Buscar

Apostila (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1
 
 
 
Unidade I – Teoria Geral das Obrigações 
 
1.1- Conceito de Obrigação 
 
1.2- Elementos Constitutivos da Obrigação: 
 
1.3- Fontes 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO: 
 
01- Conceitue obrigação dentro do Direito Civil. 
 
02- Cite e explique os elementos constitutivos das obrigações. 
 
03- Cite e explique as fontes das obrigações. 
 
 
Unidade II – Modalidade das Obrigações 
 
2.1- Obrigação de Dar 
 
 
a-) obrigação de dar coisa certa: arts. 233 e 313. 
 # obrigação de restituir: art. 238. 
 
b-) obrigação de dar coisa incerta: art. 243. 
 
OBS: A distinção da obrigação de dar coisa certa ou incerta é de duração limitada. 
 
Ler arts. 237 e 1267. 
 
- Perdas e Danos 
 
 Representa o prejuízo que uma pessoa tenha causado a outrem por ato próprio ou 
alheio, mas sob sua responsabilidade; dividindo-se em: art. 402 
 
 - dano emergente 
 
 - lucros cessantes 
 
 2
- Obrigação de Dar Coisa Certa: Perecimento (perda total) ou Deterioração 
(perda parcial) 
 
a-) perecendo a coisa sem culpa do devedor, a obrigação se desfaz, estando o 
devedor obrigado a devolver ao credor o que já houver recebido; art. 234, 1ª parte. 
 
 João Pedro 
 D..........carro........... C 
 Sem culpa: as partes voltam ao estado em que estavam 
 antes de assumirem a obrigação 
 
b-) perecendo a coisa, por culpa do devedor, responderá o culpado pelo equivalente 
mais perdas e danos (dinheiro); art. 234, 2ª parte. 
 
 João Pedro 
 D ......carro.......... C 
 Culpa: equivalente + perdas e danos 
 
c-) deteriorando-se a coisa, por culpa do devedor poderá o credor ou resolver o 
contrato, exigindo perdas e danos, ou aceitar a coisa no estado em que se encontre 
com abatimento, reclamando perdas e danos; art. 236. 
 
 João Pedro 
 D ..........carro................ C 
 Culpa 
 
d-) deteriorando-se a coisa sem culpa do devedor, poderá o credor voltar ao estado 
em que se achava antes da obrigação, ou aceitar a coisa abatida no preço o valor do 
estrago; art. 235. 
 
 
 João Pedro 
 D ...........carro................C 
 Sem culpa: resolve-se a obrigação ou aceita com desconto 
 
- Acessórios da coisa: art. 241 
 
- Obrigação de Dar Coisa Incerta: arts. 243 e 246. 
 
- A Escolha 
 
 Partes silentes: devedor; art. 244 
 Com cláusula para o credor: não pode ser abusiva; arts. 422 e 112 
 
 
2.2- Obrigação de Fazer 
 
 
- Espécies de Obrigações de Fazer 
 
 3
- Conceito 
 
- Palavra-chave 
 
- Obrigação de Fazer X Obrigação de Dar 
 
- Espécies de Obrigação de Fazer 
 
- Consequências do Descumprimento da Obrigação de Fazer 
 
a-) Impossibilidade: art. 248 
 b-) Mero descumprimento: art. 247 
 c-) Coisa fungível: perdas e danos, ou art. 249 
 
- Obrigação de Prestar Declaração de Vontade 
 
 Esse tipo de obrigação se apresenta quando em um contrato preliminar, o devedor 
promete ao credor outorgar-lhe um contrato definitivo. 
 A execução direta dessa obrigação não acarreta constrangimento à liberdade do 
devedor, por isso pode o juiz mediante sentença produzir os mesmos efeitos que a 
declaração teria; arts. 463 e 464. 
 
 
2.3- Obrigação de Não Fazer 
 
- Conceito 
 
- Palavra-chave 
 
- Ilicitude: envolve restrição sensível à liberdade; ex: não casar, não trabalhar, não ter 
religião. 
 
- Inadimplemento: 
a-) sem culpa do devedor: art. 250; ex: após ter prometido não erguer muro em seu 
terreno, a lei municipal impõe tal construção. 
b-) com culpa do devedor: 
 - possibilidade de desfazer: art. 251 
 - impossibilidade de desfazer: art. 389 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO: 
 
 
04- Diferencie as obrigações de dar e fazer. 
 
05- Conceitue a obrigação de não fazer. 
 
06- Dentro da obrigação de dar coisa certa, explique o que vem a ser a obrigação de 
restituir. 
 
 4
07-(OAB-FGV-) Débora emprestou para Lúcia, durante 30 dias, uma obra literária 
mundialmente reconhecida. Como a obra era rara e de elevado valor pecuniário, Débora 
cobrou o valor diário de R$ 20,00 pelo empréstimo. Após 10 dias de uso, houve um 
incêndio acidental na casa de Lúcia e a referida obra pereceu. Pergunta-se: a obrigação 
se resolve? Cabe perdas e danos? Lúcia deve pagar valores referentes ao empréstimo 
oneroso? 
 
08- (ENADE) Badalada dupla sertaneja assinou um contrato de fazer um show de final 
de ano de poderosa emissora de TV. Contudo, no contrato consta uma cláusula que eles 
não podem, por um ano, cantar em outra emissora. Posteriormente à realização do show, 
perceberam que estavam tendo prejuízo com tal abstenção e resolveram cantar em 
outras emissoras. Pergunta-se: a obrigação se resolve por não ter havido culpa, uma vez 
que estavam tendo prejuízo; ou a dupla deve perdas e danos para a emissora? 
 
