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Universidade Católica de Moçambique Centro de Educação a distância Bioquímica Metabólica Melita Nazario:708202454 Curso De: Licenciatura Em Ensino de Biologia Disciplina: Bioquímica Ano: 3º Tete, Maio de 2022 Universidade Católica de Moçambique Centro de Educação a distância Bioquímica Metabólica Melita Nazario:708202454 Curso De: Licenciatura Em Ensino de Biologia Disciplina: Bioquímica Ano: 3º Docente: Nthete Buleza Tete, Maio de 2022 Índice Pág. I. Introdução...................................................................................................................... 4 II. Bioquímica Metabólica ................................................................................................ 5 2.1 Conceito De Bioquímica Metabólica ......................................................................... 5 2.2 Metabolismo ............................................................................................................... 5 2.2.1 As funções basicamente do Metabolismo ............................................................... 5 2.2.2 Fases do metabolismo, ligadas directamente a sua função ...................................... 6 2.2.2.1 Catabolismo .......................................................................................................... 6 2.2.2.2 Anabolismo ........................................................................................................... 8 2.2.3 Características Do Metabolismo .............................................................................. 9 2.3 Glicólise .................................................................................................................... 11 2.3.1 Etapas e Reacções .................................................................................................. 11 2.4 O ATP Transporta Energia das Reacções Catabólicas até as Reacções Anabólicas 11 2.5 A síntese do ATP ...................................................................................................... 12 2.6 Ciclo de Krebs .......................................................................................................... 13 2.6.1 Regulação do Ciclo de Krebs ................................................................................ 14 2.7 Metabolismo dos Aminoácidos e Grupo Amino dos Compostos Nitrogenados ...... 14 2.8 Metabolismo de Aminoácidos e Ciclo Da Ureia ...................................................... 15 III. Conclusão ................................................................................................................. 16 IV. Referência bibliográfica ........................................................................................... 17 4 I. Introdução O presente trabalho tem como tema “Bioquímica Metabólica”. Neste contexto são abordados os conteúdos relacionados com o metabolismo, primeiramente dou um conceito acerca da bioquímica metabólica, em seguida falo das funções básicas do metabolismo e fases do metabolismo ligadas directamente a suas funções. Através do tópico de metabolismo também são abordado assuntos relacionados com o catabolismo e Anabolismo, posteriormente falo das características do metabolismo, falo do Glicólise e as Etapas e suas Reacções, também falo do ATP transporta energia das reacções catabólicas até as reacções anabólicas e a síntese do ATP, ciclo de Krebs, Regulação do Ciclo de Krebs, metabolismo dos aminoácidos e grupo amino dos Compostos nitrogenados, para terminar o trabalho falo do metabolismo de aminoácidos e ciclo da ureia. 1.1 Objectivo geral Explicar conceitos da Bioquímica Metabólica. 1.2 Objectivos específicos Definir o conceito da Bioquímica Metabólica e sua importância; Conhecer os conceitos básicos da Catabolismo e anabolismo; Caracterizar o Metabolismo; Falar do Ciclo de Krebs. 1.3. Metodologia de pesquisa Para a elaboração do presente trabalho recorreu-se ao método bibliográfico, pois fez-se o uso de livros, módulos, manuais, artigos, que consistiu na concretizarão do trabalho final. As referencias usadas foram (Torquemada Guerra et al, (2011). Débora Dalpai, (2018). & Marques, Maria Risoleta Freire, (2014). 