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UNIVERSIDADE DA INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL DA LUSOFONIA AFRO- BRASILEIRA INSTITUTO DE ENGENHARIAS E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL CURSO DE ENGENHARIA DE ENERGIAS MANOEL NAZARENO RIBEIRO FILHO DISCIPLINA: EEN114 - LABORATÓRIO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PROFESSOR(A): HUMBERTO ICARO PINTO FONTINELE 7° PRÁTICA – PARTIDA ESTRELA – CONTROLE DE VELOCIDADE DE MIT COM INVERSOR REDENÇÃO-CE 2022 Sumário 1 OBJETIVOS ............................................................................................................................................ 3 2 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................... 3 3 INVERSORES ......................................................................................................................................... 5 3.1 Funções Básicas ............................................................................................................................. 5 3.1.1 Funcionamento do Inversor ................................................................................................... 5 3.1.2 Sinal de Saída .......................................................................................................................... 7 3.2 Aplicações Industrial ..................................................................................................................... 8 3.3 Benefícios ...................................................................................................................................... 9 3.4 Desvantagem ................................................................................................................................. 9 4 REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................... 10 1 OBJETIVOS • Conhecer e familiarizar-se com o princípio de funcionamento de inversores de frequência para MITs. • Dissertar sobre Inversores (Funções Básicas, Aplicações Industrial, Benefícios, Desvantagem). 2 INTRODUÇÃO De maneira genérica, inversor de frequência é um dispositivo eletrônico capaz de variar a velocidade de giro de um motor de indução trifásico. É um dispositivo que transforma corrente elétrica alternada fixa (corrente e tensão) em corrente elétrica alternada (CA) variável controlando a potência consumida pela carga através da variação da frequência entregue pela rede. Este dispositivo possui este nome pela maneira que ele faz esta variação de giro do motor trifásico (Henrique Mattede, 2014). Existem dois tipos de inversores: o inversor vetorial e o escalar. O tipo vetorial possibilita atingir um elevado grau de precisão e rapidez no controle do torque e da velocidade do motor. O controle decompõe a corrente do motor em dois vetores: um que produz o fluxo magnetizante e outro que produz torque, regulando separadamente o torque e o fluxo. O controle vetorial pode ser realizado em malha aberta ou em malha fechada (FELISARDO, 2014). O controle escalar baseia-se no conceito original do inversor de frequência: o controle escalar consiste em controlar a tensão e a frequência, de forma ter razão V/f fixa, controlando fluxo magnético do motor, garantindo potência fixa, ou seja, o motor trabalha com fluxo aproximadamente constante. E aplicado quando não há necessidade de respostas rápidas a comandos de torque e velocidade (SILVA, 2009). Existem inúmeras razões para o uso de dispositivos para controle de velocidade. Algumas aplicações, como em indústrias de papel e celulose, não podem operar sem o controle de velocidade, enquanto outras, como bombas centrífugas, podem ser beneficiadas com a redução de energia. Enfim, o uso de dispositivos para o controle de velocidade em motores tem uma extensa gama de aplicações na indústria (FRANCHI, 2009). De uma maneira geral, os dispositivos para controle de velocidade são usados para as seguintes operações: (Ajuste da velocidade de um motor elétrico visando à rapidez do processo, Ajuste do torque de um conjunto de acordo com as necessidades do processo, Redução do consumo de energia e aumento de eficiência), (FRANCHI, 2009). Figura 1 - Inversor CFW100 WEG Fonte: weg.net 3 INVERSORES 3.1 Funções Básicas • Ajuste da velocidade de um motor elétrico visando à rapidez do processo. • Ajuste do torque de um conjunto de acordo com as necessidades do processo. • Redução do consumo de energia e aumento de eficiência. 