação, análise de regressão 
etc.”. 
 
A pesquisa quantitativa considera tudo aquilo que pode ser quantificável, ou 
seja, que todas as informações coletadas possam ser classificadas, analisadas e 
expressas em números reais, gerando tabelas e gráficos explicativos. Na pesquisa 
quantitativa se faz necessário o uso de recursos e técnicas estatísticas mais 
elaboradas, garantindo a precisão dos resultados, evitando distorções nas 
interpretações e análises, dessa forma, há uma margem de segurança nas 
28 
NÚCLEO COMUM 
 
 
inferências que esse tipo de abordagem apresenta. A pesquisa quantitativa procura 
descobrir e classificar a relação de causalidades entre fenômenos e as variáveis 
apresentadas. 
 Na próxima aula veremos a diferença entre os objetivos das pesquisas. Caso 
tenha alguma dúvida, não hesite em entrar em contato com seu professor. Bons 
estudos! 
 
29 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Aula 06_Tipos de Linguagem 
Na aula anterior verificamos alguns dos diferentes tipos de linguagem. Nesta 
aula vamos conversar sobre a atividade de escrita do pesquisador/aluno, passando 
pelas diversas etapas e concluindo com a conduta científica do pesquisador. 
Podemos dizer que a redação do pesquisador deve contar com: 
a) Terminologia adequada: para cada área da ciência existem alguns termos 
técnicos que são do conhecimento geral – a utilização desses termos facilita a 
compreensão do texto. Por exemplo, em histologia os nomes dos corantes utilizados 
são de conhecimento geral dos pesquisadores (como Hematoxilina-eosina – HE), 
não sendo necessário expressar os procedimentos utilizados para tal. 
b) Honestidade: nunca fraudar ou burlar os dados obtidos que nem sempre 
são os esperados. Muitas vezes, ao terminar um trabalho científico o pesquisador 
descobre que os resultados obtidos são diferentes daqueles encontrados na 
literatura. 
c) Humildade: a humildade é uma qualidade apreciada em qualquer área do 
conhecimento: ela aproxima, estimula e convence o leitor; 
d) Lógica: dar coerência à redação e aos procedimentos metodológicos; 
e) Precisão conceitual: um conceito errado ou que dê margem a dúvidas pode 
desestimular o leitor, confundi-lo, ou até mesmo fazer com que guarde e aprenda 
conceitos errados, uma redação dúbia. 
f) Coerência ideativa adequada: ter uma grande ideia não é sinônimo de um 
bom trabalho científico, é necessário que o pesquisador tenha coerência na 
formulação de hipóteses ou leis que revele a sua ideia inicial. Por exemplo, se um 
pesquisador empenhar anos de sua vida em uma pesquisa e descobrir, no final de 
seu trabalho, que sua ideia inicial já foi testada e comprovada por vários autores; 
g) Sistematicidade organizacional: a organização durante a atividade 
redacional é a base para a descrição de um processo ou análise; 
h) Planejamento: O planejamento evita problemas futuros como: erros de 
amostragem, análise de fatores importantes para o objetivo desejado; encontrar o 
animal no local de amostragem; procurar o organismo no período correto; cuidado 
com o método de amostragem para evitar o desaparecimento da espécie; o 
30 
NÚCLEO COMUM 
 
 
procedimento de laboratório podem ser caro demais ou exigir equipamentos não 
disponíveis; o tempo gasto para sua execução; se este trabalho já não foi feito. 
i) Fundamentação teórica: uma boa fundamentação teórica dá credibilidade à 
sua redação científica. 
 
 
31 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Aula 07_Leitura 
Leitura: importância e natureza 
O que significa ler? Qual a importância da leitura? O que devemos e 
precisamos ler? Essas são perguntas fundamentais que temos que fazer no início 
dos nossos estudos. 
Ler significa adquirir informações, mas também devemos interpretar e 
compreender o que estamos lendo. Quando pensamos em conhecimento científico, 
não podemos nos esquecer da leitura, pois grande parte desse conhecimento é 
obtida dessa maneira. 
Os textos devem ser encarados como uma fonte quase inesgotável de ideias 
e conhecimentos. No nosso dia a dia devemos ler bastante, pois isso aumentará o 
vocabulário, o que ajudará na hora de escrever e falar. Não devemos ter vergonha 
de utilizar dicionários ou mesmo perguntar a outra pessoa quando não sabemos o 
significado de uma palavra ou de uma frase. Ao aumentamos o vocabulário, abrimos 
novos horizontes na mente, permitindo uma melhor compreensão do conteúdo. 
De um modo geral, a leitura tem dois objetivos principais, o aumento da nossa 
cultura geral e meio eficiente de aprofundamento do conhecimento (estudo e 
pesquisa). 
Em virtude da enorme quantidade de livros, revistas que temos disponíveis, 
se faz necessária uma rigorosa escolha do que é ou não importante. 
 
Tipos de Leitura 
Podemos classificar a leitura em três tipos: Distração, Cultura Geral e 
Formação. 
A leitura de distração é aquela que tem como objetivo o divertimento e o lazer, 
e é a que fazemos sem maiores preocupações. A sua importância está no fato de 
despertar o hábito da leitura. 
Já a leitura de cultura geral, apresenta como objetivo ampliar o conhecimento 
do que está ocorrendo ao nosso redor e no mundo, através da leitura de jornais, 
revistas, livros,etc. É importante esse tipo de leitura, que é uma fonte de informação 
das atualidades. 
32 
NÚCLEO COMUM 
 
 
A leitura de formação apresenta como objetivo principal aprofundar o 
conhecimento sobre determinado assunto que estivermos estudando ou 
pesquisando em livros ou revistas científicas. É imprescindível que esse tipo de 
leitura seja feita com o máximo de concentração, para uma compreensão satisfatória 
do conteúdo. 
Reflexão: A compreensão de um texto é um dos maiores desafios que temos 
a enfrentar. A compreensão implica contextualização. 
Escolha um capítulo de um livro que você tenha gostado de ler. Anote ou 
sublinhe frases interessantes e palavras que necessitem de sinônimo. Feche o livro 
e pesquise-as. Volte a ler o mesmo capítulo introduzindo o que você pesquisou. 
Reflita: Nessa segunda leitura (ou 3ª) você entendeu diferente? A leitura ficou 
mais interessante? Inicie um caderno ou uma ficha, anotando o nome do livro, do 
autor e suas considerações sobre o capítulo. 
 
33 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Aula 08_Tipos de Linguagem 
De maneira geral, podemos distinguir dois tipos de linguagem: a linguagem 
objetiva e a linguagem subjetiva. Em uma descrição, a linguagem objetiva relata a 
reconstrução do objeto ou do fato retratado. Este é o tipo de linguagem usado na 
ciência, pois a ciência apresenta dados universais, que podem ser reconhecidos por 
diferentes pessoas, em diferentes localidades, em diferentes situações. Por este 
motivo a redação científica deve ser clara e objetiva. 
Por outro lado, a linguagem subjetiva não é clara, com ela pode-se chegar a 
outras conclusões sobre o objeto ou fato descrito. Assim, na descrição de um objeto 
ou fato se utilizarmos a linguagem subjetiva ela não será universal, poderá 
apresentar diferentes interpretações, de acordo com a pessoa, com o fato, o 
fenômeno ou com o objeto a ser descrito. 
Este tipo de linguagem é utilizado em literatura ou por artistas, que podem 
oferecer conotações diferenciadas, de acordo com o objetivo proposto. A linguagem 
poética é um exemplo clássico de linguagem subjetiva. 
Entre as modalidades da linguagem objetiva, temos a linguagem narrativa, 
que trata da descrição de um processo e deve seguir uma organização, com as 
seguintes etapas: 
a) propósito definido de maneira clara e objetiva; 
b) estágios sucessivos ao processo: 
• Quais os procedimentos e passos tomados desde a ideia, definição do objetivo e 
o seu andamento; 
c) componentes utilizados para desenvolver o processo; 
d) resultados obtidos com a execução do processo. 
 
Características da linguagem objetiva para fins científicos: 
1. Exposição em ordem cronológica: facilita a compreensão do procedimento ou 
análise, para que qualquer pesquisador possa repetir o processo; 
2. Objetividade: não dá margem à dúvida ou interpretação errônea; 
3. Detalhamento das ações, indicação clara das diferentes fases do processo: 
muitas vezes um único processo em um trabalho científico pode ser longo e 
detalhado, sendo necessário esclarecer todos os passos; 
34 
NÚCLEO COMUM 
 
 
4. Predominância de orações coordenadas para facilitar a compreensão do texto; 
5. Impessoalidade na exposição: a redação científica deve expor o conhecimento 
adquirido ao longo do processo. Se o pesquisador escrever de forma pessoal pode 
não dar credibilidade à sua narração. 
 Caso haja alguma dúvida em relação ao conteúdo abordado, entre em 
contato com seu professor. Bons estudos! 
 
35 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Aula 09_Conduta científica 
 
Neste caso, deve-se evitar uma cautela exagerada (os termos acauteladores 
utilizados de maneira exagerada, fazem com que o leitor perca a confiança na 
originalidade dos resultados obtidos pelos pesquisadores), do mesmo modo que a 
convicção, o uso exagerado de intensificadores faz com que o leitor desconfie dos 
resultados apresentados. Por outro lado, uma argumentação adequada resulta em 
credibilidade. Assim, o importante é que o pesquisador redija para convencer não 
para impressionar. 
A redação científica tem características próprias, não só pela terminologia 
técnica específica empregada em cada uma das áreas do conhecimento, como 
também pela objetividade e clareza que deve possuir para que tenha ampla 
divulgação e penetração no meio científico. 
Em todas as etapas do trabalho científico o critério do “bom senso” deve ser 
empregado. Embora existam regras gerais para se executar e escrever um artigo 
científico, em cada área e linha de pesquisa existe características próprias, que o 
autor deve conhecer e saber discernir qual o procedimento ou termo mais adequado 
para ser utilizado. 
Um trabalho científico é o registro de uma descoberta original de pesquisa 
organizada em várias seções de acordo com um formato que reflete a lógica de um 
argumento científico. Os cientistas profissionais seguem este formato rigorosamente 
quando eles escrevem um manuscrito para publicação de estudos biológicos, o 
mesmo método organizado é utilizado para elaborar projetos e registros de 
laboratório. 
Os artigos científicos respeitam uma estrutura de composição. Você pode 
começar a redigir pela seção que lhe pareça mais fácil. Para muitas pessoas essa 
seção é a metodologia. Usualmente a discussão e o resumo são escritos por último, 
após a conclusão do trabalho. 
Falar e escrever adequadamente são fundamentais para qualquer 
pesquisador. A linguagem culta pode ser observada nos noticiários transmitidos 
pelas redes de televisão e editoriais dos bons jornais diários do país. 
36 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Para escrever bem deve-se investir tempo, paciência e esforço, além de 
valorizar esta tarefa. A linguagem científica dever ser clara, objetiva, escrita em 
ordem direta e com frases curtas. A clareza na escrita é um reflexo da clareza das 
ideias e da compreensão. 
 
37 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Aula 10_Projeto de pesquisa I 
O projeto de pesquisa é a base da organização do seu trabalho de 
pesquisa. Ao elaborar o projeto você organiza suas ideias: percebe se o tema está 
muito amplo, identifica o que deve dizer primeiro e o que deve dizer depois, escolhe 
as teorias que podem ajudá-lo mais e assim por diante. 
O projeto é um esboço do trabalho final, seu esqueleto, sua estrutura. 
 
Desenho de Oscar Niemeyer: 
Projeto do Memorial da América Latina em São Paulo 
 
 
Memorial da América Latina/São Paulo 
 
Um projeto nasce de uma ideia, algo que você quer dizer, sobre uma parte da 
realidade que você gostaria de mudar. 
 
Elementos do projeto 
O projeto é um planejamento que deve orientar toda a pesquisa. Não deve ser 
considerado apenas um documento a ser apresentado como um item da burocracia 
acadêmica, mas deve acompanhar o trabalho do pesquisador. 
38 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Segundo Pescuna e Castilho (2005, p.18), "a etimologia dos termos projeto e 
problema mostra que, apesar de diferentes origens, ambos possuem o mesmo 
significado [...] Os vocábulos projeto e problema possuem originalmente, o mesmo 
significado, que é lançar-se ou lançar algo para superar um obstáculo que se 
apresenta. Portanto, essas palavras revelam-se como duas faces do mesmo 
desafio. Esse paralelo indica que a determinação do problema é o objetivo primeiro 
do projeto de pesquisa". 
O projeto de pesquisa é um texto que define o problema a ser superado, com 
experimentos metodológicos, e a ordem das atividades que serão realizadas para a 
construção de um trabalho de pesquisa (PESCUNA e CASTILHO, 2005, p.18). 
Os elementos iniciais de um projeto de pesquisa (tema, justificativa e 
referencial teórico) desembocam na delimitação e formulação do problema. Do 
problema decorrem os demais elementos (levantamento das atividades, recursos e 
orçamento, referências). Assim, o problema é o centro do projeto de pesquisa 
(PESCUNA e CASTILHO, 2005, p.20). 
"Um problema implica uma ou mais dúvidas ou dificuldades em relação aotema, que você se proporá a resolver. Formulá-lo, portanto, deve envolver 
perguntas, que o trabalho procurará responder". (MÁTTAR NETO, 2002, p.143). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Elementos de um projeto de pesquisa 
 
 
Tema: a alma do projeto 
A palavra monografia significa o trabalho escrito sobre determinado tema ou 
assunto. Ou seja, o tema é a alma da monografia e, consequentemente, do projeto 
de pesquisa. 
A bailarina era o tema de grande parte das obras do pintor impressionista 
francês Degas. 
40 
NÚCLEO COMUM 
 
 
 
Ele procurava observá-las em diferentes situações, 
 
 
Em diferentes contextos. 
41 
NÚCLEO COMUM 
 
 
 
A definição do tema deve ser muito clara. Isso facilita o desenvolvimento do 
projeto. Além disso, você deve procurar um assunto com o qual tenha 
afinidade, interesse e uma real curiosidade. 
Os pesquisadores Castilho e Pescuma definiram algumas questões que 
auxiliar a identificação do tema do seu projeto: 
• Das coisas que eu estudo o que mais me interessa? 
• Quais os assuntos que me deixam curioso? Levantam dúvidas, 
interrogações? 
• Além dos livros que o professor indica, quais outros eu gosto de ler por minha 
conta? De que assuntos tratam? 
• Em meu trabalho ou nos estágios que faço, aparecem dúvidas que eu não 
sei resolver e que aguçam minha curiosidade? 
• Que tema despertou meu interesse? 
Ainda conforme Castilho e Pescuma, a escolha do tema também deve ser 
guiada por um "espírito prático", representado pelas seguintes questões que você 
faz a si mesmo: 
• Esse tema está dentro do meu alcance? 
• Tenho acesso ao material necessário para enfrentar esse tema? 
• Poderei concluir minha pesquisa dentro do prazo de que disponho para 
isso? 
 
 
42 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Justificativa 
A justificativa é o momento de responder a pergunta: Por que fazer essa 
pesquisa? É a demonstração do convencimento de que o trabalho é importante 
e precisa ser realizado. O texto deve destacar a relevância pessoal, 
acadêmica, profissional e social. 
 
 
Relevância pessoal 
De acordo com Pescuna e Castilho (2005, p.25), mostram por que o trabalho 
é importante para o pesquisador, que indica como surgiu a ideia do tema, qual a 
origem da curiosidade pelo assunto. É a parte mais pessoal da exposição do 
projeto, momento de se apontarem motivações e interesses ligados 
diretamente às circunstâncias da vida do pesquisador. 
 
 
43 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Relevância acadêmica 
Todo trabalho parte de resultados atingidos pela comunidade acadêmica e 
contribui para o aumento do conhecimento em determinada área. Nessa 
perspectiva, cada pesquisa realizada oferece uma contribuição para a Academia. 
Daí a importância de se apontar essa relevância no próprio projeto de pesquisa 
(PESCUNA; CASTILHO, 2005, P.26). 
 
 
Relevância profissional 
Pescuna e Castilho (2005, p.26) afirmam que uma das características d
a ciência moderna é ter uma aplicação prática no processo de dominação e 
transformação do mundo. O pesquisador deve destacar em seu projeto os usos 
teóricos e práticos dos resultados que espera alcançar. 
 
44 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Relevância social 
O pesquisador deve deixar clara qual a contribuição que seus estudos podem 
prestar nos aspectos político e social, ou seja, de que maneira o trabalho pode 
contribuir para um melhor conhecimento dos problemas da sociedade e de forma 
pode colaborar para melhorá-la. 
 