09- (ENADE) Marcelo queria vender seu carro e Júlia queria comprá-lo. Ele mostrou o 
carro para Júlia, e a mesma gostou do estado geral do veículo e constatou que o carro 
tinha vários assessórios que lhe interessava, como: roda de liga leve e som de última 
geração. As partes acordaram preço, data de entrega e condições de pagamento. Na data 
da tradição Marcelo queria entregar o carro sem os assessórios e Júlia não aceitou 
receber desta forma. Faça uma análise crítica dos fatos dentro do Direito das Obrigações 
e analise os direitos e deveres de cada um dos envolvidos. 
 
10- (ENADE) Ana é proprietária de um apartamento e mora no mesmo. Ela vende esse 
imóvel para Clara, mas pede 30 dias para desocupar o apartamento. Explique qual o 
nome desse instituto jurídico e se no caso em tela houve tradição do bem. 
 
11- (OAB-MG-2009) Assinale a INCORRETA: 
a) a obrigação de dar coisa certa somente abrange os acessórios desta se assim 
convencionarem expressamente as partes 
b) nas obrigações de dar coisa incerta, determinada pelo gênero e quantidade, a escolha, 
em regra, é do devedor 
c) ter-se-á como resolvida a obrigação de fazer quando, sem culpa do devedor, a 
prestação tornar-se impossível. Nesta hipótese não terá o credor direito de perceber 
indenização por perdas e danos 
d) nas obrigações alternativas, mesmo competindo ao devedor a escolha, não poderá ser 
imposto ao credor o recebimento em parte de uma prestação e parte em outra. 
 
12- (ENADE) Pedro emprestou gratuita e verbalmente um bem móvel para seu amigo 
Lucas. Em virtude da amizade, não foi feita nenhuma formalidade contratual, apenas 
foi ajustada a data de devolução do bem. Mas, antes da devolução e sem culpa do 
devedor, houve perecimento do bem. Diante da problemática, analise se o credor tem 
direito de ser indenizado ou a obrigação se resolve. 
 
13- (OAB-2010) O constituto possessório é: 
a) um modo de aquisição de propriedade 
b) um modo de iniciar a posse do bem 
c) uma tradição ficta 
d) imprescindível para a transferência da posse aos herdeiros 
 
 
 5
2.4- Obrigação Alternativa 
 
 
 
- Escolha ou Concentração: art. 252 
 
 
- Inexequibilidade por culpa do devedor: 
 
 
 
Credor 
 
Devedor escultura devedor queima as duas prestações com culpa 
(direito de escolha) ou 
 quadro 
 
 O devedor paga o valor da última mais perdas e danos. 
- Art. 254 
 
 
 
Credor 
(direito de escolha) 
 
Devedor escultura devedor queima a escultura com culpa 
 ouquadro 
 
 O credor pode exigir o quadro ou o valor da escultura mais perdas e danos. 
 
 
- Art. 255, 1ª parte 
 
 
 
 
Credor 
(direito de escolha) 
 
Devedor escultura devedor queima as duas prestações com culpa 
 ou 
 quadro 
 
 
 O credor pode exigir o valor de qualquer delas mais perdas e danos. 
 
- Art. 255, 2ª parte 
 
 
 
 6
- Perecimento por culpa do credor: 
 
 
 Se a escolha cabe ao devedor e ambas perecem por culpa do credor, o devedor 
poderá pleitear o equivalente a qualquer uma delas mais perdas e danos. 
 
 
 
 Credor o credor elimina as duas prestações com culpa 
 
Devedor escultura 
(direito de escolha) ou 
 quadro 
 
 O devedor recebe o equivalente a qualquer uma delas mais perdas e danos. 
 
 
 Perecendo a primeira por culpa do devedor e a segunda sem culpa sua, cabe ao 
credor o direito de optar pelo valor da última ou pelo equivalente da que houve culpa 
mais perdas e danos. 
 
 
Credor 
(direito de escolha) 
 
Devedor escultura o devedor quebrou a escultura com culpa 
 ou 
 quadro o quadro pereceu sem culpa 
 
 O credor pode exigir valor do quadro ou o valor da escultura mais perdas e danos. 
 
 
 
2.5- Obrigação Facultativa 
 
- Conceito 
 
- Obrigação Alternativa X Obrigação Facultativa 
 
- Aplicabilidade no Brasil 
 
- Perecimento 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO: 
 
14- Diferencie as obrigações alternativas e facultativas. 
15- (OAB-FGV-2016) No dia 2 de agosto de 2014, Teresa celebrou contrato de compra 
e venda com Carla, com quem se obrigou a entregar 50 computadores ou 50 
impressoras, no dia 20 de setembro de 2015. O contrato foi silente sobre quem deveria 
realizar a escolha do bem a ser entregue. Sobre os fatos narrados, assinale a correta: 
 7
a) trata-se de obrigação facultativa, uma vez que Carla tem a faculdade de escolher qual 
das prestações entregará a Teresa. 
b) trata-se de obrigação alternativa, Teresa pode liberar da obrigação entregando 50 
computadores ou 50 impressoras, à sua escolha, uma vez que o contrato não atribuiu a 
escolha ao credor. 
c) se a escolha da prestação a ser entregue cabe a Teresa, ela poderá optar por entregar a 
Carla 25 computadores e 25 impressoras. 
d) se, por culpa de Teresa, não se puder cumprir nenhuma das prestações, não 
competindo a Carla a escolha, ficará aquela obrigada a pagar somente os lucros 
cessantes. 
 
16- (ENADE) João se comprometeu a entregar para Antônio o livro da Maria Helena 
Diniz ou o livro do Carlos Roberto Gonçalves; cabendo ao credor o direito de escolha. 
Por culpa de João perece o primeiro livro e posteriormente, mas antes da tradição, e sem 
culpa, perece o livro do Carlos Roberto Gonçalves. Analise os direitos do credor. 
 
 
2.6- Obrigações Divisíveis e Indivisíveis 
 
- Divisível 
- Indivisível: arts 258 e 88. 
 
