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Minicurso de Desmonte de Rochas com Explosivos Aula 11 - Desmonte de rocha subterrâneo (Parte 2) Por Bruno Pimentel Blasting Treinamentos OBJETIVO A aula tem o objetivo de conhecermos os principais conceitos que envolve os desmontes com explosivos subterrâneas. DESMONTE SUBTERRÂNEO PLANO DE FOGO PLANO DE FOGO Ao contrario do céu aberto, os desmontes subterrâneos tem limitações de espaço, assim dificilmente teremos uma operação com apenas um único desmonte. Mesmo nas obras os tuneis costumam ter no mínimo algumas dezenas de metros implicando num numero maior de detonações. Tanto as empresas de minerações quanto as de obras tende a contratar empresas de consultoria nos inícios de projetos que geralmente são quem fazem as primeiras propostas de plano de fogo, mas as minerações, por terem mais tempo de projeto, vão otimizando o plano ao longo dos desmontes. Todo plano inicial necessita de testes práticos, para que as considerações e os resultados sejam avaliados. A partir dai se faz as modificações necessárias para chegar no desenho “padrão”. Precisamos saber os conceitos básicos de cada elemento do desmonte para poder fazer uma checagem e estar sempre melhorando e adaptando as mudanças. PLANO DE FOGO O plano de fogo é a especificação detalha de todos os parâmetros que envolvem a realização de um desmonte de rocha especifico. Existe um abismo muito grande entre a prática e a teoria, principalmente devido aos motivos abaixo: - Fórmulas teóricas com muitas suposições ou simplistas demais - Quantidade de variáveis especifica de cada projeto - Variáveis incontroláveis - O explosivo é “incontrolável” - Pouca pesquisa cientifica - Falta de capacitação dos profissionais da área Assim, a elaboração do plano de fogo de cada desmonte é uma arte que deve ser aperfeiçoada com testes práticos e melhorias diária. PLANO DE FOGO • Os desmontes de lavra subterrânea tem uma peculiaridade quando comparado aos demais, que é uma maioria interferência ou interligação com a sequencia de detonações. • De forma mais intensa que os outros desmontes, é necessário pensar nas características e necessidades de toda a sequencia de desmontes para garantir as melhores condições para as demais detonações. PLANO DE FOGO Geralmente temos um plano de fogo teórico inicial, com as informações de desenho, e durante a operação se acrescenta as observações e modificações práticas realizadas, tendo assim o plano de fogo final, onde consta as informações finais do que realmente foi realizado e as justificativas das modificações frente ao teórico. Antes de iniciar precisamos reunir todas as informações/dados disponíveis, para que possamos tomar as decisões básicas do projeto, e por fim realizar verificação em campo das condições especificas de cada desmonte. Para elaboração do plano de fogo deve-se sempre se basear nos seguintes pontos: 1. Objetivos do desmonte 2. Equipamentos 3. Condições/geometria da frente 4. Características da rocha 5. Explosivos disponíveis SEQUÊNCIA DO PROJETO Para elaboração do plano de fogo geralmente seguimos uma sequencia de passos: 1. Coleta de dados - objetivos, geologia, equipamentos, materiais, fatores limitadores, etc. 2. Definição da geometria – tamanho do bloco de rocha, direção, etc. 3. Avaliação de campo – condições da frente, contorno, estruturas e propriedades da rocha, etc. 4. Definição dos elementos – malha, profundidade, inclinação, etc. 5. Definição do carregamento – explosivo, acessórios, carga, tampão, etc. 6. Sequência de detonação – retardos, ordem de saida, etc. IMPLEMENTAÇÃO DE PLANO DE FOGO Para implementação de um novo plano de fogo temos que seguir os passos abaixo: 1. Começar com o desenho básico (o mais seguro e com possibilidade de resultado razoável) 2. Monitoramento da performance 3. Determinar quais as mudanças que melhoram a performance 4. Saber o que e quando mudar Objetivos do PF Desenvolvimento e análise Implementação Monitoramento e Comparação CICLO DO DESMONTE Quando se trata de desmontes de desenvolvimento, temos que ter sempre em mente que ele funciona de forma cíclica e que o plano de fogo deve visar esse ciclo como alvo de otimização. 1. Locação da Seção / Marcação (Topografia) 2. Perfuração (Jumbo) 3. Carregamento com Explosivos 4. Detonação 5. Exaustão dos Gases Tóxicos (Ventilação) 6. Batimento de Chocos 7. Carregamento e Transporte do Material desmontado. 