inclui, necessariamente, a assistência farmacêutica. Manutenção de serviços de assistência farmacêutica na rede pública de saúde, nos diferentes níveis de atenção, considerando a necessária articulação e a observância das prioridades regionais definidas nas instâncias gestoras do SUS. Qualificação dos serviços de assistência farmacêutica existentes, em articulação com os gestores estaduais e municipais nos diferentes níveis de atenção. Descentralização das ações, com definição das responsabilidades das diferentes instâncias gestoras, de forma pactuada e visando à superação da fragmentação em programas desarticulados. Desenvolvimento, valorização, formação, fixação e capacitação de recursos humanos. Modernização e ampliação da capacidade instalada e de produção dos laboratórios farmacêuticos oficiais, visando ao suprimento do SUS e ao cumprimento de seu papel como referências de custo e qualidade da produção de medicamentos, incluindo-se a produção de fitoterápicos. Labs oficiais devem - Produzir medicamentos essenciais (Rename) , Monitorar preços de mercado, Capacitar profissionais Utilização da Rename, atualizada periodicamente, como instrumento racionalizador das ações no âmbito da assistência farmacêutica. Pactuação de ações intersetoriais que visem à internalização e ao desenvolvimento de tecnologias que atendam às necessidades de produtos e serviços do SUS nos diferentes níveis de atenção. Implementação de uma política pública de desenvolvimento científico e tecnológico, envolvendo os centros de pesquisa e as universidades brasileiras, com o objetivo do desenvolvimento de inovações tecnológicas que atendam os interesses nacionais e as necessidades e prioridades do SUS. Definição e pactuação de ações intersetoriais que visem à utilização das plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos no processo de atenção à saúde, com respeito aos conhecimentos tradicionais incorporados, com embasamento científico, com adoção de políticas de geração de emprego e renda, com qualificação e fixação de produtores, envolvimento dos trabalhadores em saúde no processo de incorporação dessa opção terapêutica e baseado no incentivo à produção nacional, com a utilização da biodiversidade existente no país. Construção de uma política de vigilância sanitária que garanta o acesso da população a serviços e produtos seguros, eficazes e com qualidade. Estabelecimento de mecanismos adequados para a regulação e monitoração do mercado de insumos e produtos estratégicos para a saúde, incluindo os medicamentos. Promoção do uso racional de medicamentos por intermédio de ações que disciplinem a prescrição, a dispensação e o consumo. AF descentralizada: os medicamentos do programa de componente estratégico são comprados e distribuídos pelo governo federal. Parte dos medicamentos do componente especializado são de responsabilidade dos governos estaduais, e a maioria dos medicamentos do componente básico são de responsabilidade dos municípios. Lei n. 9.787, de 10/02/1999, criação das condições para a implantação de medicamentos genéricos, em consonância com normas adotadas pela Organização Mundial da Saúde, Países da Europa, Estados Unidos e Canadá. Os genéricos devem ser no mínimo 35% mais baratos que o medicamento referência correspondente. RDC n. 47 de 2001 (BRASIL, 2001) aprovou a inserção da tarja amarela com a letra “G” maiúscula, com a inscrição “Medicamento genérico”. Marco na história da farmácia no Brasil, amplia o acesso aos medicamentos e incentiva a inovação tecnológica por parte dos centros de pesquisa e indústria farmacêutica. Medicamento genérico – medicamento similar a um produto de referência ou inovador, que se pretende ser com este intercambiável, geralmente produzido após a expiração ou renúncia da proteção patentária ou de outros direitos de exclusividade, comprovada a sua eficácia, segurança e qualidade, e designado pela DCB ( denominação comum brasileira) ou, na sua ausência, pela DCI (BRASIL, 1999). Genérico: medicamento similar ao de referência, sendo considerado intercambiável por apresentar a mesma biodisponibilidade (bioequivalentes). Não é uma cópia idêntica ao de referência, pois ele pode diferir quanto à cor, tamanho e excipientes. É desenvolvido a partir de uma molécula já existente. O laboratório não tem gastos no desenvolvimento de uma nova substância e nem com pesquisa clínica. Os laboratórios gastam menos dinheiro com propaganda, pois não há um nome comercial para justificar grandes campanhas publicitárias. Os medicamentos similares, genéricos e de referência são considerados equivalentes farmacêuticos, pois têm o mesmo princípio ativo, na mesma concentração e forma farmacêutica. Para produzir genérico, a empresa deve acessar as listas de medicamentos referência no portal da Anvisa para saber se há um medicamento de marca com a mesma substância ativa, dosagem e indicação, que servirá como comparação para o registro do genérico que se pretende registrar. A empresa deve solicitar licença de importação dos medicamentos referência para poder fazer os testes in vitro e in vivo. Normas e procedimentos técnicos para registro de medicamento genérico no Brasil: Definições utilizadas para registro de medicamentos genéricos, Medidas antecedentes ao registro, Documentação para registro, Medicamentos que não serão aceitos como genéricos, Medidas pós registro. Documentos que devem ser apresentados para o registro dos genéricos: Recolhimento da taxa de fiscalização de vigilância sanitária; Licença de funcionamento da empresa; Autorização de funcionamento da empresa; Certificado de boas práticas de fabricação e controle; Notificação da produção de lote piloto; Certificado de responsabilidade técnica; Formulários de petição (FP1 e FP2) e modelo de bula, rótulo e cartucho; Somente centros autorizados pela Anvisa podem fazer os testes de equivalência e bioequivalência; Há medicamentos que não podem ser registrados como genéricos; Alguns medicamentos não são absorvidos, então não há como se provar a bioequivalência como os contrastes. Documentos técnicos exigidos pela Anvisa no registro de medicamentos genéricos: Testes de estabilidade- Estudo de estabilidade acelerada de um lote desenhado para determinar o prazo de validade dos medicamentos. Dissolução: Estudo comparativo entre o genérico e o medicamento de referência. Compara-se a velocidade na qual o fármaco se dissolve no meio de dissolução. Equivalência farmacêutica- Comparação feita entre o medicamento genérico e o de referência para provar que possuem o mesmo fármaco, com mesma dosagem, através dos seguintes testes: determinação de peso, dureza, friabilidade, desintegração, dissolução, pH e uniformidade de conteúdo Biofarmacotécnicos- Estudo de biodisponibilidade que prova a bioequivalência entre genérico e referência Alguns medicamentos, por características próprias, dificilmente terão a bioequivalência provada. Os fitoterápicos, por exemplo, são produzidos com uma parte da planta ou extrato, tintura etc. Como as plantas são diferentes entre si, existe considerável variação de teor de princípios ativos e biodisponibilidade, dificultando a determinação de bioequivalência. No SUS, os prescritores devem adotar a DCB, sinônimo de nome genérico. Os prescritores de serviços particulares podem adotar a DCB ou nome comercial. Na dispensação, o farmacêutico pode substituir o medicamento referência pelo genérico quando não houver nenhuma restrição expressa (manuscrito) por parte do prescritor. Quando o farmacêutico fizer a substituição, ele deve indicar na prescrição que fez a substituição, carimbar, assinar e datar. Se