Pluralidade de devedores: arts. 259 e 263 
Pluralidade de credores: arts. 260 e 262 
 
 
2.7- Obrigação Solidária: Ativa e Passiva 
 
 
- Solidariedade: art. 264 ao 266 
 
Solidariedade Ativa 
credor A ..................................credor B 
 
devedor 
 
 
 
 
Solidariedade Passiva 
 
devedor A ..............................devedor B 
 
 
 
credor 
 
 
 
 8
OBS: indivisibilidade X solidariedade 
- semelhança: em ambas o credor pode exigir de um só dos devedores o pagamento da 
totalidade do objeto devido. 
- diferenças: 
*cada devedor solidário pode ser compelido a pagar sozinho a dívida inteira, por ser 
devedor do todo; nas indivisíveis o co-devedor só deve a sua quota-parte, sendo 
compelido ao pagamento total somente porque é impossível fracioná-lo em função 
da indivisibilidade. 
*perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em perdas e danos; o 
que não ocorre na solidariedade; arts. 271 e 263. 
*a indivisibilidade ocorre por natureza da coisa, por vontade das partes, por 
disposição legal ou judicial; já a solidariedade ocorre somente por disposição legal e 
por vontade das partes. 
 *na indivisibilidade há necessidade do pedido de caução de ratificação, o que não 
ocorre na solidariedade. 
 
 
- Solidariedade Ativa: pluralidade de credores; art. 267 
 
 
 
credor A ..................................credor B 
 
devedor 
 
 
 
 
 credor A..................credor B ............credor C (insolvente) 
 recebeu do devedor e depois se tornou insolvente 
 
 
devedor 
 
 
 
 Se um dos credores solidários vier a falecer os seus herdeiros só podem exigir as 
suas quotas (quinhão hereditário), salvo se a obrigação for indivisível; art. 270. 
 
 
 credor A...............credor B..............credor C 
 faleceu deixando herdeiros 
 
devedor 
 
 
 
 Se forem solidários os credores, o pagamento parcial efetuado a um deles, por 
devedor que tornou insolvente, deve ser rateado por todos. 
 9
 
 
credor A................................credor B 
 R$25.000,00 R$25.000,00 
 
 
 devedor (pagamento parcial de R$50.000 para o credor B 
e depois insolvência) 
 R$100.000 
 
 
 
Ler arts. 269, 272 ao 274. 
 
 
- Solidariedade Passiva: pluralidade de devedores; art. 275 
 
 
 
 
devedor A ..............................devedor B 
 
 
 
credor 
 
 
 
 
 
credor 
R$100.000 
 
devedor A........................................devedor B 
 (foi cobrado e pagou R$70.000,00) 
 
(R$30.000 – continuam solidários) 
 
 
 
 
 Ocorrendo a solidariedade passiva é irrelevante a insolvência de um devedor se 
outros se mantiverem solventes, por isso é sempre um bom negócio para os credores 
porque aumentam suas garantias. 
 
 
 
credor 
 
devedor A...........................................devedor B 
 (insolvente) (cobra deste) 
 10 
 Após o estabelecimento da relação jurídica de solidariedade, se um dos devedores 
mudar ou aditar cláusulas (ex: aumentando a taxa ou diminuindo o prazo), os outros co-
devedores não estão obrigados a cumprir; art. 278. 
 
 
credor 
 
devedor A....................................................devedor B 
 (muda cláusula, só ele fica responsável) 
 
 
 As obrigações de cada devedor são individuais e autônomas, mas se encontram 
ligadas numa relação unitária, em virtude da solidariedade. 
 Vale dizer que o devedor quando demandado não pode valer-se de exceções 
pessoais de outros co-devedores; ex: a falta de capacidade ou um vício de 
consentimento de um devedor só pode ser alegado por ele mesmo; art. 281. 
 
 
credor 
 
devedor A.................................devedor B 
 (o negócio continua válido para A) (incapaz) 
 
 
- Renúncia à solidariedade 
 
1-) O credor que renuncia totalmente àsolidariedade continua credor, mas agora 
sem o benefício de poder demandar qualquer devedor pela dívida inteira; sendo os 
devedores responsáveis por iguais quinhões 
 
 R$3.000 
credor 
(antes da renúncia total da solidariedade) 
 
 
devedor A.......................devedor B.....................devedor C 
 
Pode cobrar de qualquer devedor a dívida toda 
 
 
 R$3.000 
credor 
(após a renúncia total da solidariedade) 
 
 
devedor A devedor B devedor C 
1.000 1.000 1.000 
 
Pode cobrar de cada devedor apenas a sua parte 
 11 
2-) Se a renúncia for parcial, exonerando (perdoando) da solidariedade apenas um ou 
alguns devedores, a relação se divide. A primeira relação é simples, sem solidariedade; 
já a segunda continua prendendo os outros devedores à solidariedade, embora com 
débito menor; art. 282 
 
R$3.000 
credor 
(antes da renúncia parcial da solidariedade) 
 
 
devedor A....................devedor B.................devedor C 
Pode cobrar de qualquer devedor a dívida toda 
 
 
 
 
R$3.000 
credor 
(após a renúncia parcial da solidariedade) 
 
 
 
devedor A devedor B.....................devedor C 
 perdoado da solidariedade B e C continuam solidários aos R$2.000 
 deve só R$1.000 
 
 
 a obrigação se divide 
 
 
 
 
 
 - Insolvência de um dos devedores solidários: arts. 283 e 284 
 
 
R$500.000 
credor 
 
 
devedor A ........ devedor B ........ devedor C ........ devedor D ........ devedor E 
 (insolvente) (paga tudo sozinho) 
 Pode exigir dos outros 
 3 a divisão da quota do 
 insolvente (25.000) e a 
 parte que caberia a eles 
 mesmos (100.000) 
 
 
 
 
 12 
 R$360.000 
 credor 
 (antes da renúncia parcial da solidariedade) 
 
 
 devedor A.................... devedor B................... devedor C.................... devedor D 
 
Pode cobrar a dívida inteira de qualquer um 
 
 
 
 
 R$360.000 
 credor 
 (depois da insolvência e da renúncia parcial da solidariedade) 
 
 
devedor A devedor B................... devedor C.................... devedor D 
Exonerado (perdoado) (insolvente) 
da solidariedade, então 
não pode ser cobrado 
pela dívida toda, e sim 
somente da sua quota de 
R$90.000. Contudo, deve 
ainda 30.000 do rateio 
da quota do insolvente. 
 