5 II. Bioquímica Metabólica 2.1 Conceito De Bioquímica Metabólica Segundo (Torquemada Guerra et al, 2011, p.63). Bioquímica Metabólica trata do anabolismo e catabolismo: degradação de aminoácidos e do ciclo da ureia, metabolismo dos ácidos graxos, glicólise, ciclo de Krebs, síntese e degradação do glicogênio, via das pentoses-fosfato e vias metabólicas. Existe uma grande variedade de vias metabólicas. Em humanos, as vias metabólicas mais importantes são: Glicólise - oxidação da glicose a fim de obter ATP. Ciclo de Krebs - oxidação do acetil-CoA a fim de obter energia. Fosforilação oxidativa - eliminação dos electrões libertados na oxidação da glicose e do acetil-CoA. Grande parte da energia libertada neste processo pode ser armazenada na célula sob a forma de ATP. Via das pentoses-fosfato - síntese de pentoses e obtenção de poder redutor para reacções anabólicas. Ciclo da ureia - eliminação de NH4 + sob formas menos tóxicas. β-oxidação dos ácidos graxos - transformação de ácidos graxos em acetil-CoA, para posterior utilização pelo ciclo de Krebs. Neoglicogênese - síntese de glicose a partir de moléculas não glicolíticas, para posterior utilização pelos órgãos glicodependentes, como o cérebro, miocárdio e glóbulos vermelhos. 2.2 Metabolismo Segundo (Torquemada Guerra et al, 2011, p.63). Metabolismo é o conjunto de reacções químicas que ocorrem nas células e que lhe permitem manter-se viva, crescer e dividir-se. 2.2.1 As funções basicamente do Metabolismo Obtenção de energia química por captura da energia solar (incorporada na forma de ligações químicas de carbono: carboidratos) ou degradação de 6 moléculas energeticamente ricas (nutrientes) obtidas do ambiente (carboidratos, lipídios, proteínas). Síntese de biomoléculas (precursoras ou polímeros) e outras estruturas específicas para o organismo, como proteínas, moléculas de estoque energético, hormônios, neurotransmissores, etc. 2.2.2 Fases do metabolismo, ligadas directamente a sua função 2.2.2.1 Catabolismo Segundo (Torquemada Guerra et al, 2011 & Débora Dalpai, 2018). Catabolismo tem função de : Obtenção de energia e poder redutor a partir de macromoléculas como proteínas, triacilgliceróis. O catabolismo compreende a fase degradativa: degradação de moléculas nutrientes em produtor finais menores e mais simples, que irá liberar energia (E), da qual parte é incorporada na forma energia química (ATP ou transportadores de electrões reduzidos – NADH, NADPH, FADH2); e o restante é perdido na forma de calor. A degradação enzimática de cada um dos principais tipos de biomoléculas (carboidratos, lipídios e proteínas) ocorre passo a passo, através de reacções enzimáticas consecutivas, e libera energia (Figura: 1). Existem três estágios principais no catabolismo aeró- bico. No estágio I, as macromoléculas celulares são degradadas em suas unidades fundamentais. Assim, por exemplo, os polissacarídeos são degradados a hexoses e pentoses, enquanto os lipídeos são degradados em ácidos graxos e glicerol, e as proteínas são hidrolisadas em seus 20 aminoácidos primários. No estágio II do catabolismo, os vários produtos formados no estágio I são reunidos e convertidos em um número menor de moléculas ainda mais simples. Desse modo, as hexoses, as pentoses e o glicerol do estágio I são degradados a um intermediário mais simples, com três carbonos, o piruvato. O piruvato, por sua vez, é convertido em uma unidade de dois carbonos(C2), o grupo acetil, o qual é transportado dentro da célula, ligado a uma coenzima, a coenzima A, ou seja, na forma de acetil- coenzima A (acetil-CoA). 7 De forma similar, os ácidos graxos e o esqueleto carbônico dos aminoácidos são quebrados em grupos acetil para formar o acetil-CoA. Dessa forma, o acetil-CoA é o produto final comum do estágio II do catabolismo. No estágio III, o grupo acetil do acetil-CoA é introduzido no Ciclo dos Ácidos Tricarboxílicos (TCA) ou Ciclo de Krebs (CK). O TCA pode ser considerado como uma via final comum de degradação de biomoléculas, através da qual a maioria das moléculas fornecedoras de energia são finalmente oxidadas a dióxido de carbono. É importante notar que as vias catabólicas convergem em direcção ao TCA, o qual constitui o estágio III do catabolismo. Por isso, as vias catabólicas são chamadas de vias convergentes. Figura 1: Esquema simplificado do catabolismo de diferentes moléculas e seus estágios. Fonte: Marques, Maria Risoleta Freire, 2014, p.162 Durante o estágio I do catabolismo, centenas de proteínas diferentes