8. Serviços de Sustentação (quando exigido) SEQUÊNCIA DO DESMONTE Ao contrario dos desmontes de desenvolvimento, os de lavra seguem mais uma sequência do que um ciclo em si, mas essa sequência tende a se repetir para cada corpo ou galeria de lavra: 1. Desenvolvimento da galeria 2. Perfuração do slot (chaminé, leques inclinados, comunicação de níveis, etc) e primeiros planos 3. Abertura do slot (face livre) 4. Detonação dos planos 5. Preservação da face livre 6. Lavra do material PRINCIPAIS CUIDADOS Quando comparado com os desmontes a céu aberto, existe uma serie de cuidados que precisamos ter em mente ao planejar um desmonte no subsolo: • Operações em ciclos e não paralelas. Implica em menor tempo, outros estão parados esperando na sequencia. • Maior controles e preservação do maciço • Menor espaço e necessidade de geração de face livre • Erros tem maiores impactos • Desvios de furos são um problema maior • Alguns problemas não podem ser concertados ou são muito difíceis (perca de face x regularização) • Menor visualização • Maior necessidade de limpeza dos furos • Maior necessidade de melhor fragmentação, devido aos menores equipamentos e a dificuldade com desmonte secundário. CARREGAMENTO PREPARATIVOS INICIAIS Antes de iniciar as atividades de carregamento é recomendado fazermos uma serie de preparativos iniciais que ajudaram na realização segura e eficiente da atividade: • Reunião de segurança com toda equipe • Pegar material de segurança individual e coletiva (EPI e EPC) • Buscar informações detalhadas da atividade a ser realizada (plano de fogo, informações adicionais, etc) • Distribuir as atividades e orientar a equipe • Verificação de veículos e equipamentos • Separar material de apoio (sinalização, ferramentas manuais, etc) • Itens de comunicação (rádio, copias da documentação, etc) CARREGAMENTO Outro aspecto importante antes do inicio das atividades é a retirada dos explosivos e acessórios do paiol, e para isso alguns pontos devem ser observados: • Apenas o blaster tem autorização para retirada de material • Antes de retirar o plano de fogo deve ser revisado para controle das quantidades à retirar: ➢ Retirar em excesso expõe a mais riscos e necessidades de devolução ➢ Retirar pouco material cria a necessidade de retornar para buscar mais material • A regra básica é retirar primeiro o que chegou primeiro • Levar material velho e sobras primeiro • Atenção ao transporte e aos controles (documentação) AVALIAÇÃO DO LOCAL Uma vez no local do desmonte é necessário fazer uma avaliação previa ao carregamento, para identificar possíveis pontos de atenção quanto a aspectos técnicos, operacionais e de segurança para operação de carregamento. • Deve-se avaliar a área, e verificar se ela condiz com o plano de fogo e se existe alguma condição anormal diferente do plano. É comum encontrar planos de fogos teóricos bem diferentes da realidade em campo. • Um blaster experiente terá o histórico do local, principalmente no que se refere a performance dos desmontes anteriores, como possíveis eventos de furos falhados que possam existir na área. • Um revisão da geologia e estruturas do local, vai assegurar que o plano de fogo é compatível com a área, assim como avaliar aspectos de segurança da frente, mapeando os possíveis riscos do local. SINALIZAÇÃO E ISOLAMENTO • O local da detonação deve ser claramente identificado e sinalizado. Deve- se isolar a área e restringir o acesso a pessoas treinadas e autorizadas. • Deve-se interromperou distanciar os demais trabalhos das proximidades, onde a maioria das operações determinam uma distancia segura mínima de acordo com as outras atividades que podem estar sendo realizadas nas proximidades. • Placas de sinalização e elementos de isolamento (fita zebrada, cones, etc) são utilizados para identificação e evitar a entrada de pessoas não autorizadas. • Além da sinalização, uma comunicação efetiva e a atenção dos envolvidos na atividade são fundamentais para evitar a entrada de desatentos ou curiosos na área. PREPARAÇÃO • Condições anormais são mais comuns do que realmente admitimos. • Diversas situações ocorrem durante as atividades e precisamos estar sempre alerta e questionando se realmente estamos nos portando com o nível de tolerância que deveríamos. • Todas as atividades tem riscos e eles precisam ser controlados, mas quando falamos em explosivos precisamos estar atentos que os principais controles tem que estar em nossas ações. INICIANDO AS ATIVIDADES Uma vez a área esteja avaliada e preparada para iniciar as atividades existem alguns passos que devem ser feitos antes de se iniciar o carregamento