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Soro x plasma O plasma colhido em tudo de citrato ou EDTA mantem sua cascata de fibrinogênio, já no caso do soro a cascata consome essa substância, ficando a parte líquida sem fibrinogênio e uma massa no coágulo. Importância dos testes imunológicos Importante no diagnóstico do paciente; Acompanhamento de doenças que afetam diretamente o sistema imune (situações de imunodeficiência); Dosagem de anticorpos e complemento (no caso de anticorpos contra o próprio tecido); Pesquisa de autoanticorpos. Testes laboratoriais imunológicos Para doenças não imunológicas Pesquisa e quantificação de antígenos e anticorpos; Pesquisa de marcadores tumorais; Dosagem de hormônios; Dosagem de drogas medicamentosas e de abuso; Dosagem de proteínas plasmáticas. Testes laboratoriais imunológicos permitem Confirmação de uma suspeita clínica: Ex. Ag NS-1 (dengue). Diagnóstico de infecção recente: Ex. Ac IgM para o Treponema pallidum (sífilis). Exclusão de uma enfermidade: Ex. dois testes negativos para presença de anticorpos anti- Trypanosoma cruzi exclui a doença de Chagas. Acompanhamento da progressão de uma doença: Ex. Aparecimento do Ac anti-HBe e o desaparecimento do Ag HBeAg (hepatite B) = bom prognóstico. Avaliação da efetividade de um tratamento: Ex. Diminuição de dois títulos ou mais na quantidade de Acs no VDRL, 3 meses após o fim do tratamento = cura. Triagem de doadores de sangue: Sífilis, chagas, HIV, hepatites B e C, HTLV. Teste imunológico ideal Fácil execução, Rápido e barato, Resultado preciso. Avaliar parâmetros: sensibilidade, especificidade, eficiência, valor preditivo positivo e valor preditivo negativo. Parâmetros para validação de um teste sorológico Validade intrínseca Comparado a um teste de referência Sensibilidade: probabilidade de teste positivo nos doentes. Especificidade: probabilidade de teste negativo nos não doentes. Eficiência ou Acurácia: probabilidade de o teste fornecer resultados corretos (positivo nos doentes e negativo nos não doentes). Valor Preditivo Positivo: é a probabilidade da presença da doença quando o teste é positivo. Valor Preditivo Negativo: é a probabilidade da ausência de doença quando o teste é negativo. Em relação a doença em determinada população Exatidão: resultados muito próximos ao verdadeiro valor. Precisão: concordância dos resultados obtidos várias vezes (duplicata, triplicata). Reprodutibilidade: concordância de resultados/ pessoas ou laboratórios diferentes. Possíveis resultados de um teste imunológico Sensibilidade S = VP/VP + FN Especificidade E = VN/VN + FP Eficiência Efic. = VP + VN/VP + VN + VP Valor preditivo positivo VPP = VP/VP + FP Valor preditivo negativo VPN = VN/VN + FN Teorema de Bayes Permite calcular VPP e VPN quando são conhecidos a prevalência da doença, a sensibilidade e a especificidade do teste utilizado: VP = Sensibilidade x Prevalência FN = (1 – Sensibilidade) x Prevalência VN = Especificidade x (1 – Prevalência) FP = (1 – Especificidade) (1 – Prevalência) Falso positivo Pode ocorrer quando o reste reconhece outra substância além da pesquisada (reação cruzada). Ex: Pode ocorrer falso positivo no método ELISA para HIV se o indivíduo tiver tomado vacina recentemente para H1N1, ocorrendo reação cruzada com os antígenos do teste de HIV. Também pode ocorrer se o paciente possuir a substância analisada devido outra causa que não seja a doença pesquisada. Ex: Falso positivo no VDRL (sífilis) devido a presença de anticorpos antifosfolipídeos formados no LES. Falso negativo Pode ocorrer falso negativo em caso de pacientes cuja a substância pesquisada esteja em baixas quantidades no organismo por não estar no dia ideal de coleta. Ex: Pesquisa de antígeno Sars-Cov-2 antes de 48h de sintomas. Também ocorre quando o teste não possui sensibilidade analítica suficiente para detecção da substância. Os títulos das reações que se apresentarem de 1/40 para baixo são negativos e acima disso são positivos, porém, existem doentes abaixo dessa média, sendo um Falso Negativo. Também pode ocorrer de ter não doentes acima de 1/40, ocorrendo um falso positivo. Limiar de