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- Conjunto de medidas conduzidas pelo Poder Público a fim de promover uma melhor distribuição de terras, baseando-se no regime de posse e uso. - Ou seja, as propriedades improdutivas devem ser disponibilizadas aos trabalhadores rurais que produzem e são meio de sustento para suas famílias. - Dessa maneira, tem-se a valorização do trabalhador no campo e a garantia de melhores condições de vida à população rural. - Esses fatores são encontrados no Estatuto da Terra (Lei nº 4504/64), na qual visa estabelecer os direitos ao acesso à terra relacionado com princípios de justiça social e aumento da produtividade. Além disso, tem como finalidade realizar a reforma agrária e regular a política agrícola no Brasil. - Criação do I Plano Nacional de Reforma Agrária, em 1985, pelo presidente José Sarney. Consistia na aplicação dos dispositivos do Estatuto da Terra. Tinha como programas complementares a regularização fundiária, a colonização e a tributação da terra. Em resumo, foi uma política paliativa de assentamentos que buscava amenizar as tensões e os conflitos sociais que ocorriam no campo. • A desconcentração e democratização da estrutura fundiária • A produção de alimentos básicos; • A geração de ocupação e renda; • O combate à fome e à miséria; • A diversificação do comércio e dos serviços no meio rural; • A interiorização dos serviços públicos básicos; • A redução da migração campo-cidade; • A democratização das estruturas de poder; • A promoção da cidadania e da justiça social. - Sobre a questão da concentração fundiária, é um fator que perdura desde o período colonial. Sistema fundamentado em três componentes principais: a grande propriedade fundiária, a monocultura de exportação e o trabalho escravo. - No início da colonização, o Brasil passou a ser domínio público de Portugal por direito de conquista, e assim as transferências de terras se deu por meio de concessões de sesmarias, sendo essa uma forma de garantir ainda mais a posse do território, no qual estava dividido em Capitanias Hereditárias. - Esse sistema de sesmarias já era vigente em Portugal. E estava restrito apenas a pessoas brancas de “sangue puro” e católicos, portanto, ficavam excluídos judeus, negros e índios aos direitos a posse dessas terras. - Depois de algum tempo, a elite brasileira passou a ser pressionada pelas grandes potenciais mundiais a realizar a abolição da escravidão. A partir disso, desencadeou na “lei das terras”. 1534 Capitanias hereditárias: 1° divisão administrativa e territorial Sesmarias: grandes extensões de terras doadas a particulares que tivessem recursos (para compra de escravos). Tamanho variava de 0,5 a 3 léguas quadradas (Nordeste áreas maiores) * Latifúndios escravistas, produção comercial visando a exportação 1820 Extinção do regime de sesmarias Ausência de legislação sobre terras devolutas provoca rápida expansão de pequenos agricultores 1850 Lei das terras: 1° iniciativa no sentido de organizar a propriedade privada no Brasil - Relacionada à Revolução Industrial inglesa. - Surge na Revolução Francesa (distribuição feudal). BRASIL - Economistas NEOCLÁSSICOS X ESTRUTURALISTAS. Neoclássicos: as causas da falta desenvolvimento (modernização agrícola) era a abundância de terra e mão-de-obra, e não a estrutura agrária. Estruturalistas: consideravam a estrutura agrária como um empecilho para o desenvolvimento agrícola e defendiam mudanças. Produzir alimentos a baixo custo para a população urbana; Liberar mão-de-obra para o setor industrial; Constituir-se em mercado de bens industriais; Contribuir na formação de poupança interna; Gerar divisas por meio de exportação de produtos agrícolas. • Estrutura agrária, baseada no latifúndio, seria ineficiente, incapaz de atender a expansão da demanda de alimentos e matérias-primas. • Questionava pressuposto neoclássico para o progresso técnico (via aumento da demanda e migração rural-urbana). • Reorganização da agricultura deveria possibilitar que sua modernização pudesse atingir a grande massa da população do país. - Distribuição massiva de terras: Para os membros de um grupo, em momentos de grandes revoluções, como a Revolução Francesa, quando as terras da Igreja e dos Nobres foram distribuídas entre a burguesia vencedora e seus aliados. - Distribuição de terras do Estado: Durante processos de colonização de áreas desérticas ou desabitadas como aconteceu com a Lei de Propriedade Rural dos Estados Unidos em 1862. As pessoas interessadas em colonizar o país recebiam lotes de 65 hectares e adquiriam sua posse se o cultivassem por 5 anos. - Distribuição de terras que não cumprem com sua função social.: É o modelo mais comum no Brasil e a ferramenta dos movimentos sociais que visam acesso à terra. Esses grupos realizam “assentamentos rurais”. É o movimento social de luta pela melhor divisão das terras brasileiras, bem como pela exigência de apoios complementares ao simples assentamento, tal qual eletricidade e irrigação do campo e concessão de créditos rurais e subsídios. - Em 9 de julho de 1970, o Decreto-Lei nº 1.110 criou o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), resultado da fusão do Ibra e o Inda. - Responsável por colocar em prática as ações que asseguram a oportunidade de acesso à propriedade de terra, condicionada à função social. - Proibia as aquisições de terras por outro meio que não a compra, extinguindo o regime de posses. - Elevava o preço das terras e exigia pagamento à vista. - Destinava produto da venda de terras à importação de colonos. - Terra livre + homem livre: quem iria trabalhar nas grandes propriedades? - Lei buscava evitar que imigrantes se tornassem proprietários de terras - Sul: processo diferenciado, imigrantes compraram lotes - Faz-se presente em todo o país por meio de 29 superintendências regionais e 49 unidades avançadas. - Envolvimento dos governos estaduais e prefeituras, aos quais oferece instrumentos para fazer chegar aos beneficiários da reforma agrária e produtores rurais serviços capazes de auxiliá-los a produzir e a permanecer no campo. - Além dos assentamentos implantados pela autarquia, o Incra reconheceu projetos estaduais e áreas criadas por outras instituições, como as de reassentamento de barragens, unidades de conservação de uso sustentável e territórios quilombolas, para assegurar o acesso de quem vive nesses locais às políticas de reforma agrária. - As consequências do processo de controle e concentração de terras estão associadas principalmente com os conflitos e as guerras sociais entre os latifundiários e os que lutavam em defesa de seus territórios e pela liberdade. - Os obstáculos para a realização de uma reforma agrária estão diretamente relacionados a elite latifundiária que afeta toda a política nacional e a derrota dos movimentos populares. Exemplo: criação do ‘Plano nacional da reforma agrária’ Durante o mês de dezembro, o Incra no Maranhão realiza ações voltadas para a aplicação do Crédito Instalação, principalmente na modalidade Habitação. Equipes da autarquia visitam municípios no estado para colher assinaturas dos assentados nos contratos e assim conceder os créditos. https://antigo.incra.gov.br/pt/reforma-agraria.html https://www.todamateria.com.br/reforma-agraria/ https://sapientia.pucsp.br/bitstream/handle/9408/1/Luis%20Albert o%20de%20Jezus.pdf https://www.gov.br/incra/pt-br/assuntos/noticias/incra-concede- credito-para-assentados-da-reforma-agraria-no-maranhao http://www2.fct.unesp.br/nera/monocegeo/monografia_jonas.pdf
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