dos furos: • Medições (malha, comprimento do furo, numero de furos, conferir com o plano, etc) • Sinalizar furos com condições especiais e fazer os tratamentos específicos (ex: furos com detritos devem ser soprados, furos curtos podem ser repassados, etc). • Registrar anomalias no plano de fogo • Distribuir material (sequencia de carregamento, etc) MEDIÇÃO DOS FUROS • Durante a medição dos furos, diversas situações anormais podem ser identificadas, como vários detritos soltos no furo ou pequenos blocos obstruindo os mesmos. • Esse material pode contaminar o explosivo, diminuir as quantidades, mudar a posição e inclusive impossibilitar o carregamento de alguns furos. • É necessário identifica-los para poder fazer os possíveis tratamentos ou anotar as distintas anomalias para registro dos resultados. LIMPEZA E ADEQUAÇÃO DOS FUROS Todos os furos devem ser inspecionados antes do carregamento e estar livres de objetos que possam obstruir a inserção livre do booster e da mangueira de carregamento. • Os furos de desenvolvimento podem ser limpos usando um gancho para retirar pequenas pedras ou limpos com a inserção de com ar comprimido. • Siga os procedimentos do local e tome cuidado com os riscos de rochas e água ejetando dos furos durante a limpeza. • Use o EPI correto durante a limpeza do furo com ar comprimido, pequenos fragmentos podem ser ejetadas do orifício durante a limpeza e causar ferimentos. • Minerais como o chumbo também podem entrar na corrente sanguínea através da ingestão. DISTRIBUIÇÃO DE ACESSÓRIOS A distribuição dos acessórios é o ultimo passo antes do inicio do carregamento efetivo dos furos. Os principais pontos de atenção com relação a distribuição do material são: • O recomendado é colocar os acessórios e explosivos distanciados. • As escorvas só devem ser feitas próximo a boca dos furos, quando for iniciar o carregamento. • O material deve ser utilizado a medida que o carregamento esteja sendo feito, não se deve escovar todos os furos para iniciar o carregamento. • Atenção as áreas de manobra dos equipamentos para não deixar o material exposto a riscos. • Algumas operações usam bandejas ou pequenas caixas para dispor melhor o material e melhorar a visualização. ESCORVA A Escorva é a união entre um sistema de iniciação (cordel ou detonador) e um reforçador (encartuchado ou booster). • Ela é o primeiro passo para o carregamento do furo, assim quando o furo estar com a escorva posicionada se diz que o mesmo estar Escorvado e pronto pro carregamento. • Quando se usa diretamente explosivos sensíveis e não necessita de reforçador, a escorva poder ser o detonador no primeiro cartucho do carregamento ou apenas o detonador/cordel inserido no furo junto com o inicio da primeira carga. ESCORVA • A escorva só deve ser feita no exato momento que for necessário escorvar o furo, devido o aumento do potencial de risco ao juntar o sistema de iniciação (mais sensível) ao reforçador (mais potente). • É necessário assegurar que o detonador ou cordel tem um contato perfeito com o reforçador, pois existe o risco deles se separarem durante as manipulações do carregamento, podendo ocasionar uma falha na iniciação. • Antes de escorvar o furo é necessário checar por obstruções ou rochas soltas. CARREGAMENTO COM EXPLOSIVO Uma vez escorvado, o furo esta pronto para ser carregado e receber o explosivo principal que será responsável pela detonação do furo. Em resumo existem duas formas de carregamento: • Manual: Colocando os explosivos de forma manual nos furos. • Mecanizado: Com o auxilio de equipamentos, alguns podendo ser montados encima de equipamentos moveis, que facilitam a aplicação do explosivo em grandes quantidades. Cada vez mais tem aumentado a tendência do carregamento mecanizado devido o aumento da produtividade, segurança da operação e redução do esforço físico. A evolução dos equipamentos, redução dos custos e aumento da segurança tem contribuído com isso. CARREGAMENTO MANUAL Hoje o carregamento manual se limita basicamente ao uso de encartuchados e Anfo, que são aplicados individualmente ou de forma conjunta. O Anfo geralmente vem em sacos de 25 kg ou é produzido no local e são aplicados ensacados ou com o auxilio de tubos de PVC. Os encartuchados vem em caixas, também de 25kg, mas podendo ser de vários diâmetros e tamanhos. Geralmente são colocados com a mão ou introduzidos no furo com o auxilio de varas de madeira ou PVC. No subsolo o carregamento manual é bem comum, principalmente com a utilização de