OBS: se o devedor não solidário se tornar insolvente, 
sofre o credor a perda, pois são vínculos autônomos. 
 
 
 
 Se a dívida solidária interessar exclusivamente a um dos devedores e outro devedor 
a paga, este só tem direito de receber daquele e não dos outros co-devedores; ex: na 
fiança, se temos um afiançado e vários fiadores, poderá o credor acionar o afiançado ou 
qualquer dos fiadores. Mas, o fiador que pagar integralmente o débito só terá direito de 
reembolsar-se do afiançado; art. 285. 
 
 
credor 
 
 
afiançado 
(devedor) 
 
 
fiador X fiador Y 
 (pagou tudo sozinho) 
 Só pode cobrar do afiançado 
 
 
 Se o credor perdoar um dos devedores ou receber de apenas um o pagamento parcial 
da dívida, os outros co-obrigados não estão exonerados; a solidariedade continua quanto 
ao débito remanescente; art. 277. 
 13 
 
Primeira parte do dispositivo 
R$4.000,00 
credor 
 
 
devedor A................. devedor B................... devedor C.................... devedor D 
 (pagou 500,00) 
Todos continuam solidários aos R$3.500,00 
 
 
 
Segunda parte do dispositivo 
R$4.000,00 
credor 
 
 
devedor A................. devedor B................... devedor C................. devedor D 
 (o credor perdoa a dívida do D) 
 - R$1.000,00 
 A, B e C continuam solidários aos R$3.000,00 
 
 
 
- Inadimplemento da Obrigação Solidária 
 
a-) caso fortuito: obrigação se extingue; ex: os devedores solidários deviam entregar 
uma edição rara e esta pereceu num incêndio. 
 
 b-) por culpa de um dos devedores: todos devem pagar o equivalente da prestação, e 
o que incorreu em culpa paga ainda perdas e danos; art. 279. 
 
 
 
credor 
 
devedor A................devedor B................devedor C 
 (queimou o livro) 
Os 3 devem o valor do livro, e o culpado paga ainda perdas e danos. 
 
 
 
- Mora 
 
 Mora é o retardamento ou o imperfeito cumprimento da obrigação no tempo, lugar 
ou forma convencionados; arts. 394 e 395. 
 Se o devedor solidário, que foi cobrado pelo credor, não efetua o pagamento no 
tempo, lugar ou forma convencionados, começam a correr os juros. Estes por sua vez 
são devidos não só pelo devedor que deu causa, mas a todos os outros obrigados 
solidariamente; art. 280. 
 
 
 14 
credor 
 
 
devedor A...................................devedor B..................................devedor C 
 (em mora) 
 
Todos responderão solidariamente pela obrigação mais juros 
 
 
 
 
 Mora X Inadimplemento 
 
- a obrigação ainda não foi cumprida, - a obrigação não mais interessa 
mas ainda interessa o cumprimento ao credor, ex: entrega do jantar 
ao credor; ex: o pagamento de uma de noivado. 
parcela de uma compra a prazo. 
 
- art. 395, caput - art. 395, parágrafo único 
 
- culpa: art. 396 - culpa: art. 396 
 
 
 
 
- Espécies de Mora 
 
 - mora do devedor ou mora solvendi (mora de pagar) ou mora debitoris (mora do 
devedor): quando se dá o descumprimento da obirgração por parte do devedor. 
 
 - mora accipiendi: recusa do credor. 
 
 
 
- Efeitos da Morte do Devedor Solidário: art. 276 
 
 
credor 
 
 
devedor A ...........................devedor B.................................devedor C 
 (faleceu deixando herdeiros)EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO: 
 
 
17- Conceitue obrigação indivisível. 
 
18- Dê dois exemplos de indivisibilidade por disposição legal. 
 15 
 
19- Aponte três diferenças entre indivisibilidade e solidariedade. 
 
20-(OAB-FGV-2016) Paulo, José e Pedro, contraíram empréstimo com Fernando, 
tornando-se assim, devedores solidários no valor de R$6.000,00. Fernando, muito 
amigo de Paulo, exonerou-o da solidariedade. José, por sua vez, tornou-se insolvente. 
No dia do vencimento da dívida, Pedro pagou integramente o empréstimo. Pergunta-se: 
a) Paulo foi perdoado de toda a dívida, ou continua devendo sua quota parte? 
b) Paulo, apesar de exonerado da solidariedade, deve contribuir com o rateio da quota 
do insolvente, ou está liberado desse pagamento? 
 
21- (XV EXAME DA OAB) Donato, psiquiatra de renome, era dono de uma variada 
biblioteca, com obras raras de sua área profissional. Com sua morte, seus três filhos, 
Hugo, José e Luiz resolvem vender a biblioteca à uma Universidade, localizada na 
cidade em que o falecido residia. Como Hugo vivia no exterior e José em outro estado, 
ambos incumbiram Luiz de fazer a entrega no prazo avençado, porém, mais preocupado 
com seus próprios negócios, esqueceu-se de entregar a biblioteca à Universidade, que, 
diante da mora, notificou José para exigir integral em 48 horas, sob pena de resolver a 
obrigação e cobrar perdas e danos. Nesse contexto, analise se essa obrigação é solidária 
ou indivisível e se o credor pode cobrar de qualquer um dos devedores a dívida toda. 
 