são degradadas a apenas 20 aminoácidos; no estágio II, esses 20 aminoácidos são degradados principalmente em acetil-CoA e amônia (NH 3); e no estágio III, os grupos acetil (do acetil-CoA formado) são oxidados via TCA a CO2. De maneira semelhante, no estágio I, muitos polissacarídeos diferentes são degradados a alguns açúcares simples, e estes são convertidos em acetil-CoA no estágio II e, finalmente, em CO2 no estágio III. 8 Ainda no estágio III do catabolismo, os electrões gerados no TCA (na forma de duas coenzimas reduzidas, NADH e FADH 2) são finalmente oxidados na cadeia transportadora de electrões na mitocôndria. A esse fluxo de electrões está acoplada a fosforilação do ADP para a produção de ATP. Esse fluxo de electrões na cadeia transportadora reduz, ao final, o oxigénio molecular (o aceptor final de electrões na cadeia), produzindo H2O. Assim, ATP e H2O são dois produtos finais do catabolismo celular, além do CO 2 e da amônia (ou outros produtos nitrogenados). 2.2.2.2 Anabolismo Segundo (Torquemada Guerra et al, 2011 & Débora Dalpai, 2018). Produção de novos componentes celulares, em processos que geralmente utilizam a energia e o poder redutor a partir de moléculas menores como aminoácidos. O Anabolismo compreende a fase de síntese: síntese de moléculas grandes, específicas e complexas (polipeptídeos, polissacarídeos, ácidos graxos) a partir de precursores menores e mais simples. De acordo com (Marques, Maria Risoleta Freire, 2014, p.165). O anabolismo (biossíntese) também ocorre em três estágios e começa com moléculas precursoras pequenas. Por exemplo, a biossíntese de proteínas inicia-se com a formação de α- cetoácidos. No estágio seguinte, os α-cetoácidos são aminados. Na fase final do anabolismo, esses aminoácidos são reunidos de forma ordenada em cadeias polipeptídicas, formando-se, assim, um grande número de proteínas diferentes. De maneira semelhante, grupos acetil são reunidos em moléculas de ácidos graxos e estes, por sua vez, ordenadamente reunidos em moléculas para a produção de lipídeos variados. No caso da síntese de glicose (carboidrato), o piruvato e o lactato estão entre as moléculas precursoras utilizadas. O anabolismo é um processo divergente, ou seja, tem início com poucas moléculas precursoras pequenas e, a partir delas, constrói-se uma grande variedade de macromoléculas. As vias anabólicas centrais têm muitas ramificações que levam à formação de centenas de componentes celulares diferentes, ou seja, as vias anabólicas são ditas vias divergentes, (Marques, Maria Risoleta Freire, 2014, p.165). 9 Cada um dos estágios principais, tanto no catabolismo, como no anabolismo de uma dada biomolécula, é catalisado por um sistema multienzimático. As transformações químicas consecutivas que ocorrem em cada uma das rotas metabólicas centrais do metabolismo são virtualmente idênticas em todas as formas de vida (Marques, Maria Risoleta Freire, 2014, p.165).. Cabe salientar que o anabolismo (biossíntese), além de consumir energia química na forma de ATP e ser no seu conjunto divergente, as vias que o integram não são simplesmente o inverso da via catabólica correspondente. Mesmo quando semelhan- ças ocorrem, sempre há entre as reações aquela(s) que, sendo irreversível(veis), são substituídas por outras, termodinamicamente mais favoráveis, sendo denominadas de desvios (Marques, Maria Risoleta Freire, 2014, p.165). Figura 2: As vias de degradação e síntese, respectivamente, do metabolismo celular Fonte: Marques, Maria Risoleta Freire, 2014, p.161 2.2.3 Características Do Metabolismo 1. De acordo com (Torquemada Guerra et al, 2011 & Débora Dalpai, 2018). O Metabolismo ocorre através de reacções química sequenciais: no metabolismo, a soma de todas as transformações químicas em uma célula/organismo ocorre por meio de uma série de reacções catalisadas por enzimas que constituem as vias metabólicas. Cada uma das etapas consecutivas de uma via metabólica produz uma pequena alteração química específica (normalmente remoção, transferência ou adição de um átomo em 10 particular ou grupo funcional). O precursor é convertido em um produto por meio de uma série de intermediários metabólicos chamados de metabólitos. As moléculas são gradativamente e lentamente transformadas de tal maneira que a energia contida nas ligações Química seja melhor aproveitada; Tais reacções