encartuchados. CARREGAMENTO MECANIZADO O carregamento mecanizado é mais aplicado em operações de maior produção. Geralmente ele é utilizado através de duas técnicas: • Carregamento pneumático (Anfo e encartuchado) • Bombeamento de produto (Emulsão e hidrogeis) O carregamento pneumático é utilizado de alguma forma na maioria das operações de desmonte subterrâneo, mas cada vez mais a aplicação de emulsão bombeada vem tomando espeçado nas operações que buscam melhores resultados e controles. CARREGAMENTO PNEUMÁTICO O carregamento pneumático é utilizado para aplicação de Anfo ou encartuchados. A legislação exige mangueira antiestáticas quando se fizer uso de carregamento pneumático de explosivos independente do tipo de explosivo. O carregamento pneumático é a forma de carregamento aplicada na maioria das operações, devido a sua maior praticidade e capacidade frente ao carregamento manual. Os equipamentos precisam ser confeccionados por empresas especialistas, para cumprir com as exigências mínimas de segurança recomendadas para aplicação de explosivos. CARREGAMENTO BOMBEADO O carregamento bombeado consiste na aplicação de emulsão explosiva, podendo ser de dois tipos: 1. Aplicação de emulsão pura 2. Aplicação de produtos blendados De forma geral a aplicação consiste em braços ou mangueiras que bombeiam o produto dentro do furo, isso possibilita uma velocidade de aplicação mais rápida, eficiente e segura. Geralmente esses equipamento são chamados de MMU (do inglês Mobile Manufacturing Units) ou UMB (de Unidade Móvel de Bombeamento). MMU’s são fábricas de explosivos móveis. Cada MMU é projetado para produzir e entregar emulsão bombeada ou blendados de uma unidade fabril montada em algum tipo de equipamento móvel. CARREGAMENTO BOMBEADO Os equipamentos podem ser unidades prontas: CARREGAMENTO BOMBEADO Existem diversos tipos de módulos que podem ser adaptados aos diversos tipos de equipamentos e estruturas: TAMPONAMENTO Nos desmontes de desenvolvimento de frentes o tampão é uma das variáveis mais desconsideradas, devido a sua falta de praticidade e pequena interferência nesse tipo de desmonte. Geralmente o tampão é feita com buchas de plástico ou papelão, com as sobras das embalagens dos explosivos,mas existem alguns produtos especiais que são vendidos para situações especificas e maior controle: REVISÃO E FINALIZAÇÃO • Revisão do carregamento e tamponamento • Checar os cabos dos iniciadores • Avaliar se houve queda de material, furos do piso, etc. • Avaliar o tempo que vai ficar carregado e a necessidade de vigia • Revisão do isolamento e sinalização • Controle de material a devolver pro paiol (Todos os explosivos remanescentes devem ser devolvidos ao paiol) • Limpeza e organização da área • Finalização da documentação • Finalização do relatório de carregamento • Observações no plano de fogo Uma vez finalizado o carregamento e tamponamento do nosso desmonte consideramos a finalização do carregamento do fogo, agora ele esta pronto para seguir para etapa de amarração e depois detonação, mas precisamos fazer uma revisão final e garantir que tudo esta como planejado: AMARRAÇÃO AMARRAÇÃO Uma vez finalizado o carregamento, precisamos realizar a amarração, que consiste na interligação dos furos com o sistema de iniciação escolhido de acordo com o plano de temporização/sequenciamento. Uma boa execução da amarração é tão importante quanto o desenho do plano de temporização. É necessário estarmos atentos aos diversos sistemas que podemos utilizar e as diferenças entre eles, para que possamos facilitar e garantir que a parte operacional seja realizada da melhor forma possível, tendo em vista que ela é a responsável pela maior parte do resultado final. Os cuidados devem ser constantes, pois pequenos erros podem fazer grandes diferenças. AVALIAÇÃO Após a finalização do carregamento é necessário fazer uma avaliação previa, para identificar possíveis pontos de atenção quanto a aspectos técnicos, operacionais e de segurança para operação de amarração. • Deve-se avaliar a área, e verificar se ela condiz com o plano de temporização e se existe alguma condição anormal diferente do plano. É comum encontrar planos de temporização bem diferentes da realidade em campo (ex.: furos faltando, malha invertida, etc). • Um blaster experiente conseguirá visualmente avaliar o local, principalmente no que se refere a o posicionamento do plano para fazer a devida avaliação e orientações a equipe. • Um revisão das características geométricas, geológicas e de carregamento do desmonte