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1)A imagem abaixo apresenta a capa do American Phrenological Journal (1848), e apresenta a visão dominante sobre o funcionamento do cérebro naquela ocasião. Na perspectiva da frenologia, compreendia‐se que: o cérebro é um sistema de rede e conexões interligada regiões distintas do córtex cerebral controlariam funções específicas identificavam‐se as funções mentais de acordo com a especialização hemisférica neurônios eram as unidades sinalizadoras do cérebro e se interconectam de modo preciso. retratava com clareza a tendência globalista que compreende que as funções mentais resultam do funcionamento de muitas estruturas. 2)De acordo com Kandell (1995), em uma perspectiva atual sobre o funcionamento do cérebro, é correto afirmar que I. Os hemisférios cerebrais do telencéfalo participam de cada função mental. O funcionamento global permite que qualquer parte seja capaz de desempenhar todas as funções do hemisfério II. Regiões distintas e localizadas do cérebro realizam operações elementares. As faculdades mais elaboradas são tornadas possíveis pelas conexões em séries e em paralelo de diversas regiões cerebrais III. Cada função mental é subdividida em subfunções. Assim, uma determinada tarefa cognitiva, mesmo a mais simples, demanda a coordenação de diversas áreas distintas Está correto o que se afirma em: I, somente II, somente III, somente I e II, somente II e III, somente 3)Um dos debates importantes sobre o papel do cérebro no comportamento é levantado por Damásio, ao apresentar os pacientes Phineas Gage e Elliot, ambos acometidos por lesões pré‐ frontais. Tomando tais casos como referência, é correto afirmar que: as alterações comportamentais de tais pacientes são decorrências sociais do acidente sofrido as alterações comportamentais de tais pacientes estão relacionadas a uma redução da capacidade cognitiva global as alterações comportamentais são somente situações residuais de um quadro infeccioso, sem influência em um processo específico as alterações comportamentais são decorrências de processos infecciosos que atingem substratos inferiores da estrutura cerebral as alterações comportamentais estão associadas à importância da emoção em um processo de tomada de decisão 4)A segunda Unidade Funcional de Luria está localizada nas regiões anteriores do cérebro e inclui os lobos frontais e pré‐frontais nas regiões posteriores do cérebro, envolvendo as áreas parietais e temporais na região central do cérebro, em áreas subcorticais no tronco encefálico nas regiões posteriores do cérebro e inclui os lobos parietais (somatossensorial), occipital (visual) e temporal (auditivo) 5)Em seu livro O Erro de Descartes, o neuropsicólogo Antônio Damásio relata casos de pacientes com lesão na porção órbitofrontal do córtex pré‐frontal. Considerando essa informação, assinale a alternativa que não apresenta característica(s) observada(s) em tais pacientes dificuldade na inibição de comportamentos inapropriados alterações de personalidade pouca sensibilidade às consequências dos próprios comportamentos déficits na memória declarativa menor sensibilidade às regras sociais Linguagem e outras funções de alto nível 6)A área de Broca e área de Wernicke Em 1861, o neurologista francês Paul Broca identificou um paciente que era quase totalmente incapaz de falar e tinha uma lesão nos lobos frontais, o que gerou questionamentos sobre a existência de um centro da linguagem no cérebro. Mais tarde, descobriu casos nos quais a linguagem havia se comprometido devido a lesões no lobo frontal do hemisfério esquerdo. A recorrência dos casos levou Bronca a propor, em 1864, que a expressão da linguagem fosse controlada por apenas um hemisfério, quase sempre o esquerdo. Esta visão confere com resultados do procedimento de Wada, no qual um hemisfério cerebral é anestesiado. Na maioria dos casos, a anestesia do hemisfério esquerdo, mas não a do direito, bloqueia a fala. A área do lobo frontal esquerdo dominante que Broca identificou como sendo crítico para a articulação da fala veio a ser conhecida como área de Broca.(BEAR, 2002). Em 1874, o neurologista Karl Wernicke identificou que lesões na superfície superior do lobo temporal, entre o córtex auditivo e o giro angular, também interrompiam a fala normal. Essa região é atualmente denominada área de Wernicke. Tendo estabelecido que há duas áreas de linguagem no hemisfério esquerdo, Wernicke e outros começaram a mapear as áreas de processamento da linguagem no cérebro e levantaram hipóteses acerca de interconexões entre córtex auditivo, a área de Wernicke, a área de Broca e os músculos requeridos para a fala “O modelo neurolinguístico de Wernicke considerava que a área de Broca conteria os programas motores de fala, ou seja, as memórias dos movimentos necessários para expressar os fonemas, compô‐los em palavras e estas em frases. A área de Wernicke, por outro lado, conteria as memórias dos sons que compõem as palavras, possibilitando a compreensão.” (LENT, 2002, p. 637) Assim, se essas duas áreas fossem conectadas, o indivíduo poderia associar a compreensão das palavras ouvidas com a sua própria fala. Atualmente, o modelo de Wernicke teve que ser corrigido quando se observou que pacientes com lesões bem restritas à porção posterior do giro temporal superior (a área de Wernicke) apresentavam na verdade uma surdez linguística e não uma verdadeira afasia de compreensão. A área de Wernicke seria, então, responsável pela identificação das palavras e não da compreensão do seu significado Fonte: http://www.nce.ufrj.br/ginape/publicacoes/trabalhos/t_2002/t_2002_renato_aposo_e_franci ne_vaz/neurociencia.htm No que se refere aos trabalhos de Broca e Wernicke, assinale a alternativa correta: Promoveram a ideia de localização cortical das funções cognitivas Forneceram evidência empírica para a ideia de organização modular do cérebro Promoveram o estudo de pacientes com lesão cerebral como fonte de inferências para modelos do funcionamento cognitivo normal Consistiram, ambos, em um estudo de dupla dissociação Os dois trabalhos, em especial o de Wernicke, inspiraram a elaboração de modelos de processamento da linguagem
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