podem ser tanto reversíveis quanto irreversíveis, e geralmente produzem grande quantidade de espécies ácidas, que em pH biológico (7,4) normalmente estão desprotonadas (na forma de sal); 2. De acordo com (Torquemada Guerra et al, 2011 & Débora Dalpai, 2018). As Vias metabólicas são reguladas: outra importante característica das vias metabólicas está relacionada a sua regulação: todas as vias metabólicas são reguladas, tanto dentro como fora das células, seja por regulação alostérica (vide enzimas) interna as células, seja por acção de sinalizadores nos tecidos, como harmónios que atuam fora das células. A maioria das células tem enzimas para realizar tanto a degradação quanto a síntese das principais categorias de biomoléculas, porém, a síntese e degradação simultâneas de ácidos graxos seriam inúteis. Isso é evitado pela regulação recíproca das sequências de reacções anabólicas e catabólicas: quando uma sequência está activa, a outra está suprimida. As vias são reguladas para que não operem desnecessariamente; A regulação ocorre ao nível enzimático e todas as vias metabólicas possuem em sua sequência de reacções ao menos uma reacção catalisada por uma enzima passível de regulação, que pode ser através: (a) Da acção de inibidores; (b) Da disponibilidade do substrato; (c) De enzimas alostéricas; (d) De modificação covalente (fosforilação) : acção hormonal; 3. Vias do catabolismo podem ser o inverso de vias anabólicas: algumas vias combinam o mesmo produto final e inicial, podendo de maneira geral serem o inverso umas das outras (inclusive no que se diz respeito a algumas reacções). 11 Entretanto, as vias têm de ser reguladas de maneira independente, onde pelo menos algumas reacções são específicas da mesma → regulação recíproca. 2.3 Glicólise 2.3.1 Etapas e Reacções Segundo (Torquemada Guerra et al, 2011, p.64). Essa via ocorre por anaerobiose e é um processo pelo qual uma hexose, a molécula de glicose, é oxidada a duas moléculas de piruvato. Esse processo é realizado em duas etapas: a primeira em que se trata da fosforilação da glicose para que seja mantido preso na célula onde é oxidada à Gliceraldeido-3P e à Dihidroxiacetona-P. Nessa primeira etapa só há gasto de energia. A segunda, a Dihidroxiacetona-P é transformada em Gliceraldeido-3P para continuar a via. As duas moléculasde Gliceraldeido-3P são transformadas em duas moléculas de piruvato. Nessa segunda etapa há compensação da energia perdida na primeira etapa e apresenta um saldo positivo de ATP. 2.4 O ATP Transporta Energia das Reacções Catabólicas até as Reacções Anabólicas Segundo (Marques, Maria Risoleta Freire, 2014, p.167). Moléculas nutrientes complexas, como a glicose, contêm muita energia potencial devido ao seu alto grau de organização estrutural. Quando a molécula de glicose é degradada, por oxidação, a seus produtos finais simples e pequenos, CO2 e H2O, uma grande quantidade de energia livre torna-se disponível. A energia livre é a forma de energia capaz de produzir trabalho sob condições de pressão e temperatura constantes. Entretanto, se não houver alguma forma de capturar ou conservar a energia livre liberada na ocasião da oxidação da glicose, ela se dissipará na forma de calor. Embora a energia calorífica seja útil na manutenção da temperatura corporal nos animais superiores, ela não pode ser usada para realizar o trabalho mecânico da contracção muscular e nem o trabalho químico necessário para a biossíntese de moléculas. Dessa forma, uma grande parte de energia livre liberada da glicose e de outros combustíveis celulares durante seu catabolismo é conservada pelo acoplamento da síntese de adenosina trifosfato (ATP) a partir de adenosina difosfato (ADP) e fosfato inorgânico. 