3.1.1 Funcionamento do Inversor Figura 2 – Estrutura Básica do Inversor Fonte: clubedaeletronica.com.br DESCRIÇÃO DOS BLOCOS Unidade Central de Processamento (CPU) = Tem como base de processamento um microcontrolador ou ainda um microprocessador, porém, este último necessita de memórias agregadas. Pode ser considerado o cérebro do inversor de frequência, pois é neste bloco que todas as os dados do sistema e parâmetros ficam armazenados. A CPU também é responsável pela geração da lógica de pulsos para os transistores. Interface Homem Máquina (IHM) = É o bloco de interação entre o usuário e máquina, é neste bloco que ocorre a parametrização, ou seja, é através deste bloco que as informações como, frequência e torque são inseridos no inversor, além de permitir a visualização do que está ocorrendo. Interface eletrônica = Permite a comunicação com dispositivos externos. Neste bloco, poderá existir: módulos de redes de comunicação, entradas para sinais analógicos de O a 10V ou 4 a 20mA, entradas digitais, saídas programáveis etc. Etapa de potência = É constituída pelo retificador trifásico de potência, que através do barramento DC, alimenta um módulo com seis transistores IGBT (Insulated Gate Bipolar Transistor). Esta etapa é comum a todos os inversores, assim, detalharemos um pouco melhor. A arquitetura de um inversor de frequência (etapa de potência) é basicamente composta por uma etapa retificadora, uma etapa de filtragem e uma etapa de chaveamento. Figura 3 – Arquitetura básica da etapa de potência Fonte: clubedaeletronica.com.br Seção Retificadora = Consiste em uma ponte retificadora trifásica onde, seis diodos retificam a tensão trifásica da rede R S T proporcionando uma saída continua, porém, com uma certa ondulação ou "ripple" que será minimizado pelo barramento DC. Barramento DC = Pós-retiicado a tensão DC resultante é filtrada, a fim de ser finalmente utilizada pela seção inversora. Nesta etapa, adicionaremos alguns módulos extras que merecem atenção. A seção inversora = Uma vez retificado e filtrado o sinal deverá ser novamente convertido em alternado, está função é atribuída à um conjunto de IGBTs (Insulated Gate Bipolar Transisto) que operam em corte (chave aberta) e saturação (chave fechada) obedecendo uma lógica previamente estabelecida. Em aplicações com cargas indutivas, que é o caso do inversor de frequência, podem aparecer tensões inversas elevadas contra as quais o IGBT deve ser protegido. Essa proteção é feita com o uso de diodos ligados em paralelo com o coletor e o emissor para evitar que uma elevada tensão reversa seja aplicada ao IGBT. O funcionamento do inversor de frequência ocorre em estágios. No primeiro, a ponte retificadora, através dos seus diodos, corta (retificam) o semiciclo negativo do sinal do tipo senoidal, que chega ao motor por meio de uma alimentação trifásica ou monofásica, deixando que passe apenas o ciclo positivo. Depois, é a fase do filtro CC, quando os seus capacitores e indutores elevam a tensão de pico para transformar esse sinal em um mais próximo de um sinal DC, ou sinal contínuo. No próximo estágio, os transistores do tipo IGBT (Transistor Bipolar de Porta Isolada)da ponte inversora convertem o sinal quase DC recebido em um sinal modulado pela largura de pulso. Devido à largura desses pulsos, acontece uma variação na tensão, o que resulta na variação da velocidade do motor. Além disso, o inversor de frequência é formado por duas partes, a de controle e a de potência. A primeira é composta por IHM (Interface Homem-Máquina), rede de comunicação e entradas e saídas digitais/analógicas. Já a parte de potência se constitui dos retificadores, filtros e da parte do IGBT. Para evitar acionamentos bruscos e preservar o equipamento, o inversor conta com um recurso chamado rampa de aceleração. A rampa de aceleração de um inversor de frequência faz com que o motor atinja a velocidade configurada para sua operação em um tempo determinado. 3.1.2 Sinal de Saída A saída é modulada de acordo com o sinal de referência, note que quanto mais a referência se aproxima do pico, mais largo fica o pulso e quanto mais se afasta mais estreito fica. Porém, em qualquer momento a frequência muda. Figura 4 – Sinal de saída Fonte: clubedaeletronica.com.br 3.2 Aplicações Industrial O inversor de frequência é um aparelho elétrico-eletrônico que possui como objetivo permitir um controle avançado dos motores na indústria. Isso porque com ele é possível ligar máquinas de maneira mais apropriada, sem que haja ruídos na rede ou um mal funcionamento dos equipamentos (VENDER, 2021). Portanto, investir em um inversor de frequência é fundamental para garantir a eficiência do processo produtivo, principalmente na hora de fazer projetos para novas máquinas ou até mesmo ao realizar um retrofit (modernização de equipamentos) (VENDER, 2021). São diversas as aplicações dos inversores de frequência. Na indústria por exemplo são utilizados