45 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Aula 11_Projeto de pesquisa II 
Referencial teórico 
É o quadro conceitual que será utilizado pelo pesquisador para fundamentar o 
trabalho. Não é uma simples relação de obras e autores, mas um estudo que 
evidencia diversos posicionamentos acerca do tema proposto. O pesquisador tem a 
oportunidade de mostrar seu conhecimento e posicionamento a respeito do tema 
(PESCUNA; CASTILHO, 2005, p.27). 
Os seguintes passos são úteis para a elaboração do referencial teórico: 
1. Fazer um levantamento de material impresso, como livros, artigos, revistas, 
teses, monografias, jornais, documentos, dissertações etc. 
2. Fazer um levantamento de material digital, como sites, artigos, revistas digitais 
etc. 
3. Ler detalhadamente o material encontrado. 
4. Fichar ou resumir todo o material, preocupando-se com as citações e referências. 
 
O referencial teórico não é uma carta com intenções, que somente elenca 
textos a serem lidos durante a pesquisa (PESCUNA; CASTILHO, 2005, p.27). 
 
Título 
Mesmo que provisório, é preciso que o título do trabalho esteja no projeto. 
Deve apresentar de maneira fiel, clara e objetiva, sugestiva e direta o conteúdo do 
trabalho, sintetizando o problema ou a hipótese (PESCUNA; CASTILHO,2005, p. 
31). 
46 
NÚCLEO COMUM 
 
 
 
Fonte: PESCUNA; CASTILHO, 2005. 
 
Delimitação do problema 
A etapa seguinte, depois da definição do tema e do problema de pesquisa, é 
a delimitação do problema. 
Os componentes de um grupo de pesquisa se debruçam sobre um 
determinado objeto de estudo. 
Esse objeto nasce, por assim dizer, da junção do tema e do problema que 
levantamos. 
Entretanto, o problema precisa ser delimitado. 
A delimitação é, por assim dizer, uma especialização do olhar. Um 
objeto de estudo mais definido permite analisar mais os detalhes. 
Para a delimitação do problema os pesquisadores Castilho e Pescuma 
indicam as seguintes questões: 
• Por que o tema escolhido precisa ser pesquisado? 
• Que tipo de informações permite limitar o tema? 
• Que tipo de informações permite fazer um recorte mais específico 
do tema? 
 
Outras considerações 
Delimitar é selecionar ou recortar, como fizemos com a obra As três 
idades, do pintor Gustav Klimt. 
47 
NÚCLEO COMUM 
 
 
 
Para delimitar o objeto ou tema 
Por exemplo, digamos que você pretende estudar o ensino de artes para 
crianças. 
Faça perguntas: 
• Para crianças de que idade? 
• Onde? 
• Quando? 
Desse modo, o seu tema, que era amplo - “ensino de artes para crianças” -, 
vai ficando cada vez mais específico: 
 
 
Objetivos 
Segundo Pescuna e Castilho (2005, p.31-32): 
Os objetivos mostram onde se pretende chegar com o trabalho de 
pesquisa. 
Apontam os resultados teóricos e práticos a serem alcançados. 
48 
NÚCLEO COMUM 
 
 
‘ 
Para serem atingidos, devem ser poucos e modestos em suas pretensões. 
Precisam sempre ser perseguidos pelo pesquisador, orientando o seu trabalho. Os 
objetivos devem ser formulados com a utilização de verbos no infinitivo, tais como: 
• Aplicar 
• Avaliar 
• Buscar 
• Caracterizar 
• Determinar 
• Enumerar 
• Formular 
• Encontrar 
• Explicar 
• Revelar 
Marconi e Lakatos (1992, p.102) colocam ainda a existência de dois tipos de 
objetivos: geral e específicos. 
 
Objetivo Geral 
Está ligado a uma visão global e abrangente do tema. Relaciona-se com o 
conteúdo intrínseco, quer dos fenômenos e eventos, quer das ideias 
estudadas. Vincula-se diretamente à própria significação da tese proposta pelo 
projeto. 
 
 
 
 
49 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Objetivos Específicos 
Apresentam caráter mais concreto. Têm função intermediária e instrumental, 
permitindo, de um lado, atingir o objetivo geral e, de outro, aplicar este a situações 
particulares. 
 
50 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Aula 12_Projeto de Pesquisa III 
Nessa aula, trataremos de alguns métodos utilizados em algumas pesquisas, 
como o questionário. 
Um instrumento de coleta de dados muito utilizado, em pesquisas é o 
questionário, que deve ser elaborado pelo pesquisador responsável para ser 
respondido pelo grupo de pessoas que estão servindo de parâmetros para o estudo. 
O questionário deve apresentar uma linguagem acessível ao grupo de 
pessoas que irão respondê-lo. Quanto mais objetiva e clara for a pergunta, maior a 
possibilidade de respostas importantes.Todo questionário deverá conter uma carta de explicação apresentando às 
etapas do projeto, o objetivo da pesquisa, as instruções precisas para a o seu 
preenchimento, incentivo para o preenchimento e agradecimento. 
O pesquisador poderá optar pelo questionário com identificação ou sem 
identificação do sujeito que está respondendo. Alguns pesquisadores preferem a 
segunda opção, pois, acreditam que a ausência de identificação garante a 
sinceridade nas respostas. Abaixo, encontra-se um modelo de questionário que 
podemos utilizar. 
 
Tipos de Questões 
 
Tipo 1: Itens 
Exemplo: Você estuda? 
 ( ) Sim ( ) Não 
 
Tipo 2: Respostas livres, abertas ou curtas; 
Exemplo: Que curso você estuda: ______________________________ 
 
Tipo 3. Itens de múltipla escolha; 
Exemplo: 
Quem paga a sua faculdade 
( ) Eu mesmo(a) 
( ) Meu pai 
51 
NÚCLEO COMUM 
 
 
( ) Minha mãe 
( ) Meu marido 
( ) Tenho bolsa integral 
 
Tipo 4. Questões mistas. 
Exemplo: 
Em Que cidade você mora 
( ) Santos 
( ) São Vicente 
( ) Praia Grande 
( ) Cubatão 
Outro: _____________________________________ 
 
Entrevista 
Outro instrumento de coleta de dados é a entrevista. O pesquisador deverá 
tomar muito cuidado na condução desse instrumento. É importante uma preparação 
adequada, seguir um plano de entrevista, para que as informações necessárias 
sejam obtidas. 
Podemos classificar as entrevista de dois modos: exploratória e de coleta de 
informações. 
O planejamento da entrevista poderá ser iniciado pela seleção dos 
entrevistados, conforme o critério da contribuição efetiva que possam dar ao 
trabalho. Deve incluir a própria elaboração das questões, além da ordem em que 
serão apresentadas para os entrevistados. 
Em algumas situações é prudente realizar entrevista prévia com alguém, o 
que facilitará a postura crítica no momento da entrevista de fato. 
Algumas dicas são importantes para uma boa entrevista. Uma relação de 
descontração com o entrevistado permite respostas mais satisfatórias. Tome 
cuidado para não criar situações embaraçosas frente ao entrevistado. Procure 
passar segurança no momento das perguntas. Seja objetivo para que a entrevista 
não se prolongue demasiadamente. 
52 
NÚCLEO COMUM 
 
 
As anotações são importantíssimas: não deixe de anotar nada que julgue 
relevante. É recomendada, a utilização de um gravador, para garantir ainda mais as 
respostas obtidas, porém é necessário pedir a anuência do entrevistado. 
 
53 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Aula 13_Pesquisa na Internet I 
Aprendendo a pesquisar na Internet 
Até há pouco tempo atrás, a única forma possível de pesquisar livros e outras 
publicações científicas era a consulta ao acervo de uma biblioteca. Isso acarretava 
alguns problemas, principalmente para aqueles que vivem distantes dos grandes 
centros, onde é mais fácil encontrarem-se as bibliotecas com os acervos mais 
completos. 
Com o surgimento da internet, o acesso a trabalhos científicos ficou muito 
mais fácil. Sites de buscas ou browsers, como por exemplo, Google, Bing, Yahoo e 
outros, dão acesso virtualmente a uma infinidade de textos. Contudo, a internet 
também coloca alguns obstáculos para o pesquisador, e talvez o maior deles seja 
saber onde e como pesquisar. 
Vamos supor que você esteja querendo pesquisar sobre brinquedotecas. Ao 
digitar a palavra brinquedoteca no Google e pesquisar, você receberá mais de um 
milhão e trezentos mil resultados1! E agora, como saber por onde começar? Muitos 
sites da internet tem um conteúdo pouco confiável... Qual escolher? 
Nesta aula, vamos aprender como fazer pesquisas na internet. 
Como fazer uma boa pesquisa na internet? 
Agulha no palheiro: como refinar os resultados de uma busca 
Para fazer uma pesquisa, é preciso começar selecionando quais resultados 
merecem ser lidos, pois é praticamente impossível consultar os milhares e até 
milhões de links que aparecem numa pesquisa simples no Google. Por isso, 
é importante aprender a refinar os resultados da pesquisa. 
 
Por exemplo: 
Vamos imaginar que você queira achar um site sobre citações de textos 
utilizados, mostrando a forma correta de fazê-las em uma monografia. Se você 
colocar apenas a palavra “citação” no Google, vai receber resultados 
de citação como um termo jurídico, e também citação como frases e 
pensamentos de autores. Mas a citação que você procura é a citação 
bibliográfica. Então, para obter apenas resultados neste assunto, digite “citação 
54 
NÚCLEO COMUM 
 
 
bibliográfica”, assim entre aspas, pois desta forma o programa de buscas vai 
procurar a expressão exatamente como foi escrita entre as aspas. 
Veja a diferença da pesquisa no Google: 
Termo citação: aproximadamente 20.000.000 resultados 
Termo “citação bibliográfica”: aproximadamente 20.300 resultados 
 
Conteúdo confiável na Internet 
É possível confiar na Internet? 
Na internet, a máxima “quantidade não é sinônimo de qualidade” nunca foi tão 
verdadeira! O fato de aparecerem milhares de resultados numa busca não significa 
que os seus problemas acabaram – eles podem estar apenas começando, pois é 
preciso saber se o conteúdo de um site é confiável ou não. 
O fato de uma informação estar publicada na internet não significa que ela 
seja verdadeira – muito pelo contrário. São famosas as histórias sobre sites que 
divulgam versões inventadas que vão sendo divulgadas, gerando verdadeiras 
“lendas virtuais”, mas que não tem fundamento. 
Outro problema é a fonte pesquisada ser de má qualidade ou de origem 
duvidosa e até mesmo ilícita, o que é o caso das autorias – quando você pensa que 
está consultando o verdadeiro autor de um texto, mas na verdade está diante de um 
plágio. Mas sobre o problema da cópia falaremos bastante nas próximas aulas. 
Quando se trata de um trabalho científico, o problema é ainda mais grave. As 
fontes de pesquisa de uma monografia cuja metodologia seja a pesquisa 
bibliográfica tem que ser confiáveis, de autores respeitados e consagrados na 
literatura da área. Portanto, se o seu tema de pesquisa é psicopedagogia ou 
alfabetização, você terá que consultar obrigatoriamente autores como Alícia 
Fernandez e Emília Ferreiro respectivamente, que são referências nestas áreas. 
Não é possível basear uma argumentação científica sobre um texto curto de um site 
obscuro, cujo autor (quando aparece o nome do autor) não faz nenhuma referência 
aos autores consagrados na área da pesquisa. O seu trabalho pode ficar 
empobrecido, o que certamente não é o seu objetivo. 
 
 
55 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Wikipédia, a maior “amiga” do estudante. 
Você provavelmente já ouviu falar na Wikipédia, a enciclopédia virtual. A 
Wikipédia é uma enciclopédia livre ou de conteúdo livre, o que significa que os 
textos têm normas de direito autorais mais flexíveis, permitindo que possam ser 
copiados e até editados por quem acessa os conteúdos. É uma proposta bastante 
interessante, mas pode ser desastrosa se mal utilizada, principalmente com 
finalidades acadêmicas. 
Por mais cuidado que a Wikipédia possa tomar com a colocação de 
informações enganosas em seus verbetes, a Wikipédia não pode ser considerada 
uma fonte consistente de pesquisa. É muito útil para uma primeira abordagem, 
quando se está conhecendo um assunto novo, e também é fonte de várias 
informações – se uma informação não está disponível em português pode ser 
achada em outras línguas, mas não dá para apresentar um trabalho 
acadêmico baseado na Wikipédia, na verdade em um trabalho científico deve ser 
evitado a utilização do Wikipédia como referência. As fontes básicas de um 
trabalho devem ser mais consistentes. 
 
Dá para fazer um trabalho unicamente com documentos da internet? 
Até é possível, caso o assunto da monografia tenha suas fontes principais na 
internet. Mas se estas fontes não estão na internet, então precisam ser consultadas 
em forma de livros ou CD-ROM,como estiverem disponíveis. Se aquele livro 
fundamental daquele autor de referência para seu trabalho não estiver na internet, 
você terá que consultá-lo numa biblioteca, à moda antiga. 
 
Afinal, onde pesquisar? 
O local mais apropriado para a pesquisa acadêmica são as bases de dados, 
que serão explicadas na próxima aula. 
 
SAIBA MAIS 
Enciclopédia: dá para confiar na Wikipédia? 
Não, assim como não dá para confiar 100% em nenhuma fonte única de 
pesquisa. Mas isso não quer dizer que a Wikipédia não seja um bom ponto de 
56 
NÚCLEO COMUM 
 
 
partida. Existe um bom motivo para que 7,8 milhões de internautas a acessem todos 
os dias. “A Wikipédia já é uma grande referência”, afirma a professora Elizabeth 
Saad Corrêa, da Escola de Comunicações e Artes da USP. Veja o caso dos 
verbetes sobre temas científicos. Em 2005, a revista Nature fez uma comparação 
entre 42 artigos da enciclopédia virtual e da tradicionalíssima Britannica. Identificou 
162 erros na Wikipédia e 123 na Britannica. 
A maior enciclopédia da web surgiu em 2001. Seu nome vem de wiki -wiki, 
termo havaiano para “veloz”. Em setembro, tinha 8,2 milhões de artigos, que 
somavam 1,41 bilhão de palavras em 253 línguas – algumas pouco faladas, como o 
dialeto romanhol do norte da Itália, outras inventadas, como o klingon (de Jornada 
nas Estrelas). 
Como é possível que uma enciclopédia escrita e editada por leigos voluntários 
funcione? “A Wikipédia dá certo porque tem uma hierarquia definida e regras claras 
de conduta. O vandalismo é corrigido com rapidez”, responde Fernanda Viegas, 
pesquisadora do Instituto de Tecnologia de Massachusetts. Tente apagar um 
verbete e em minutos um editor, informado por e-mail, terá resgatado a versão 
anterior. 
Mas ainda há furos. No início deste ano, veio à tona um esquema de 
sabotagem e autopromoção na enciclopédia, com gente da Apple editando o verbete 
da Microsoft e o site MySpace removendo informação negativa de seu próprio 
verbete, entre outras coisas. Para evitar coisas assim, medidas extremas estão 
sendo estudadas: a Wikipédia alemã, por exemplo, deve limitar a edição a 
colaboradores pré-selecionados. 
 
A hierarquia Wiki 
Dos internautas comuns aos reis da cocada preta, saiba quem faz o site 
 
Leitor 
Quem é: O usuário que visita o site para se informar. 
Quantos são: Aproximadamente 7,8 milhões por dia. 
57 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Atribuições: Não procura por erros nem se dispõe a editar nenhum artigo. No 
máximo, posta algum recado na página de discussões, que pode influenciar os 
editores. 
Poder: Nenhum. 
 
Editor 
Quem é: Qualquer internauta que entre em um artigo para alterá-lo. 
Quantos são: Cerca de 3 milhões por dia. 
Atribuições: Retirar, acrescentar ou corrigir informações de um verbete. 
Ou criar novos tópicos. 
Poder: Limitado. Suas contribuições dependem da aprovação dos 
administradores. 
 
Administrador 
Quem é: Um super editor eleito (ou indicado por outro editor) por causa da 
frequência e da qualidade de suas colaborações. 
Quantos são: 1 342. 
Atribuições: Apagar ou bloquear páginas problemáticas e recuperar versões 
anteriores de verbetes vítimas de vandalismo. 
Poder: Grande. 
 
Burocrata 
Quem é: O chefe dos administradores. 
Quantos são: 22 no mundo inteiro (algumas línguas não têm nenhum 
administrador). 
Atribuições: Resolve pendências entre administradores. Pode “demitir” 
editores mal-intencionados que sabotam artigos da Wikipédia. 
Poder: Gigantesco. 
 
Steward 
Quem é: O juiz da Wikipédia. 
Quantos são: 30. 
58 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Atribuições: Em caso de conflito entre diferentes instâncias (burocratas e 
administradores, por exemplo), é ele que decide quem tem razão. Também pode 
promover ou rebaixar pessoas de seus cargos, sem votação. 
Poder: Descomunal. 
 