22- (OAB) Marcelo se obriga a entregar um quadro X, mas fica pré-facultado a ele a 
possibilidade de substituir por uma escultura Z. Responda, trata-se: 
I- de obrigação facultativa, aonde a escolha é do credor. 
II- de obrigação alternativa, aonde a escolha é do devedor. 
III- de obrigação facultativa, aonde havendo perecimento da escultura, sem culpa do 
devedor a obrigação se resolve. 
IV- de obrigação alternativa aonde perecendo uma das prestações a obrigação se 
concentra na que restou. 
Responda: 
a) apenas uma está correta c) apenas três estão correta 
b) apenas duas estão corretas d) nenhuma está correta 
 
23- (ENADE) João faleceu deixando como bens: 3000 alqueires de terra, R$150.000 em 
dinheiro, 1800 cabeças de gado, um crédito para receber de 1.000 sacas de soja, outro 
crédito de 600 sacas de café e ações VALIOSAS da Petrobrás. João era casado e tinha 2 
filhos maiores de idade. Pergunta-se: 
Essa herança é considerada divisível ou indivisível? Fundamente sua resposta de acordo 
com a teoria das obrigações divisíveis e indivisíveis 
 
24- (ENADE) A comissão de formatura de Direito contratou uma empresa fotográfica 
para cobrir o evento do baile de formatura. Acontece, que no dia em questão, a referida 
empresa, sem nenhuma justa causa, não compareceu para efetuar o trabalho. Os 
formandos, indignados, solicitaram que a comissão de formatura tomasse providências 
legais contra a empresa. A presidente da comissão entrou na justiça alegando mora por 
parte da empresa e solicitando pagamento de perdas e danos. Analise com criticidade se 
houve mora e se esse seria o melhor pedido. 
 
 
 
 16 
2.8- Obrigação de Meio X Obrigação de Resultado 
 
 
- Conceitos 
 
- Diferenciação 
 
 
 
2.9- Obrigação de Garantia 
 
- Conceito 
 
- Aplicabilidade 
 
 
2.10- Obrigação Propter Rem 
 
- Conceito 
 
- Aplicabilidade 
 
 
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO: 
 
25- (ENADE) Alícia, em virtude de um câncer, fez uma cirurgia plástica restauradora 
para tentar minimizar os efeitos da retirada de uma mama. Após a cirurgia, mesmo 
tendo sido adotado todo o protocolo médico, Alícia não ficou satisfeita com o resultado 
do procedimento. Analise se ela tem direitos indenizatórios. 
 
26- (OAB/ 10) Manoel cuida da sua casa com maestria. Limpa a caixa d'água e as 
calhas com frequência, coloca areia nos pratinhos das plantas e toda semana faz uma 
vistoria para ter certeza que alí não existe nenhum foco do mosquito da dengue. 
Contudo, seu vizinho Cláudio não tem o mesmo cuidado e em sua casa existem vários 
focos do referido mosquito. Infelizmente, um mosquito que se originou da casa de 
Cláudio picou Manoel e este não resistiu e acabou falecendo. Diante do caso, analise 
qual obrigação Cláudio descumpriu 
a) obrigação propter rem 
b) obrigação de dar coisa certa 
c) obrigação de dar coisa incerta 
d) obrigação alternativa 
 
27- (ENADE) Pedro, advogado militante foi contratado por Artur em uma ação cível. 
Pedro, explicou a Artur todo o rito processual, incluindo recursos e também pagamento 
de honorários de acordo com o andamento processual. Infelizmente, apesar de Pedro 
usar de todos os meios e técnicas jurídicas possíveis, não obteve sentença favorável. 
Artur inconformado, ingressa em juízo reclamando contra Pedro a devolução do que foi 
pago a títulos de honorários mais perdas e danos. Explique qual obrigação se 
estabeleceu entre Pedro e Artur e faça uma análise crítica se Artur tem os direitos que 
reivindica. 
 17 
 
28- (ENADE) Em São Paulo, um determinado senhor, guardou dentro de um cofre de 
banco um pertence valioso. Esse banco foi roubado e levaram, dentre outras coisas, esse 
objeto de valor. A vítima entrou na justiça pedindo o equivalente do objeto mais perdas 
e danos. Por outro lado, o banco alegou que não deveria ser penalizado, uma vez que 
não houve culpa. No processo o banco provou que cumpria com todas as normas de 
segurança e nada mais poderia ter feito para evitar o roubo. Analise a natureza da 
obrigação e a extensão de responsabilidade do banco. 
 
 
2.11- Obrigações: Modais, Condicionais e a Termo 
 
 -Obrigações Modais 
 
 - Conceito 
 
 - Encargo X Condição 
 
 - Arts. 136 e 137 
 
 
 -Obrigações Condicionais 
 
 - Conceito: art. 121 
 
 - Espécies: 
 a) suspensiva: art. 125 
 b) resolutiva: art. 127 
 
 
 - Obrigações a Termo 
 
 - Conceito 
 
 - Espécies 
 
 - Termo X Prazo 
 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO: 
 
29- Diferencie as obrigações de meio e de resultado. 
30- Conceitue e exemplifique a obrigação de garantia. 
31- Conceitue e exemplifique a obrigação propter rem. 
32- Diferencie as obrigações condicionais: suspensiva e resolutiva. 
 
 
 
 
 18 
Unidade III- Dos Efeitos das Obrigações 
 
3.1- Pagamento 
 
 - Conceito 
 
 - Espécies: voluntário ou forçado 
 
 - Lugar do Pagamento: arts. 327, 329 e 330 
 
- Dívida quesível ou quérable é a cobrada pelo credor no domicílio do devedor. 
 
- Dívida portável ou portáble é a que deve ser paga no domicílio do credor. 
 Se o contrato estabelece mais de um lugar para o pagamento caberá ao credor a 
escolha, e este deve cientificar o devedor sobre sua escolha, caso contrário será válido o 
pagamento efetuado em outro lugar. 
 Se o devedor de dívida quesível muda de domicílio, cabe a ele as despesas que o 
credor tiver com taxas de remessa bancária, correspondência, etc. 
 
