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Análise de Modelo Prof. Ms. Lisandra Mozzaquatro 1 ONDE ESTUDAR? VELLINI - ORTODONTIA DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO Cap. 8 e Cap. 11 Os modelos de estudo, em gesso, se constituem em um dos elementos de grande importância para o diagnóstico e planejamento dos tratamentos Ortodônticos. Asseguram um registro permanente da má oclusão em três dimensões. Pode ser realizado na permanente e decídua 3 Dentadura Permanente Dentadura Permanente 4 Análise da face oclusal dos dentes superiores e inferiores; Forma e simetria dos arcos; Alinhamento dos dental; Diastemas, anomalias de forma e tamanho; Forma do palato. ANÁLISE DE MODELOS - VISTA OCLUSAL Perímetro do arco Distância intercanina Distância interpré-molares Distância intermolares Comprimento do arco Perimetro do arco - traduz as medidas transversais que se estendem de um dente até o seu contralateral Comprimento dos arcos dentários consiste na dimensão anteroposterior do arco dentário, estendendo-se da face palatina do incisivo central, passando pela rafe palatina até encontrar a linha imaginária que passa pela face mesial dos primeiros molares Permanentes. Largura dos arcos dentários traduz as medidas transversais que se estendem de um dente até o seu contralateral 6 7 ANÁLISE DE MODELOS - VESTIBULAR E SAGITAL Sobremordida ou overbite; Sobressaliência ou overjet. Mordida cruzada anterior e posterior; Inclinações axiais; Curva de Spee; Linha média. 8 Sobremordida ou overbite Registrada em relação à proporção da coroa dos incisivos inferiores que se encontra recoberta pelos incisivos superiores, tomando-se como referência o dente com maior sobreposição. Em casos de mordida aberta, avalia-se em milímetros o grau de sua severidade. Mensuração da Sobremordida 9 A B A – demarcamos onde o ICI alinha-se horizontalmente. B – onde o ICI alinha-se verticalmente. 10 Registrada em relação à proporção da coroa dos incisivos inferiores que se encontra recoberta pelos incisivos superiores, tomando-se como referência o dente com maior sobreposição. Mensuração da Sobressaliência 11 Podemos aferir com uma régua ou um paquímetro. Em A , avaliamos a sobressaliencia e em B a Sobremordida. Essa discrepância poderá ser negativa ou positiva. Se positiva, teremos mordida profunda e Sobressaliência, I 12 Essa discrepância poderá: Se positiva, podemos ter: Essa discrepância poderá: Se negativa, podemos ter: Essa discrepância poderá: Se ZERO, não há Sobressaliência e sobremordida: 15 Mensuração da Linha Média Linha média superior deve ser avaliada na foto frontal da face do paciente. No modelo, a linha média superior tem como referência a linha média inferior. A linha média inferior, deve coincidir com o freio lingual inferior. 16 17 Mensuração da relação molar 18 Mensuração da curva de Spee A presença da curva de Spee causa uma depressão no plano oclusal inferior, que vai da cúspide distal do último molar em oclusão à borda incisal do ICI, visto em norma lateral. É obtida em mm, na região de maior profundidade. A curva de Spee, na oclusão normal, deve ser praticamente plana. Na mandíbula, não deve ter profundidade maior que 1,5mm. 19 Caso 1 20 21 Caso 2 22 23 Caso 3 Caso 4 26 27 Análise de modelo – Vista Lingual Em uma visão lingual: Pontos de contato; Relações cúspides e fossas; Atresias maxilares; Determinação de contatos prematuros. Materiais Modelo de gesso Inferior Ficha cartão Compasso de ponta seca Lápis Borracha Régua milimetrada 30 Análise da Discrepância de Modelo Se sobra espaços – vou ter diastemas Se falta espaço vou ter dificuldade de alinhar esses dentes, sendo necessário realizar IPR ou extrações 31 Comparar Espaço presente Espaço requerido ok Sobra Espaço Cálculo de Discrepância de modelo Para calcularmos a Discrepância de Modelo (DM): Espaço Presente (EP)= perímetro do arco dental compreendido entre mesial do primeiro molar de um lado até a mesial do primeiro molar do lado oposto. Após deve-se esticar o fio de latão sobre um régua e medir o valor final em milímetros. O espaço presente pode ser medido com fio de latão ou compasso de pontas secas. 33 Cálculo de Discrepância de modelo Espaço Requerido (ER)= somatória do maior diâmetro M-D dos dentes permanentes localizados da mesial do 1° Molar à mesial do 1° Molar do lado oposto. 