Como saber se o verbete wiki é confiável 
 
Estrela 
Artigos bem escritos, estáveis, que contêm citações confiáveis e não são 
tendenciosos podem ganhar uma estrela e ser mencionados como “bons artigos”. 
Eles podem ser eleitos, por indicação de qualquer internauta, ou escolhidos pelos 
administradores e pelos burocratas. Em inglês, dos 2 milhões de verbetes 
disponíveis no começo de outubro, aproximadamente 1 630 eram considerados 
bons. Em português, eram 260 artigos dentre os 288 mil disponíveis. 
 
Normal 
São os artigos comuns, relevantes e bem escritos, mas que ainda não 
atingiram alto nível de qualidade. 
 
Bloqueado 
Em 25 de setembro, um administrador bloqueou a página do Corinthians. O 
motivo: depois de perder para o arquirrival Palmeiras dois dias antes, o clube estava 
ameaçado de cair para a 2ª divisão do Campeonato Brasileiro. Depois de dois dias 
apagando edições de insulto, o administrador optou por bloquear o verbete para 
qualquer tipo de modificação. 
 
Suspeito 
Quando uma informação importante aparece no verbete sem a devida 
citação, é comum que os editores façam um alerta avisando do problema. Quando o 
artigo é cheio de furos assim, ele ganha um selo logo no topo, alertando que o texto 
precisa de “faxina” e pode não ser confiável. 
 
59 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Cancelado 
A Super criou o verbete “Tiago Cordeiro”, com a biografia do autor deste 
texto, com apenas duas palavras: “jornalista paranaense”. Cinco minutos depois, um 
administrador de Portugal julgou o artigo improcedente e o indicou para 
eliminação. 
(CORDEIRO, T. Enciclopédia: dá para confiar na Wikipédia? 
Superinteressante. http://super.abril.com.br/cultura/enciclopedia-confiar- Wikipédia-
447257.shtml> . Acesso em 9 de junho de 2010) 
 
SAIBA MAIS 
Jovem engana imprensa mundial com dado falso na web 
Jornais internacionais publicaram, no mês passado, uma informação falsa no 
obituário do compositor francês Maurice Jarre, morto em 29 de março último. A 
causa da publicação foi uma citação falsamente atribuída ao compositor, colocada 
por um estudante irlandês na enciclopédia online Wikipédia, reproduzida pela 
imprensa. 
Conforme publicou nesta quarta-feira o The Irish Times, a citação falsamente 
atribuída a Jarre apareceu nos obituários de jornais britânicos como The Guardian, 
The Independent, na revista de música da BBC e em diferentes jornais da Índia e da 
Austrália. 
Segundo a Wikipédia, Jarre teria dito o seguinte: "Pode-se dizer que minha 
vida foi uma longa trilha sonora. A música foi minha vida, a música me dava vida e 
pela música serei lembrado muito depois de deixar esta vida. Quando eu morrer 
será tocada uma última valsa em minha cabeça, que somente eu poderei escutar." 
Mas as frases não são do compositor francês. Elas saíram da imaginação do 
irlandês Shane Fitzgerald, 22 anos, estudante de economia e sociologia no Trinity 
College em Dublin. Ele disse ao The Irish Times que queria apenas "fazer uma 
experiência" sobre o fenômeno da globalização. 
Fitzgerald explicou que desejava demonstrar como os jornalistas usam a 
internet como principal fonte de informação e como a população está conectada por 
meio da rede. Ele escolheu a Wikipédia porque é uma ferramenta muito utilizada 
http://super.abril.com.br/cultura/enciclopedia-confiar-%20Wikipédia-447257.shtml
http://super.abril.com.br/cultura/enciclopedia-confiar-%20Wikipédia-447257.shtml
60 
NÚCLEO COMUM 
 
 
pelos profissionais da informação, e porque seus conteúdos podem ser editados e 
modificados por qualquer um. 
Os moderadores da enciclopédia online retiraram em questão de minutos a 
"nova informação", publicada por Fitzgerald pouco depois de saber do falecimento 
de Jarre, já que esta não tinha fontes de referência. Mas o 
parágrafo permaneceu durante mais de 24 horas no ar pois o estudante 
continuou colocando-o repetidamente na web. 
"Não esperava que a brincadeira fosse chegar tão longe. Esperava que 
aparecesse em blogs e em algumas páginas da internet, mas em 'jornaisde 
qualidade'? Me surpreendi muito", declarou o estudante. 
O engano não foi detectado pelos órgãos de imprensa, até que o próprio 
Fitzgerald enviou e-mails alertando-os que a informação publicada era falsa. 
"Creio que não descobririam se eu não houvesse avisado", acrescentou o 
jovem, que não se considera um especialista em informática. 
Ainda que o parágrafo sobre Jarre tenha sido retirado da Wikipédia e das 
bases de dados dos jornais afetados, ainda pode ser lida em dezenas de blogs e 
jornais eletrônicos, de acordo com o The Irish Times. 
(fonte:Terra.–.Tecnologia. <http://super.abril.com.br/cultura/enciclopediada-para-
confiar-na-wikipedia>.Acessado em 19 de Fevereiro de 2016). 
 
61 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Aula 14_Pesquisa na Internet II 
Base de Dados 
As bases de dados são sites que oferecem acesso a documentos 
acadêmicos, como artigos, periódicos (revistas científicas), teses e dissertações. 
São conhecidas como bibliotecas virtuais, e são as fontes mais confiáveis para a 
pesquisa na internet. Nelas, você pode consultar por palavras, assuntos, autores e 
ano de publicação, entre outras possibilidades. O funcionamento destas bases de 
dados é parecido com o de buscadores como o Google, só que as buscas 
acontecem apenas dentro do acervo da base de dados, o que dá muito mais 
segurança e resultados efetivos. 
Vamos ver a seguir as principais bases de dados em português. Para fazer 
um levantamento do “estado da arte” na área em que você está pesquisando, e 
verificar o quanto já se pesquisou ou não neste assunto, é imprescindível consultar 
uma ou mais destas bases. 
 
Google Acadêmico 
http://scholar.google.com.br 
 
O Google Acadêmico fornece uma maneira simples de pesquisar literatura 
acadêmica de forma abrangente. Você pode pesquisar várias disciplinas e fontes 
em um só lugar: artigos revisados por especialistas (peer-rewiewed), teses, livros, 
resumos e artigos de editoras acadêmicas, organizações profissionais, bibliotecas 
de pré-publicações, universidades e outras entidades acadêmicas. O 
Google Acadêmico classifica os resultados de pesquisa segundo a relevância, e 
http://scholar.google.com.br/
62 
NÚCLEO COMUM 
 
 
as referências mais úteis são exibidas no começo da página. A tecnologia de 
classificação do Google leva em conta o texto integral de cada artigo, o autor, a 
publicação em que o artigo saiu e a frequência com que foi citado em outras 
publicações acadêmicas. 
 
SciELO 
http://www.scielo.br 
 
A Scientific Electronic Library Online - SciELO é uma biblioteca eletrônica que 
abrange uma coleção selecionada de periódicos científicos brasileiros. A 
SciELO é o resultado de um projeto de pesquisa da FAPESP - Fundação de Amparo 
à Pesquisa do Estado de São Paulo, em parceria com a BIREME - Centro Latino-
Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde e CNPq - Conselho 
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. O projeto tem por objetivo o 
desenvolvimento de uma metodologia comum para a preparação, armazenamento, 
disseminação e avaliação da produção científica em formato eletrônico. Atualmente, 
a SciELO dá acesso ao texto completo a cerca de 2800 periódicos do Brasil e da 
América Latina, além de Portugal e Espanha. 
 
 
 
 
 
 
http://www.scielo.br/
63 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Portal de Periódicos Capes 
http://www.periodicos.capes.gov.br 
 
 
O Portal de Periódicos da Capes oferece acesso aos textos completos de 
artigos de mais de 11.180 revistas internacionais, nacionais e estrangeiras, e a mais 
de 90 bases de dados com resumos de documentos em todas as áreas do 
conhecimento. Inclui também uma seleção de importantes fontes de informação 
acadêmica com acesso gratuito na Internet. O acervo completo deve ser acessado 
pelos computadores em bibliotecas das universidades credenciadas, mas também 
há textos disponíveis para acesso livre. 
 
DEDALUS - Catálogo on-line das Bibliotecas USP 
http://dedalus.usp.br/F?RN=10894443 
 
 
http://www.periodicos.capes.gov.br/
http://143.107.73.17/F?RN=240867129
64 
NÚCLEO COMUM 
 
 
O Dedalus faz parte do SIBiUSP, que é o Sistema Integrado de Bibliotecas da 
Universidade de São Paulo, que integra 43 bibliotecas de faculdades 
distribuídas em seis campi universitários, com acervo total de mais de 6 
milhões de volumes, e possibilita pesquisar o acervo de todas as bibliotecas da 
USP. 
 
CRUESP - Portal dos Sistemas de Bibliotecas das Universidades Estaduais 
Paulistas 
http://www.sibi.usp.br 
 
Integra os acervos das bibliotecas da USP, Unicamp e UNESP. 
 
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP 
http://www.teses.usp.br 
 
 
http://www.teses.usp.br/
65 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Acesso a textos completos de teses e dissertações da USP. 
 
Domínio Público 
http://www.dominiopublico.gov.br 
 
 
O Portal Domínio Público coloca à disposição dos usuários uma biblioteca 
virtual de referência para professores, alunos, pesquisadores e para a população 
em geral. Este portal constitui-se em um ambiente virtual que permite a coleta, 
a integração, a preservação e o compartilhamento de conhecimentos, sendo seu 
principal objetivo o de promover o amplo acesso às obras literárias, artísticas e 
científicas (na forma de textos, sons, imagens e vídeos), já em domínio público ou 
que tenham a sua divulgação devidamente autorizada, que constituem o patrimônio 
cultural brasileiro e universal. 
 
O problema da cópia 
Cópias da internet ou a era do “Ctrl+C, Ctrl+V” 
A "cópia" não foi inventada juntamente com a Internet, mas, certamente, ela 
tem propiciado o crescimento dessa prática, dada a facilidade de se acessar os 
textos disponibilizados em meio digital e, considerando-se, além disso, a quantidade 
de textos disponibilizados. 
http://www.dominiopublico.gov.br/
66 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Num linguagem bastante informal, poderíamos dizer que "copiar" uma 
resposta ou um trabalho inteiro, torna-se uma tentação: bastam poucos movimentos 
do mouse e do teclado e pronto! Eis um trabalho inteirinho, em poucos minutos. 
Entretanto, devemos lembrar o por que das escolas solicitarem os trabalhos 
escritos. Eles não servem somente para que o aluno "ganhe uma nota". Na verdade, 
os trabalhos escritos - sejam curtos ou longos - constituem uma etapa fundamental 
na construção de conhecimentos, talvez até a mais importante etapa. 
No momento da escrita realizam-se a organização do pensamento, a 
abstração e a síntese necessárias para a consolidação do conhecimento. 
Na Unimes Virtual as cópias não são aceitas. Assim que identificarem uma 
cópia, os professores orientadores poderão recusar o trabalho e solicitar uma nova 
entrega dentro do prazo estabelecido (UNIMES VIRTUAL, 2010). 
 
Monge copista 
 
SAIBA MAIS 
Conheça as orientações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de 
Nível Superior – CAPES sobre combate ao plágio 
Brasília (4/01/2011) - A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de 
Nível Superior (Capes) recomenda, com base em orientações do Conselho Federal 
da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que as instituições de ensino públicas e 
privadas brasileiras adotem políticas de conscientização e informação sobre a 
propriedade intelectual, adotando procedimentos específicos que visem coibir a 
prática do plágio quando da redação de teses, monografias, artigos e outros textos 
67 
NÚCLEO COMUM 
 
 
por parte de alunos e outros membros de suas comunidades. 
A orientação é proveniente de proposição da Comissão Nacional de Relações 
Institucionais e da Seccional da OAB/Ceará (n.2010.19.07379-01) aprovada pelo 
referido Conselho em sessão plenária no dia 19 de outubro de 2010. O texto ressalta 
que as ferramentas tecnológicas da informática e o advento da internet 
proporcionam acesso irrestrito a muitos bancos de dados oficiais e particulares e 
que algumas distorções advindas desta facilidade de acesso eletrônicotêm gerado 
preocupações no sentido da prática nociva de copiar e colar textos. “Além da prática 
ilegal de apropriar-se da obra de terceiros sem autorização e sem a referência 
devida, o procedimento nefasto infecciona a pesquisa, produzindo danos 
irreparáveis.” 
A OAB recomenda o uso de softwares que fazem a leitura eletrônica do texto 
(artigo, monografia, dissertação ou tese). Em seguida, realizam rastreamento 
comparativo em vários sites de busca na internet e em base de dados, verificando 
se o autor copiou frase ou parágrafo, por exemplo, identificando a base de dados e o 
texto copiado. A OAB orienta ainda que, por não se tratar de programa absoluto, 
procedimentos internos nas instituições acadêmicas devem ser adotados para aferir 
se houve ou não plágio. Um deles, citado como necessário, é que as instituições 
criem comissão que avalie os resultados obtidos pelo software de forma objetiva, 
aferindo o grau de gravidade no caso dos textos copiados. 
A Capes concorda com as orientações da Ordem dos Advogados do Brasil e 
reforça a necessidade de combate ao plágio onde quer que este se manifeste. 
(Fonte: CAPES - Ministério da Educação. Orientações Capes - combate ao 
plágio. Disponível em <http://www.capes.gov.br/acessoainformacao/informacoes-
classificadas/72-salaimprensa/destaques/4445-orientacoes-capes-combate-ao-
plagio). Acessado em 19 de Fevereiro de 2016. 
 
SAIBA MAIS 
Aprenda um pouco mais sobre direitos autorais 
 
O que são direitos autorais 
Os direitos autorais lidam basicamente com a imaterialidade, principal 
68 
NÚCLEO COMUM 
 
 
característica da propriedade intelectual. Estão presentes nas produções artísticas, 
culturais, científicas etc. 
 
Obras intelectuais protegidas 
São obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por 
qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou 
que se invente no futuro. Estão incluídos aqui textos de obras literárias, artísticas ou 
científicas; conferências, obras dramáticas, obras audiovisuais e cinematográficas, 
obras fotográficas, desenho, pintura, gravura, escultura, ilustrações e mapas, entre 
outros. 
 
O que não precisa de proteção 
Ideias, procedimentos normativos, sistemas, métodos, projetos ou conceitos 
matemáticos; esquemas, planos ou regras para realizar atos mentais, jogos ou 
negócios; formulários em branco para serem preenchidos por qualquer tipo de 
informação; textos de tratados ou convenções, leis, decretos, regulamentos, 
decisões judiciais e atos oficiais; calendários, agendas etc.; aproveitamento 
industrial ou comercial das ideias contidas nas obras. 
 
O autor e seus direitos 
Autor é a pessoa física criadora de obra literária, artística ou científica. Os 
direitos morais e patrimoniais sobre a obra pertencem ao autor que a criou. O autor 
pode reivindicar, a qualquer tempo, a autoria da obra; ter seu nome ou pseudônimo, 
ou mesmo sinal convencional indicado ou anunciado, como sendo autor, na 
utilização de sua obra; tem o direito de assegurar a integridade da obra, opondo-se a 
quaisquer modificações que possam prejudicá-la ou atingi-lo como autor, em sua 
reputação ou honra. O autor pode ainda modificar a obra, antes ou depois de 
utilizada; pode retirar de circulação ou suspender qualquer forma de utilização já 
autorizada, quando a circulação ou utilização implicarem afronta à sua reputação. 
Os direitos morais do autor são inalienáveis e irrenunciáveis. 
 
 
69 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Não constitui ofensa aos direitos autorais 
Artigos de periódicos – A reprodução de notícia, artigo informativo, discursos 
pronunciados em reuniões públicas publicadas em jornais ou revistas, desde que se 
mencione o nome do autor, se assinados, ou da publicação de onde 
foram transcritos. 
Citação – É lícito citar em livros, jornais e revistas ou qualquer outro meio de 
comunicação, trechos de qualquer obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na 
medida justificada para se atingir determinada finalidade, desde que se indique o 
nome do autor e as fontes bibliográficas da obra. 
 