vai permitir o blaster confrontar com os objetivos determinados e assim assegurar que o plano de temporização é compatível com o desmonte e cumpre com os critérios técnicos e de segurança requeridos. TIPOS DE ACESSORIOS Tanto nos fogos de desenvolvimento quanto nos de lavra, os três sistemas mais utilizados para temporização e amarração dos fogos são: • Amarração com cordel e retardo na espoleta • Amarração com não elétrico de ligação • Amarração com eletrônicos TIPOS DE ACESSORIOS Amarração com cordel e retardo na espoleta Amarração com não elétrico de ligação Amarração com eletrônicos Cordel + Detonador com retardo interno Detonador não elétrico de ligação Detonador, cabos e equipamentos Bidirecional Única direção Comandos direto ao detonador Conexão com nós Conexão com encaixes Conexão com conectores Ligação “Aleatória” Ligação sequenciada Ligação “Aleatória” Explosivo exposto na face Explosivo exposto na face Apenas cabos Ruído elevado Ruído baixo Ruído baixo Revisão visual Revisão visual Vários testes do sistema AJUSTES NA AMARRAÇÃO Independe do sistema de ligação utilizado é comum a necessidade de ajustes na amarração, tendo em vista que a realidade na maioria das vezes não é idêntica ao planejado. • Os sistemas eletrônicos vão facilitar a inclusão ou exclusão de furos do plano, devido a sua maior flexibilidade, possibilitando a inclusão de tempos intermediários ou modificações rápidas de todo o plano através dos softwares. • Quando se trada dos sistemas pirotécnicos é necessário uma maior atenção, devido a implicação de pequenas modificações em todo o conjunto, sendo necessário reavaliar de a cordo com a localização do furo e sua influencia no resto da sequencia. • Para fazer qualquer ajuste no plano, temos que entender as peculiaridades do sistema que estamos utilizando, conseguir avaliar mentalmente ou através de um esboço manual os impactos que as modificações vão causar no desenho e principalmente avaliar se essas modificações vão trazer consequências diferentes do programado. AJUSTES NA AMARRAÇÃO • E em todas as situações precisamos analisar qual a melhor alternativa para conseguir o melhor resultado dentro dos objetivos propostos. • Os princípios básicos devem nos nortear (os furos do pilão saem primeiro, quanto tempo de alivio preciso, qual melhor o sentido de saída, etc). • Uma serie de situações podem ocorrer que necessitam atenção, como exemplo: ✓ Furos extras (na frente, no meio, nas laterais ou pé do fogo). ✓ Faltando furos (obstruídos, sem perfurar, etc). ✓ Furos curtos ✓ Necessidade de incluir furos de ajustes ✓ Malha desalinhada AJUSTES NA AMARRAÇÃO ➢ O objetivo deve ser sempre retirar o material da melhor forma possível, maximizando os resultados e diminuindo os danos. AMARRAÇÃO ENTRE SEÇÕES Para os desmonte de lavra, um ponto de atenção especial é quando vamos detonar varias seções em um mesmo evento de detonação. • É necessário conhecimento do sistema de iniciação que esta sendo usado, pois alguns dependem diretamente da ordem das conexões e outros não faram diferença. • Além de avaliar a sequencia de saída é necessário atenção aos intervalos necessários para criação de face, disposição do material e interação entre os furos das diversas seções. • No desenho, uma regra básica é que para um furo da seção de trás poder sair é necessário que ao menos os três furos que estão a sua frente saiam primeiro. AMARRAÇÃO ENTRE SEÇÕES SEQUÊNCIA DE QUEBRA • Imaginar a sequencia nos permite ver cada etapa da detonação, avaliando a geometria (ex: cada novo afastamento) e a continuidade da geração de face livre para cada parte da seção. • É importante sempre conseguir visualizar a sequencia de quebra, para assim poder verificar a ordem de saída de cada furo e sua eficácia frente aos objetivos esperados. REVISÃO DAS CONEXÕES Independe do sistema de ligação utilizado é recomendado fazer uma revisão geral de todas as conexões, observando os seguintes pontos: • Todos os furos foram conectados • As conexões estão bem posicionadas, sem sobreposição e cumprindo as recomendações. • O sequenciamento esta de acordo com o plano. • Estão todos no sentido correto de ligação. ➢ Uma vez realizada a revisão de todas as conexões, deve-se revisar o isolamento e comunicar a todos, proibindo assim o trafego de pessoas e equipamentos dentro do cerco de área. Obrigado! Perguntas? brunojop@yahoo.com.br blastingtreinamentos@gmail.com +62 9 85208084 https://www.blastingtreinamentos.com/
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