 - Tempo do Pagamento 
 
As obrigações que possuem data para pagamento, devem ser solvidas na ocasião 
estipulada, sob pena de serem consideradas descumpridas; existem 2 exceções: 
a-) no caso de antecipação do vencimento: art. 333 
b-) no caso de pagamento antecipado por parte do devedor, salvo se o prazo for a favor 
do credor; ex: o comprador de uma mercadoria que fixa o prazo de 90 dias para recebê-
la, por que neste período estará construindo um armazém para guardá-la. 
 Se não foi ajustada a época do pagamento o credor pode exigi-lo imediatamente, 
desde que haja interpelação judicial ou extrajudicial para se estabelecer a mora; arts. 
331 e 397. 
 Mas, quando a execução tiver de ser feita em local diverso ou depender de tempo, 
como as lavouras, não há que se falar em cumprimento imediato. 
 
 
 
3.2- Pagamento Por Consignação 
 
 É um meio indireto de pagamento quando não é possível efetivar o pagamento 
diretamente ao credor em razão de sua recusainjustificada, ou de alguma outra 
circunstância. O devedor busca a consignação para fugir dos efeitos da mora (art. 334); 
ex: se o credor, sem justa causa, não aceita o pagamento em dinheiro, pode o devedor 
optar pelo depósito extrajudicial ou pela ação de consignação em pagamento. Esta ação 
pode ser ajuizada também quando houver dúvida sobre o exato valor da obrigação; 
sendo pois, uma ação de natureza declaratória, como fazem os mutuários do Sistema 
Financeiro de Habitação. 
 
 - Fatos que autorizam a consignação: arts. 335, 341 e 342 
 
 - Requisitos de Validade da Consignação: arts. 336, 308 
 
 19 
 a-) o pagamento deve ser feito de forma integral; o credor não é obrigado a aceitar o 
pagamento parcial se não foi combinado. 
 b-) o tempo é o fixado no contrato, não podendo efetuar-se antes de vencida a 
dívida. 
 c-) o depósito deve ser feito no lugar do pagamento. 
 
 - Levantamento da consignação: arts. 338 e 339 
 
 - O demandado pode contestar 
 
 
 
 
3.3 - Pagamento Por Sub-Rogação 
 
 A sub-rogação é a substituição de uma pessoa (pessoal), ou de uma coisa (real), por 
outra pessoa ou outra coisa. Os ônus e atributos da primeira coisa são transferidos para a 
que toma o seu lugar. 
 Na sub-rogação pessoal ocorre a transferência dos direitos do credor para aquele que 
solveu a obrigação; ex: o avalista que paga a dívida, sub-roga-se nos direitos do credor. 
 Mas, a obrigação se extingue apenas para o primeiro credor que nada mais pode 
pedir; no entanto, para o devedor a obrigação continua só que agora em relação ao 
terceiro que ocupa o lugar de credor. 
 
 * Espécies de sub-rogação: legal e convencional; arts. 346 e 347 
 
 * Efeitos: arts. 349, 350 e 351 
 
 
3.4 - Imputação do Pagamento 
 
 - Conceito: arts. 353 e 354 
 As dívidas devem ser líquidas e vencidas, mas o devedor poderá imputar o 
pagamento em dívida não vencida, com o consentimento do credor. 
 É necessário que a importância seja suficiente para saldar pelo menos uma das 
dívidas, ou então estaríamos obrigando o credor a aceitar parcelamentos; art. 314 
 
 - Espécies de Imputação de Pagamento: 
 
a) imputação do devedor: regra geral; art. 352 
b) imputação do credor: direito exercido na quitação; art. 353 
c) imputação legal: ausência de indicação do devedor e do credor, sendo 
que este deve exercer no momento da quitação; art. 355. 
 
 
3.5 - Dação em Pagamento ou Datio in Solutum 
 
 - Conceito: É um acordo de vontades, arts. 356 e 313 (que não seja dinheiro: compra 
e venda) 
 É considerada uma forma de pagamento indireto; arts. 357 e 359. 
 20 
 Vale dizer que na aplicação dos princípios da compra e venda, tem a jurisprudência 
proclamado a nulidade da dação em pagamento de todos os bens do devedor (art. 548); 
bem como a sua anulabilidade quando feita por ascendente a descendente sem o 
consentimento dos outros descendentes e do cônjuge do alienante (art. 496). 
 
 
3.6 - Novação 
 
 - Conceito: É a criação de uma obrigação nova para extinguir a anterior; ex: o pai 
para ajudar o filho procura o credor deste e lhe propõe substituir o devedor, emitindo 
novo título de crédito e inutilizando o assinado pelo filho. 
 A novação não produz como o pagamento a satisfação imediata do crédito; ela se 
estabelece por contrato; jamais por força de lei. 
 
 
 - Espécies de Novação: 
 
 a) objetiva ou real: altera o objeto da prestação; art. 360,I 
 b) subjetiva ou pessoal: altera o sujeito da relação jurídica: 
 - passiva: altera o devedor; art. 360, II ( delegação: com consenti- 
 mento e expromissão sem consentimento) 
 - ativa: altera o credor; art. 360,III 
 
 A .......deve.......B.......deve......C 
 
 A paga diretamente para C 
 
 c) mista: altera o objeto e um dos sujeitos (mudança de devedor, mas vai pagar 
com prestação de serviço) 
 
 Obs: ler art. 366. 
 
 Novação X Sub-Rogação: a sub-rogação pode ser legal e a satisfação do crédito 
é imediata; arts. 349 e 364. 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO: 
 
33- Fale sobre as espécies de pagamento por consignação. 
 
34- Explique o que é, e como se dá a imputação legal de pagamento. 
 
35- Analise e explique com suas palavras a inteligência do art. 496 do Código Civil. 
 
36- Conceitue novação. 
 
37- Dentro da novação, diferencie delegação de expromissão. 
 