A internet e os direitos autorais 
A recente explosão da informática está provocando o surgimento de uma 
nova cultura, com novos conceitos de comercialização. Um dos problemas básicos 
em discussão sobre a Internet ainda é definir se ela é uma mídia impressa, como 
jornais, revistas ou livros. Se fosse, estaria fora de qualquer controle ou censura. 
Caso seja do tipo não impressa, estaria submetida aos regulamentos 
correspondentes. 
Outro fator que complica a análise da Internet é que ela não tem um 
proprietário definido, um autor; é livre, qualquer um que tenha o devido equipamento 
pode acessá-la. Nesse caso, como fica a propriedade intelectual? Já existe alguma 
legislação sobre isso? 
O importante a ressaltar é que todas as obras intelectuais (livros, vídeos, 
filmes, fotos, obras de artes plásticas, música, intérpretes etc.), mesmo quando 
digitalizadas não perdem sua proteção, portanto, não podem ser utilizadas sem 
prévia autorização. 
Apesar de qualquer pessoa que tenha acesso à Internet poder inserir nela 
material e qualquer outro usuário poder acessá-lo, "os direitos autorais continuam a 
ter sua vigência no mundo online, da mesma maneira que no mundo físico. A 
transformação de obras intelectuais para bits em nada altera os direitos das obras 
originalmente fixadas em suportes físicos" (Gandelman1, p. 154). 
 
 
70 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Reprodução e cópias na Internet 
O autor tem todo o direito de autorizar a reprodução de sua obra no meio que 
quiser, incluindo aí a Internet. O que se questiona é o que o usuário pode fazer com 
esse material. É claro que se ele faz uma cópia de determinado material protegido e 
pretende usá-la será necessária a autorização do autor. 
Qualquer texto, home page ou site que apresentar criatividade e forma 
original, é protegido, necessitando de autorização para ser reproduzido. 
A grande facilidade de reprodução e distribuição de cópias sem autorização; a 
facilidade de criar "verdadeiras" obras derivadas através da digitalização e a 
facilidade de utilização de textos e imagens oferecidos pela Internet de forma ilegal 
são alguns dos vários modos de como os direitos autorais são burlados. 
Assim como a cópia xerográfica é um crime, que continua sendo praticado 
abertamente principalmente nas universidades através dos vários centros 
acadêmicos, formando-se às vezes verdadeiras fontes de renda, as violações dos 
direitos autorais pelos usuários da Internet estão se tornando igualmente comuns, de 
modo que quase ninguém acredita num controle legal, ainda mais sem uma 
legislação própria. 
Todas essas violações seriam legais se fosse pedida a autorização ao titular 
dos direitos. Para que isso aconteça é preciso que se criem leis claras e não um 
emaranhado trabalhoso de normas que, no fundo, tornarão o licenciamento muito 
oneroso. Enquanto isso não ocorre, estamos fadados a conviver com esse 
submundo ilegal de violações dos direitos autorais. 
A Internet está criando um verdadeiro caos à medida que rompe qualquer 
barreira, pois torna a proteção aos direitos autorais – que atualmente é territorial – 
obsoleta. É preciso, portanto, que se crie um código universal plenamente funcional. 
Do contrário, vamos continuar nos perguntando "de quem é a responsabilidade 
sobre os direitos autorais na Internet?", e não dando nenhuma solução satisfatória. 
 
(Fonte: MARTINS FILHO, Plínio. Direitos autorais na Internet. Disponível em 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-
19651998000200011). Acessado em 19 de Fevereiro de 2016. 
 
http://www.scielo.br/%20scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-19651998000200011
http://www.scielo.br/%20scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-19651998000200011
71 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Aula 15_Objetivos da Pesquisa 
Objetivos da Pesquisa 
Em relação aos objetivos, apesquisa é classificada em três tipos: pesquisa 
explicativa, pesquisa exploratória e pesquisa descritiva. 
 
Pesquisa Explicativa 
Andrade (2002) define a pesquisa explicativa como: 
“... a pesquisa explicativa é um tipo de pesquisa mais complexa, pois, além 
de registrar, analisar, classificar e interpretar os fenômenos estudados 
procura identificar seus fatores determinantes. A pesquisa explicativa tem 
por objetivo aprofundar o conhecimento da realidade, procurando a razão, o 
porquê das coisas e por esse motivo está mais sujeita a erros”. 
 
A Pesquisa Explicativa tem o objetivo de tentar identificar todos os fatores que 
contribuem ou que são determinantes para que ocorra algum tipo de fenômeno. 
Dessa forma, ela tende a aprofundar o conhecimento, explicando a “razão” e o “por 
que” da ocorrência de determinados fatos. Quando a pesquisa é relacionada à área 
das ciências naturais, requer um método experimental, entretanto, quando 
relacionada à área das ciências sociais, o método é o observacional. A pesquisa 
explicativa pode assumir duas formas, a Pesquisa Experimental e a Pesquisa Ex-
post-facto. 
 
Pesquisa Exploratória 
 Quando há pouco ou nenhum conhecimento sobre determinado assunto, a 
pesquisa é considerada de caráter exploratório, por meio desse tipo de pesquisa, 
busca-se conhecer com maior profundidade o tema objeto esclarecendo-o e 
construindo questões importantes no decorrer da pesquisa. 
A pesquisa de caráter exploratório tende a provocar uma maior aproximação, 
uma maior familiaridade com o problema tornando-o mais explícito ou facilitando na 
construção de hipóteses. Esse tipo de pesquisa é feita a partir de levantamento de 
dados bibliográficos, análise de exemplos, entrevistas com pessoas que já passaram 
por experiências oriundas do problema pesquisado. 
 
72 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Em geral, a pesquisa exploratória tende a ser uma Pesquisa Bibliográfica ou 
um Estudo de Caso. 
Portanto, Gil (1999) destaca que: 
“a pesquisa exploratória é desenvolvida no sentido de proporcionar uma 
visão geral acerca de determinado fato. Portanto, esse tipo de pesquisa é 
realizado, sobretudo, quando o tema escolhido é pouco explorado e torna-
se difícil formular hipóteses precisas e operacionalizáveis”. 
 
Já Andrade (2002) ressalta algumas finalidades consideradas primordiais: 
“proporcionar maiores informações sobre o assunto que se vai investigar; 
facilitar a delimitação do tema de pesquisa; orientar a fixação dos objetivos 
e a formulação das hipóteses; ou descobrir um novo tipo de enfoque sobre 
o assunto”. 
 
Pesquisa Descritiva 
A pesquisa descritiva poderia ser classificada como um estudo intermediário, 
pois ao compará-la com as pesquisas explicativa e exploratória, verificamos que ela 
não possui um conteúdo tão aprofundado como a pesquisa explicativa e também 
não é tão preliminar como a pesquisa exploratória. Sendo assim, quando o intuito é 
descrever as características de uma determinada espécie, população, um fenômeno 
ou estabelecer uma relação entre determinadas variáveis, trata-se então de uma 
pesquisa descritiva, pois é feita por meio de técnicas padronizadas de coleta de 
dados, uso de questionários validados e observações sistematizadas, ou seja, a 
pesquisa descritiva possui três objetivos fundamentais: identificar, relatar e 
comparar. 
 A pesquisa descritiva tende a ser caracterizada como um Levantamento. 
Dessa forma, Andrade (2002) explica que: 
“a pesquisa descritiva preocupa-se em observar os fatos, registrá-los, 
analisá-los, classificá-los e interpretá-los, e o pesquisador não interfere 
neles. Assim, os fenômenos do mundo físico e humano são estudados, mas 
não são manipulados pelo pesquisador”. 
 
 
 
73 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Entretanto, Triviños (1987), diz que a pesquisa descritiva: 
“... exige do pesquisador uma delimitação precisa de técnicas, métodos, 
modelos e teorias que orientarão a coleta e interpretação dos dados, cujo 
objetivo é conferir validade científica à pesquisa. A população e a amostra 
também devem ser delimitadas, assim como os objetivos, os termos, as 
variáveis, as hipóteses e as questões de pesquisa”. 
 
Na próxima aula continuaremos a discutir acerca dos tipos de pesquisas, que 
irão abordar os procedimentos técnicos. Bons estudos! 
 
74 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Aula 16_Pesquisa: Procedimentos Técnicos 
 Procedimentos técnicos 
Quando falamos de procedimentos técnicos, a pesquisa assume outras 
características, tais como: pesquisa bibliográfica, pesquisa documental, pesquisa 
experimental, Levantamento, Estudo de Caso, Pesquisa Ex-post-facto, Pesquisa 
Ação e Pesquisa Participante. 
Sob a visão de Gil (1991), vejamos as peculiaridades de cada uma. 
 
“Pesquisa Bibliográfica: quando elaborada a partir de material já publicado, 
constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e atualmente com material 
disponibilizado na Internet”. 
 
“Pesquisa Documental: quando elaborada a partir de materiais que não 
receberam tratamento analítico”. 
 
“Pesquisa Experimental: quando se determina um objeto de estudo, 
selecionam-se as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definem-se as 
formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto”. 
 
“Levantamento: quando a pesquisa envolve a interrogação direta das 
pessoas cujo comportamento se deseja conhecer”. 
 
“Estudo de caso: quando envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou 
poucos objetos de maneira que se permita o seu amplo e detalhado conhecimento”. 
 
“Pesquisa Ex-post-Facto: quando o “experimento” se realiza depois dos 
fatos”. 
 
“Pesquisa-Ação: quando concebida e realizada em estreita associação com 
uma ação ou com a resolução de um problema coletivo. Os pesquisadores e 
participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo 
cooperativo ou participativo”. 
75 
NÚCLEO COMUM 
 
 
 “Pesquisa Participante: quando se desenvolve a partir da interação entre 
pesquisadores e membros das situações investigadas”. 
 Na próxima aula, você irá aprender sobre os métodos científicos utilizados 
em uma pesquisa. Boa leitura e não se esqueça de participar das atividades 
previstas no semestre. 
 
76 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Aula 17_Métodos Científicos 
Os processos utilizados em uma investigação científica para que os objetivos 
sejam atingidos, são denominados de método científico. 
O método científico é definido por um conjunto de processos ou operações 
mentais que se devem empregar na investigação, é a linha de raciocínio que é 
adotada na elaboração e execução da pesquisa. (Gil, 1999; Lakatos, Marconi, 1993). 
Os métodos científicos que baseiam a investigação são: 
Dedutivo; 
Indutivo; 
Hipotético-dedutivo; 
Dialético; 
Fenomenológico. 
Vamos analisar as bases lógicas que cada método é embasado. 
 
Método dedutivo 
René Descartes juntamente com outros racionalistas propôs esse método que 
pressupõe que “só a razão é capaz de levar ao conhecimento verdadeiro”. 
O raciocínio dedutivo tem o objetivo de explicar um determinado conteúdo por 
meio de uma cadeia lógica de raciocínio, analisando do geral para o particular, 
chegando a uma conclusão, ou seja, partindo de duas premissas, chega-se a uma 
terceira considerada como conclusão. Um clássico e famoso exemplo de raciocínio 
dedutivo é exibido no quadro abaixo, observe: 
 
77 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Método Indutivo 
Proposto pelos empiristas como Locke e Bacon, o método indutivo considera 
que o conhecimento fundamenta-se a partir das experiências, não devendo ser 
levado em conta os princípios pré-estabelecidos. 
No raciocínio indutivo, as observações levam a realidade concreta, as 
constatações particulares devem levar à elaboração das generalizações. 
Outro exemplo bem clássico é apresentado no quadro abaixo, observe: 
 
 
Método Hipotético-Dedutivo 
Popper propôs o método hipotético-dedutivo baseando-sena seguinte linha 
de raciocínio: 
“quando os conhecimentos disponíveis sobre determinado assunto são 
insuficientes para a explicação de um fenômeno, surge o problema. Para 
tentar explicar a dificuldades expressas no problema, são formuladas 
conjecturas ou hipóteses. Das hipóteses formuladas, deduzem-se 
consequências que deverão ser testadas ou falseadas. Falsear significa 
tornar falsas as consequências deduzidas das hipóteses”. 
 
Enquanto no método dedutivo se procura a todo custo confirmar a hipótese, 
no método hipotético-dedutivo, ao contrário, procuram-se evidências empíricas para 
derrubá-la (GIL, 1999). 
 
78 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Método Dialético 
Hegel deu origem ao método dialético, fundamentando-se na teoria de que as 
contradições se transcendem originando assim novas contradições, que acabam por 
exigir uma solução. 
O método dialético é de total interpretação dinâmica e realista, pois parte do 
pressuposto de que os fatos não podem ser considerados fora de um contexto 
econômico, social, entre outros. 
 
Método fenomenológico 
O método fenomenológico foi proposto por Husserl, e não é considerado 
indutivo nem dedutivo, pois o foco principal desse método é a descrição direta da 
experiência. A realidade construída não é única, pois existem tantas quantas forem 
às interpretações sendo analisado de acordo com as experiências de cada indivíduo, 
o que é considerado de fundamental importância na construção do conhecimento. 
 Chegamos ao final de mais uma aula, no qual discutimos os tipos de 
métodos que podemos encontrar em uma pesquisa. Procure refletir sobre um 
método adequado para que você possa utilizar no desenvolvimento de sua primeira 
pesquisa, que pode ser um trabalho de conclusão de curso, um projeto integrado, 
uma monografia, uma dissertação de mestrado e até mesmo uma tese de 
doutorado. Vamos continuar nossos estudos? Boa leitura! 
 
79 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Aula 18_Planejamento e Etapas da Pesquisa 
Pesquisar é construir um conhecimento científico, e a construção do 
conhecimento científico demanda algumas exigências, para facilitar o 
desenvolvimento da pesquisa, planejar cada etapa é de fundamental importância, 
pois dessa forma garantimos um trabalho de qualidade. 
Ao planejar como será o desenvolvimento da pesquisa, deve-se levar em 
conta alguns critérios, tais como: consistência, coerência, originalidade e 
objetivação, para isso é necessário prestar atenção em algumas condições: 
 A existência de uma pergunta que se deseja responder; 
A elaboração de um conjunto de passos que permitam chegar 
à resposta; 
A indicação do grau de confiabilidade na resposta obtida”. 
(Goldemberg, 1999) 
 Para facilitar o planejamento e a execução da pesquisa científica, foram 
elaboradas três fases: decisória, construtiva e redacional. Observaremos cada uma 
e as suas principais características. 
Fase decisória: refere-se à escolha do tema da pesquisa, à definição, é nessa 
fase que é feita a delimitação do problema da pesquisa. 
Fase construtiva: como o próprio nome diz, é nesse momento que é 
elaborada a construção de um plano de ações e execuções da pesquisa. 
Fase redacional: envolve a análise dos dados que foram coletados durante a 
fase construtiva da pesquisa e a elaboração do relatório final, concluindo a pesquisa. 
Podemos concluir então, que a pesquisa científica consiste na realização de 
uma investigação bem planejada e desenvolvida dentro de normas e regras já bem 
consolidadas de acordo com a metodologia científica. 
Vimos que a metodologia científica resume-se em um conjunto de várias 
etapas que auxiliam o pesquisador desde o início da sua pesquisa até a fase final. 
Nesse espaço de tempo entre o início e a conclusão da pesquisa, temos 
várias etapas como: escolher o tema, planejar a investigação, desenvolver a 
metodologia que será a aplicada, coletar e tabular os dados, analisar os resultados, 
elaborar o relatório final com as conclusões da pesquisa e finalmente, divulgar os 
resultados. 
80 
NÚCLEO COMUM 
 
 
 Apesar de a pesquisa apresentar tipos variados e diversas classificações, 
uma única pesquisa pode se encaixar em diferentes classificações, entretanto, 
devem obedecer às regras de cada tipo. 
 
Etapas da pesquisa 
Elaborar uma pesquisa requer um olhar crítico na busca por respostas aos 
problemas propostos. Para isso, se faz necessário cumprir uma série de etapas que 
fazem parte de um processo bem detalhado, garantindo assim um trabalho de 
qualidade. 
 
Passo a passo da pesquisa 
a) Escolha do tema; 
b) Revisão da literatura; 
c) Justificativa; 
d) Formulação do problema; 
e) Determinação de objetivos; 
f) Metodologia; 
g) Coleta de dados; 
h) Tabulação de dados; 
i) Análise e discussão dos resultados; 
j) Conclusão da análise dos resultados; 
k)Redação e apresentação do trabalho científico. 
 
 Nas próximas aulas iremos discutir sobre cada uma das etapas da pesquisa 
e aprender a como desenvolver essas fases. Bons estudos e lembre-se: Procure 
ampliar seus conhecimentos em outras fontes, como livros, artigos, jornais e/ou sites 
confiáveis da internet. 
 
81 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Aula 19_Escolha do Tema e Revisão da Literatura 
Nessa fase da pesquisa, é o momento em que você deverá responder a 
pergunta: “O que pretendo abordar?” Definir o tema em questão é de fundamental 
importância, pois ele delimita sua área de interesse, o assunto no qual você deseja 
provar, contestar ou desenvolver. 
Ao definir um tema, você delimita o assunto, e estabelece limites e/ou 
restrições para o desenvolvimento da pesquisa científica. Deve-se levar em 
consideração para escolha do tema: se é ou não um assunto atual, sua relevância, e 
seu conhecimento a respeito do assunto. 
De acordo com Barros e Lehfeld (1999): 
“A definição do tema pode surgir com base na sua observação do cotidiano, 
na vida profissional, em programas de pesquisa, em contato e 
relacionamento com especialistas, no feedback de pesquisas já realizadas e 
em estudo da literatura especializada.” 
 