34 Somar o diâmetro M-D dos dentes: Soma = 31+32+33+34+35+41+42+43+44+45 Cálculo de Discrepância de modelo Conforme vai-se medindo com o compasso vai se transferindo as medições para um cartão ou papel e realiza-se a mensuração com uma régua em milímetros. Cálculo de Discrepância de modelo Obtido o Espaço Presente (EP) e o Espaço Requerido (ER), calcula-se a Discrepância de Modelo (DM): DM = EP - ER Cálculo de Discrepância de modelo DM positiva = o espaço presente é maior que o requerido. Sobra espaço DM negativa = o espaço presente é menor que o requerido. Falta espaço DM nula = o espaço presente é igual ao requerido. Tem espaço correto para o alinhamento dentário. DM = EP - ER Sobra espaço no arco 39 Falta Espaço Dentadura Mista Qual a probabilidade dos dentes 3, 4 e 5 irromperem corretamente em suas posições? Há necessidade ou não de se intervir recuperando espaços para a dentição permanente ? 1- Análise de Moyers Regras Dentadura mista Presença dos 4 primeiros molares permanentes; Presença dos incisivos superiores e inferiores permanentes. Moyers dividiu o arco dentário na dentição mista em dois segmentos: Anterior = incisivos permanentes Posterior = caninos. Primeiros e segundos molares decíduos. Objetivo: prever o tamanho dos dentes permanentes (caninos e pré-molares) não erupcionados. Utiliza os modelos superiores e inferiores 44 Segundo Moyers, o propósito de uma análise da dentição mista, é avaliar a quantidade de espaço disponível no arco para os dentes sucessores permanentes. Mas ela não prevê a quantidade de redução natural do perímetro que pode ocorrer durante o período de transição da mista para a permanente. Método de Moyers Método estatístico. Utiliza tabelas de probabilidades para prever o tamanho o C e PM não erupcionados, baseados na relação da soma M-D dos 4 incisivos inferiores. Temos uma tabela para os dentes superiores e outra para os dentes inferiores, mas nas duas, usamos o somatório dos incisivos inferiores com referência. 46 Análise da Dentadura Mista EP = perímetro do arco dental compreendido entre mesial do primeiro molar de um lado até a mesial do primeiro molar do lado oposto. ER= somatória dos 4 incisivos inferiores + Canino e PM permanentes (intraósseos). Como os caninos e PM estão intraósseos, precisaremos da Tabela de Moyers para estimar o tamanho desses dentes. DM = EP - ER (discrepância de modelo) = (espaço presente) - (espaço requerido) Cálculo de Discrepância de modelo Como medir o EP? Com compasso - a medição pode ser feita dividindo o arco dentário em 4 seções: a mesial do 1° M permanente a distal do IL; da distal do IL a mesial do IC; da mesial do IC a distal do IL; da distal do IL a mesial do 1° M permanente. 48 Cálculo de Discrepância de modelo Como medir o ER? Com compasso Medir o tamanho M-D dos 4 incisivos inferiores individualmente. 49 Cálculo de Discrepância de modelo ER = ER anterior + ER posterior Intraósseo ???, vou estimar na tabela. ER = soma M-D dos 4 incisivos + 2 vezes Soma M-D dos 4 incisivos Caninos e PM intraósseos Lado D e E como quero saber o tamanho dos C e PM do lado D e E multiplico o valor da tabela por 2. 50 Exemplo EP = 73 ER= medir 4 incisivos ER = 26,5 + valor da tabela multiplicado por 2. 51 Normalmente utiliza-se estimativas de 75%, pois em cada 4 casos, 3 apresentarão o valor estimado. EP = 73ER = 24,3 x 2 + 26,5 = 75,1 C e PM do lado D C e PM lado E DM = EP – ER DM = 73 -75,1 = -2,1 mm Discrepancia negativa pq o espaço requerido é menor que o espaço presente, então eu posso fazer administração dos espaços no arco com expansão. 52 Métodos radiográficos Método de Nance: Utiliza 4 radiografias periapicais, 2 para cada lado. Medir EP = com compasso de mesial a mesial de primeiros molares permanentes. Medir ER ant. = somando-se o diâmetro mésio-distal dos 4 incisivos permanentes. Região Posterior = radiografias periapicais de Caninos e Molares decíduos. EP 53 Métodos Radiográficos Método de Nance: Exige a aplicação de uma regra de três (para cada um dos dentes a serem medidos) a fim de eliminar as distorções radiográficas. Para cada dente devemos aplicar a fórmula: Onde x = dente permanente o qual se quer determinar o diâmetro. 54 EP ER Molar decíduo modelo = 8 mm Molar decíduo RX = 9 mm Molar perm. RX = mm X = ? (PM permanente) 8 — 9 8 — x X= 6,6 mm 4 periapicais 55 Exemplo Soma-se o diâmetro de cada dente posterior permanente na radiografia para obter o “Espaço Requerido posterior”. DM = EP – (ERa + ERp) 56 Interpretando a análise de modelo Positiva - o espaço presente é maior do que o espaço requerido. Sobrarão espaços na dentadura mista, e na permanente quantificaremos o diastema. Nula - o espaço presente é igual ao requerido. O tamanho ósseo é justo para abrigar os dentes permanentes naquele momento. Negativa - quando o espaço presente é menor do que o espaço requerido. Não há espaço na dentadura permanente ou que não haverá espaços para a erupção dos dentes permanentes não-erupcionados durante a dentadura mista. Esses dados, somados a outros elementos de diagnóstico, auxiliarão na melhor conduta terapêutica para nosso paciente. DM = EP - ER 59 Análise digital de modelos 60 Visualizador Itero 61 63
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