38- (ENADE) Recentemente foi divulgado pelos meios de comunicação que vários 
mutuários da Caixa Econômica Federal (CEF) estavam enfrentando problemas no 
 21 
pagamento de suas casas próprias. Os mutuários alegam que no último mês a CEF 
cobrou valores indevidos. Insatisfeitos com essa situação pois não aceitam pagar mais 
do que devem, e por outro lado, querendo fugir dos efeitos da mora, os mutuários 
resolveram procurar a justiça. Analise com base em qual instituto jurídico o direito deles 
pode ser assegurado. 
 
39- (ENADE) Manoela tem três dívidas distintas com Júlia. Ela decide quitar uma 
dessas dívidas, mas não imputa o pagamento no momento oportuno. Júlia recebe o 
pagamento, mas também não exerce o direito de imputação no termo de quitação. 
Diante desse caso, como a lei deve imputar esse pagamento? 
 
40- (ENADE) José comprou de Marcelo três mil sacas de soja. O contrato foi assinado 
dia 30 de outubro e ficou ajustado, que as sacas devem ser entregues dia 15 de 
dezembro do corrente ano. Contudo, no dia 01 de dezembro, Marcelo queria entregar as 
sacas de soja. José se recusou a receber alegando que ainda não havia decorrido o tempo 
ajustado no contrato, e que esse prazo corre a seu favor. Analise a situação e explique se 
o credor é obrigado a receber antes de vencido o seu prazo 
 
3.7 - Compensação 
 
 - Conceito: É um encontro de créditos entre duas pessoas ao mesmo tempo credoras 
e devedoras uma da outra, a fim de extinguir total ou parcialmente as dívidas até a 
concorrente quantia; art. 368. 
 
 - Espécies: 
 
a) convencional: é a que resulta de um acordo de vontades, as partes de comum 
acordo passam a aceitá-la. 
b) legal: é a que decorre da lei, ocorrendo no mesmo instante em que o segundo 
crédito é constituído, extinguindo-se as duas dívidas, O juiz apenas a 
reconhece se provocado. 
c) judicial: é a determinada pelo juiz; ex: se o autor cobra do réu a importância de 
R$100.000 e este cobra na reconvenção R$ 110.000 e ambas são julgadas 
procedentes o juiz condenará o autor a pagar somente R$ 10.000 fazendo a 
compensação. 
 
 - Requisitos da Compensação Legal e Judicial 
 
 1) reciprocidade das obrigações; exceção art. 371 
 C......deve ao afiançado......D 
 F invoca a dívida do credor com o afiançado 
 
 2) liquidez e exigibilidade das dívidas; art. 369 
 
 3) fungibilidade das prestações (mesma natureza); art. 370 
 
 
 
 
 
 22 
3.8 – Confusão 
 
 Ocorre quando credor e devedor se confundem na mesma pessoa, art. 381; ex: 
devedor fica herdeiro único do credor; devedor e credor se casam em comunhão 
universal. 
 
 - Espécies: art. 382 
 
 
3.9 - Remissão ou Perdão da Dívida 
 
 - Conceito: É a liberalidade do credor exonerar o devedor do cumprimento da 
obrigação; art. 385. É o perdão da dívida, mas se o credor deu o seu crédito a penhor 
não pode remitir sua dívida. 
 A remissão é espécie da renúncia que é o gênero. Esta é ato unilateral, aquela já 
depende da aceitação do devedor. O remetido pode recusar o perdão e consignar o 
pagamento. 
 
 - Espécies: 
 
 a) expressa: declaração do credor, em instrumento público ou particular, por ato 
inter vivos ou causa mortis, perdoando a dívida. 
 b) tácita: comportamento do credor incompatível com a qualidade de credor; ex: 
devolução voluntária do título da obrigação ao devedor; art.386. 
 Se a dívida for título particular para haver perdão basta a entrega do título ao 
devedor, é a remissão tácita da dívida. Mas, incumbe ao devedor provar que foi o 
próprio credor quem espontaneamente lhe efetuou a entrega. 
 
 
 OBS: A restituição voluntária do objeto empenhado não extingue a dívida, art. 387 
(penhor é obrigação acessória). 
 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO: 
 
41- Conceitue o instituto da confusão e dê um exemplo. 
 
42- Cite e explique as espécies de remissão de dívida. 
 
43- Faça um paralelo entre mora e inadimplemento. 
 
44- Conceitue perdas e danos. 
 
45- (OAB/MG ago/05) Quanto ao Direito das Obrigações é correto afirmar, EXCETO: 
a) o pagamento da dívida efetuado por terceiro, não interessado, em seu próprio nome, 
não gera sub-rogação nos direitos do credor. 
b) se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas 
obrigações podem extinguir até onde se compensarem. 
 23 
c) quando mais valiosa, o credor é obrigado a receber prestação diversa da que lhe era 
devida. 
d) o credor tem o direito de cobrar a dívida antes de vencido o prazo contratual, no caso 
de iminente risco de falência do devedor. 
 
 
3.10- Cláusula Penal 
 
 3.14.1- Conceito 
 
 A lei brasileira não define a cláusula penal, mas o Código de Napoleão no seu art. 
1226 já a definia “a cláusula penal é aquela pela qual uma pessoa, para assegurar a 
execução de uma convenção se compromete a dar alguma coisa, em caso de 
inexecução”. 
 E.: num contrato de locação as partes assumem o compromisso de pagar 
determinada quantia se desatenderem ao que foi combinado. 
 
 3.14.2- Natureza Jurídica 
 
 A cláusula penal é um pacto acessório, pelo qual as próprias partes pré-estabelecem 
as perdas e danos a serem aplicadas contra aquele que deixar de cumprir a obrigação ou 
retardar o seu cumprimento sem prova de caso fortuito e força maior; arts. 408 e 409. 
 É um meio de forçar o cumprimento da obrigação, convencionando 
antecipadamente as perdas e danos resultantes do inadimplemento. 
 É vantajoso porque aumenta a possibilidade de cumprimento do contrato e facilita 
o pagamento da indenização das perdas e danos, poupando o trabalho de provar 
judicialmente o montante do prejuízo e de alegar qualquer dano; não podendo, ainda, o 
credor exigir indenização suplementar, salvo se convencionado; art. 416. 
 