Revisão de Literatura 
A revisão de literatura é uma das etapas mais importantes no 
desenvolvimento de uma pesquisa, é neste momento que é feito todo um 
levantamento sobre os estudos que já foram realizados. Rever a literatura refere-se 
à fundamentação teórica que você irá utilizar para estruturar seu projeto, dando a 
sustentação conceitual ao desenvolvimento da pesquisa. 
Nesta etapa você deverá verificar e responder às seguintes questões: quem 
já escreveu sobre o tema que eu escolhi? O que já foi publicado sobre o assunto? 
Quais os aspectos que já foram abordados? Existem lacunas na literatura referente 
ao tema? Pode objetivar determinar o “estado da arte”, ser uma revisão teórica, ser 
uma revisão empírica ou ainda ser uma revisão histórica. 
A revisão de literatura é fundamental, porque fornecerá elementos para você 
evitar a duplicação de pesquisas sobre o mesmo enfoque do tema, favorecendo a 
definição de contornos mais precisos relacionados ao problema a ser estudado. 
De acordo com Luna (1997), os objetivos da revisão da literatura são os 
seguintes: 
82 
NÚCLEO COMUM 
 
 
“Determinação do “estado da arte”: o pesquisador procura mostrar através 
da literatura já publicada o que já sabe sobre o tema, quais as lacunas existentes e 
onde se encontram os principais entraves teóricos ou metodológicos”. 
 
“Revisão teórica: você insere o problema de pesquisa dentro de um quadro 
de referência teórica para explicá-lo. Geralmente acontece quando o problema em 
estudo é gerado por uma teoria, ou quando não é gerado ou explicado por uma 
teoria particular, mas por várias”. 
 
“Revisão empírica: você procura explicar como o problema vem sendo 
pesquisado do ponto de vista metodológico procurando responder: 
Quais os procedimentos normalmente empregados no estudo desse problema? 
Que fatores vêm afetando os resultados? 
Que propostastêm sido feitas para explicá-los ou controlá-los? 
Que procedimentos vêm sendo empregados para analisar os resultados? 
Há relatos de manutenção e generalização dos resultados obtidos? 
Do que elas dependem? 
 
“Revisão histórica: você busca recuperar a evolução de um conceito, tema, 
abordagem ou outros aspectos fazendo a inserção dessa evolução dentro de um 
quadro teórico de referência que explique os fatores determinantes e as implicações 
das mudanças.” 
Ao elaborar a revisão de literatura, o mais recomendável é que seja adotada a 
metodologia da pesquisa bibliográfica, pois ela se baseia na análise da literatura que 
já foi publicada, seja em forma de artigos, material eletrônico (internet), livros, 
revistas e jornais. 
A revisão de literatura baseado em pesquisa bibliográfica colaborará para: 
obter informações sobre a situação atual do tema ou problema pesquisado; 
conhecer publicações existentes sobre o tema e os aspectos que já foram 
abordados; 
verificar as opiniões similares e diferentes a respeito do tema ou de aspectos 
relacionados ao tema ou ao problema de pesquisa. (Minayo,1993) 
83 
NÚCLEO COMUM 
 
 
No intuito de facilitar a revisão de literatura Lakatos e Marconi (1991), 
sugerem alguns passos: 
 
“Escolha do tema: O tema é o aspecto do assunto que você deseja abordar, 
provar ou desenvolver. A escolha do tema da revisão de literatura está vinculada ao 
objetivo da própria revisão que você pretende fazer. A revisão de literatura deverá 
elucidar o tema, proporcionar melhor definição do problema de pesquisa e contribuir 
na análise e discussão dos resultados da pesquisa.” 
 “Em função da explosão da informação, você deverá definir para onde ele irá 
dirigir e concentrar seus esforços na revisão de literatura, porque só assim não ficará 
perdido no emaranhado das publicações existentes. Pesquisadores experientes 
sabem que o risco de perder tempo e rumo podem ser fatais neste processo, além 
de atravancar todo o desenvolvimento das etapas da pesquisa, pode até impedir sua 
realização.” 
 
“Elaboração do Plano de Trabalho: Para evitar dispersão e perda de tempo 
no processo de leitura de textos, é importante levantar os aspectos que serão 
abordados sobre o tema. Para isso você deve elaborar um esquema provisório de 
sua revisão de literatura, onde listará de forma lógica as abordagens que pretende 
fazer referentes ao tema ou problema de sua pesquisa. O esquema servirá de guia 
no processo de leitura e na coleta de informações nos textos.” 
 
“Identificação: Após a definição do que será abordado na revisão de 
literatura e a elaboração de um esquema com os aspectos a serem abordados que 
servirá de guia para organização do processo de leitura, você deve identificar o 
material.” 
 
“Localização e compilação: Realizada a identificação (o levantamento 
bibliográfico), é necessário que você obtenha os materiais considerados úteis à 
realização da pesquisa. É preciso, então, localizá-los. Deve-se começar pela 
Biblioteca que está mais próxima e, se essa não possuir, podem-se consultar outras 
no País ou no mundo. Para fazer a compilação, reunião sistemática dos materiais 
84 
NÚCLEO COMUM 
 
 
selecionados e localizados, os seguintes recursos: fotocópias, impressões e a 
própria aquisição, quando for indispensável.” 
 
“Fichamento: Os materiais selecionados para leitura serão analisados e 
fichados. O Fichamento permite que você reúna as informações necessárias e úteis 
à elaboração do texto da revisão. Podem ser elaborados diversos tipos de fichas, 
como: 
bibliográfica: com dados gerais sobre a obra lida; 
citações: com a reprodução literal entre aspas e a indicação da página da parte 
dos textos lidos de interesse específico para a redação dos tópicos e itens da 
revisão; 
resumo: com um resumo indicativo do conteúdo do texto; 
esboço: apresentando as principais ideias do autor lido de forma esquematizada 
com a indicação da página do documento lido; 
 comentário ou analítica: com a interpretação e a crítica pessoal do pesquisador 
com referência às ideias expressas pelo autor do texto lido.” 
 
“Análise e interpretação: De posse dos fichamentos você fará então, a 
classificação, a análise, a interpretação e a crítica das informações coletadas.” 
 
“Redação: Na redação do texto final você deve observar os seguintes 
critérios: objetividade, clareza, precisão, consistência, linguagem impessoal e uso do 
vocabulário técnico.” 
 
Recomendações importantes: 
o texto deve ter começo, meio e fim. 
faça um texto introdutório explicando o objetivo da revisão de literatura; 
revisão de literatura não é fazer colagem de citações bibliográficas; então: 
faça uma abertura e um fecho para os tópicos tratados; 
preencha as lacunas com considerações próprias; 
crie elos entre as citações.” 
(Lakatos e Marconi, 1991) 
85 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Chegamos ao final de mais uma aula, vamos continuar com as fases da 
elaboração de um projeto de pesquisa. Caso tenha alguma dúvida, entre em contato 
com o professor (a) responsável pela disciplina, pois ele (a) irá ajudá-lo (a). Bons 
estudos! 
 
86 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Aula 20_Revisão da Literatura / Introdução 
 A partir desta aula, iremos estudar as etapas de um trabalho científico. 
Iniciaremos com a revisão da literatura. 
A revisão e levantamento da literatura existente sobre o tema é fundamental 
para o sucesso do trabalho. É necessário efetuar revisões bibliográficas em 
bibliotecas ou em outros serviços de informações. O levantamento bibliográfico 
permite ao pesquisador aprofundar o contato com o tema, conhecer os trabalhos e 
os autores de referência para o tema, rever a definição de conceitos, conhecer 
diferentes abordagens e possibilidades de tratamento do tema. 
O material bibliográfico deve ser organizado de modo a garantir o acesso fácil 
às informações e a consulta rápida. Podemos separar o material em duas partes. 
Uma mais geral, onde guardamos as principais teorias e conceitos gerais da área de 
estudo. A outra pode conter textos mais específicos, trazendo informações mais 
detalhadas do tema escolhido. 
Uma seção obrigatória num projeto de pesquisa é a justificativa teórica, em 
que o pesquisador demonstra conhecimento sobre a bibliografia existente sobre o 
assunto e justifica a sua opção teórica. Além disso, alguns projetos de pesquisa 
costumam conter um capítulo ou seção em que o pesquisador apresenta resumos e 
levanta comentários a respeito da literatura básica sobre o assunto. 
Muitas vezes, o problema ou a hipótese central do trabalho surge da leitura 
dos trabalhos de diferentes autores e do exercício da crítica dos seus conteúdos. 
Para que possa desenvolver uma boa revisão é necessário fazer uma 
pesquisa detalhada sobre o tema o qual está pesquisando, dando preferência a 
referências bibliográficas atuais. 
 
87 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Aula 21_Justificativa e Objetivos 
É neste momento que você deve refletir sobre os “porquês” da pesquisa, 
buscando identificar os motivos e as razões que levaram a escolha de determinado 
tema da pesquisa. 
A justificativa deve convencer a pessoa que ler o projeto de pesquisa, 
mostrando sua relevância e qual sua importância. Devem-se focar os pontos 
positivos, as vantagens e quais os benefícios que a pesquisa trará. 
 
Formulação do problema 
Aqui, o foco é a reflexão sobre o problema que se pretende solucionar e/ou 
descobrir na pesquisa. O ponto principal é se questionar se é realmente um 
problema e se vale mesmo a pena investir na pesquisa na tentativa de se buscar 
uma solução e/ou descoberta. 
 
Determinação dos objetivos: geral e específico 
Neste momento você deve refletir a respeito da sua intenção ao propor a 
pesquisa. Os objetivos devem concordar com a justificativa e com a exposição do 
problema. 
O objetivo geral é basicamente uma síntese do que se pretende atingir ao 
final da pesquisa, já os objetivos específicos,são mais detalhados, explicam mais 
especificamente o que se pretende fazer na pesquisa, e deve sempre estar de 
acordo com o objetivo geral. 
Os objetivos informam por qual motivo você propõe essa pesquisa, quais os 
resultados que pretende alcançar e/ou qual a contribuição de seu estudo. 
Lembrando que os enunciados dos objetivos gerais e específicos sempre 
devem ser escritos com o verbo no infinitivo, pois este verbo indica uma ação 
passível de ser mensurada. 
Veja no quadro abaixo alguns exemplos: 
88 
NÚCLEO COMUM 
 
 
 
Vamos ficando por aqui. Na próxima aula discutiremos como delinear uma 
metodologia que será utilizada no processo de desenvolvimento da uma pesquisa. 
Bons estudos! 
 
89 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Aula 22_Metodologia 
Nesta etapa você definirá como e onde a pesquisa será realizada, qual o tipo 
de pesquisa, qual o universo da pesquisa, também conhecido como população, a 
amostragem, os instrumentos de coleta de dados e o método de tabulação dos 
dados coletados e de que forma será a análise. 
Universo da pesquisa ou população é a quantidade total de indivíduos que 
possuem a mesma característica que os designa ao mesmo estudo. 
Amostra é a parte do universo da pesquisa ou da população, selecionada de 
acordo com uma regra ou plano de estudo. A amostra pode ser probabilística ou 
não-probabilística. 
Amostra probabilística são aquelas compostas por sorteio, e podem ser: 
Amostras casuais simples: as oportunidades para serem inclusos na amostra 
são iguais para cada elemento que compõem a população; 
Amostras casuais estratificadas: cada estrato que representa a amostra é 
definido previamente; 
Amostras por agrupamentos: reunião de amostras que representam a população 
escolhida. 
 
Amostra não-probabilística é definida por: 
Amostras acidentais: são aquelas compostas ao acaso, com pessoas que vão 
surgindo durante a pesquisa; 
Amostras por quotas: os diversos elementos constantes da população e/ou 
universo da pesquisa estão sempre na mesma proporção; 
Amostras intencionais: selecionados casos para amostragem que representem o 
“bom julgamento” da população e/ou universo da pesquisa. 
Para que as amostras sejam definidas corretamente, é ideal que seja feita por 
meio de aplicações de técnicas estatísticas apropriadas. 
Barbetta (1999) explica que: 
“A definição do instrumento de coleta de dados dependerá dos objetivos 
que se pretende alcançar com a pesquisa e do universo a ser investigado. 
Os instrumentos de coleta de dados tradicionais são:” 
 
90 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Observação: quando se utilizam os sentidos na obtenção de dados de 
determinados aspectos da realidade. 
A observação pode ser: 
observação assistemática: não tem planejamento e controle previamente 
elaborados; 
observação sistemática: tem planejamento, realiza-se em condições controladas 
para responder aos propósitos preestabelecidos; 
observação não-participante: o pesquisador presencia o fato, mas não participa; 
observação individual: realizada por um pesquisador; 
observação em equipe: feita por um grupo de pessoas; 
observação na vida real: registro de dados à medida que ocorrem; 
observação em laboratório: onde tudo é controlado. 
 
Entrevista: é a obtenção de informações de um entrevistado, sobre 
determinado assunto ou problema. 
 A entrevista pode ser: 
padronizada ou estruturada: roteiro previamente estabelecido; 
despadronizada ou não-estruturada: não existe rigidez de roteiro. 
Podem-se explorar mais amplamente algumas questões. 
 
Questionário: é uma série ordenada de perguntas que devem ser 
respondidas por escrito pelo informante. O questionário deve ser objetivo, limitado 
em extensão e estar acompanhado de instruções As instruções deve esclarecer o 
propósito de sua aplicação, ressaltar a importância da colaboração do informante e 
facilitar o preenchimento. 
As perguntas do questionário podem ser: 
abertas: “Qual é a sua opinião?”; 
fechadas: duas escolhas: sim ou não; 
de múltiplas escolhas: fechadas com uma série de respostas possíveis”. 
 
 
 
91 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Young e Lundberg (1998) recomendam que: 
 “o questionário deverá ser construído em blocos temáticos obedecendo a uma 
ordem lógica na elaboração das perguntas; 
a redação das perguntas deverá ser feita em linguagem compreensível ao 
informante. A linguagem deverá ser acessível ao entendimento da média da 
população estudada. A formulação das perguntas deverá evitar a possibilidade de 
interpretação dúbia, sugerir ou induzir a resposta; 
cada pergunta deverá focar apenas uma questão para ser analisada pelo 
informante; 
o questionário deverá conter apenas as perguntas relacionadas aos objetivos da 
pesquisa. Devem ser evitadas perguntas que, de antemão, já se sabe que não serão 
respondidas com honestidade.” 
 
Formulário ou questionário 
É um conjunto de questões, onde todas as respostas são anotadas por um 
entrevistador quando ele entrevista outra pessoa, mas também pode ser auto 
preenchível, ou seja, pode ser respondida diretamente pela pessoa, sem a 
necessidade de um entrevistador. Ao utilizar questionários deve-se levar em conta 
qual a população alvo, pois muitas vezes a linguagem utilizada pelos questionários 
não é de fácil entendimento à população escolhida. 
Dessa forma, o pesquisador faz as perguntas e preenche com a resposta 
dada pelo informante, pois assim facilitará no momento da tabulação dos dados 
evitando um possível viés. Também é importante que o mesmo método seja adotado 
para todos que compõem a amostra, ou seja, se a pesquisa for feita por meio de 
entrevistador, todos os indivíduos deverão ser entrevistados, se for utilizado um 
questionário de autopreenchimento, todos os indivíduos que compõem a amostra 
deverão preenchê-lo sozinho, independente do nível intelectual que possuam, pois 
assim, evitamos que possíveis interferências ou vieses atrapalhem a pesquisa. 
O instrumento de coleta de dados escolhido deve proporcionar uma interação 
entre o pesquisador e/ou entrevistador, o informante e/ou entrevistado e a pesquisa 
que está sendo desenvolvida. 
 
92 
NÚCLEO COMUM 
 
 
“A coleta de dados estará relacionada com o problema, a hipótese ou os 
pressupostos da pesquisa e objetiva obter elementos para que os objetivos 
propostos na pesquisa possam ser alcançados.” 
(Minayo,1993) 
É nesta fase que você deve escolher de que forma irá tabular e apresentar 
seus dados, e quais os métodos estatísticos que irá utilizar para interpretar e 
analisar os dados. 
Caso tenha alguma dúvida, envie-a para nosso ambiente virtual de 
aprendizagem. Até a próxima. 
 
93 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Aula 23_Produção do Conhecimento 
Nessa aula iremos falar sobre os tipos de trabalhos científicos. 
 