12 Essas substâncias, ATP, ADP e fosfato, estão presentes em todas as células vivas e atuam como sistema transmissor de energia universal. A energia química assim conservada na forma de ATP pode realizar trabalho de quatro formas diferentes. Ela pode prover a energia necessária para o trabalho químico de biossíntese. Nesse processo, o grupo, ou grupos, fosfato terminal do ATP é transferido enzimaticamente para moléculas ou unidades fundamentais precursoras, que se tornam, assim, “energizadas” ou “ativadas” e preparadas para serem reunidas em macromoléculas. O ATP é também a fonte de energia para a motilidade celular ou para a contração muscular. O ATP é o fornecedor de energia para o transporte de nutrientes através de membranas e contra gradientes de concentração. A energia do ATP é também usada para assegurar a transferência de informação genética durante a biossíntese do DNA, do RNA e de proteínas (Marques, Maria Risoleta Freire, 2014, p.167). Sempre que a energia química do ATP é empregada para realizar trabalho celular, o seu grupo fosfato terminal é perdido e aparece como fosfato inorgânico livre, o ADP restante é a forma descarregada do sistema transportador de energia. O ADP pode ser recarregado com um grupo fosfato, regenerando o ATP, em reacções que são acopladas àquelas que liberam energia e que ocorrem durante a degradação de biomoléculas na célula. Temos assim, nas células, um ciclo de energia em que o ATP serve como um elo de transporte de energia, unindo os processos celulares que liberam ou fornecem energia àqueles que a consomem. O ATP pode ser produzido a partir de diferentes estratégias metabólicas (Marques, Maria Risoleta Freire, 2014, p.168). 2.5 A síntese do ATP De acordo com (Marques, Maria Risoleta Freire, 2014, p.168). O ATP é sintetizado nas células a partir de ADP e fosfato inorgânico (Pi). De longe, a maior proporção da produção de ATP ocorre na mitocôndria e nos cloroplastos, estes presentes nas plantas verdes. Essas organelas, as quais apresentam uma membrana dupla (uma membrana externa e uma interna), possuem uma estrutura especial necessária para a síntese de ATP. Os organismos procarióticos produzem ATP de forma semelhante, mas, nesse caso, essa produção ocorre nas dobras da membrana plasmática. Em ambos os processos, a produção de ATP depende de um fluxo ou transporte de electrões através de uma cadeia transportadora de electrões. Na produção de ATP na 13 mitocôndria, durante a respiração celular, os electrões provenientes do catabolismo das biomoléculas fluem por esses transportadores até o aceptor final, o oxigénio, que é reduzido, formando H2O. Esse fluxo de electrões através de uma série de transportadores na mitocôndria é denominado de cadeia respiratória. Esse transporte de electrões tem a fosforilação do ADP acoplada a ele. A produção de ATP, acoplada ao transporte de electrões na cadeia respiratória, é chamada de fosforilação oxidativa (Marques, Maria Risoleta Freire, 2014, p.168). 2.6 Ciclo de Krebs Segundo (Torquemada Guerra et al, 2011, p.71). Também conhecido como Ciclo do Ácido Cítrico ou Tricarboxílico, ocorre na matriz mitocondrial. O ciclo de Krebs, também chamado de ciclo do ácido cítrico (ou ciclo dos ácidos tricarboxílicos), é uma via metabólica central que ocorre dentro da mitocôndria, cuja função principal é fazer a degradação oxidativa de metabólitos que fornecem energia para a célula, além de ter caráter anfibólico (tanto participa do catabolismo quanto do anabolismo). Figura 3. Esquema resumido do Ciclo de Krebs. Fonte: Torquemada Guerra et al, 2011, p.72 A acetil-CoA pode ser proveniente também de outras fontes além da via glicolítica como da oxidação de proteínas e lipídeos. Iniciando o ciclo de Krebs, 2 moléculas de Acetil-CoA provenientes de uma molécula de glicose se condensam com número equivalente de oxaloacetato originando a liberação de CoA, duas moléculas de citrato e duas moléculas de CO2. A liberação de H+ de intermediários das reacções do ciclo é capturada por moléculas de NAD+ que passam para sua forma reduzida NADH + H+ e capturados por molécula FAD+ passando a FADH2. Acontece também a transformação da molécula de GDP em GTP a qual é desfosforilada por ADP dando 14 ATP. Esse ATP assim como os produzidos na via glicolítica são os ATPs formados ao nível de substrato e fora da cadeia de transporte de electrões. Os electrões capturados pelas moléculas de NAD+ e de FAD+ são direccionados para a cadeia de transporte de electrões que, acoplada a fotofosforilação oxidativa, dão origem ao conjunto de moléculas de ATP que servirá como moeda energética para todos os processos metabólicos. No ciclo são produzidos 2 CO2 + 3NADH + 1 FADH2 + 1GTP. O fosfato do GTP é transferido para o ADP dando ATP. Em resumo, o ciclo de Krebs funciona para produzir energia e compostos de carbono. Contudo, se os intermediários forem removidos para uso em outras vias metabólicas, estes devem ser repostos. O processo de reposição é diferente quando