 3.14.3- Espécies: 
 
 1) Compensatória: 
 
 a) para a hipótese de total inadimplemento da obrigação, podendo o credor, recorrer 
às vias judiciais para optar entre a exigência da cláusula penal ou o adimplemento da 
obrigação. 
 
 b) para garantir a execução de alguma cláusula especial do título obrigacional, 
possibilitando ao credor o direito de exigir a satisfação da pena cominada juntamente 
com o desempenho da obrigação principal, como garantir a cor ou o modelo do veículo; 
art. 411. 
 
 2) Moratória: convencionada para o caso de mora, cabendo ao credor o direito de 
demandar cumulativamente a pena convencional e a prestação principal; art. 411. 
 
 3.14.4- Requisitos para a sua exigibilidade 
 
 a) existência de uma obrigação principal anterior ao fato que motiva a aplicação da 
pena convencional; 
 b) inexecução da obrigação; 
 24 
 c) constituição em mora, art. 397; 
 d) imputabilidade do devedor, arts. 393 e 408. 
 
 3.14.6- Efeitos 
 
 a) o recebimento da cláusula independe de alegação de prejuízo por parte do credor; 
 b) o credor, em regra, tem que optar entre as perdas e danos e a cláusula: art. 404. 
 c) havendo pluralidade de devedores e sendo indivisível a obrigação, todos os 
devedores e seus herdeiros incorrerão na pena se o credor optou pela cobrança 
individual de cada um pela sua quota, tendo, contudo, ação regressiva contra o co-
devedor faltoso. A pena só poderá ser demandada integralmente do culpado; art. 414. 
Mas, se a obrigação for divisível só incorrerá na pena o devedor, ou o seu herdeiro, que 
infringir, e proporcionalmente à sua quota; art. 415. 
 
 
Unidade IV 
 
4.1-Cessão de Crédito 
 
 “É o negócio pelo qual o credor transfere a terceiro sua posição na relação 
obrigacional” Orlando Gomes 
 O credor que transfere seus direitos denomina-se cedente; o terceiro a quem eles 
são transmitidos é o cessionário; o devedor é o cedido que não participa 
obrigatoriamente da cessão, mas dela deve ser comunicado. 
 O cedente tem que ser pessoa capaz e legitimada para praticar atos de alienação. O 
pai, no exercício da administração dos filhos menores, não pode realizá-la sem prévia 
autorização judicial; art. 1691. 
 A cessão pode ser total ou parcial e abrange todos os acessórios do crédito, como os 
juros e os direitos de garantia (art. 287) ex: se o pagamento da dívida é garantido por 
hipoteca, o cessionário torna-se credor hipotecário. 
 Existem créditos que não podem ser cedidos: 
 - pela natureza: relações jurídicas de caráter personalíssimo; direito de família, 
direito ao nome, a alimentos, etc. 
 - pela lei: o direito de preferência (art. 520); direito de benefício da justiça gratuita; 
indenização derivada de acidente de trabalho. 
 - pela convenção das partes 
 Em regra não existe forma especial para a cessão valer entre as partes, salvo se a 
substância do ato dispuser em contrário. Mas, para valer contra terceiros deve-se 
obedecer aos arts. 288 e 221. 
 O devedor deve ser notificado da cessão; art. 290. O cessionário ou cedente tem 
qualidade para efetuar a notificação, que pode ser judicial ou extrajudicial. Mas o maior 
interessado é o cessionário, pois o devedor ficará desobrigado se, antes de ter 
conhecimento da cessão pagar ao credor primitivo; ar. 292. 
 Se a obrigação for solidária devem ser notificados todos os co-devedores. 
 O devedor pode opor ao cessionário as exceções que lhe competirem, como 
também as que no momento em que veio a ter conhecimento da cessão tinha contra o 
cedente; art. 294. 
 Se o devedor, notificado da cessão, não opõe nesse momento a exceção pessoal que 
tiver contra o cedente, não poderá mais argüir contra o cessionário as exceções que 
 25 
eram cabíveis contra o primeiro, como o pagamento da dívida ou a compensação. Já as 
exceções oponíveis diretamente contra o cessionário podem ser argüidas a todo tempo. 
 A responsabilidade do cedente está estipulada nos arts. 295 ao 297. 
 A cessão de crédito pode caracterizar dação em pagamento quando a transferência é 
feita em pagamento a uma dívida. 
 
 Cessão de Crédito X Novação Subjetiva Ativa 
 
subsiste o crédito primitivo extinção da obrigação anterior e 
que é passado ao cessionário criação de novo crédito 
com os acessórios 
 
 art. 287 art. 364 
 
 Cessão de Crédito X Sub-rogação 
 
assume totalmente os direitos o sub-rogado não pode exercer os 
e ações do credor direitos e ações do credor, além 
 dos limites do seu desembolso 
 
 Obs: ler art. 348 
 
 
4.2- Assunção da Dívida ou Cessão de Débito 
 
 Negócio jurídico bilateral, pelo qual o devedor, com, anuência do credor, transfere 
a um terceiro os encargos obrigacionais, de modo que este assume a sua posição na 
relação obrigacional; arts. 299 ao 303. 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO: 
 
46- Conceitue cláusula penal e identifique a sua natureza jurídica. 
 
47- Diferencie cláusula penal de perdas e danos. 
 
48- Cite três créditos que não podem ser objeto de cessão de crédito. 
 
49- Explique como se dá o aspecto formal da cessão de crédito. 
 
50- Fale sobre a responsabilidade do cedente dentro da cessão de crédito.

Continue navegando