Resenha bibliográfica 
Resenha é uma síntese descritiva ou comentário de livros das várias áreas da 
ciência, das artes e da filosofia. Além de abordar objetivamente o conteúdo da obra, 
deve apresentar comentários críticos e interpretativos a respeito da mesma, 
incluindo julgamentos de valor, tais como comparações com outras obras, relevância 
do texto em relação a outros trabalhos, etc. 
Em geral, as resenhas são elaboradas por especialistas e publicadas em 
revistas, jornais ou por outros meios, mas podem também ser efetuadas por 
estudantes como exercício de compreensão e crítica. 
 
Artigo científico 
Trata-se de um texto que, embora de dimensões reduzidas, apresenta a 
estrutura exigida para trabalhos científicos de maior fôlego, devendo caracterizar-se, 
igualmente, por uma abordagem aprofundada e original. 
Seu teor e apresentação formal devem estar em consonância com os critérios 
de publicação da revista ou da obra coletiva onde será veiculado. 
Os artigos científicos, comumente, apresentam uma breve informação sobre a 
qualificação profissional do autor, um resumo em português e outro em língua 
estrangeira (abstract), as palavras-chave do texto, citaçõese bibliografia, em 
conformidade com as normas técnicas. 
 
Comunicação científica 
Constitui-se no mais sucinto dos trabalhos científicos, restringindo-se à 
apresentação dos resultados parciais ou totais de um estudo sobre assunto 
significativo em congressos, seminários, simpósios, etc. O órgão promotor do evento 
científico é que estabelece as formas e as regras da comunicação. 
 
 
 
94 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Monografia 
A palavra “monografia” — do grego monos = único e graphein = escrever — 
etimologicamente significa "escrito de um só assunto". 
É também "é uma maneira eficaz de medir a evolução do aluno na habilidade 
de investigar cientificamente e mostra de forma organizada o interesse dele por 
determinado tema" (ARAÚJO, 2004, p.28). 
No mundo acadêmico ou profissional, saber fazer uma monografia é uma 
habilidade cada vez mais exigida. Utilizada para conferir título de bacharel na 
maioria dos cursos de graduação, a monografia também é exigida nos cursos de 
especialização ou de capacitação para atestar os conhecimentos adquiridos pelos 
estudantes, antes da entrega do certificado de conclusão de curso. 
 
Dissertação 
À medida que o estudante evolui na carreira acadêmica, também aumentam o 
rigor e a profundidade de sua produção intelectual. Assim, chama-se dissertação à 
monografia mais elaborada. O tema não precisa ser original, e à dissertação 
corresponde o grau de mestre. 
 
Tese 
A tese é um trabalho mais qualificado e confere ao estudante o grau de 
doutor, exigindo que ele pesquise um tema original, com um grau maior de 
profundidade e cientificidade no tratamento das questões apresentadas. 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
Uma vez que você precisará entregar um Trabalho de Conclusão de Curso 
(TCC), como exigência para a conclusão do Curso de Graduação, enfocaremos, a 
seguir com mais detalhes a sua elaboração. 
Nesse tipo de trabalho acadêmico, o tema não precisa ser original, mas é 
importante que ele apresente um novo enfoque e contribuições relevantes à área de 
conhecimento à qual está ligada. 
95 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Deve-se obedecer à rigorosa metodologia e investigar um determinado 
assunto não só em profundidade, mas em todos os seus ângulos e aspectos. O 
processo cumulativo deve ser sempre valorizado. 
É importante também a apresentação de reflexão e conclusão pessoal. 
Tem como finalidade a transmissão objetiva de uma mensagem, a 
comunicação do resultado final de uma pesquisa ou de uma reflexão, e a 
demonstração de uma posição a respeito do tema-problema. 
Chegamos ao final de mais uma aula. Não esqueça de participar das 
atividades propostas na disciplina. 
Bons estudos! 
 
96 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Aula 24_Pesquisa Prática 
Nessa aula estudaremos as pesquisas: Bibliográfica, de Laboratório e de 
Campo. 
 
Pesquisa bibliográfica 
Pode ser definida como sendo uma leitura detalhada e sistemática, 
acompanhada de anotações e fichamentos. A pesquisa bibliográfica serve de apoio 
para as outras pesquisas, como ferramenta de fundamentação teórica. Tanto assim, 
que muitos preferem dizer “pesquisa teórica”: 
 “Dedicada a reconstruir teoria, conceitos, ideias, ideologias, polêmicas, 
tendo em vista, em termos imediatos, aprimorar fundamentos teóricos" 
(Demo, 2000, p. 20). Esse tipo de pesquisa é orientada no sentido de 
reconstruir teorias, quadros de referência, condições explicativas da 
realidade, polêmicas e discussões pertinentes. A pesquisa teórica não 
implica imediata intervenção na realidade, mas nem por isso deixa de ser 
importante, pois seu papel é decisivo na criação de condições para a 
intervenção. "O conhecimento teórico adequado acarreta rigor conceitual, 
análise acurada, desempenho lógico, argumentação diversificada, 
capacidade explicativa”.(BAFFI Maria Adélia Teixeira. Modalidades de 
Pesquisa: um estudo introdutório). 
 
Durante a vida acadêmica ou para profissionais como pesquisadores ou 
cientistas essa pesquisa é rotineira, pois através dela podemos conhecer o que já foi 
estudado. 
 
Pesquisa de laboratório 
A pesquisa de laboratório pode ser considerada como parte de uma categoria 
mais ampla. A pesquisa experimental se caracteriza pelo controle das variáveis 
exercido pelo pesquisador. Eventualmente, ela pode ser realizada em laboratórios: 
Um experimento de laboratório pode ser definido como aquele no qual o 
investigador cria uma situação com as condições exatas que ele deseja ter e na qual 
ele controla algumas variáveis e manipula outras. Ele então (o investigador) é capaz 
de observar e medir o efeito da manipulação das variáveis independentes sobre as 
97 
NÚCLEO COMUM 
 
 
variáveis dependentes numa situação na qual a operação de outros fatores 
relevantes é mantida em um mínimo. 
(FESTINGER, Apud MOREIRA, Daniel Augusto. Natureza e Fonte do 
Conhecimento em Administração. Disponível em<http://www.fecap.br/adm_ 
online/art11/ daniel. htm.> Acesso em 17 jul. 2007.) 
 
Pesquisa de Campo 
A pesquisa de campo se inicia com a observação de fatos e fenômenos, com 
a máxima proximidade com a realidade. Em seguida faz-se a coleta de dados, 
finalizando com a interpretação desses dados, sempre levando em conta a 
fundamentação teórica existente, para dessa maneira compreender e explicar o 
problema que está sendo estudado. 
Diversas ciências ou áreas de estudo utilizam as pesquisas de campo, 
especialmente as que fazem parte da área do conhecimento que chamamos 
“ciências humanas”, tais como a Antropologia, a Sociologia, a Psicologia a, 
Pedagogia, a Política e o Serviço Social. Tais disciplinas usam frequentemente a 
pesquisa de campo para o estudo de indivíduos, grupos, comunidades 
ou instituições, com o objetivo de compreender os mais diferentes aspectos de uma 
determinada realidade. 
O levantamento bibliográfico é sem dúvida, necessário para iniciarmos a 
pesquisa de campo. É importante ressaltar que as técnicas utilizadas na coleta de 
dados sejam apropriadas a natureza do tema em estudo. 
As pesquisas de campo também podem ser classificadas como “quantitativa” 
ou “qualitativa”, dependendo da técnica utilizada na coleta, análise e interpretação 
dos dados, como veremos na próxima aula. 
Agora você entendeu por que a última aula foi importante? Bons estudos e 
até a próxima. 
 
98 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Aula 25_Questionário 
Nessa aula, trataremos de alguns métodos, como o questionário. 
Um instrumento de coleta de dados muito utilizado, em pesquisa, é o 
questionário, que deve ser elaborado pelo pesquisador responsável para ser 
respondido pelo grupo de pessoas que estão servindo de parâmetros para o estudo. 
O questionário deve apresentar uma linguagem acessível ao grupo de 
pessoas que vão respondê-lo. Quanto mais objetiva e clara for a pergunta, maior a 
possibilidade de respostas importantes. 
Conteúdo necessário para apresentação de um questionário: 
Todo questionário deverá conter uma carta de explicação apresentando às 
etapas do projeto, o objetivo da pesquisa, as instruções precisas para a o seu 
preenchimento, incentivo para o preenchimento e agradecimento. 
O pesquisador pode optar pelo questionário com identificação ou sem 
identificação do sujeito que está respondendo. Alguns pesquisadores preferem a 
segunda opção, pois acreditam que a ausência de identificação garante a 
sinceridade nas respostas. 
 
Tipos de Questões 
Tipo 1: Itens 
Exemplo: Você Estuda? 
( ) Sim ( ) Não 
 
Tipo2: Respostas livres, abertas ou curtas; 
Exemplo: Que Curso Você Estuda: ______________________________ 
 
Tipo 3. Itens de múltipla escolha; 
Exemplo: 
Quem paga a sua faculdade 
( ) Eu mesmo(a) 
( ) Meu Pai 
( ) Minha Mãe 
( ) Meu Marido 
99 
NÚCLEO COMUM 
 
 
( ) Tenho Bolsa Integral 
 
Tipo 4. Questões mistas. 
Exemplo: 
Em Que Cidade Você Mora 
( ) Santos 
( ) São Vicente 
( ) Praia Grande 
( ) Cubatão 
Outro: _____________________________________Entrevista 
Outro instrumento de coleta de dados é a entrevista. O pesquisador deve 
tomar muito cuidado na condução desse instrumento. É importante uma preparação 
adequada, seguir um plano de entrevista, para que as informações necessárias 
sejam obtidas. 
Podemos classificar as entrevista de dois modos: exploratória e de coleta de 
informações. 
O planejamento da entrevista pode começar pela seleção dos entrevistados, 
conforme o critério da contribuição efetiva que possam dar ao trabalho. Deve incluir 
a própria elaboração das questões, além da ordem em que serão apresentadas para 
os entrevistados. 
Em algumas situações é prudente realizar entrevista prévia com alguém, o 
que facilitará a postura crítica no momento da entrevista de fato. 
Algumas dicas são importantes para uma boa entrevista. Uma relação de 
descontração com o entrevistado permite respostas mais satisfatórias. Tome 
cuidado para não criar situações embaraçosas frente ao entrevistado. Procure 
passar segurança no momento das perguntas. Seja objetivo para que a entrevista 
não se prolongue demasiadamente. 
As anotações são importantíssimas: não deixe de anotar nada que julgue 
relevante. É recomendada a utilização de um gravador para garantir ainda mais as 
respostas obtidas, porém é necessário pedir a anuência do entrevistado. 
100 
NÚCLEO COMUM 
 
 
 Caso tenha alguma dúvida, entre em contato com o professor (a) 
responsável pela disciplina. Bons estudos! 
 
101 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Aula 26_Observação 
A observação é outro a ser utilizado pelo pesquisador. Como nos outros 
instrumentos a observação deve ser preparada previamente. 
A observação é um dos procedimentos mais elementares e tradicionais de 
coleta de dados numa pesquisa ou trabalho científico. O grego Aristóteles observava 
a natureza antes de classificá-la. Newton e outros cientistas modernos praticantes 
do método experimental-dedutivo definiram a observação como etapa fundamental 
do trabalho científico, uma vez que os resultados de um experimento precisam ser 
corretamente observados e registrados. 
Entretanto, os novos paradigmas da ciência nos obrigam a alguns 
questionamentos: 
Podemos partir de duas suposições ingênuas acerca da observação 
científica. A primeira delas afirma que a ciência começa com a observação. 
A segunda, que a observação produz uma base firme e objetiva da qual o 
conhecimento pode ser derivado. (Chalmers, 1997: 46) Sabendo que a 
“observação” pode ser tida como uma modalidade, entre outras, de 
verificação (“ver” de verdade + ação) é possível estudarmos sob quais 
condições se dá este ato de aferição da verdade ou da falsidade do que se 
observa. Até que ponto os procedimentos científicos de observação 
independem das limitações físicas e intelectuais do observador? Até que 
ponto as limitações físicas e intelectuais do observador podem ser 
corrigidas pelos procedimentos científicos de observação? 
(UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA. Teorias, conceitos e 
observação: A observação científica.Disponível em 
< http://www.ucb.br/prg/comsocial/cceh/ textos_teorias_observ.htm> Acesso 
em 21 jul. 2007.) 
 
Análise de Conteúdo 
A análise de conteúdo é o último instrumento de coleta que vamos estudar. 
As fontes de consulta podem ser classificadas em primárias e secundárias. 
Documentos oficiais, decretos, fotografias, vídeos, são exemplos de fontes 
primárias. Esses documentos são analisados pelo pesquisador que extraí deles as 
informações por meio de questionamentos, comparações e análises. 
São consideradas fontes secundárias, os livros, dissertações, teses entre 
outros, pois se tratam de reflexões e conhecimentos elaborados. Essas informações 
102 
NÚCLEO COMUM 
 
 
já estão consolidadas, mas também são importantes na elaboração do projeto e no 
momento de discutir os resultados obtidos. 
 
Dicas para uma melhor análise de documentos: 
É importante determinar como antecedência quais locais servirão de apoio 
para a busca das informações. . 
As bibliotecas das universidades costumam possuir um bom acervo contendo 
teses, dissertações, monografias e revistas científicas. 
Sem dúvida, a Internet representa uma revolução no que concerne à troca de 
informação. A partir dela, todos podem informar a todos. Mas, se ela pode facilitar a 
busca e a coleta de dados, ao mesmo tempo oferece alguns perigos; na verdade, as 
informações passadas por essa rede não têm critérios de manutenção de qualidade 
da informação. 
 
Sugestão de Atividade 
Você iniciou seu trabalho refletindo sobre três itens: Justificativa, Objetivo e 
Metodologia. Para que possa exercitar seu aprendizado, Inicie agora a coleta de 
dados e a análise dos documentos. 
 Bons estudos! 
 
103 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Aula 27_Fichamentos 
Nesta aula, iremos aprender como desenvolver um fichamento. Leia a aula 
com atenção! 
As fichas são as mais antigas formas de organização do material de pesquisa 
e ainda hoje são usadas porque são eficientes. Antigamente, os pesquisadores 
usavam fichas produzidas especificamente para esse fim: retângulos de papel 
pautado e encorpado, arquivados em fichários para facilitar a manipulação. 
Entretanto, o uso dessas fichas não é obrigatório. Muitos pesquisadores 
preferem cadernos ou, atualmente, arquivos digitais. Independentemente do suporte, 
o que importa no fichamento é o conteúdo, isto é, as informações que são 
destacadas e registradas. 
Costuma-se classificar três tipos de fichamentos: Bibliográfico, Resumo e 
Citações. 
Na ficha bibliográfica devemos colocar a descrição dos tópicos que fazem 
parte da obra e comentar brevemente sobre cada tópico. 
 
Exemplo: 
Educação da Mulher: a Perpetuação da Injustiça (1) Histórico do Papel da 
Mulher na Sociedade Na Idade moderna 2.3 
(2) TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no 
Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1993. 181 p. (Tudo é História, 145). Insere-se no 
campo do estudo da História e da Antropologia Social. A autora se utiliza de fontes 
secundárias, colhidas através de livros, revistas e depoimentos. A abordagem é 
descritiva e analítica. 
Aborda os aspectos históricos da condição feminina no Brasil a partir do ano 
1500 de nossa era. Além da evolução histórica da condição feminina, a autora 
desenvolve alguns tópicos específicos da luta das mulheres pela condição cidadã. 
Conclui fazendo uma análise de cada etapa da evolução histórica feminina, 
deixando expressa sua contradição ao movimento pós-feminista, principalmente às 
ideias de Camile Paglia. No final da obra faz algumas indicações de leituras sobre o 
tema Mulher. (3) 
104 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Os números indicados em parênteses nesse exemplo bem como nos outros 
exemplos de fichamento são: (1) Título do trabalho; (2) - Numeração do item a que 
se refere o fichamento. (3) - Comentários ou anotações do pesquisador sobre a obra 
registrada. 
Na ficha de resumo deve-se colocar uma síntese dos principais conceitos da 
obra. Essa síntese pode ser elaborada pelo pesquisador com seu próprio 
vocabulário. 
Nesse tipo de fichamento podemos colocar um resumo informativo, contendo 
as informações sobre quais são os objetivos do trabalho, metodologia utilizada, 
principais resultados obtidos e as conclusões do autor. 
Podemos também colocar um resumo indicativo mais geral sobre a obra, sem 
detalhar as principais etapas do trabalho. 
 