reatividade Quanto maior a sensibilidade, menor a especificidade do teste. Classificação dos testes imunológicos Quanto à sua aplicação Testes para detecção de antígenos, Testes para detecção e quantificação de anticorpos, Testes para avaliação da imunidade celular, Testes para avalição do sistema complemento, Testes de histocompatibilidade, Testes de imuno-hematologia (tipagem sanguínea e fator Rh). Quanto à sua metodologia Testes com reagentes marcados: enzimaimunoensaio, radioimunoensaio e imunocromatografia*. Testes com reagentes não marcados: precipitação, aglutinação, floculação, neutralização e fixação do complemento. Diluição Definição É uma forma de tornar uma solução menos concentrada. Como realizar Adiciona-se um diluente até chegar na diluição desejada. Exprimir a diluição 1 unidade da solução original / total de unidades da solução final Ex: 1/20 = 19 partes de salina fisiológica + 1 parte do soro Diluição seriada Definição Diluições realizadas um certo número de vezes Uso Utilizada para estimativa quantitativa, principalmente em reações não automatizadas. Ex: Solução original: soro Diluente: salina fisiológica Razão 2: 1/2 (1 parte de diluente + 1 parte da solução) Escolher volume que representará 1 parte: 100uL Títulos de anticorpos Na imunologia título de anticorpos: medida do número de moléculas de Acs por unidade de volume de soro. Indica a concentração de Acs no soro. Título de anticorpos em um soro: maior diluição deste, na qual se observar reação com uma quantidade fixa e conhecida de Ag. Ex: Em uma reação de precipitação, cuja sensibilidade do reativo é 10 UI/ml, foram feitas diluições seriadas a razão 2 (5 tubos) e acrescentada quantidade fixa e conhecida de antígeno. Após incubação, tivemos a seguinte leitura: O resultado é reagente até 1/8, pois foi a última diluição que apresentou precipitado. Quanto maior a diluição, mais anticorpos o paciente apresenta. Unidades internacionais por mililitro Inverso da maior diluição na qual se observar reação com quantidade fixa e conhecida de antígeno multiplicado pela sensibilidade do reativo. Ex: 8x10UI/mL Classe e avidez do anticorpo Classes pesquisadas no soro: IgG, IgM, IgA e IgE Avidez – força de ligação entre um antígeno multivalente com dois ou mais parátopos do anticorpo. O teste de avidez é utilizado para saber se a infecção é recente. Quando a avidez é baixa, a infecção é recente e quanto maior, a infecção já passou. A avidez é realizada quando o IgM é reagente, pois é para confirmar se a infecção é recente. Especificidade dos anticorpos Um antígeno tem vários epítopos. Cada epítopo induz a formação de um anticorpo. Para um antígeno forma-se uma coleção de anticorpos. Reação cruzada ou Reatividade Cruzada A reação cruzada (falso positivo) ocorre porque um anticorpo reagiu com um antígeno que estimulou sua formação. Como evitar Fazer um teste mais específico. Ex. HIV Repetir o teste 15 dias após e verificar se houve aumento no título de Acs. Ex. pesquisa de anticorpos na brucelose e ricketsioses. Fazer absorção do soro, para remover Acs inespecíficos. Ex. FTA-ABS (sífilis). Fenômenos de zona Se passar pela zona de equivalência, é uma reação visível, agora se passar pelas outras áreas, é mais difícil de se analisar. A reação pode ter ocorrido, mas não é visível, tornando o resultado um falso negativo. Logo, excesso de anticorpo ou de antígeno atrapalha o diagnóstico.Reação Ag-Ac – proporções ideais É uma zona de equivalência pois as reações são visíveis. Excesso de anticorpos Julgada como fraca, duvidosa ou negativa, devido ao excesso de anticorpos. Excesso de antígenos Também julgada como fraca, duvidosa ou negativa devido ao excesso de antígenos, sendo mais difícil de saber se a reação realmente ocorreu. Fenômenos de zona Definição Não visualização da reação devido ao excesso de Ag ou Ac. Pode levar a resultados falso negativos em testes sorológicos. Como evitar Testando simultaneamente soro puro e diluído Ex. VDRL – soro com elevada concentração de Acs: puro fracamente reagente ou não reagente e diluído a 1/8 fortemente reagente.
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