da utilização de açúcares ou ácidos graxos sendo realizado pelas vias anapleróticas: 2.6.1 Regulação do Ciclo de Krebs Segundo (Torquemada Guerra et al, 2011, p.71). O ciclo de Krebs é controlado fundamentalmente pela disponibilidade de substratos, inibição pelos produtos e por outros intermediários do ciclo. Piruvato desidrogenase: é inibida pelos próprios produtos, acetil-CoA e NADH. Citrato sintase: é inibida pelo próprio produto, citrato. Também inibida por NADH e succinil-CoA que sinalizam a abundância de intermediários do ciclo de Krebs. Isocitrato desidrogenase e α-cetoglutarato desidrogenase: tal como a citrato sintase, são inibidas por NADH e succinil-CoA. A isocitrato desidrogenase também é inibida por ATP, e estimulada por ADP. Todas as desidrogenases mencionadas são estimuladas pelos íons cálcio. 2.7 Metabolismo dos Aminoácidos e Grupo Amino dos Compostos Nitrogenados Segundo (Torquemada Guerra et al, 2011, p.88). Nos sistemas vivos, o nitrogênio reduzido é incorporado primeiro nos aminoácidos, e depois em uma 15 variedade de outras biomoléculas, incluindo os nucleotídeos. O ponto-chave de entrada é o glutamato. O glutamato e a glutamina são os doadores de nitrogénio em uma larga variedade de reacções biossintéticas. A glutamina sintetase, que catalisa a formação da glutamina a partir do glutamato, é uma importanteenzima reguladora do metabolismo do nitrogénio. As plantas e as bactérias sintetizam todos os 20 aminoácidos comuns. Os mamíferos podem sintetizar apenas a metade; outra metade deles, que são os aminoácidos essenciais, precisa estar presentes na alimentação que são os aminoácidos essenciais. Entre os aminoácidos não essenciais, o glutamato é formado por aminação redutiva do α- cetoglutarato e serve como precursor da glutamina, prolina e arginina. O alfa-cetoglutarato origina o glutamato, a glutamina, prolina e arginina. 2.8 Metabolismo de Aminoácidos e Ciclo Da Ureia Segundo (Torquemada Guerra et al, 2011, p.90). O ciclo da ureia tem uma função central no metabolismo do nitrogénio. Ele está envolvido no anabolismo e no catabolismo de aminoácidos e apresenta elos com o ciclo de Krebs. Além de serem constituintes das proteínas, os aminoácidos podem ser usados como precursores de moléculas biológicas nitrogenadas como hemes, nucleotídeos e glutationa. O excesso de aminoácidos da dieta não é armazenado nem excretado, é convertido em piruvato, oxaloacetato, α-cetoglutarato e outros. Consequentemente, os aminoácidos são também precursores de glicose, ácidos graxos e corpos cetônicos. Podem, portanto, serem usados também para produção de energia. O processo envolve a eliminação do grupo amina ou desaminação, envolve a incorporação do amónio assim produzido em ureia, para posteriormente ser excretado e convertido em esqueleto carbónico e em intermediários metabólicos. A desaminação da maioria dos aminoácidos envolve uma transaminação prévia, que consiste na transferência do seu grupo amino para um α-cetoácido, produzindo o aminoácido correspondente ao α -cetoácido e o α -cetoácido correspondente ao aminoácido original. Geralmente o receptor do grupo amina é o α-cetoglutarato, que é convertido em glutamato, glutamina e daí ao carbamoilfosfato, composto importante para realização do ciclo da ureia como também para a formação das bases nitrogenadas, (Torquemada Guerra et al, 2011, p.90). 16 III. Conclusão Com o presente trabalho, realço a aprendizagem ou o aprofundamento dos conhecimentos no que tange a Bioquímica Metabólica. Conclui que a Bioquímica Metabólica está por trás de todo fenómeno biológico que ocorre no organismo humano, e que, portanto, estudá-la vai muito além de memorizar vias metabólicas permite entender o funcionamento dos processos vitais em nível celular e até molecular, tratando do anabolismo e catabolismo, efectuando a degradação de aminoácidos proteínas, carboidratos, lipídios, ácidos nucleicos e ciclo da ureia. 17 IV. Referência bibliográfica 1. Torquemada Guerra et al, (2011). Bioquímica Metabólica, Universitária Federal da Paraíba, l610p. 2. Débora Dalpai, (2018). Bioquímica médica para iniciantes ilustrações de Raphael Sales Cerqueira, Porto Alegre: Ed. da UFCSPA,. 133 p. 3. Marques, Maria Risoleta Freire, (2014). Bioquímica, 1. Ed. Revisada Florianópolis , Ead, Ufsc,. 182 P.
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