Exemplo: 
Educação da Mulher: a Perpetuação da Injustiça 
Histórico do Papel da Mulher na Sociedade Na Idade moderna 
TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil. São 
Paulo: Brasiliense, 1993. 181 p. (Tudo é História, 145). 
O trabalho da autora baseia-se em análise de textos e na sua própria vivência 
nos movimentos feministas, como um relato de uma prática. 
A autora divide seu texto em fases históricas compreendidas entre Brasil 
Colônia (1500-1822), Império (1822-1889), República (1889-1930), Segunda 
República(1930-1964), Terceira República e o Golpe (1964-1985), o ano de 1968, 
Ano Internacional da Mulher (1975), além de analisar a influência externa nos 
movimentos feministas no Brasil. Em cada um desses períodos é lembrado os 
nomes das mulheres que mais se sobressaíram e suas atuações nas lutas pela 
libertação da mulher. 
A autora trabalha ainda assuntos como as mulheres da periferia de São 
Paulo, a participação das mulheres na luta armada, a luta por creches, violência, 
participação das mulheres na vida sindical e greves, o trabalho rural, saúde, 
sexualidade e encontros feministas. 
105 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Depois de suas conclusões onde, entre outros assuntos tratados, faz uma 
crítica ao pós-feminismo defendido por Camile Paglia, indica alguns livros para 
leitura. 
Na ficha de citações devemos colocar frases contidas na obra, esse tipo de 
fichamento auxilia muito na elaboração do projeto, pois as principais partes ditas na 
obra já se encontram separadas, portanto não precisamos ler todo o livro ou artigo 
novamente. 
 
Exemplo: 
Educação da Mulher: a Perpetuação da Injustiça 
Histórico do Papel da Mulher na Sociedade Na Idade moderna 2.3 
TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil. São 
Paulo: Brasiliense, 1993. 181 p. (Tudo é História, 145) 
"Uma das primeiras feministas do Brasil, Nísia Floresta Brasileira Augusta, 
defendeu a abolição da escravatura, ao lado de propostas como a educação e a 
emancipação da mulher e a instauração da República." (p. 30) 
“Sou neta, sobrinha e irmã de general” (...) “Aqui nesta casa foi fundada a 
Camde. Meu irmão, Antônio Mendonça Molina, vinha trabalhando há muito tempo no 
Serviço Secreto do Exército contra os comunistas. Nesse dia, 12 de junho de 1962, 
eu tinha reunido aqui alguns vizinhos, 22 famílias ao todo. Era parte de um trabalho 
meu para a paróquia Nossa Senhora da Paz. Nesse dia o vigário disse assim: ‘Mas 
a coisa está preta. Isso tudo não adianta nada porque a coisa está muito ruim e eu 
acho que se as mulheres não se meterem, nós estaremos perdidos. A mulher deve 
ser obediente. Ela é intuitiva, enquanto o homem é objetivo’.” (Amélia Molina Bastos 
apud Teles, p. 54) 
"Na Justiça brasileira, é comum os assassinos de mulheres serem absolvidos 
sob a alegação de defesa de honra." (p. 132) 
 Você não precisa esperar a realização de um projeto de pesquisa e/ou artigo 
para fazer um fichamento. Você pode utilizá-lo no dia a dia, como por exemplo, 
organizar seus estudos para se preparar para as provas. Procure desenvolver um 
fichamento, verá como é útil. 
Bons estudos! 
106 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Aula 28_Formatação de Trabalhos Acadêmicos 
Para uma melhor visualização, interpretação, estética e organização, todo 
trabalho acadêmico precisa ser organizado de forma a contemplar alguns 
pressupostos de formatação. 
Cada autor traz em suas obras uma indicação para tal. Algumas pequenas 
alterações podem ser percebidas e não fazem diferença no corpo do texto. 
De acordo com SANTOS (2009), as normas para a apresentação escrita dos 
trabalhos acadêmicos, bem como de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) deve 
seguir, com relação à: 
 
Papel e escrita 
O papel deve ser branco (entrega impressa e digital); tamanho A4 (210mm x 
297mm). Vale ressaltar que, somente o anverso da folha deve ser utilizado e um só 
tipo de letra (Times New Roman ou Arial, tamanho da fonte 12). 
 
Numeração e paginação 
Todas as páginas, desde a folha de rosto necessitam ser contadas. 
Entretanto, a folha de rosto e as demais até o sumário, embora sejam incluídas na 
contagem geral, não devem ser numeradas. Usualmente indica-se que a 
numeração seja incluída na parte de cima da folha, ao centro, a 2 cm da borda 
superior da página e a 2 cm de distância da primeira linha do texto. Usa-se, também, 
colocar os números no alto, no canto direito. Não é aconselhado, mas não proibido, 
a utilização da numeração na parte inferior do trabalho, seja ele central ou à direta 
da margem. A não recomendação se dá ao uso e notas de rodapé. Vale ressaltar 
que, a folha inicial de cada capítulo deve ser contada, mas não numerada. 
 
Margens e espaços 
Utilizam-se as medidas – margem superior e esquerda: 3 cm da borda do 
papel; margens direita e inferior: 2 cm da borda do papel. 
Nas páginas iniciais dos capítulos, o título deve ficar a 5 cm da borda 
superior. Entre o titulo e o texto deve haver dois espaços verticais. Os subtítulos 
107 
NÚCLEO COMUM 
 
 
devem vir separados do texto, abaixo e acima, por um espaço vertical (ou seja, 
um enter do teclado). 
O texto deve ter espaçamento de 1,5 linha, excluindo-se desta formatação as 
citações, as notas de rodapé e as referências, que devem ser escritas em 
espaçamento simples. 
 
 
Exemplo de tela para a formatação da página no Word 
 
Estrutura do trabalho científico 
Os trabalhos científicos apresentam uma estrutura composta por elementos 
ou partes, que devem obedecer a uma ordem lógica preestabelecida. Alguns desses 
elementos são considerados obrigatórios e outros opcionais. Teses, dissertações e 
trabalhos acadêmicos, como o TCC, apresentam uma estrutura que compreende 
três elementos. São eles: 
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) determina uma série de 
normas e a academia exige que os trabalhos sejam elaborados seguindo essas 
regras. O trabalho acadêmico, no caso o TCC, deve conter: 
108 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Elementos pré-textuais 
São os que antecedem o corpo do trabalho, com informações da 
identificação, finalidade e utilização do trabalho; 
São eles: capa inicial, folha de rosto, errata (opcional), folha de aprovação, 
dedicatória (opcional), agradecimentos (opcional), epígrafe (opcional), resumo em 
Língua Portuguesa, sumário, lista de ilustrações, gráficos, abreviaturas, siglas e 
símbolos (opcionais). 
 
Elementos textuais 
Corpo do trabalho, onde se faz toda a exposição dos argumentos. Deve ter, 
basicamente, três partes: introdução, desenvolvimento e a conclusão (obrigatórios). 
 
Elementos pós-textuais 
Aqueles que complementam o trabalho e aparecem após a conclusão. São 
eles: referências (obrigatórias), apêndice, anexos e glossário (opcionais) e capa 
final. 
 
109 
NÚCLEO COMUM 
 
 
 
Fonte: FURASTÉ (2008, p.76-77) 
 
Para produzir um TCC, é preciso pesquisar? 
A resposta para esta pergunta é SIM. 
Pesquisa é um conjunto de atividades, tais como buscar informações, 
explorar, inquirir, investigar, indagar, argumentar e contra-argumentar. Seus 
objetivos são: solucionar e esclarecer dúvidas e problemas, comprovar hipóteses; 
elaborar, reconstruir, ampliar conhecimento ou conjunto de conhecimentos e criar 
conhecimento novo, fidedigno, relevante teórica e socialmente, que ultrapasse o 
entendimento imediato, indo além dos fatos; fundamentar escolhas e orientar ações. 
Utiliza procedimentos próprios, racionais, sistemáticos, intensivos, científicos que 
possibilitam o confronto entre o conhecimento teórico acumulado 
sobre um assunto e dados e informações coletados sobre ele, ou seja, o confronto 
entre teoria e prática (PESCUNA e CASTILHO, 2005, p.12) 
A pesquisa é um elemento intrínseco da graduação. No decorrer de seus 
estudos, o aluno deve aprender a ler, compreender, além de reproduzir aquilo que 
leu, bem como tornar-se capaz de buscar informações de diversas fontes e coletar 
110 
NÚCLEO COMUM 
 
 
dados. O aluno precisa, ainda, relacionar teorias, organizar informações e elaborar 
relatórios. 
 
TCC e monografia 
A palavra monografia designa um tipo especial de trabalho científico. 
Considera-se monografia aquele trabalho que concentra sua abordagem em um 
assunto específico, em um determinado problema, tendo este, um tratamento 
pormenorizado e analítico. 
Os trabalhos científicos serão monográficos na medida em que satisfizerem à 
exigência daespecificação, ou seja, quando realizarem um tratamento estruturado 
de um único tema, corretamente delimitado. 
A monografia não será avaliada apenas pela sua apresentação gráfica. É 
fundamental a coerência entre as partes, bem como a base teórica utilizada na 
elaboração do texto e o rigor no levantamento dos dados. 
Atenção: O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da pós-graduação da 
UNIMES Virtual possuirá o formatado de artigo científico e todas as informações 
para a elaboração do artigo, estarão disponíveis na sala. 
 
 
111 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Aula 29_Notas de Rodapé 
A partir dessa aula vamos analisar as citações e as notas de rodapé, as quais 
servem para demonstrar à comunidade científica a relevância e interpretação da 
pesquisa. 
Citações são trechos transcritos ou informações retiradas das fontes 
consultadas. Citar tem conotação jurídica com o sentido de chamar à justiça e, 
posteriormente, invocar o testemunho de alguém, portanto, a referência deve, ser 
exata e precisa, como também averiguável por todos. 
As citações têm o objetivo de dar maior credibilidade ou sustentação às ideias 
e pontos de vista que o pesquisador está defendendo, uma vez que ele vai buscar 
em outros autores (especialistas no assunto tratado) argumentos favoráveis à sua 
proposição 
As notas de rodapé são indicações, observações ou complementações ao 
texto feitas pelo próprio autor, tradutor ou editor. 
As citações, portanto podem estar completando o texto ou entrar como nota 
de rodapé. No caso da nota de rodapé, adiciona-se um número dentro do texto, o 
qual é repetido no rodapé, com a citação. 
 
As notas de rodapé podem ser: 
Explicativas: Comentários, complementações ou traduções que 
interromperiam a sequência lógica, se colocadas no texto (devem ser claras e 
sucintas). 
 
Referências: Indicam documentos consultados ou remetem a outras partes 
de um documento em que o assunto em questão foi abordado. Alguns autores, 
assim como alguns leitores, preferem o sistema de nota de rodapés por possibilitar a 
visualização imediata de informações mais completas sobre a obra, sem 
necessidade de virar as páginas, até o final do livro ou do capítulo. 
Assim, o sistema de citações adotado é uma escolha do pesquisador ou do 
editor. Porém, seja qual for o sistema adotado deve ser usado em todo o trabalho e 
deve conter as informações necessárias conforme as normas da ABNT (Associação 
Brasileira de Normas Técnicas). 
112 
NÚCLEO COMUM 
 
 
A primeira citação de uma obra deve ter sua referência completa, as demais 
poderão ser abreviadas. As notas de rodapé devem ser registradas, conforme 
orientações abaixo: 
• indicadas em algarismos arábicos e em sequência contínua para todo o capítulo 
ou parte, nunca iniciadas em cada folha; 
• indicadas por um número sobrescrito, ou na linha do texto entre parênteses ou 
colchetes; 
• reduzidas ao mínimo; 
• separadas do texto por um traço contínuo (3 cm); 
Veja abaixo um exemplo de nota de rodapé:[1] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
[1] Você está vendo como se adiciona uma nota de rodapé. 
 
http://campus20172.unimesvirtual.com.br/mod/page/view.php?id=8023&inpopup=1#_ftn1
http://campus20172.unimesvirtual.com.br/mod/page/view.php?id=8023&inpopup=1#_ftnref1
113 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Aula 30_Citação 
Na norma da ABNT - NBR 10520 (Informação e documentação – Citações em 
documentos), encontramos as seguintes definições para citação: 
 
Citação: Menção de uma informação extraída de outra fonte. 
 
Citação de citação: Citação direta ou indireta de um texto em que não se 
teve acesso ao original. 
 
Citação direta: Transcrição textual de parte da obra do autor consultado. 
 
Citação indireta: Texto baseado na obra do autor consultado. 
 
Veja a seguir as regras de apresentação de citações: 
 
Citação direta de até três linhas 
• Deve fazer parte do texto e vir entre aspas duplas, sem alterar o tamanho da 
fonte e o espaçamento das linhas; 
• Deve ser feita a referência ao autor, ao ano de publicação da obra e à página da 
citação. O nome do autor deve vir ao final, entre parênteses, todo em letras 
maiúsculas, seguido pela data e pela página da citação. 
• Caso o nome do autor seja mencionado fora dos parênteses, deve ser 
grafado com apenas a primeira letra maiúscula. 
 Exemplo: 
Percebe-se a necessidade da aplicação coerente de atividades que 
despertem o prazer de ler, e estas devem estar presentes diariamente na vida das 
crianças, desde bebês: “Bons livros poderão ser presentes e grandes fontes de 
prazer e conhecimento. Descobrir estes sentimentos desde bebezinhos poderá ser 
uma excelente conquista para toda a vida” (SILVA, 1992, p.57). 
Observa-se que Silva enfatiza o papel da leitura desde cedo na vida da 
criança. 
 
114 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Citação direta com mais de três linhas: 
• Deve aparecer em recuo de 4cm à esquerda da página, em espaço simples 
(1,0), que dá um maior destaque à transcrição. A letra deve ser menor do que a 
utilizada no texto; 
• Deve ser feita a referência ao autor, ao ano de publicação da obra e à página da 
citação. O nome do autor deve vir ao final, entre parênteses, todo em letras 
maiúsculas, seguido pela data e pela página da citação. 
As citações textuais longas devem constituir um parágrafo independente, e 
estar sem as aspas. 
Exemplo: 
Segundo Durkheim, o papel da sociedade na educação da criança era 
preponderante, exercendo uma profunda influência desde cedo: 
A educação é a ação exercida pelas gerações adultas sobre as gerações 
que não se encontram ainda preparadas para a vida social; tem por objeto 
suscitar e desenvolver, na criança, certo número de estados físicos, 
intelectuais e morais, reclamados pela sociedade política no seu conjunto e 
pelo meio especial a que a criança, particularmente, se destine 
(DURKHEIM, 1968, p.13). 
 
115 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Aula 31_Tipos de Citações 
Na aula anterior comentamos um pouco sobre o conceito de citação, nesta 
aula iremos estudar os tipos de citações e a maneira correta de utilizá-las. 
 
Tipos de citações 
Existem dois tipos de citações: direta ou textual (transcrição literal) e indireta 
ou conceitual (redação livre ou paráfrase). Em ambos os casos, a citação deve vir 
acompanhada da referência bibliográfica. 
Por apresentar vantagens tanto para o leitor quanto para o autor, registramos 
as citações no corpo do texto por sobrenome do autor e data de publicação da obra 
pesquisada. Esses dados remetem à referência completa da fonte consultada, que 
figura no final do trabalho (na bibliografia), com nome completo do autor, título da 
obra, edição, local, editora, ano. 
Esse sistema de citação no corpo do texto permite a informação imediata 
sobre a origem de ideias expostas e evita entraves na leitura, à medida que o leitor 
não precisa ir buscar no final da página (rodapé) ou do capítulo, a nota 
correspondente à citação. 
 
Vamos a alguns exemplos: 
 Quando o autor estiver integrando o texto, o nome do autor surge em letras 
minúsculas e fora de parênteses, como: 
 “Analisando as dificuldades de padronização das publicações técnico-
científicas da UFMG". França, Borges. 
Vasconcellos e Magalhães (1990. p. 70) elaboraram um manual para 
normalização dessas publicações". 
 
1. Citação Direta ou textual 
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) assim define a citação 
direta: a transcrição textual de parte da obra do autor consultado. Ocorrem, 
entretanto, duas maneiras de apresentar as citações, principalmente devido ao fator 
estético. 
 
116 
NÚCLEO COMUM 
 
 
1.1 - Citação direta curta 
A citação direta curta, de até três linhas, vem incorporada ao texto e entre 
aspas duplas (aspas simples são utilizadas para citação no interior de citação). Não 
há diferenciação do tamanho da letra. É uma transcrição fiel, reprodução exata do 
original, respeitando-se até eventuaisincoerências, erros de ortografia e/ou 
concordância. 
Exemplo: 
Para que possamos viver juntos, iguais e diferentes, segundo Touraine (1999. 
p.16), é necessário que “respeitemos um código de boa conduta. as regras do jogo 
social". 
 