em diversos tipos de maquinários, como esteiras transportadoras, rotuladoras, tanques resfriadores de leite, bobinadeiras, ventiladores e muitas outras (MACROTEC, 2019). Os inversores de frequência WEG são empregáveis na maioria dos equipamentos que possuem motores elétricos de indução trifásicos: • Ventiladores e exaustores • Bombas centrifugas e dosadoras • Esteiras transportadoras • Compressores • Agitadores e misturadores • Extrusoras • Laminadores • Rebobinadoras de papel • Fornos de cimento • Esmaltadeiras • Granuladores e paletizadoras • Injetoras e sopradoras • Máquinas de corte e solda • Fornos de cimento • Aplicações multibombas e multimotores • Máquinas em geral (OEMs) 3.3 Benefícios • Evita partida muito elevada. • É um equipamento a mais de segurança. • Evita que ocorram sobrecargas na rede de energia elétrica. • Substituição de variadores mecânicos e eletromagnéticos. • Automatização, segurança e flexibilidade em processos industriais. • Instalação simples. • Diminuição de choques mecânicos na partida do motor. • Precisão e processos. • Menos intervenção humana. • Proporcionam economia de energia elétrica • Maior durabilidade de engrenagens, polias e outros componentes mecânicos. 3.4 Desvantagem • Custo inicial relativamente alto. • Grande quantidade de componentes sofisticados que requerem técnicos especializados para a manutenção. • Limitação do uso em sistemas de bombeamento de líquido com partículas em suspensão. • Ruído Armonico 4 REFERÊNCIAS Henrique Mattede. Como funciona o inversor de frequência. Mundo da Elétrica. Disponível em: <https://www.mundodaeletrica.com.br/como-funciona-o-inversor-de-frequencia/>. Acesso em: 25 de Julho de 2022. FELISARDO, Dionatas Alves. Inversor De Frequência Microcontrolado. Centro Federal De Educação Tecnológica De Minas Gerais – Campus IV-ARAXÁ. 2014 SILVA, Clodoaldo. Inversor de Frequência. Disponível em:< https://pt.slideshare.net/ademirgomes12576/inversor-de-frequencia-36672265>. Acesso em: 25 de Julho de 2022. FRANCHI, Claiton Moro. Inversores de frequência: teoria e aplicações. Saraiva Educação SA, 2009. VENDER. O papel do inversor de frequência na automação industrial. Vender do Brasil Equipamentos Industriais. Disponível em: < https://www.veder.com.br/blog/o-papel-do- inversor-de-frequencia-na-automacao-industrial/ >. Acesso em: 25 de Julho de 2022. MACROTEC. Tudo Que Você Precisa Saber Sobre Inversor De Frequência. Disponível em: < https://macrotec.ind.br/tudo-que-voce-precisa-saber-sobre-inversor-de-frequencia/ >. Acesso em: 25 de Julho de 2022. RRMOTORES. Quais as vantagens do Inversor de Frequência. Disponível em: < https://www.rrmotores.com.br/post/quais-as-vantagens-do-inversor-de- frequencia#:~:text=%2D%20Diminui%C3%A7%C3%A3o%20de%20choques%20mec%C3 %A2nicos%20na,polias%20e%20outros%20componentes%20mec%C3%A2nicos. >. Acesso em: 25 de Julho de 2022 REVIMAQ. Inversores de Frequência: Como funcionam, vantagens e características. Disponível em: < https://revimaq.com/blog/inversores-de-frequencia-como-funcionam- vantagens-e-caracteristicas/ >. Acesso em: 25 de Julho de 2022. KALATEC AUTOMAÇÃO. Inversor de Frequência: Como Funciona, Tipos e Vantagens. Disponível em: < https://blog.kalatec.com.br/inversor-de-frequencia/ >. Acesso em: 25 de Julho de 2022. FITZGERALD, A. E.; KINGSLEY, Charles; UMANS, Stephen D. Máquinas Elétricas. 7. ed. Porto Alegre: Bookman, 2014. https://www.mundodaeletrica.com.br/como-funciona-o-inversor-de-frequencia/ https://pt.slideshare.net/ademirgomes12576/inversor-de-frequencia-36672265 https://www.veder.com.br/blog/o-papel-do-inversor-de-frequencia-na-automacao-industrial/ https://www.veder.com.br/blog/o-papel-do-inversor-de-frequencia-na-automacao-industrial/ https://macrotec.ind.br/tudo-que-voce-precisa-saber-sobre-inversor-de-frequencia/ https://www.rrmotores.com.br/post/quais-as-vantagens-do-inversor-de-frequencia#:~:text=%2D%20Diminui%C3%A7%C3%A3o%20de%20choques%20mec%C3%A2nicos%20na,polias%20e%20outros%20componentes%20mec%C3%A2nicos https://www.rrmotores.com.br/post/quais-as-vantagens-do-inversor-de-frequencia#:~:text=%2D%20Diminui%C3%A7%C3%A3o%20de%20choques%20mec%C3%A2nicos%20na,polias%20e%20outros%20componentes%20mec%C3%A2nicos https://www.rrmotores.com.br/post/quais-as-vantagens-do-inversor-de-frequencia#:~:text=%2D%20Diminui%C3%A7%C3%A3o%20de%20choques%20mec%C3%A2nicos%20na,polias%20e%20outros%20componentes%20mec%C3%A2nicos https://revimaq.com/blog/inversores-de-frequencia-como-funcionam-vantagens-e-caracteristicas/ https://revimaq.com/blog/inversores-de-frequencia-como-funcionam-vantagens-e-caracteristicas/ https://blog.kalatec.com.br/inversor-de-frequencia/
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