1.2 - Citação direta longa (com mais de três linhas) 
Na citação longa (com mais de três linhas), fazemos um recuo de 4 cm da 
margem esquerda, com o texto sendo digitado sem aspas, em urna fonte menor do 
que a utilizada no texto e formando um novo parágrafo. 
Veja, a seguir, um exemplo de citação direta longa e observe que o nome do 
autor aparece entre parênteses em letra maiúscula, a data e os números das 
páginas. 
Em relação à capacidade de visão que cada ator possui, o autor 
complementa: 
 Assim o ator vê, observa e explica a partir de valores, ideologias e modelos 
teóricos muito particulares que estão pré-construídos em sua mente. Em 
outras palavras, o mundo do ator não está limitado pelas fronteiras do 
espaço físico em que vive, mas pelo tamanho do seu vocabulário e pelo 
alcance de seu posto de observação na prática social. A explicação do ator 
não nos diz corno é o mundo, mas como o ator o vê. O ator observa e vê, 
de dentro do campo do jogo, com a cegueira e a compreensão que essa 
posição impõe, e condicionado pelo objetivo que persegue. (MATUS, 1996, 
p. 12). 
 
Citação Indireta ou Conceitual 
Quando um autor cita um texto, com suas próprias palavras, escrito por um 
outro autor, sem alterar as ideias originais. Ou então: eu reproduzo sem distorcer, 
117 
NÚCLEO COMUM 
 
 
com minhas próprias palavras, as ideias desenvolvidas por um outro autor. (Pode 
ser chamada também de paráfrase). 
Exemplo: 
Somente em 15 de outubro de 1827, depois de longa luta, foi concedido às 
mulheres o direito à educação primária, mas mesmo assim, o ensino da aritmética 
nas escolas de meninas ficou restrito às quatro operações. Note-se que o ensino da 
geometria era limitado às escolas de meninos, caracterizando uma diferenciação 
curricular (COSENZA, 1993, p. 6). 
 
Citação de Citação 
Esse tipo de citação, que pode ser direta ou indireta e ocorre quando se 
refere às ideias de autor citado por outro. 
Deve ser utilizada somente quando for impossível ter acesso ao documento 
original. Emprega-se a expressão latina "apud" (junto a, citado por, conforme, 
segundo), após o sobrenome do autor do texto original e, em seguida, o sobrenome 
do autor da obra consultada, data da publicação e página. Nesse tipo de citação é 
preciso referenciar somente o documento consultado. 
Exemplo: 
O trabalho monográfico caracteriza-se mais pela unicidade e delineação do 
tema e pela profundidade do tratamento do que por sua eventual extensão, 
generalidade ou valor didático. (SALVADOR apud SEVERINO 1007, p.t11). 
 
Sugestão de atividade 
Escolha algumas citações entre as observações que você anotou ao longo 
dessas últimas aulas com referência à sua pesquisa bibliográfica. Reflita se elas 
podem ser incluídas em seu trabalho de pesquisa. 
 
118 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Aula 32_Referências 
De acordo com a norma da ABNT - NBR 6023 (Informação e documentação - 
Referências - Elaboração), referências são um “conjunto padronizado de elementos 
descritivos, retirados de um documento, que permite sua identificação”. 
 
Regras gerais de apresentação das referências 
• As referências devem ser listadas em ordem alfabética ao final de um trabalho 
acadêmico. 
• O título da listagem de referências deve ser “Referências”, e não “Referências 
bibliográficas”. 
• A listagem das referências deve ser digitada em espaço simples, com as 
referências separadas entre si por espaços duplos, e alinhada à esquerda da 
página. 
• As referências devem ter obrigatoriamente os elementos essenciais, que devem 
ser apresentados em ordem. Esse tipo de referência deve ser usado em 
monografias, ou seja, livro, manual, enciclopédia, dicionário, teses e 
dissertações, entre outros. 
 
Modelo: 
SOBRENOME, Prenome(s). Título: subtítulo. Edição. Localidade: Editora, 
Ano. 
 
Autoria 
• O sobrenome do autor ou autores dever vir em letras maiúsculas, seguido pelos 
prenomes, abreviados ou não. 
 
1) Título e subtítulo (se houver) 
 
• O título e o subtítulo ser reproduzidos tal como figuram no documento, separados 
por dois-pontos. 
119 
NÚCLEO COMUM 
 
 
• O título da obra deve estar destacado - em negrito, sublinhado ou em 
itálico. Deve-se escolher apenas uma forma de destaque. Não se destaca o 
subtítulo, apenas o título. 
Exemplo: 
STAINBACK, S.; STAINBACK, W. Inclusão: um guia para educadores. Porto 
Alegre: Artes Médicas Sul, 1999. 
• A apresentação das obras deve seguir um padrão. Se os nomes dos autores são 
apresentados abreviados, todas as obras devem apresenta-los assim. O mesmo 
vale para o tipo de destaque escolhido, se negrito, sublinhado ou em itálico. 
MATTEDI, M. Sociologia e conhecimento: introdução à abordagem sociológica do 
conhecimento. Chapecó: Argos, 2006. 
 
MONTE, F. R. F.; SANTOS, I. B. Saberes e práticas da inclusão. Brasília: MEC, 
SEESP, 2004 
 
2) Edição 
Coloca-se apenas a partir da segunda. Quando esta informação não aparece, 
subentende-se que se trata da primeira edição. 
QUEIRÓZ, E. O crime do Padre Amaro. 25.ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 2000 
 
ANTUNES, R. Adeus ao trabalho?: ensaio sobre as metamorfoses 
e a centralidade do mundo do trabalho. São Paulo: Cortez, 1995 
 
3) Local de publicação 
Refere-se à cidade. No caso de homônimos de cidades, acrescenta-se o 
nome do estado, do país etc. Exemplo: Viçosa, AL; Viçosa, MG; Viçosa, RJ. 
Não sendo possível determinar o local, utiliza-se a expressão sine loco, 
abreviada, entre colchetes [S.l.]. Exemplo: 
BATISTA, Paulo Nunes. A reportagem fiel desde IV Festival Nacional do Cordel 
em Cordel Nacional [Folheto de cordel] [S.l.], 1983. 
 
 
120 
NÚCLEO COMUM 
 
 
4) Editora 
Colocar apenas o nome, sem a palavra “editora”. 
Pode aparecer abreviado como “Ed.” apenas em caso de evitar um 
entendimento equivocado do texto. Exemplo: 
LAZARINI NETO, Antonio C. Cria e recria: um guia visual. São Paulo: Ed. 34, 1999. 
 
5) Data de publicação 
Coloca-se o ano em que a obra foi publicada. 
Quando não constar no documento a data da publicação, deve ser indicada 
uma data, seja da impressão, do copyright ou outra que esteja disponível. 
CALASANS, José. Achegas ao estudo do romanceiro político nacional [Folheto]. 
Salvador: Centro de Estudos Bahianos, [19--]. 
 
Caso seja necessário, os elementos essenciais podem ser complementados 
com outras informações. 
Exemplo: 
GOMES, L. G. F. F. Novela e sociedade no Brasil. Niterói: EdUFF, 1998. 
GOMES, L. G. F. F. Novela e sociedade no Brasil. Niterói: EdUFF, 1998. 137 p., 
21 cm. (Coleção Antropologia e Ciência Política, 15). Bibliografia: p.131-132. ISBN 
85-228-0268-8. 
 
Apresentamos a seguir os principais modelos de referências para documentos 
e orientações gerais sobre a autoria de documentos. 
 
Principais documentos e suas referências 
 1 Obras on-line 
1.1 Scielo 
2 Livro 
2.1 Capítulo de livro 
2.2 Dicionário 
3 Teses, dissertações e monografias 
4 Artigo de revista, jornal, boletim e periódico (revista científica) 
121 
NÚCLEO COMUM 
 
 
5 Legislação 
 
II Autoria 
1 Abreviações na autoria 
2 Nome do autor 
3 Mais de um autor 
4 Mais de uma obra citada 
5 Autor entidade 
6 Autoria desconhecida. 
1 Obras on-line 
 
Modelo: 
SOBRENOME, Prenome(s). Título: subtítulo. Disponível em <endereço eletrônico>. 
Acesso em dia mês (abreviado) ano. 
O endereço eletrônico deve ser apresentado entre os sinais < >, precedido da 
expressão Disponível em: e também a data de acesso ao documento, precedida 
da expressão Acesso em:. 
Exemplo: 
DANTON, G. Metodologia científica. Disponível em: 
<http://www.leonildocorrea.adv.br/pdf/metodo1.pdf>. Data de acesso: 24 de mar. 
2010. 
 
1.1 ScieloUma biblioteca eletrônica que abrange uma coleção selecionada de 
periódicos científicos brasileiros. 
 
2 Livro 
SOBRENOME, Prenome(s). Título: subtítulo. Edição. Localidade: Editora, 
Ano. 
Exemplo: 
 
122 
NÚCLEO COMUM 
 
 
BARRETO, Raquel Goulart. Discursos, tecnologias, educação. Rio de Janeiro: 
EDUERJ, 2009. 
REGO, T. C. Vygotsky: uma perspectiva histórico-cultural da educação. Petrópolis: 
Vozes, 1998. 
 
2.1 Capítulo de livro 
SOBRENOME, Prenome(s) dos autores do capítulo. Nome do capítulo. In: 
SOBRENOME, Prenome(s) dos autores do livro.Título: subtítulo. Edição. 
Localidade: Editora, Ano. páginas do capítulo p.inicial-final. 
Os elementos essenciais são: autor(es), título da parte, seguidos da 
expressão “In:”, e da referência completa do livro no todo. No final da referência, 
deve-se informar a paginação ou outra forma de individualizar a parte referenciada. 
O destaque é para o título do livro, e não para o título do capítulo. 
Exemplo: 
ROMANO, G. Imagens da juventude na era moderna. In: LEVI, G.; SCHMIDT, J. 
(Org.). História dos jovens 2. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. p.7-16. 
 
2.2 Dicionário 
Deve ser citado pela autoria, como um livro. Exemplo: 
FERREIRA, Aurélio Buarque de Hollanda. Novo dicionário da língua portuguesa - 
Século XXI. 2.ed., Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993. 
 
3 Teses, dissertações e monografias 
Modelo: 
SOBRENOME, Prenome(s). Título: subtítulo (se houver). Data de defesa. 
Total de folhas. Tese (Doutorado), Dissertação (Mestrado), Trabalho de Conclusão 
de Curso, Especialização - Instituição onde o trabalho foi defendido, Local e data da 
defesa. 
Nas teses, dissertações ou outros trabalhos acadêmicos devem ser indicados 
em nota o tipo de documento (tese, dissertação, trabalho de conclusão de curso 
etc.), o grau, a vinculação acadêmica, o local e a data da defesa, mencionada na 
folha de aprovação (se houver). 
123 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Exemplos: 
MORGADO, M. L. C. Reimplante dentário. 1990. 51 f. Trabalho de Conclusão de 
Curso (Especialização). Faculdade de Odontologia - Universidade Camilo Castelo 
Branco, São Paulo, 1990. 
ARAUJO, U. A. M. Máscaras inteiriças Tukúna: possibilidades de estudo de 
artefatos de museu para o conhecimento do universo indígena. 1985. 102 f. 
Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) - Fundação Escola de Sociologia e 
Política de São Paulo, São Paulo, 1986. 
 
4 Artigo de revista, jornal, boletim e periódico (revista científica) 
Modelo: 
SOBRENOME, Prenome(s). Nome do artigo. Título da publicação. Local de 
publicação, volume [v.], número [n.], páginas p.inicial-final, ano. 
Exemplos: 
MORAN, J. M. Liguem a TV: vamos estudar. Nova Escola. São Paulo, n.189, p. 46, 
jan./fev. 2006. 
MOYSÉS, M. A. A.; COLLARES, C. A. L. Inteligência abstraída, crianças silenciadas: 
as avaliações de inteligência. Psicologia USP, v.8, n.1, p.63-89, 1997. 
No caso de artigos de jornal, acrescenta-se informações sobre a seção ou 
caderno. Quando não houver seção, caderno ou parte, a paginação do artigo ou 
matéria precede a data. 
 
Modelo: 
SOBRENOME, Prenome(s). Nome do artigo. Título da publicação. Local de 
publicação, data de publicação, seção, caderno ou parte do jornal, páginas p.inicial-
final, ano. 
Exemplo: 
NAVES, P. Lagos andinos dão banho de beleza. Folha de São Paulo, São Paulo, 
28 jun. 1999. Folha Turismo, Caderno 8, p. 13. 
Quando se trata de publicação na internet, não é necessário citar o número 
das páginas inicial e final. 
 
124 
NÚCLEO COMUM 
 
 
SOBRENOME, Prenome(s). Título: subtítulo (se houver). Nome do 
periódico, local de publicação, volume, número ou fascículo, mês(s) abreviado ano. 
Disponível em < endereço eletrônico>. Acesso em dia mês (abreviado) ano. 
Exemplos: 
ECA, T. T. P. Educação através da arte para um futuro sustentável. 
Cadernos CEDES [online]. v.30, n.80, jan./abr. 2010. Disponível em 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-
32622010000100001&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt>. Acesso em 5 jun. 2010. 
INCLUSÃO na escola é abaixo da ideal, diz movimento. Sucursal do Rio, 
reportagem local. Folha de São Paulo. São Paulo, 10 dez. 2009. Disponível em 
<http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ ff1012200907.htm>. Acesso em 5 jun. 
2010. 
 
5 Legislação 
Referir o local consultado – livro, site, etc. 
Exemplos: 
BRASIL. Código civil. 46.ed. São Paulo: Saraiva, 1995. 
BRASIL. LEI Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases 
da educação nacional. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em 5 jun. 2010. 
SÃO PAULO (Estado). DELIBERAÇÃO CEE Nº 82/2009. Estabelece as 
diretrizes para os Cursos de Educação de Jovens e Adultos em nível do Ensino 
Fundamental e Médio, instalados ou autorizados pelo Poder Público no Sistema de 
Ensino do Estado de São Paulo. Disponível em: 
<http://www.ceesp.sp.gov.br/Deliberacoes/ de_82_09.htm>. Acesso em 5 jun. 
2010. 
 
II Autoria 
1. Abreviações na autoria 
Autor organizador: (Org); Autor coordenador da edição: (Coord.) Exemplo: 
FOSNOT, Catherine T. (Org.). Construtivismo. 3.ed. Porto Alegre: ArtMed, 1998. 
 
125 
NÚCLEO COMUM 
 
 
AMADIO, A. C.; DUARTE, M. (Coord.). Fundamentos Biomecânicos para a 
análise do movimento humano. São Paulo: Laboratório de Biomecânica da EEFE-
USP, 1996. 
 
2. Nome do autor 
Nome composto, ou complementos como Júnior, Filho, etc, devem vir junto 
com o sobrenome. 
Exemplo: 
CRUZ E SOUZA, J. Obra completa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1961. 
BENITES, L. C.; SOUZA NETO, S.; HUNGER, D. O processo de constituição 
histórica das diretrizes curriculares na formação de professores de Educação 
Física. Educação e Pesquisa. São Paulo, v.34, n.2, ago. 2008 . 
ASSUMPÇÃO JÚNIOR, F. B. Transtornos Invasivos do Desenvolvimento 
Infantil. São Paulo: Lemos, 1997. 
 
3. Mais de um autor 
Podem ser listados até três autores, com os nomes separados por ponto e 
vírgula, seguido de espaço. Quando há quatro autores ou mais, usa-se a expressão 
“et al” para indicar a autoria. 
Exemplo: 
MORAN, J. M.; MASETTO, M. T.; BEHRENS, M. A. Novas tecnologias e mediação 
pedagógica. 8.ed. São Paulo: Papirus, 2004. 
 SUDO, F. K. et al. O pensamento abstrato comprometido pode diferenciar o 
envelhecimento normal do comprometimento cognitivo leve vascular. Arquivos de 
Neuro-Psiquiatria. São Paulo, v.68, n.2, p.179-184, 2010. 
 
4. Mais de uma obra citada 
Caso haja mais de uma referência de um mesmo autor, o nome deve ser 
substituído por um traço. 
Caso haja duas ou mais obras do mesmo autor e do mesmo ano, elas devem 
ser diferenciadas por letras junto ao ano. 
 
126 
NÚCLEO COMUM 
 
 
Exemplo: 
PERRENOUD, Philippe et al. As competências para ensinar no século XXI: a 
formação dos professores e o desafio da avaliação. Porto Alegre: ArtMed, 2002a. 
 __________. Pedagogia diferenciada: das intenções à ação. Porto Alegre: 
ArtMed, 2002b. 
 
5 Autor entidade 
Quando a obra foi publicada por uma entidade (órgãos governamentais, 
empresas, associações, congressos, etc.) ela deve ser identificada pelo seu próprio 
nome, por extenso. 
Exemplo: 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: informação e 
documentação: citações em documentos: apresentação. Rio de Janeiro, 2002. 
 
6 Autoria desconhecida 
Indica-se pelo título, destacando as primeiras palavras. Não se deve utilizar o 
termo “anônimo”. 
Exemplo: 
 DIAGNÓSTICO do setor editorial brasileiro. São Paulo: Câmara Brasileira do Livro, 
1993. 64 p.

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